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STOP Infeção Hospitalar! Um desafio Gulbenkian

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Academic year: 2021

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STOP Infeção Hospitalar! Um desafio Gulbenkian

A Fundação Calouste Gulbenkian assumiu a recomendação do Relatório “Um Futuro para a Saúde” de apoiar um programa nacional destinado a reduzir em

50% a incidência das infeções hospitalares, em três anos, em 12 hospitais

públicos selecionados mediante concurso público.

Esta iniciativa foi efetuada em parceria com o Ministério da Saúde e com o Institute of Healthcare Improvement (IHI) e consiste na implementação de um Sistema de Aprendizagem Colaborativa (metodologia Collaborative Breaktrough) nos hospitais selecionados em articulação com os Grupos de Coordenação do Programa de Prevenção e Controlo da Infeção e Resistência aos Antimicrobianos (GCPPCIRA).

O SESARAM, EPE foi um dos 12 hospitais selecionados para integrar o programa. A seleção do SESARAM, EPE teve por base a existência de

GCPPCIRA em funcionamento, o cumprimentos de todos os programas de vigilância epidemiológica obrigatórios pelo Programa de Prevenção e Controlo da Infeção e Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA) e os seus resultados. A Apresentação do Desafio Gulbenkian, STOP Infeção Hospitalar! e a assinatura dos compromissos entre as diferentes entidade e instituições teve lugar no dia 31 de Março de 2015, na Fundação Calouste Gulbenkian e contou com a participação do Sr. Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Dr. Artur Santos Silva, o Sr. Presidente da Comissão da Plataforma “Future for Health”, Sir Lord Nigel Crisp, o Sr. Diretor Executivo do Institute for Healthcare Improvement, Dr. Pedro Delgado, Sr. Ministro da Saúde, Dr. Paulo Macedo e os representantes dos Hospitais selecionados. O SESARAM, EPE foi representado pela coordenadora do GCPPCIRA, Dr.ª Margarida Câmara.

A redução da infeção hospitalar em Portugal foi um dos três Desafios Gulbenkian definidos no Relatório Um Futuro para a Saúde - todos temos um

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O SESARAM, EPE participa na Colaborativa com uma Unidade de Cuidados Intensivos (Serviço de Medicina Intensiva), com os Serviços de Medicina Interna, de Cirurgia Geral (Cirurgia do colon/reto e vesicula biliar) e de Ortopedia (prótese da anca/joelho).

A Equipa STOP Infeção Hospitalar! do SESARAM, EPE é formada pela Presidente do Conselho de Administração, Dra. Lígia Correia, por uma gestora técnico-científica e coordenadora do GCPPCIRA, Dra. Margarida Câmara, uma coordenadora médica, Dra. Manuela Lélis e uma coordenadora de enfermagem, Enfermeira Marta Rodrigues. Existe uma equipa por cada serviço envolvido. A Equipa de Cirurgia Geral é constituída pelas cirurgiãs Dra. Carmo Caldeira, Dra. Lídia Rebolo e pela enfermeira Catarina Correia. Os Ortopedistas, Dr. Marco Freitas e Dr. Manuel Ramos e o Enfermeiro Mauro Fernandes, integram a Equipa de Ortopedia. Os intensivistas, Dr. Gonçalo Silva Dr. Nicodemos Fernandes, conjuntamente com a Enfermeira Elma Pacheco, constituem a Equipa da Unidade de Cuidados Intensivos. O Serviço de Medicina Interna é representado pela médica Dra. Andreia Pestana, Enfermeiro Pedro Tem Tem e Enfermeira Maria Helena Gouveia.

O objetivo dos 12 hospitais é de reduzir as infeções nosocomiais da corrente

sanguínea associadas a cateter venoso central, no Serviço de Medicina

Interna e Unidade de Cuidados Intensivos; reduzir as infeções urinárias

associadas a cateter vesical, no Serviço de Medicina Interna e Unidade de

Cuidados Intensivos; reduzir as pneumonias associadas à intubação; reduzir as Infeções do sítio cirúrgico: cólon e reto, vesícula biliar e prótese da anca e joelho.

São também objetivos da Colaborativa, implementar um modelo que incentive a segurança e a redução das taxas de infeção, prestar aos utentes o cuidado apropriado, oportuno, baseado em evidência, de forma confiável e integrar doentes e familiares na equipa de cuidados.

O objetivo do SESARAM, EPE é reduzir/prevenir infeções, atingindo as seguintes metas até outubro de 2018: reduzir em 50% as infeções urinárias

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associadas a cateter vesical em todos os doentes da Medicina (a definir

ainda objetivo de acordo com os resultados inicias) e em todos os doentes de Cuidados Intensivos, de 3.6 para 1.8 episódios/1000 dias de catéter vesical; reduzir em 50% as infeções da corrente sanguínea associadas a cateter

venoso central em todos os doentes da Medicina Interna (de 1.8 para 0.9

episódios/1000 dias de cateter venoso central) e em todos os doentes dos Cuidados Intensivos (de 0.8 para 0.4 episódios/1000 dias de cateter venoso central); reduzir em 50% as Pneumonias associadas a intubação em todos os doentes dos Cuidados Intensivos (de 11.6 para 5.8 episodios/1000 dias de intubação); reduzir em 50% as infeções do local cirúrgico em todos os doentes da Ortopedia, submetidos a prótese do joelho/anca, de 2.4 para 1.2, em todos os doentes da Cirurgia Geral, submetidos a cirurgia do colon/reto, de 8.33 para 4.15 e nos doentes sumetidos a cirurgia da vesicula biliar, de 3.3 para 1.7.

A monitorização dos resultados, a avaliação de melhorias e a eventual necessidade de introduzir correções de procedimentos serão feitas, mediante a análise dos indicadores de qualidade, que serão publicados mensalmente e em estreita articulação com a Gulbenkian e o Institute of Heathcare Improvement (IHI).

Nos primeiros quatro meses de implementação já foram implementados 27 indicadores de qualidade.

O Projeto já levou a algumas mudanças de processo, ou seja a forma como os profissionais efetuam os procedimentos de colocação e de manutenção de dispositivos médicos invasivos, como cateteres venosos centrais (usados para administrar medicamentos, efetuar diálise ou efetuar monitorizações), cateteres vesicais (usados para drenar e quantificar a urina produzida) e tubos traqueais, estes últimos utilizados na ventilação invasiva dos utentes, ou seja no suporte respiratório.

Entre as infeções que o SESARAM, EPE ambiciona prevenir, infeções das vias urinárias associadas a cateter vesical, infeções da corrente sanguínea associada ao cateter venoso central, a pneumonia associada a intubação e as

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infeções do local cirúrgico, no mês de fevereiro, o Serviço de Medicina Intensiva conseguiu reduzir a taxa de infeção associada ao uso de todos os dispositivos médicos, incluídos no Projeto. Todos os serviços envolvidos conseguiram implementar as medidas propostas e a sua monitorização.

Antes do início do Projeto, o SESARAM, EPE, apresentava baixa incidência de infeções da corrente sanguínea relacionada com cateter central (0.7 episódios/1000 dias de utilização de cateter), registando-se ausência de infeções em alguns meses do ano e mesmo em alguns serviços, contrastando com os últimos dados nacionais conhecidos, referentes a 2013, de 1.2 episódios/1000 dias de cateter.

No que respeita à monitorização das infeções associadas ao uso de algália, não existe nenhum projeto nacional, como o anterior, que obrigue a uma vigilância contínua, pelo que este projeto, pode ser considerado uma mais valia, uma vez que implica essa monitorização. Há já alguns anos que esta é efetuada pelo Serviço de Cuidados e Intensivos e foi iniciada recentemente também pelo Serviço de Medicina Interna.

Outra das infeções com grande intervenção é a infeção do local cirúrgico. Mudanças já foram efetuadas nas preparação dos doentes para a cirurgia, nomeadamente a realização de banhos específicos na véspera e no dia da cirurgia, a realização de remoção dos pelos, apenas em situações excecionais e imediatamente antes da cirurgia, o controlo do açúcar e da temperatura, antes, durante e após a cirurgia e a realização de antibiótico antes da cirurgia, com o objetivos de reduzir as infeções.

Estas alterações vieram melhorar o “Programa de Cirurgia Segura”, já com alguns anos de existência no SESARAM, EPE. Com a grande participação, para além dos enfermeiros e médicos dos serviços de Cirurgia Geral e Orotopedia, dos profissionais, Anestesiologistas e Enfermeiros, do Bloco Operatório. É de salientar, também, o trabalho dos profissionais do Serviço de Urgência.

As taxas de infeção relacionadas com os procedimentos cirúrgicos envolvidos, há alguns anos que são alvo de monitorização contínua, no âmbito do Projeto de Vigilância Epidemiológica das Infeções do Local Cirúrgico (HELICS - ILC) e a maioria dos procedimentos com valores inferiores aos valores nacionais.

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No período de novembro de 2014 até fevereiro de 2016, o SESARAM, EPE apresentou, uma mediana de taxa de infeção associada aos procedimentos da vesícula biliar de 0.0%, uma mediana de taxa de infeção associada aos procedimentos de colocação de prótese do joelho/anca de 0.0% e mediana de taxa de infeção associada a cirurgia do colón/reto de 8.7%, qualquer um deles, inferiores aos valores nacionais de 2013, os últimos publicados pela Direção Geral de Saúde).

Um inovação do tratamento dos utentes, é o envolvimentos dos próprios e dos seus familiares, na manutenção destes dispositivos, com a sua colaboração na prestação de cuidados.

Um dos grandes desafios diários para todos os profissionais de saúde do SESARAM, EPE, é conseguirem integrar as mudanças efetuadas nas suas rotinas diárias, de forma a que os resultados sejam sustentados no tempo. É ambição do projeto nacional e do SESARAM, EPE, o envolvimento de todos os serviços clínicos, para além dos já iniciados, de forma a que todos os utentes tenham acesso, de forma equitativa a cuidados de saúde, com mais qualidade e segurança.

Funchal, 15 de Março de 2016

A Coordenadora do GCPPCIRA e Coordenadora Técnico-científica do Projeto Margarida Câmara

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Score 3: Ciclos de teste com sucesso foram completados para alguns

componentes do Pacote de Mudanças relacionadas com o objetivo da equipa. Início de implementação em pequena escala para alguns componentes das áreas piloto. Evidência no relatório mensal de implementação moderada de medidas de processo (redução de 20-50% nas CLRBSI,VAP, CAUTI e SSI). Evidência de mudança cultural com partilha de dados e utilização dos mesmos para a melhoria e não julgamento.

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Referências

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