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Manual - Ufcd 3498 - Animação de Grupos Especiais (2)

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UFCD

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Índice

Introdução ... 2 Âmbito do manual ... 2 Objetivos ... 2 Conteúdos programáticos ... 2 Carga horária ... 2 1.Programas de animação ... 3

2.Normas de utilização do material ... 6

3.Regulamentação destinada a crianças ... 10

4.Programas de terceira idade ... 22

5.Programas adaptados a portadores de deficiência ... 34

6.Adaptação de programas ao espaço ... 41

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2

Introdução

Âmbito do manual

O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de curta duração nº 3498 – Animação de grupos especiais, de acordo com o Catálogo

Nacional de Qualificações.

Objetivos

 Identificar e planificar programas de animação de grupos especiais.

Conteúdos programáticos

 Programas de animação

 Normas de utilização do material

 Regulamentação destinada a crianças

 Programas de terceira idade

 Programas adaptados a portadores de deficiência

 Adaptação de programas ao espaço

Carga horária

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1.Programas de animação

O direito à acessibilidade e a sua promoção é claramente uma condição necessária para a participação humana, para o desenvolvimento do nosso país e para a construção de uma sociedade para todos.

Viajar, desfrutar do património, da cultura e do lazer são direitos individuais da pessoa que não podem ser limitados por falta de condições de acessibilidade nos espaços físicos, na informação ou comunicação.

Aliás, a negação de condições que nos permitam viajar, conhecer e participar nas atividades turísticas é uma discriminação contra as pessoas com deficiências ou incapacidade.

A Acessibilidade pode ser definida como a capacidade do meio (espaços, edifícios ou serviços) de proporcionar a todos uma igual oportunidade de uso, de uma forma direta, imediata, permanente e o mais autónoma possível.

Sendo uma condição indispensável para alguns turistas (nomeadamente para aqueles que têm alguma limitação física, sensorial ou cognitiva, como as pessoas com deficiência, os idosos ou as famílias com crianças pequenas), a experiência demonstra que a Acessibilidade se traduz, por regra, em maior segurança, conforto e funcionalidade para todos.

A existência de condições de acessibilidade na oferta turística constitui, por isso, não apenas um direito (consagrado na lei) mas também um critério objetivo de qualidade.

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4 Os consumidores que valorizam a acessibilidade na oferta turística são decisivos para a competitividade e sustentabilidade da oferta nacional. Este segmento já conta com mais de 127,5 milhões de consumidores (só na Europa), e vai aumentar com o envelhecimento demográfico nos principais mercados emissores.

Os estudos de mercado revelam que estes consumidores mobilizam importantes verbas, sublinhando as características especialmente apelativas do seu comportamento: estadias mais prolongadas, maior número médio de acompanhantes, maior fidelidade ao destino e melhor repartição pelas épocas altas e baixas. Note-se que o rendimento disponível não é necessariamente inferior (em muitos casos, bem pelo contrário).

O novo enquadramento legislativo da acessibilidade em Portugal conduzirá à progressiva qualificação da oferta neste domínio, ao obrigar à adaptação dos locais de interesse turístico e dos serviços aí prestados. Sendo este investimento obrigatório, importa, naturalmente, assegurar a sua rentabilização.

Deve notar-se, neste ponto, que a adaptação de espaços e serviços não basta, por si só, para aumentar a competitividade neste segmento. A disponibilidade de informação fiável, detalhada e pessoalmente relevante sobre as condições de acessibilidade é igualmente fundamental para captar estes consumidores, que planeiam com especial cuidado as suas deslocações.

A informação deve referir-se às condições reais, e não é necessário esperar pela realização de adaptações para a divulgar, porque pessoas diferentes têm necessidades diferentes, e o facto de ainda não haver condições suficientes para alguns consumidores não significa, necessariamente, que não existam já condições suficientes para outros.

A disponibilização ao consumidor de informação sobre as condições de acessibilidade em locais de interesse turístico implica a criação de um sistema que, de forma integrada, defina e articule os procedimentos necessários para a recolha de dados e para a sua divulgação.

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5 Uma análise de boas práticas internacionais revela que os sistemas mais avançados partilham, entre si, alguns traços distintivos: têm um âmbito de aplicação bem definido, não se limitam a um tipo de espaço ou atividade, centram a sua análise nas condições reais, envolvem na sua gestão organizações representativas dos sectores da Deficiência e do Turismo, consideram o rigor e a objetividade na análise dos locais como uma condição chave para a utilidade da informação e do próprio sistema, têm em conta as necessidades de diversos tipos de utilizadores, lidam com informação bastante detalhada, e aproveitam o potencial da Internet para ajudar o estabelecimento a difundir a informação, e para ajudar o potencial consumidor a encontrá-la.

A implementação de políticas pró-ativas de acessibilidade, de carácter social, cultural ou de ordenamento territorial, que assegurem a todos os indivíduos o acesso universal inclusivo a serviços e espaços públicos, terão impacto humano e económico significativo, pois visam contribuir quer para a qualidade de vida dos cidadãos residentes, quer para a qualidade e satisfação de turistas e excursionistas, independentemente das suas faculdades e índice de mobilidade.

O despertar da consciência cívica e política para a dimensão e alcance do conceito de acessibilidade universal, e as consequentes ações a desenvolver para responder ao desafio, terão impactos expressivos, a médio e longo prazo, na atividade turística e económica dos territórios.

As organizações públicas com responsabilidade na gestão e qualificação dos destinos turísticos devem procurar interpretar e projetar o território e as suas diferentes dimensões e serviços numa ótica universal, destinado ao usufruto de todos os indivíduos, considerando os benefícios socioeconómicos e ambientais daí decorrentes, bem como o contributo de impulsor da imagem e do marketing territorial face a destinos concorrentes.

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6

2.Normas de utilização do material

É exigido aos animadores turísticos um variado conjunto de competências profissionais, das quais se destacam a capacidade para preparar e realizar programas de animação adequados às expectativas dos turistas, bem como ter uma sólida preparação na respetiva área de especialização.

Devem ter fortes noções de segurança e primeiros socorros, uma vez que a integridade física do turista deverá ser sempre salvaguardada.

Há que ter em consideração as qualidades profissionais e pessoais do animador para poder concretizar as suas tarefas. O animador:

 Analisa, programa, organiza e executa todo o tipo de atividades recreativas em função do grupo a que são dirigidas, mediante a utilização de técnicas adequadas para satisfazer e entreter o cliente;

 Não se pode limitar a atuar em frente ao cliente sem antes ter tudo bem delineado e organizado, antecipando-se a pequenas ocorrências que possam existir;

 Encarrega-se de selecionar, criar e preparar os instrumentos e materiais necessários para levar a cabo os diferentes programas de animação da forma mais idónea;

 Utiliza de forma adequada os meios técnicos e outros materiais necessários, responsabilizando-se pelo seu uso e manutenção;

 Executa as atividades planificadas, detetando e corrigindo possíveis erros, enriquecendo e atualizando os programas em função das necessidades;

 Estabelece medidas a tomar em caso de haver imprevistos que o façam desviar da planificação;

 Desenvolve as atividades de animação seguindo o programa estabelecido sem perder a finalidade do cliente ter uma experiência agradável.

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7 No âmbito da animação turística, e comparativamente com outras atividades desportivas, a prática do desporto de natureza é uma atividade de risco devido a interação entre as forças da natureza e a atuação do ser humano.

Contudo, quando praticado em segurança e acompanhado por técnicos com a formação adequada, o desporto de natureza apresenta níveis de segurança muito satisfatórios. Para isso, é importante conhecer e saber avaliar os vários fatores envolvidos que são:

 Condições do meio e meteorológicas;

 Capacidade física e psíquica dos praticantes;

 Tipo e nível de intensidade das atividades vs. Praticantes;

 Qualificações dos técnicos adequadas às diferentes atividades;

 Utilização correta do equipamento;

 Informação sobre comportamentos e práticas adequadas;

 Capacidade de prestar os primeiros socorros e participar em situações de resgate. Não existe uma segurança absoluta na prática do desporto de natureza, mas é possível garantir uma prática mais segura pela adoção de rigorosas medidas de segurança que reduzam os eventuais riscos e minimizem os danos em caso de acidente.

Estas atividades oferecem vários níveis de dificuldade, exigindo diferentes capacidades e experiencias do praticante, pelo que a mesma atividade pode ser adequada para uns praticantes, mas excessiva e prejudicial para outros.

É importante que os praticantes tenham consciência das suas capacidades e limites e um perfeito autodomínio e controlo. Devem dar especial atenção ao seu estado de saúde geral para saberem se estão em condições físicas e psíquicas para suportar e resistir ao grau de dificuldade da atividade.

Muitos praticantes dedicam o seu tempo livre à prática destas atividades e conseguem inclusivamente atingir um elevado nível de competição e de competências especiais.

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8 No entanto, a prática destas atividades está cada vez mais massificada e muitas pessoas, sem experiência, mas desejosas de novas aventuras com amigos, familiares ou colegas de empresa, recorrem a entidades que organizam atividades deste género. Neste caso, a escolha de um prestador de serviços requer uma atenção especial.

Deve ser procurada informação sobre:

 O licenciamento do prestador de serviços para a prática das atividades oferecidas;

 As qualificações técnicas e a experiência dos monitores;

 A tabela de preços de todos os serviços a contratar;

 Os seguros de responsabilidade civil e de acidentes pessoais do prestador de serviços;

 A capacidade de organização das atividades;

 A existência de planos de emergência, socorro e evacuação.

Um outro fator indispensável para um serviço de elevada qualidade e segurança é a formação e qualificação técnica dos seus monitores, que lhes permita o domínio técnico das atividades, o conhecimento da resistência dos materiais, a capacidade de interpretar condições naturais do meio, prestar primeiros socorros e liderar operações de resgate. Para atividades com elevada complexidade e risco, como o mergulho, a condução de embarcações náuticas e de voo livre, os profissionais devem possuir habilitação e formação específica.

O prestador de serviços tem de ter capacidade técnica para avaliar as condições do meio natural para a prática de uma determinada atividade como, por exemplo, estado do tempo, descargas de barragens e modificação das marés e dos ventos.

Os procedimentos de segurança implicam a verificação técnica sistemática e a manutenção periódica dos equipamentos específicos utilizados na prática das atividades de desporto de natureza. Este equipamento, guardado de acordo com normas de acondicionamento e

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9 armazenamento específico, tem de estar sempre em perfeitas condições de funcionamento e respeitar as normas de certificação internacionais em vigor.

Muitos acidentes decorrem, por exemplo, do desconhecimento sobre o uso correto do equipamento e de comportamentos desadequados. Para que isto não aconteça, a entidade que organiza estas atividades tem de prestar a seguinte informação:

 Contraindicações (médicas e/ou físicas) para a prática da atividade;

 Riscos inerentes à prática da atividade;

 Comportamentos seguros a adotar pelo praticante;

 Práticas proibidas e prejudiciais;

 Equipamento necessário para a prática da atividade (por ex: botas e fatos isotérmicos, coletes homologados, capacetes);

 Instruções sobre a utilização correto do equipamento;

 Instruções sobre a utilização correta de infraestruturas e/ ou espaços.

O inesperado acontece e, em caso de acidente, é fundamental haver planos de emergência, resgate e evacuação, eficazes e imediatos.

Os planos de emergência possibilitam a prestação de primeiros-socorros, com aplicação de técnicas de reanimação e utilização de equipamento de regaste. Os planos de evacuação permitem uma ligação eficaz entre as zonas afetadas e as unidades de emergência médica, que devem ser convocadas de imediato.

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3.Regulamentação destinada a crianças

REGULAMENTO QUE ESTABELECE AS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA A OBSERVAR NA LOCALIZAÇÃO, IMPLANTACÃO, CONCEPÇÃO E ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DOS ESPAÇOS DE JOGO E RECREIO, RESPECTIVO EQUIPAMENTO E SUPERFÍCIES DE IMPACTE.

Objeto

O presente Regulamento estabelece as condições de segurança a observar na localização, implantação, conceção e organização funcional dos espaços de jogo e recreio, respectivo equipamento e superfícies de impacte, destinados a crianças, necessárias para garantir a diminuição dos riscos de acidente, de traumatismos e lesões acidentais e das suas consequências.

Âmbito

Este Regulamento aplica-se a todos os espaços de jogo e recreio de uso coletivo, e respectivo equipamento e superfícies de impacte, destinados a crianças, qualquer que seja o local de implantação.

Excluem-se do âmbito de aplicação deste diploma os recintos com diversões aquáticas.

Definições

Para efeitos de aplicação deste Regulamento entende-se por:

 Espaço de jogo e recreio – área destinada à atividade lúdica das crianças, delimitada física ou funcionalmente, em que a atividade motora assume especial relevância;

 Equipamento de espaço de jogo e recreio - materiais e estruturas, incluindo componentes e elementos construtivos, destinados a espaços de jogo e recreio, com

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11 os quais ou nos quais as crianças possam brincar ao ar livre ou em espaços fechados, individualmente ou em grupo;

 Superfície de impacte - superfície na qual deve ocorrer o impacte do utilizador do equipamento, em resultado da sua utilização normal e previsível e que possui propriedades de absorção do choque produzido pelo impacte;

 Entidade responsável pelo espaço de jogo e recreio - pessoa singular ou coletiva de direito público ou privado que assegura o regular funcionamento do espaço de jogo e recreio.

Obrigação geral de segurança

Os espaços de jogo e recreio não podem ser suscetíveis de pôr em perigo a saúde e segurança do utilizador ou de terceiros, devendo obedecer aos requisitos de segurança constantes deste Regulamento.

Localização

Os espaços de jogo e recreio não devem estar localizados junto de zonas ambientalmente degradadas, de zonas exteriores utilizadas para carga, descarga e depósito de materiais e produtos ou de outras zonas potencialmente perigosas, nem de locais onde o ruído dificulte a comunicação e constitua uma fonte de mal-estar.

Acessibilidade

Os espaços de jogo e recreio devem observar as seguintes condições:

 Acessibilidade a todos os utentes, designadamente aqueles que apresentem uma mobilidade condicionada, e que facilitem a intervenção dos meios de socorro e salvamento;

 Estar inseridos na rede de circulação de peões da respetiva área urbanizada, devendo os seus acessos estar bem sinalizados e equipados, designadamente com passadeiras pedonais e iluminação artificial.

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 Ser afastados das zonas de circulação e estacionamento de veículos e, designadamente, daquelas com trânsito mais intenso e rápido;

 Ter soluções de pormenor que evitem o acesso intempestivo das crianças às zonas de circulação e estacionamento de veículos.

No acesso aos espaços de jogo e recreio a partir dos edifícios circundantes deve evitar-se os atravessamentos de vias para veículos, aceitando-se apenas atravessamentos de vias de acesso local.

Proteção contra o trânsito de veículos

Os espaços de jogo e recreio devem estar isolados do trânsito, restringindo-se o acesso direto entre esses espaços e vias e estacionamentos para veículos por meio de soluções técnicas eficientes, devendo ser observadas as seguintes distancias, contadas a partir do perímetro exterior do espaço até aos limites da via ou do estacionamento de, pelo menos:

o 10 m em relação às vias de acesso local sem continuidade urbana e estacionamentos, admitindo-se afastamentos mínimos até 5 m, apenas quando a velocidade dos veículos seja fisicamente limitada a valores muito reduzidos e desde que sejam previstas soluções técnicas eficientes de proteção contra o transito de veículos;

o 20 m em relação às vias de distribuição local com continuidade urbana e estacionamentos, admitindo-se afastamentos mínimos até 10 m, apenas quando a velocidade dos veículos seja fisicamente limitada a valores muito reduzidos e desde que sejam previstas soluções técnicas eficientes de proteção contra o transito de veículos;

o 50 m em relação às restantes vias de circulação de veículos com maior intensidade de tráfego, devendo os espaços de jogo e recreio estar fisicamente separados destas vias.

Os espaços de jogo e recreio existentes à data de entrada em vigor do presente diploma e que não preencham os requisitos estabelecidos no número anterior devem assegurar a proteção contra o trânsito de veículos por meio de soluções técnicas eficientes.

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13 Nas vias de circulação de veículos deve existir limitação de velocidade por sinalização e adequadas soluções de controlo físico da velocidade e da circulação de veículos, adaptadas a cada situação específica, tais como «lombas», bandas sonoras, traçados viários sinuosos, barreiras e interdições localizadas da circulação e estacionamento de veículos.

Proteção contra efeitos climáticos

Os espaços de jogo e recreio devem oferecer abrigo das intempéries, quando se situem em zonas não adjacentes à habitação.

Proteção dos espaços

Os espaços de jogo e recreio devem ser protegidos de modo a:

 Impedir a entrada de animais;

 Dificultar os atos de vandalismo;

 Impedir acessos diretos e intempestivos de crianças às vias de circulação e às zonas de estacionamento de veículos, devendo existir separação física adequada em todas as vias que não sejam as de acesso e distribuição local

Condições de proximidade e visibilidade

Os espaços de jogo e recreio devem:

o Estar situados na proximidade de acessos a edifícios habitacionais ou de instalações de uso coletivo em funcionamento;

o Possuir adequadas e duráveis condições de iluminação artificial.

Conceção e organização funcional

Na conceção dos espaços de jogo e recreio deve atender-se à sua inserção no espaço envolvente, ao objetivo, ao uso e à aptidão lúdica.

Na organização funcional dos espaços de jogo e recreio deve ter-se em conta, nomeadamente:

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 O equilíbrio na distribuição de equipamentos e áreas, designadamente por hierarquização dos graus de dificuldade e pela previsão de zonas de transição, de modo a permitir a separação natural de atividades e a evitar possíveis colisões.

Mobiliário urbano e instalações de apoio

Os espaços de jogo e recreio devem estar devidamente equipados, nomeadamente com: o Iluminação pública;

o Bancos;

o Recipientes para recolha de resíduos sólidos.

Os espaços de jogo e recreio devem, sempre que possível, estar devidamente equipados com bebedouros e telefone de uso público ou, em alternativa, devem possuir estes equipamentos nas suas imediações, a uma distância adequada e de rápido e fácil acesso para os seus utentes.

Informações úteis

Nos espaços de jogo e recreio deve existir informação distribuída por diferentes locais, bem visível e facilmente legível, contendo, nomeadamente, as seguintes indicações:

o Identificação e número de telefone da entidade responsável pelo espaço de jogo e recreio e da entidade fiscalizadora;

o Localização do telefone mais próximo;

o Localização e número de telefone da urgência hospitalar ou outra mais próxima;

o Número nacional de socorro.

Circulação interna pedonal

Nos espaços de jogo e recreio devem existir corredores de circulação interna pedonal, livres de quaisquer obstáculos, bem identificados, que facilitem a circulação de todos os utentes, designadamente daqueles que apresentem mobilidade condicionada.

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15 Nos casos em que for prevista a possibilidade de utilização de bicicletas, patins ou outro equipamento semelhante, devem ser criados corredores de circulação próprios, devidamente identificados e separados dos corredores referidos no n.° 1.

Obrigação geral de segurança

Os equipamentos e superfícies de impacte destinados aos espaços de jogo e recreio, quando utilizados para o fim a que se destinam ou outro previsível atendendo ao comportamento habitual das crianças, não podem ser suscetíveis de pôr em perigo a saúde e a segurança do utilizador ou de terceiros, devendo, quando colocados no mercado e durante todo o período da sua utilização normal e previsível, obedecer aos requisitos de segurança constantes deste diploma.

Conformidade com os requisitos de segurança

A conformidade com os requisitos de segurança deve ser atestada pelo fabricante ou seu mandatário ou pelo importador estabelecido na União Europeia, mediante a aposição sobre os equipamentos e respetiva embalagem, de forma visível, legível e indelével, da menção «Conforme com os requisitos de segurança».

O fabricante ou seu mandatário ou o importador estabelecido na União Europeia de equipamentos destinados a espaços de jogo e recreio devem apor, ainda, de forma visível, legível e indelével, sobre:

 O equipamento e respetiva embalagem:

 O seu nome, denominação social ou marca, o endereço, a identificação do modelo e o ano de fabrico;

o ii) A idade mínima e máxima dos utilizadores a quem se destine; o iii) O número máximo de utentes em simultâneo;

 O equipamento e os avisos necessários à prevenção dos riscos inerentes à sua utilização.

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 Todo o equipamento e superfície de impacte devem ser acompanhados de um manual de instruções, redigido em português, que contenha indicações adequadas, claramente descritas e ilustradas, respeitando os requisitos previstos nos documentos normativos aplicáveis.

Segurança dos materiais

Os materiais utilizados no fabrico dos equipamentos devem ser duráveis e de fácil manutenção.

Não podem ser utilizados materiais facilmente inflamáveis, tóxicos ou suscetíveis de provocar alergias.

Segurança dos equipamentos

As fundações para a instalação dos equipamentos devem ser executadas de forma a que garantam a sua estabilidade e resistência e não devem constituir obstáculo que ponha em risco a saúde e segurança dos utilizadores.

Os equipamentos dos espaços de jogo e recreio não devem ter:

o Arestas vivas, rebarbas ou superfícies rugosas suscetíveis de provocar ferimento;

o Lascas, pregos, parafusos ou qualquer outro material pontiagudo suscetível de causar ferimento:

o Fixações ao solo salientes e cabos de fixação que possam constituir obstáculo pouco visível e suscetível de provocar acidente;

o Cordas, cabos ou correntes pouco resistentes ou facilmente deterioráveis; o Superfícies que provoquem queimaduras quer por contacto quer por fricção.

Os equipamentos dos espaços de jogo e recreio devem ser concebidos de forma que:

o As dimensões, o grau de dificuldade e a atractibilidade sejam adequados à idade dos utilizadores;

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17 o As junções e as partes móveis não tenham aberturas que permitam prender

partes do vestuário ou provocar entalões de partes do corpo; o Os adultos possam aceder a todas as partes do equipamento.

As zonas elevadas acessíveis dos equipamentos devem ser corretamente protegidas, para evitar o risco de queda acidental.

Área de utilização

Para cada equipamento e superfície de impacte deve ser respeitada uma área de utilização constituída por:

o Área ocupada pelo equipamento e superfície de impacte;

o Área livre de obstáculos, que impeça quer as colisões entre os utilizadores quer as destes com o próprio equipamento;

o Área de transição entre cada um dos equipamentos.

Deve ser feita uma marcação evidente das áreas de jogo ativo associadas aos diversos equipamentos.

Requisitos de segurança para equipamentos específicos

Escorregas

As superfícies de deslizamento devem ser concebidas de modo que a velocidade de descida seja razoavelmente reduzida no final da trajetória.

As acelerações da velocidade do corpo resultante das variações da curvatura do escorrega devem ser limitadas, de modo a não provocarem acidentes devidos ao ressalto e a evitar que os utilizadores sejam projetados para fora da trajetória.

A parte deslizante do escorrega deve ser de fácil acesso.

A entrada da superfície de deslizamento deve ser concebida de modo a desencorajar qualquer tentativa de acesso na posição de pé.

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Equipamentos que incluam elementos rotativos

Os elementos rotativos devem ser concebidos de modo que os riscos de lesão sejam reduzidos ao mínimo, em particular quando o utilizador cai do elemento rotativo ou sai dele ainda em movimento.

Os espaços entre os elementos rotativos do equipamento e as suas estruturas estáticas não devem permitir a introdução de partes do corpo, nem do vestuário, suscetíveis de prender o utilizador ao elemento rotativo.

Baloiços e outros equipamentos que incluam elementos de balanço

Todos os elementos de balanço devem ter características apropriadas de amortecimento dos choques, nomeadamente através do encabeçamento dos topos frontal e posterior do assento do baloiço por uma bordadura em material adequado a essa finalidade, por forma a evitar lesões se um desses elementos atingir o utilizador ou um terceiro.

A colocação dos baloiços e de outro equipamento semelhante deve permitir a apreensão do movimento pendular e impedir o acesso pela retaguarda do equipamento.

Solo

O solo para implantação dos espaços de jogo e recreio deve possuir condições de drenagem adequadas.

Superfícies de impacte

As superfícies de impacte devem ser concebidas de acordo com os requisitos estabelecidos nos documentos normativos aplicáveis.

Não é permitida a utilização de superfícies de impacte constituídas por tijolo, pedra, betão, material betuminoso, macadame, madeira ou outro material rígido que impossibilite o amortecimento adequado do impacte.

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Da manutenção

A entidade responsável pelo espaço de jogo e recreio deve assegurar uma manutenção regular e periódica de toda a área ocupada pelo espaço, bem como de todo o equipamento e superfícies de impacte, de modo que sejam permanentemente observadas as condições de segurança e de higiene e sanidade.

Manutenção do espaço de jogo e recreio

Para que seja assegurada uma manutenção regular e periódica do espaço de jogo e recreio devem ser efetuadas verificações de rotina que abranjam toda a área ocupada pelo espaço de jogo e recreio, incluindo, nomeadamente, as vedações, os portões, o mobiliário urbano e as instalações de apoio.

Sempre que se verifiquem deteriorações suscetíveis de pôr em risco a segurança dos utentes, a entidade responsável pelo espaço de jogo e recreio deve diligenciar a sua reparação imediata ou se esta não for viável a imobilização ou retirada do elemento danificado.

Manutenção dos equipamentos e superfícies de impacte

A manutenção dos equipamentos e superfícies de impacte deve ser assegurada de acordo com o disposto nos documentos normativos aplicáveis.

Caso os equipamentos ou as superfícies de impacte apresentem deteriorações suscetíveis de pôr em risco a segurança dos utentes, a entidade responsável pelo espaço de jogo e recreio deve diligenciar a sua reparação imediata ou, se esta não for viável, a imobilização ou retirada do equipamento.

Quando apenas uma parte do equipamento tenha de ser desmontada ou retirada, deve também aquela entidade proceder à proteção ou desmontagem das fixações ou das fundações do equipamento.

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20 Sempre que a superfície de impacte seja constituída por areia, aparas de madeira ou outro material semelhante, deve ser assegurado o nível de altura da camada de material adequada à absorção do impacte.

Condições hígio-sanitárias

A entidade responsável pelo espaço de jogo e recreio deve manter o espaço permanentemente limpo, incluindo os equipamentos, as superfícies de impacte, o mobiliário urbano e as instalações de apoio.

Sempre que a superfície de impacte seja constituída por areia, aparas de madeira ou outro material semelhante, deve proceder-se à sua renovação completa pelo menos uma vez por ano.

Livro de manutenção

A entidade responsável pelo espaço de jogo e recreio deve possuir um livro de manutenção que contenha os seguintes elementos:

o Projeto geral de arquitetura e demais especialidades que elucidem sobre a distribuição dos equipamentos, o posicionamento das infraestruturas e o desenvolvimento do espaço de jogo e recreio;

o Listagem completa e detalhada dos equipamentos, dos seus fornecedores e dos responsáveis pela manutenção;

o Programa de manutenção e respectivos procedimentos, adequados às condições do local e do equipamento, tendo em conta a frequência de utilização e as instruções do fabricante;

o Registo das reparações e das principais ações de manutenção corrente efetuadas;

o Registo das reclamações e dos acidentes.

Seguro de responsabilidade civil

A entidade responsável pelo espaço de jogo e recreio terá de celebrar obrigatoriamente um seguro de responsabilidade civil por danos corporais causados aos utilizadores em virtude de

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21 deficiente instalação e manutenção dos espaços de jogo e recreio, respectivo equipamento e superfícies de impacte.

O valor mínimo obrigatório do seguro referido no número anterior é fixado em 50 000 000$ e será automaticamente atualizado em Janeiro de cada ano, de acordo com o índice de preços no consumidor verificado no ano anterior e publicado pelo Instituto Nacional de Estatística.

Da fiscalização

A fiscalização do cumprimento do disposto neste Regulamento compete às câmaras municipais.

O Instituto Nacional do Desporto fiscaliza os espaços de jogo e recreio cuja entidade responsável seja a câmara municipal.

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4.Programas de terceira idade

O envelhecimento da população tende, com o progresso material e a evolução do conhecimento médico, a aumentar e, consequentemente, cresce a necessidade de se programarem ações relacionadas com a Animação para a terceira idade. Daqui resulta, igualmente, uma procura cada vez mais crescente de um perfil de Animador preparado para intervir nesta faixa etária.

A animação de idosos é a maneira de atuar em todos os campos do desenvolvimento da qualidade de vida dos mais velhos, sendo um estímulo de vida mental, física e afetiva da pessoa idosa.

Este tipo de animação deve tornar todos os idosos mais ativos e interventivos, tornando-os mais úteis e solicitando a sua participação. É importante não infantilizar o idoso, nem sobrevalorizar algumas situações.

A Animação na terceira idade funda-se, portanto, nos princípios de uma gerontologia educativa, promotora de situações operativas, com vista a auxiliar as pessoas idosas a programar a evolução natural do seu envelhecimento, a promover-lhes novos interesses e novas atividades, que conduzam à manutenção da sua vitalidade física e mental, de perspetivar a Animação do seu tempo, que é, predominantemente, livre.

Consiste na atuação de forma a favorecer, promover e aumentar a qualidade de vida dos idosos, estimulando-os de forma mental, física e afetiva. Pretende-se facilitar o acesso a uma vida mais ativa e mais criadora, contribuindo para a melhoria das relações e

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23 comunicação com os outros. Para uma melhor participação na comunidade e desenvolvendo a personalidade do individuo e a sua autonomia.

Objetivos da animação para Idosos

 Promover a inovação e novas descobertas;

 Valorizar a formação ao longo da vida;

 Proporcionar uma vida mais harmoniosa, atrativa e dinâmica com a participação e o envolvimento do idoso;

 Incrementar a ocupação adequada do tempo livre para evitar que o tempo de lazer seja alienado, passivo e despersonalizado;

 Valorizar as capacidades, competências, saberes e cultura do idoso, aumentando a sua autoestima e autoconfiança.

Competências do animador de idosos:

1. Entusiasmo: motivar idosos;

2. Empatia: compreender os idosos, colocar-se no lugar deles;

3. Atitude construtiva: ser positivo, demonstrar seriedade, comentários positivos; 4. Ter espírito de adaptação;

5. Organizar o espaço;

6. Possuir uma grande variedade de atividades/jogos;

7. Planificar e preparar os jogos /atividades com antecedência; 8. Apresentar os jogos/atividades com clareza;

9. Observar e acompanhar os idosos durante os jogos/atividades.

Modalidades de animação

Animação Lúdica

A animação lúdica é um tipo de animação que tem como objetivo divertir as pessoas e os grupos, ocupar o tempo, promover convívio e divulgar os conhecimentos, artes e saberes.

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24 Este tipo de animação está especialmente dirigido para o lazer, o entretenimento e a brincadeira.

É importante que estas áreas sejam desenvolvidas com os idosos pois para além de trabalhar a sua parte física trabalha também a parte social, de convivência e a parte cognitiva e psicológica.

Desporto e Recreio

Esta animação engloba atividades físicas que podem ser praticadas em equipa ou individualmente, com ou sem fins competitivos. Os desportos mais aconselháveis para os idosos são o atletismo, os jogos tradicionais, a natação, o ténis, a pesca, o golfe e a marcha. As atividades recreativas são realizadas em e para o grupo e têm por objetivo o recreio, o convívio, a solidificação das relações sociais e o desenvolvimento comunitário.

Como atividades recreativas tem-se os bailes (carnaval, final de ano, etc.), os torneios de jogos de cartas, os desfiles de moda, as marchas populares, as festas de aniversário e dos santos populares, as procissões, os jornais de parede, os piqueniques, a decoração de casas ou ruas com flores e outros adereços de papel, concursos de poesia, prosa ou fotografia, etc.

Turismo sénior

A Animação turística para a terceira idade requer processos de vivência, convivência e, sobretudo, uma ação comprometida com o seu desenvolvimento pessoal.

A Animação turística para a 3.ª idade deve ser entendida como um conjunto de atividades, que transformam o ver no envolver, o viver no conviver, desafiando o turista numa estratégia de desenvolvimento pessoal e humano numa determinada fase do seu percurso de vida.

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25 A integração ativa social, através da Animação turística, procura não limitar a pessoa a observar apenas o meio mas a interagir com ele. Na Animação turística não há turistas forasteiros e residentes anfitriões, existem pessoas com necessidade de interagir, de se relacionarem e de promoverem ações sociais, culturais e educativas dinâmicas, geradoras de laços fortes que confiram sentido às relações humanas.

A animação turística sénior deve ser entendida com um conjunto de atividades, que transformam o ver em envolver, o viver em conviver, desafinando o turista numa estratégia de desenvolvimento pessoal e humano numa determinada fase do seu percurso de vida. Quando se planeia uma viagem com idosos deve-se ter em atenção se o local para onde se vai e onde vão ficar instalados está preparado para acolher pessoas com dificuldades de locomoção.

Visitas culturais

As visitas culturais são idênticas ao turismo sénior, a grande diferença é a duração, enquanto o turismo sénior remete para vários dias as visitas têm, por norma, a duração de um ou dois dias.

Principais roteiros das visitas culturais:

 Museus;

 Exposições;

 Cidades e monumentos históricos;

 Teatro e cinema;

 Feiras;

 Parques Naturais.

O “Turismo Sénior” insere-se, desde logo, nos grandes desígnios da atividade turística, em geral, e do Turismo Social, em particular, que podem ser enunciados, em síntese, da seguinte forma:

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 Criar condições de acesso aos benefícios do Turismo ao Maior número de cidadãos trabalhadores;

 Desempenhar um papel ativo no reforço da economia e na criação de emprego constituindo-se como fator de coesão social;

 Conciliar desenvolvimento turístico, proteção do ambiente e respeito pela identidade cultural das comunidades locais.

Para garantir a qualidade da experiência turística dos Seniores, os programadores devem estabelecer dispositivos que prevejam:

 Fatores básicos de qualidade, como segurança, higiene e saúde, interesses ambientais, independência, acessibilidade aos serviços e instalações e normas de proteção ao consumidor;

 Uma alimentação saudável e exercício físico, assim como outros fatores que constituam o bem-estar físico, bem como aqueles que constituam o bem-estar espiritual e qualidade de vida;

 Interação com as comunidades locais;

 Dinamização de visitas turístico-culturais, promoção de experiências educativas e das culturas e patrimónios locais;

 Atividades de animação, incluindo espetáculos ao ar livre;

 A elaboração de programas de acesso facilitado às Termas;

 Altos padrões de serviço, atividades sociais estruturadas, flexibilidade nos programas, ritmo e intensidade adequados para as atividades físicas, assim como informação clara e precisa.

Gastronomia

Na vida dos idosos a gastronomia assume um papel fundamental, quer como consumidores, quer como executantes. É também na culinária que os idosos se podem sentir mais úteis, devido aos seus conhecimentos e experiências.

Ao trabalhar a culinária é possível:

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 Estimular a criatividade na preparação de alimentos.

 Manter e transmitir receitas antigas e tradicionais, como licores, doces, enchidos, etc.

 Aproveitar e reutilizar diversos alimentos.

O jogo

O jogo tem um papel essencial na educação e na animação. O jogo é bastante importante no processo de socialização e de desenvolvimento intelectual, social e motor.

A realização de jogo com grupos de crianças, adultos ou idosos é das melhores formas de transmissão de mensagens, de aprender e de diversão.

Com o jogo consegue-se:

 Aumentar o grau cultural e o compromisso coletivo;

 Aumenta o número de amizades e relacionamentos;

 Canalizar a criatividade;

 Divertir;

 Libertar tensões e emoções;

 Obter integração intergeracional;

 Orientar positivamente as angústias quotidianas;

 Refletir;

 Ter predisposição para realizar outros trabalhos.

Animação educativa

Atividades de Ciência

As atividades de ciência não são muito vulgares na animação de idosos, no entanto podem proporcionar momentos muito interessantes e didáticos. Ao apresentar-se algumas experiências científicas, os idosos manifestam a sua surpresa ao descobrirem como acontecimentos com que lidaram a vida toda, tem explicações muito simples.

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Expressões

Este tipo de animação permite ao idoso explorar e cativar os sentidos. São os sentidos que recolhem informações com as quais constroem as imagens mentais, necessárias à construção de conceitos.

Estas atividades permitem educar o corpo, o gesto, a audição, a voz, a visão. Aumenta a capacidade de interpretação, expressão e criação que o idoso tem do mundo. Aumenta, também, as experiências dos idosos, desenvolvendo ou alargando a sua sensibilidade, imaginação e sentido estético.

As expressões mais conhecidas são:

 Expressão dramática.

 Expressão musical.

 Expressão plástica.

Expressão dramática

É das principais formas de atividades educativa, pela diversidade de formas que pode tomar, sendo adaptada aos objetivos a desenvolver e às ideias e meios disponíveis.

Ajudam no desenvolvimento bio-psico-sócio-motor, permitindo jogar com a expressividade, criatividade e consciência de valores, a par com o relacionamento social. É de grande importância para a dinâmica do grupo.

A aplicação deste tipo de atividade requer do animador uma grande motivação e uma série de pressupostos:

1. Pesquisa sobre o tema a desenvolver. 2. Criação do ambiente (meio e o local).

3. Motivação do grupo para o ambiente da ação.

Após esta fase de investigação e motivação, o animador passa por três fases, até à sua conclusão.

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1ª Preparação

Aqui faz uma reunião com o grupo para discussão de como vão desenvolver o tema, distribuição de papéis, materiais a consumir e distribuição de tarefas. Segue-se uma série de trabalhos de grupo como: adaptação de vestuário, construção de acessórios e cenários, preparação de sons, luzes, etc.

2ª Atuação

Que começa pelo ensaio de cada uma das partes, preparação e disposição cenários, vestuário e maquilhagem, colmatando com a representação em si.

3ª Avaliação

Analisa-se o ocorreu bem ou mal, retirando do que correu mal ensinamentos úteis para melhores resultados futuros.

O sucesso de uma atividade dramática depende do grau de maturação e recetividade do grupo e do animador, assim como das características do meio e do material disponível. As técnicas de expressão dramática mais utilizadas são:

 Mímica: representação por gestos de uma história, acontecimento ou situação.

 Expressão Oral: é a transmissão ou expressão de sentimentos, através de uma articulação semântica e gramatical correta das palavras. Trabalha-se a entoação, o ênfase, a clareza e o ritmo da voz.

 Jogo Dramático: são improvisações sobre temas dados, onde se exercitam a imaginação e a criação artística.

 Dramatização: após dominar bem a expressão oral e o gesto e, o jogo dramático vai-se para a dramatização de pequenas peças ou textos.

Expressão Musical

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30 O seu objetivo é desenvolver o ouvido musical, o sentido rítmico, o reconhecimento e reprodução de frases musicais. É uma oportunidade de expressar ideias e sentimentos, por parte de quem a utiliza.

A atividade musical desenvolve a capacidade de observação e atenção e leva a pessoa a envolver-se e a participar. Os temas a desenvolver devem ser adaptados às situações ou objetivos que pretende incrementar, aos espaços e materiais disponíveis, aos interesses e nível de conhecimentos do grupo.

As atividades musicais desenvolvidas em grupo, numa comunidade, permite desenvolver a socialização e a responsabilização. Estas atividades desenvolvem também a motricidade, através de exercícios de expressão verbal e vocal, percussão corporal, técnica instrumental e movimento.

Em anexo, vai um conjunto de atividades, onde podem pôr em prática as diferentes atividades musicais.

Expressão plástica

A expressão plástica é das mais diversificadas, das expressões, contribuindo para:

 Desenvolvimento da imaginação, criatividade e realização de projetos.

 Desenvolvimento das aptidões técnico-manuais.

 Desenvolvimento do sentido crítico.

 Compreensão do poder comunicativo das imagens visuais.

 Desenvolvimento da capacidade de análise e recriação de imagens e objetos de arte, de valor simbólico.

Antes de iniciar uma atividade de expressão plástica, o animador deve ter em conta os conhecimentos anteriores do grupo e procurar fazer uma ligação interdisciplinar, com a expressão dramática e musical.

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31 A expressão plástica tem uma forte ligação com as expressões anteriores, contribuindo com as suas técnicas para uma globalização das áreas abordadas.

Trabalhos manuais

O desenvolvimento de trabalhos manuais é bastante utilizado no trabalho com idosos, pois através dos trabalhos pode-se estimular o idoso a nível da motricidade fina (membros superiores), a nível cognitivo, nomeadamente a concentração e criatividade e também como deve estar sempre presente o entretenimento e o lazer.

Os trabalhos manuais que podem ser desenvolvidos são:

Pintura – pode ser realizada em tela, papel, tecido, madeira, entre outros.

Colagem – baseia-se na utilização de pequenos recortes de jornais, revistas, ou folhas coloridas que podem, posteriormente, colados em objetos, painéis e cartazes.

Desenho – baseado na estimulação da criatividade dos idosos.

Tecelagem – com ela podem-se fazer tapetes, cachecóis, bases individuais para refeição, quadros decorativos, entre outros.

Picotagem – com ela pode-se fazer trabalhos interessante onde é trabalhada a perfeição e o equilíbrio dos membros inferiores. Com um pico pode-se recortar uma imagem ressaltar determinados pontos de um desenho e dar efeitos decorativos a cartazes, folhetos e postais.

Expressão dramática

Dinâmicas de grupo

A Dinâmica de grupos consiste no estudo das interações entre membros do grupo, tendo em consideração o seguinte:

 A participação dos membros nas decisões e solução dos problemas;

 A natureza dos grupos: sua constituição, estrutura, funcionamento e objetivos;

 A interdependência entre os membros do grupo;

 A coesão do grupo;

 A pressão social exercida sobre o grupo;

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 Os processos de liderança no grupo.

Técnica quebra-gelo

 Ajuda a tirar as tensões do grupo, desinibindo as pessoas para o encontro;

 Pode ser uma brincadeira onde as pessoas se movimentam e se descontraem;

 São recursos que quebram a seriedade do grupo e aproximam as pessoas.

Técnica de apresentação

 Ajuda a apresentar-se uns aos outros. Possibilitando descobrir: quem sou, de onde venho, o que faço, como e onde vivo, o que gosto, sonho, sinto e penso... Sem máscaras e subterfúgios, mas com autenticidade e sem violentar a vontade das pessoas;

 Exige diálogo verdadeiro, onde partilho o que posso e quero ao novo grupo;

 São as primeiras informações da minha pessoa;

 Precisa ser desenvolvida num clima de confiança e descontração;

 O momento para a apresentação, motivação e integração. É aconselhável que sejam utilizadas dinâmicas rápidas, de curta duração.

Técnica de integração

 Permite analisar o comportamento pessoal e de grupo. A partir de exercícios bem específicos, que possibilitam partilhar aspectos mais profundos das relações interpessoais do grupo;

 Trabalhar a interação, comunicação, encontros e desencontros do grupo;

 Ajuda a sermos vistos pelos outros na interação de grupo e como nos vemos a nós mesmos. O diálogo profundo no lugar da indiferença, discriminação, desprezo, vividos pelos participantes em suas relações;

 Os exercícios interpelam as pessoas a pensar suas atitudes e seu ser em relação;

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 Tem como objetivo eliminar as tensões, soltar o corpo, voltar-se para si e dar-se conta da situação em que se encontra, focalizando cansaço, ansiedade, fadigas etc. Elaborando tudo isso para um encontro mais ativo e produtivo;

 Estas técnicas facilitam um encontro entre pessoas que se conhecem pouco e quando o clima de grupo é muito frio e impessoal;

 Devem ser usadas quando necessitam romper o ambiente frio e impessoal ou quando se está cansado e necessita retomar uma atividade. Não para preencher algum vazio no encontro ou tempo que sobra.

Técnica de capacitação

 Deve ser usada para trabalhar com pessoas que já possuem alguma prática de animação de grupo;

 Possibilita a revisão, a comunicação e a perceção do que fazem os destinatários, a realidade que os rodeia;

 Amplia a capacidade de escutar e observar;

 Facilita e clareia as atitudes dos animadores para que orientem melhor seu trabalho de grupo, de forma mais clara e livre com os grupos;

 Quando é proposto o tema/conteúdo principal da atividade, devem ser utilizadas dinâmicas que facilitem a reflexão e o aprofundamento; são, geralmente, mais demoradas.

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5.Programas adaptados a portadores de deficiência

O Deficiente e o Desporto

Não existem grandes diferenças nos motivos, pelos deficientes e pelos atletas dito normais, como responsáveis na sua decisão de praticar desporto.

Ao longo do tempo o conceito de desporto tem sofrido algumas variações devido à evolução da cultura dos diferentes povos e a um melhor conhecimento do fenómeno desportivo. Durante muito tempo o desporto foi associado à masculinidade, à força, resistência e velocidade, ao jovem de ombros largos e perfeito em todo o seu ser.

Esta imagem ficou abalada ao emergir o lema “ Desporto para todos”. Hoje praticam desporto os homens e as mulheres, as crianças e jovens, os adultos e os idosos, os saudáveis e os doentes, os “ normais” e os deficientes.

O deficiente tem direito à prática desportiva. O desporto é um direito que assiste a todos os cidadãos, independentemente da sua condição. O desporto deve chegar a todos e a cada um.

Inicialmente, o desporto para deficientes contemplava uma vertente clinicamente terapêutica. Mais tarde, juntamente como valor fisiológico.

Com esta evolução, passa a ser notório, que, o desporto contribui para o desenvolvimento da performance dos deficientes, para um melhor conhecimento das suas capacidades efetivas, para aumentar a sua autoestima e para alertar a população em geral. Isto é, o desporto dá a possibilidade do deficiente demonstrar à sociedade e a si próprio que ser deficiente não significa ser inválido.

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35 Assim, o desporto passa a ter um papel fundamental para o deficiente pois contribui para a sua (re)integração na sociedade.

Então ao participar em atividades desportivas proporciona ao deficiente:

 Auto conceito / imagem corporal

 Capacidade física

 Ajustamento social

 Favorecer a imagem corporal, contribuindo para o “aceite” do corpo e consequente relação corporal e afetiva com os outros.

O desporto deverá permitir ao doente visualizar um caminho positivo para a vida, orientando o seu comportamento para a saúde, para a sua personalidade, para a sua vida em sociedade, para a sua motricidade e perante si mesmo.

Eis alguns exemplos de modalidades desportivas:

 Atletismo (a pé ou em cadeira de rodas)

 Natação

 Futebol (de 5 e de 7)

 Boccia

 Basquetebol (a pé ou em cadeira de rodas)

 Voleibol

 Ténis (a pé ou em cadeira de rodas)

 Ténis de Mesa (a pé ou em cadeira de rodas)

 Ciclismo (triciclo, bicicleta e tandem)

 Xadrez  Goal Ball  Bowling  Ginástica  Pesca  Tiro

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 Tiro com Arco

 Esgrima

 Halterofilia

 Judo

 Remo (na água ou indoor)

 Vela

 Hipismo

Programação de animação desportiva para pessoas com deficiência mental

A deficiência mental refere-se a um estado de funcionamento atípico no seio da comunidade, manifestando-se logo na infância, em que as limitações do funcionamento intelectual (inteligência) coexistem com as limitações de comportamento adaptativo.

Atitudes, comunicação e comportamentos

 Recolha de informações (história familiar, ambiente socioeconómico,...).

 Determinar as capacidades da pessoa. Não subestimar as capacidades e interesses.

 Não assumir que a pessoa com deficiência terá também outras.

 Com uma pessoa em cadeira de rodas ou baixa estatura assumir a posição de sentado em frente da mesma.

 Ser paciente, sem ser super-protector ou indulgente.

 Não assumir de imediato que uma pessoa em cadeira de rodas necessita de ajuda.

 Permitir a participação em todas as atividades que se oferece ao grupo.

 Comunicar de forma aberta e clara independentemente da sua incapacidade.

 Ofereça ajuda para realização das atividades, mas não o faça antes de lhe ser solicitada.

 Repetir as instruções e sempre que possível demonstrar. Dar feedback frequentes.

 Use terminologia apropriada na comunicação.

 Limite as barreiras do envolvimento.

 Explicar a atividade e assegurar-se que a pessoa percebeu as instruções.

 Assegurar de que o tempo de execução é suficiente. Permitir a repetição.

 Rever todos os procedimentos de segurança. Alguns indivíduos podem não ter a noção do risco.

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 Caso uma PPDM caia espere indicação da pessoa se precisa de ajuda. Se for pedida ajuda, pergunte de que forma o deve fazer.

 Não remova os equipamentos auxiliares da área de atividade das PPDM.

 Elabore programas que permitam oportunidades de sucesso, novas experiências e desafios para os participantes.

 Providenciar igualdade de oportunidades na realização das atividades. Adaptar as atividades.

 Encontrar soluções para que as pessoas se sintam em segurança, desejem agir e possam conquistar autonomia.

Atividades

 Dança tradicional/ moderna

 Tiro com arco

 Atividades em aparelhos com cordas

 Escalada  Jogos tradicionais  Atividades aquáticas  Musculação/ cardiofitness  Passeios pedestres Materiais  Materiais similares

 Ser criativos, inovadores e ter a capacidade de adaptar os equipamentos, sem desprezar nunca os aspectos de segurança.

 Critério de participação deve ser adequado ao potencial do participante, às possibilidades de adaptação dos equipamentos e às questões de segurança e não relativa deficiência do sujeito.

Espaços

 Fase inicial é; preferível que as sessões decorram em espaços mais reservados e só depois do grupo estar preparado que devemos “utilizar espaços abertos”.

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 É necessário criar condições no espaço físico envolvente que restrita o movimento e a participação, reduzir as barreiras arquitetónicas –portas, escadas, etc., e as barreiras naturais.

Nº de pessoas a enquadrar

Atividades Nº máx. Pessoas a enquadrar

Nº máx. PPDM

Dança tradicional/ moderna 1 15

Tiro com arco 3 8

Atividades em aparelhos com cordas 3 8 Escalada 3 8 Jogos tradicionais 2 8 Atividades aquáticas 3 11 Musculação/ cardiofitness 2 8 Passeios pedestres 2 8 Aspectos de segurança:  Linguagem simples.  Flexíveis e criativos.

 Sessões previamente preparadas.

 Informar os técnicos que ajudam a enquadrar a atividade sobre os aspectos de segurança e sobre o plano de sessão.

 Sobre o risco da atividade, planear quando e como o comunicamos às pessoas, porque se sentem insegurança já não realizam a atividade.

Tipo de organização das atividades

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 Visualização de revistas e vídeos

 Desenho

 Conversámos

 Selecionamos os alunos de acordo com o seu interesse pela atividade

 Formámos um grupo de 9 utentes

 Primeira Fase Escalada - Numa parede indoor os alunos efetuaram travessias laterais. Como equipamento de segurança foram usados capacetes e colchões para eventuais quedas.

 Segunda fase Escalada - Exemplificamos a escalada de uma via de 3 metros numa parede em outdoor, após o qual os alunos iniciaram a realização.

 Terceira fase Escalada - Abrimos duas vias de 5 metros, uma ao lado da outra. Como estratégia o técnico escalou ao mesmo tempo que o aluno dando-lhe feedbacks positivos e de informação sobre qual a melhor presa para agarrar. Com alguns alunos não foi necessário utilizar esta estratégia uma vez que não apresentaram receio na realização.

Passeio Pedestre - Alguns conselhos…

 Caminhadas Curtas e Pedagógicas;

 Foto Paper;

 Jogos Tradicionais ou lúdicos (pistas);

 Brincadeiras”;

 Comunicação;

 Muitas Paragens;

 Fotografia;

Tiro com Arco - Alguns conselhos…

•1º Distância Pequena (+-3/4 metros)

•Ajudar a efetuar a puxada com pequena abertura, sempre com apoio •+ de 4 metros só se o grupo tiver experiência ou se já passamos a 1ª fase

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40 •2 monitores para o controlo do grupo em espera;

•Atividade de risco (zona de segurança);

Dança Tradicional e Moderna - Alguns conselhos…

 Música Tradicional (Zumba na Caneca)

 Música Moderna (Portuguesa ou Brasileira)

 Gestos Simples (comer, beber, chuto, palmas)

 Repetir e repetir…

 Promover Espetáculos

Recomendamos para o ensino de atividades de recreação e de desporto de natureza com PPDM, que as habilidades básicas ou fundamentais sejam incluídas e consideradas como conteúdos básicos numa primeira fase dos programas de intervenção.

Só após haver um nível de execução adequados e deverá avançar para o ensino/experimentação das suas formas mais exigentes e para a sua integração em atividades desportivo-motoras mais complexas.

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6.Adaptação de programas ao espaço

Adaptação de jogos recreativos na água

As atividades recreativas levam ao doente o descobrimento do seu próprio corpo, a uma relação entre o movimento e o desenvolvimento tanto intelectual como físico, às relações sociais, à comunicação verbal e não-verbal e à aprendizagem da maioria das capacidades de autonomia possível.

O efeito lenificado da água proporciona ao deficiente o tempo suficiente para reagir e aprender a utilizar o seu corpo com maior liberdade, considerando que neste meio se podem suprimir grande número de ajudas de carácter técnico.

Será de grande importância a forma como se segura debaixo da água, para que se sinta segura, mas sem anular as sensações que provoca este meio.

Na água os deficientes vão encontrar: uma maior mobilidade articular, a facilitação de movimentos e uma perceção afinada das manobras, a um relaxamento muscular, a sedação das dores, à diminuição da resistência dos deslocamentos, a um trabalho propriocetivo, a tranquilidade e relaxamento.

A piscina

É de grande importância a temperatura a que se encontra a água. É com grande facilidade que podemos alterá-la, obtendo efeitos bem diversos. O organismo humano consegue manter a sua temperatura, sem que haja necessidade de adicionar mecanismos termorreguladores.

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42 É preciso ter em conta em não manter o deficiente durante tempos prolongados a uma determinada temperatura, este apresentará uma menor capacidade de defesa. Por isso temos que ter cuidados especiais quando colocamos um deficiente na água.

O deficiente encontrará uma certa dificuldade a resistir à turbulência (ao movimento da água) e à força que se opõe à deslocação do corpo ou segmento. Apresenta mais instabilidade quando é colocado em piscinas de ondas, no mar, ou jatos de água.

Os deficientes serão apropriadamente equipados com: bóias nos braços, ou um colete para permitir uma maior mobilidade e para o deficiente não tocar tanto no chão da piscina. Dentro da piscina deverá encontrar-se um terapeuta.

A altura da água deve aproximar 85 metros, para dar mais segurança ao deficiente. A piscina deve ter escadas num dos cantos, e à sua volta deve ter um corrimão.

Jogos recreativos adaptados

“ Disco voador”

Atividade: Formar grupos de duas pessoas e lançar o disco voador de um jogador para outro.

Adaptação:

A distância que separa os dois jogadores deve ser curta - O tipo de lançamentos deve variar

- Os jogadores poderão jogar sentados, numas cadeiras de borracha que flutuam em cima da água

- Os discos deverão ser leves, e deverão ter uma adaptação própria para os jogadores terem facilidade a pegarem no disco

Material: Discos, cadeiras de borracha.

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43 Atividade: Formar as equipas e colocar uma rede no meio da piscina, com o objetivo de passar a bola por cima da rede em direção à equipa adversária.

Adaptação:

- A bola não deve ser pesada, e o tamanho poderá variar (ex. bola de praia) - A altura da rede deve ser baixa, de modo que os jogadores tenham facilidade a passar a bola para a equipa adversária

- Introduzir algumas regras mais acessíveis. Por exemplo: um jogador pode tocar duas vezes seguidas na bola, a equipa não pode tocar na bola mais de quatro vezes, sem passar para o outro campo

Material: Rede, bolas

“ A bola gigante”

Atividade: Formar grupos de três, e cada grupo colocará a sua bola gigante num canto da piscina; um jogador coloca-se em cima da bola, e com a ajuda dos restantes membros, vai ser realizado um movimento de deslize (da bola).

Adaptação:

- O jogador poderá optar por várias posturas: deitado de boca para baixo ou de boca para cima, sentado…

- Um dos membros da equipa deve ser o terapeuta, para agarrar a bola com mais força, para esta não rebolar. Deve agarrar o jogador (conforme a postura do jogador)

- A bola deverá ter de cada lado umas pegas onde o jogador poderá colocar as mãos, sentindo-se seguro (não necessitando ajuda do terapeuta).

- A bola deve ser resistente

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“Aquacesto”

Atividade: Formar equipas, com objetivo de lançar bolas para dentro dum cesto. Adaptação:

- A bola não deve ser pesada

- A altura do cesto deve distanciar aproximadamente 1 m e 20 cm da água - Os jogadores deverão estar sentados em cima dum flutuador

- As medidas do campo não devem ser grandes, para os jogadores não se afastarem muito do cesto

- Aumentar o número de cestos consoante o número de jogadores Material: bola, flutuadores, tabela e cesto de Basquetebol.

“Tiro ao Meco”

Atividade: Lançamentos de bolas com o objetivo de derrubar objetos que se encontram na borda da piscina

Adaptação:

- A distância do lançamento deve ser curta para facilitar o movimento

- O tamanho dos objetos deverão ser de grande volume, para facilitar a visualização do objeto e o seu derrubamento

- O tamanho da bola deverá ser pequena e não muito pesada (ex. bola de ténis) - A posição de jogador poderá ser sentado (nos flutuadores), de pé ou em cima dumas camas;

- A resistência das camas flutuadoras deve ser grande

- Os objetos a derrubar devem ser leves para facilitar o derrubamento Material: bolas, flutuadores, camas flutuadoras, garrafas de refresco, tábuas.

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45 “ Vamos à pesca”

Atividade: Pescar peixes de plástico com canas de pesca Adaptação:

- O tamanho dos ganchos (tanto do peixe como o das canas) devem ser grandes, para facilitar a pesca

- Os ganchos devem ter íman, para facilitar a aproximação

- Os jogadores poderão estar de pé ou em cima de pranchas de windsurf - Os peixes devem ser flutuadores, encontrando-se ao nível da água

- Os peixes devem ser de várias cores, e estas devem ser cores garridas para facilitar a visualização

- A cana deverá ter cerca de 1m de comprimento e o fio cerca de 30cm - A espessura da cana deve ser moderada para facilitar a preensão - A cana deve ser leve.

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Bibliografia

AA VV., Recursos para a animação de grupos, Anigrupos, 2007

AA VV, Turismo acessível, turismo para todos - Guia de referência para profissionais de turismo – uma resposta às necessidades especiais dos turistas com deficiência. CNAD – Cooperativa Nacional e Apoio a Deficientes, 1999

Jacob, Luís, Animação de Idosos, Ed. Âmbar, 2007

Jiménez Casas, Cipriano Luís (coord). Lazer sem barreiras: Guia de turismo adaptado para pessoas com deficiência – projecto CAMI, Kadmos S.C.L. – Salamanca, 2004

Torres, Zilah (2004) Animação Turística, 3ª edição, São Paulo, Editora Roca.

Sites consultados

http://www.cnad.org.pt/

Legislação

Decreto-Lei n.º 379/97, de 27 de Dezembro - Aprova o regulamento que estabelece as condições de segurança a observar nos espaços de jogo e recreio

Referências

Documentos relacionados