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O Homem Que Existia Demais - Possidónio Cachapa

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Academic year: 2021

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Lista de autores, por ordem de saída dos contos:

Pedro Paixão | João Tordo | Rui Zink | Luísa Costa Gomes | Eduardo Madeira | Inês Pedrosa Afonso Cruz | Gonçalo M. Tavares | Manuel Jorge Marmelo | Mário de Carvalho Dulce Maria Cardoso | Pedro Mexia | Fernando Alvim | Possidónio Cachapa | David Machado JP Simões | Rui Cardoso Martins | Nuno Markl | João Barreiros | Raquel Ochoa | -R¤R%RQLƛ¢FLR

David Soares | Pedro Santo | Onésimo Teotónio Almeida | Mário Zambujal | Manuel João Vieira Patrícia Portela | Nuno Costa Santos | Ricardo Adolfo | Lídia Jorge | Sérgio Godinho

Para aceder aos restantes contos visite: Biblioteca Digital DN

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Contos Digitais DN

A coleção Contos Digitais DN é-lhe oferecida pelo Diário de Notícias, através da Biblioteca Digital DN.

Autor: Possidónio Cachapa Título: O Homem Que Existia Demais Ideia Original e Coordenação Editorial: Miguel Neto Design e conceção técnica de ebooks: Dania Afonso

ESCRIT’ORIO editora | www.escritorioeditora.com © 2012 os autores, DIÁRIO DE NOTÍCIAS, ESCRIT’ORIO editora

ISBN: 978-989-8507-12-9

Reservados todos os direitos. É proibida a reprodução desta obra por qualquer meio, sem o consenti-mento expresso dos autores, do Diário de Notícias e da Escrit’orio editora, abrangendo esta proibição o texto e o arranjo gráfico. A violação destas regras será passível de procedimento judicial, de acordo

com o estipulado no Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos.

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sobre o autor

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Possidónio Cachapa

Escritor, argumentista, realizador e professor universitário. Doutorando em Ciências da Comunicação e formado em Realização Televisiva, é autor dos romances A Materna

Doçura (1998), Viagem ao Coração dos Pássaros (2000), O Mar Por Cima (2002), Rio da Glória

(2006), O Mundo Branco do Rapaz-Coelho (2009), do livro de contos Segura-te Ao Meu Peito

Em Chamas (2003), além de diversos contos publicados em Portugal e no estrangeiro,

e do livro de crónicas O Meu Querido Titanic (2005). Escreveu para teatro as peças Shalom,

Hipnotizando Helena e A Cibernética (que coencenou em 2005). Argumentista de curtas

e longas metragens, de documentários e programas de humor para televisão, trabalha ainda como realizador em vários filmes, destacando-se o documentário Adeus à Brisa, sobre a vida e a obra do escritor Urbano Tavares Rodrigues e a adaptação cinematográfica da sua novela O Nylon da Minha Aldeia. A sua obra foi adaptada ao teatro e ao cinema e está traduzida em diversos países.

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O Homem Que Existia Demais

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Possidónio Cachapa

Pediu-me que segurasse no volante e tomasse o lugar dele, antes de passar o corpo magro pela janela do carro em movimento e subir, sabe-se lá como, para o cimo do teja-dilho. Eu continuei o caminho pela estrada de terra batida, habituado como estava ao seu caráter. Outra pessoa teria entrado em pânico, ao ver-se num carro aos esses, enquanto o seu anterior condutor se sentava no topo do tejadilho, a fumar. Não o via, claro, mas podia imaginar que estaria a segurar-se pelos dedos finos, a qualquer lado, enquanto, com a mão que segurava o cigarro, desviaria os longos cabelos prateados da cara. Riu-se, de certeza, uma vez ou outra, e é capaz de ter ficado arranhado nalgum ramo mais baixo de uma das árvores com que nos cruzámos. Mas isso nunca lhe importava. Era ele, feliz, o sol intenso e o vento na cara, em situação perigosa.

E se alguma coisa distinguia Savage Danny, era nunca ter feito outra coisa a vida toda. A mãe tinha avisado: “Estou a quase a parir, leva-me a um hospital”.

O pai tinha replicado: “Dizes isto, porque foste habituada a ter tudo quanto querias; a ser mimada. Devias ter pensado nisso, antes de te juntares comigo”.

Ela levara a mão ao baixo ventre, com uma careta, e respondera: “Tens razão. Devia ter pensado melhor, antes de fugir contigo”.

Ele passou a perna por cima da mota de fraca potência e deu ao pedal da ignição, que ligou ao fim de dois ou três coices. Ela sentou-se de lado, tendo cuidado para não encostar um dos tornozelos nus ao escape ardente. E arrancaram.

Estava um final de dia fresco, ainda não era verão, e a estrada que ia dar à terra onde iriam tomar conta da barraca das farturas era toda às curvas. As árvores escureciam, já. Era uma paisagem agreste, de serras baixas que ladeavam o caminho como um colete

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apertado que não deixasse respirar a vista. Ela sentiu as primeiras dores pouco depois de partirem. Sabia que deveriam parar, mas era orgulhosa. Tinha vinte e dois anos e o cabelo escuro e longo. Apertou a barriga por cima do vestido fininho e rezou para que chegassem depressa. E assim continuou, a arfar, os gemidos abafados pelo barulho da mota e pelo chão de paralelos que parecia trovejar de baixo para cima. As contrações sucediam-se a uma rapidez que ela não tinha previsto e o suor secava-lhe na cara, levado pelo vento. “Vou desmaiar e cair”, pensou. Mas o orgulho era mais forte e só quando a sua mão se cravou como uma garra nas costas do companheiro é que este se apercebeu do que se estava a passar. Travou a fundo, ela rebolou para o chão e uma quantidade de fluidos marcou o trajeto das pedras às ervas onde ficou estendida. Com a mão a tremer, puxou as cuecas de pano encharcadas em sangue e ambos viram que a cabeça de um bebé começava a emergir.

Eram os dois novos e a noite começava a cair, por isso, gritaram em conjunto e ele deu-lhe a mão, olhando em volta sem saber o que fazer, as botas cardadas dobradas debaixo de si. Mas não foi preciso muito mais, porque, como se esperasse apenas uma oportunidade, o bebé soltou-se, quase por si, e foi só preciso ampará-lo para que não caísse na erva e na terra. Com um canivete ferrugento o pai cortou o cordão, enquanto a mãe se deixava ir, para a terra das sombras breves, para a noite que já tinha descido.

Savage Danny disse muitas vezes, rindo, que tinha crescido em óleo rançoso. Talvez isso explicasse a razão por que o seu corpo deslizou em direção às alturas, superando a mãe, o pai e qualquer membro da família de que eles se lembrassem. Também saiu mais bonito. Louro. Pai, mãe e avós morenos, meridionais, e ele era só caracóis. Quando ainda era pequeno, a mãe costumava entrar na cabina que lhe servia de quarto e ficar a passar--lhe os dedos pela seda longa e clara, enquanto o sono não lhe vinha.

“Não sei a quem saíste. A mim, não, e à besta do teu pai também não me parece. Devo ter dormido com alguém, em sonhos...” Nessas alturas, invariavelmente, sorria, e Savage Danny também, embora estivesse a dormir. Dos dedos da mãe libertava-se um cheiro permanente a gordura ou ao detergente com que lavava tudo no final da noite. Mas isso ficou-lhe como uma memória boa. O cheiro de alguém que o amava de forma incondicional.

Com o pai a conversa era outra. Nenhuma, na verdade, porque o homem quase não falava. Tratava de tudo o que fosse substância, arranjo, coisa física. As suas mãos grossas e feias podiam tornar-se particularmente sensíveis e atentas com as pequenas coisas. Segurava o encaixe de uma caixa de música com a macieza de uma ama.

“Sobe ali! Vai buscar! Traz esses paus!”, era tudo o que dizia ao filho. Raras vezes este lhe viu cara amável e ainda mais raramente dirigida a si. Mesmo assim, quando ele morreu, tinha Savage Danny nove anos, sentiu alguma pena. Mesmo se nem ele ou a mãe choraram. No funeral estiveram presentes eles, uma prima do pai que veio do Norte

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e duas famílias de feirantes.

“Morreu de quê?”, perguntaram-lhe, muitas vezes, ao longo da vida. “De nada. Rebentou. Caiu para o lado, um dia, a trabalhar. Acontece. Tinha 32 anos, mas parecia um velho”, respondia. “Isso nunca me acontecerá. Gosto pouco de prisões. E o trabalho é uma delas”.

Passou a ir ainda menos à escola, para ajudar a mãe. Deslocavam-se de feira em feira, vendendo farturas, e era preciso alguém que ajudasse. Era uma criança bonita que rapidamente se transformou num rapaz alto, com uma tez delicada, mas uma boca trocista que deixava as raparigas com vontade de fazer chichi quando ele as olhava. Às vezes, durante a adolescência, elas aproximavam-se e ele passava-lhes a mão pela cara, descaradamente. Elas estremeciam nervosas, com a ousadia. Mas, sem lhes libertar os olhos, ele enfiava-lhes uma mão por debaixo da saia apalpando-lhes o sexo. Com a outra segurava a bofetada que ali vinha, abrindo muito a boca, num riso de dentes brancos. Elas chamavam-lhe nomes, faziam-se ofendidas, mas a maioria lembrava durante anos o calor daqueles dedos, os primeiros a tocarem-nas intimamente. Às vezes, vinham um namorado ou um irmão pedir explicações que acabavam, inevitavelmente, com todos a rolar pelo chão, socos e respirações contidas a abafar os golpes.

“Foi isso que te deu a alcunha de Savage Danny”, perguntei-lhe quando o conheci. Ele acendeu outro cigarro, atirou uma baforada para o ar e disse-me, enquanto pensava noutra coisa qualquer: “Não, isso foi por causa dos tigres”.

Aconteceu que, quando ele tinha uns dezassete ou dezoito anos, calhou estarem numa povoação à beira-mar chamada Ladrinheira e, por terem chegado tarde, tiveram de instalar a barraca perto do circo. A mãe tinha ficado nervosa, não gostava de gente que tivesse andado sempre na estrada. Considerava-os uma espécie de ciganos; pessoas que tinham a escola toda no que é preciso fazer para se safar. Mais do que ela. Por isso, evitava-os. Mas, nesse dia, não tiveram hipótese.

Perto da uma da manhã, quando a mãe já tinha fechado tudo e estendido-se sobre o colchão que lhe servia de cama havia vinte anos, ele tinha ficado a fumar um cigarro e a pensar que no dia seguinte teria de tentar encontrar uma rapariga que fosse com ele para a cama. Estava a precisar. Havia mais de um mês que não conseguia agarrar uma carne quente que lhe pusesse o contador dos quilómetros, de novo, a zero.

Foi nessa altura que ouviu o barulho de um corpo pesado que chocava contra a barraca e um gordo, ainda novo, se aproximou trazendo uma garrafa na mão.

“Chamo-me Ricardo Dani. «Danny», de nome artístico”, disse-lhe ele, ao fim de um bocado, que aqui se salta para ir mais depressa ao essencial, “E todas as noites faço dois números de domador, no circo. Neste e noutros que tenham dinheiro para me pagar. Dantes era fácil arranjar trabalho, as pessoas queriam todas ver um homem a dominar um bicho. Fosse um leão, um cavalo ou uma pomba. Mas agora parece que perderam o

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interesse pela coisa. As crianças distraem-se para o lado, os pais olham para os relógios e, de uma maneira geral, já ninguém liga a quem se arrisca a ser mordido, rasgado ou bicado de alguma forma. Habituaram-se a ver os animais em casa, nas televisões. Tudo dentro de uma caixa quadrada que cabe em cima de uma mesa. Sou forçado a concordar que ninguém tem medo de um felino que cabe dentro de uma caixa que se coloca sobre uma mesa. O que mete medo é o tamanho, o cheiro, os dentes. Mas, quando cá chegam, já os viram vezes de mais para apreciar o risco. Por isso, esta arte vai acabar por morrer. Mas o pior, no caso que hoje me aflige, não é isso.”

Fez aí uma pausa, dividiu com o rapaz a garrafa de vinho licoroso mas poderosa-mente alcoólico e, em seguida, contou que lhe tinham arranjado três tigres que eram tão mansos como preguiçosos. Tinham a melhor das boas vontades, entre as refeições de carne de burro e o descanso, desde que não lhes pedissem para saltar de banqueta em banqueta ou através de arcos em chamas. Não que não tivessem sido treinados para isso. Simplesmente, não estavam para se maçar. Eram bichos modernos. Por eles, pro-vavelmente, ficariam sentados sobre um sofá a ver programas de Natureza. O domador, que sempre cumprira com razoável sucesso o seu número, destes bichos não fazia nada. Ainda nessa noite lhe tinham falhado outra vez, preferindo deitar-se na areia da pista, as cabeçorras pensativas viradas para o público, a fazer o que ele lhes pedia, estalando o chicote e soltando palavras de ordem. Uma humilhação. E o mais certo era no dia seguinte ser posto na rua, enquanto os bichos seriam devolvidos ao circo de onde tinham vindo, com um pedido de reembolso.

Falou, falou... Depois disto, Savage Danny não se lembrava bem do que podia ter acontecido. Tinha a vaga ideia de um cheiro intenso a felinos, da porta de uma jaula a abrir-se, de ver o homem, no meio daquela penumbra, dar palmadas em vultos enormes, enquanto dizia qualquer coisa, zangado. Depois o escuro.

Acordou no dia seguinte com gritos. No nariz, o mesmo cheiro pesado a animal, palha e urina. Os seus braços assentavam sobre qualquer coisa quente. Quando abriu os olhos, a custo, descobriu que era dia, que estava no meio do recinto, deitado entre três feras, cada uma a pesar mais de duzentos quilos. Mesmo junto à sua cabeça, encontrou outra, enorme, adornada com dois dentes amarelados. O bicho soltou um ronco que lhe vinha de dentro e que fez as pessoas afastadas gritarem de puro terror. Savage Danny não sabe bem porque o fez, mas toda a gente o viu levantar-se, bater nos flancos dos bichos e encaminhá-los em direção à jaula que estava aberta. Os animais ergueram-se, contraria-dos, resmungando enquanto viravam para ele as monumentais cabeças, mas obedecen-do. Um ainda tentou voltar para trás, mas a bota do rapaz bateu-lhe com força no lombo e ele foi ter com os outros, a uma velocidade maior. Alguém fechou a jaula enquanto o rapaz, sem tomar muito bem consciência do que tinha feito, foi para casa dormir.

Do antigo domador nunca mais ninguém ouviu falar, correndo, por algum tempo,

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que teria sido comido, apesar da ausência de vestígios.

Quando a mãe, por sua vez, soube, chorou, gritou com ele, tentou acertar-lhe com qualquer coisa na cabeça e, depois, disse-lhe que era altura de pensar se queria continuar naquela vida ou seguir noutra direção.

A história dos tigres espalhou-se rapidamente e as pessoas começaram por lhe chamar “Selvagem”, uma vez entender-se assim com as outras espécies, mas alguém (do circo) lançou que lhe deveriam chamar era “Savage” e, em homenagem ao homem desa-parecido, passaria a ser “Savage Danny”.

Savage Danny pensou durante uns dias, enquanto virava os rolos de farturas no óleo quente, e reparou, pela primeira vez, que eles eram em círculo, cortados de qualquer maneira antes de serem embrulhados em açúcar e canela. E que era sempre assim, e que no dia seguinte voltaria a lançar ao óleo mais uns rolos que assariam em círculo, para vender a pessoas que nunca mais iria ver. E foi por isso que se despediu da mãe, lhe pediu dinheiro para comprar uma mota em segunda-mão e se fez à estrada para viver uma vida onde tudo pudesse acontecer. Encontrou uma, grande, bela e negra, em mau estado, mas que ficou quase nova quando o mecânico, namorado da rapariga com quem ele dormiu para o conseguir, a arranjou. Deus é bom e existe, pensou, enquanto passava a perna comprida sobre o couro. Ligou a ignição, rodou os punhos com firmeza, o motor rugiu e ele fez-se à estrada. Às estradas.

O que daí para a frente se passou levaria muito tempo a contar. Mete encontros, trabalhos extraordinários, para o bem e para o mal, mulheres, homens, fome e fartura. Inclui um corpo que se encheu, foi amadurecendo, depois estabilizou numa certa secura que ia todos os dias bem com a sua altura e o cabelo comprido que sempre se recusou a cortar, mesmo depois da moda ter passado e antes que ela voltasse, trazendo barbas e calças que desciam pela cintura abaixo.

Quando o conheci, já não era novo. Mas era como se fosse. Porque todos os dias descobria qualquer coisa da qual não tinha notícia no dia anterior. Tinha, por vezes, épocas de cansaço.

“É tudo a mesma merda...”, dizia-me, os olhos perdidos para lá do fumo do cigarro que raramente largava.

Praticava o sexo com uma competência instintiva, uma espécie de contrato em que ambas as partes teriam de se dar por satisfeitas. Não obrigatoriamente felizes, mas satis-feitas. Caso contrário, queria o dinheiro dele de volta, por assim dizer.

Por mim, estava bem. E tudo assim se manteve entre nós por um tempo muito maior do que eu acharia possível aturar a um nómada. E por causa dele, e de o ter encontrado, fiz outras coisas: saltei de rochedos altos para ribeiras fundas, respondi a pessoas que foram malcriadas comigo, em vez de levar a frustração para casa, saí sem pagar de vários restaurantes onde o atendimento tinha sido mau. Por vezes, fizemo-lo simplesmente por

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capricho, entre risota, enquanto ele dava, calmamente, pedal à ignição. E houve ainda momentos que só para mim foram significativos, porque se não o tivesse encontrado, morreria mais pobre. Teria vivido menos.

Tomei o volante nas mãos, enquanto ele passava pela abertura da janela para se ir instalar sobre o tejadilho do carro.

“Quero passar na estrada onde a minha mãe me disse que nasci”, informara-me, antes de sairmos. Não mencionou de onde quereria ver a paisagem, nem isso seria próprio dele.

Fiz a estrada às curvas, durante vários quilómetros, sentindo, de vez em quando, que ele batia com o pé no tejadilho. A música a gritar alto, dentro e, de certa forma, fora do carro. Estava feliz. Livre e feliz. A fazer o que lhe apetecia. Como desde sempre.

Parei bastante mais tarde, junto à entrada da localidade, porque daí em diante haveria polícia e seria uma chatice, de certeza. O dia estava quente demais para polícias, abafado, até. A região empurrada num vento a queimar.

Saí para descobrir o tejadilho de um carro vazio, a arder ao toque. Sem homens que fumem sobre si. Nada que me surpreendesse.

Com vagar, antes de seguir em frente, libertei de uma cavidade na ferrugem a ponta de cigarro que Savage Danny ali tinha deixado, antes de se ir.

Referências

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