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ONCOLOGIA ABORDAGEM NOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS CURSO DE ONCOLOGIA BÁSICA MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA

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ONCOLOGIA

A

BORDAGEM

NOS

C

UIDADOS

DE

S

AÚDE

P

RIMÁRIOS

Marta Fazendeiro

Assistente Convidada - Universidade da Beira Interior Médica de Família UCSP S. Miguel – ULS de Castelo Branco

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Cancro: Fenómeno Global

Desenvolvem cancro ao longo da sua vida Morrem de cancro

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Globocan 2018-2020

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Globocan 2020

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Globocan 2020

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Fatores de Risco

Idade Obesidade Bacteria H.pylori Hormonas Radiação Dieta Fumo tabaco Saúde geral Herença genética Químicos Vírus HPV HBV EBV Exposição solar

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 Entre 30-50% de todos os casos de cancro são preveníveis.

 A Prevenção representa a estratégia a longo prazo mais custo-efetiva na prevenção do cancro.

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Tabaco

 O tabagismo é o fator de risco evitável que por si só provoca mais mortes por cancro em todo o mundo e provoca aproximadamente 22% das mortes anuais por cancro.

 O fumo do tabaco provoca muitos tipos de cancro distintos: pulmão, esófago, laringe, boca, rim, bexiga, páncreas, estômago e colo do útero.

 Cerca de 70% da carga de cancro do pulmão pode dever-se ao

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Fatores Alimentares

Excesso de Peso

Obesidade

 Existe uma relação estrita entre o excesso de peso e a obesidade e varios tipos de cancro como o do esófago, cólon e reto, mama, endométrio e rim.

 As dietas ricas em fruta e hotaliça podem ter um efeito protector.

 De modo inverso, o consumo excessivo de carnes vermelhas e conservas pode estar

asociado a um maior risco do

desenvolvimento de cancro do cólon e reto.

 A atividade física regular e a manutenção de um peso corporal saudável com uma dieta saudável são considerados fatores protetores.

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Consumo de Álcool

 O consumo de álcool é um fator de risco para o desenvolvimento de muito tipos de cancro, como o da

boca, faringe, laringe,

esófago, fígado, cólon e recto e mama.

 O risco de cancro aumenta com a quantidade de álcool consumida

 O risco de cancro no doente

que consome bebidas

alcoólicas aumenta

notavemete de o doente for também fumador.

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Infeções

 Os agentes infeciosos constituem cerca de 22% das causas por cancro nos países em desenvolvimento e 6% nos países desenvolvidos.

Hepatite B e C

• Cancro do Fígado

Papiloma Vírus Humano

• Cancro do Colo do Útero

Helicobacter pylori • Cancro do Estômago Schistosoma • Cancro da Bexiga Trematodes • Colangiocarcinoma

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Infeções

Vírus dos linfomas T humanos (HTLV-1)

• Linfomas e Leucemias

Vírus da imunodeficiência humana (HIV)

• Linfoma, Sarcoma de Kaposi

Vírus de Epstein-Barr (EBV)

• Linfoma

Vírus do Herpes Humano 8 (HHV8)

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Agentes Ambientais

 A contaminação

ambiental do ar, agua e solo com productos

químicos carcinogéneos causa entre 1-4% de

todos os casos de cancro.  A exposição a estes

agentes pode ocorrer através do consumo de agua, contaminação ambiental em espaços fechados ou ainda através da ingestão de alimentos contaminados.

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Carcinogéneos Ocupacionais

 São conhecidos mais de 40 agentes que no ambiente laboral são cancerígenos para o homem.

 A relação causal entre os carcinogéneos ocupacionais e o cancro do pulmão, bexiga, laringe, pele, leucemia e cancro nasorafaringeo está bem documentada.

 O mesotelioma (cancro do revestimento exterior do pulmão e cavidade torácica) é causado em grande medida pela exposição ao amianto em contexto laboral.

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Carcinogénios

Carcinogénio Ambiente Tipo de Cancro

Arsénio Mineiros ou trabalhos com

pesticidas

Pulmão, Pele, Fígado

Asbestos Construção civil Pulmão, Mesotelioma

Crómio Metalúrgicos, Eletricistas Pulmão

Radão Mineiros Pulmão

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Radiações

 As radiações ionizantes são carcinogéneas para o homem.

As radiações ionizantes podem provocar

leucemia e varios tumores sólidos e os riscos são maiores quanto mais jovem for a pessoa exposta.  Calcula-se que a exposição residencial ao gás

radão que emana do solo e dos materiais de construção causa entre 3-14% dos casos de cancro do pulmão.

As radiações ultravioleta e em particular as solares são carcinogéneas para o homem e são responsáveis pelos principais tipos de cancro de

pele: carcinoma basocelular, carcinoma

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Hereditariedade

Condição Neoplasia

Retinoblastoma hereditário Retinoblastoma

Xeroderma pigmentoso Pele

Tumor de Wilms Rim

Sindrome Li-Fraumeni Sarcomas, cérebro, mama, leucemia

Polipose Adenomatosa familiar Cólon, Reto

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Não fume. Não use qualquer forma de tabaco.

Faça da sua casa uma casa sem fumo. Apoie regras anti-tabágicas no seu local de trabalho.

Tome medidas para ter um peso saudável.

Mantenha-se fisicamente ativo no dia a dia. Limite o tempo que passa sentado.

Tenha uma dieta saudável

•Coma bastantes cereais integrais, leguminosas, vegetais e frutas.

•Limite os alimentos muito calóricos (com muito açúcar ou gordura) e evite as bebidas açucaradas.

•Evite as carnes processadas (enchidos, carnes fumadas, etc.); limite as carnes vermelhas e os alimentos com elevado teor de sal.

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Se consumir álcool, limite o seu consumo. Não consumir bebidas alcoólicas é benéfico para a prevenção do cancro

Evite a exposição excessiva ao sol, especialmente para as crianças. Use protetor solar. Não use solários

No seu local de trabalho, proteja-se de substâncias cancerígenas seguindo as instruções de segurança e saúde.

Verifique se está exposto a radiação derivada de altos níveis de radón natural em casa. Tome medidas para reduzir os níveis elevados de radón

Para as mulheres: A amamentação reduz o risco de cancro da mama. Se puder, amamente o seu bebé. A terapêutica hormonal de substituição (THS)

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Assegure-se de que os seus filhos estão vacinados contra a Hepatite B (recém-nascidos) e o Vírus do papiloma humano (HPV) (raparigas).

Participe em programas organizados de rastreio do cancro, o cancro colo-retal (homens e mulheres), cancro da mama (mulheres), e cancro do colo do útero

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Prevenção

Primordial

Evitar a emergência de padrões aumentam o risco Ações dirigidas a população Estimulação de comportament os saudáveis

Prevenção

Primária

Evitar fatores de risco para o desenvolvimen to da doença Ações dirigidas a grupos de indivíduos saudáveis Evitar o estabeleciment o de fatores de risco para o cancro

Prevenção

Secundária

Promover a deteção precoce do processo patológico Dirigida a grupos específicos Rastreios

Prevenção

Terciária

Limitar a progressão da doença e complicações; reabilitação Dirigida a indivíduos com a doença Gestão da doença e reabilitação

Níveis de Prevenção

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Prevenção

Quaternária

Evitar os danos associados a intervenções não necessárias Dirigida aos doentes e profissionais de saúde Prevenção da iatrogenia Prevenção

Quinquenária Prevenir o dano no utente Intervenção nos profissionais de saúde Prevenção do “burnout”

Níveis de Prevenção

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Rastreio do Cancro da Mama

O programa de rastreio do cancro da mama destina-se à população do sexo feminino, com idade igual ou superior a 50 anos e igual ou inferior a 69 anos, obedecendo aos seguintes critérios técnicos:

a) Os critérios de exclusão definitiva do programa são a realização prévia de mastectomia e o diagnóstico prévio de cancro da mama;

b) Os critérios de exclusão temporária são a realização de mamografia, com resultado normal, nos dois anos anteriores, a presença de próteses mamárias, a existência de processos inflamatórios ativos ou a gravidez ou aleitamento;

c) O teste primário é a mamografia com dupla leitura, a realizar de dois em dois anos;

d) As mamografias devem ser classificadas segundo o protocolo internacional BI-RADS;

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Rastreio do Cancro da Mama

e) As utentes com mamografias classificadas com BI-RADS 1 ou 2 repetem a mamografia em dois anos;

f) As utentes com mamografias classificadas com BI-RADS 3 devem ser referenciadas para consulta de aferição, bem como os resultados díspares em dupla leitura;

g) As utentes com mamografias classificadas com BI-RADS 4 ou 5 devem ser referenciadas para consulta de patologia mamária.

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Rastreio do Cancro do Colo do Útero

O programa de rastreio do cancro do colo do útero destina-se à população do sexo feminino com idade igual ou superior a 25 anos e igual ou inferior a 60 anos, obedecendo aos seguintes critérios técnicos:

a) Os critérios de exclusão definitiva do programa são a realização prévia de histerectomia total ou o diagnóstico de cancro do colo do útero;

b) Os critérios de exclusão temporária do programa são a presença de sinais ou sintomas ginecológicos;

c) O teste primário é a pesquisa de ácidos nucleicos, dos serotipos oncogénicos, do vírus do papiloma humano (HPV), em citologia vaginal, a realizar de 5 em 5 anos;

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Rastreio do Cancro do Colo do Útero

d) Nos casos em que a pesquisa for positiva para os serotipos 16 e 18, as utentes devem ser encaminhadas para consulta de patologia cervical;

e) Nos casos positivos para os restantes serotipos oncogénicos, deve ser realizada citologia, sendo que as utentes com presença de células atípicas escamosas de significado indeterminado ou de alto grau, que apresentem células atípicas glandulares, bem como as que apresentem lesão intra-epitelial de baixo ou alto grau, devem ser referenciadas para consulta de patologia cervical;

f) As utentes que tiverem citologia negativa, com teste prévio positivo para o HPV, devem repetir a colheita no prazo de um ano.

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Rastreio do Cancro Colo-Rectal

O programa de rastreio do cancro do cólon e reto destina-se à população de ambos os sexos com idade igual ou superior a 50 anos e igual ou inferior a 74 anos, obedecendo aos seguintes critérios técnicos:

a) Os critérios de exclusão definitiva do programa são o diagnóstico de cancro do cólon e reto, de doença inflamatória intestinal ou de síndromes heredofamiliares relacionados com o cancro do cólon e reto;

b) Os critérios de exclusão temporária são a existência de queixas gastrointestinais, nomeadamente alterações significativas do trânsito gastrointestinal nos últimos 6 meses ou a evidência de hemorragia digestiva, bem como a realização de colonoscopia normal nos últimos 10 anos ou de retosigmoidoscopia normal nos últimos 5 anos;

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Rastreio do Cancro Colo-Rectal

c) O teste primário é a pesquisa de sangue oculto nas fezes, pelo método imunoquímico, a realizar de 2 em 2 anos;

d) Aos casos positivos deve ser proposta a realização de colonoscopia total, a qual deve obedecer a critérios de qualidade

adequados ao nível dos

procedimentos e da unidade que a realiza, incluindo a adequada preparação cólica, intubação cecal e visualização de todos os segmentos, assim como uma taxa de deteção de pólipos de acordo com os parâmetros estabelecidos.

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Cancro da Próstata

RASTREIO PARA A POPULAÇÃO GERAL, SIM OU NÃO?

 O objetivo do rastreio de CP é reduzir a mortalidade global e específica por CP resultando em benefícios de saúde para a população rastreada.

 Claramente o rastreio por CP permite o diagnóstico de mais casos de CP e mais casos em estádios precoces ou localizados com melhor prognóstico.

 No entanto, havendo uma baixa taxa de mortalidade nos doentes com CP é de esperar que apenas alguns indivíduos de toda a população rastreada beneficiem do rastreio, havendo o sério risco de diagnosticar uma grande proporção de carcinomas indolentes (sobrediagnóstico).

 Por outro lado, o rastreio pode apenas antecipar o diagnóstico de outros casos de CP mais agressivos sem vir a alterar a história natural dos mesmos nem a sua evolução fatal.

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Cancro da Próstata

RASTREIO PARA A POPULAÇÃO GERAL, SIM OU NÃO?

O European Randomized Trial of Prostate Cancer Screening (ERSPC)4 demonstrou haver uma diminuição de 21% da mortalidade específica por CP no seguimento de 11 anos. No entanto, era necessário rastrear 781 homens e diagnosticar 27

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Cancro da Próstata

RASTREIO PARA A POPULAÇÃO GERAL, SIM OU NÃO?

No entanto, as guidelines da European Association of Urology (EAU) mantêm que o diagnóstico precoce de CP, realizado numa

base individual e após discussão com o doente dos benefícios e

prejuízos, pode ser realizado, sobretudo em alguns doentes de risco:

– Homens com mais de 50 anos de idade;

– Homens com mais de 45 anos de idade e história familiar de CP;

– Homens afroamericanos com mais de 45 anos de idade; – Homens com doseamento prévio de PSA superior a 1 ng/ml aos 40 anos de idade;

– Homens com doseamento prévio de PSA superior a 2 ng/ml aos 60 anos de idade.

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Cancro do Colo do Útero

Sangramento anormal: durante ou após a relação sexual, ou entre menstruações Sangramento vaginal após menopausa Corrimento vaginal anormal Desconforto ou dor durante a relação sexual

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Cancro da Próstata

Sangue na urina ou sémen

Problemas a urinar Desconforto na zona pélvica Sensação de dor ao urinar Dificuldade na passagem da urina Impotência sexual

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Cancro do Esófago

Dor Torácica Dificuldade Deglutição Indigestão Perda de Peso

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Cancro do Estômago

Dor ou desconforto abdominal Náuseas e Vómitos Dificuldade em engolir Perda de Peso Vómitos ou fezes com sangue Enfartamen to

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Fraqueza Anorexia Náuseas

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Diagnóstico

Exame físico Análises Exames de imagem Exames endoscópicos Biópsia Cirurgia Testes moleculares

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Critérios de Referenciação

Diagnóstico

Tratamento

Reabilitação

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Critérios de Referenciação

Diagnóstico

Tratamento

Reabilitação

Rastreios Primeiros sintomas Doença inicial Doença avançada Pós-Terapêutica Paliação

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Laboratório de Competências :: Faculdade de Ciências da Saúde :: Universidade da Beira Interior Av. Infante D. Henrique :: 6200-506 Covilhã, Portugal

Tel: +351 275 329 061 :: Ext: 5061 :: E-mail: lac@fcsaude.ubi.pt

Marta Fazendeiro

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