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CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DO COMPANHEIRO NA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL EM GESTAÇÃO DE BAIXO RISCO

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29 e 30 de outubro de 2019

CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DO COMPANHEIRO NA ASSISTÊNCIA

PRÉ-NATAL EM GESTAÇÃO DE BAIXO RISCO

Luan Felipe da Silva de Moraes1, Luciane de Jesus Brisola2, Patrícia Bossolani Charlo3

1 Acadêmico do Curso de Enfermagem, Centro Universitário de Maringá – UNICESUMAR. luanfelipemmoraes@gmail.com 2 Acadêmica do Curso de Enfermagem, Centro Universitário de Maringá – UNICESUMAR. lucianedejesus76@gmail.com 3 Docente, Mestre do Curso de Enfermagem, Centro Universitário de Maringá – UNICESUMAR. patrícia.charlo@unicesumar.edu.br

RESUMO

A Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem instituída pelo Sistema Único de Saúde em 2009, ressalta a importância paterna no acompanhamento do pré-natal mostrando os benefícios do envolvimento ativo dos homens em todas as fases da gestação, destacando como esta participação pode trazer saúde, bem-estar e fortalecimento de vínculos saudáveis entre crianças, homens e suas parceiras. Contudo, ressalta-se a necessidade de produção de estudos que corroborem com a caraterização do perfil do pai/parceiro durante o pré-natal de sua companheira. O objetivo dessa pesquisa foi de investigar variáveis que influenciam a participação paterna durante o pré-natal no contexto da Atenção Primária à Saúde. Trata-se de um estudo quantitativo de caráter descritivo de baTrata-se populacional, que constituirá de uma entrevista semiestruturada, o instrumento utilizado para a coleta de dados é constituído por questionário com perguntas objetivas elaborado para os fins dessa pesquisa e tratado por análise estatística. Sendo a coleta de dados realizado no domicílio de cada pai/parceiro inserido no território adscrito, após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, os dados relacionados ao domicílio serão obtidos por meio dos profissionais pertencentes às equipes Estratégia Saúde da Família distribuídas entre as Unidade Básica de Saúde de um município de médio porte localizado na região noroeste do estado do Paraná. Este estudo pôde contribuir com a assistência do profissional de Enfermagem que realizam consultas de pré-natal, colaborando para a maior adesão paterna nas consultas durante a gestação de baixo risco.

PALAVRAS-CHAVE: Assistência Antenatal; Assistência Pré-Natal; Saúde da Mulher;

1 INTRODUÇÃO

A gravidez é um fenômeno diferenciado na vida de um casal, em que ambos passam por transformações tanto emocional, quanto psicológicas. A mulher passa por modificações hormonais e emocional (GONÇALVES, 2010). Ressaltando, que o ciclo puerperal configura-se um momento complexo na vida da mulher, no qual é vivenciado uma grande diversidade de sentimentos , destacando a ansiedade por assumir um novo papel, é nesse período em que a mulher necessita de apoio, cuidado e segurança frente a singularidade vivida nesta fase (SILVA ;MARCOLINO;GANASSIN, 2016).

De acordo com Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) é necessário conscientizar os homens do dever e do direito à participação no planejamento reprodutivo. A paternidade não deve ser vista apenas do ponto de vista da obrigação legal, mas, sobretudo, como um direito do homem a participar de todo o processo, desde a decisão de ter ou não filhos, como e quando tê-los, bem como do acompanhamento da gravidez, do parto, do pós-parto e da educação da criança. (BRASIL, 2009).

Deste modo, é relevante a caracterização do perfil do parceiro no período gestacional, visto que sua presença fortalece o laço afetivo entre o casal, além de ser um

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momento para um estabelecimento precoce do vínculo entre pai e filho, sendo uma forma de prevenção ao abando familiar e violência doméstica a criança (FONSECA, 2007).

Nesse contexto, se faz necessário a participação do profissional enfermeiro durante a atenção ao pré-natal, visto que este desenvolve um trabalho fundamental na promoção de saúde, por meio da orientação e educação à gestante, bem como no diagnóstico e tratamento das afecções que podem ocorrer durante o período pré-natal, possibilitando também o acolhimento do parceiro buscando fortalecer ações de saúde voltada para a inclusão dos pais/parceiros nas rotinas de serviços criando horários alternativos, promovendo atividades educativas com os homens e fortalecendo a rede de apoio social além de identificar as suas necessidades e fragilidades sociais, numa visão voltada para a prevenção da doença e para o direito à saúde. (BRASIL, 2016).

Diante dos benefícios apresentados, compreende-se que estudos relacionados com a caracterização do pai no processo gestacional devem ser sempre incentivados e realizados. Partindo deste pressuposto, surgiu a seguinte indagação: Qual a percepção do profissional de Enfermagem em relação à caracterização do pai/parceiro no acompanhamento do pré-natal de sua companheira atendidas pela Equipe Estratégia Saúde da Família (ESF)?

Neste sentido, o presente estudo verificou os fatores que determinam o perfil sociodemográfico da figura paterna/parceiro ao acompanhamento do pré-natal em gestação de baixo risco em um município do noroeste do estado do Paraná.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de uma pesquisa descritiva com caráter quantitativo, que “lida com

números, usa modelos estatísticos para explicar os dados e é considerada pesquisa hard”

(BAUER E GASKELL, 2011).

Neste estudo utilizamos a pesquisa descritiva que buscou especificar as propriedades, as características e os perfis de pessoas, grupos, comunidades, processos, objetos ou qualquer outro fenômeno que se submeta a uma análise. Do ponto de vista de seus objetivos:

Visa descrever as características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de levantamento. (GIL, 2012,p.88)

Com isso, o cenário de pesquisa foi em treze Unidades Básicas de Saúde localizada em um município de médio porte no noroeste do estado paranaense, pela facilidade de contato com o público-alvo e pela maior acessibilidade à gestantes de baixo risco inseridas nas áreas de abrangência.

A população do estudo esteve composta por homens/companheiros residentes na área adscrita na qual utilizamos amostragem estratificada para a seleção da amostra. Os critérios de inclusão foram homens que tenham o cognitivo preservado, sendo capaz de responder ao questionário sem auxílio e interferência externa e com idade superior ou igual a 18 anos. Os critérios foram definidos visando a importância dos homens/parceiros nas consultas de enfermagem no contexto da Atenção Primária a Saúde.

A coleta de dados foi constituída através da aplicação de questionário estruturado com perguntas objetivas e abertas contendo questões na compreensão dos fatores sociais, econômicos e religioso que levaram o indivíduo a estar presente nas consultas de pré-natal de sua companheira/esposa, elaborado para os fins da pesquisa, no primeiro momento foi realizado a obtenção dos dados relacionados ao endereço e contato pessoal fornecido pelos profissionais de enfermagem pertencentes às equipes de Estratégia Saúde da Família, posteriormente realizamos contato telefônico para agendamento das entrevistas, e por final foi feita a abordagem no domicílio de cada pai/parceiro inserido no

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território adscrito, após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) em duas vias de igual teor.

Os sujeitos foram identificados através de números decimais para preservar o anonimato durante a entrevista. A pesquisa passou por avaliação de Comitê de Ética pertinente humanos, tendo como número 3.257.966 concernente ao protocolo de aprovação do mesmo referido comitê. O estudo trouxe a obtenção de dados socioeconômicos, no qual submetemos a análise estatística que foram descritos por frequência absoluta e relativa. A partir dessa amostra (n=17), realizou-se o ajuntamento dos questionários que identificaram a prevalência para cada variável.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A análise dos resultados foi dividida em duas seções, a primeira relacionada à caracterização dos participantes do presente estudo e a segunda seção apresenta a análise temática proveniente das entrevistas, que destaca categorias temáticas para melhor compreensão da caracterização do perfil do pai/parceiro na participação no ciclo gravídico puerperal.

Pôde –se constatar que a prevalência dos pai/parceiros que acompanham sua

companheira durante as consultas de pré-natal é de idade entre 31 e 40 anos e em sua maioria (76,47%) de cor pele branca. Quanto ao estado civil (94,12%) dos homens mantinham relação de união estável com um cônjuge. Embora a maioria dos pacientes possuísse algum grau de instrução, menos de 20% deles tinham ensino superior e (52,94%) declaram ter renda familiar entre 4 e 10 salários mínimos. Quanto à atividade profissional (47,06%) dos pai/parceiro responderam estar atuando no ramo da confecção, enquanto os restantes se encontram em plena atividade porém em áreas de atuação ocupacional distintas. Os dados sociodemográficos refere-se aos companheiros inseridos nas áreas adscrita pela ESF do Município de Cianorte – PR.

Neste contexto, discutimos os resultados que demostram a predominância da variável do parceiro durante o pré-natal. Percebe-se através dos dados obtidos através da análise estatística, que a prevalência da idade destes homens apontam para uma maior responsabilidade ao assumir integralmente a paternidade, uma vez que o envolvimento do parceiro representa principalmente para sua companheira a aceitação do bebê, além de saber que podem confiar em seus parceiros nos momentos de dificuldade. Quando a família é formada apenas pelo casal, o parceiro normalmente é a única referência emocional e afetiva da gestante. (CARDOSO;JUNIOR;BONATTI, 2018).

Os dados confirmaram que a função ocupacional dificulta a participação dos pais nas consultas de pré-natal, visto que o horário de atendimento do serviço da APS ocorre em horário comercial, tornando-se pouco favoráveis à sua inclusão. As condições de trabalho dificultam a maior adesão dos pais ao acompanhar sua companheira nas consultas de pré-natal, pois não se aceita que o homem se ausente do trabalho para prestar assistência necessária à sua mulher e filho. Reforça a ideia de que este seja um papel exclusivo da mulher e que se faz necessária à reformulação de garantias trabalhistas, sendo importante para uma maior participação do homem/ pai no processo gestacional. Todavia, mostra que a sociedade considera que quem precisa de cuidados é a mulher grávida, e que ela deve ser capaz de cuidar se ou ter alguém que cuide dela, mas não necessariamente o parceiro. (OLIVEIRA;FERREIRA;SILVA, 2009).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o intuito de contribuir para um maior envolvimento paterno no processo gestacional e considerando a importância do profissional de Enfermagem como facilitador desta participação, recomendamos através deste estudo uma maior divulgação sobre o

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tema com o objetivo de esclarecer as diferenças concernentes às questões de gênero, enfatizando a necessidade da inserção do homem/pai na gestação, afastando a ideia do homem como exclusivamente provedor das necessidades materiais, além de fazer com que este se sinta parte integrante do processo gravídico.

Este estudo contribuiu com a assistência do Enfermeiro na realização das consultas de pré-natal no âmbito da APS, colaborando para a maior adesão paterna durante a gravidez estratificada de baixo risco. Compreendendo que a participação pai/parceiro no período gestacional é complexa e possui inúmeras variantes, assim levantou-se através desse estudo os fatores que determinam o perfil epidemiológico dos pais nas consultas de pré-natal.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M.V.S. A participação do pai no cuidado do pré-natal de enfermagem: um

olhar a luz da teoria de Madeleine Leininger. 2016. Tese (Doutorado em Enfermagem)

– Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: http://objdig.ufrj.br/51/teses/847553.pdf. Acesso em 15 jul.2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Guia do pré-natal para

profissionais de saúde. Rio de Janeiro, 2016. Disponível em:

http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/agosto/11/guia_PreNatal.pdf. Acesso em 08 ago.2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Política nacional de

atenção integral à saúde do homem. Brasília, DF, 2009. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt1944_27_08_2009.html. Acesso em 15 jul.2019.

CAMPOS, C.P.S.; SAMPAIO, A. A importância do pai nas consultas de pré-natal. In: SEMINÁRIO DE IC DO CENTRO UNIVERSITÁRIO ICESP,8.,2014,Brasília. Anais...

Brasília, DF:Icesp,2014.p.01-08. Disponível em:

http://nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/documentos/artigo s/12e139eec30944479daa02a0735e121f.pdf. Acesso em 04 ago.2019.

CARDOSO;V.E.P.S; JUNIOR A.J.S;BONATTI A.F. A Participação do Parceiro na Rotina Pré-Natal Sob a Perspectiva da Mulher Gestante. Revista Fund Care Online, Rio de

Janeiro, v.10, n.3, p.856-862, jul.2018. Disponível em:

http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/dowload/6252/pdf_1 Acesso em 29 de jul.2019.

LAKATOS, E.M.; MARCONI, M.A Metodologia qualitativa e quantitativa. São Paulo: ATLAS, 2011.

OLIVEIRA, S.C. de et al. A participação do homem/pai no acompanhamento da assistência pré-natal. Revista Cogitare Enfermagem, Pernambuco, v.14, n.1, p.73-8,

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https://pdfs.semanticscholar.org/f025/e21b4beb39d7133ace10161ddae0d5c92ea4.pdf Acesso em 31 de jul. 2019.

PEREIRA, J.M. Estrutura de um trabalho de pesquisa científica. São Paulo: ATLAS, 2012.

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