Dependente
Francisco Feliciano
Susana Sumbelelo
Ana Isabel Oliveira
Objectivos deste trabalho:
• Estabelecer linhas orientadoras para a prestação de cuidados de
enfermagem;
• Uniformizar e normalizar procedimentos que garantam boas práticas;
• Desenvolver a arte de saber fazer, considerando o conforto do cliente e a
estética dos actos.
Qualificação e reforço de competências dos
profissionais de saúde
Avaliação do Grau de Dependência
Plano de Cuidados de Enfermagem
Procedimentos e Protocolos de Enfermagem
Prevenção de Úlceras de Pressão
Prevenção de Quedas
Preparação para a Alta
Avaliação do Grau de Dependência
Instrumentos de Avaliação das Actividades de Vida
Diárias
Escala de Katz
É uma escala que permite avaliar a autonomia do indivíduo para
realizar as actividades de vida diária: banho, vestir, utilização da
sanita, transferências da cama para o cadeirão e vice versa, controlo
de esfíncteres e alimentação.
Para cada actividade o indivíduo é classificado como:
Dependente total (0)
Dependente grave (1 – 2)
Dependente moderado (3 – 4)
Dependente ligeiro (5)
Independente (6)
Soma das pontuações– Independente(necessita de ajuda apenas para lavar uma parte do corpo, p.ex.costas ou extremidades)
– Dependente (necessita de ajuda para lavar mais que uma parte do corpo; necessita de ajuda para entrar e sair da banheira; não se lava sozinho)
• 2- VESTIR:
– Independente(escolhe a roupa adequada, veste-a e aperta-a; exclui atar os sapatos)
– Dependente (precisa de ajuda para se vestir;não é capaz de se vestir) • 3- UTILIZAÇÃO DA SANITA:
– Independente(não necessita de ajuda para entrar e sair do wc; usa a sanita, limpa-se e veste-se adequadamente; pode usar urinol pela noite)
– Dependente (usa urinol ou arrastadeira ou necessita de ajuda para aceder e utilizar a sanita) • 4- TRANSFERÊNCIA (cama / cadeirão):
– Independente(não necessita de ajuda para sentar-se ou levantar-se de uma cadeira nem para entrar ou sair da cama; pode usar ajudas técnicas, p.ex. bengala)
– Dependente (necessita de alguma ajuda para se deitar ou levantar da cama/ cadeira; está acamado)
• 5- CONTINÊNCIA (vesical / fecal):
– Independente(controlo completo da micção e defecação)
– Dependente (incontinência total ou parcial vesical e/ou fecal; utilização de enemas, algália, urinol ou arrastadeira)
• 6- ALIMENTAÇÃO:
– Independente ( leva a comida do prato à boca sem ajuda; exclui cortar a carne)
– Dependente (necessita de ajuda para comer; não come em absoluto ou necessita de nutrição entérica / parentérica) 1 ponto 0 pontos 1 ponto 0 pontos 1 ponto 0 pontos 1 ponto 0 ponto 1 ponto 0 ponto 1 ponto 0 ponto
Ín
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Índice de Katz
Grau de Dependência Resultado - Pontuação
Dependência Total 0 pontos
Dependência Grave 1 – 2 pontos
Dependência Moderada 3 – 4 pontos
Dependência Ligeira 5 pontos
Independência Total 6 pontos
Tempo de aplicação: 5 minutos
Escalas de avaliação do Grau de Dependência
Escala de Fugilin
É uma escala que permite avaliar a complexidade de cada um dos pacientes,
mediante determinados parâmetros em diferentes áreas de cuidados.
O indivíduo é classificado como:
• Cuidados intensivos
• Cuidados semi-intensivos
• Alta dependência
• Cuidados intermediários
• Cuidados mínimos
Escala de Fugilin
Complexidade de cuidados Pontuação
Intensivo Acima de 31 pontos
Semi-intensivo De 27 a 31
Alta dependência De 21 a 26
Intermediário De 15 a 20
Mínimo De 9 a 14
Tempo de aplicação: 5 minutos
Para quê classificar o grau
de dependência dos
Planeamento dos cuidados complexidade dos pacientes Organização mais eficaz da equipa de enfermagem Melhor Gestão do tempo
Maior qualidade dos cuidados de enfermagem
Plano de Cuidados
Integridade da pele prejudicada
História anterior de úlcera de pressão
• Realizar mudança de decúbito; • Hidratar a pele
Risco de Queda • Doentes com desorientação • Agitação psicomotora • Vertigens e tonturas • Deambulação prejudicada
Sempre que o doente tiver escala do risco de queda com resultado positivo História anterior de queda, agitação psicomotora, confusão mental, desorientação
• Manter grades elevadas, cama baixa e travada
• Auxiliar na transferência para a cadeira de rodas/cadeirão ou cadeira-sanita
• Entrega e explicaçao de folheto de prevenção de quedas
Risco de Obstipação Obstipação
Motilidade Gastrointestinal Disfuncional
• Doentes totalmente dependentes • Deambulação prejudicada
Sempre que o doente tenha patologia que promova a imobilização
História anterior de obstipação
• Anotar frequência e aspecto das dejecções
• Aumentar a ingestão hídrica • Realizar movimentos corporais
activos e passivos
• Realizar mudança de decúbito
Déficit no autocuidado: Alimentação
• Doentes com dificuldade na deglutição
• Dificuldade motora para se alimentar sozinho
• Alterações no estado de consciência (avc, sedação)
• Doentes totalmente dependentes
Sempre que o doente apresente dificuldade motora para se alimentar Reflexo de deglutição prejudicado (Risco de Broncoaspiração)
• Alimentar o paciente com cabeçeira a 90⁰
• Manter cabeçeira elevada 30 a 45 minutos após a alimentação • Alimentar o paciente (via oral
Déficit para o autocuidado: Banho
• Doentes que recusam tomar banho • Dificuldade motora para tomar
banho sozinho
• Alterações no estado de consciência (avc, sedação)
• Doentes totalmente dependentes
Sempre que o doente apresente dificuldade motora para tomar banho sozinho
• Realizar/auxiliar no banho no leito
• Hidratar a pele após o banho
Déficit para o autocuidado: Vestir-se
• Doentes com dificuldade motora para se vestirem sozinhos
• Alterações no estado de consciência (avc, sedação)
• Doentes totalmente dependentes
Sempre que o doente apresente dificuldade motora para se vestir sozinho
• Vestir o paciente
• Realizar/auxiliar o paciente a vestir-se
Déficit para o autocuidado: Higiene e Eliminação
Eliminação urinária prejudicada
• Doentes com dificuldade motora para se deslocarem até à casa de banho
• Alterações no estado de consciência (avc, sedação)
• Doentes totalmente dependentes • Doentes com retenção e
incontinência urinária • Doentes com obstipação e
incontinência fecal
Sempre que o doente apresente dificuldade motora para ir à casa de banho urinar ou defecar sozinho
• Auxiliar o paciente a deslocar-se à casa de banho (cadeira-sanita) • Colocar campainha
próxima ao paciente • Colocar e trocar fralda • Anotar frequência e
aspecto das eliminações • Oferecer arrastadeira e
urinol (auxiliar na colocação)
• Realizar/auxiliar na higiene genital e perianal
• Vigiar a presença de globo vesical (retenção urinária) • Vigiar a presença de
distensão abdominal (retenção urinária e obstipação)
Mobilidade no leito prejudicada
Capacidade de transferência prejudicada
• Deambulação prejudicada mudança de decúbito e movimentação passiva auxiliada pela enfermagem Escala de dependência positiva
• Auxiliar nas actividades de vida diárias
Comunicação verbal prejudicada
• Doentes com dificuldades em se expressar verbalmente (afasia e disartria)
• AVC
• Doenças degenerativas neurológicas
Sempre que o doente apresente incapacidade ou dificuldade em comunicar e expressar-se verbalmente
• Manter campainha próxima do paciente
• Autorizar acompanhante • Incentivar comunicação
gestual
• Atentar para fácies de dor e expressões faciais do
paciente
Conhecimento insuficiente e comportamento de aceitação (família e/ou paciente)
• Doentes com alteração na sua independência para as actividades de vida diárias
Sempre que haja alteração no estado de saúde da pessoa que provoque algum grau de dependência nas actividades de vida diárias
Sempre que a capacidade de
aprendizagem e assimilação dos ensinos à família e doente que garantem
preparação para a alta seja insuficiente.
• Realizar ensinos para a saúde
• Registar aceitação e colaboração da família e paciente
Intervenções de Enfermagem
• Colocar colchão de Pressão Alterna Risco de Queda • Medidas Preventivas Risco Queda Risco de Obstipação
Obstipação
Motilidade Gastrointestinal Disfuncional
• Realizar mudança de decúbito
Déficit no autocuidado: Alimentação • Alimentar o paciente (via oral ou SNG) Déficit para o autocuidado: Banho • Realizar/auxiliar no banho no leito
• Hidratar a pele após o banho
Déficit para o autocuidado: Vestir-se • Realizar/auxiliar o paciente a vestir-se Déficit para o autocuidado:
Higiene e Eliminação
Eliminação urinária prejudicada
• Realizar/auxiliar na higiene genital e perianal Capacidade de mobilidade prejudicada
Mobilidade no leito prejudicada
Capacidade de transferência prejudicada
• Realizar mudança de decúbito
• Realizar transferência do paciente da cama para a cadeira Comunicação verbal prejudicada • Atentar para fácies de dor e expressões faciais do paciente
Conhecimento insuficiente e comportamento de
Definição Consiste em lavar o corpo, trocar de roupa e arranjar o indivíduo ou assistir continuamente o indivíduo a fazê-lo
Objectivos
• Cuidar da higiene individual• Estimular a função respiratória, circulatória, de mobilidade e de eliminação • Manter a integridade da pele
• Instruir para o autocuidado de higiene pessoal
Materiais
• Bacia metálica• Toalhas • Compressas • Luvas de procedimento • Água morna • Sabão hipoalergénico • Lençóis • Fronha • Fralda • Resguardo
Registos
Data e hora;Diagnósticos de enfermagem; Educação para a saúde;
Banho na cama com ajuda total
Acções de enfermagem Justificação
•Providenciar os recursos para junto do indivíduo;
•Lavar as mãos
•Instruir o indivíduo sobre o procedimento; •Posicionar o indivíduo;
•Remover a roupa da cama deixando o indivíduo protegido com o lençol;
•Lavar e cuidar do cabelo, se necessário; •Lavar a cavidade oral
•Gerir o tempo
•Prevenir contaminação
•Encorajar o indivíduo a ser independente Promover o autocuidado
•Facilitar a execução do procedimento •Providenciar privacidade
Abre-Boca
(espéculo bucal) Cânula de Guedel
Lavar a cavidade oral com ajuda total
Banho na cama com ajuda total
Acções de enfermagem Justificação
•Cobrir o pescoço com a toalha e lavar a face •Lavar os olhos com água simples, do canto externo para o interno
•Enxaguar e secar a face
•Lavar e secar o pavilhão auricular
•Despir a camisa ou pijama e pôr no saco da roupa suja
•Manter o lençol superior sobre o corpo •Membros superiores:
a) Posicionar o membro mais afastado, descoberto sobre a toalha
b) Lavar e secar, da parte distal para a proximal em movimentos circulares dando especial atenção às axilas.
•Prevenir conspurcação de acordo com a fisiologia do olho
•Prevenir acumulação de secreções
Acções de enfermagem Justificação
c) Aprontar a bacia sobre a cama, de modo a facilitar a imersão da mão. Lavá-la e cortar as unhas (se necessário)
d) Executar do mesmo modo para o membro mais próximo
• Tórax e abdómen:
a) Cobrir o tórax e abdómen com a toalha, removendo simultaneamente o lençol até à região infra-umbilical
b) Lavar e secar o pescoço, tórax e abdómen, com especial atenção às pregas do pescoço, umbigo e região infra-mamária. Cobrir o corpo com o lençol até aos ombros, removendo simultaneamente a toalha.
•Obter uma limpeza mais eficiente
Banho na cama com ajuda total
Acções de enfermagem Justificação
•Membros inferiores:
a) Executar uma dobra na extremidade inferior do lençol até aos joelhos. Posicionar o membro mais afastado descoberto sobre a toalha. Lavar e secar todo o membro da parte distal para a proximal em movimentos circulares.
b) Executar do mesmo modo para o membro mais próximo
c) Posicionar os pés sobre a toalha
d) Aprontar a bacia sobre a toalha, elevando simultaneamente os pés. Baixá-los para a bacia, lavá-los e secá-los. Cortar as unhas (se necessário).
e) Aplicar uma substância emoliente, se tiver calosidades. Massajar os calcanhares e maléolos.
•Providenciar privacidade.
•Facilitar o retorno venoso.
•Obter uma limpeza mais eficaz.
•Remover as calosidades. Facilitar o retorno venoso.
Acções de enfermagem Justificação
d) Remover a toalha e bacia e cobrir os pés com lençol
•Dorso e nádegas
a) Virar o indivíduo para o lado oposto
b) Executar uma dobra no lençol sobre o dorso, mantendo a região corporal anterior
protegida
c) Aprontar a toalha sobre a cama, ao longo da região dorsal
d) Lavar e secar o dorso e) Lavar e secar as nádegas
f) Massajar o dorso, nádegas e zonas de proeminência óssea com um hidratante g) Remover a toalha e tapar o indivíduo com
lençol e posicionar o indivíduo em decúbito dorsal
Banho na cama com ajuda total
Acções de enfermagem Justificação
•Órgãos genitais:
a) Posicionar os membros inferiores com os joelhos em flexão ou assistir o indivíduo a posicionar-se
b) Aprontar a toalha sobre a cama, no sentido do comprimento, elevando ligeiramente as
nádegas
c) Aprontar a arrastadeira sobre a cama, se necessário
d) Executar uma dobra na extremidade inferior do lençol até aos joelhos
e) Calçar luvas
f) Posicionar os membros inferiores em abdução ou assistir o indivíduo a posicionar-se
g) Lavar e secar os órgãos genitais ou assistir o indivíduo
h) Remover a toalha
•Facilitar a lavagem dos órgãos genitais Manter a privacidade
Acções de enfermagem Justificação
•Remover as luvas •Preparar a cama
•Vestir o indivíduo ou assisti-lo
•Pentear ou assistir o indivíduo a pentear o cabelo
•Posicionar o indivíduo ou assisti-lo a posicionar-se
•Assegurar a recolha e lavagem do material •Lavar as mãos
•Providenciar conforto
•Prevenir a transmissão cruzada de microorganismos
Hidratação da pele após o banho
A hidratação faz parte dos cuidados de enfermagem com a pele, assim como
a massagem de conforto.
Deve ser realizada após o banho no leito, após as alternâncias de decúbito
(posicionamentos), após cada troca de fraldas e sempre que o enfermeiro
ache necessário.
Massajar as zonas de proeminência óssea com loção hidratante em cada
alternância de decúbito (movimentos circulares).
– Óleo de amêndoas doces (pele húmida ou na água do banho)
– Creme hidratante
– Vitamina A (zonas que necessitem de barreira protectora)
– Ácidos gordos essênciais
Definição Consiste em substituir a roupa da cama com o indivíduo deitado
Objectivos
• Providenciar higiene e confortoMateriais
• Colcha• Cobertor ou edredão • Resguardo
• Lençóis • Fronha
• Carro de roupa suja • Luvas
Registos
• Data e hora• Diagnósticos de enfermagem (risco de queda, manter as grades elevadas)
• Educação para a saúde (se foram realizados ensinos aos familiares – preparação para a alta)
• Reacção e colaboração do indivíduo
Acções de enfermagem Justificação
•Providenciar os recursos para junto do indivíduo; •Posicionar-se de um dos lados da cama;
•Remover os nós dos quatro cantos da cama;
•Executar três dobras na colcha começando de cima para baixo, depois dobrar ao meio e colocar nas costas da cadeira;
•Executar de igual modo para o cobertor;
•Manter o lençol de cima que cobre o indivíduo;
•Assistir o indivíduo a voltar-se para o lado oposto da cama, ajustando a almofada;
•Remover o resguardo enrolando-o ou dobrando-o até ao meio da cama, encostando-o bem ao indivíduo. Executar do mesmo modo ao lençol de baixo.
Preparar a cama
Acções de enfermagem Justificação
•Posicionar o lençol de baixo limpo a meio da cama, da cabeceira para os pés, abri-lo e enrolar ou dobrar em leque a metade oposta para dentro até meio da cama. Entalar a metade da cabeceira e fazer o canto, depois a metade dos pés e respectivo canto e por fim a parte lateral.
•Posicionar o resguardo a meio da cama e enrolar a metade oposta para dentro até junto do indivíduo, entalando-o desse lado.
•Virar o indivíduo, ajustando a almofada. •Posicionar-se do lado oposto.
•Remover o resguardo e o lençol de baixo descartando-os no saco de roupa suja.
Acções de enfermagem Justificação
•Tapar o colchão desenrolando e entalando o lençol de baixo, fazendo os cantos na extremidade superior e inferior. Entalar o resguardo desse lado.
•Aplicar o lençol de baixo fazendo os cantos de forma a manter o lençol esticado e sem rugas
•Posicionar ou assistir o indivíduo a posicionar-se no meio da cama. •Aprontar o lençol que cobre o indivíduo, desfazendo as dobras laterais.
•Posicionar-se de novo no lado oposto onde iniciou a cama. •Cobrir o peito do indivíduo com o lençol de cima limpo.
•Aplicar um cobertor e edredão sobre o lençol de cima, entalar a roupa na extremidade inferior da cama e fazer os cantos.
Preparar a cama
Acções de enfermagem Justificação
•Executar uma dobra para dentro na extremidade superior da colcha, de forma a envolver o cobertor ou edredão e executar a dobra do lençol sobre ambos.
•Posicionar ou assistir o indivíduo a posicionar-se. •Assegurar a recolha do material.
•Lavar as mãos. •Prevenir transmissão
cruzada de
Alimentação entérica por Sonda Nasogástrica
Contínua
Intermitente
Sem pausas 24h a perfundir por bomba infusora Com pausasPor bomba infusora ou seringa
Definição Consiste na introdução de nutrientes, através de uma sonda introduzida no estômago
Objectivos
• Alimentar o indivíduo com os alimentos adequados, quando a via oral éinacessível ou impraticável;
• Manter o equilíbrio hidro-electrolítico e o estado nutricional; • Manter a motilidade do tracto gastrointestinal
Materiais
• Seringa para Alimentação• Resguardo impermeável • Luvas
• Água
• Dieta prescrita pelo médico • Estetoscópio
Registos
• Data e hora• Quantidade ingerida
• Tolerância e colaboração do indivíduo
Acções de enfermagem Justificação
•Verificar se a dieta corresponde à prescrita •Providenciar os recursos para junto do indivíduo
•Identificar o indivíduo
•Instruir o indivíduo sobre o procedimento •Posicionar o indivíduo em Fowler ou semi-Fowler, se o estado de saúde permitir.
•Aplicar resguardo descartável sobre o tórax
•Clampar a sonda e retirar a tampa
•Prevenir erros de administração •Gerir tempo
•Prevenir erros
•Obter a colaboração. Diminuir a ansiedade •Facilitar a progressão do alimento e evitar a regurgitação e broncoaspiração
•Prevenir a entrada de ar para o estômago e a saída de conteúdo gástrico
Acções de enfermagem Justificação
•Ajustar a seringa à sonda e desclampar a sonda
• Verificar se a sonda está no
estômago
:Inserir cerca de 15 a 20cc de ar, auscultando simultaneamente a região epigástrica. Em seguida fazer a aspiração do ar introduzido
Ou
Aspirar o conteúdo gástrico e reintroduzir o conteúdo.
•Prevenir a entrada de ar para o estômago e a saída de conteúdo gástrico
•Validar a posição e permeabilidade da sonda
•Verificar e existência de estase gástrica. Manter o pH gástrico
Alimentação entérica por SNG
Acções de enfermagem Justificação
•Verificar se a temperatura da alimentação é adequada
•Alimentar de acordo com o método
seleccionado (seringa ou bomba infusora) •Observar a reacção do indivíduo durante a alimentação
•Lavar a sonda com 20 a 30cc de água
•Clampar e tapar a sonda
•Prevenir queimaduras
•Prevenir sinais de intolerância gástrica •Manter a permeabilidade da sonda. Diminuir a probabilidade de colonização bacteriana
Acções de enfermagem Justificação
•Posicionar o indivíduo em decúbito semi-dorsal direito ou lateral direito, com a cabeceira elevada pelo menos a 30°, durante pelo menos 30 min, após a alimentação por método intermitente.
•Assegurar a recolha e lavagem dos materiais
•Lavar as mãos
Lavar a seringa de alimentação após cada utilização
Ou
Proceder à substituição do sistema de alimentação de 24/24h ou de acordo com protocolo do serviço
•Facilitar o esvaziamento gástrico. Prevenir a regurgitação e aspiração dos alimentos
•Prevenir a transmissão cruzada de microorganismos
Alternância de decúbitos
Instrumentos de Avaliação do Risco de
Desenvolvimento de Úlcera de Pressão
Instrumentos de avaliação do Risco de Lesões
(úlceras) de Pressão
Escala de Braden
É constituída por seis subescalas: percepção sensorial,
humidade da pele, actividade, mobilidade, nutrição,
fricção e forças de deslizamento.
Quanto mais baixa for a pontuação maior será o potencial
para desenvolver úlceras de pressão.
Resultados da Escala de Braden
Resultados do Risco de Desenvolvimento de úlceras de
Pressão
Resultado - Pontuação
Alto Risco ≤ (menor ou igual) 16 pontos
Baixo Risco ≥ (maior ou igual) 17 pontos
Lesões (Úlceras) de pressão:
• É uma lesão localizada na pele e/ou tecido subjacente, normalmente sobre uma proeminência óssea.
• Essa lesão é resultado da pressão ou de uma combinação entre esta e as forças de torção.
Alternância de decúbitos
Definição Consiste em providenciar ao indivíduo alternância de decúbitos, com ou sem colaboração do mesmo, respeitando os princípios anatómicos, o peso corporal, e protegendo as zonas de proeminência óssea
Objectivos
• Prevenir úlceras de Pressão• Prevenir problemas respiratórios, músculo-esqueléticos e obstipação • Mobilizar secreções brônquicas
Materiais
• Luvas• Lençois • Almofadas
• Rolos e coxins (se possível)
Registos
• Data e Hora• Posicionamento em foi colocado o paciente • Diagnósticos de enfermagem
Alternância de decúbitos
• Decúbito Dorsal
• Decúbito Lateral Direito
• Decúbito Lateral Esquerdo
Fowler
Retirar
almofadas
Usar resguardo
de
movimentação
de cada posicionamento
Decúbito Dorsal
Costas em contacto com a cama Cabeça em posição anatómica, alinhada com o tronco Membros inferiores estendidos ou levemente fletidos, evitando rotações laterais (mater a curvaturafisiológica do joelho);
Manter lençóis esticados, evitando rugas sob o paciente
Membros inferiores estendidos ou levemente fletidos, evitando rotações laterais (mater a curvatura
Decúbito Dorsal
Membros superiores laterais ao corpo, com apoio nos antebraços e
Fowler (cabeçeira a 45 a 90 graus)
Posicionar o paciente em decúbito dorsal (posição inicial), levantar a cabeceira (mediante o ângulo pretendido) e os pés da cama
Membros superiores laterais ao corpo, com apoio nos antebraços e
mãos (evitar edema) Cabeça em posição anatómica, alinhada com o tronco Membros inferiores estendidos ou levemente fletidos, evitando rotações laterais (mater a curvatura
Posicionar o paciente em decúbito dorsal (posição inicial), levantar a cabeceira (mediante o ângulo pretendido) e os pés da cama
Posicionamento
correcto das
mãos para
lateralizar o
paciente
Omoplata Trocanter Colocar o paciente lateralizado, com o hemicorpo direito ou esquerdo em contactoDecúbito Lateral
Membros superiores com apoio nos antebraços e mãos (evitar edema) Cabeça em posição anatómica, alinhada com o tronco
Ombro em contacto com o leito mais à frente do que o ombro do membro superior que está em cima, servindo de apoio para manter o posicionamento
Decúbito Lateral
Apoiar o dorso (costas) com travesseiro ou rolo em ângulo de 30° (não ultrapassar este ângulo) ; Manter os joelhos semi-fletidos, sempre
com o travesseiro entre eles, evitando pressão entre as proeminências ósseas
As proeminências ósseas apresentam maior
risco de úlcera de pressão
Definição Consiste no modo como se transfere pela primeira vez, um indivíduo acamado para a posição de pé ou sentado.
Objectivos
• Prevenir as complicações decorrentes da imobilidade• Readaptar o indivíduo à posição de pé ou sentado
Materiais
• Cadeira de rodas ou cadeirão• Monitor de sinais vitais
• Almofadas para posicionamentos • Luvas
Registos
• Data e hora• Diagnósticos de enfermagem (risco de hipotensão ortostática) • Reacção e colaboração do indivíduo
•Consultar processo clínico para verificar indicação de levante
•Providenciar os recursos para junto do indivíduo
•Lavar as mãos
•Instruir o indivíduo sobre o procedimento •Monitorizar os sinais vitais antes do levante •Elevar gradualmente a cabeçeira da cama até atingir mais ou menos 90⁰
•Manter a elevação até se considerar necessário
•Assitir o indivíduo a sentar-se na cama com os membros inferiores pendentes e apoiá-los posteriormente
Observar alterações do fácies do indivíduo (monitorização da dor) e agir em conformidade
Executar o levante de acordo com a tolerância do indivíduo, facilitando um tempo de espera entre cada movimento.
•Avaliar novamente a tensão arterial e frequência cardíaca
•Lavar as mãos
•Gerir tempo
•Prevenir contaminação •Obter colaboração
•Obter valores de referência
•Vigiar a tolerância do indivíduo ao levante •Prevenir a transmissão cruzada de
Transferências: da cama para a cadeira /
cadeira de rodas
Definição Consiste no modo como se procede à movimentação de um indivíduo da cama para a cadeira (cadeirão) ou cadeira de rodas.
Objectivos
• Estimular o padrão respiratório, de mobilidade e de eliminação• Prevenir complicações circulatórias e musculoesqueléticas • Permitir a deslocação e realização de actividades
• Promover o autocuidado transferir-se
• Facilitar o relacionamento com os outros e com o meio ambiente • Promover conforto e bem-estar
Materiais
• Cadeira, cadeirão ou cadeira de rodas• Lençóis • Luvas
Registos
• Data e hora• Diagnósticos de enfermagem • Educação para a saúde
• Reacção e colaboração do indivíduo
Transferências: da cama para a cadeira
Acções de enfermagem Justificação
•Consultar o processo clínico para individualizar os cuidados
•Providenciar os recursos para junto do indivíduo •Instruir o indivíduo sobre o procedimento
•Colocar um lençol na cadeira / cadeira de rodas •Lavar as mãos
•Posicionar-se à frente da cadeira, voltado para o indivíduo, rodando ou ajudando-o a rodar os membros inferiores para fora da cama
•Avaliar sinais vitais, sempre que se justifique •Atender às manifestações de dor ou desconforto
•Gerir o tempo •Obter colaboração
•Prevenir que a cadeira fique suja •Prevenir contaminação
Acções de enfermagem Justificação
•Virar ou assistir o indivíduo a virar-se para o lado do enfermeiro, de modo a que possa elevar o tronco, apoiando-se no cotovelo, se possível, para assumir a posição de sentado na cama com os pés pendentes.
•Assistir o indivíduo a deslizar no bordo da cama, segurando-o pela cintura, até apoiar os pés no chão.
•Estabilizar os joelhos do indivíduo, com os nossos joelhos, se necessário.
•Virar ou assistir o indivíduo a virar-se segurando-o pela cintura, até ficar enquadradsegurando-o csegurando-om a cadeira de rodas e com a região poplítea encostada ao assento.
•Facilitar o autocuidado
•Providenciar segurança e conforto
•Reforçar a posição de verticalidade Facilitar a execução do procedimento Providenciar segurança
Acções de enfermagem Justificação
•Assistir o indivíduo a fletir o tronco e joelhos, suave e progressivamente, acompanhando com os nossos joelhos, até ficar sentado.
•Verificar o alinhamento corporal, segundo o eixo sagital, observando-o de frente
Travar sempre as rodas da cama e da cadeira de rodas
•Assegurar a recolha e arrumação do material •Lavar as mãos
•Providenciar equilíbrio
•Prevenir transmissão cruzada de microrganismos.
Instrumentos de Avaliação de
Equilíbrio / Quedas
Segundo Morse (2009) existem 3 tipos de Quedas:
• Quedas Acidentais
• Quedas Fisiológicas não-antecipáveis
• Quedas Fisiológicas antecipáveis
É constituída por seis itens com duas ou três possibilidades de resposta para cada um. A
cada uma das respostas corresponde uma pontuação:
• História anterior de queda
• Diagnóstico secundário
• Auxílio na deambulação
• Terapia endovenosa
• Marcha
Tempo de aplicação: 5 minutos
Escala de Morse - Clínica Multiperfil
Classificação do Risco de Queda PontuaçãoAlto ≥ 45 pontos
Moderado 26 – 44 pontos
Baixo 1- 25 pontos
Sem Risco 0 pontos
Aplicar em todos os pacientes no momento de admissão e quando há alteração da condição clínica
Definição Consiste nas medidas a realizar para evitar quedas do paciente da cama ou cadeira
Objectivos
• Prevenir quedas em ambiente hospitalar• Melhorar indicadores de cuidados de enfermagem
• Prevenir lesões (potencialmente fatais) em paciente internados
Materiais
• Lençois• Cama com grades
• Folheto de medidas preventivas de quedas
Registos
• Data e hora (entrega do folheto)• Ensinos realizados ao paciente e família • Tolerância e colaboração do indivíduo
Prevenção de quedas:
• Colocar lençóis e almofadas de apoio ao posicionamento do paciente;
• Colocar a cabeceira da cama a uma altura conveniente;
• Elevar as grades (se estas tiverem de ser baixadas, posicionar-se junto à cama e
em frente do paciente para evitar que este caia e que se sinta sempre em
segurança);
• Descer a cama até à posição mais baixa possível;
• Travar as rodas da cama;
• Imobilizar o paciente (membros superiores e inferiores e tórax), se necessário,
na cama e no cadeirão colocar lençol em volta do toráx e fixá-lo (dar nó) nas
costas do cadeirão, evitando que o corpo do paciente escorregue.
Grades da cama elevadas Rodas Travadas Almofadas de apoio ao posicionamento Descer a cama até ao mais baixo possível Colocar campainha acessível ao paciente Contenção física, se agitação psicomotora
Preparação para a alta
A preparação para a alta começa no primeiro dia de
internamento.
Ensinos à família sobre:
• Alimentação (oral ou por SNG)
• Higiene (banho no leito e higiene oral)
• Posicionamentos, levante e hidratação da pele
• Programação de Retorno ao hospital (Curativos, troca de sondas, consultas médicas)
Desde o primeiro dia de internamento a família deve ser inserida
nos cuidados ao paciente totalmente dependente, para que
no momento da alta se sintam preparados para cuidar do seu
Conclusão
Individualizar
Planear
Registar
Prevenir
Cuidar
“
Toda a pessoa é digna de respeito e consideração. Porém há situações ou
circunstâncias específicas que por tornarem a pessoa mais frágil e
vulnerável, exigem dos enfermeiros uma maior sensibilidade e um maior
empenho no respeito pelos direitos humanos.
”
Bibliografia
• POTTER, Patrícia A. Castaldi – Fundamentos de Enfermagem:
Conceitos e procedimentos. 5ª Edição. Loures: Lusociência, 2006.
• PAULINO, Cristina D.; TARECO, Ilda Costa; ROJÃO, Manuela –
Técnicas e procedimentos em enfermagem. Coimbra: Formasau,
2003.
• HALLOUET, Pascoal; EGGERS, Jerôme, MALAQUIM – PAVAN, Evelyne
– Fichas de cuidados de enfermagem. Lisboa: Clempsi, 2006.
• SCHAFFLER, Anne; MENCHE, Nicole – Medicina Interna e Cuidados
de enfermagem. Loures: Lusociência, 2004.
Algumas Questões sobre os
temas apresentados…
1- Qual a importância de avaliar o Grau de
Dependência do utente através de escalas?
• Para garantir uma avaliação objectiva
• Para garantir um plano de cuidados individualizado
• Para garantir melhor qualidade dos cuidados
2- Qual é o princípio fundamental que deve ser
respeitado na intervenção: Banho no leito
com ajuda total?
• Lavar o corpo do local “mais limpo” para o
local “mais sujo”.
3- Quais as formas de verificação do
posicionamento da Sonda Nasogástrica no
estômago?
• Aspiração do conteúdo gástrico
4- Como deve ser realizada a verificação do
posicionamento da SNG quando a
alimentação é contínua?
• Parar a alimentação (por bomba) de 4/4horas e
verificar o posicionamento da SNG no estômago
5- Quais as principais medidas
preventivas de Lesões por Pressão?
• Colocação de colchão anti-escaras
• Realização das mudanças de decúbito
6- Qual os princípios fundamentais a
cumprir nas mudanças de decúbito?
• Garantir e respeitar o alinhamento corporal
• Garantir o conforto do utente
7- Antes da realização do primeiro
levante o que devemos confirmar?
• Consultar o processo clínico e garantir que existe indicação
médica para a realização do levante
• Verificação dos sinais vitais (ainda com o utente deitado no
leito), para obter valores de referência ou comparação
8- A escala de dor deve ser utilizada em todas
as intervenções realizadas. Porquê?
• Para avaliar a tolerância do indivíduo em
todos os procedimentos
9- Quais as principais medidas
preventivas de queda?
• Colocar lençóis e almofadas de apoio ao posicionamento do paciente; • Colocar a cabeceira da cama a uma altura conveniente;
• Elevar as grades (se estas tiverem de ser baixadas, posicionar-se junto à cama e em frente do paciente para evitar que este caia e que se sinta sempre em segurança); • Descer a cama até à posição mais baixa possível;
• Travar as rodas da cama;
• Imobilizar o paciente (membros superiores e inferiores e tórax), se necessário, na cama e no cadeirão colocar lençol em volta do toráx e fixá-lo (dar nó) nas costas do cadeirão, evitando que o corpo do paciente escorregue.