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TÍTULO: PRÓ-FAUNA - GRUPO DE ESTUDO E PROTEÇÃO DA FAUNA

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Academic year: 2021

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TÍTULO: PRÓ-FAUNA - GRUPO DE ESTUDO E PROTEÇÃO DA FAUNA A AUUTTOORREESS:: AAlleexxaannddrree CCaammiinnhhaa ddee BBrriittoo((11)),, DDiivvaa MMaarriiaa BBoorrggeess--NNoojjoossaa((22)),, SSuullaa SSaallaannii M Moottaa((11)),, VViiccttoorr PPeerreeiirraa TToorrrreess((11)) ( (11)) AAlluunnooss dodo ccuurrssoo dede CCiiêênncciiaass BBiioollóóggiiccaass ddaa UUnniivveerrssiiddaaddee FFeeddeerraall ddoo CCeeaarráá e e M Meemmbbrrooss ddoo ggrruuppoo PPRRÓÓ--FFAAUUNNAA EE--mmaaiill:: Alexandre.negão@bol.com.brAlexandre.negão@bol.com.br ( (22)) PPrrooffeessssoorraa DoDouuttoorraa dodo DeDeppaarrttaammeennttoo dede BiBioollooggiiaa dada UnUniivveerrssiiddaaddee FeFeddeerraall dodo CeCeaarráá e e C Coooorrddeennaaddoorraa ddoo ggrruuppoo PPRRÓÓ--FFAAUUNNAA.. ÁREA TEMÁTICA: Meio Ambiente 1. INTRODUÇÃO:

O Brasil possui umas das maiores riquezas em biodiversidade do planeta. No entanto, duas grandes pressões antrópicas vêm dizimando dia após dia nossa fauna e flora. Uma delas é o desmatamento desenfreado de nossas matas e florestas e a outra é a captura, caça e comercialização ilegal de animais silvestres brasileiros. Entendemos que a primeira é ocasionada principalmente por interesses econômicos de grandes grupos empresariais que colocam estes interesses acima da preservação de nosso meio ambiente.

A segunda pressão, no entanto é feita ou estimulada principalmente pelo cidadão comum que na ânsia de possuir um bicho de estimação, seja ele um pássaro cantador ou um macaquinho engraçado, vem diminuindo de forma significante toda essa nossa biodiversidade animal.

Exatamente por se tratar de problema ocasionado por um aspecto cultural de nosso povo e por ter uma abordagem multidisciplinar (envolvendo legislação vigente, educação e ação política), é que se faz necessário uma maior discussão sobre o assunto para se avaliar e expor o que vem sendo feito tanto pelo órgão responsável pela fiscalização do uso de nossos recursos naturais que é o IBAMA, como pelas ONGs que trabalham paralelamente no combate ao tráfico de animais silvestres como é o caso do RENCTAS.

Foi com este objetivo que o grupo PRÓ-FAUNA, da Universidade Federal do Ceará - UFC, promoveu o I FÓRUM CEARENSE SOBRE O TRÁFICO DE ANIMAIS

SILVESTRES, propiciando um momento de discussão e reciclagem para todos aqueles que

de alguma forma se preocupam com a conservação de nossa fauna e flora. O evento aconteceu no Auditório do Centro de Ciências da UFC, no dia 11 de abril e contou com a participação de quase duzentas pessoas de diversos segmentos da sociedade, membros e/ou representantes de instituições de ensino, de pesquisa, administrativas, políticas e sociais. Objetivo Geral:

Promover um primeiro momento de discussão em torno da problemática do tráfico nacional e internacional de animais silvestres através dos diversos ângulos, destacando e analisando melhor a situação no Estado do Ceará.

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• Expor a real conjuntura em que está inserida a problemática do tráfico de animais silvestres no Estado do Ceará, no Brasil e no mundo, divulgando suas dimensões, atuações e prejuízos para a fauna como patrimônio da humanidade;

• Informar à comunidade quais as instituições atuantes na luta contra o tráfico de animais silvestres, como agem e em que pontos a comunidade pode colaborar auxiliando nas suas atividades;

• Difundir no meio universitário as informações oriundas dos atuais trabalhos do IBAMA, da Polícia Ambiental e das ONGs de apoio no combate ao tráfico;

Esclarecer e discutir as legislações que regem o combate ao tráfico e atuam na conservação da fauna;

• Divulgar o Grupo Pró-Fauna e suas áreas de atuação;

• Incentivar a participação do corpo docente e discente da comunidade científica e da população leiga em geral para discutir o combate ao tráfico;

• Estimular uma visão crítica sobre o tráfico de animais silvestres dos professores, estudantes e demais profissionais que estão desenvolvendo trabalhos diretos ou indiretos com a fauna brasileira;

• Colaborar na unificação e otimização dos esforços de todos os seguimentos da sociedade no ponto relacionado à conservação da fauna.

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2.. MMaatteerriiaaiiss ee mmééttooddooss::

O Fórum aconteceu no Auditório do Centro de Ciências da UFC, no dia 11 de abril, perfazendo o total de 10 horas de atividades, sendo dividido em abertura, palestra, mesas-redondas, atividades culturais e encerramento. Foram convidadas pessoas representativas de ONGs e Organizações governamentais diretamente ligadas ao tema, para expôr suas realidades em palestras e mesas-redondas formentando uma discussão com os

participantes.

Programação detalhada:

• Abertura com o coral do IBAMA (8:30 às 9:30) • Mesa de abertura (9:30 ás 10:00)

Componentes:

• Sr. Dalton Antunes (Coordenação do RENCTAS) Zootecnista– Coordenador de Cursos e Treinamentos • Sr. Francisco Brito (Núcleo de Fauna do IBAMA-CE) Médico Veterinário - Mestre

• Sr. Romeu Aldiqueri Arruda (Gerência Executiva do IBAMA-CE) Advogado - Gerente Executivo

• Sr. José Carlos Araújo Lopes (Coord. Geral de Fiscalização Ambiental do IBAMA-DF)

• Alexandre Caminha de Brito (Coordenação de Extensão do grupo PRÓ-FAUNA) Aluno de Ciências Biológicas - UFC

• Diva Maria Borges-Nojosa (Coordenadora do Grupo Pró-fauna) Bióloga – Doutora em Zoologia – Professora da UFC

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PALESTRA: Situação Geral do Tráfico de Animais Silvestres. (10:00 às 12:00) Palestrantes:

1. Sr. José Carlos Lopes (IBAMA-DF)–(Situação do Tráfico Internacional) 2. Sr. Dalton Antunes (RENCTAS-DF) – (Situação do Tráfico Nacional) 3. Sr. Francisco Brito (IBAMA-CE) – (Situação do Tráfico no Ceará)

1a. MESA REDONDA: Estratégias de Combate ao Tráfico e Legislação. (13:30 às 15:30)

Componentes:

Sr. Francisco Brito (Núcleo de Fauna, IBAMA -CE): Sra. Socorro Sampaio (Procuradora geral do IBAMA-CE):

Sr. João Juvêncio (Núcleo de Educação Ambiental, IBAMA-CE): Capitão Franklin da Silva (Companhia da Polícia Militar):

Sr. Dalton Antunes (Coordenador do RENCTAS):

2a. MESA REDONDA: Destinação dos Animais Apreendidos no Tráfico. (16:00 às 18:00)

Componentes:

Sr. Francisco Neo ( IBAMA-DF):

Sr. Luiz Viana Diniz (Parque Zoológico Sargento Prata):

Sr. Amilcar Araújo (Criador Conservacionista / Amigos da Natureza): Sr. Paul Gerard (Instituto Homem Terra e criador conservacionista): • Encerramento

3. Resultados e discussão:

O Fórum foi organizado pensando em atingir um público alvo específico de estudantes e profissionais que de alguma forma lidassem com o campo da zoologia, através da pesquisa, do ensino, da aplicação direta ou indireta dos estudos zoológicos, da manutenção de animais em cativeiro ou do interesse pessoal pelo assunto.

Durante o evento, 196 pessoas fizeram suas inscrições preenchendo uma ficha fornecida pelo Grupo. Segundo os dados obtidos através dessas fichas de inscrições, os estudantes formaram o principal público do Fórum, atingindo 67% do total de inscritos no evento. São alunos das principais instituições de ensino universitário público, a Universidade Federal do Ceará e a Universidade Estadual do Ceará, e da faculdade particular Gama Filho, distribuídos nos cursos de graduação (Ciências Biológicas, Geografia, Agronomia, Geologia, Direito, Computação, Economia Doméstica, Gestão Ambiental, Engenharia de Pesca, Engenharia de Alimentos, Psicologia, Química Industrial e Medicina Veterinária) e pós-graduação (Meio-Ambiente-PRODEMA, Zootecnia, Ciências Agrárias em geral e da Medicina Veterinária).

O outro grupo de participantes, dos não-estudantes, agregou profissionais das seguintes categorias: professores, pesquisadores, veterinários, secretários, membros de ONGs,

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escoteiros, militares, parlamentares, funcionários públicos municipais, estaduais e federais, delegados e/ou policiais civis, militares e federais e analistas.

Considerando a totalidade dos participantes observa-se que a maioria é de residentes de Fortaleza (93,4%), embora moradores de municípios vizinhos (5,7%) como Caucaia, Maracanaú e Maranguape, de municípios mais distantes (0,5%), como Juazeiro do Norte e até de cidades de outros estados (Brasília) (0,5%) tenham também prestigiado o evento. As principais instituições representadas foram: Universidade Federal do Ceará (setor administrativo, LABOMAR e alunos dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação), Universidade Estadual do Ceará, Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Faculdade Gama Filho, Escola de Ensino Superior Agronômico de Mossoró-ESAM, Escolas públicas do ensino fundamental (Escola Municipal S. Pinheiro), IBAMA (escritório regional e de Brasília), SEMACE, Assembléia Legislativa do Ceará, Prefeitura Municipal de Fortaleza (EMLURB), Governo do Estado do Ceará (SEDUC, Instituto Centro de Ensino Tecnológico), Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Parque Zoológico Sargento Prata, ABIN, Sociedade Protetora dos Animais, Associação Ornitológica de Fortaleza, Associação dos Amigos do Pecém, Criadores Conservacionistas e diversas ONGs locais e/ou de abrangência nacional: RENCTAS, Projeto TAMAR, Associação Caatinga, Aquasis, Anjos da Natureza, CEPEVIVE, Sertão Vivo, Germinare e IDEMA.

O I Fórum Cearense Sobre o Tráfico de Animais Silvestres foi mais um momento

propício para esclarecer e alertar a comunidade sobre a dimensão e os principais problemas envolvendo esta atividade ilegal que é atualmente a terceira mais lucrativa.

Na verdade, falar de tráfico de animais silvestres muitas vezes incomoda e é mais fácil ignorar o problema do que debate-lo. Entretanto, o problema existe, é grave, e o meio científico e a comunidade em geral podem colaborar muito no seu combate. Durante o evento, tornou-se evidente o amadurecimento e a preocupação demonstrados pelos participantes, ouvintes, palestrantes e/ou organizadores.

Agora, o Grupo Pró-Fauna juntamente com os órgãos competentes, pretende dar continuidade ao evento realizando a cada ano um novo fórum avaliando continuamente a situação do tráfico e entende que fazer sugestões para a atuação dos diversos órgãos competentes nas diferentes instâncias administrativas, garantindo a maior divulgação e respeito da legislação correspondente, e principalmente para a conscientização da população leiga ou profissional, é uma excelente forma de colaboração da comunidade. Assim, na qualidade de organizador do evento retira e encaminha as seguintes sugestões: Do ponto de vista educacional → A educação é o principal caminho para a solução de muitos problemas:

• Estimular a criação e aplicação de programas de Educação Ambiental a serem desenvolvidos nas comunidades das principais áreas de captura de animais silvestres no Estado do Ceará por grupos de instituições de ensino ou ONGs;

• Estimular programas de Educação Ambiental também para a população em geral, esclarecendo sobre a legislação e as sérias conseqüências deixadas na fauna silvestre pela atuação do tráfico, atuando diretamente nos hábitos culturais da população brasileira de manter animais silvestres como domésticos;

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• Promover, em parcerias com as instituições de ensino, campanhas e fórum, como este, para a população em geral e a comunidade científica, como meios de esclarecimento e reciclagem das discussões sobre este assunto;

• Criar campanhas internacionais, em parceria com os órgãos responsáveis pelo controle nos outros paises envolvidos, para esclarecer e impedir a comercialização de animais silvestres para exposições em zoológicos ou instituições de pesquisa;

• Criar parcerias com instituições de ensino que venham desenvolvendo pesquisas com a fauna regional de forma responsável para criarem projetos específicos em conjunto com os órgãos que realizam as fiscalizações, ajudando a esclarecer problemas específicos; Do ponto de vista social → O tráfico também é um problema social:

• Criar, monitorar e financiar programas de desenvolvimento de atividades alternativas que possam substituir a renda obtida pelas famílias dos traficantes que capturam os animais no seu ambiente;

• Divulgar e aplicar as leis, principalmente a Lei No. 9.605/98, com mais rigor, sem esquecer a coerência;

• Criar punições rigorosas para os traficantes atravessadores, que são os maiores beneficiados pela existência do tráfico, transformado-as sempre que possível em atividades aplicadas ao bem estar da comunidade;

• Fortalecer a Companhia da Polícia Militar Ambiental nas principais capitais brasileiras envolvidas nas rotas do tráfico, mantendo o número previsto pela lei de policiais devidamente treinados;

Do ponto de vista estrutural → Existe o sério problema de infraestrutura dos órgãos responsáveis pela fiscalização:

• Contratar, através de convênios, funcionários não-permanentes e capacita-los para a fiscalização do tráfico de animais silvestres;

• Realizar e intensificar as parcerias, como o IBAMA vem fazendo, com as polícias civil, militar e rodoviária;

• Aumentar o número de postos de fiscalizações no Aeroporto Internacional Pinto Martins, de Fortaleza, bem como instalar novos postos no Porto do Pecém e do Mucuripe e no Terminal Rodoviário;

• Instalar uma rede de controle “on line” restrita aos órgãos de controle, através dos Sistemas Estaduais de Segurança Pública, para divulgar no tempo real em todo o Estado as principais atividades de defesa ao meio ambiente, além de manter todas as unidades estaduais informadas das ações individuais de cada estado;

• Criar um programa de estímulo à participação de Criadores Conservacionistas e Amadores que realizam o trabalho de recuperação dos animais apreendidos em infraestruturas especiais;

• Criar um programa de cadastro dos Criadores Conservacionistas e Amadores para manter o apoio e principalmente um rigoroso controle das suas atividades e desempenhos;

• Implantar um rigoroso controle sob os parques zoológicos públicos ou particulares que mantenham animais silvestres da fauna regional e de outros países;

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• Implantar Centros de Triagem nas principais cidades interioranas para viabilizar as condições necessárias de tratamento e recuperação dos animais silvestres nos locais mais próximos da sua apreensão, e tentar diminuir a taxa de mortalidade;

• Criar um programa de estímulo às pesquisas biológicas (envolvendo ecologia, comportamento, sistemática, citogenética, parasitologia, etc.) direcionadas ao estudo e conhecimento das principais espécies apreendidas no tráfico local, utilizando os espécimes mantidos no programa dos Criadores Conservacionistas e Amadores; • Criar da mesma forma, um programa de cadastro das instituições e dos

pesquisadores envolvidos nas pesquisas, acompanhando e aplicando os resultados obtidos nas pesquisas na conservação e manejo das espécies ameaçadas pelo tráfico; • Criar um cadastro das principais Coleções Científicas e/ou Didáticas ligadas às

instituições públicas que realizam pesquisa e ensino para atuarem como depositários dos exemplares silvestres apreendidos mortos, ou que devido as condições

debilitadas chegam a falecer no transporte ou nos Criadores Conservacionistas. Referências bibliografias

• RENCTAS.-1999- Animais Silvestres: normatização e controle. Rede Nacional Contra o Tráfico de Animais Silvestres, Rio de Janeiro.

• Rocha, F.M.-1995-Tráfico de Animais Silvestres.WWF Documento para discussão. • Sick, H-1997-Ornitologia Brasileira. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 912p.

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