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COORDENAÇÃO DE BASE TECNOLÓGICA Fabio Braga Coordenador Juliana Sant Ana Analista. COORDENAÇÃO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Miriam Ferraz - Coordenadora

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Academic year: 2021

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© 2020. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro – Sebrae/RJ Rua Santa Luzia 685, 6º, 7º e 9º andares - Centro – Rio de Janeiro - RJ – CEP 20030-041 www.sebraerj.com.br

Presidente do Conselho Deliberativo Estadual Antonio Florêncio de Queiroz Junior Diretor Superintendente

Antonio Melo Alvarenga Neto Diretor de Desenvolvimento Sergio Malta

Diretor de Produto e Atendimento Julio Cezar Rezende de Freitas Gerência de Projetos

Ana Lucia Lima – Gerente

COORDENAÇÃO DE BASE TECNOLÓGICA Fabio Braga – Coordenador

Juliana Sant’ Ana – Analista

COORDENAÇÃO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Miriam Ferraz - Coordenadora

AUTORES

Altus Icon Consultoria Empresarial Ltda REVISÃO ORTOGRÁFICA

Tudo Anotado.Net

(3)

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO GERAL

5

POR QUE SE INTERNACIONALIZAR?

6

PARA PENSAR...

. . .

6

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO COMÉRCIO EXTERIOR

BRASILEIRO

10

SISTEMA INTEGRADO DE COMÉRCIO EXTERIOR – SISCOMEX

. . .

13

BLOCOS ECONÔMICOS

. . . .

14

CLASSIFICAÇÃO FISCAL DE MERCADORIAS

. . . .

15

TERMINOLOGIAS BÁSICAS DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO

.

17

TRANSPORTES NO COMÉRCIO EXTERIOR

. . . .

19

TRANSPORTE MARÍTIMO . . . 20

TRANSPORTE AÉREO

. . . .

21

TRANSPORTE TERRESTRE: RODOVIÁRIO E FERROVIÁRIO

. . . .

21

SEGURO DE CARGA

. . . .

21

INTERNATIONAL COMMERCIAL TERMS (INCOTERMS) OU TERMOS INTERNACIONAIS DE COMÉRCIO . . . .23

PAGAMENTO ANTECIPADO

. . .

29

CARTA DE CRÉDITO OU CRÉDITO DOCUMENTÁRIO

. . .

30

COBRANÇA DOCUMENTÁRIA

. . . .

31

SIMPLES REMESSA OU REMESSA SEM SAQUE . . . .32

REPRESENTANTES OU AGENTES DE COMÉRCIO EXTERIOR

. . . .

33

CONTRATAÇÃO E FECHAMENTO DO CONTRATO DE CÂMBIO

. . . .

33

CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO

. . . .

34

COMÉRCIO INTERNACIONAL DE SERVIÇOS

. . . .

35

DOCUMENTOS UTILIZADOS NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

. . . .

36

(4)

REFERÊNCIAS

40

ENDEREÇOS ÚTEIS

. . .

40

(5)

APRESENTAÇÃO GERAL

A importação e exportação de produtos e serviços são oportunidades únicas para pessoas que desejam realizar trocas com outras nações e, assim, atender às neces-sidades e os desejos de seus clientes, em seu país de origem.

Além disso, tais operações geram divisas em moeda estrangeira, na exportação, e possibilitam o acesso a novas e modernas tecnologias, na importação. Como resul-tado aumentam a geração de renda e empregos em nosso país. No entanto, para rea-lizar tais operações é necessário muito planejamento e conhecimento dos trâmites alfandegários, logísticos, administrativos, entre outros, bem diferentes de operações realizadas dentro de nosso país.

Pensando em apresentar as primeiras informações para capacitar os empreendedo-res no desafi o que a internacionalização impõe, a equipe do Sebrae RJ preparou este e-book numa linguagem acessível, sem se esquecer dos principais pontos que devem ser observados.

Estudar continuamente o comércio exterior brasileiro é, entre outras atividades, o “de-ver de casa” de todos aqueles que desejam ingressar neste promissor mercado. Mãos à obra, sucesso e conte com a gente!

(6)

POR QUE SE INTERNACIONALIZAR?

PARA PENSAR...

Você já refl etiu sobre os mo-tivos que o levaram a se interessar pelo comércio exterior? Pois bem, pense por alguns instantes sobre isso e muito possivelmen-te você vai descobrir as razões pelas quais cada vez mais empresas estão se inter-nacionalizando. Confi ra abaixo:

Imagine se você decidisse ser inteiramente autossu-fi ciente, ou seja, produzisse seu próprio alimento, con-feccionasse suas próprias roupas, enfi m, estivesse em condições de satisfazer todas as suas necessidades e seus desejos.

Obviamente nem tudo poderia ser feito, pois faltariam recursos materiais, tempo e habilidades. Diante destes fatos, surge a necessidade de especialização, isto é, con-centrar-se na atividade que se executa melhor e procurar ganhar o sufi ciente para comprar os bens e os serviços que não produzem para si mesmos.

A especialização também existe entre as nações, que produzem além de suas neces-sidades a fi m de que seus excedentes possam ser vendidos ou trocados para aqui-sição dos bens e serviços que lhes faltam. No entanto, um fator é primordial: a desi-gualdade de recursos é a razão essencial para que os países realizem trocas entre si. Destacam-se quatro fatores que determinam estas trocas:

ê já refl etiu sobre os

mo-mais empresas estão se inter-nacionalizando. Confi ra abaixo:

Imagine se você decidisse ser inteiramente autossu-fi ciente, ou seja, produzisse seu próprio alimento, con-feccionasse suas próprias roupas, enfi m, estivesse em

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1 – Recursos Naturais

• Jazidas minerais, petróleo, etc. O Brasil, por exemplo, importa uma fração da gasolina que consome do exterior, pois grande parte do petróleo que extrai pos-sui características que não proporcionam sua transformação em gasolina. Por outro lado, é grande produtor de ferro, que é largamente exportado para a China. 2 – Clima e Solo

• Café (Brasil), trigo (Argentina), etc. Mais uma vez o Brasil se destaca na expor-tação de produtos alimentícios como café, aves e carnes graças ao seu solo e clima. Ainda assim, importa parte da farinha de trigo que consome, pois, ape-sar de contar com os benefícios acima descritos os produtores ganham mais plantando soja, e ganham em moeda estrangeira. Resultado: quando o real se desvaloriza frente às moedas estrangeiras (dólar, por exemplo) nosso pãozinho francês sobre de preço nas padarias.

3 – Capital e trabalho

• Mão de obra abundante (trabalho) ou mais capacitada e máquinas e equipa-mentos (capital) mais desenvolvidos. Você sabia que a Alemanha é a maior exportadora de café solúvel do mundo? Pois é, importam os grãos de países produtores e os transforma em café solúvel graças a equipamentos e técnicas avançadas. Algum problema nisso? Claro que não! Perde aquele que não se aproveita de um dos benefícios para a exportação, o drawback, sobre qual fala-remos mais tarde.

4 – Tecnologia

• Países com limitações geográfi cas ou condições climáticas severas não têm muitas opções: ou se destacam pelo uso de tecnologia ou se tornam desim-portantes em termos de trocas comerciais. Como exemplo, podemos citar o Japão, país com área geográfi ca reduzida e tecnologia sofi sticada.

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caracte-a. Aproveitamento da capacidade ociosa

As vendas para o exterior podem ser a solução para reativação das linhas de pro-dução que, muitas vezes, devido à sazonalidade ou falta de absorção do mercado interno, fi cam paralisadas. A empresa, ao optar pelo mercado externo, deve tomar cuidados quanto ao cumprimento de prazos de entrega e, principalmente, padrão de qualidade dos produtos.

b. Compensação de Tributos Internos

Os governos normalmente desoneram o exportador de recolhimento de tributos quando a venda é realizada para o exterior. Por outro lado, nas importações, pode haver desoneração tributária quando o produto/insumo importado for utilizado na composição de um produto que se destina à exportação (Drawback).

c. Prestígio Internacional

A internacionalização favorece a empresa na área promocional, uma vez que seus produtos passam por rigoroso controle de qualidade para atender mercados exigen-tes. De forma geral, os produtos exportados são alvo de exigências, e normas técni-cas e de qualidade para satisfazer os mercados externos, e os potenciais importado-res tendem a ser mais criteriosos na aquisição de bens e serviços que atenderão a seus consumidores e competirão com os similares nacionais.

d. Interesses comuns dos governos e empresários

O comércio internacional é uma atividade na qual tanto governo quanto empresários compartilham diversos interesses, entre os quais podemos mencionar:

1. Diversifi cação de Mercados: A pulverização de mercados compradores e/ou fornecedores, tanto para os governos quanto para as empresas, reduz as vulne-rabilidades de ordem política e econômica que possam difi cultar ou impedir a manutenção da atividade econômica.

(9)

segurança para qualquer projeto de desenvolvimento interno baseado no co-mércio internacional.

IMPORTANTE

Independente da sua motivação para exportar ou importar, alguns pontos, de-vem fi car bem claros:

• Qual o perfi l do público-alvo que você deseja atender?

• Que tipo de variáveis, além dos aspectos comerciais, tais como desejos, necessidades, características, você deve considerar?

• Qual é o diferencial entre seu produto ou serviço quando comparados aos já oferecidos no mercado-alvo?

• Quais são as barreiras à entrada que seu produto ou serviço pode enfrentar em mercados estrangeiros e no mercado brasileiro quando de uma importa-ção?

(10)

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO COMÉRCIO

EXTERIOR BRASILEIRO

Vamos conhecer um pouco sobre a estrutura do governo voltada para o comércio exterior brasileiro.

Desde 1990, o comércio exterior passou por diversas reestruturações sendo a primei-ra no governo do ex-presidente Fernando Collor com a criação da Secretaria de Co-mércio Exterior (SECEX), em substituição à Carteira de CoCo-mércio Exterior do Banco do Brasil (CACEX BB). Ao longo do tempo, a ideia dos diferentes governos foi reduzir a burocracia e minimizar o tempo gastos pelos exportadores e importadores nos trâmites para realizar estas operações.

Atualmente, a estrutura governamental para as operações de comércio exterior, seja de exportação ou importação de bens ou serviços, está espalhada em diversos mi-nistérios e órgãos; o contato de exportadores e importadores é fundamentalmente virtual não descartando-se, eventualmente, o contato presencial. A seguir, apresen-tam-se as instituições com as quais são mais frequentes:

a. Banco Central do Brasil (BACEN)

Entre outras atribuições, regulamenta os procedimentos de compra e venda de moe-da estrangeira, monitora o cumprimento moe-das normas estabelecimoe-das para estas ope-rações e controla o fl uxo de caixa do país. E em caso de necessidade comunica à Receita Federal a existência de possíveis problemas ou fraudes.

b. Receita Federal do Brasil (RFB)

Cabe a Receita Federal do Brasil fi scalizar a entrada e a saída de bens, veículos e in-divíduos do país, o fl uxo fi nanceiro das exportações, importações, os recursos manti-dos no exterior, bem como assumir a responsabilidade pelo desembaraço aduaneiro e pela arrecadação de tributos federais.

(11)

c. Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais

Com a promulgação da Lei 13.844/2019 e a publicação do Decreto 9.679/2019, o go-verno eliminou o Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, trans-ferindo para o Ministério da Economia diversas estruturas e atribuições.

Com essa modifi cação foi criada a Subsecretaria de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais que está subdividida em três subsecretarias:

1. Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior

Tem como objetivos, entre outros, a formulação, adoção, implementação e coorde-nação de políticas e de atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços, investimentos estrangeiros diretos, investimentos brasileiros no exterior e fi nancia-mento às exportações, com vistas a promover o aunancia-mento da produtividade, da eco-nomia brasileira e da competitividade internacional do país.

2. Secretaria de Assuntos Econômicos Internacionais

São algumas das suas atribuições: elaborar estratégias e participar das negociações econômicas e fi nanceiras com outros países e em fóruns, organizações econômicas e instituições fi nanceiras internacionais, bem como avaliar e monitorar políticas de créditos e garantias ofi ciais às exportações, concedidos pela administração direta e indireta.

3. Secretaria de Comércio Exterior

Trata-se da estrutura criada para substituir a Secretaria de Comércio Exterior do Mi-nistério do Desenvolvimento, Indústria e Comério Exterior (MDIC) e, entre as suas atribuições, destacam-se: formular propostas de políticas e programas de comércio exterior de bens e serviços; estabelecer normas necessárias à sua implementação; planejar, orientar e supervisionar a execução de políticas e programas de operacio-nalização de comércio exterior e estabelecer as respectivas normas; implementar os mecanismos de defesa comercial e administrar, controlar, desenvolver e normatizar o Sistema Integrado de Comércio Exterior – Siscomex.

(12)

Alguns dos departamentos foram reestruturados conforme a seguir: a. Departamento de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior

Suas principais atribuições são: coletar, analisar, sistematizar e disseminar dados e informações estatísticas de comércio exterior, elaborar e divulgar o comércio inter-nacional e elaborar e disponibilizar relatórios estatísticos agregados sobre comércio exterior de serviços.

b. Departamentos de Operações e Facilitação do Comércio Exterior

Suas principais atribuições são: desenvolver, executar e acompanhar políticas e pro-gramas de operacionalização do comércio exterior; analisar e deliberar sobre atos concessórios de drawback (nas modalidades isenção e suspensão); coordenar o de-senvolvimento, a implementação e a administração de módulos operacionais do Sis-coserv; elaborar estudos que visem a detectar práticas ilegais no comércio exterior.

c. Subsecretaria de Negociações Internacionais

Suas principais atribuições são: executar as ações necessárias para a defi nição da posição brasileira e participação nas negociações internacionais de bens; administrar os regulamentos de origem dos acordos fi rmados pelo Brasil, além dos sistemas pre-ferenciais na exportação e não prepre-ferenciais na importação; apoiar o setor produtivo brasileiro em relação às barreiras comerciais externas aos produtos do Brasil.

d. Subsecretaria de Defesa Comercial e Interesse Público

Suas principais atribuições são: examinar a procedência e o mérito de petições de abertura de investigações e revisões de defesa comercial; propor a abertura e con-duzir investigações e revisões sobre a aplicação de medidas de defesa comercial; examinar a procedência e o mérito de petições de análise de interesse público; propor a aplicação de medidas de defesa comercial, bem como a suspensão ou a alteração de aplicação de medidas antidumping ou compensatórias em razão de interesse pú-blico.

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e. Subsecretaria de Facilitação de Comércio Exterior

Suas principais atribuições são: coordenar ações referentes ao Acordo sobre Faci-litação de Comércio da Organização Mundial de Comércio (OMC); coordenar ações referentes ao Acordo sobre Procedimentos de Licenciamento de Importação junto à OMC; administrar o Registro das Empresas Comerciais Exportadoras; e propor medi-das de boas práticas regulatórias no comércio exterior.

Complementando os esclarecimentos acima, na fi gura a seguir se apresenta a com-paração entre a estrutura antiga e a nova.

Estrutura antiga Estrutura n ova

Departamento de estatística e Apoio à Exportação Subsecretaria de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior

Departamento de Operações de Comércio Exterior Subsecretaria de Operações de Comércio Exterior Departamento de Negociações Internacionais Subsecretária de Negociações Internacionais Departamento de Defesa Comercial Subsecretária de Defesa Comercial e Interesse Público Departamento de Competitividade no Comércio Exterior Subsecretária de Facilidade de Comércio Exterior

SISTEMA INTEGRADO DE COMÉRCIO EXTERIOR

– SISCOMEX

Em conformidade com a reforma administrativa, em 1992, o Governo Collor iniciou a informatização dos processos de comércio exterior. Assim, surge o Sistema Inte-grado de Comércio Exterior (Siscomex), instituído pelo Decreto 660/92, com objetivo de informatizar os processos de licenciamento da exportação e da importação, cujos módulos foram implantados em janeiro/1993 e 1997, respectivamente.

Para acessar o Siscomex, a empresa deverá, previamente, obter a sua habilitação no Ambiente de Registro e Rastreamento de Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (RADAR) junto à Unidade da Receita Federal do Brasil (RFB) de sua jurisdição. São usuários do sistema todos aqueles que realizam ou intervêm no processamento das operações de comércio exterior (exportador, importador, órgãos governamentais anuentes, instituições fi nanceiras, representantes legais ou despachantes aduanei-ros, entre outros).

(14)

É importante mencionar que existem mais de 15 órgãos anuentes e que para alguns produtos a legislação obriga a anuir ou solicitar autorização a dois ou mais órgãos anuentes.

Atualmente, no momento em que os exportadores e importadores forem utilizar o Siscomex, o acesso aos documentos virtuais, assim denominados por existir unica-mente em forma digital, se faz por intermédio do Portal Único de Comércio Exterior.

BLOCOS ECONÔMICOS

São associações de países que estabelecem regras privilegiadas de relacionamento en-tre si, além de atuarem conjuntamente no mercado internacional. Os principais objeti-vos da integração econômica entre os países são o crescimento econômico acelerado, a manutenção da estabilidade política, bem como a aumento do intercâmbio comercial. As fases da Integração Econômica são:

a. Zona de Livre Comércio ou Área de Livre Comércio

Eliminação de barreiras tarifárias e autonomia de políticas comerciais, tais como a Associação Latino Americana de Integração (ALADI) fundada em 1980 integrada por 12 países.

b. União Aduaneira

Circulação livre de bens e serviços intrabloco, política comercial uniformizada e ado-ção de tarifa externa comum (TEC). Formada por meio de um Acordo Comercial entre os países. Como exemplo podemos citar o Mercosul.

c. Mercado Comum

Um mercado comum é a união aduaneira com políticas comuns de regulamentação de produtos e com liberdade de circulação de todos os três fatores de produção (pes-soas, serviços e capitais).

(15)

d. União Econômica

É um estágio superior ao mercado comum com coordenação estreita das políticas macroeconômicas, tal como acontecia com a União Europeia antes da implantação da sua transformação em Integração Econômica Única.

e. Integração Econômica Total

Equivalente à união econômica com a adoção de moeda única pelos países mem-bros, único exemplo atual é da União Europeia que após janeiro de 2002 passou a adotar o Euro como moeda única por quase a totalidade dos países participantes.

CLASSIFICAÇÃO FISCAL DE MERCADORIAS

Para pensar:

Como você faria para negociar um determinado produto com alguém de uma cultura diferente sem correr o risco de estarem falando sobre produtos diferentes?

A classifi cação fi scal, entre outras atribuições, praticamente elimina este risco, veja abaixo.

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM/SH) é uma lista em que cada produto é descrito a partir de suas características genéricas, até os detalhes mais específi cos que o individualizam. A essa descrição corresponde um código numérico denomina-do Classifi cação Fiscal de Mercadenomina-dorias.

Em 31 de outubro de 1986, o Brasil aderiu à uma Convenção Internacional sobre um sistema de classifi cação de produtos, conhecido como “Sistema Harmonizado de Designação e de Codifi cação de Mercadorias”, ou SH, resumidamente.

O Sistema Harmonizado é baseado numa estrutura de códigos de 06 (seis) dígitos e suas respectivas descrições, admitindo-se o acréscimo de até mais quatro dígitos quando um país sentir necessidade de particularizar os produtos de seu interesse comercial.

(16)

No Brasil, após 01 de janeiro de 1995, utilizamos a Nomenclatura Comum do MER-COSUL tendo como base o Sistema Harmonizado (NCM/SH), que foi elaborada pelos países membros do MERCOSUL e substituiu as Nomenclaturas até então adotadas por aqueles países.

Por meio da NCM/SH, foram defi nidas as alíquotas do imposto de importação que prevalecerão para o comércio com os demais países não pertencentes ao MERCO-SUL, estabelecendo-se a Tarifa Externa Comum (TEC). A TEC equilibra as condições de concorrência intrabloco, assegurando tratamento preferencial para os produtos do MERCOSUL, em detrimento dos bens originários de terceiros países, ou seja, não participantes do MERCOSUL. Entre os países membros não incide imposto de im-portação, desde que seja apresentado um Certifi cado de Origem MERCOSUL, que é providenciado pelo exportador.

Com base no Código de Mercadorias aplicado na exportação e na importação, tam-bém é possível identifi car todas as informações básicas para sua comercialização: incidência de tributos, inclusão em acordos internacionais, tratamento administrativo, contingenciamento e outros mais.

Como exemplo citamos o NCM 9402.10.0.0 que descreve “Cadeiras de dentista, ca-deiras para salões de cabeleireiro e cadeiras semelhantes, e suas partes”.

Já o NCM NCM 6404.11.0.0 descreve “Calçado para esporte; calçado para tênis, bas-quetebol, ginástica, treino e semelhante”

Os dois primeiros dígitos são chamados de “capítulo” e são por meio deles que se começa a classifi car um produto na NCM/SH. Os números subsequentes são esco-lhidos de acordo com as especifi cações do produto.

(17)

ATENÇÃO

Lembre-se de que a classifi cação de mercadorias pode ser realizada por um despachante aduaneiro, mas a responsabilidade pela escolha correta é da em-presa.

Principalmente na importação a atenção deve ser redobrada e a base para con-sulta à NCM do produto desejado é a TEC. Acesse: http://receita.economia.gov. br/orientacao/aduaneira/classifi cacao-fi scal-de-mercadorias.

No caso de serviços acesse: http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-servi-cos/a-secretaria-de-comercio-e-servicos-scs-15

TERMINOLOGIAS BÁSICAS DO COMÉRCIO EXTERIOR

BRASILEIRO

O comércio internacional, como qualquer outra atividade empresarial, possui termos específi cos e por esse motivo é interessante conhecer alguns dos quais você irá en-contrar durante seus estudos e operações nas exportações e/ou importações.

a. Despacho Aduaneiro

É o procedimento fi scal mediante o qual se processa o desembaraço aduaneiro de mercadoria destinada ao exterior (exportação) ou procedente do exterior (importa-ção), em caráter defi nitivo ou não.

b. Exportação Defi nitiva

Ocorre quando a mercadoria é desnacionalizada. c. Exportação Temporária

Ocorre quando a mercadoria exportada fi cará no exterior por prazo determinado, re-tornando posteriormente ao país.

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d. Importação Defi nitiva

Defi ne-se importação defi nitiva quando o importador, durante o processo de elabo-ração da Declaelabo-ração de Importação, procede o cálculo, via Siscomex módulo impor-tação, e recolhe os tributos correspondentes ao produto que está sendo importado. Assim que os tributos são recolhidos, a Declaração de Importação é registrada para posteriormente dar início ao processo de Despacho Aduaneiro.

Ao recolher os tributos, a mercadoria estrangeira passa a ser considerada como mer-cadoria nacionalizada.

É importante mencionar que existem importações a título defi nitivo nas quais não há recolhimento de tributos, como por exemplo, uma doação.

e. Importação Temporária

É aquela em que não ocorre a nacionalização da mercadoria. São os casos de mer-cadorias importadas sob o regime aduaneiro especial de Admissão Temporária que após o término do prazo estabelecido para sua permanência no país são reexporta-das.

f. Nacionalização

Procedimentos que transferem a mercadoria oriunda do exterior para a economia nacional.

g. Território Aduaneiro

Compreende todo o território nacional e é dividido em zona primária e secundária: 1. Zona Primária: Compreende as partes internas de portos e aeroportos, recintos

alfandegados e locais habilitados na fronteira terrestre, e áreas em que se efe-tuem operações de carga e descarga de mercadorias ou embarque e desem-barque de passageiros com destino ou provenientes do exterior.

(19)

sível realizar as operações que normalmente são feitas nos recintos alfandega-dos localizaalfandega-dos na Zona Primária.

TRANSPORTES NO COMÉRCIO EXTERIOR

O comércio exterior está estruturado com base em muitas variáveis. Uma delas, de valor fundamental, é o transporte do bem.

ATENÇÃO

Você saberia identifi car as principais vantagens e desvantagens da escolha de um determinado meio de transporte?

Uma logística de transporte montada adequadamente, baseada entre outros fatores, nos custos e prazos de entrega, pode representar a lucratividade na atividade expor-tadora ou imporexpor-tadora.

Na escolha do modo de transporte, além da natureza da mercadoria e dos prazos estabelecidos, deve-se considerar a rapidez, a segurança e a melhor relação custo X benefício, em consonância com tudo que é importante dentro do composto de logís-tica e deve levar em consideração os seguintes aspectos:

1. Pontos de embarque e desembarque mais propícios.

2. Custos de transporte doméstico relacionados com embarque, desembarque, cuidados especiais, frete até o ponto de embarque e manuseio.

3. Prazo de urgência requerido na entrega.

4. Características da carga (peso, volume, formato, dimensão, perecibilidade, fra-gilidade e periculosidade).

5. Disponibilidade e frequência de rotas. 6. Exigências legais.

Para correta tomada de decisão é necessário o conhecimento dos modais disponí-veis. Relacionamos, a seguir, os diferentes tipos:

(20)

• Fluvial – é aquele realizado em rios;

• Lacustre – é aquele realizado em lagos, ligando cidades e países circunvizinhos incluindo a navegação de interior.

b. Terrestre

• Rodoviário - realizado em estradas de rodagem; • Ferroviário - realizado em estradas de ferro. c. Aéreo

É realizado por empresas aéreas, por meio de aeronaves de vários tipos e tamanhos.

TRANSPORTE MARÍTIMO

É o meio mais utilizado no comércio internacional, porque se caracteriza pelo baixo custo e maior capacidade de transporte. Neste tipo de transporte, o frete represen-ta o monrepresen-tante recebido pelo armador como remuneração pelo transporte da carga. Existem outras despesas que, embora não integrem o frete, são devidas na movimen-tação das cargas nos portos:

• Capatazia: que é a taxa cobrada pela utilização das instalações portuárias. • Estiva: que é a taxa cobrada pela arrumação das cargas no navio com utilização

do equipamento de bordo.

O cálculo de frete internacional marítimo de cargas adota como parâmetros o volu-me, o peso e a distância desde a origem até o destino da carga, além de outras taxas, tal como bunker surcharge (taxa de combustível), taxa de segurança, etc. É útil para o exportador e importador ter certeza se o transporte da mercadoria contará com alguns facilitadores como malha portuária automatizada, capacidade de carga, des-carga e transbordo o que possibilitará uma diminuição de custos.

Infelizmente a logística do comércio exterior ainda se constitui num dos gargalos do comércio exterior no Brasil. Apesar de um grande avanço, que inclui algumas priva-tizações de portos, ainda não estamos preparados para a competição com países

(21)

Os custos dos portos brasileiros são os maiores do mundo e a movimentação de car-ga exige muito mais mão de obra que, por exemplo, no porto de Roterdã (Holanda), um dos maiores do mundo. Isto sem falar em nossa frota de navios, que desapare-ceu com a extinção do Lloyd Brasileiro, fazendo com que nossos custos com fretes internacionais concorram para colocar nossa balança de pagamentos no vermelho.

TRANSPORTE AÉREO

Apesar de contar com aviões cada vez maiores e com maior capacidade de carga, o custo do transporte aéreo restringe sua utilização. Algumas vantagens podem ate-nuar o custo desta modalidade, justifi cando sua utilização como, por exemplo:

• Crescente aumento de frotas e rotas; • Redução do custo de embalagem;

• Redução nas despesas de manuseio de carga; • Redução dos gastos de armazenagem; e • Carga referente a pequenos volumes.

TRANSPORTE TERRESTRE: RODOVIÁRIO E FERROVIÁRIO

O transporte terrestre é utilizado em decorrência do desenvolvimento e da melhoria da malha rodoviária e da modernização da rede ferroviária. A utilização de múltiplas modalidades de transporte ou transporte multimodal pode ser uma boa opção para o exportador, em especial, quando os ganhos na movimentação de cargas compen-sam os acréscimos nos custos do serviço, porém, no Brasil, não acontece na prática, por diversas questões, entre elas a cobrança de tributos, que muda de acordo com o estado pelo qual a carga que se desloca.

SEGURO DE CARGA

Não existe a obrigatoriedade legal de contratação de seguro nas operações de com-pra e venda internacionais. A responsabilidade de contratação de seguro de transpor-te intranspor-ternacional numa exportação ou importação de mercadorias é detranspor-terminada pelo Termos Internacionais de Comércio (Incoterms) utilizado. É importante ressaltar que a responsabilidade, nestes casos, signifi ca a parte que fi cou encarregada de contratar o seguro.

(22)

No caso de um eventual sinistro numa carga não segurada, a responsabilidade será da parte que deveria ter providenciado a contratação do seguro de transporte. A contratação de um seguro é muito importante. O acontecimento de um sinistro de uma carga não segurada, seja no embarque, desembarque ou em outra condição qualquer, poderá até, dependendo da situação, signifi car uma ameaça à sobrevivên-cia da empresa.

O objetivo do seguro é proteger a carga contra danos ou perdas, visando repor fi nan-ceiramente o bem sinistrado. O seguro deverá ser realizado sempre antes do embar-que da mercadoria.

No caso de o exportador contratar um seguro de cargas, este deve cobrir eventos (como acidentes e roubo), mas também pode segurar outros eventos, tais como: guerras, greves, comoções e eventos extraordinários, desde o momento em que a mercadoria sai do local de fabricação ou produção até o momento que é entregue à responsabilidade do importador, modalidade chamada de cobertura ampla.

O Incoterms utilizado vai infl uenciar diretamente no seguro, determinando o respon-sável por sua contratação assim como a abrangência geográfi ca.

No caso de exportação na modalidade Free On Board (FOB), a contratação do seguro internacional é de responsabilidade do importador, a partir do momento em que a mercadoria é colocada a bordo de um navio no porto de origem, cabendo ao ex-portador apenas fornecer os dados eventualmente solicitados pelo imex-portador para contratar o seguro.

Nas exportações sob as modalidades Cost Insurance And Freight (CIF) e Carrieage

And Insurance Paid To (CIP), a responsabilidade de contratação do seguro fi ca a cargo

(23)

INTERNATIONAL COMMERCIAL TERMS (INCOTERMS) OU

TERMOS INTERNACIONAIS DE COMÉRCIO

ATENÇÃO

Numa operação entre exportadores e importadores, há diversas questões a se-rem resolvidas como: quem paga o frete, o seguro da carga, o despacho adua-neiro, entre outros aspectos. E você como faria para resolver estas questões? Os Incoterms são regras criadas pela Câmara de Comércio Internacional de Paris (CCI) que defi nem direitos e obrigações das partes, indicando em que local e momento ter-mina a responsabilidade do vendedor e começa a do comprador. Essas condições devem constar no documento que formaliza o negócio.

Antes de iniciar os esclarecimentos relacionados com cada um dos Incoterms, é im-portante destacar que quando aparecer a palavra vendedor entenda-se exportador, quando a palavra for comprador, entenda-se importador, quando a palavra for local de embarque entenda-se como o ponto no país do vendedor a partir do qual a carga será enviada rumo ao país do importador, quando a palavra for local de destino entenda-se como primeiro local ao qual chega a carga vinda do país do vendedor .

A partir da década de 1930, os Incoterms vem sendo modifi cados a cada 10 anos e os Incoterms versão 2020 passaram a ter as seguintes descrições:

1) EXW – Ex Works – Na Origem

O vendedor coloca a mercadoria à disposição do comprador no ponto e local es-tabelecidos (sem ponto nomeado, cabe ao vendedor escolher). Não há obrigação de carregamento no veículo transportador, mas se o fi zer, será por conta e risco do comprador.

Cabe ao comprador contratar e custear o transporte e o seguro sendo que o risco de extravio ou avaria da mercadoria é do comprador a partir do momento em que a carga é colocada à disposição no local e data combinados.

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As obrigações aduaneiras, quando for aplicável, não são da conta do vendedor seja no país do vendedor como no país do comprador ou terceiros países.

O EXW continua sendo o termo de menor responsabilidade para o vendedor e o de maior responsabilidade para o comprador. Pode ser usado com todos modais. 2)  FCA – Free Carrier – Livre no Transportador

O FCA o vendedor entrega a mercadoria ao transportador ou a quem o comprador indicar  no local designado, tais como: armazém geral, terminal portuário, terminal aeroportuário, estação de trem ou local de fronteira, além disso faz o carregamento no veículo transportador no seu armazém.

A entrega da mercadoria está concluída:

1. Sendo no local for estabelecimento do vendedor, quando a mercadoria estiver carregada no meio de transporte providenciado pelo comprador;

2. Sendo no local que não for o estabelecimento do vendedor, quando a carga for colocada à disposição do transportador ou de quem o comprador indicar no meio de transporte do vendedor à disposição para ser descarregado (novidade deste a nova versão, de 2020).

O vendedor assume os custos e os riscos de extravio ou avaria da mercadoria até a entrega da mesma. Quanto ao seguro, cabe ao comprador contratar e custear, se assim o desejar em relação ao transporte. Cabe também ao comprador contratar e custear o transporte.

Pode ser usado em qualquer modal de transporte, inclusive aquaviário, mas para esse modal é recomendado quando a carga transportada estiver em containers. 3)  FAS – Free Alongside Ship – Livre ao lado do Navio

No FAS, o vendedor cumpre sua obrigação de entrega quando a carga for colocada ao lado da embarcação designada pelo comprador, no cais ou numa embarcação, no

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O risco de perdas ou danos à mercadoria é do comprador a partir da entrega da mercadoria. Já o transporte é responsabilidade do comprador contratá-lo e custeá-lo; quanto ao seguro, cabe ao comprador contratar e custear, se assim o desejar. Os trâmites aduaneiros na exportação são por conta do vendedor, quando for o caso. Ele não tem obrigação quanto aos trâmites alfandegários na importação e na passa-gem por terceiros países e só pode ser usado apenas no modal aquaviário.

4)  FOB – Free On Board – Livre a Bordo

Neste Incoterms, o vendedor entrega a mercadoria a bordo do navio indicado pelo comprador, no ponto do local de embarque indicado pelo comprador. O custeio do carregamento é do vendedor.

O risco de extravio ou dano da mercadoria é do comprador a partir da entrega da mercadoria, cabendo ao comprador contratar o transporte internacional e custeá-lo a partir do porto de embarque.

Nesse termo, cabe ao comprador contratar e custear o seguro, se assim o desejar, a partir do momento em que a carga é colocada a bordo do navio. Usado no modal aquaviário.

5)  CPT – Carriage Paid To – Transporte Pago Até

Neste termo, cabe ao vendedor entregar a carga ao transportador, no local acordado em seu país, e com transporte contratado e pago por ele para levar a mercadoria até o local de destino nomeado no exterior.

O vendedor corre o risco até ao momento da entrega da carga ao transportador; o risco é do comprador a partir do momento em que a carga foi entregue ao transporte. Portanto, o CPT, tem dois pontos críticos diferentes, o de risco e o de custo, que são transferidos em locais diferentes, ou seja, cabe ao comprador contratar e custear o seguro, se assim o desejar.

Os trâmites alfandegários na exportação são por conta do vendedor, quando aplicá-vel, enquanto os trâmites e os direitos alfandegários na importação e na passagem

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6) CIP – Carriage And Insurance Paid To – Transporte e Seguro Pagos Até

No CIP, o vendedor entrega a mercadoria ao transportador, no local acordado em seu país, ou a adquire assim que for entregue, e com transporte contratado e pago por ele para levar a mercadoria até o local de destino nomeado no exterior, sendo que o vendedor corre o risco até o momento da entrega da carga ao transportador. Dessa forma, o CIP tem dois pontos críticos diferentes, o de risco e o de custo, pois são transferidos em locais diferentes e o vendedor também é responsável pela con-tratação do seguro para a mercadoria.

Os trâmites alfandegários na exportação são por conta do vendedor, quando aplicá-vel, mas ele não tem obrigação quanto aos trâmites na importação ou passagem por terceiros países. Pode ser usado com todos os modais.

7) CFR – Cost And Freight – Custo E Frete

No CFR signifi ca que o vendedor entrega a mercadoria ao transportador a bordo do navio indicado pelo comprador, no porto de embarque. O vendedor deve contratar e pagar os custos e frete necessários para levar a carga ao porto de destino designado. O vendedor corre o risco de extravio até ao momento da entrega da mercadoria ao transportador; o risco é do comprador a partir do momento em que a carga é coloca-da a bordo do navio.

O vendedor contrata e paga o transporte da carga do local de origem até o local de destino; o contrato de transporte deve ser realizado nos termos usuais e pela rota usual para o tipo de carga. Portanto, o CFR apresenta dois pontos críticos, já que os riscos e custos são transferidos em locais diferentes e o seguro é do comprador a partir do momento em que a carga está carregada no navio.

8) CIF – Cost Insurance And Freight – Custo, Seguro e Frete

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O vendedor corre o risco do extravio ou avaria da carga até o momento da entrega ao transportador; o risco é do comprador a partir do momento em que a carga é coloca-da a bordo do navio. Esse termo apresenta dois pontos críticos, pois os riscos e os custos são transferidos em locais diferentes.

Os trâmites aduaneiros na exportação são por conta do vendedor, quando aplicável, enquanto ele não tem obrigação na importação e trânsito por terceiros países e só pode ser usado no transporte aquaviário.

9) DAP – Delivered At Place – Entregue no Local

No DAP, o vendedor entrega a carga colocando-a à disposição do comprador, no local de destino designado, no meio de transporte, pronta para ser desembarcada. O ven-dedor assume todos os riscos e os custos para esta entrega.

O vendedor corre o risco de extravio ou avaria da mercadoria até ao momento da en-trega da carga, vendedor contrata e paga o transporte da carga do local de origem até ao local de destino, sendo que o vendedor não tem a obrigação de contratar o seguro após a chegada da carga ao local de destino.

Os trâmites alfandegários na exportação são por conta do vendedor, que não tem obrigação na importação ou trânsito por terceiros países e pode ser usado com qual-quer meio de transporte.

10) DPU – Delivered At Place Unloaded – Entregue no Local Desembarcado O Incoterm DPU substituí o DAT (Delivery at Terminal) que foi suprimido da versão dos

Incoterms 2010.

O vendedor entrega a carga colocando-a à disposição do comprador, no local de des-tino nomeado, descarregada do meio de transporte. O vendedor deve assumir todos os riscos e os custos envolvidos para isso.

O risco é do vendedor até o local e momento em que a mercadoria é colocada à dis-posição do comprador, descarregada no local de destino; as operações de descarga são por conta e risco do vendedor.

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Os trâmites alfandegários na exportação são por conta do vendedor, quando aplicá-vel, mas não nos países de importação e de trânsito por terceiros países e pode ser usado para qualquer meio de transporte.

11) DDP – Delivered Duty Paid – Entregue Com Direitos Pagos

O vendedor entrega a carga, colocando-a à disposição do comprador, no local de destino designado, no meio de transporte, pronta para ser desembarcada e assume todos os custos e riscos para esta entrega da carga.

O vendedor contrata e paga o transporte da carga do local de origem até o local de destino.

As obrigações aduaneiras são por conta do vendedor providenciar os documentos e pagar o desembaraço aduaneiro de exportação, de trânsito e de importação, bem como quaisquer outros tributos ou despesas e este termo pode ser usado para qual-quer meio de transporte.

O termo EXW (Ex Works) representa o mínimo de obrigações para o vendedor, enquanto o termo DDP (Delivered Duty Paid) representa o máximo. Quando do lançamento do termo EXW no Siscomex, o exportador deverá acrescentar a observação “desembara-çado para exportação”, pois, no Brasil, a empresa exportadora é que deve realizar a operação de saída da mercadoria.

Deve-se considerar que nas importações brasileiras, por restrição jurídica e tributária, não é permitido o uso do termo DDP; a única exceção acontece quando se tratar de uma concorrência internacional realizada por um órgão de administração pública, seja federal, estadual ou municipal, e essa condição aparece expressamente mencionada no edital da empresa licitante.

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FORMAS DE PAGAMENTO

Suponha que, após participar de uma feira de negócios sua empresa recebe uma ofer-ta tenofer-tadora para exporofer-tar parte de sua produção por um longo período, mas há uma questão: o importador informa que só irá pagar pela mercadoria após verifi car que ela chegou ao seu estabelecimento, no exterior, porque ainda não conhece a empresa. Quanto a você recai a dúvida: o importador vai pagar pela mercadoria? Que decisão tomaria?

a. Confi a no importador e embarca a carga; b. Desconfi a da proposta e cancela a negociação;

c. Exige pagamento antecipado, pois você não conhece a reputação; d. Busca uma forma de equilibrar os riscos para ambos.

Confi ra abaixo as formas de pagamento internacionais e veja se o ajuda na decisão! As modalidades de pagamento determinam a maneira pela qual uma exportação ou importação são pagas e são infl uenciadas pelas condições de mercado, país no qual as partes se localizam, pelo grau de confi ança entre as partes, a margem de lucro desejada, a possibilidade de fi nanciamento e os controles do governo.

As utilizadas no Comércio Internacional são:

PAGAMENTO ANTECIPADO

É realizado antes do embarque da mercadoria e o exportador recebe antecipadamen-te o pagamento. Trata-se da opção mais inantecipadamen-teressanantecipadamen-te para o exportador, sendo o risco assumido pelo importador que pode não receber a mercadoria ou não recebê-la nas condições pactuadas.

Por implicar altos riscos para o comprador é pouco frequente, sendo utilizado, geral-mente, por empresas interligadas ou quando há uma relação de confi ança entre as partes. Entretanto, constituem uma excelente forma de fi nanciamento ao exportador, com ou sem a incidência de juros remuneratórios.

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Em alguns casos, quando não perfazem 100% do valor contratado, são considerados como sinal para início de produção ou início das obrigações contratuais e denomina-dos em inglês “down payment”.

Pelas leis brasileiras, o exportador pode receber um pagamento antecipado em até 360 dias (trezentos e sessenta) antes do embarque e o importador pode pagar com uma antecedência de até 180 dias (cento e oitenta) antes do embarque no exterior. Do ponto de vista cambial, o Banco Central do Brasil classifi ca como pagamento ante-cipado, quer de exportação ou de importação, a contratação e a liquidação do contrato de câmbio previamente ao embarque das mercadorias ou da prestação dos serviços.

CARTA DE CRÉDITO OU CRÉDITO DOCUMENTÁRIO

A carta de crédito também conhecida como crédito documentário é a modalidade de pagamento que oferece maiores garantias tanto para o exportador quanto para o importador.

Podemos defi ni-la como uma ordem de pagamento condicional, emitida por um ban-co, a pedido de seu cliente importador, em favor de um exportador, se cumpridas to-das as exigências nela estipulato-das, tais como: prazo de embarque, quantidade, valor e características da mercadoria, local de embarque e desembarque, apresentação de documentos de acordo com o especifi cado.

O exportador tem a garantia de pagamento de um ou mais bancos, e o importador a certeza de que só haverá pagamento se suas exigências forem cumpridas.

Se pelo menos uma das condições estabelecidas na carta de crédito não for cum-prida, dizemos que houve uma discrepância e caso esta discrepância não possa ser corrigida, a carta de crédito deixa de ser um pagamento garantido para o exportador. Dentre as discrepâncias mais comuns, destacamos: carta de crédito vencida; embar-que fora do prazo estipulado; documentos apresentados fora do prazo determinado; falta de apresentação de algum documento e porto de embarque e/ou desembarque

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discrepâncias são denominadas solúveis. Já quando são relativas a prazos ou even-tos que não são de seu exclusivo controle são denominadas insolúveis.

Além dos riscos comerciais de uma operação, a carta de crédito também pode eli-minar ou reduzir riscos políticos caso seja “confi rmada”. Nesse tipo de crédito, outro banco, geralmente fora do país do importador, confi rma a garantia dada pelo emissor do crédito, constituindo seu principal pagador.

Na prática, se o banqueiro emissor não puder pagar, por quaisquer motivos, inclusive políticos, tais como uma moratória, o banqueiro confi rmador pagará em seu nome. A carta de crédito pode sofrer alteração, chamada de emenda, que somente terá vali-dade se for aceita por todas as partes intervenientes no crédito, a saber:

1. tomador do crédito: importador ou applicant; 2. benefi ciário: exportador ou benefi ciary; 3. banco emissor: issuing bank;

4. banco designado: nominated bank (banco junto ao qual o crédito está disponível); 5. banco confi rmador: confi rming bank. (no caso de carta de crédito confi rmada). A carta de crédito pode ser para pagamento à vista ou a prazo, sendo que o prazo de pagamento nessa modalidade começa a ser contado após a data de emissão do conhecimento de embarque.

A Câmara de Comércio Internacional estabeleceu normas para emissão e para utili-zação de créditos documentários, cuja última revisão está disponível na Publicação 600 – “Regras e Usos Uniformes para Créditos Documentários” e na International

Standard Banking Practices (ISBP 745).

COBRANÇA DOCUMENTÁRIA

Nessa modalidade, o exportador, após o embarque da mercadoria, entrega ao seu banco de relacionamento (remetente) os documentos referentes à exportação para que sejam encaminhados ao importador por meio de outro banco (cobrador) que é o encarregado de receber o pagamento ou colher aceite nas cambiais e encaminhá-lo ao exportador.

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O pagamento poderá ser à vista ou a prazo e a cobrança se dá da seguinte forma: 1. À vista: o importador efetua o pagamento ao banco cobrador e recebe a

docu-mentação para desembaraço da mercadoria.

2. A prazo: o banco cobrador entrega os documentos de embarque ao importador contra aceite numa cambial, denominada saque/draft ou letra de câmbio. No vencimento, o importador efetuará o pagamento desta cambial.

O risco para o exportador nas cobranças à vista é limitado, pois os documentos para o desembaraço da mercadoria somente serão liberados contra pagamento. Já nas cobranças a prazo o risco é bem maior, uma vez que a documentação é liberada mediante aceite da letra de cambio ou cambial e o pagamento deverá ser efetuado no vencimento.

No entanto, caso o importador, por algum motivo, não compareça ao banco para resgatar os documentos, o exportador se encontrará em difi culdades restando a este: providenciar o retorno da carga ao seu país, arranjar outro importador ou solicitar a destruição da carga.

A Câmara de Comércio Internacional estabelece regras e usos uniformes para as cobranças documentárias, por meio da Publicação 522, que defi ne as responsabili-dades das partes nesse processo, adotada pela grande maioria dos bancos que pres-tam esse serviço.

SIMPLES REMESSA OU REMESSA SEM SAQUE

Nessa modalidade de pagamento, o exportador embarca a mercadoria e envia di-retamente ao importador todos os documentos da operação. Trata-se de operação interessante para o importador, pois o pagamento somente é efetuado depois de re-cebida a mercadoria, sendo o risco assumido pelo exportador que pode não receber seu pagamento.

Exige total confi ança do vendedor no comprador e é normalmente utilizada na con-dução de operações entre fi rmas interligadas. Também é comum em transações

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co-Como na modalidade anterior uma das vantagens desta categoria é constituir-se em maneira mais rápida e de menor custo da documentação chegar ao importador, já que elimina o trânsito dos documentos por meio de bancos e de eventuais despesas de armazenamento da mercadoria no local do desembarque.

REPRESENTANTES OU AGENTES DE COMÉRCIO EXTERIOR

As empresas exportadoras, a exemplo do que ocorre no mercado interno, utilizam-se de representantes/agentes, que podem ser pessoa física ou jurídica, para realizarem suas vendas no mercado externo. Pelas vendas efetuadas, estes representantes re-cebem uma comissão (comissão de agente), que é calculada sobre o valor EXW ar-mazém do vendedor da mercadoria.

Na exportação brasileira, o percentual de comissão de agente a pagar é predetermi-nado pelo governo brasileiro e varia de acordo com o grau de industrialização do bem. Já na importação não existe limite em relação ao valor do percentual que uma em-presa pode receber quando exerce a função de representante ou agente de comércio exterior de uma empresa estrangeira.

CONTRATAÇÃO E FECHAMENTO DO CONTRATO DE CÂMBIO

O procedimento conhecido como contratação de câmbio caracteriza-se pela troca da moeda nacional pela moeda estrangeira no caso de pagamento de uma importação por uma empresa brasileira ou pela troca da moeda estrangeira pela moeda nacional no caso de uma exportação realizada por uma empresa brasileira.

Este serviço é prestado, prioritariamente, pelos bancos comerciais, que providenciam também a emissão de um documento (contrato de câmbio) no qual fi cam formal-mente pactuadas as condições de compra ou venda da moeda estrangeira entre a empresa contratante e seu banco.

A liquidação da operação ocorre com a efetiva entrega da moeda nacional ao expor-tador ou da moeda estrangeira ao imporexpor-tador.

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CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO

A escolha do canal de comercialização adequado é essencial para o êxito da ativida-de exportadora.

Exportar ou Importar não é uma tarefa difícil, mas há que se considerar os processos aduaneiros em vigência. O preenchimento errado de uma Nota Fiscal ou de uma Fatu-ra Comercial ou Commercial Invoice pode atFatu-rasar uma opeFatu-ração de comércio exterior. Outro aspecto a ser considerado é a logística do transporte; seu custo pode represen-tar de 20 a 35% do preço fi nal do produto, enquanto que nos países desenvolvidos é de 10%.

Assim, antes de oferecer os produtos, o exportador deve estar ciente dos trâmites envolvidos com a contratação de transporte nacional e internacional e os modais de transportes existentes a fi m de precifi car corretamente o produto. O auxílio de um agente de carga é de fundamental importância, uma vez que este profi ssional é um verdadeiro especialista na matéria.

As micro e pequenas empresas exportadoras, muitas vezes, não concretizam sua inserção no mercado externo por desconhecimento dos tipos de canais de comercia-lização. Relacionaremos, abaixo, os principais meios de comercialização de produtos ao exterior.

Há dois tipos principais de intermediários de vendas no exterior: os agentes e os importadores/distribuidores.

O agente ou representante é uma pessoa física ou jurídica que atua fazendo a liga-ção entre o exportador e o comprador mediante comissão e os principais tipos de agentes são:

• os que trabalham para o exportador; • os que trabalham para os compradores;

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O intermediário é o adquirente da mercadoria, assumindo a propriedade e posse legal dos bens comercializados.

Quanto à forma de operar, as exportações podem ser cursadas das seguintes formas: • Direta

Esta forma elimina intermediários e permite que o exportador possa tomar contato diretamente com o mercado-alvo, eventualmente, a margem de lucro do exportador pode ser maior.

• Indireta

São exportações realizadas mediante a utilização de intervenientes, tais como: as comerciais exportadoras, cooperativas e Trading Company.

Podemos constatar que há inúmeras formas de comercializar com o exterior e o ca-nal mais apropriado a ser utilizado é escolhido a partir do levantamento das caracte-rísticas do produto e do mercado de destino.

COMÉRCIO INTERNACIONAL DE SERVIÇOS

A exportação de serviços pode ser defi nida como a venda para outro país de uma forma de fazer, uma forma de atuar, um conceito de negócios, enfi m, um diferencial que chama a atenção de diversos consumidores localizados nos mais variados mer-cados. O setor de serviços vem se destacando no cenário internacional como uma nova forma de gerar emprego e renda e ampliar a pauta de exportação, bem como permitir a inserção das micro e pequenas empresas no mercado internacional. É o setor da economia que mais vem crescendo nas últimas décadas, tanto no Brasil como no exterior.

O Brasil ainda importa mais do que exporta serviços. A inversão desta situação tem sido uma preocupação constante, e o assunto ocupa mais espaço na pauta do co-mércio exterior brasileiro, sendo que existe um órgão específi co dentro da estrutura do Ministério da Economia que trata especifi camente deste assunto.

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DOCUMENTOS UTILIZADOS NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

Nas operações de comércio internacional, são utilizados e exigidos diversos documen-tos, sendo que alguns são confeccionados pela própria empresa, pela empresa trans-portadora ou por instituições brasileiras públicas e privadas; outros, como no Brasil, são obtidos diretamente no sistema Siscomex. Assim sendo, relacionamos a seguir, os documentos mais utilizados.

1) Documentos confeccionados pela empresa exportadora e pela empresa trans-portadora

a. Fatura Pro Forma (Pro Forma Invoice).

Emitida pelo exportador, estabelecendo as condições negociadas com o importador; nas operações nas quais o pagamento é antecipado, será o documento hábil para informar ao importador os dados bancários receptor da ordem de pagamento e se o pagamento for carta de crédito, a Fatura Pro Forma é a base para a elaboração desse documento.

b. Fatura Comercial (Commercial Invoice).

Emitida pelo exportador, imprescindível para liberação da mercadoria no país impor-tador o qual transfere a propriedade da mercadoria ao comprador.

c. Romaneio (Packing List).

Emitido pelo exportador. Orienta o embarque e o desembarque da mercadoria, relacio-na os volumes embarcados e respectivos conteúdos, pesos e marcas.

d. Saque, Cambial ou Letra de Câmbio (Draft ou Bill of Exchange).

Título de crédito emitido pelo exportador contra um devedor (importador), com or-dem expressa de que seu valor seja pago à pessoa indicada ou à sua oror-dem, no prazo e data indicados.

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Na exportação, ela é emitida pelo exportador, antes da emissão da Declaração Única de Exportação, tendo como fi nalidade acompanhar a mercadoria até seu desembaraço pela Receita Federal, se esse for realizado na zona primária alfandegada ou até o local de embarque, caso o desembaraço tenha sido realizado em recinto alfandegado de zona secundária.

Na importação é emitida pelo importador, tendo como fi nalidade acompanhar a mer-cadoria até a empresa, após o desembaraço.É uma Nota Fiscal de Entrada.

f. Conhecimento de embarque

Emitido pela empresa transportadora ou por seu agente, que comprova o efetivo embarque da mercadoria. Transfere a posse da mercadoria ao consignatário no destino. Também se constitui num título de crédito, porque pode ser endossado. Os conhecimentos de embarque mais utilizados são:

• Bill of Lading (BL) – Conhecimento de embarque marítimo; • Airway Bill (AWB) – Conhecimento de embarque aéreo;

• Conhecimento de Transporte Internacional por Rodovia (CRT) para cargas que circular de um ou para um país membro do Mercosul e um país não membro; • Manifesto Internacional de Cargas/Declaração de Trânsito Aduaneiro (MIC/

DTA) para cargas que circulam dentro do território do Mercosul; • Conhecimento de embarque ferroviário (TIF/DTA).

2) Documentos obtidos no Siscomex Exportação

a. Declaração Única de Exportação (DU–E).

Preenchido eletronicamente no Siscomex diretamente pelo exportador ou seu repre-sentante legal, sendo que a validade para o embarque dos bens é de 60 dias corridos após a sua emissão. É obrigatório para qualquer tipo de exportação, seja a título de-fi nitivo ou não dede-fi nitivo.

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b. Licença de exportação

Documento emitido no Portal Siscomex, módulo LPCO – licenças, permissões, certifi ca-dos e outros documentos à Exportação, quando as Normas Administrativas de Exporta-ção determinarem que o produto a ser exportado deva ser anuído antes do embarque. Importação

a. Licença de Importação (LI).

Exigida nas importações brasileiras sujeitas a algum tipo de controle do governo. Obti-do no Siscomex pelo importaObti-dor, previamente ao registro da Declaração de Importação ou Declaração Única de Importação, sendo a sua validade atualmente de 60 dias corridos.

b. Declaração de Importação (DI).

Obtida pelo importador brasileiro no Siscomex., é exigida em todas as importações brasileiras. Na maior parte dos casos, sua emissão se dá quando do início do pro-cesso de desembaraço da mercadoria e nos casos de nacionalização de bens, a sua emissão só ocorre após o recolhimento dos tributos.

c. Declaração Única de Importação - DUIMP

Este documento está sendo introduzido em forma progressiva e após 2020 irá substituir em forma total a Declaração de Importação; atualmente está sendo utilizado por um gru-po restrito de empresas e sua emissão é realizada gru-por intermédio do Portal Siscomex.

d. Comprovante de Importação (CI).

É o documento que atesta a nacionalização da mercadoria importada, para todos os efeitos fi scais e comerciais e deve ser apresentado obrigatoriamente quando da reti-rada desembaraçada.

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Além dos documentos já descritos, existem outros que são emitidos por instituições e empresas privadas, tais como Certifi cado de Origem, Certifi cado de Análise, Certifi -cado de Inspeção Pré-embarque e Certifi -cado de Seguro.

DICA

A Commercial Invoice, o Conhecimento de Embarque e o Packing List são docu-mentos essenciais no Comércio Internacional. Não há desembaraço de merca-doria em nenhuma aduana sem os originais desse documento, essa exigência não se aplica a desembaraços efetuados pelos Correios ou Courrier.

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PESQUISA E DESENVOLVIMENTO:

Jorge Elias Milhem – Consultor em Comércio Exterior SEBRAE RJ Gabriel Segalis - Consultor em Comércio Exterior SEBRAE RJ

Miriam Edelman Kovacs - Consultora em Comércio Exterior SEBRAE RJ

REFERÊNCIAS

BIZELLI, João dos Santos e BARBOSA, Ricardo. Noções Básicas de Importação. Edições Aduaneiras. São Paulo

CASTRO, José Augusto. Exportação: Aspectos Práticos e Operacionais Edições Aduaneiras. São Paulo.

HARTUNG, Douglas. Negócios Internacionais. Quality Mark Ed. Ltda. Rio de Janeiro.

INFORME BB. Como Preparar sua Empresa para o Desafi o da Exportação. Comércio Exterior. Edição Brasília.

Prepare sua Empresa para o Desafi o da Exportação. Comércio Exterior. Edição Especial. KEEDI, Samir; MENDONÇA, Paulo C.C. de. Transportes e Seguros no Comércio Exterior. Edições Aduaneiras. São Paulo.

MAIA, Jayme de Mariz. Economia Internacional e Comércio Exterior. Editora Atlas. São Paulo. MARINHO, Mônica Romero; PIRES, Jovelino de Gomes. Comércio Exterior – Teoria x Prática no Brasil. Edições Aduaneiras. São Paulo.

RATTI, Bruno. Comércio Internacional e Câmbio. Edições Aduaneiras. São Paulo.

ENDEREÇOS ÚTEIS

Referências

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