• Nenhum resultado encontrado

STA TlIS E DISTRIBUI<;AO DAS PLANTAS VASCULARES ENDEMICAS DOS A<;ORES

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "STA TlIS E DISTRIBUI<;AO DAS PLANTAS VASCULARES ENDEMICAS DOS A<;ORES"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

STA TlIS E DISTRIBUI<;AO

DAS PLANTAS VASCULARES ENDEMICAS

DOS A<;ORES

por

DUARTE SOARES FURTADO *

ABSTRACT

Actual status and distribution of endemic vascular plants are presented. All know records are integrated in order to define priorities for conservation.

This provisory red list should be revised each two years.

INTRODm;AO

Composto por 9 ilhas, todas de origem vuld..nka, 0 Arqui-peJa.go dos A~ores encontra-se situado no Atliintico N{)rte entre as latitudes de 36° 55' e 39<' 42' e as longitudes de 25° e 31030' oeste de Greenwish. Distribuem-se estas iJhas por 3 grupos: o Grupo Ocidental com as ilhas de Flores e Corvo; 0 Grupo Central com as illras de Terceira, Graciosa,

sao

Jorge, Pico

* Departamento de Bioiogia da Universidade dos Ar;ores, 9500 Ponta Delgada. Ar;ores. POR'DUGAL.

(2)

DUARTE SOARES FURTADO

(3)

STATUS E DISTRlBUICAO DAS PLANTAS VASCULARES ENDEMICAS

e Faial; 0 GruipO Oriental com as ilhas de Santa Maria e Sao Miguel. Cerca de l.480kun separarn 0 Grupo Central de Lisboa. A dista.ncia entre sao Miguel e Corvo e doe 615 km,

apro,ximadrunente. 'A maior altitude

esta

nailha do Pico (2.350 m). 0 seu cllina

e

oceanico corn pequenas variat;5es de temperat!ura e muita humidade. 0 arquipelago dos At;ores foi colonizado pelos portugueses nos meados do seculo XV. Nos anos s'essenta, a sua populac;:iio u1tmpassava os 300.000 habi-tantes, mas hoje niio vai alem dos 270.000.

Encontrando-se a flora endennca dos Ac;:ores cada vez mais ameac;:ada, devido a factores varios (impacto da abertura de caminhos de penetrac;:iio, plantac;:5es, invasiio de especies ex6ticas, etc,), surge este pequeno trabaliho como contributo para UIffi meThor conhecimento do estado actual da mesma. Tanto quanto sahemos e, ap6s ter sido feito urn balanc;:o dos nossos conhecimentos, a situat;iio em que se encontra a flora endemica dos At;ores, em nada e satisfat6ria.

Importa desde ja que sejam def'inidas a'S prioridades, de modo a encontraJ.""se urn. meio que nos leve a uma real e efkaz conservat;iio, sem que se ponha de lado uma linha de act;iio na qual esteja bem clara a defini~ao das investiga~5es prioritarias.

~'P6s consulta

a

bibliografia existente sabre as plantas vasculares endenucas dos A~ores e 2 arros de pesquisas sobre o terreno, 0 trabalho que agora se apresenta nao pretende ser mais do que urrn contl'iibuto para urrn melhor conhecimento do status e distrilbui~iio das p,lantas vascl1lares endemcias do arquipe:lago dos A~ores, as quais se encontram na sua maioria restritas

a

:bona c1imatica das nuvens.

A 1ista de distri:bui~ao das plantas endemicas quese apre-seuta e provis6ria e todas as informac;:5es compaementares serao contrtbuto para wna melhor a(!tualiza~iio da mesma. Devera ser revista cada 2 anos.

(4)

DUARTE SOARE,'s FURTADO

VULNERAVEL (V)

Taxon que se pensa ser, num futuro, incluido na categctria «em perigo» se os fadores que 0 amea~am continuarem.

Incluidos estao os taxa cuja, mna ou todas as populaC;5es decresceram devido

a

explorac;ao maci~a, destruir;ao

exteD-siva do seu habitat ou POI' outros disturbios amhientais. Incluidos estiio tambem os taxa com popUJ1a!;oes que foram seriame:n:te danificadas e cujoultimato de seguranc;a DaO foi

amda

cumprido; e os taxa com popula~oes que ainda sao abundantes mas encontr&m-se amea~ados. POI' factores adversos existentes na sua zona de repartic;ao.

RARA (R)

T.axon com pequenas populm;5es moodiais que pTesentemente

nao se encontram nas categorias <rem perigo» ou ~ulneravel* mas, carrero risco de 0 serem. Estes taxa encontram-se

usual-mente den,trQ de areas geogrMicas res-tritas, ou espalhadas em pequeno nfunero numa grande zona de distnbui~aa.

IlvDETERM1NADA (I)

Taxon coohecido ou suposto como estando '!em perigo», «VUlneriwea QU cram» mas onde nRO bii sufidente informaQao

que nos pemnita afinnar qual das

tres

categ<Jrias sera a mais adequada.

(0)

Tlaxon que nao entra em nenhuma das categorias acima menclorradas.

(5)

STATUS E DISTRI.BUlCAO DAB PLANTAS VASCULARES END~CAS

STATUS

o

criterio que seguimos para cada uma das plantas ~ita· das, foi baseado no RED DATA BOOK (LIVRO VERMELHO DE DADOS) editado pela UleN (UuHio Internacional para a Conservac;ao da Natureza e dos sros RecUTSOS) e que a seguir se transcreve:

EXTINTA (Ex)

Taxon que nunca foi localizado no seu estado selvagem durante os Ultimos 50 anos.

(criterio usado pela CITES *)

*

Canven~a.o soo're 0 Comerda lnternacional de Especies

A~adas de Fauna e Flara Silvestres.

EM PERIGO (E)

Taxon em perigo de extinc;ao e cuja sobrevivencia

e

impro-vavel, se os factores que a causam persi&tirem.

Iocluidos

estao

os taxa cujos ntrmeros foram reduzidos atk urn rovel critico ou cujos babitats foram drasticamente redu7.i.dos. 0 que os coloca em perigo de extinc;ao.

Tamoom se incluem OS taxa que, possivelmente, es-tejam extIDtos mas que, tern sido observados no seu estadQ se]vagem durante os ultimos 50 anos.

(6)

nuBS

£

DHTBIBDI[iO

DU

PLUTA!

YlHULIHES

UDtMIUS Dft UQUIPtU6B

D9S

A

[DiES

.

- 1984

ilh.a.s statu.~

- --' ... - '

-ASRID!AC.EAE

I>r.;opteris azotica (Chri&t) Alston Sa Sm T J P F Fo

c.

(0)

Dn.Jopteris crisplfo!ia Rasb.. Reicbst. et Vida P F (1)

ASPLENIACE,AE

Asplenium azor/cum Lovis, Rasb. et ReicllSt. Sa Sm T G J P F Fo C (0) MARSIiLIAC£A.E

Marsilia azOT'ica Laurent & Paiva

ISOETACE...4.E , .

I.wetes azorica Dur. ex: Milde T J P F Fo C (R)

CUPRESSAcmAE

Juniperu.s brevifolia (Scllb.) Antoine Sm T J P F Fo C (0)

UMBELLIFERAE

Ammi huntii Wats. Sa Sm J P Fo C (R)

Ammi trifoliatu.m (Wats.) TreL Sa Sm' J P Fo

c

(R)

Chaerop1tyUum azoricum Trel. Sm J P Fo (V)

Daucus carota L. ssp. azoricu.~ Franco Sa Sm T G J P F Fo (0)

(7)

ilhas status AQUiIFOLIOCF..AE

Hex p€TaOO Aitoo ssp. azrmw (Loes) Tutin Sa 8m T J P F Fo

c

(0)

COMPOSITAE

Bellis awrica Hochst. ex Seub. 8m T J P F 1"0 C (0)

Laduca watsoniana TreL 8m

r

J p 1<' (V)

Leontodon filii Hochst. Sm ',I' J P F 1"0 (0)

LecntOO011 riuens (A.1t.) DC. 8m T P F 1"0 (0)

Senecio molvifoUus (L'lIer.) Dc. Sa 8m T J P F (1)

Tolpis azorica (Nutt.) P. Silva Sa 8m T J P F Fo C (0)

BORIAGINACEAE .

Myosotis azorica Wast. T J P F Fa C (R)

Mvosotis maritima Hochst. ex Seub. T P F C (V)

BRASSICACEAE

Cardamine caldeimrum Hocbst. ex Seub. Sa Sm .T J P F Fo C (0)

OAMPANULACEAE

Azorina 1)idal!i (Wats.) Feer Sa. Sm T J P £1'0 C (0)

CAFRliFOLM.CEAE

(8)

llhas status

CARYOPHYLLACEAE

Cerastium azoricum Hochst. J Fo C (1)

Silene vulgaris (Moencb) Garche ssp. cratmicola Franco P (R)

Spergularia azorica (Kindb.) Lebel Sa SID T G J P F Fo (0)

DIPSAC.WEAE

Scabiosa nitens R. et S. Sa 8m T J P F Fo (0)

EMPETRAOEAE

Corema album (L.) D. Don ssp. azoricum P. Silva SID G J P F (I)

ERICACEAE

Daboecia azorica Tutin et

Warn.

SID T J P F Fo (0)

Erica scaparia L. ssp. azoriia (Hocbot.) D. A. Webb Sa Sm T G J P F Fo C (0)

Vaccinium cyHndracemll J. E. Sm, Sa SID T J P F Fa C (0)

EUPHORBIAOEAE

Euphorbia azOT'ica Seub. Sa SID T G J P F Fo C (0)

Euphorbia stygiana Wals. Sm T J P F Fo C (1)

LEGUMlNOSAE

Lotus lJ2aric1l.'J P. W. Ball Sa Sm J (R)

Vida dennesiana Wals. Sm (Ex)

HYPER.ICACEAE

(9)

iIhas status

~ ...

-LQRANTHACEAE

Arceuthabium az:oricum Hawkswort,het Wiens T J P F (R)

OLEACEAE

Picconia azorica (Tutin) Knobl. Sa Sm T J P F Fo

c

(0)

PQLYGONIACEAE

Rumez azoricus Rech. til. 8m T J P F (R)

Rumez azoricus x obtlLSifolius Sm (1)

PRIMULACE.A.E

Lysimachia nemorum L. ssp. az:orica (Hornem. ex Hoole) Palh. Sa Sm T J P F Fo C (0)

ROSACE.4..E

Prunus lusitanicus L. ssp. azorica (MouiHef.) F,ranco Sm T G J P (V)

R'Ubus hochstetterorum Seub. Sm T J P F Fo C (0)

SCROiPIHULARLACEAE

Euphrasia azorica Wats. Fo C (R)

Euphrasia grandi/lora. Hochst. ex Seub. T J P F (R)

(10)

ilhll8 status - _:._._._----_. __ ._._ ...

CYFERACEAE

Carex hochsUMriana Gay ex Seub. Sm T J P F Fo (0)

Carez oolcani Hochst. ex Seub. Sm T J P F Fo (0)

SMILACACEAE

Smilax divaricata SoL ex Wats. Sm P (1)

OROffiDACEAE

PZantamhera mtcrantha (Hochst, ex Senb.) Schlecht, Sa Sm T J P Fo C (0)

GRAMINEAE

Agrostis azorica (Hochst.) Tulin et Warb. Sa. Sm T J P F Fo C (1)

Festuca petraea Guthn. ex Senb. Sa Sm T G J P F Fa C (0)

Gaudinia coarctata (Unk) Dur. et Schinz Sa 8m T J P F C (1)

Ho!cus rigidu..~ Hochsb. ex Senb. 8m T G J P F Fo C (0)

(11)

STATUS l!l DISTRI13UIQ.1I.O DAB PLANTAS VASCULAUES ENU~MICAS Abreviaturas usadas Sa - Santa Maria Sm - Sao Miguel T - Terceira G - Graciosa J - Sao Jorge p - Pico F - Faial Fo - Flores C -Corvo (Ex) - Extinta (E) - Em perigo (V) - Vulneravel (R) - Rara (l) - lndetenninada (0) ----CONCLUSOES

~6s leitura da tabela de distribui~ao e analise do status, pode-r-5e--.i conoluir que, das 55 especies. endemic as citadas para as Acores. apena:s 1} (Asplenium azoric1lm, Erica scopa-ria ssp.

azorica, Euphorbia azarica, Hypericum foliosum e Festuca

pe-traea) estao representada-s em todas as ilhas.

A iJoha do Piea

e

a mais rica logo seguida da de Sao Miguel, enquanto que a iTha da Graclosa

e

a mais pobre.

Namero e per-centagem de plantas vasculares endemicas

para 0 arquipelago dos ~OTes e pqr ifha

- -- - ---._ - - - -- --- -- -Total

!

% Cat<?Qorias '" - -

-

--

_

.... A~ores Ex E V R

r

i Total 55

.tOO

~

----

-!-_ ....

1 0 4 11 10 26

I

----

-

-:~

-

t

-

~

-

- -

-_

... - -_ ...

--7-

'

-:-1

Pico 4 8 8 1 7 1

I

Sao Miguel 45 &1 1 3 5

Sao Jorge 44 81 3 ! 8 6 17 I , Falal 41 76 2 5 6 13 Terceirn 41 74 I I 3 5 4 12 I I Flores 36 fYl 1 5 3 I 9 Corvo 28 52 1 5 4 10 Santa Maria 24 44 3 2 5 Graciosa 9

I

17 .1 1 I ! ....

*

StatU5 determinado para 0 conjunto do arquipelago e nao par cada ilha.

(12)

DUARTE SOARES YORTADO

Os druios expressos na tabela acima representada dao bem uma vislio do estado critico em que se cncontra a flora ende-mica dos A~ores. 25 (50 <va) especies encontram-se amea~das, em ·ilhas difercntes. Para uma politica radonal de protecr;ao e conserva~ao da Flora Endem1ca devera ter-se em conta todo () arquiplHago e

nao

zonas em certas ilhas.

No que concerne ao status, oonvem aqui citar como

exem-plo que, enquanto a Euphorbia stygiana se torna eada vez mais rara na ilha de

Sao

Miguel, na ilha de

sao

Jorge

e

uma das

mam comuns, pelo que as categorias atribufdas nao dizem res-peito

a ilha,

mas siro

a

presen~a da especie em todo 0 arqui-pelago.

AGRADEClMENTOS

Um agradecimento muito especIal vai para 0 Senhor Pro-fessor Doutor ERIK SJOGREN do Instituto of Ecological Botany cia Universidade de Uppsala - Suecla que, duma maneira in -cansavel contribuiu pare 0 meu melhor conhecimento cia Flora

Endemic-a do Arquipelago dos Ar;ores.

Igua]menre agrade9Q ao Senhor Doutor GERALD LE GRAND do Departamento de Biologia da Universidade dos Ar;ores 0

seu contributo e orienta~ao na elaborar;ao deste trabalho.

(13)

STATUS E DISTRIBUI(:AO DAS PLANTAS YASCULARES 1!lNDl!OMICAS

BmLIOGRAFIA

ERlKSSON, 0.; A. RANSE.'T & P. SUNDING (1979 rev. ed, by HANSEN & SUiN!DLNG) Flora of Macaronesia - Checklist of vascular plants.

Part. 1. 93 p.

FERN"A.;'IDES. A. & R. B. FERNAL'lDES (1900) Iconographia selecta florae azoricae. Fasc. 1. 131 p. Sec. Reg. Cult. A~ores.

P ALHINHA., R. T. (l96ti) CaWogo das plantas vasculares dos A~es

(trabaIho pOstumo cdi:tado por A. P'mto da Silva). 186 p. LIsboa.

SJOGREN. E. (1973a) Recent changes in the vascular flora and veegtat.ion of the Azores Islands. Mem. Soc. Brat. vol. XXII. 453 p. Ccimbra.

- (1973b) Vascular plants new to the Azores and to individual islands'

in the archipelago. Bol. Mus. Mun. Funchal, vol. 27 : 94-120.

- (1979) Vascular flora and vegetation of the Island of Corvo (Awres).

Bol. Mus. MUll. Funchal. vol. 32: 1.9-82.

Referências

Documentos relacionados

Após a colheita, normalmente é necessário aguar- dar alguns dias, cerca de 10 a 15 dias dependendo da cultivar e das condições meteorológicas, para que a pele dos tubérculos continue

Explorar o reforço das sinergias entre os vários programas, iniciativas e projetos europeus, nacionais e regionais de apoio à inclusão social; desenvolver as aptidões e competências

A EMPRESAS do COMÉRCIO DE BENS E SERVIÇOS estabelecidas no município de IPOJUCA que pretender abrir seu estabelecimento comercial e praticar vendas nos dias

A toxicidade cardíaca foi considerada como sendo específica para os cães, não apenas porque esta toxicidade foi somente observada nestes animais, mas também porque as

Afirma que influência da Psicologia Ambiental nas estratégias para a construção do futuro implica em projetos sociais que envolve estudar como os cenários podem melhor servir

Quando contratados, conforme valores dispostos no Anexo I, converter dados para uso pelos aplicativos, instalar os aplicativos objeto deste contrato, treinar os servidores

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação

Resultados de um trabalho de três anos de investigação da jornalista francesa Marie-Monique Robin, o livro Le Monde Selon Monsanto (O Mundo Segundo a,Monsanto) e o