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Portfólio Sugerido Set/17

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Academic year: 2021

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Carteira Mensal Planner valoriza 7,2% em agosto e acumula alta de 29,8% no

ano. O Ibovespa valorizou 7,5% no mês com ganho de 17,6% até agosto.

O comportamento da B3 no mês de agosto teve a influência da participação ativa de investidores estrangeiros, somando R$ 3,4 bilhões de entrada líquida até o dia 29/08 e dos resultados corporativos do 2º trimestre, mostrando uma melhora no desempenho de grande parte das companhias listadas. Além disso, a variação das cotações da principais commodiites - petróleo e minério de ferro – continuiu dando força às cotações das ações da Vale e Petrobras e também das principais siderúrgicas. Destaque para o anúncio pelo governo federal, de 57 privatizações, incluindo a Eletrobras, aeroportos, terminais portuários e outros ativos importantes. O anúncio deste pacote de privatizações resultou numa valorização expressiva dos papéis da Eletrobras em agosto. O comportamento do mercado de ações foi influenciado também pelo aumento da tensão geopolítica entre a Coreia do Norte e Estados Unidos, com ameaças dos dois lados, provocando reações em outros países.

Durante o mês de agosto, o cenário político permaneceu carregado de incertezas e sem definição para os principais assuntos colocados na pauta dos parlamentares, principalmente as propostas de reforma da previdência e política. No caso da reforma da previdência, o governo já sinalizou que a decisão ficará para o mês de outrubro. No começo do mês o presidente Temer precisou se defender da denúncia de corrupção passiva na Câmara dos Deputados, que acabou tendo uma votação 277 parlamentares a favor do presidente e 227 contra, com 2 abstenções e 19 ausentes, totalizando 492 presentes na casa. Este desfecho, de certa forma já era esperado em função das manobras políticas realizadas em dias anteriores à votação.

Considerando a forte valorização da bolsa nos dois últimos meses e a possibilidade de uma agenda política mais intensa em setembro, optamos por uma Carteira concentrada em papéis com perfil defensivo, com empresas destaques nos seus setores e ainda com algum potencial de valorização, neste mercado já esticado. A valorização da B3 nos dois útlimos meses teve uma forte influência do fluxo de capital de estrangeiros que pode não sustentar o mesmo apetite em setembro. A nova denúncia preparada pelo Procurador Geral da República Rodrigo Janot contra o presidente Temer e também o final de seu mandato no dia 17 deste mês, poderão mexer com o humor dos investidores.

Do lado da economia, os principais indicadores seguem mostrando que há espaço para a confirmação de mais uma redução importante (1,0 pp) na taxa básica de juros Selic, na próxima reunião do Copom nos dias 05 e 06 de setembro e alguns setores já começam a trabalhar com perspectivas mais otimistas para os próximos trimestres.

Em agosto a Carteira Planner valorizou 7,23% acumulando ganho de 29,78% no ano superando a alta da B3 que está em 17,60%.

Rentabilidade Acumulada - Carteira Planner

Mês Carteira

Planner Ibov. Dif. (%)

Janeiro 5,34 7,38 (2,04) Fevereiro 4,75 3,08 1,67 Março 4,27 (2,52) 6,79 Abril 5,40 0,64 4,76 Maio (0,90) (4,12) 3,22 Junho (0,75) 0,30 (1,05) Julho 1,47 4,80 (3,33) Agosto 7,23 7,46 (0,23) Setembro - - -Outubro - - -Novembro - - -Dezembro - - -Acum. 2017 29,78 17,60 12,18

Fonte: Planner Corretora e Economatica

Desempenho Acumulado em 2017 70 80 90 100 110 120 130

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov Carteira Planner Ibovespa

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Desempenho da Carteira Planner em Agosto

No mês de agosto a Carteira Planner registrou ganho de 7,23% com destaque positivo para Ferbasa, Tupy e Ser Educacional, nesta ordem. Do lado negativo ficaram MRV Engenharia e Multiplus.

% Contribuição ago/17 Ano Oscilação

BB Seguridade ON BBSE3 27,72 37,00 33,5 4,12 3,99 1,60 10,0 0,41 55,3 140,2

Engie Brasil ON EGIE3 36,10 40,00 10,8 7,46 9,51 0,63 10,0 0,75 23,6 28,8

Ferbasa PN FESA4 15,00 15,00 0,0 22,95 101,19 0,00 10,0 2,30 1,3 1,9

Itauunibanco PN ITUB4 40,35 45,00 11,5 9,25 23,12 10,92 10,0 0,93 246,5 366,3

Klabin UNIT KLBN11 17,12 19,00 11,0 7,87 -0,96 0,65 10,0 0,79 17,4 28,5

MRV Engenharia ON MRVE3 13,49 16,65 23,4 -5,86 28,87 0,32 10,0 (0,59) 6,0 48,5

Multiplus ON MPLU3 37,51 42,00 12,0 -3,91 18,27 0,00 10,0 (0,39) 6,1 11,4

Ser Educacional ON SEER3 29,19 28,00 (4,1) 14,07 58,64 0,00 10,0 1,41 3,6 13,3

Tupy ON TUPY3 16,78 21,50 28,1 15,90 47,29 0,00 10,0 1,59 2,4 7,1

Ultrapar ON UGPA3 73,45 84,00 14,4 0,44 10,07 2,47 10,0 0,04 39,9 138,7

Ibovespa IBOV 70.835 68.920 -2,70 7,46 9,44 16,60 100,0 7,23

IBRX IBRX 29.428 7,35 18,72

IBRX50 IBRX50 11.834 7,28 17,56

Fonte : Planner Corretora e Economatica

Vol. Méd. Neg. / Dia (R$ milhões) Código Bovespa Cot. Fechto R$ / Ação Preço Justo R$ / Ação Valoriz. Potencial (%)

Carteira Mensal: Agosto de 2017

Peso na Carteira Ibovespa Proposto Oscilação - % Empresa Tipo Valor de Mercado (R$ bi)

Portfólio Sugerido para Setembro

Para o mês de setembro retiramos as ações de BB Seguridade, Ferbasa, Itaú Unibanco, Multiplus, Ser Educacional e Tupy. As ações de Ferbasa, Tupy e Ser foram destaques de alta e saíram para realização de lucro. Em substituição a estes papéis entramos com CCR, Ecorodovias, Kroton, Sabesp, São Martinho e Telefônica Brasil.

CCR ON CCRO3 17,46 17,50 0,2 1,67 10,0 35,3 108,6

Ecorodovias ON ECOR3 10,70 11,80 10,3 0,18 10,0 6,0 22,8

Engie Brasil ON EGIE3 36,10 40,00 10,8 0,63 10,0 23,6 28,8

Klabin UNIT KLBN11 17,12 19,00 11,0 0,65 10,0 17,4 28,5

Kroton ON KROT3 17,97 18,50 2,9 2,17 10,0 29,2 168,8

MRV Engenharia ON MRVE3 13,49 16,65 23,4 0,32 10,0 6,0 48,5

Sabesp ON SBSP3 32,15 40,00 24,4 0,94 10,0 22,0 56,7

São Martinho ON SMTO3 17,45 23,50 34,7 0,00 10,0 6,3 12,2

Telefônica Brasil PN VIVT4 48,84 52,00 6,5 1,74 10,0 78,1 69,1

Ultrapar ON UGPA3 73,45 84,00 14,4 2,47 10,0 39,9 138,7

Ibovespa IBOV 70.835 68.920 -2,70 10,78 100,0

-IBRX IBRX 29.428

IBRX50 IBRX50 11.834

Fonte : Planner Corretora e Economatica

Carteira Mensal: Setembro de 2017

Peso na Carteira Ibovespa Proposto Empresa Tipo Valor de Mercado (R$ bi) Vol. Méd. Neg. / Dia (R$ milhões) Código Bovespa Cot. Fechto R$ / Ação Preço Justo R$ / Ação Valoriz. Potencial (%)

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Ações mantidas na Carteira

ENGIE Brasil Energia (EGIE3): Estamos mantendo suas ações em nossa Carteira, reconhecendo o bom momento da companhia, o resultado do 1º semestre de 2017 acima do esperado, um lucro líquido de R$ 942 milhões, com crescimento de 39% em relação ao lucro de R$ 676 milhões de igual semestre do ano anterior. Esse resultado refletiu o crescimento de vendas, a estratégia de

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mitigação de risco hidrológico e a redução de despesas financeiras e de custos de royalties, entre outros. O objetivo da companhia permanece na ampliação de rentabilidade e eficiência, com foco na redução de custos operacionais e despesas gerais e administrativas. Ao final de junho de 2017 sua dívida líquida era de R$ 1,51 bilhão equivalente a 0,4x o seu EBITDA.

Klabin (KLBN11): Mantivemos as units da Klabin na Carteira. A ação é uma opção defensiva dentro do setor de papel e celulose. No setor, a Klabin é a empresa menos exposta às volatilidades cambiais por conta da flexibilidade de sua produção e da baixa exposição ao dólar em relação aos seus pares. Além disso, o cenário segue com perspectiva positiva para o setor, em função dos sinais positivos de retomada da economia doméstica e também pela projeção otimista da demanda interna, somada a níveis de inflação e juros menores.

O cenário é confirmado pelos números da Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO). Em junho, as expedições brasileiras de caixas, acessórios e chapas de papelão registraram alta de 0,84% em relação ao mês imediatamente do ano anterior. Com isso, no acumulado do ano, as vendas registraram alta de 3,16% e a projeção da ABPO é de crescimento superior a 2% este ano em relação a 2016.

A Klabin encerrou o 2T17 com aumento de 17% na receita líquida (R$ 1,9 bilhão), ganho de 10% no EBITDA Ajustado (R$ 595 milhões) tendo sua margem avançado 1 pp para 30%, todos em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. No entanto, a companhia reportou prejuízo líquido de R$ 378 milhões, que foi impactado principalmente pelo resultado financeiro negativo de R$ 669,2 milhões.

MRV Engenharia (MRVE3): Seguimos com a MRV na Carteira para setembro considerando a expectativa de mais um bom resultado no 3T17. Os números do 1º semestremostraram aumento no ritmo de lançamentos e vendas. O VGV lançado atingiu R$ 2,54 bilhões e as vendas contratadas somaram R$ 2,77 bilhões, evolução de 21,3% e 7,1%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2016. A empresa encerrou o 1S17 com receita líquida de R$ 2,14 bilhões (+2,7% sobre o 1S16). O EBITDA cresceu de R$ 312 milhões para R$ 350 milhões com evolução de 12,3% e o resultado líquido somou R$ 271 milhões no 1S17 contra R$ 266 milhões, no mesmo período de 2016.

Um bom desempenho, que tem como destaque a redução dos distratos de R$ 631 milhões no 1S16 para R$ 554 milhões no 1S17, embora a relação distratos/vendas ainda tenha sido significativa, ficando do 20,0% em junho deste ano contra 24,4% no mesmo período de 2016. As perspectivas para a empresa seguem positivas, considerando que já há uma melhor animosidade em relação ao setor, mesmo que a retomada aconteça de maneira lenta. Seguimos com recomendação de Compra para a ação com preço justo de R$ 16,55/ação, o que implica uma valorização potencial de 23,4% em relação à cotação no fechamento de agosto.

Ultrapar (UGPA3): Estamos mantendo a ação, mesmo após seu fraco desempenho neste mês (alta de 0,44%), enquanto o Ibovespa subiu 7,5%. Em agosto, a Ultrapar teve duas más notícias, que impactaram a ação. No dia 2, o Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) reprovou a compra da Alesat. Esta empresa, que é quarta maior distribuidora de combustíveis do Brasil, havia sido adquirida em junho de 2016 por R$ 2,2 bilhões.

No dia 28, a Superintendência-Geral do CADE recomendou a reprovação da operação de venda da Liquigás para a Ultragaz (Ultrapar). Essas notícias foram negativas porque as duas aquisições poderiam permitir saltos importantes na receita, geração de caixa e no lucro da Ultrapar. Acreditamos que estas notícias já estão descontadas no preço da ação, que poderá ter um desempenho melhor em setembro.

O resultado da Ultrapar no 2T17 mostrou queda de vendas nas principais controladas, o que levou à redução da receita consolidada, das margens operacionais e do lucro. O resultado líquido consolidado da Ultrapar no 2T17 atingiu R$ 247 milhões (R$ 0,44 por ação), que foi 32,6% inferior ao 2T16 e 33,2% menor que no trimestre anterior.

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2.

Ações incluídas na Carteira

CCR (CCRO3): Incluímos esta ação na nossa Carteira Mensal porque acreditamos que a CCR é uma boa empresa e pode ter um desempenho ainda melhor. Esperamos que a empresa tenha neste ano um expressivo aumento dos lucros, em função da retomada do crescimento no tráfego em suas concessões rodoviárias e da redução nas despesas financeiras com a queda dos juros.

Os resultados da CCR no 2T17 foram positivos, com aumento na receita de pedágio, incremento na rentabilidade da operação e redução dos custos financeiros. Além disso, a companhia contabilizou elevados ganhos com o aumento da participação em duas controladas, gerando um salto no resultado final. A CCR obteve no 2T17 um lucro líquido pró-forma de R$ 667 milhões (R$ 0,33 por ação), que foi 102,9% maior que no trimestre anterior e 357,8% superior ao do 2T16.

Vale lembrar que no início do ano a CCR fez uma captação de recursos através do lançamento de ações, para reduzir seu endividamento e dar mais fôlego à empresa para aquisição de novas concessões. Foram captados R$ 4,1 bilhões, com a emissão de 254,4 milhões de ações ao preço de R$ 16,00.

Ecorodovias (ECOR3): Entramos com a ação na nossa Carteira, por tratar-se de uma excelente empresa, que tem mostrando recuperação no tráfego das sete concessões rodoviárias que administra, levando ao crescimento dos lucros. No 2T17, o tráfego consolidado da Ecorodovias aumentou 2,9% no total, comparado ao mesmo trimestre de 2016. Este crescimento foi puxado pelo aumento na movimentação de veículos leves (3,7%). No entanto, neste trimestre uma boa notícia foi a elevação robusta no tráfego de veículos pesados (2,1%), depois de muitos trimestres de quedas.

O lucro líquido comparável da Ecorodovias no 2T17 foi R$ 76 milhões (R$ 0,14 por ação), valor 69,1% maior que em igual período de 2016. No trimestre, o custo da prestação de serviços teve uma elevação de 5,7% em relação ao 2T16, um percentual menor que a evolução da receita. Com isso, o lucro bruto cresceu 13,3%. Além disso, a empresa conseguiu no 2T17 reduzir as Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas em 10,0%, o que contribuiu para o aumento do EBITDA em 16,6% e esta margem em 3,6 pontos percentuais.

Kroton (KROT3) – Entramos com a ação em nossa Carteira, principalmente pelos bons fundamentos da Kroton, que é líder no setor de educação no Brasil e pelo momento de consolidação que vive o setor. Acreditamos que, a partir do histórico “agressivo” de operações de M&A, principalmente por parte do CEO da companhia (Rodrigo Galindo) e também por conta do parecer negativo do Cade sobre a fusão com a Estácio (ESTC3), a Kroton voltará a olhar outros players a serem adquiridos. No momento, enxergamos a educação básica como uma alavanca de crescimento para o setor.

Recentemente a Kroton firmou parceria com a BV Financeira, do Banco Votorantim, para a oferta de Financiamento Estudantil Privado (FEP) aos alunos de graduação, com as organizações iniciando a operação já neste 2S17.

O FEP possui duração de 10 anos e abrange todas as instituições da Kroton, representando um complemento importante à atual oferta de parcelamento estudantil, com o propósito contribuir de forma relevante para o acesso ao Ensino Superior no país. Durante o financiamento, o aluno não pagará juros, apenas correção monetária, além de poder contar com prazo de pagamento diferenciado.

A Kroton encerrou o 2T17 com 61,5 mil alunos matriculados em programas do PEP, dos quais 44,0 mil estiveram vinculados ao PEP30/PEP40 e 17,5 mil ao PEP50. Os resultados do 2T17 se mostraram positivos, com avanço de 1,9% (A/A) na base total de alunos e a receita líquida passando para R$ 1,5 bilhão (9,2% A/A). O EBITDA Ajustado cresceu 10,7% (A/A) com a margem passando para 46,1%, com isso o lucro líquido Ajustado foi de R$ 645 milhões (+14,8% A/A) e margem de 42,4%.

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Sabesp (SBSP3): Vemos de forma positiva a posição nas ações da Sabesp. Os números da companhia, desde 2016, têm sido crescentes, impactados por melhor resultado operacional, com crescimento de volume e de preços e uma menor variação dos custos e despesas. Destaque para a redução da dívida líquida e queda da alavancagem financeira. Em termos de resultados a Sabesp registrou no 1S17 um lucro líquido de R$ 1,01 bilhão, com queda de 29,5% em relação ao lucro de R$ 1,43 bilhão do 1S16, basicamente explicado por menor resultado financeiro entre os períodos, uma vez que o resultado operacional melhorou. Na semana passada o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Guarulhos (SAAE) e a Sabesp assinaram o acordo judicial para parcelamento dos débitos do SAAE para com a Sabesp; e o contrato de interdependência para regrar o fornecimento de água no atacado pela Sabesp. A dívida de R$ 2,9 bilhões terá um desconto de 30% e será paga em 480 parcelas mensais, incidindo juros de 0,5% ao mês e correção pelo índice IPCA. O fornecimento futuro de água para Guarulhos será através da constituição de garantia de pagamento à Sabesp pela alienação fiduciária de recebíveis do SAAE, com desconto de 20% sobre o valor mensal faturado dos serviços de fornecimento de água no atacado.

Recentemente a Sabesp assinou com o município de Santo André (SP), protocolo de intenções para elaborar estudos e avaliações para equacionar as relações comerciais e dívidas existentes entre o município e a companhia. No entanto, embora as negociações estejam avançadas, não foi assinado qualquer acordo ou contrato que vincule as partes a qualquer dos pontos em discussão. Porém a decisão de Guarulhos pode nortear está outra negociação também, o que é positivo, em nossa visão.

São Martinho (SMTO3): Incluímos suas ações em nossa carteira em função do bom lucro trimestral e a sinalização de resultados crescentes para o próximo ano Safra. O Grupo São Martinho registrou um lucro líquido de R$ 117 milhões no 1T18 relativo à Safra 2017/18, com expressivo crescimento de 195% em relação a igual trimestre do ano anterior, explicado pelo incremento de receita, melhora do resultado operacional e das margens. Some-se o aumento dos preços de açúcar (resultado das posições de hedge da companhia), combinado com maior volume e preço de energia. O resultado financeiro líquido no 1T18 também melhorou, totalizando uma despesa de R$ 40 milhões, com redução de 46% quando comparado com o 1T17, e refletiu a menor variação cambial neste trimestre.

A alavancagem financeira foi reduzida, reflexo da manutenção do endividamento aliado ao crescimento do resultado operacional. Ao final de junho de 2017 a dívida líquida da São Martinho era de R$ 2,68 bilhões, equivalente a 1,52x o EBITDA, abaixo de 1,95x do 1T17. As perspectivas seguem promissoras, com indicadores favoráveis de melhora operacional, crescimento do lucro e redução da alavancagem. Para a Safra 2017/18 a expectativa da São Martinho é moer 22,3 milhões de toneladas, com crescimento de 15,7% ante 19,3 milhões de toneladas da safra anterior. O mix de produção será de 49% para açúcar e 51% para etanol.

Telefônica Brasil (VIVT4): Retornamos com a ação à carteira de setembro considerando que, a despeito de o setor já estar maduro no Brasil e as chances de continuidade de crescimento serem reduzidas, no que se refere ao volume de acessos e faturamento bruto, a empresa continua mostrando resultados expressivos. No 1S17, a receita líquida somou R$ 21,3 bilhões, aumento de 1,7% sobre o 1S17, o EBITDA cresceu 0,8% totalizando R$ 7,0 bilhões e o resultado líquido foi de R$ 1,87 bilhão, queda de 2,5% em relação ao 1S16. A ação VIVT4 tem um perfil defensivo e pode ajudar a defender a carteira num eventual movimento de realização na bolsa. Além disso, a Telefônica é uma boa pagadora de dividendos.

3.

Ações retiradas da Carteira

BB Seguridade (BBSE3): Estamos retirando suas ações da nossa Carteira após um resultado recorrente do 2T17 abaixo do esperado. A companhia, que reúne os negócios de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil (BB), obteve lucro líquido ajustado de R$ 956,3 milhões no 2T17 com queda de 12% em relação ao 2T16 (R$ 1.086,7 milhões). Esse resultado refletiu piora tanto no desempenho operacional quanto no financeiro.

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O resultado operacional não decorrente de juros registrou queda de 8% sobre igual período do ano passado (de R$ 773 milhões para R$ 710 milhões), afetado, principalmente, pela queda no desempenho da BB Corretora, justificada pelo menor volume de vendas no trimestre, em especial previdência, capitalização e seguro prestamista.

Já o resultado financeiro combinado das coligadas e controladas registrou queda de 22%, de R$ 313 milhões para R$ 246 milhões, impactado principalmente pela queda da taxa Selic, com efeito negativo na remuneração dos títulos pós-fixados; e pela queda da inflação, que reduziu a rentabilidade nominal dos ativos financeiros remunerados com base nesses indexadores. Nesse contexto, o lucro acumulado no 1º semestre de 2017 em relação a igual período de 2016 caiu 4,7%, passando de R$ 2,04 bilhões para R$ 1,95 bilhão. Com base no resultado semestral a BB Seguridade revisou suas projeções para o ano de 2017, e espera que o seu lucro líquido ajustado registre queda entre 5% e 1%, abaixo do intervalo anterior, de um crescimento entre 1% e 5%.

Ferbasa (FESA4): Retiramos a ação da Carteira após sua forte alta no mês (20,7% até o dia 30/agosto), que já chega a 97,6% no ano. Continuamos considerando a Ferbasa uma excelente empresa e podemos voltar a nos posicionar em FESA4 brevemente. A Ferbasa foi beneficiada por uma forte alta dos preços das ligas de cromo no segundo semestre do ano passado e no 1T17. Mesmo após as quedas no 2T17 e 3T17, os preços ainda são bastante remuneradores, permitindo uma expectativa de bons resultados neste ano. Para 2018, se espera que os preços do cromo possam voltar a subir.

No 2T17, os resultados da Ferbasa, que foram divulgados em meados de agosto, apresentaram crescimento de receita, margens e lucro na comparação com o mesmo período de 2016. A Ferbasa obteve um lucro líquido de R$ 64 milhões (R$ 0,72 por ação) no 2T17, valor 20,4% menor que no trimestre anterior, mas revertendo o prejuízo de R$ 21 milhões do 2T16.

Itaú Unibanco (ITUB4): Estamos retirando suas ações de nossa carteira dentro de uma estratégia de realização de lucro, após forte alta de suas ações no mês passado. Seguimos com recomendação de compra para o Itaú Unibanco, que tem sido capaz de entregar resultados crescentes, adequados à realidade macroeconômica brasileira e setorial. O Itaú registrou no 1S17 um lucro líquido recorrente, que exclui a despesa de amortização de ágio, e provisão para contingências, entre outros ajustes, de R$ 12,35 bilhões (ROAE de 21,8%), com crescimento de 15,0% ante R$ 10,74 bilhões do 1S16.

Multiplus (MPLU3): Retiramos a Multiplus da carteiradepois de a ação ter caído 3,91% no mês de agosto. A empresa pagou um bom dividendo no período, mas a ação não acompanhou o mercado, mesmo com a empresa ter registrado um bom resultado no 1º semestre deste ano. No 1S17 a receita líquida da companhia somou R$ 1,18 bilhão contra R$ 1,11 bilhão no 1S16. O resultado líquido totalizou R$ 260,4 milhões, mostrando queda de 1,2% em relação ao 1S16, mesmo assim um bom resultado.

Ser Educacional (SEER3): Retiramos SEER3 da Carteira após a ação acumular ganho de 14,07% em agosto e 58,64% nesse ano. Seguimos confiantes nos fundamentos da companhia, além do que, vemos a Ser como um potencial consolidador do setor educacional, após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) negar a fusão entre a Kroton e Estácio.

A companhia se encontra majoritariamente posicionada nas regiões Nordeste e Norte do país, com uma base total de 157.003 alunos (1T17). Deste total, 147.811 alunos (94% da base total) são de Graduação, do quais 140.159 alunos são do segmento presencial e 7.652 alunos do segmento de EAD. A Pós-graduação representa 5,8% da base total, somando 9.034 alunos, enquanto os cursos técnicos somam 158 alunos. Os resultados do 2T17 deverão ser divulgados em 04 de agosto.

Em junho/17 a base total foi de 158.418 alunos, 3,9% maior que a do mesmo período do ano anterior, com destaque para o crescimento de 6,6% na base de alunos da graduação em relação a dezembro/16, que foi impulsionada pela maior captação do período. No 2T17 o ticket médio da graduação presencial foi de R$ 731,82 crescendo aproximadamente 7,8% em relação ao ticket médio do 2T16.

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Com isso, a Ser registrou receita líquida de R$ 635,1 milhões nos 6 primeiros meses do ano, 10,5% superior a do 1S16. O EBITDA Ajustado foi 5,2% (A/A) maior no 1S17, para R$ 214,7 milhões, mas com a margem perdendo 1,7 pp, para 33,8% e o lucro líquido Normalizado passando para R$ 161,4 milhões, no mesmo período.

TUPY3 (TUPY3): Estamos retirando a ação da Carteira Mensal para “realizar lucros”, após as fortes altas da ação no mês (14,6%). Acreditamos que a Tupy é uma boa empresa e podemos voltar a incluir esta ação nas nossas carteiras em breve.

A Tupy sofreu no ano passado com a forte retração na produção de veículos no Brasil e também com os temores que o novo presidente dos Estados Unidos pudesse limitar as importações de autopeças do México, onde a empresa tem duas fábricas. Com a retomada na produção automobilística brasileira e sem a aprovação de qualquer taxação à indústria mexicana, TUPY3 tem subido forte.

Os resultados da Tupy foram divulgados durante o mês de agosto e mostraram aumento do volume vendido e nos preços das vendas para o setor automobilístico. No 2T17, a Tupy elevou em 17,0% se volume vendido para o segmento automotivo no Brasil e 5,5% no exterior. No segmento de produtos para uso hidráulico, ocorreu aumento nas vendas no mercado interno (19,8%) e nas exportações (13,6%). O lucro líquido de R$ 16 milhões (R$ 0,11 por ação) da Tupy no 2T17 foi 66,2% menor que no trimestre anterior, mas reverteu o prejuízo de R$ 29 milhões no 2T16.

Também em agosto a Tupy pagou juros sobre o capital no valor total de R$ 50 milhões (R$ 0,29478 por ação - líquido do Imposto de Renda), a partir do dia 31.

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Página | 8 Mario Roberto Mariante, CNPI*

mmariante@plannercorretora.com.br Luiz Francisco Caetano, CNPI

lcaetano@plannercorretora.com.br Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI vmartins@plannercorretora.com.br Ricardo Tadeu Martins, CNPI rmartins@planner.com.br

DISCLAIMER

EQUIPE

Parâmetros do Rating da Ação

Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido

pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação

do analista. Dessa forma teremos:

Compra:

Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do

Índice Bovespa, mais o prêmio.

Neutro:

Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do

Índice Bovespa, mais o prêmio.

Venda:

Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice

Bovespa, mais o prêmio.

Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores.

(*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise.

Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483

O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião(ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo.

Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483

A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório. Cristiano de Barros Caris

ccaris@plannercorretora.com.br Karoline Sartin Borges

Referências

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