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Resumos da Tertúlia em Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável

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Resumos da Tertúlia em

Segurança Alimentar e

Nutricional Sustentável

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Semana da Alimentação RS 2012

RESUMOS DA TERTÚLIA EM SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

SUSTENTÁVEL

20 de outubro de 2012

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Tertúlia em Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável

Comissão Organizadora

Ana Beatriz Almeida de Oliveira (Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do

Escolar - Cecane UFRGS - e Curso de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Dúnia Martins Ligório (Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar -

Cecane UFRGS).

Fernanda Camboim Rockett (Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do

Escolar - Cecane UFRGS).

Janaína Guimarães Venzke Oliveira (Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição

do Escolar - Cecane UFRGS - e Curso de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Leila Ghizzoni (EMATER/RS-ASCAR).

Luisa Castro (Curso de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do

Sul e Conselho Regional de Nutricionistas 2ª Região).

Maurem Ramos (Curso de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Michele Drehmer (Curso de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Maria Rita Cuervo (Curso de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Rio

Grande do Sul e Curso de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Apoio: Luis Ouriques (Acadêmico de Nutrição UFRGS).

Comissão Científica - Mediadores

Ana Beatriz Almeida de Oliveira (Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do

Escolar - Cecane UFRGS - e Curso de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Luisa Castro (Curso de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do

Sul e Conselho Regional de Nutricionistas 2ª Região).

Marilda Neutzling (Curso de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Michele Drehmer (Curso de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

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Maria Rita Cuervo (Curso de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Rio

Grande do Sul e Curso de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

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© 2012 EMATER/RS-ASCAR

Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio, sem prévia autorização deste órgão.

(Catalogação na publicação - Biblioteca da EMATER/RS-ASCAR) S471r Semana da Alimentação RS (1. : 2012 : Porto Alegre, RS)

Resumos da tertúlia em segurança alimentar e nutricional sustentável / 1. Semana da Alimentação RS, 20 de outubro de 2012, Porto Alegre, RS ; Organizado por Ana Beatriz Almeida de Oliveira [et al.]. - Porto Alegre: EMATER/RS-ASCAR, 2012.

13 p. il.

1. Alimentação. 2. Nutrição. 3. Segurança Alimentar. 4. Segurança Nutricional. 5. Agricultura Familiar. 6.

Agrobiodiversidade. 7. Política Pública. I. Título. II. Oliveira, Ana Beatriz Almeida de.

CDU 612.39”2012”(816.5)(061.3)

REFERÊNCIA:

SEMANA DA ALIMENTAÇÃO RS, 2012, Porto Alegre. Resumos da tertúlia em

segurança alimentar e nutricional sustentável. Porto Alegre: EMATER/RS-ASCAR,

2012. 13 p.

EMATER/RS-ASCAR - Rua Botafogo, 1051 - 90150-053 – Porto Alegre/RS - Brasil Fone (0XX51) 2125-3144

http://www.emater.tche.br E-mail: biblioteca@emater.tche.br.

Normalização: Cleusa Alves da Rocha - CRB 10/2197 e Sabrina Diehl Menezes – CRB

10/2086.

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SUMÁRIO

EIXO I - POLÍTICAS PÚBLICAS E SOCIAIS EM SEGURANÇA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL SUSTENTÁVEL ... 6

1Fluxograma do programa de aquisição de alimentos do município de Porto Alegre... 6

Cristina Menezes de Araujo; Janice Rocha, Carolina Lisboa, Cristiane Santos, Luciane Medeiros, Lísia Teixeira, Juracema Daltoé, Patrícia Silva e Maria Rita Cuervo...6

2 Políticas de alimentação escolar em países da América Latina: responsabilidades dos atores ... 7

Jaqueline Marcela Villafuerte Bittencourt ... 7

3 Segurança alimentar entre famílias de localidades rurais em Gravataí/RS ... 8

Tathiane Muriel Medeiros; Ilaine Schuch; Paulo César do Nascimento ... 8

4(In)segurança alimentar e acesso aos programas de desenvolvimento social e combate à fome de famílias residentes em comunidades quilombolas do estado do Rio Grande do Sul ... 9

Fernanda Souza de Bairros, Marilda Borges Neutzling, Claudia Sofia Monteiro de Barros, Fernanda Carvalho Marques, José Francisco de Souza Santos da Silva. ... 9

EIXO II – DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR E SUSTENTABILIDADE ... 10

1 Agrobiodiversidade crioula em Ibarama ... 10

Giovane Ronaldo Rigon Vielmo; Profª. Lia Rejane Silveira Reiniger; Profª. Marlove Fátima Brião Muniz... 10

EIXO III - ALIMENTAÇÃO E CULTURA ... 10

EIXO IV - COOPERATIVISMO E ALIMENTOS ... 11

1 Contribuições da nutrição na economia solidária: experiência de fomento à segurança alimentar e nutricional na comercialização ... 11

Angélica Cristina da Siqueira; Virgílio José Strasburg ... 11

2 Extensão universitária em cooperativas de produção de alimentos: relato de incubação da área de nutrição ... 12

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EIXO I - POLÍTICAS PÚBLICAS E SOCIAIS EM SEGURANÇA

ALIMENTAR E NUTRICIONAL SUSTENTÁVEL

1 Fluxograma do programa de aquisição de alimentos do município de

Porto Alegre

Cristina Menezes de Araujo1; Janice Rocha2, Carolina Lisboa², Cristiane Santos², Luciane Medeiros², Lísia Teixeira², Juracema Daltoé², Patrícia Silva² e Maria Rita Cuervo¹. .

INTRODUÇÃO: O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA/CDLAF) Compra Direta

Local da Agricultura Familiar, com doação simultânea, visa à promoção do abastecimento alimentar dos produtos cultivados localmente da agricultura familiar. Foi criado como estratégia de combate à insegurança alimentar e nutricional. Como resultado, as comunidades atendidas passam a contar com uma rede de proteção social capaz de oferecer refeições gratuitas ou a preços acessíveis a quem precisa, além de promover o fortalecimento da agricultura familiar, que concentra grande parte dos focos de vulnerabilidade social e de insegurança alimentar no campo. O Programa foi instituído pelo art. 19 da Lei nº 10.696, de 2 de julho de 2003, e regulamentado pelo Decreto nº 6.447, de 7 de maio de 2008. O PAA utiliza processos de comercialização que favorecem a compra direta de produtos de agricultores familiares ou de suas organizações, promovendo a agregação de valor à produção, sendo assim, permite que os agricultores familiares armazenem seus produtos para que sejam comercializados no momento propício, a preços mais justos. Permite a inclusão social no campo por meio do fortalecimento da agricultura familiar. Está contribuindo para a formação de estoques estratégicos, permitindo, assim, garantir o acesso a alimentos em quantidade, qualidade e regularidade necessárias às populações em situação de insegurança alimentar e nutricional. OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho é elucidar o PAA do município de Porto Alegre através de um fluxograma. O Programa beneficia diversas entidades através de repasse financeiro do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), entre elas, a Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Cosans), do município de Porto Alegre, que tem como finalidade realizar conferências municipais de segurança alimentar e nutricional sustentável e participar das conferências estadual e federal, implantar e supervisionar Cozinhas Comunitárias e Restaurantes Populares, implantar e realizar assistência técnica de hortas comunitárias, implantar Agricultura Urbana e Periurbana, capacitar e qualificar as famílias envolvidas nas ações das Microrredes Locais de Segurança Alimentar. Realiza, também, educação alimentar e nutricional para a população em geral, executando gestão solidária inter e intragovernamental. É responsável pela compra de alimentos do PAA para abastecimento do Restaurante Popular, das Cozinhas Comunitárias, do Banco de Alimentos e das Políticas de Assistência Social da Fasc, realiza projeto de capacitações para nutricionistas e agentes comunitários da PMPA, além de curso em parceria com o Sesi Cozinha Brasil, cursos em parceria com o Sebrae: Aprendendo a Empreender e Juntos Somos Fortes Plano Ação Inicial da Cosans. Aplica o Projeto de avaliação nutricional no Núcleo Fome Zero Restinga e de avaliação nutricional de pessoas da 3ª idade no Centro

1 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. 2

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7 Regional Glória/Cruzeiro/Cristal e no Módulo de Assistência Social Ilhas. MÉTODOS: As informações para a elaboração do fluxograma foram coletadas do Manual Operacional e de Orientação ao Programa de Aquisição de Alimentos - Compra da Agricultura Familiar para Doação Simultânea PAA Municipal ano 2010, realizado pelo MDS e pela Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Desde 2003, quando foi criado, o PAA já investiu R$ 1,5 bilhão. Os recursos foram destinados a 432,8 mil agricultores e os produtos adquiridos chegaram a 24,4 milhões de pessoas. O Programa paga a cada produtor R$ 3,5 mil, por ano, na área agrícola, e o mesmo valor, por semestre, no caso do leite. Para que os agricultores sejam atendidos e os alimentos cheguem aos pratos de milhares de brasileiros, o PAA envolve ações do MDS, dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Educação (MEC), Fazenda, Planejamento, da Campanha Nacional de Abastecimento (Conab), além de Estados e municípios. A secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Maya Takagi, lembra que os números da FAO vão ao encontro dos dados do ministério relativos à extrema pobreza - quando o Plano Brasil Sem Miséria foi lançado, no ano passado, eram 16,2 milhões de pessoas nessa situação. “A desnutrição está associada à extrema pobreza, presente nas áreas rurais, no Norte do país, em comunidades indígenas e quilombolas. A redução é o resultado de um conjunto de políticas que o Estado brasileiro vem desenvolvendo”, diz Maya. Ela destaca as ações de transferência de renda, como o Bolsa Família, de acesso à alimentação, ampliação do salário mínimo e estímulo à agricultura familiar.

Palavras-chave: Segurança Nutricional. Agricultura Familiar. Programa de Aquisição de

Alimentos.

2 Politicas de alimentação escolar em países da América Latina:

responsabilidades dos atores

Jaqueline Marcela Villafuerte Bittencourt1 Este trabalho trata das políticas públicas de alimentação escolar de três países da América Latina: Brasil, Bolívia e Chile. Tem como objetivo discutir papéis e responsabilidades dos principais atores da implementação das políticas, no marco contextual dos objetivos e das estratégias das políticas e das relações intergovernamentais e Estado-sociedade de cada país. As políticas públicas são compreendidas como expressão do poder público, são fluxos de decisões e ações intencionais, de (re)construção de sentidos; portanto, as políticas de alimentação escolar são estudadas com base nos sentidos e na configuração de relações peculiares a cada país. A análise das políticas de cada país originou-se de estudo documental e de informações colhidas em entrevistas durante a realização da minha tese de doutorado. A análise comparativa focou as responsabilidades dos atores e a influência exercida na implementação das políticas. Apresentam-se orientações distintas quanto ao escopo e às responsabilidades nas políticas de alimentação: no Brasil, a alimentação escolar na educação básica é universalizada e cada ente governamental desempenha papéis específicos na oferta, havendo, ainda, o controle social por meio de conselhos; no Chile, a política é financiada e regulada pelo governo central, primando pela focalização; na Bolívia, a alimentação escolar é

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8 ofertada em parcerias entre governos municipais e a sociedade, evidenciando-se uma fragmentação no que concerne ao seu público alvo. No Brasil e na Bolívia, a interdependência organizacional sobressai, respectivamente, pela execução compartilhada entre esferas governamentais e entre governos municipais e atores da sociedade. No Chile, o governo central é o ator mais influente e atua de forma mais autônoma.

Palavras-Chave: Programas de Alimentação Escolar na América Latina. Responsabilidade

nas Políticas Públicas. Política Pública. Educação. Nutrição.

3 Segurança alimentar entre famílias de localidades rurais em

Gravataí/RS

Tathiane Muriel Medeiros1; Ilaine Schuch; Paulo César do Nascimento1

INTRODUÇÃO: O consumo alimentar constitui-se em um indicador fundamental para a

caracterização das condições de vida e pobreza da população. A incapacidade de acesso aos alimentos ou aos recursos destinados à produção é o principais causador da insegurança alimentar. Embora o maior percentual da população em condição de vulnerabilidade esteja nas áreas urbanas, a situação mais grave ocorre na área rural. OBJETIVOS: Caracterizar aspectos gerais da segurança alimentar de famílias em áreas rurais do município de Gravataí/RS. METODOLOGIA: Estudo do tipo transversal de base populacional. Foram selecionadas por amostragem aleatória entre 5 e 10% do número total de famílias residentes em localidades rurais do município de Gravataí/RS. Através de entrevistas estruturadas, registradas em questionários, participaram do presente estudo 128 famílias, resultando na totalidade de 453 indivíduos de ambos os sexos e faixas etárias. Foram estudadas as variáveis de sexo, idade, nível de escolaridade, trabalho, renda familiar, infraestrutura, produção agrícola, forma de obtenção e consumo de alimentos. RESULTADOS: Observou-se a predominância da população masculina e um importante percentual de idosos. Da totalidade de indivíduos que compõe as famílias, a maior parte cursou apenas o ensino fundamental. A prevalência de indivíduos que não trabalham foi significativa. Foi predominante a faixa de renda situada entre 1 e 2 salários mínimos. A renda proveniente da agricultura tem uma participação relativa muito pequena e entre as rendas não agrícolas, foram mais prevalentes as aposentadorias. A incidência de auxílio do Governo, em diferentes esferas, foi pequeno, e mais prevalente em famílias que apresentavam menor contribuição da agricultura para renda e para o consumo. A forma de obtenção de alimentos das famílias apresenta forte participação da produção de alimentos para autoconsumo. CONCLUSÃO: No presente estudo, verificou-se que um quarto das famílias pesquisadas apreverificou-sentaram dificuldades para obtenção de alimentos no último ano. A produção para o autoconsumo contribui para a segurança alimentar das famílias, porém, de forma complementar, pois não supre todas as necessidades básicas, sendo necessárias outras formas de obtenção de renda para a aquisição de alimentos e de outros bens.

Palavras-chave: Segurança Alimentar. Autoconsumo. Agricultura Familiar.

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4 (In)segurança alimentar e acesso aos programas de desenvolvimento

social e combate à fome de famílias residentes em comunidades

quilombolas do estado do Rio Grande do Sul

Fernanda Souza de Bairros1, Marilda Borges Neutzling1, Claudia Sofia Monteiro de Barros1, Fernanda Carvalho Marques1

, José Francisco de Souza Santos da Silva1 .

INTRODUÇÃO: Comunidades quilombolas constituem-se em populações socialmente

vulneráveis, alvo de diversos programas governamentais de combate à fome. São escassos os dados no Rio Grande do Sul sobre as condições de vida e segurança alimentar nessas populações. OBJETIVOS: Avaliar o acesso aos programas de desenvolvimento social e combate à fome e a prevalência de (in)segurança alimentar das famílias residentes em comunidades quilombolas do Rio Grande do Sul. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional, incluindo uma amostra representativa de 634 famílias residentes em 22 comunidades quilombolas rurais e urbanas no Estado. Os entrevistadores, após criteriosa seleção e treinamento, realizaram entre os meses de maio e outubro de 2011 visitas domiciliares para aplicação de um questionário padronizado e aferição das medidas antropométricas nos responsáveis pelos domicílios. Os questionários foram digitados no programa Epi Data 3.1 e analisados no SPSS 18.0. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFRGS. RESULTADOS: Entre as 589 famílias entrevistadas, verificou-se que o percentual de famílias beneficiadas pelos Programas Bolsa Família e Distribuição de Cestas de Alimentos era de 41% e 62%, respectivamente. A inclusão no PAA foi relatada por apenas 1,7% das famílias, sendo que a maioria (63,8%) desconhecia totalmente o Programa. Aproximadamente 39% das famílias quilombolas foram classificadas na categoria de insegurança alimentar moderada e grave. No que se refere ao estado nutricional dos responsáveis pelos domicílios, observou-se que 60% dos indivíduos tinham excesso de peso (sobrepeso+obesidade). CONSIDERAÇÕES FINAIS: A elevada prevalência de insegurança alimentar e nutricional entre as comunidades quilombolas e os indicadores de condições socioeconômicas adversas reforçam a importância da implementação efetiva de políticas públicas que visem à erradicação da pobreza extrema e da insegurança alimentar nessas populações.

Palavras-chave: Segurança Alimentar. Comunidades Quilombolas. Políticas Públicas.

Avaliação Nutricional.

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EIXO II – DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR E

SUSTENTABILIDADE

1 Agrobiodiversidade crioula em Ibarama

Giovane Ronaldo Rigon Vielmo1; Profª. Lia Rejane Silveira Reiniger; Profª. Marlove Fátima Brião Muniz

INTRODUÇÃO: A agricultura no Brasil vem causando uma erosão genética, alimentar e

cultural que poderá tomar dimensões irreversíveis caso não haja intervenção no sentido de promover o resgate, a conservação e o manejo sustentável das sementes crioulas. As sementes são ferramentas importantes para o fortalecimento da agricultura e alcance da sustentabilidade e são estratégicas na soberania e segurança alimentar e nutricional dos povos. Nesse sentido, várias ações vêm sendo desenvolvidas em Ibarama/RS. OBJETIVOS: Incentivar o seu uso como forma legítima de conservação in situ de germoplasma, e, com isso, preservar a agrobiodiversidade. MÉTODOS: Foram efetuados cadastros de guardiões, visitas, reuniões, encontros, feiras e seminários, visando à troca de experiências e estimulando o uso na alimentação humana, animal e subprodutos. Outra estratégia foi à sensibilização sobre a importância das sementes dentro de um sistema de produção, assim como a capacitação das famílias sobre o uso na culinária e no artesanato. RESULTADOS: Em Ibarama/RS, nestes 10 anos de caminhada, os guardiões resgataram e preservaram sementes crioulas de dezenas de espécies, formalizaram sua associação e vêm participando de eventos em nível estadual e nacional para socializar ações e resultados. Realizam, também, o Dia da Troca das Sementes e a Festa Estadual do Milho Crioulo, com oficinas de culinária à base de milho e de artesanatos. Em 2011, criou-se um grupo de Guardiões Mirins, hoje com mais de 50 integrantes. No corrente ano, foram realizados o 1º Seminário da Agrobiodiversidade Crioula e a 1ª Feira da Economia Popular Solidária. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As sementes são esperanças de vida e de preservação, e representam uma alternativa tanto para agricultores quanto para populações urbanas, pois são ricas em variabilidade nutricional e funcional e podem favorecer muito o consumidor, promovendo a soberania, a segurança alimentar e nutricional sustentável.

Palavras-chave: Semente Crioula. Agrobiodiversidade. Segurança Alimentar. Soberania

Alimentar. Guardiões das Sementes.

EIXO III - ALIMENTAÇÃO E CULTURA

Não houve inscrição para este eixo.

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EIXO IV - COOPERATIVISMO E ALIMENTOS

1 Contribuições da nutrição na economia solidária: experiência de fomento

à segurança alimentar e nutricional na comercialização

Angélica Cristina da Siqueira1; Virgílio José Strasburg

INTRODUÇÃO: Pela ótica da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e da Economia

Solidária (ES), percebemos relações críticas entre a alimentação e questões econômicas, sociais e ambientais, promovendo a intervenção social pelo nutricionista. Considerando ainda que a Universidade concentra um público numeroso que faz refeições diariamente e o papel social da academia na produção de tecnologias de interesse público, foi criado em 2010 um entreposto da ES na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), chamado “Contraponto: Entreposto de Cultura, Saúde e Saber”, cogerido por grupos da ES e apoiado por membros da UFRGS. OBJETIVOS: Integrar os princípios da SAN às rotinas do entreposto, visando à geração de renda, à construção coletiva de conhecimentos e à disponibilidade de alimentos de qualidade para a comunidade. MÉTODOS: Observação, levantamento de dados e intervenções, abalizadas pela troca de saberes acadêmicos e populares. As atividades são baseadas no método de pesquisa-ação, e têm como enfoque o trabalho como princípio educativo através da autogestão. RESULTADOS: Ações visando à adequação higiênico-sanitária sustentável; resgate da história, propriedades nutricionais, modo de produção e origem dos alimentos; sugestão de alimentos sazonais; e formação de redes entre produtores agroecológicos e grupos da ES. São elaborados instrumentos participativos de diagnóstico, materiais de subsídio às rotinas e treinamentos. Observam-se melhorias na qualificação dos envolvidos, e acesso a alimentos saudáveis no campus.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: As intervenções vão além da segurança sanitária e da

adequação nutricional, promovendo o desenvolvimento do sistema alimentar. A experiência tem se demonstrado promissora, contemplando os objetivos do projeto e disseminando a SAN e a ES na comunidade. Pelo caráter inovador, ocorre um hiato entre a identificação de necessidades e a disponibilidade de referencial científico, demandando a continuidade de pesquisas na área.

Palavras-chave: Segurança Alimentar e Nutricional. Economia Solidária. Comercialização.

Autogestão.

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2 Extensão universitária em cooperativas de produção de alimentos: relato

de incubação da área de nutrição

Angélica Cristina da Siqueira1; Taís Martins da Silva; Virgílio José Strasburg; Marcelo Milan

INTRODUÇÃO: Buscando alternativas para geração de renda, trabalhadores não inseridos

no mercado organizam-se em cooperativas de diversos segmentos. A Economia Solidária (ES) acolhe essa população, construindo novas formas de organização da produção e da sociedade. A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal do Rio Grande do Sul contribui com o papel social da academia, atendendo esses grupos em suas demandas técnicas. A nutrição é contemplada por uma equipe de alunos, técnicos e docentes que incubam duas cooperativas da região metropolitana de Porto Alegre, e atendem outros produtores ligados ao projeto através de um entreposto de comercialização. OBJETIVOS: Atender as demandas técnicas da área de nutrição apresentadas por empreendimentos populares, visando à geração de renda, ao diálogo entre os saberes acadêmicos e populares e à promoção da autonomia dos grupos. MÉTODOS: Desenvolvimento e aplicação de instrumentos participativos e pedagógicos de assessoria técnica. As atividades são baseadas no método de pesquisa-ação, e tem como enfoque o trabalho como princípio educativo através da autogestão. RESULTADOS: Elaboração coletiva de diagnóstico, planejamento e intervenções. As ações realizadas visam à adequação higiênico-sanitária e de ingredientes, à elaboração de fichas técnicas e à rotulagem de alimentos, à formação de redes entre produtores agroecológicos e grupos da ES e à organização de compras coletivas. Observam-se melhorias na qualidade dos produtos, redução dos custos de produção, qualificação dos envolvidos e fortalecimento das relações entre grupos da ES. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Percebe-se que os grupos necessitam de apoio técnico permanente para demandas de maior complexidade, colocando em questão a limitação de tempo do processo de incubação. Apesar disso, os grupos demonstram aprimoramento técnico e maior autonomia para determinadas atividades, evidenciando a colaboração das metodologias para a emancipação dos trabalhadores.

Palavras-chave: Segurança Alimentar e Nutricional. Economia Solidária. Incubação.

Autogestão.

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