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2.5 Indústria de moldes e ferramentas (tooling industry) na India

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2.5 Indústria de moldes e

ferramen-tas (tooling industry) na India

76 • [Principais sectores clientes de moldes e ferramentas especiais (Índia)]

Um mercado em “upgrade” e uma indústria em transformação

A TAGMA (Tool & Gauge Manufacturers Association of India) sugere que o mercado indiano de moldes e ferramentas especiais vale cerca de 5 biliões de USD. Os números da TAGMA para os últimos anos mostram crescimentos globais de 10% ao ano e uma importância dos moldes para plásticos a aproximar-se dos 40% do total e dos 2 biliões USD em valor.

O valor de 5 biliões USD parece no entanto pouco credível, apesar da TAGMA o achar realista. A ser verdade, corresponderia a uma importância relativa da indústria muito superior ao que seria de esperar. O mercado interno dos USA correspondia em 2002 a cerca de 0.25% do PIB industrial. Uma estimativa nossa do mercado chinês no mesmo ano correspondia a cerca de 0.6% do PIB industrial. A estimativa da TAGMA corresponde a qualquer coisa como 2% ou mais do PIB industrial a preços correntes – o que não parece razoável. No entanto, e à falta de para já de outras fontes disponí-veis, tomam-se os valores da TAGMA como indicativos.(*)

Pode também acontecer que se esteja a medir domínios industriais com fronteiras muito diferentes, incluindo (por exemplo) os serviços gerais de ofi cinas metalome-cânicas e os trabalhos de manutenção mecânica e não apenas os domínios habitu-almente considerados como sendo a indústria de moldes e ferramentas especiais. A TAGMA aliás reconhece não dispor de estatísticas fi áveis, Está em curso um trabalho de análise do sector, pelo DSIR, com o apoio da TAGMA, e que visa “collect, collate and analyse the relevant data on Índian Tooling industry which would help stakehol-ders including the government to be able to establish a roadmap for Índia´s tooling success globally” (TAGMA, 2006).

A indústria automóvel será o maior cliente do sector, com cerca de 1/3 da pro-cura. As indústrias de electrodomésticos e de embalagem representarão cerca de um quarto da procura, cada uma delas. A estrutura do mercado, por tipo de clientes, foi estimada a partir das estimativas da TAGMA (2006).

A TAGMA sugere também uma lista das empresas relevantes para o sector de mol-des e ferramentas e com operações na Índia. Algumas mol-dessas empresas foram visitadas pela missão.

A grande maioria dos “toolrooms” da Índia são operações cativas e mais ou me-nos integradas, em especial com a produção de peças plásticas ou metálicas. A

TAG-MA estima o sector em mais de 10 mil unidades, das quais 1000 serão unidades bem (*) Noutro local (www.tagmaindia.org) a TAGMA fala numa estimativa da ordem dos 50 milhões USD, um valor 100

vezes menor! Uma estimativa alternativa, supondo que as importações correspondem a cerca de 1/3 do mercado (como vários empresários do sector sugerem) daria uma estimativa da casa dos 500 a 600 milhões USD para o mer-cado - porventura o valor mais provável. Mas falta informação confi rmativa (agradecem-se as correcções e suporte de Leonor Sopas sobre a questão).

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Uma introdução à Índia

organizadas e com alguma dimensão. A missão teve a oportunidade de visitar algumas dessas unidades mais importantes, onde é patente um bom nível de competências, por vezes até bons níveis de equipamentos, mas produtividades aquém do que seria de esperar, refl ectindo um excesso de mão-de-obra e uma organização do trabalho pouco moderna.

A TAGMA estima também em mais de 10 mil o número de unidades independentes, em geral de pequena dimensão (a maioria serão mais serralharias e ofi cinas de metalomecânica dos anos 60 e 70 em Portugal do que propriamente fábricas). Cerca de 500 serão unidades mais organizadas, fábricas, com maior dimensão e nível de competências. Unidades espe-cializadas apenas no fabrico de moldes ou ferramentas especiais para o mercado, como as empresas portuguesas de moldes, são menos habituais, mas existem. Na missão foi possível visitar algumas, que seriam das melhores no Sul da Índia (e mesmo na Índia). A conclusão é que geralmente apenas têm competências para moldes de complexidade baixa e média, e de dimensão pequena / média. Moldes de grande dimensão e/ou complexidade, em especial se integrados em projectos mais completos e recorrendo a técnicas de injecção mais sofi sticadas, estão fora do alcance da quase totalidade dessas empresas.

No entanto é patente o potencial existente para o futuro, Algumas das empresas indepen-dentes visitadas começam a equipar-se com máquinas e centros de maquinação de alta veloci-dade, exibindo níveis crescentes de equipamentos modernos. Com um espírito empreendedor bem diferente do modelo organizacional de engenharia clássica dos grandes “toolroms” ca-tivos e integrados (dos conglomerados ou grupos industriais), com uma mão-de-obra menos rígida e mais fl exível, estar-se-á a assistir a uma multiplicação destas unidades e é de esperar nos próximos anos

que esse movimento continue, promovendo uma nova classe independente de toolmakers

Indústria automovel (2 e 4 rodas)

GM Bajaj Auto

Ford Forte Motor

Dailer Chrysler Eicher Motors

Volvo Escorts

Skoda Hero group

Volkswagen Hindustan Motors Fiat Kinetic Group

Suzuki Mahindra & Mahindra (M&M) Honda Tata Motors

Toyota TVS Group

Mitsubishi Hyundai Yamaha Kawasaki

Componentes para indústria automóvel

Bosch NTTF

Rinder Dyetk

Faurecia JBM

Siemens Lumax

Johnson Minda Group

Huf Motherson

Delphi Pricol

Visteon Rico Group

TRW Sharda

Lear Sundaram

Lucas Tafe

Scheffanecker Tata Group Stanzen Toyotetsu Varroc Yushin

Hwashin Sungwoo

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173 Electrodomesticos

Electrolux BPL

Whirlpool IFB

Philips Godrej

Gilette Braun Videocon Siemens Bosch LG Electronics Samsung Sanyo Toshiba Industria electrica

Alstrom Larsen & Tourbo

Anchor Le Grand Bhel MK Electric Clipsal Havells Cromptom Greaves Schneider Siemens Teletronica JVC BPL Sony Videocon Sanyo Onida Matsushita Toshiba LG Electronics Philips Thompson Phoenix Molex Motorola HP IBM Tyco Bens de consumo Colgate Palmolive Gillette Levers L’Oreal P&G Reynolds Samsonite Timex Tupperware Embalagem Aptar Bericap Coke Essel Propack Pepsi Seaquist 77 • [Principais empresas clientes (indianas e estrangeiras) de moldes e ferramentas, por tipo de indústria]

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Uma introdução à Índia

e mouldmakers indianos, Estas unidades tendem a ser utilizadores mais intensos de outsour-cing (incluindo serviços de maquinação especializados) e melhores utilizadores dos recursos de máquinas com controlo numérico. Por outro lado a multiplicidade de pequenas ofi cinas e empresas parece ter uma estrutura de “supply chain” minimamente adequada para suportar esta tipologia empresarial, pelo menos nas três zonas urbanas visitadas (Mumbay, Bangalore e Chennai),

Estas unidades tendem também a integrar, de uma forma mais ou menos directa, opera-ções de injecção e montagem de peças, acabando por nalguns casos adoptar um modelo de negócio de fabricante independente para o mercado, mas também com capacidade de for-necer alguns tipos especializados de peças já injectadas (e eventualmente incluindo alguma montagem).

Com um mercado interno a gerar uma procura intensa de moldes e ferramentas, as opor-tunidades para este tipo de novos empreendedores, á partida baseados em máquinas moder-nas e menos dependentes da “legacy” das operações dos toolroms tradicionais, pode vir em meia dúzia de anos a criar uma indústria local mais competitiva do que a actual.

Algumas das unidades captivas integradas tendem agora a expandir-se para fora das fron-teiras internas dos grupos e aparecer no mercado. As suas competências especializadas nal-guns casos poderão ajudar nesse movimento, assim como os seus recursos de equipamentos modernos, mas provavelmente no futuro irão encontrar difi culdades em competir com a nova geração de fabricantes independentes e em ter níveis de produtividade semelhantes, até porque herdam práticas e custos laborais de outra ordem de grandeza.

Um número elevado de instituições, públicas e privadas, dedicadas à formação para a in-dústria de moldes, constitui uma base adicional para o desenvolvimento de novas empresas. Para além da NTFF (visitada), outras instituições são referidas no site da TAGMA (www.

Localização

Para tentar ter uma ideia da estrutura do sector e da localização das empresas na Índia, recorreu-se a uma análise da lista de empresas fi liadas na TAGMA. As empre-sas fi liadas na TAGMA terão tendência a ser as empreempre-sas mais estruturadas do sector, em especial como fabricantes.

A lista inclui 411 empresas, das quais apenas 191 serão empresas industriais, do sector de moldes e ferramentas ou empresas fabricantes de peças plásticas (provavel-mente incluindo ofi cinas de moldes cativas ou integradas). As restantes 219 empresas são fornecedoras do sector, que se agruparam em fornecedores de componentes (36), de serviços (51), de máquinas ferramentas e equipamentos (42) e ainda outros forne-cedores diversos (90) – o que sugere uma boa oferta e estruturação do sector.

Os padrões de concentração das empresas fabricantes de moldes e ferramentas (toolmakers) e injectores são semelhantes aos das empresas fornecedoras. Os estados de Marahastra (efeito de Mumbay), Karnataka (efeito de Bangalore) e Tamil Nandu são os que mais empresas industriais ou fornecedoras do sector apresentam. Mais de 80% das empresas listadas baseiam-se nesses três estados, e Marahastra concentra mais de 40% das empresas. Segue-se Andra Pradesh (5% das empresas).

Entre as 171 empresas fabricantes de moldes e ferramentas, 25 fazem também a fabrico de peças plásticas (para além das 19 empresas fabricantes de peças plásticas fi liadas na TAGMA).

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175 cunhos cortantes e

moldes para prensa

moldes para

plásticos gabarits “gauges”

moldes para injecção total value (million usd)

2002-3 1025 1215 460 330 510 3540 2003-4 1092 1386 511 388 543 3920 2004-5 1115 1593 561 429 612 4310 2005-6 1168 1810 610 465 677 4730 structure (% total) 2002-3 29% 34% 13% 9% 14% 100% 2003-4 28% 35% 13% 10% 14% 100% 2004-5 26% 37% 13% 10% 14% 100% 2005-6 25% 38% 13% 10% 14% 100% cunhos cortantes e moldes para prensa

moldes para plásticos gabarits “gaug-es” moldes para injecção total growth rate (%) 2002-3 2003-4 7% 14% 11% 18% 6% 11% 2004-5 2% 15% 10% 11% 13% 10% 2005-6 5% 14% 9% 8% 11% 10%

80 • [Evolução do mercado indiano de moldes e ferramentas] 78 / 79 • [Mercado indiano de moldes e ferramentas especiais] / [Taxas de crescimento por

tipos de moldes e ferramentas especiais]

moldes para injecção “gauges”

gabarits

moldes para plásticos

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Uma introdução à Índia

t i t+i c mf s o f total MAHARASHTRA 55 9 64 14 18 22 54 108 172 KARNATAKA 46 4 50 7 11 14 15 47 97 TAMIL NADU 33 5 38 6 6 10 8 30 68 ANDHRA PRADESH 10 1 11 3 2 1 5 11 22 HARYANA 8 8 2 1 2 5 13 DELHI 4 1 5 2 2 1 4 9 14 GUJARAT 5 5 1 1 1 1 4 9 UTTAR PRADESH 3 3 1 1 4 KERALA 2 2 1 1 3 Punjab 2 2 0 2 GURUJAT 1 1 0 1 Madhya Pradesh 1 1 1 1 2 Orissa 1 1 0 1 West Bengal 0 1 2 3 3 Total 171 20 191 36 42 51 91 220 411

t = “toolmakers” (fabricantes de moldes); i = fabricantes de peças plásticas (moldadores)

c = fornecedor de componentes; mf = fornecedor de máquinas ferramenta; s = fornecedor de serviços o = outros fornecedores; f= total de fornecedores

Fonte: TAGMA (2006)

Comércio internacional: importações e exportações

Ao contrário da China, a importância da Índia como exportadora de moldes e ferramentas especiais é pequena. Em anexo inclui-se uma análise do comercio in-ternacional da Índia em moldes e ferramentas, por Leonor Sopas (da Universidade Católica Portuguesa), baseada nos dados Comtrade (base de dados da Nações Unidas sobre comércio internacional).

Para a sua análise, e para a análise posterior de detalhe e comparativa dos fl uxos entre a Índia, a China, Portugal e USA, também baseados na Comtrade, convém de-fi nir o que está incluído nos fl uxos considerados. Consideram-se quatro componentes para “moldes e ferramentas”:

- ferramentas para fi eiras de estiragem ou extrusão de metais (FE), corresponden-te ao HS820720 da classifi cação de produtos HS/NC

- cunhos e cortantes, e ferramentas para metais (CC), correspondente ao HS820730 da classifi cação de produtos HS/NC (onde se incluem os moldes e ferramentas para es-tampagem ou prensagem de metais)

- moldes para injecção e compressão de borracha e plásticos (MIBP), correspon-dente ao HS848071 da classifi cação de produtos HS/NC

- outros moldes (outM) para metais, plástico e borracha, etc. (que não por injecção ou compressão), correspondentes ao complemento de MIBP (HS848071) no código de nível superior HS 8480 (moldes para metais (excepto lingotes), plástico, borracha, etc.), onde se incluem os moldes para fundição e para injecção de metais, para plás-ticos que não por compressão ou injecção, os moldes para vidro, ou ainda estruturas para moldes.

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biliões usd, 2004 total FE CC MIBP outM

Importações Comtrade 14,7 0,7 3,6 6,5 3,9

100,0% 4,8% 24,5% 44,2% 26,5%

exportações Comtrade 16,9 0,6 4,2 7,3 4,8

100,0% 3,6% 24,9% 43,2% 28,4% FE = ferramentas para fi eiras de estiragem ou extrusão de metais

CC = cunhos e cortantes e farramentas para metais MIBP = moldes para injecção de borracha e plasticos

outM = outros moldes, que não MIBP (injecção e compressão de metais, ,,,)

milhões usd, 2004 total FE CC MIBP outM

mercado TAGMA 4730 465 1778 1810 677 importações Comtrade 157 27 20 36 74 import / mercado 3,3% 5,8% 1,1% 2,0% 10,9% % total 100% 17% 13% 23% 47% exportações Comtrade 32 4 2 4 22 export / mercado 0,7% 0,9% 0,1% 0,2% 3,3% % total 100% 13% 6% 12% 69%

FE = ferramentas para fi eiras de estiragem ou extrusão de metais CC = cunhos e cortantes e farramentas para metais

MIBP = moldes para injecção de borracha e plasticos

outM = outros moldes, que não MIBP (injecção e compressão de metais, ,,,)

podemos concluir:

- um nível de trafi co da ordem dos 15 biliões USD por ano

- um peso relativo menor das ferramentas para fi eiras de metais (FE), que representam apenas 4 a 5% do trafi co

- uma maior importância dos moldes para plásticos e borracha (MIBP), que representam mais de 40% dos fl uxos comerciais

- um peso intermédio dos cunhos e cortantes (CC) (incluindo moldes para prensas e es-tampagem), da ordem dos 25%

- um peso intermédio semelhantes dos outros moldes (outM), cerca de metade da impor-tância dos MIBP.

- uma tendência crescente dos tráfegos comerciais nos vários grupos, especialmente em moldes (MIBP e outM).

A evolução do comércio de moldes (MIBP+outM) pela Índia mostra

- uma evolução irregular na ultima década, com uma quebra entre 1999 e 2001 (associada uma fase menos expansiva do crescimento da economia) e uma tendência novamente forte-mente crescente nos últimos anos

- um nível de importações muito superior (4 a 5 vezes) ao nível de exportações, sendo esse diferencial ainda mais acentuado quando se consideram apenas os fl uxos de comércio internacional de MIBP

- níveis relativos de importações e de exportações muitíssimo inferiores aos da China. Embora se note alguma preocupação exportadora nas visitas feitas pela missão, a realida-de é que as exportações indianas são muito morealida-destas. As exportações da Índia foram realida-de 32 milhões USD em 2004, contra 157 milhões USD de importações.

A estrutura das importações e exportações mostra um perfi l diferente da estrutura global

82 / 83 • [Comércio mundial de moldes e ferramentas especiais] / [Comércio externo da Índia em moldes e ferramentas especiais]

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Uma introdução à Índia

milhões usd, 2004 importações para o pais exportações para o parceiro ratio import / export

pais parceiro total FE CC MIBP outM total CC MIBP outM total FE CC MIBP outM

India USA 2002 4,00 1,69 0,75 1,56 2,46 0,28 0,62 1,56 0,6 0,2 0,8 1,0 2003 3,32 0,67 0,40 2,25 3,90 0,45 0,99 2,46 1,2 0,7 2,5 1,1 2004 3,75 0,43 0,70 2,62 8,04 5,71 0,59 1,74 2,1 13,3 0,8 0,7 India China 2002 4,36 0,01 1,70 2,65 0,25 0,004 0,162 0,080 17,7 3,0 10,5 33,1 2003 7,45 0,29 1,74 5,42 0,12 0,002 0,033 0,088 60,6 144,0 52,7 61,6 2004 15,00 0,09 0,96 13,95 0,35 0,208 0,088 0,057 42,5 0,4 10,9 244,7 India Portugal 2002 0,224 0,024 0,051 0,149 0,010 0,001 0,000 0,009 23,6 24,0 17,5 2003 0,584 0,034 0,091 0,459 0,060 0,002 0,000 0,058 9,7 17,0 7,9 2004 1,104 0,024 0,259 0,821 0,001 0,000 0,001 1415,4 1052,6 India world 2002 80,92 11,02 21,90 48,00 15,91 0,81 4,52 10,58 5,1 13,7 4,8 4,5 2003 96,00 7,72 40,50 47,78 24,58 1,28 5,32 17,98 3,9 6,0 7,6 2,7 2004 129,38 19,78 47,70 61,90 28,37 2,07 4,09 22,21 4,6 9,6 11,7 2,8 China USA 2002 39,62 11,20 18,96 9,46 41,3 8,98 24,30 8,00 1,0 1,2 0,8 1,2 2003 27,36 7,23 14,61 5,52 61,6 17,92 34,70 9,00 0,4 0,4 0,4 0,6 2004 34,62 13,43 12,64 8,55 85,3 26,29 47,20 11,80 0,4 0,5 0,3 0,7 Portugal China 2002 0,161 0,001 0,151 0,009 0,187 0,002 0,185 0,9 83,9 0,0 2003 0,210 0,187 0,023 1,071 1,039 0,032 0,2 0,2 0,7 2004 0,539 0,006 0,484 0,049 2,341 2,332 0,009 0,2 0,2 5,4

FE = ferramentas para fi eiras de estiragem ou extrusão de metais MIBP = moldes para injecção de borracha e plasticos

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do comércio mundial, com um peso muito inferior dos MIBP nas importações (23%) e especialmente nas exportações (12%), e uma importância muito maior dos outM (47% e 69%, respectivamente).

No caso dos MIBP, a Índia ocupou em 2004 o ranking 29 como importador de MIBP e o ranking 42 como exportador.

As origens das importações de MIBP foram essencialmente asiáticas: Coreia do Sul, Japão, China e Taiwan representaram 69%, e depois europeias (Itália, Alemanha e Suiça, que representaram 15%). Portugal foi em 2004 o 17º fornecedor da Índia.

Os destinos das exportações indianas de MIBP mostram uma grande pulveriza-ção, com uma posição dominante da Nigéria (11%), seguido pelo Japão (10%), França (8%), Áustria (6%) e USA (6%). Mas estes destinos signifi caram apenas 41% das exportações.

Comparando os valores do comércio internacional da Índia com os sugeridos pela TAGMA para o valor do mercado indiano, conclui-se que

- o mercado é essencialmente local e fechado: as importações representam apenas 3 a 4% do mercado e as exportações são marginais (menos de 1%), em todos os seg-mentos salvo nos outros moldes (outM) – onde mesmo assim os níveis são baixos.

- os dados sugerem uma realidade completamente diferente da sugerida por algu-mas das empresas visitadas pela missão, que referiam níveis de importação de moldes (MIBP em especial) de cerca de metade do consumo. Os dados, pelo menos até 2004, estão longe de confi rmar essa percepção. Admite-se que no caso de novos moldes MIBP para a indústria automóvel isso possa ter algum fundamento – mas não parece generalizável ao conjunto do mercado indiano.

Aliás este ultimo ponto parece confi rmado por alguns dados da TAGMA (2006), quando diz que a Índia apenas produz moldes com uma força de fecho até 1500

tone-ladas e que para moldes desse tipo o nível de importação será ja de 40 a 45% e que a procura é superior à oferta.

No caso de moldes de grande dimensão para a indústria automóvel (bumpers, dashboards, paineis de instrumentação, grandes painéis laterais, ...) o nível de importações será de 80 a 90%.

No caso de moldes ou ferramentas para estampagem e prensagem, o nível de importação será de 25 a 30% para moldes pequenos e médios (automóveis, duas rodas, electrodomés-ticos), mas de 85 a 90% para peças grandes de veículos. No caso de moldes para fundição injectada, as importações serão cerca de 50%..

Os dados Comtrade permitem comparar os fl uxos bilaterais de importações e exportações entre a Índia e outros países. Focando a análise sobre as trocas com os USA, China e Portugal, pode-se referir que

- ao contrário da China, o fl uxo de exportações totais da Índia para os USA (principal e mais sofi sticado importador mundial) é pouco relevante – menos de 1 milhão USD de expor-tações de MIBP comparados com 47 milhões USD pela China. Assinala-se um valor anómalo e porventura duvidoso para as exportações de cunhos e cortantes (CC) da Índia para os USA em 2004.

- A China é mais importante que os USA como fornecedor da Índia, e a sua importância tem vindo a crescer, acima de tudos em outros moldes (outM).

- Os fl uxos com Portugal são pequenos, sendo as exportações para Portugal irrelevantes e as importações pequenas, mas com sinais de crescimento (incluindo os MIBP) – o comércio internacional entre Portugal e a China é já bastante superior

- As importações de MIBP andam pelos 48 milhões USD (2004), enquanto que as expor-tações são dez vezes menos (4 a 5 milhões USD).A componente de outros moldes (outM)

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180

Uma introdução à Índia

é a componente dominante , em especial nas exportações (representou cerca de 80% das exportações em 2004).

Uma análise mais fi na permite caracteri-zar melhor a estrutura desta componente nas importações e exportações da Índia. Os dois itens mais importantes de outM são os produ-tos com as classifi cações 848079, moldes para borracha e plásticos (que não por injecção e compressão), e 848049, moldes para metais, por injecção ou compressão (ou seja, “dye casting”, fundição injectada, ...). Em conjun-to estas duas sub componentes representaram 84% das importações de outM em 2004, e 62 % das exportações. As exportações de moldes para borracha e plástico, que não por injecção ou compressão, foram mais do que o dobro dos MIBP. Nas importações, os valores desse grupo e de MIBP foram da mesma ordem de grandeza em 2004.

Máquinas ferramentas

As empresas produtoras de máquinas ferramentas passam também por uma fase de grande crescimento – mas as suas capa-cidades são ainda muito limitadas nos seg-mentos médio / alto.

A produção duplicou de 2003 para 2004, valendo cerca de 200 milhões de euros, se-gundo dados da INTMA (Índian Machine Tool Manufacturer«s Association). As má-quinas ferramentas para corte de metais re-presentam 87% do total.

No entanto o valor das importações de máquinas ferramentas (320 milhões de eu-ros) foi superior ao valor da produção local e mostram crescimentos ainda maiores do que a produção local.

Detalhes sobre as estatísticas da indús-tria podem ser encontradas no site da INT-MA: www.intma.org.

importações exportações 2002 2003 2004 2002 2003 2004 8480 moldes para metais, plasticos,

borracha, ... 69,9 88,2 109,6 15,1 23,3 26,3

71 moldes para injecção e compressão

de borracha e plásticos (MIBP) 21,9 24,6 36,0 4,5 5,3 4,1 outros moldes, que não MIBP

(outM): 48,0 63,6 73,6 10,6 18,0 22,2

10 caixas moldantes para fundição de

metais 2,6 1,5 2,1 0,5 0,7 4,8

20

estruturas de moldes 0,4 0,6 0,8 0,7 1,2 1,1

30

moldes para patterns 0,8 0,4 0,7 0,7 0,5 0,4

41 moldes para injecção e compressão

de metais 2,6 2,5 2,8 0,8 1,4 1,4

49 moldes para metais, que não por

compresão e injecção 10,9 14,4 13,8 1,2 2,6 3,4

50

moldes para vidro 1,4 0,7 0,6 0,1 0,2 0,0

60

moldes para materiais minerais 3,2 3,1 5,2 0,5 1,0 0,8 79 moldes para borracha e plasticos,

que não por compressão e injecção 26,2 40,5 47,7 6,2 10,3 10,4

Unidade: milhões USD

MIBP = moldes para injecção de borracha e plasticos

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