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divulgando e difundindo a pesquisa matemática

MATEMÁTICA

pode criar a expectativa no leitor de que se trata de um ao caráter “discriminatório” em relação à mulher no nossa pesquisa não foi nessa direção, nem discutir tais questões que são comumente apontadas nos estudos de gênero

astos(2005), que a dificuldade ou até ao ensino, nos mais diferentes níveis, atingia não somente as mulheres, como também a grande maioria da população menos favorecida socialmente no Até aquela época, no contexto brasileiro, não havia ainda condições

exões contidas neste artigo fazem parte da dissertação de mestrado em História da Ciência defendida na Doutorando em História da Ciência- Bolsista da Secretaria da

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alterações nas responsabilidades e nos papéis profissionais da mulher (SCHIENBINGER, oimento de Gomide que observa que: Provavelmente eu tive muita sorte, mas eu não tenho queixa nenhuma. Muitas vezes eu tenho sido convidada para participar de mesas redondas, eu sou convidada exatamente para falar contra o machismo, contra as dificuldades das mulheres, eu digo: bom, eu sou a pessoa errada, eu não senti isso. (GOMIDE,1997:105)

tra personagem de destaque na matemática brasileira, Maria Laura Mousinho, também com formação e atuante desde meados do século XX, “Sempre achei que a posição da mulher na sociedade era uma posição igualitária com o homem e nunca senti nenhuma dificuldade.”

devemos ter cautela ao analisarmos o papel científico de modo a não enfatizar demasiadamente as podemos dizer que sua atuação e desempenho à sorte que as mulheres supostamente tiveram, mas sim , a um ambiente favorável à valorização e desenvolver o conhecimento científico.

Elza Furtado Gomide nasceu em São Paulo, no dia 20 de agosto de 1925. Filha de fia Furtado Gomide e Candido Gonçalves Gomide, Gomide nos apresentou em suas

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Bourbaki menos conhecido, mas dos que estiveram aqui foi - talvez - o que mais preocupação teve com a transmissão de conhecimento. Coisa que para o Weil, por exemplo, se a gente aproveitasse a ciência dele muito que bem, mas se não aproveitasse, tanto pior; não era uma preocupação dele... (GOMIDE ;LOPES,1997

outro professor teve grande influência no trabalho de ora assistente do italiano Luigi Fantappiè. em sua iniciação como pesquisadora a influência da matemática trazida

francesa por Delsarte.

muito jovem, participando da formação de outros . Dentre eles, podemos destacr o professor Ubiratan D’Ambrosio que nos relata o seu vivenciar como aluno no inicio da década de 1950:

As aulas de Elza Gomide eram precisas, muito bem preparadas, inspiradas e na a do quão profundo dever ser um primeiro tratamento de Cálculo. Sem dúvida, foi um dos pontos altos de minha iniciação à Matemática e decisivo no início de minha carreira docente, alguns anos depois. As notas de suas aulas, que nte cuidado, as conservo até hoje e me serviram, como disse acima, de modelo de como deveria ser um primeiro curso de Análise Matemática. Muitos que me viram lecionando dizem que minhas aulas refletem seu

nte na vida de Elza Gomide foram suas participações nos . Fato esse importante, visto que o Colóquio Brasileiro de

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MATEMÁTICA NA USP

escola italiana de análise matemática, Gomide acredita que a escolha dos italianos para iniciar a produção matemática na Universidade de

Eu acho que foi uma falta de perspectiva dos que primeiro convidaram, que fundaram a matemática aqui em São Paulo, na Faculdade de Filosofia, é muito difícil de explicar isso, mas é um fato. Realmente a escolha de matemáticos italianos não foi a melhor possível, foi corrigida brevemente com a vinda dos franceses [...]

z refletir sobre os principais motivos da contratação de italianos para a Matemática em São Paulo. Algumas especulações a respeito da em torno de pressões exercidas pela importante e grande comunidade italiana que evidenciava uma forte aceitação ao governo fascista italiano

bem possível que as contratações de professores

é notório que os italianos estimularam e promoveram a , criando uma biblioteca especializada em que se tornaram uma produtiva tradição na matemática,

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suposta estratégia do Governo Francês em se recolocar internacionalmente.

Depois da guerra vieram muitos professores franceses, principalmente do grupo Bourbaki (que era o grupo predominante na época), como parte de um esforço da reconquistar o prestígio intelectual perdido. Eu me lembro que vieram matemáticos de primeiríssima linha. (GOMIDE,2000).

nos reafirma as influências trazidas pelos professores franceses

A influência marcante que eles exerceram foi na mudança dos currículos introduzindo, por exemplo, a Álgebra Linear - eu não fiz Álgebra Linear na minha graduação e ninguém nunca tinha ouvido falar em Álgebra Linear; o primeiro curso de topologia eu fiz com André Weil e eu já estava formada e já era professora na USP. Há muitas coisas que só entraram para os currículos, pelo menos na USP,

.(GOMIDE;LOPES 1997: 97).

a entrevista com a professora Elza F. Gomide, observamos sua pela matemática trazida pelos franceses, ela fez questão, em diversos momentos,

udanças proporcionadas por eles (GOMIDE,2009).

vinda dos matemáticos franceses não estaria ligada diretamente à influência se refere a André Weil como “figura estranha” e . Realmente Weil saiu da França depois de oi desertor do serviço militar francês durante a

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A MATEMÁTICA NA FFLC-USP

chefe do Departamento de Matemática onde tinha a função de administrar as tentativas de mudanças na estrutura de ensino, mudanças essas em modelos de outros países principalmente no modelo norte americano que “o que parece lógico e bom como exemplos de (GOMIDE,2000). A estrutura do modelo norte-americano era o seguinte: eram definidos níveis diferentes para o curso de matemática: o nível mais alto para quem iria ser matemático e outros níveis, com menos exigência, para aqueles que iriam utilizar somente para aplicação em outras áreas. Desse modo, reuniam-se os alunos participar. Conferimos nas palavras de

Nem preciso dizer que isso provocou resistências das escolas tradicionais, e os nuaram divididos por escolas. Porém, a ideia de definir os cursos gerais para todo mundo em primeiro nível, segundo nível, terceiro nível... pareceu muito razoável e foi o que se tentou adotar. A primeira dificuldade foi a seguinte: evia ter um nível mais alto: “Imagine se eu vou ter um curso mais fraco que os outros”. Não prevaleceu a lógica. Os diferentes institutos por uma questão de amor próprio, sei lá eu – tivessem o te algumas unidades isoladas é que procuraram (GOMIDE, 2000)

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que a geografia da cidade universitária não é favorável; ficamos todos separados. Aquela dispersão, a falta de massa crítica nos primeiros tempos, não favorecia a pesquisa, e foi assim durante muito tempo.” (GOMIDE,2000)

expostas até agora, ressaltam que a estrutura universitária reforçava o isolamento e a autossuficiência dos departamentos, portanto, não contribuía para se as possibilidades de integração na construção do conhecimento

esse momento historicamente intenso e no desenrolar das reformas, Gomide

De qualquer modo, como parte da evolução das áreas científicas, já se falava em se que em que em vez de haver Departamentos de Matemática espalhados pela Faculdade de Filosofia, Escola Politécnica, Faculdade de Economia, Escola de Arquitetura... - acho que havia uns seis ou sete pequenos seria possível, por exemplo, formar um único Instituto de Matemática. E finalmente, no meio de toda essa perturbação política, entre 68 e 70, se consumou a Reforma e fez-se o estatuto que modificou toda a

(GOMIDE ;LOPES,1997:99).

foi chefe de departamento por dois períodos de quatro anos, o primeiro de 78. O Departamento de Matemática da Faculdade de , foi responsável por organizar as estruturas

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pudessem ter seu sistema próprio. Então a USP nunca teve licenciatura em ciências, licenciatura curta... A Biologia fez um curso que depois foi

as universidades estavam submetidas ao regime era uma realidade de “heteronomia CHAUÍ,2001:43).

a situação de tensão que foi vivida na FFCL-USP:

O regime militar foi um desastre total! Eu via especialmente o reflexo desse desastre na Faculdade de Filosofia: alguns departamentos foram extremamente visados: a Sociologia e a Filosofia, onde eu tinha muitos amigos, foram liquidadas. A Matemática não foi tanto; pela própria natureza da disciplina tinha menos dificuldades. A Física, por exemplo, tinha muito mais envolvimento político: lá, professores foram aposentados, presos e tudo. Sei de alunos que iam para a cadeia e morriam. Quanto a professores, não sei... Mas estudantes, alunos da gente, alguns

mantinha distância de relações com movimentos políticos, mas não tinha como deixar de vivenciar esse momento de efervescências político-social.

Como vimos em alguns dos momentos históricos aqui colocados, Elza Gomide é parte e em suas palavras nos faz refletir sobre a

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com os avanços e retrocessos que compõem a construção cientifica brasileira.

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a e práxis política nos anos 30. In: Boris Fausto

História Geral da Civilização Brasileira.São Paulo: Difel, 1981.

Anuário da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (1939-1949). 2 vols. São Paulo: Seção de da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São

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Referências

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