• Nenhum resultado encontrado

Fonte: Página 1 de 14

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Fonte: Página 1 de 14"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

C

C

C

O

O

O

O

O

O

P

P

P

E

E

E

R

R

R

A

A

A

T

T

T

I

I

I

V

V

V

I

I

I

S

S

S

M

M

M

O

O

O

N

N

N

O

O

O

B

B

B

R

R

R

A

A

A

S

S

S

I

I

I

L

L

L

(2)

ÍNDICE

Descrição

Página

O que é cooperativa

3

Princípios do cooperativismo

4

Tipos de cooperativa

5

Associados

6

Constituição de uma cooperativa

7

Quais são os tributos de uma cooperativa

10

Ato cooperativo

11

Operação com terceiros

12

(3)

Cooperativas

O que é

Sociedade de pessoas com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeita a falência, constituída para prestar serviços a seus associados( número mínimo de 20 pessoas físicas)

É uma empresa com dupla natureza, que contempla o lado econômico e o social de seus associados. O cooperado é ao mesmo tempo dono e usuário da cooperativa: enquanto dono ele vai administrar a empresa e enquanto usuário ele vai utilizar os serviços.

Empresa Cooperativa Empresa Não Cooperativa

É uma sociedade de pessoas É uma sociedade de capital Objetivo principal é a prestação de serviços Objetivo principal: lucro Número ilimitado de associados Número limitado de acionistas Controle democrático - um homem, um voto cada ação, um voto

Assembléia: “Quorum” baseado no número de

associados Assembléia: “Quorum” baseado no capital Não é permitida a transferência das quotas partes a

terceiros, estranhos à sociedade Transferências das ações a terceiros Retorno proporcional ao valor das operações Dividendo proporcional ao valor das ações

(4)

Princípios do cooperativismo

Em 1844, por ocasião da constituição da 1ª cooperativa formal em Rochdale, na Inglaterra, os 28 pioneiros estabeleceram alguns princípios que são observados até hoje.

Em 1995, por ocasião do Congresso da Aliança Cooperativa Internacional - ACI em Manchester, Inglaterra, a redação dos Princípios dos Pioneiros de Rochdale ficou assim estabelecida:

1. Da livre e aberta adesão dos sócios

As cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas interessadas em utilizar seus serviços e dispostas a aceitar as responsabilidades da sociedade, sem discriminação social, racial, política, religiosa e sexual (de gênero).

2. Gestão e controle democrático dos sócios

As cooperativas são organizações democráticas controladas por seus associados, que participam ativamente na fixação de suas políticas e nas tomadas de decisões.

Homens e mulheres, quando assumem como representantes eleitos, respondem pela associação. Nas cooperativas de primeiro grau, os sócios têm direitos iguais de voto (um sócio, um voto). Cooperativas de outros graus são também organizadas de forma democrática.

3. Participação econômica do sócio

Os associados contribuem eqüitativamente e controlam democraticamente o capital de sua cooperativa. Ao menos parte desse capital é, geralmente, de propriedade comum da cooperativa.

Os associados geralmente recebem benefícios limitados pelo capital subscrito, quando houver, como condição de associação.

Os sócios destinam as sobras para algumas das seguintes finalidades: desenvolver sua cooperativa, possibilitando a formação de reservas, onde ao menos parte das quais sejam indivisíveis; beneficiar os associados na proporção de suas transações com a cooperativa; e sustentar outras atividades aprovadas pela sociedade (associação).

4. Autonomia e independência

As cooperativas são autônomas, organizações de auto-ajuda, controladas por seus membros.

Nas relações com outras organizações, inclusive governos, ou quando obtêm capital de fontes externas, o fazem de modo que garantam o controle democrático pelos seus associados e mantenham a autonomia da cooperativa.

5. Educação, treinamento e informação

As cooperativas fornecem educação e treinamento a seus sócios, aos representantes eleitos, aos administradores e empregados, para que eles possam contribuir efetivamente ao desenvolvimento de sua cooperativa.

Eles informam ao público em geral - particularmente aos jovens e líderes de opinião - sobre a natureza e os benefícios da cooperação.

6. Cooperação entre as cooperativas

As cooperativas servem seus associados mais efetivamente e fortalecem o movimento cooperativista, trabalhando juntas através de estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais.

7. Interesse pela comunidade

As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentável de suas comunidades através de políticas aprovadas por seus associados.

(5)

Tipos

A cooperativa pode adotar qualquer gênero de serviço, operação ou atividade. Trata-se sempre de eliminar os intermediários, barateando custos e diminuindo preços pela racionalização e operação em grande escala. Ela terá o perfil de acordo com o de seus associados, pois estes se reúnem em torno de um ou mais objetivos específicos. Como exemplos, podemos citar:

- Cooperativa agropecuária: reúne produtores rurais; seus serviços podem ser a compra em comum de insumos, a venda em comum da produção dos cooperados, a prestação de assistência técnica, armazenagem, industrialização, entre outros

- Cooperativa de consumo: reúne consumidores de bens de uso pessoal e doméstico (supermercado); seus serviços são a compra em comum destes bens

- Cooperativa habitacional: reúne pessoas precisando de moradia; seus serviços consistem na aquisição de terreno e construção de casas ou prédios residenciais

- Cooperativa de trabalho: reúne trabalhadores; seus serviços consistem em conseguir clientes ou serviço para estes cooperados, fornecer capacitação e treinamento técnico, entre outros

- Cooperativa de produção: reúne operários de uma fábrica; seus serviços consistem em coordenar o funcionamento da fábrica

- Cooperativa de crédito: reúne a poupança das pessoas, oferecendo crédito e valorizando as aplicações financeiras dos cooperados. No Brasil, atualmente, elas são fechadas, ou seja, restritas a alguma categoria profissional (produtores rurais) ou trabalhadores de uma empresa

- Cooperativa educacional: reúne pais de alunos; a cooperativa é mantenedora de uma escola, cujos alunos são filhos de cooperados

- Cooperativa de serviços: reúne pessoas com necessidade de alguns serviços como eletrificação e telefonia rurais, saneamento básico etc.

- Cooperativa de saúde: reúne profissionais ou usuários de saúde. Nesse caso, juntamos num mesmo ramo cooperativas de trabalho (médicos, dentistas, psicólogos) e cooperativas de “consumo” (consumidores de plano de saúde)

- Cooperativa especial: é uma alternativa de organização para índios e pessoas com alguma deficiência física ou mental, que conservam sua capacidade produtiva.

(6)

Associados

O ingresso na cooperativa é livre a todos que quiserem utilizar seus serviços, desde que adiram aos propósitos sociais e preencham condições estabelecidas no estatuto.

Na cooperativa de trabalho, o associado deve ser autônomo. Na agropecuária, ele precisa ser produtor rural, e assim por diante. Sua saída pode se dar das seguintes formas:

- demissão, a seu pedido

- eliminação, em virtude de infração legal ou estatutária, ou fato especial previsto no estatuto

- exclusão, por morte da pessoa física, incapacidade civil não suprida ou não atendimento aos requisitos estatutários de ingresso ou permanência.

A cooperativa deve assegurar igualdade de direitos entre os cooperados, não podendo restringir de modo algum os direitos sociais destes, cobrar prêmios ou taxas para a entrada de novos associados ou remunerar a quem agenciar novos associados.

Direitos dos cooperados

- utilizar os serviços prestados pela cooperativa

- tomar parte nas Assembléias Gerais, discutindo e votando os temas que estão sendo tratados - propor medidas que julgar conveniente ao todo às Assembléias Gerais

- efetuar com a cooperativa as operações que foram dispostas

- buscar trinta dias antes da assembléia geral, informações a respeito da situação financeira da cooperativa - votar e ser votado para os cargos dos Conselhos de Administração e Fiscal

- caso se desligue da cooperativa, retirar o capital de acordo com o estatuto

Deveres dos cooperados

- integralizar as quotas parte capital - operar com a cooperativa

- seguir o estatuto da cooperativa cumprindo suas normas

- respeitar as decisões da Assembléia Geral e do Conselho Administrativo - cobrir suas partes quando forem verificadas perdas no fim do exercício - participar ativamente das atividades

Participação econômica dos sócios

Os sócios contribuem de forma eqüitativa e controlam democraticamente o capital de suas cooperativas. Parte desse capital é propriedade comum das cooperativas. Usualmente os sócios recebem juros limitados (se houver algum) sobre o capital, como condição de sociedade.

Os sócios destinam as sobras aos seguintes propósitos: desenvolvimento das cooperativas, possibilitando a formação de reservas, parte dessa podendo ser indivisíveis; retorno aos sócios na proporção de suas transações com as cooperativas e apoio a outras atividades que forem aprovadas pelo sócio.

(7)

Constituição

Procedimentos para constituição:

1º) Reunião com o grupo de pessoas interessadas em criar uma cooperativa, com as seguintes finalidades: - determinação dos objetivos da cooperativa;

- escolha de uma comissão e de um coordenador dos trabalhos.

2º) Reunião com todos os interessados em participar da cooperativa, a fim de verificar as condições mínimas para que a mesma seja viável, tais como:

A cooperativa é a solução adequada? Os interessados estão dispostos a cooperar?

A cooperativa terá como contratar pessoal qualificado para administrá-la?

3º) A comissão de organização elabora a proposta de estatuto da cooperativa e distribui uma cópia aos interessados, para que esta seja estudada e discutida em todos os seus itens.

4º) A comissão deve convocar todas as pessoas interessadas para a Assembléia Geral de Constituição (fundação) da Cooperativa, em hora e local determinado com antecedência, afixando-se aviso de convocação em locais frequentados pelos interessados, podendo ser também veiculado através de imprensa e rádio.

5º) Realização de Assembléia Geral de Constituição da Cooperativa com a participação de todos os interessados (mínimo de 20 pessoas segundo a Lei).

1)Documentos para o registro Para a Junta Comercial do Estado:

- 4 vias da Ata de Assembléia Geral de Constituição e do Estatuto da Cooperativa. Todas as páginas são rubricadas por todos os associados fundadores;

- cópia da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa Física (CPF) do Presidente; - relação nominativa dos presentes

- cópia do comprovante de residência do Presidente

- cópia do comprovante do local de funcionamento da instituição - visto de advogado na última página das vias da Ata e do Estatuto.

Para a Receita Federal:

- ficha Cadastral e ficha complementar (CNPJ)

- cópia do CPF, RG e comprovante de residência de todos os diretores; - lista dos associados.

2) Estatuto Social

O estatuto da cooperativa é a base da empresa. Nele constam as linhas gerais de seu funcionamento. Trata-se do contrato que os cooperados fazem entre si. Deve conter:

- denominação, sede, prazo de duração, área de ação, objeto da sociedade, fixação do exercício social e da data do levantamento do balanço geral

- direitos e deveres dos associados, natureza de suas responsabilidades e condições de admissão, demissão, eliminação e exclusão e normas para representação

- capital mínimo, valor da quota-parte, mínimo de quotas partes a ser subscrito pelo associado, o modo de integralização, condições de sua retirada nos casos de demissão, eliminação ou exclusão

- forma de devolução das sobras registradas aos associados, ou do rateio das perdas apuradas

- modo de administração e fiscalização, estabelecendo os respectivos órgãos, definição de suas atribuições, poderes e funcionamento, representação ativa e passiva da sociedade em juízo ou fora dele, o prazo do mandato e processo de substituição dos administradores e conselheiros fiscais

- formalidades de convocação das Assembléias Gerais e a maioria delas requeridas para a sua instalação, validade das suas deliberações, vedado o direito de voto aos que nelas tiverem interesse particular sem privá-los de participar dos

(8)

debates

- casos de dissolução voluntária da sociedade

modo e processo de alienação ou oneração de bens imóveis modo de reformar o estatuto

número mínimo de associados

3) Capital Social

O capital social serve para possibilitar a prestação de serviço, ou seja, para as instalações e equipamentos necessários. Assim, cada grupo deverá elaborar um projeto de viabilidade econômica, especificando quais são essas instalações e equipamentos para calcular o valor com o qual cada um deverá contribuir.

O capital será subdividido em quotas partes, cujo valor unitário não poderá ser superior ao maior salário-mínimo vigente no país.

Nenhum associado poderá subscrever mais de 1/3 (um terço) do total das quotas partes, salvo nas sociedades em que a subscrição deva ser diretamente proporcional ao movimento financeiro do cooperado ou transformados ainda, em relação à área cultivada ou ao número de plantas e animais em exploração.

É vedado às cooperativas distribuírem qualquer espécie de benefício às quotas partes do capital ou estabelecer outras vantagens ou privilégios, financeiros ou não, em favor de quaisquer associados ou terceiros, excetuando-se os juros até o máximo de 12% (doze por cento) ao ano que incidirão sobre a parte integralizada

Para a formação do capital social poder-se-á estipular que o pagamento das quotas partes seja realizado mediante prestações periódicas, independentemente de chamada, por meio de contribuições.

As quotas partes do capital nunca serão cedidas a terceiros, estranhos à sociedade.

4) Taxas

A principal receita da cooperativa é a taxa de administração ou serviço. De todas as operações que o cooperado fizer com ela, a cooperativa reterá um percentual sobre o valor. A seguir temos alguns exemplos:

Numa cooperativa agropecuária, a taxa incidirá sobre o valor da venda do produto (leite, café, algodão, etc.) ou sobre o preço pago pelos insumos. Há também taxas de armazenagem, beneficiamento, e outras.

Numa cooperativa de consumo, a taxa é sobre o preço pago pelos produtos adquiridos.

Numa cooperativa de trabalho é descontado um percentual sobre o valor do trabalho do cooperado.

Numa cooperativa educacional, as despesas são rateadas de acordo com a classe que o aluno está cursando, o que define a sua mensalidade.

Sobras/Perdas (destinação)

- as sobras/perdas são originárias da taxa de serviço.

- uma taxa de serviço muito elevada resultará em sobras, pois o valor retido nas operações dos cooperados foi maior do que o necessário para o pagamento das despesas.

- uma taxa de serviço muito baixa resultará em perdas, pois o montante retido nas operações dos cooperados não foi suficiente para cobrir as despesas

- a Assembléia Geral decide sobre o rateio das sobras ou das perdas.

- as sobras líquidas apuradas no exercício poderão ser rateadas entre os associados, depois de deduzidos os percentuais para os fundos indivisíveis, em partes diretamente proporcionais às operações realizadas com a cooperativa.

- os prejuízos verificados no decorrer do exercício serão cobertos com recursos provenientes do Fundo de Reserva e, se insuficiente este, mediante rateio, entre os associados, na razão direta dos serviços usufruídos.

5) Fundos

As cooperativas são obrigadas a constituir:

Fundo de reserva destinado a reparar perdas e atender ao desenvolvimento de suas atividades, constituído com 10% (dez por cento), pelo menos, das sobras líquidas do exercício;

Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social - FATES, destinado à prestação de assistência aos associados, seus familiares e, quando previsto nos estatutos, aos empregados da cooperativa, constituído de 5% (cinco por cento), pelo menos, das sobras líquidas apuradas no exercício.

O Fundo de reserva e o FATES são indivisíveis.

Além dos previstos, a Assembléia Geral poderá criar outros fundos, inclusive rotativos, com recursos destinados a fins específicos, fixando o modo de formação, aplicação e liquidação.

(9)

6) Livros

- de matrícula

- de atas de Assembléias Gerais - de atas dos Órgãos de Administração - de atas de do Conselho Fiscal

- de presença dos cooperados nas Assembléias Gerais - fiscais e contábeis (obrigatórios)

(10)

Tributos

A cooperativa paga qualquer tributo, desde que haja o fato gerador. Nem sempre as alíquotas são únicas e podem acontecer mudanças no decorrer do tempo, sendo aconselhável a orientação de um profissional capacitado na hora do estudo da viabilidade econômica ou no momento do recolhimento por parte da cooperativa.

Na prática, a cooperativa não tem isenção de tributos. Conceitualmente, o ato cooperativo não é fato gerador dos tributos sobre o lucro, portanto não há incidência de imposto de renda da pessoa jurídica (IRPJ).

Ao praticar o ato não cooperativo, ela deve oferecer o resultado positivo dessas operações à tributação.

Cabe lembrar que a pessoa física (cooperado) deve recolher Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) e previdência social (INSS).

Aspectos tributários das cooperativas:

Tributos %

IPI · São contribuintes não isentas da obrigação principal e acessória decorrentes da saída de produto que industrializar em seu estabelecimento.

· São contribuintes isentos da obrigação principal pelos barcos de pesca que venham produzir ou adquirir para distribuição ou repasse aos seus associados.

ICMS · De acordo com a Lei do ICMS vigente para pessoa jurídica normal. (ver detalhamento neste site, no item "Tributos e Obrigações").Se a cooperativa operar dentro de um único município, não existe a incidência do ICMS.

PIS · De acordo com a legislação em vigor, a contribuição incide o percentual de 1% sobre a folha de pagamento de funcionários da cooperativa, e em casos de operar com não-associados, incide percentuais de 0,65% de acordo com a Medida Provisória 1.546-22, de 7 de agosto de 1997. COFINS · De acordo com o artigo 6o da Lei Complementar 70/91, as cooperativas estão isentas do

recolhimento da contribuição para Financiamento da Seguridade Social, mas tão somente quanto aos atos cooperativos de suas finalidades.

CONT.

SOCIAL · Conforme acórdão, o Conselho de Contribuinte através da câmara Superior de recursos fiscais decidiu "Acórdão SEREF/01 - 1.751 publicado no DOU de 13.09.96, Pág. 18.145" que o resultado positivo obtido pelas sociedades cooperativas nas operações realizadas com os seus associados, os atos cooperativos, não integra a base de cálculo da Contribuição Social.

I.R · Há incidência de imposto, seguindo as regras aplicáveis às pessoas jurídicas, quando há resultados positivos das operações das cooperativas com não associados. · Não há incidência de imposto, quando os resultados positivos são derivados de operações entre a cooperativa e seus associados.

INSS · Com o aditamento da Lei Complementar 84/96, passou a incidir o percentual de 15% sobre a retirada de cada cooperado e se os mesmos forem autônomos (inscritos na Previdência Social); a Contribuição será de 20% sobre o salário-base de cada associado. É importante ressaltar que a Obrigação do Recolhimento é de exclusiva responsabilidade da cooperativa.

ISS · A maioria dos municípios brasileiros preceitua que a incidência do Imposto em questão é sobre o total do faturamento. Entretanto, vários especialistas entendem que a única receita operacional da cooperativa de trabalho é a Taxa de Administração, que se tornaria o fato gerador do ISS. FGTS · 8% sobre a folha de pagamento dos empregados da Cooperativa.Somente tem como fato gerador

para os empregados da cooperativa, sendo certo que não existe o fato gerador para os cooperativados.

(11)

Ato cooperativo

Denominam-se atos cooperativos os praticados entre as cooperativas e seus associados, entre estes e aquelas e pelas cooperativas entre si quando associados, para a consecução dos seus objetivos sociais.

O ato cooperativo não implica operação de mercado, nem contrato de compra e venda de produto ou mercadoria. Por isso, não há incidência, nos seus resultados positivos, de Imposto de Renda ou outras contribuições sobre o lucro. O que a Constituição Federal do Brasil diz sobre o Ato Cooperativo:

“art.146 - Cabe à lei complementar: (...)

III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:(...) c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.”

(12)

Operação com terceiros

As cooperativas poderão fornecer bens e serviços a não associados, desde que tal faculdade atenda aos objetivos sociais e estejam de conformidade com a lei do cooperativismo.

Os resultados das operações das cooperativas com não associados serão levados à conta do "Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social" e serão contabilizados em separado, de modo a permitir cálculo para incidência de tributos.

Definição de terceirização

No contrato social da empresa tomadora de serviços está identificada a sua finalidade de negócio, ou seja, o seu objetivo econômico, atividade para a qual a empresa foi criada e organizada, alocando pessoal, custos e definindo as tarefas.

As outras funções que nada têm em comum com a atividade-fim são caracterizadas como acessórias, ou de suporte à atividade principal, portanto, podem ser passadas a terceiros.

Terceirização e cooperativas de trabalho

Sendo a cooperativa de trabalho uma prestadora de serviços, na terceirização sua atividade visa complementar a atividade de outra empresa.

Autônomo > Cooperativa > Contratos com tomadora de serviços

Na cooperativa de trabalho

- Gera relacionamento com uma clientela múltipla

- deve dar completa e total independência ao contratado, sem nenhuma conotação de subordinação ou de exclusividade;

- não pode ser utilizado em funções peculiares e específicas das empresas contratantes;

- regularidade fiscal e tributária perante os órgãos públicos. ex: registro ISS, contribuição de autônomo ao INSS. Nas cooperativas de trabalho é necessário conscientizar os cooperados quanto a sua situação de trabalhador autônomo, como prestador de serviço, portanto fora das normas e benefícios da CLT.

Tanto a cooperativa quanto o tomador de serviços devem estar atentos para que não se caracterize uma relação de emprego, que se estabelece quando existe:

- subordinação hierárquica; - horário de trabalho; - habitualidade; - exclusividade.

(13)

Tipos de Negócios

QUADRO COMPARATIVO - ASSOCIAÇÃO X COOPERATIVA

CARACTERÍSTICAS ASSOCIAÇÃO COOPERATIVA

1 - DEFINIÇÃO LEGAL - Sociedade civil sem fins lucrativos. - Sociedade civil e comercial, sem fins lucrativos (LTDA).

2 - OBJETIVOS - Prestar serviços de interesse econômico, técnico, legal, cultural e político de seus associados.

- Prestar serviços de interesse econômico e social aos cooperados, viabilizando e desenvolvendo sua atividade produtiva.

3 - AMPARO LEGAL - Constituição Federal (Artigo 5º).- Código Civil. - Constituição Federal (Artigo 5º).- Código Civil.- Lei 5.764/71. 4 - MÍNIMO DE

PESSOAS PARA CONSTITUIÇÃO

- 02 (duas) pessoas físicas. - 20 (vinte pessoas) físicas, exclusivamente.

5 - ROTEIRO SIMPLIFICADO PARA CONSTITUIÇÃO

- Definição do grupo de interessados- Definição dos objetivos concretos do grupo.- Elaboração conjunta do Estatuto Social.- Realização da Assembléia de Constituição, com eleição dos Dirigentes.- Registrar o Estatuto Social, os Livros obrigatórios e a Ata de Constituição (Lei 9.042/95 Nova redação do Artigo 121 da Lei 6015/73).- CGC na Receita Federal.- Registros na Prefeitura, INSS e Ministério do Trabalho.- Elaboração do primeiro plano de trabalho.

Constituição, com eleição dos

Dirigentes.- Subscrição e integralização das cotas de capital pelos associados.- Encaminhamento dos documentos para análise e registro na Junta Comercial.- CGC na Receita Federal.- Inscrição na Receita Estadual.- Inscrição no INSS.- Alvará de Licença e Funcionamento na Prefeitura Municipal.- Registro na OCEES.- Outros registros para cada atividade econômica.- Abertura de conta bancária.

6 - PONTOS ESSENCIAIS NOS ESTATUTOS SOCIAIS

- Nome da Associação.- Sede e Comarca.- Finalidades/objetivos concretos.- Se os associados respondem pelas obrigações da entidade.- Tempo de duração.- Cargos e funções dos Dirigentes e Conselheiros.- Como são modificados os Estatutos Sociais.- Como é dissolvida a entidade e destino do patrimônio.

- Nome, tipo de entidade, sede e foro. - Área de atuação.

- Duração do exercício social. - Objetivos sociais, econômicos e técnicos.

- Forma e critérios de entrada e saída de associados.

- Responsabilidade limitada ou ilimitada dos associados.

- Formação, distribuição e devolução do capital social.

- Órgãos de direção, com responsabilidade de cada cargo. - Processo de eleição e prazo dos mandatos dos Dirigentes e Conselheiros.

- Convocação e funcionamento da Assembléia Geral.

- Forma de distribuição das sobras e rateio dos prejuízos.

- Casos e formas de dissolução. - Processo de liquidação.

- Modo e processo de alienação ou oneracão de bens imóveis. - Reforma dos Estatutos.

- Destino do patrimônio na dissolução ou liquidação.

7 - REPRESENTAÇÃO

LEGAL - Representa, se autorizado pelo Estatuto Social, os associados em ações coletivas e prestação de serviços comuns de interesse econômico, social, técnico, legal e político dos mesmos.

- Representa, se autorizado pelo Estatuto Social, os cooperados em ações coletivas e prestação de serviços comuns de interesse econômico, social, técnico, legal e político dos mesmos. 8 - ÁREA DE AÇÃO - Limitada pelos seus objetivos. - Limitada pelos seus objetivos. 9 - ATIVIDADES

MERCANTIS - Pode ou não comercializar. - Pratica qualquer ato comercial. 10 - OPERAÇÕES

FINANCEIRAS - Pode realizar operações financeiras e bancárias usuais, mas não tem como finalidade e nem realiza operações de empréstimos ou aquisições

- Pode realizar qualquer operação financeira.- São beneficiárias de crédito rural.

(14)

com o governo federal.- Não é beneficiária de crédito rural.

11 -

RESPONSABILIDADES DOS SÓCIOS

- Os administradores podem ser responsabilizados por seus atos que comprometem a vida da entidade.- Os sócios não respondem pelas obrigações assumidas pela entidade.

- A responsabilidade dos cooperados está limitada ao montante de suas respectivas cotas partes, a não ser que o Estatuto Social determine

diferentemente. Quando os Estatutos determinam responsabilidade ilimitada, os sócios podem responder com seu patrimônio pessoal.

12 - REMUNERAÇÃO

DOS DIRIGENTES - Não são remunerados pelo desempenho de suas funções. Podem receber reembolso das despesas realizadas para desempenho de suas funções.

- São remunerados, através de retiradas mensais "pró labore", definidas pela Assembléia. Não possuem vínculo empregatício.

13 - DESTINO DO RESULTADO FINANCEIRO

- Não há rateio de sobras das operações financeiras entre os sócios. Qualquer superávit financeiro deve ser aplicado em suas finalidades.

- Há rateio das sobras obtidas no exercício financeiro, devendo antes a assembléia destinar partes ao Fundo de Reserva (mínimo de 10%) e FATES Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (mínimo de 5%). As demais sobras podem ser destinadas a outros fundos de capitalização ou diretamente aos associados de acordo com a quantidade de operações que cada um deles teve com a cooperativa. 14 - ESCRITURAÇÃO

CONTÁBIL - simplificada e objetiva. - É específica e completa. Deve existir controle de cada conta capital dos cooperados, e registrar em separado as operações com não cooperados. 15 - OBRIGAÇÕES

FISCAIS E TRIBUTÁRIAS

- Não paga Imposto de renda. Deve, porém, declarar a isenção todo ano. - Não está imune, podendo ser isentada dos demais impostos e taxas.

- Não paga Imposto de renda nas operações com os cooperados. No entanto, deve recolher sempre que couber Imposto de Renda na fonte e o Imposto de renda nas operações com terceiros.- Paga todas as demais taxas e impostos.

16 - FISCALIZAÇÃO - Poderá Ser fiscalizada pela Prefeitura Municipal (Alvará, ISS, IPTU), Fazenda Estadual (nas operações de comércio, INSS, Ministério do Trabalho e IR.

- Igual a associação.- Poderá, dependendo de seus serviços e produtos, sofrer fiscalização de órgãos como Corpo de Bombeiros, Conselhos, Ibama, Ministério da Saúde, etc... 17 - ESTRUTURAS DE

REPRESENTAÇÃO - Pode constituir órgãos de representação e defesa, não havendo, atualmente, nenhuma estrutura que faça isso em nível nacional.

- É representada pelo Sistema OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras, sediada em Brasília e pela OCEES - Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Espirito Santo. - Alguns tipos de cooperativa possuem também representação de interesses econômicos e estratégicos através de centrais ou Federações (Cooperativas de 2º grau) e Confederações (cooperativas de 3º grau)

18 - DISSOLUÇÃO E

LIQUIDAÇÃO - A dissolução é definida pela Assembléia Geral.- A liquidação pode ocorrer mediante intervenção judicial realizada por representante do Ministério Público.

- A dissolução é definida pela Assembléia. Geral.- pode ocorrer a liquidação por processo judicial. Neste caso, o Juiz nomeia uma pessoa como liquidante.

19 - DESTINO DO PATRIMÔNIO CASO HAJA O FIM DA ENTIDADE

- Os bens remanescentes na dissolução ou liquidação deverão ser destinados, por decisão da Assembléia Geral para entidades afins.

- Os bens remanescentes, depois de cobertas as dívidas trabalhistas e com o Estado, depois com fornecedores, deverão ser destinados a entidades afins.- Em caso de liquidação, os associados são responsáveis, limitada ou ilimitadamente (conforme os Estatutos, pelas dívidas.

Referências

Documentos relacionados

Esta cartilha tem o objetivo de levar informações importantes sobre o uso racional da caatinga através do manejo florestal sustentável, uma alternativa viável para a

Em solos de baixa disponibilidade de fósforo, a produtividade de feijão e de grão-de-bico em um ano de cultivo indica que, quando a aplicação de fosfato solúvel for feita em covas,

Doze judocas de elite reproduziram o movimento de puxada de manga do judô, com a utilização do dinamômetro isocinético e simultaneamente registrou-se o sinal eletromiográfico

PROVA DE INGRESSO ‐ PÓS‐GRADUAÇÃO EM FÍSICA  ÁREA: FÍSICA APLICADA  OPÇÃO: FÍSICA BIOMOLECULAR  20 de outubro de 2009 

resources, you es, you can find Gerenciame can find Gerenciamento de nto de processo processos de s de negócio BPM or just negócio BPM or just about any type of  about any type

Reparadora, Clínica Geral, Dermatologia, Endocrinologia, Gastroenterologia, Ginecologia/Obstetrícia, Nefrologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Pneumologia, Urologia.

O presente trabalho consiste num desdobramento do Projeto de Extensão e de Ensino intitulado: “Produção de audiotextos para educação inclusiva na UFSM”, o qual tem como

Tabela 01- Sexo (M: macho e F: fêmea), comprimento total médio em centímetros (CT médio), comprimento total máximo e mínimo em centímetros (CT Mx e Mn), peso médio em gramas,