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DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

E.A.D.: Uma abordagem empírica com alunos do curso de Licenciatura em Pedagogia do CEDERJ – Pólo Resende

Por: Fabrício Martins C. da Silva

Orientador

Prof. Vilson Sérgio de Carvalho

Rio de Janeiro 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

E.A.D.: Uma abordagem empírica com alunos do curso de

Licenciatura em Pedagogia do CEDERJ – Pólo Resende

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Docência do Ensino Superior.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, porque sem Ele nada disso seria possível.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha mãe, Lenira, que acreditou no meu potencial e nos momentos difíceis me incentivou a não desistir.

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RESUMO

Oferecer o acesso a educação a população que não o pode obter é um dos objetivos da educação a distância. O objetivo desta pesquisa é mostrar o que levaram as alunas do curso de Pedagogia para os anos iniciais do Ensino Fundamental do Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro do Pólo Resende a optar por esta modalidade de ensino e como um curso de educação a distância pode contribuir para a inserção social. Os instrumentos de coletas de dados utilizados foram entrevistas com as alunas do terceiro período e notas de campo do pesquisador. Infere-se que entre as principais razões que levaram as alunas a optar pelo curso superior a distância, destacam-se a gratuidade do ensino, a flexibilidade de horário e a qualidade do ensino público superior. A pesquisa também apontou para o fato de que, caso não existisse um curso superior a distância na região seria impossível para estas alunas a tão sonhada realização profissional e sua conseqüente inclusão na sociedade.

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METODOLOGIA

A pesquisa foi feita com 31 alunas inscritas no curso de Pedagogia, modalidade a distância, semi-presencial do CEDERJ. A escolha por essas alunas foi por se tratar da primeira turma de Pedagogia do pólo Resende (2007).

A escolha pelo tema se deu a partir de uma experiência pessoal, a de tutor presencial do CEDERJ no pólo Resende, com a finalidade de descobrir as principais razões que levaram as alunas a escolherem um curso superior à distância.

O método de investigação adotado foi o método quantitativo, nas modalidades de coletas de informações e no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas.

Os instrumentos de coletas de dados foram um questionário (Anexo 1) prévio utilizado como disparador inicial da pesquisa abordando questões de identificação pessoal, de ordem social e econômica, assim como formação e questões relativas a educação a distância; notas de campo e entrevistas semi-estruturadas com as alunas para o aprofundamento das questões respondidas anteriormente no questionário prévio e sobre o observado no CEDERJ.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I Educação a distância 10 CAPÍTULO I I O que é o CEDERJ? 20 CAPÍTULO I I I

O curso de Pedagogia para as séries iniciais

do Ensino Fundamental 27 CONCLUSÃO 36 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38 ANEXO 40 FOLHA DE AVALIAÇÃO 46

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INTRODUÇÃO

A educação no século XXI é marcada pela universalização do ensino fundamental, pela utilização da internet e principalmente pela popularização da EAD (educação a distância). Este novo conceito em educação pretende quebrar os paradigmas da educação, isto é, não quer dizer que a educação tradicional está com seus dias contados, mas, para que possa alcançar os seus objetivos serão necessárias algumas modificações.

A educação a distância faz com que o aluno busque o seu próprio conhecimento, na medida do seu interesse e ao seu tempo. O aluno deixa de ser um simples “depósito de conhecimento” e passa a aprender a aprender.

No Brasil, as bases legais para a modalidade de educação a distância foram estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996), que foi regulamentada pelo Decreto n.º 5.622, publicado no D.O.U. de 20/12/05.

O presente trabalho tem como objetivo geral, explicar como funciona o consórcio CEDERJ, mostrando quem são os alunos do curso de Pedagogia para as séries iniciais, do pólo Resende. E como objetivo específico, identificar as principais causas que levaram esses alunos a optarem por um curso superior a distância.

O objetivo desta pesquisa é mostrar o que levaram as alunas do curso de Pedagogia para os anos iniciais do Ensino Fundamental do Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro do Pólo Resende a optar por esta modalidade de ensino e como um curso de educação a distância pode contribuir para a inserção social.

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O presente trabalho está centrado na definição de educação a distância de diversos autores, como, Morán, Landim, Aretio e nos principais decretos regulamentadores desta modalidade de ensino.

O primeiro capítulo faz uma breve descrição do que é educação a distância na concepção de alguns autores, que modalidade de educação é essa? Mostra para que o ensinante ensine o conteúdo ao aprendente não é hoje necessário que estejam em proximidade espaço-temporal, ou seja, que estejam no mesmo espaço e no mesmo tempo.

O segundo capítulo procura explicar o que é o Centro de Ensino Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro, o CEDERJ, o seu funcionamento, suas regras e objetivos.

No terceiro capítulo foi feita uma pesquisa com os alunos do curso de Pedagogia do Cederj do pólo Resende, procurando conhecer seu perfil sócio-econômico e descobrir quais as principais razões que os levaram a optar por um curso superior a distância.

Infere-se que entre as principais razões que levaram as alunas a optar pelo curso superior a distância, destacam-se a gratuidade do ensino, a flexibilidade de horário e a qualidade do ensino público superior. A pesquisa também apontou para o fato de que, caso não existisse um curso superior a distância na região seria impossível para estas alunas a tão sonhada realização profissional e sua conseqüente inclusão na sociedade.

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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

”A educação é aquilo que permanece depois que tudo o que aprendemos foi esquecido”. (Skinner).

Neste capítulo serão abordados alguns conceitos sobre educação a distância, procurando esclarecer este tipo de modalidade de educação, assim como apresentar as leis que respaldam a sua realização.

1.1 -

Algumas definições sobre EAD

Não existe uma única definição para EAD – Educação a Distância. O que pode ser visto é que este conceito vem mudando ao longo do tempo, vem surgindo novas concepções e idéias para esta modalidade.

Segundo o decreto 2.494:

“Educação a distância é uma forma de ensino que

possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação” (Decreto 2.494,

de 10 de fevereiro de 1998, art. 1.º).

O decreto 5.622 que revogou o decreto 2.494, trouxe nova redação para o conceito de educação a distância, tirando esse ensino isolado de que trata o decreto 2.494, colocando uma troca entre o professor e o aluno.

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De acordo com o decreto 5.622:

“Caracteriza-se a educação a distância como modalidade

educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos” (Decreto 5.622, de 19 de dezembro de

2005, art. 1.º).

Para Morán (1999), educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente.

“É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não

estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes”

(MORÁN, 1999).

Entende-se pela fala do professor Morán que educação a distância não está diretamente ligada a informatização, isto é, ele ressalta bem outros meios para tal, como correio, telefone e outros. Afinal, a educação a distância já é feita a muito tempo bem antes do advento e posterior popularização da informática.

Para Moore, esta ligação de educação a distância e informatização é algo distante, o importante é que hajam meios, para que seja fornecido materiais, que contribuam para esse aprendizado:

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“Educação a distância pode ser definida como a família

de métodos instrucionais nos quais os comportamentos de ensino são executados em separado dos comportamentos de aprendizagem, incluindo aqueles que numa situação presencial (contígua) seriam desempenhados na presença do aprendente de modo que a comunicação entre o professor e o aprendente deve ser facilitada por dispositivos impressos, eletrônicos, mecânicos e outros” (MOORE, 1973, apud in BELLONI,

2008: p.25).

Para Landim (1997, apud CEDERJ 2007), ensino a distância é a modalidade de ensino-aprendizagem indicada para reduzir as distâncias e os isolamentos geográficos, psicossociológicos e culturais.

Por esta definição de Landim, pode-se entender que a educação a distância surge como uma modalidade de educação cujo objetivo principal é vencer barreiras geográficas para se levar o ensino a toda a população.

“Educação a distância é uma relação de diálogo, estrutura

e autonomia que requer meios técnicos para mediatizar esta comunicação. Educação a distância é subconjunto de todos os programas educacionais caracterizados por: grande estrutura, baixo diálogo e grande distância transacional. Ela inclui também a aprendizagem.”

(MOORE, 1990, apud in BELLONI, 2008: p.26).

Segundo Belloni (2008), o parágrafo acima explicita alguns dos principais parâmetros necessários à definição de EaD: separação professor/aluno, uso dos meios de comunicação tecnicamente disponíveis, segmentação do ensino em duas áreas (preparação e desempenho em sala de aula).

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“Educação a Distância é um sistema tecnológico de comunicação bidirecional, que pode ser massivo e que substitui a interação pessoal, na sala de aula, de professor e aluno, como meio preferencial de ensino, pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e pelo apoio de uma organização e tutoria que propiciam a aprendizagem independente e flexível dos alunos” .(Garcia Aretio,1994. pg 14, apud CEDERJ 2007).

Para Aretio (1994, apud CEDERJ 2007), o conceito de Educação a Distância vai além dos vistos anteriormente, surge o tutor como mediador no processo de ensino, entre o conhecimento e o aluno e a importância do uso de recursos tecnológicos no processo de ensino-aprendizagem nesta modalidade de educação

O professor na Educação presencial é tido como detentor do saber é ele quem dita o ritmo de aprendizado do aluno, deixando de lado o fato de que cada um tem uma maneira de aprender. Na educação a distancia esse ritmo de aprendizagem é respeitado. Pois, o tutor tem o papel apenas de orientar o aluno nos seus estudos.

1.2 -

Legislação de EAD no Brasil

No Brasil, a modalidade de educação a distância obteve respaldo legal para sua realização com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996 –, que estabelece, em seu artigo 80, a possibilidade de uso orgânico da modalidade de educação a distância em todos os níveis e modalidades de ensino. Esse artigo foi regulamentado posteriormente pelos Decretos 2.494 e 2.591, de 1998, mas ambos revogados pelo Decreto 5.622, em vigência desde sua publicação em 20 de dezembro de 2005.

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No Decreto 5.622, ficou estabelecida a política de garantia de qualidade no tocante aos variados aspectos ligados à modalidade de educação a distância, notadamente ao credenciamento institucional, supervisão, acompanhamento e avaliação, harmonizados com padrões de qualidade enunciados pelo Ministério da Educação.

Entre os tópicos relevantes do Decreto 5.622, tem destaque: a) a caracterização de EaD visando instruir os sistemas de ensino; b) o estabelecimento de preponderância da avaliação presencial dos

estudantes em relação às avaliações feitas a distância;

c) maior explicitação de critérios para o credenciamento no documento do plano de desenvolvimento institucional (PDI), principalmente em relação aos pólos descentralizados de atendimento ao estudante; d) mecanismos para coibir abusos, como a oferta desmensurada do

número de vagas na educação superior, desvinculada da previsão de condições adequadas;

e) permissão de estabelecimento de regime de colaboração e cooperação entre os Conselhos Estaduais e Conselho Nacional de Educação e diferentes esferas administrativas para: troca de informações; supervisão compartilhada; unificação de normas; padronização de procedimentos e articulação de agentes;

f) previsão do atendimento de pessoas com deficiência;

g) institucionalização de documento oficial com Referenciais de Qualidade para a educação a distância.

O artigo 80 da Lei 9.394/96 (LDB) diz que o Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada.

Este incentivo é altamente necessário, visto que o ensino a distância tem maior alcance do que o ensino presencial, chegando a regiões longínquas onde até mesmo não fosse possível estabelecer uma universidade,

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alcançando muito mais pessoas, que de outra forma jamais poderiam cursar uma faculdade presencial.

No caso da oferta de cursos de graduação e educação profissional em nível tecnológico (Decreto 5.662), a instituição interessada deve credenciar-se junto ao Ministério da Educação, solicitando, para isto, a autorização de funcionamento para cada curso que pretenda oferecer. O processo será analisado na Secretaria de Educação Superior, por uma Comissão de Especialistas na área do curso em questão e por especialistas em educação a distância. O Parecer dessa Comissão será encaminhado ao Conselho Nacional de Educação. O trâmite, portanto, é o mesmo aplicável aos cursos presenciais. A qualidade do projeto da instituição será o foco principal da análise. Para orientar a elaboração de um projeto de curso de graduação a distância, a Secretaria de Educação a Distância elaborou o documento Indicadores de qualidade para cursos de graduação a distância, disponível no site do Ministério para consulta. As bases legais são as indicadas no primeiro parágrafo deste texto.

1.3 -

Breve histórico da EAD no Brasil

Como se processou a implantação, ao longo de décadas, do ensino à distância em nosso país (TELEBRASIL, 2009 / adaptado por Fabrício Martins C. da Silva):

1923 – Fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.

1936– Doação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro ao Ministério da Educação e Saúde.

1937– Criação do Serviço da Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação.

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1959 – Início das escolas radiofônicas em Natal (RN).

1960 – Início da ação sistematizada do Governo Federal em EAD; contrato entre o MEC e a CNBB: expansão do sistema de escolas radiofônicas aos estados nordestinos, que faz surgir o MEB – Movimento de Educação de Base – , sistema de ensino a distância não-formal.

1965 – Início dos trabalhos da Comissão para Estudos e Planejamento da Radiofusão Educativa.

1966 a 1974 – Instalação de oito emissoras de televisão educativa: TV Universitária de Pernambuco, TV Educativa do Rio de Janeiro, TV Cultura de São Paulo, TV Educativa do Amazonas, TV Educativa do Maranhão, TV Universitária do Rio Grande do Norte, TV Educativa do Espírito Santo e TV Educativa do Rio Grande do Sul.

1967 – Criada a Fundação Padre Anchieta, mantida pelo Estado de São Paulo com o objetivo de promover atividades educativas e culturais através do rádio e da televisão (iniciou suas transmissões em 1969); constituída a Feplam (Fundação Educacional Padre Landell de Moura), instituição privada sem fins lucrativos, que promove a educação de adultos através de teleducação por multimeios.

1969 – TVE Maranhão/CEMA – Centro Educativo do Maranhão: programas educativos para a 5.ª série, inicialmente em circuito fechado e a partir de 1970 em circuito aberto, também para a 6.ª série.

1970 – Portaria 408 – emissoras comerciais de rádio e televisão: obrigatoriedade da transmissão gratuita de cinco horas semanais de 30 minutos diários, de segunda a sexta-feira, ou com 75 minutos aos sábados e domingos(sic).É iniciada em cadeia nacional a série de cursos do Projeto Minerva, irradiando os cursos de Capacitação Ginasial e Madureza Ginasial, produzidos pela Feplam e pela Fundação Padre Anchieta.

1971 – Nasce a ABT – inicialmente como Associação Brasileira de educação, que já organizava desde 1969 os Seminários Brasileiros de

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Tele-educação atualmente denominados Seminários Brasileiros de Tecnologia Educacional. Foi pioneira em cursos a distância, capacitando os professores através de correspondência.

1972 – Criação do Prontel – Programa Nacional de Tele-educação – que fortaleceu o Sinred – Sistema Nacional de Radiodifusão Educativa.

1973 – Projeto Minerva passa a produzir o Curso Supletivo de 1.º Grau, II fase, envolvendo o MEC, Prontel, Cenafor e secretarias de Educação.

1973-74 – Projeto SACI conclusão dos estudos para o Curso Supletivo “João da Silva”, sob o formato de telenovela, para o ensino das quatro primeiras séries do 1.º grau; o curso introduziu uma inovação pioneira no mundo, um projeto-piloto de tele-didática da TVE, que conquistou o prêmio especial do Júri Internacional do Prêmio Japão.

1974 – TVE Ceará começa a gerar tele-aulas; o Ceteb – Centro de Ensino Técnico de Brasília – inicia o planejamento de cursos em convênio com a Petrobrás para capacitação dos empregados desta empresa e do projeto Logus II, em convênio com o MEC, para habilitar professores leigos sem afasta-los do exercício docente.

1978 – Lançado o Telecurso de 2.º Grau, pela Fundação Padre Anchieta (TV Cultura/SP) e Fundação Roberto Marinho, com programas televisivos apoiados por fascículos impressos, para preparar o tele-aluno para os exames supletivos.

1979 – Criação da FCBTVE – Fundação Centro Brasileiro de Televisão Educativa/MEC; dando continuidade ao Curso “João da Silva”, surge o Projeto Conquista, também como telenovela, para as últimas séries do 1.º grau; começa a utilização dos programas de alfabetização por TV – (MOBRAL), em recepção organizada, controlada ou livre, abrangendo todas as capitais dos estados do Brasil.

1979 a 1983 – É implantado, em caráter experimental, o Posgrad – pós-graduação Tutorial à Distância – pela CAPES – Coordenação de

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Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior – do MEC, administrado pela ABT – Associação Brasileira de Tecnologia Educacional – com o objetivo de capacitar docentes universitários do interior do país.

1981 – FCBTVE trocou sua sigla por FUNTEVE: Coordenação das atividades da TV Educativa do Rio de Janeiro, da Rádio RIO, da Rádio MEC-Brasília, do Centro de Cinema Educativo e do Centro de Informática Educativa.

1983/1984 – Criação da TV Educativa do Mato Grosso do Sul. Início do “Projeto Ipê”, da Secretaria da Educação do estado de São Paulo e da Fundação Padre Anchieta, com cursos para atualização e aperfeiçoamento do magistério de 1.º e 2.º graus, utilizando-se de multimeios.

1988 – “Verso e Reverso – Educando o Educador”: curso por correspondência para capacitação de professores de Educação Básica de Jovens e Adultos/ MEC Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos (EDUCAR),com apoio de programas televisivos através da Rede Manchete.

1991 – O “Projeto Ipê” passa a enfatizar os conteúdos curriculares.

1991 – A Fundação Roquete Pinto, a Secretaria Nacional de Educação Básica e secretarias estaduais de educação implantam o Programa de Atualização de Docentes, abrangendo as quatro séries iniciais do ensino fundamental e alunos dos cursos de formação de professores. Na segunda fase, o projeto ganha o título de “Um salto para o futuro”.

1992 – O Núcleo de Educação a Distância do Instituto de Educação da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso), em parceria com a UNEMAT (Universidade do Estado do Mato Grosso) e a Secretaria de Estado de Educação com apoio da Tele-Université du Quebec (Canadá), criam o projeto de Licenciatura Plena em Educação Básica: 1.ª a 4.ª série do 1.º grau, utilizando o EAD, o curso é iniciado em 1995.

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2000 – Consórcio CEDERJ – Parceria entre o Governo do Estado do Rio de Janeiro (Fundação CECIERJ) e a UFF, UENF, UNIRIO, UFRRJ, UERJ e UFRJ.

2005 – Criação da Universidade Aberta do Brasil – UAB

CAPÍTULO II

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”A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. (Paulo Freire)

Neste capítulo procura-se explicar o que é o CEDERJ, o seu surgimento e como funciona um curso a distância do CEDERJ.

2.1 -

Criação e funcionamento do Consórcio Cederj

Segundo Bastos(2007), esse Consórcio nasceu em 1999, através do documento gerado por uma comissão formada por dois membros de cada universidade juntamente com a SECTI – Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, tendo sido assinado pelo Governador do Estado do Rio de Janeiro e pelos Reitores das Universidades Consorciadas no dia 26 de janeiro de 2000. Estavam, então, efetivamente firmadas as bases para o Consórcio CEDERJ.

O objetivo do Consórcio CEDERJ – Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro é democratizar o acesso ao Ensino Superior público, gratuito e de qualidade, utilizando a metodologia de educação a distância. Esta metodologia permite o acesso ao sistema público de educação superior àqueles que vêm sendo excluídos por morarem longe das universidades ou por indisponibilidade de tempo nos horários tradicionais de aula. A modalidade de educação a distância contribui para a formação de profissionais sem deslocá-los de seus municípios.

A referência física do Consórcio para os estudantes é o Pólo Regional, escolas que em convênio com as Prefeituras Municipais, foram adequadas para abrigar os cursos, dirigidos por um Diretor Adjunto, usualmente um educador com nível superior, com experiência administrativa, auxiliado por uma equipe administrativa e técnica. Os pólos regionais contém além do setor

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administrativo, salas de tutoria, salas de aula, laboratórios de informática com acesso à Internet, laboratórios de Biologia, Física e Química, além de biblioteca e, em geral, um auditório. Associados a alguns Pólos regionais existem ainda a figura dos Postos Regionais que servem de apoio para aplicação de avaliações presenciais, acesso a Internet e orientação de estudo.

O CEDERJ conta com pólos regionais nos municípios de Angra dos Reis, Barra do Piraí, Bom Jesus do Itabapoana, Cantagalo, Duque de Caxias, Itaguaí, Itaocara, Itaperuna, Macaé, Magé, Miguel Pereira, Natividade, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Paracambi, Petrópolis, Piraí, Quatis, Resende, Rio Bonito, Rio das Flores, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, São Fidélis, São Francisco do Itabapoana, São Gonçalo, São Pedro da Aldeia, Saquarema, Três Rios e Volta Redonda.

Conforme Bastos(2007), o modelo de EaD do CEDERJ é SEMI-PRESENCIAL, ou seja, os cursos alternam momentos presenciais e a distância, tendo a metodologia de educação semi-presencial quatro aspectos principais:

- o primeiro é um material didático especialmente preparado para educação a distância que compreende material didático impresso, os cadernos didáticos, material didático multi-meios colocados na internet (aulas na WEB), além de DVDs e CDs;

- o segundo é um processo de atendimento tutorial opcional, a disposição do aluno, composto de tutoria presencial (encontro semanal de duas horas, por disciplina, no pólo regional a que está vinculado, para as disciplinas iniciais) e de tutoria a distância (através de internet, correio ou telefone, com tutores nas universidades consorciadas);

- o terceiro é um processo de avaliação contemplando duas modalidades: a presencial, realizada nos pólos regionais, bastante parecido com o utilizado para avaliar os alunos das universidades que oferecem cursos

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presenciais, e à distância, que corresponde aos trabalhos e tarefas executados pelos alunos, que compõe 20% da nota final do estudante;

- o quarto é o uso dos laboratórios didáticos de disciplinas experimentais como Informática, Física, Biologia, Química que os alunos freqüentam nos pólos regionais.

Os alunos do CEDERJ estudam através de um AVA, isto é, um Ambiente Virtual de Aprendizagem, onde na verdade ocorre toda interação e mediação do processo de ensino. É nessa plataforma (IMAGEM 1) que o aluno busca o seu material de aprendizagem, participa de fóruns, interage com os tutores a distância e ainda tomam conhecimento de notícias do seu pólo.

IMAGEM 1 – Plataforma do Cederj

O aluno do Consórcio CEDERJ está, na realidade, matriculado em uma das universidades do Consórcio, dependendo do curso e do pólo regional a que esteja vinculado. Ele faz o vestibular e todo o curso de graduação sem sair de sua cidade, recebendo diploma equivalente ao dos alunos dos cursos

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presenciais. Os coordenadores das disciplinas são, majoritariamente, professores das Universidades consorciadas.

As universidades participantes do Consórcio CEDERJ são:

- UENF – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro

- UFF – Universidade Federal Fluminense

- UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro

- UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UNIRIO – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Neste momento, são oferecidos os seguintes cursos de graduação de Licenciatura em Ciências Biológicas (diplomação pela UENF, UFRJ ou UERJ), Licenciatura em Física (diplomação pela UFRJ), Licenciatura em Matemática (diplomação pela UFF e UNIRIO), Licenciatura em Química (diplomação pela UENF), Curso de Pedagogia para as séries iniciais (diplomação pela UERJ ou UNIRIO), Curso de Tecnologia em Ciências da Computação (diplomação pela UFF), Administração (diplomação pela UFRRJ), Licenciatura em Turismo (diplomação pela UFRRJ) e Licenciatura em História (diplomação pela UNIRIO).

Dentre os vários níveis administrativos existe uma Comissão de Tutoria que é composta pelos coordenadores de tutoria de cada curso/área ativo (com alunos) e de cada uma das Universidades participantes e do Diretor Adjunto de Tutoria. Cabe ao coordenador de tutoria de área ou curso o acompanhamento do processo tutorial da área, em um trabalho em colaboração com os professores coordenadores de disciplina, a coordenação do curso e os diretores de pólos

À Diretoria Adjunta de tutoria compete coordenar as atividades da Comissão de tutoria, no estabelecimento e aperfeiçoamento do modelo de

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tutoria do CEDERJ. Por isso, cuida da seleção, capacitação, acompanhamento e avaliação continua do processo tutorial e da atuação dos tutores, além do controle administrativo do corpo de tutores da Fundação.

2.2 –

A tutoria no Consórcio Cederj

No sistema de educação semi-presencial do CEDERJ o estudante é o personagem central de todo o processo e a aprendizagem autônoma, o objetivo último. Para que o estudante possa atingir esse objetivo, o tutor é um dos elementos fundamentais juntamente com o coordenador da disciplina e o material didático.

De acordo com Masuda (2003), a tutoria desempenha uma função de mediação entre o estudante, o material didático e o professor, e também entre os estudantes entre si, na busca de uma comunicação cada vez mais ativa e personalizada, respeitando-se a autonomia da aprendizagem. Embora não seja a única forma de promover a interação, a tutoria é impar no sentido de inserir um componente pessoal, humanizando com isto o processo de aprendizagem em educação a distância.

Para Masuda (2003), o tutor tem a função primordial de estimular, motivar e orientar o estudante a acreditar em sua capacidade de organizar sua atividade acadêmica e de auto-aprendizagem, oferecendo suporte necessário para que ele possa superar os problemas que for encontrando no seu percurso, tanto no que diz respeito à compreensão dos temas específicos em estudo quanto na adaptação a esta modalidade de ensino.

Segundo Duarte(2003), o modelo de tutoria do CEDERJ prevê duas modalidades de tutoria: a distância, existente em todo o sistema de educação a distância e a presencial.

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O tutor a distância do CEDERJ é um tutor especialista, com um bom domínio do conteúdo, inteiramente identificado com o coordenador da disciplina. Todos os cursos contam com uma sala de tutoria em cada uma das Universidades, onde o tutor dispõe de computadores, telefones e outras facilidades para o atendimento dos estudantes. Todas as disciplinas, durante todo o curso, contam com pelo menos um, atuando em três frentes: junto aos alunos, ao coordenador da disciplina e aos tutores presenciais.

A tutoria presencial tem como objetivo ajudar o estudante proveniente da educação presencial a se adaptar à educação a distância, onde se requer sua participação ativa no processo de aprendizagem, buscando autonomia. O tutor presencial atua no pólo regional, próximo ao aluno.

Espera-se assim que ao cabo de três a quatro semestres no sistema EAD, o estudante tenha desenvolvido a capacidade de estudo independente, com metodologia própria, de modo que possa a partir daí utilizar-se somente da tutoria a distância.

2.3 -

Avaliação

Os exames e tarefas de avaliação (CEDERJ, 2009) são parte integrante e fundamental dos processos de ensino e aprendizagem. Todas as disciplinas do curso de graduação utilizam este recurso que, por um lado, impõe temporalidade ao estudo e, por outro, interatividade dos alunos com os docentes das Universidades Consorciadas.

O processo avaliativo (CEDERJ,2009) pode variar com as características de cada disciplina, mas deve ser minimamente composto por: exercícios avaliativos, duas avaliações a distância, duas avaliações presenciais e, quando necessário, uma avaliação surplementar prencial.

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O material didático contém questões e tarefas de conteúdo específico, integrando a avaliação.

No final de cada caderno didático há uma série de testes, ou exercícios avaliativos que ajudam o aluno a se auto-avaliar em cada disciplina. A interatividade, dos alunos entre si e dos alunos com seus tutores, deve ser fortemente estimulada na realização desses exercícios. (CEDRJ, 2009).

As avaliações a distância atribuem notas. Sempre que possível estimularão o processo autoral de caráter cooperativo, incluindo questões ou trabalhos a serem desenvolvidos em grupo.

São realizadas duas avaliações presenciais por semestre, como mecanismo de validação do processo de aprendizagem. Uma equipe do Consórcio CEDERJ aplica os exames nos Pólos Regionais. Cada exame presencial será acompanhado de um questionário dirigido aos alunos com o objetivo de analisar todo o processo de ensino e, em particular, o exame aplicado. Tais avaliações devem seguir o rigor próprio dos exames presenciais realizados pelos exames das Universidades Consorciadas, tanto no que se refere à fiscalização, quanto à elaboração, aplicação e correção das provas.

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O curso de Pedagogia para as séries iniciais do Ensino

Fundamental

”Tão importante quanto o que se ensina e se aprende é como se ensina e como se aprende”. (Cesar Coll)

Neste capítulo será feita uma análise do ponto de vista sócio-econômico das alunas egressas na primeira turma do curso de Pedagogia para as séries iniciais do CEDERJ, assim como, mostrar como está estruturado o curso de Pedagogia do CEDERJ.

3.1 –

O curso de Pedagogia

O curso fundamenta-se em pressupostos que consolidam uma visão social transformadora de mundo. Em outros termos, concebe um profissional que, imerso em sua prática, busque confrontá-la com a teoria, e ao cotidiano retorne, revigorado pela reflexão e pela dúvida – movimentos indispensáveis à constituição de um pensamento crítico e criativo, portanto transformador.

O curso de pedagogia do pólo Resende é coordenado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, e tem como objetivo habilitar o futuro pedagogo para ser (CEDERJ, 2009):

1. Um intelectual crítico, capaz de responder às novas exigências educacionais a partir de sua prática reflexiva e de base sólida de

conhecimentos e saberes historicamente construídos, com qualidade acadêmica e social.

2. Um educador comprometido com a educação inclusiva e com a diversidade cultural para a construção de uma sociedade justa, igualitária e fundamentalmente ética, ou seja, para uma cidadania ativa.

(28)

3. Um professor para atuar nos anos iniciais do Ensino Fundamental, conforme o preconizado pela Lei 9394/96, levando em consideração as suas condições de trabalho, sua formação inicial e a possibilidade de transformação dessa realidade.

O Curso de Pedagogia para as Séries iniciais do Ensino Fundamental é um curso semi-presencial e foi estruturado dentro dos princípios gerais que regem o Consórcio para a educação a distância.

Na organização didático-pedagógica serão considerados (CEDERJ, 2009):

a reflexão sobre a prática;

a articulação das quatro áreas do conhecimento da prática. educativa - Fundamentos, Linguagens, Ciências Sociais e Ciências Exatas e da Natureza;

a reformulação das práticas cotidianas;

a formulação de um projeto político - pedagógico;

a participação ativa na rede virtual de formação continuada.

A duração do curso é de três anos (tempo mínimo), a titulação é de Licenciado em Pedagogia para as séries iniciais do Ensino fundamental.

A carga horária mínima de 2805 horas será distribuída em disciplinas de 30,60 e 90 horas em três anos, como especificado na grade. A grade é composta pelo núcleo de formação específica, que abrange uma dimensão teórico-prática; e pelo núcleo de formação complementar (formação em serviço), como pode ser visto na tabela abaixo.

GRADE CURRICULAR DO CURSO

PERÍODOS P 1 P 2 P 3 P 4 P 5 P 6 Fundamentos 1 60h Fundamentos 2 60h Fundamentos 3 60h Fundamentos 4 60h Informática na Educação 2 60h Imagem e Educação 60h

(29)

Formação Teórico – Prática à Distância L.Portuguesa na Educação 1 60h L. Portuguesa na Educação 2 60h Alfabetização 1 60h Alfabetização 2 60h Literatura na Formação do Leitor 60h Artes na Educação 60h Ed. Especial 60h Didática 60h Ciênc, Naturais na Educação 1 60h Ciênc. Naturais na Educação 2 60h História na Educação 1 60h História na Educação 2 60h Informática na Educação 1 60 h Matemática na Educação 1 60h Matemática na Educação 2 60h Geografia na Educação 1 60h Geografia na Educação 2 60h Corpo e movi-mento na Educ. 60h Eletiva 1 30h Eletiva 2 30h Eletiva 3 60h Eletiva 4 60h Prática de Ensino 1 60h Prática de Ensino 2 60h Prática de Ensino 3 60h Prática de Ensino 4 60h Prática de Ensino 5 60h Pesquisa em Educação e Construção do PPP1 60h Pesquisa em Educação e Construção do PPP2 60h Pesquisa em Educação e Construção do PPP3 60h Pesquisa em Educação e Construção do PPP4 60h Pesquisa em Educação e Construção do PPP5 60h Pesquisa em Educação e Construção do PPP6 60h 2280 300h 360h 390h 390h 420h 420h Formação em Serviço Prática de Ensino 2 – 15 h Prática de Ensino 3 – 30 h Prática de Ensino 4 – 30 h Prática de Ensino 5 – 30 h Estágio 1- 60 h Estágio 2- 90 h Estágio 3- 90 h Estágio 4- 90 h Estágio 5- 90 h 525 60h 105 h 120 h 120 h 120 h T Toottaall 2 2880055hh 330000hh 442200hh 449955hh 551100hh 554400hh 554400hh Fonte:http://novaplataforma.cederj.edu.br/plataforma/cursoguia/005_Guia_Curs o_Pedagogia_Uerj_20082.doc CEDERJ, 14 de dez. de 2008.

3.2 –

Uma análise sócio-econômica com as alunas do curso de Pedagogia

(30)

Analisando as alunas após um questionário e utilizando o método quantitativo através da média aritmética simples e do percentual, constatamos o que pode ser visto nos gráficos e tabelas abaixo.

GRÁFICO 1

FONTE: Pesquisa de Campo, 2007.

Observando o gráfico 1, vimos que 35% das famílias ganham menos de três salários mínimos, o que torna completamente inviável para essas alunas cursarem uma faculdade particular, tendo em vista que a grande maioria é casada (TABELA 1), cerca de 80%, e tem filhos em idade escolar, o que faz o seu investimento em educação sempre ficar em segundo plano, nunca sobrando dinheiro para cursar o tão sonhada faculdade.

Em uma das questões que perguntava o porquê da opção pelo curso a distância no CEDERJ, 64% respondeu por ser uma universidade pública de prestígio. Obviamente que observando o gráfico 1, conclui-se que para 35% das alunas, ser uma universidade pública é mais do que inconteste.

GRÁFICO 2

Renda Familiar Mensal

3% 32% 29% 26% 10% Até 1 s.m. Entre 1 e 3 s.m. Entre 3 e 6 s.m. Entre 6 e 10 s.m. Acima de 10 s.m.

(31)

VOCÊ TEM ALGUMA EXPERIÊNCIA EM EAD? 0 5 10 15 20 25 30 Não Sim

FONTE: Pesquisa de Campo, 2007.

Uma outra curiosidade foi a entrada em um curso superior a distância sem ao menos ter alguma experiência nesta modalidade de ensino. Onde 83,87% nunca tiveram qualquer experiência em ensino a distância.

As que tiveram experiência em ensino a distância relatam uma capacitação na área educacional feita pelo município a qual são servidoras.

Com isto conclui-se que o eventual choque à aparente mudança de paradigma do sistema educacional foi inevitável.

Fato este, deixado bem claro quando perguntou-se: Com que freqüência você vai ao pólo? Onde, 80% responderam uma vez por semana.

Uma nova maneira de se estudar, até mesmo se educar para esta nova educação, o “aprender a aprender” sendo definitivamente posto em prática.

(32)

MÉDIA DE IDADE DAS ALUNAS 0 2 4 6 8 10 12 14 16 20 a 30 31 a 40 41 a 50 51 a 60 INTERVALOS N D E A L U N A S

FONTE: Pesquisa de Campo, 2007.

A média de idade das alunas é de 38 anos, esta média se confirma no gráfico acima, onde a maior faixa etária das alunas encontra-se de 31 a 40 anos.

Esta média de idade das alunas está bem mais alta do que nos cursos presenciais. Isto demonstra claramente pela opção destas alunas por um curso superior a distância, por já haverem constituído família, já trabalharem.

Um outro fato, é que 70% das alunas entrevistadas, concluíram o Ensino Médio a mais de oito anos, isto demonstra medo e insegurança para encararem novamente uma sala de aula com pessoas mais jovens.

Para estas alunas o ensino a distância vem de encontro as suas necessidades.

(33)

0 5 10 15 20 25 30

Pontos Negativos do Curso

Série1 25 29 17 14 Tutorias durante a 800 Despreparo de alguns Outros(mó dulos

FONTE: Pesquisa de Campo, 2007.

De acordo com o GRÁFICO 4, destacam-se como pontos negativos do curso:

- Tutorias durante a semana - O 0800, para dúvidas

- O despreparo de alguns tutores

- Outros (módulos extensos, poucos dias para a grande quantidade de provas, etc).

O fato das alunas trabalharem durante a semana e onde 34% levam mais de uma hora para chegarem ao pólo, dificulta comparecer as tutorias durante a semana, dando preferência sempre aos sábados.

Além das tutorias presencias, realizadas nos pólos, as alunas também contam com tutorias a distãncia, realizadas na universidades a qual os seus cursos estão ligados, suas dúvidas podem ser postadas na plataforma, por e-mail ou através do telefone, o 0800.

(34)

O fato é que, um dos pontos negativos do curso, foi o 0800, para dúvidas a distância, onde as alunas reclamaram da dificuldade do atendimento e de não conseguirem fazer as ligações.

Outro ponto negativo do curso a distância no CEDERJ para as alunas do curso de Pedagogia para as séries iniciais do Ensino Fundamental foi o despreparo de alguns tutores.

Diferentemente dos cursos presenciais, o papel de um tutor é exatamente ser um mediador entre o aluno e a disciplina, o tutor deve tirar as dúvidas das alunas, é um mediador do conhecimento.

Segundo relato das alunas, algumas tutorias são literalmente aulas, giz, quadro-negro, onde as suas dúvidas muitas das vezes são deixadas de lado pelo tutor que com explanações demoradas sobre os capítulos, acaba fazendo com que as alunas desistam das tutorias e iniciam um processo de estudo autônomo e não dialogado, sem troca de informações.

GRÁFICO 5

Pontos positivos do curso a distância.

FONTE: Pesquisa de Campo, 2007.

23 13 11 10 0 5 10 15 20 25 Flexibilidade de horário Qualidade do ensino público superior Gratuidade do ensino Outros (realização profissional, atualização, etc.)

(35)

No gráfico 4, podemos verificar as principais razões, segundo as alunas do quarto período do curso de Pedagogia, que fizeram optar por um curso a distância.

Nesta parte do questionário as alunas ficavam livres para responder quais as principais razões que as levaram a escolher por um curso a distância.

Podemos observar que a principal razão que levou as alunas a optar por um curso a distância foi a flexibilidade de horário. A não necessidade da presença física no pólo, exceto para as provas presenciais, faz com que as pessoas que tem seus tempos escassos, optam por estudar em locais onde lhes sobram tempo para tal, independente de ser um local fixo.

A qualidade do ensino superior pesou muito na escolha destas alunas, o fato do curso de Pedagogia do CEDERJ do pólo Resende ser ofertado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, fez com que falasse mais alto na escolha destas alunas, o que demonstrou também confiança nas instituições públicas.

A gratuidade do ensino, não menos importante, ficou em terceiro lugar nesta pesquisa, algo fundamental para a realização do tão sonhado curso superior para estas alunas.

(36)

CONCLUSÃO

Uma análise do perfil das alunas do quarto período do curso de Pedagogia para as séries iniciais do CEDRJ, pólo Resende, feita através de um questionário com 31 alunas, constatou que 26 provém de escolas públicas. 30 alunas cursaram formação de professores no Ensino Médio. A média de idade é de 38 anos, mais alta do que nas Universidades presenciais. 25 trabalham, destas 74% atuam como professoras. 25 são casadas e 24 tem filhos. 35% tem renda familiar de até 3 salários mínimos. 64% tem renda familiar de até 6 salários mínimos. O que torna-se praticamente impossível cursar uma universidade particular, tendo em vista os gastos mensais destas famílias, que juntamente com a escassez de tempo e a possibilidade de estar cursando uma universidade pública, neste caso, a UERJ.

Conclui-se de forma clara que a educação a distância vem democratizar o acesso a informação, proporcionando a inserção social.

A Educação a Distância tem como principal característica a flexibilidade de espaço e tempo, sendo considerada uma metodologia voltada ao atendimento de indivíduos que pretendem e necessitam manter seu processo de aprendizagem sem, contudo, abandonar outras atividades desempenhadas, facilitando o aluno a escolher o local e horário de estudo conforme a sua necessidade.

A educação a distância para estas alunas foi a resposta a pergunta que as mesmas já se faziam há algum tempo. Como fazer o tão sonhado curso superior?

Infere-se que entre as principais razões que levaram as alunas a optar pelo curso superior a distância, destacam-se a gratuidade do ensino, a flexibilidade de horário e a qualidade do ensino público superior. A pesquisa também apontou para o fato de que, caso não existisse um curso superior a

(37)

distância na região seria impossível para estas alunas a tão sonhada realização profissional e sua conseqüente inclusão na sociedade.

Logo, a educação a distância não é só mais uma modalidade de educação, mas, uma forma de democratização do acesso a educação, contribuindo para os crescentes níveis de escolarização do país.

A educação a distância cria sujeitos autônomos, capazes de buscar o seu próprio conhecimento, nossas soluções para as questões do dia a dia, obtendo condições para intervir na sociedade e no mundo em que vivem.

(38)

BIBLIOGRAFIA

BASTOS, A.M.F.; MACEDO, M.V.; SOUZA, V.R. Caderno de Orientação da Tutoria. Fundação CECIERJ - Consórcio CEDERJ. Rio de Janeiro, junho de 2007.

BELLONI, Maria Luiza. Educação a distância. Campinas, S.P: Autores Associados, 2008.

BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n.º 9394 de 20 de dezembro de 1996.

DUARTE, M. A Tutoria CEDERJ – Orientação para os novos tutores. CEDERJ: Rio de Janeiro, 2003.

EAD, Breve histórico da EAD no Brasil. http://www.telebrasil.org.br/ead.pdf TELEBRASIL, em 20 de fev. de 2009.

LITWIN, Edith. Educação a Distância. Porto Alegre: Artmed, 2001.

MACEDO, M. V. Orientação para a tutoria presencial no Curso de Ciências Biológicas a Distância do CEDERJ. CEDERJ: Rio de Janeiro, 2002.

MASUDA, M. O. O Sistema de Tutoria nos cursos do Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (CEDERJ), Rio de Janeiro, 2003.

MORAN, J. Manuel (Org). Novas tecnologias e Mediação Pedagógica. Campinas, S.P: Papirus Editora, 2000.

(39)

RAMAL, Andréa Cecília. “Internet e Educação” in Rio de Janeiro: REVISTA GUIA DA INTERNET.BR, Ediouro, n.º 12, 1997.

http://www.cederj.edu.br/fundacaocecierj/exibe_artigo.php CEDERJ, em 19 de fev. de 2009.

http://novaplataforma.cederj.edu.br/plataforma/cursoguia/005_Guia_Curso_Pe dagogia_Uerj_20082.doc CEDERJ, 14 de dez. de 2008.

(40)

ANEXO 1

QUESTIONÁRIO

1 – Em que tipo de estabelecimento você cursou o Ensino Médio? 1.Todo em escola pública

2.Todo em escola particular 3.Maior parte em escola pública 4.Maior parte em escola particular

2 – Que tipo de curso você fez no Ensino Médio? 1. Formação geral

2.Formação de professores 3.Curso Técnico

3 – Em que ano você concluiu o Ensino Médio? 1.2006 2.2005 3.2004 4.2003 5.2001 6.2000 ou antes

4 – Você já iniciou algum curso superior? 1.não

2.sim, mas não conclui 3sim, estou cursando 4.sim e já conclui

5 – se você já iniciou um curso superior e não concluiu, o que a levou a não concluir?

1.Não tive condições financeiras para continuar 2.O curso não correspondeu as minhas expectativas 3.Não consegui conciliar trabalho e estudos

6 – Qual a renda mensal de sua família? (s.m.= salário mínimo) 1.até 1 s.m.

2.entre 1 e 3 s.m. 3.entre 3 e 6 s.m. 4.entre 6 e 10 s.m. 5.mais de 10 s.m.

7 – Você trabalha atualmente? 1.sim

(41)

8 – Em caso positivo na pergunta anterior, você trabalha na área que estuda?

1.sim 2.não

9 – Excetuando os livros escolares, quantos livros você lê por ano? 1.nenhum

2.de um a dois livros 3.de três a cinco livros 4.seis ou mais

10 – Quantas horas você estuda por dia? 1.menos de uma hora

2.de uma a duas horas 3.três horas ou mais

11 – Você domina alguma língua estrangeira? 1.sim, fluentemente

2.sim, razoavelmente 3.não

12 – Qual o seu estado civil? 1.solteira

2.casada 3.viúva 4.divorciada

13 – Se tem filhos, quantos? 1.um

2.dois 3.três

4.mais de três

14 – Qual a escolaridade dos seus pais? 1.ensino fundamental incompleto

2.ensino fundamental completo 3.ensino médio incompleto 4.ensino médio completo 5.ensino superior incompleto 6.ensino superior completo

15 – Você tem alguma experiência anterior em EAD? 1.não

2.sim

Qual?______________________________________ 16 – Qual a distãncia de sua residência ao pólo? 1.até 1 hora

(42)

2.de 1 a 2 horas 3.de 2 a 3 horas 4.mais de 3 horas

17 – Em que município você mora? ____________________________

18 – Com que freqüência você vai ao pólo? 1.só nas provas

2.uma vez por semana 3.duas vezes por semana

4.mais de duas vezes por semana 19 – Qual o melhor dia para as tutorias? 1.durante a semana

2. aos sábados

20 – Por que você optou por um curso a distância?

1.Falta de tempo para cursar uma universidade tradicional 2. Por não precisar gastar dinheiro com transporte

3. por ser uma universidade pública de prestígio 4. outros. Justifique.

______________________________________ ______________________________________ 21 – Você mora em imóvel próprio?

1.sim 2.não

22 – Com que freqüência você utiliza o computador acessando a internet?

1. diariamente

2. uma vez por semana 3. duas vezes por semana 4. três vezes por semana

23 – Quanto as aulas de tutorias presenciais? 1. são fundamentais

2. são fundamentais em algumas matérias

3. ajudam, mas, não são essenciais para o aprendizado 4. Ajudam, mas, em alguns casos poderiam ser melhores 5. perda de tempo

6. é extremamente importante para o andamento do curso Dê sugestões?

______________________________________ ______________________________________ 24 – Quanto a tutoria a distância?

(43)

1.Nunca fiz uso

2.Já fiz uso, mas, não obtive um bom resultado 3.É exatamente importante para um curso a distãncia 25 – Quanto aos tutores presenciais?

1. Procuram ajudar os alunos

2.Não tem qualquer comprometimento com os alunos 3.Estão sempre dispostos a ajudar

Dê sugestões:

____________________________________________ ____________________________________________ 26 – Cite três pontos positivos de um curso a distãncia: ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ 27 – Cite três pontos negativos de um curso a distância: ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________

(44)

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I Educação a distância 10

1.1 – Algumas definições sobre EAD 10 1.2 – Legislação de EAD no Brasil 13 1.3 – Breve histórico da EAD no Brasil 15

CAPÍTULO I I

O que é o CEDERJ? 20

2.1 – Criação e funcionamento do CEDERJ 20 2.2 – Tutoria 24 2.3 – Avaliação 25

CAPÍTULO I I I

O curso de Pedagogia para as séries iniciais

do Ensino Fundamental 27 3.1 – O curso de Pedagogia 27 3.2 – Uma análise socioeconômica com as alunas

(45)

CONCLUSÃO 36

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38

ANEXOS 40

(46)

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

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