• Nenhum resultado encontrado

5 CONCEPÇÃO GERAL a 5 3 4

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "5 CONCEPÇÃO GERAL a 5 3 4"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

Área de Atuação: Energia Página: 115 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

5 CONCEPÇÃO GERAL DOS TRABALHOS E DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE ESTUDO

5.1 CONCEPÇÃO GERAL DOS TRABALHOS

5.1.1 Diretrizes Básicas

Os Estudos de Impacto Ambiental – EIA e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA têm como objetivo avaliar os impactos ambientais gerados por atividades e/ou empreendimentos potencialmente poluidores, ou que possam causar degradação ambiental. Busca-se, através do diagnóstico ambiental realizado, identificar os impactos e propor medidas mitigadoras, de compensação e de controle ambiental, quer seja para potencializar impactos positivos ou para minimizar os efeitos ambientais adversos.

O presente EIA-RIMA propõe-se, dessa forma, a fornecer os subsídios necessários para apoiar o processo de decisão quanto ao licenciamento ambiental do aproveitamento hidrelétrico, que se insere no trecho médio do rio Tibagi, no estado do Paraná, denominado de UHE Mauá. Esses estudos correspondem à etapa de Licença Prévia, cujo processo passará por analise pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP.

A partir do Processo junto ao IAP N. 4.826.991-5 e da apresentação do TERMO DE REFERÊNCIA PARA LICENCIAMENTO AMBIENTAL – VMAU.MA.00/TR-001, considerado tecnicamente viável pelo IAP (Ofício 184/2002-DIRAM/DLE de 08 de julho de 2002), o qual também se refere ao empreendimento da UHE Telêmaco, desenvolveu-se o presente estudo, promovendo-se os ajustes necessários, conforme o andamento dos trabalhos. Para tanto, estruturaram-se os estudos conforme descrições a seguir.

5.1.1.1 Estudo de Impacto Ambiental – EIA

Inicia-se o documento com informações essenciais sobre o empreendedor, sobre as características técnicas do empreendimento, sobre a análise quanto às alternativas tecnológicas e locacionais e sobre contextualização e enfoques gerais. Em seguida, o EIA apresenta um diagnóstico ambiental dos fatores que compõe o sistema socioambiental da área de abrangência dos estudos, envolvendo as interações entre os meios físicos, biótico e socioeconômico (ou antrópico), conforme as áreas temáticas, que lhes são pertinentes, apresentadas a seguir.

a) Meio Físico

• Clima e condições meteorológicas

Apresentam-se os parâmetros metereológicos, índices pluviométricos, estudos de evaporação, evapotranspiração, balanço hídrico, regimes de chuvas, nebulosidade, temperatura, umidade relativa do ar, insolação e vento; que possibilitam a caracterização climática das áreas de influência.

• Geologia

Mapeamento e análise das unidades geológicas e seu contexto geotectônico, com indicação das litologias, suas feições estruturais; análise da sismicidade natural e induzida; identificação do potencial mineral das áreas de influência, através de levantamentos específicos no DNPM e de observação local e a identificação da suscetibilidade a processos erosivos naturais.

(2)

Área de Atuação: Energia Página: 116 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

• Geomorfologia

Mapeamento das unidades de relevo das áreas de estudo, identificando-se as formas de relevo no contexto ambiental e definindo-se os diversos padrões de formas erosivas e deposicionais.

• Solos

Mapeamento das unidades de solo com a caracterização dos solos das áreas de influência, abrangendo classificação, caracterização morfológica e gênese; descrição da aptidão agrícola e a caracterização da suscetibilidade à erosão. • Recursos hídricos

- Hidrologia de superfície

Através da rede hidrográfica, postos fluviométricos e estudos sobre série de vazões naturais, apresentam-se as características hidrológicas de superfície da região.

- Hidrogeologia

Busca-se, nos estudos geológicos, a caracterização dos principais aqüíferos, presentes e utilizáveis na região, assim como indicar as possíveis interferências do enchimento do reservatório sobre o nível do lençol freático.

- Qualidade e usos da água

Através da indicação dos parâmetros selecionados para a avaliação da qualidade da água, apresenta-se a caracterização físico-química e bacteriológica atuais e as demandas atuais e futuras dos usos múltiplos das águas. O risco de proliferação de macrófitas com a formação do reservatório também é considerado.

b) Meio Biótico

Apresenta-se o diagnóstico ambiental referente à flora, com sua cobertura vegetal natural e plantada e seu nível de degradação/preservação, e à fauna, caracterizada pelos levantamentos relacionados a ictiofauna, mastofauna, ornitofauna, heptofauna e macroinvertebrados, que trazem indicadores da qualidade ambiental das áreas de influência.

c) Meio Socioeconômico

• População, Dinâmica Demográfica e Infra-estrutura

Apresenta-se a distribuição espacial e evolução da população residente nas áreas de influência; os desmembramentos municipais e os aspectos relacionados à saúde, educação, condições de vida da população e infra-estrutura disponível.

(3)

Área de Atuação: Energia Página: 117 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

• Uso e Ocupação do Solo

Mapeamento com a caracterização dos principais usos e ocupação atuais do solo nas áreas de influência urbanas e rurais.

• Aspectos Econômicos

São considerados os aspectos relacionados à economia dos municípios da região, à estrutura da renda, às atividades econômicas, à estrutura produtiva e de serviços.

• Cadastramento Fundiário

Cadastramento da estrutura fundiária das propriedades e análise das ocupações, benfeitorias e demais equipamentos, assim como a identificação os remanescentes, considerando-se a formação do futuro lago.

• Patrimônio Histórico, Cultural, Paisagístico e Arqueológico

Caracterização do contexto etno-histórico das áreas de influência, seus recursos paisagísticos e culturais e a identificação das áreas que representam o patrimônio arqueológico.

5.1.1.2 Identificação e Avaliação de Impactos Ambientais

Com o diagnóstico ambiental de cada área temática, é possível a identificação de impactos ambientais. Considerando-se como impacto ambiental, o efeito resultante da implantação de um empreendimento em suas diversas fases, do planejamento, passando pela construção, até sua posterior operação, a identificação e avaliação levam em consideração os impactos benéficos e adversos. Todos os fatores dos impactos considerados, são caracterizados, quais sejam: seus tempos de incidência, a magnitude, a valoração e a importância dos impactos, incluindo sua descrição detalhada e uma síntese conclusiva, em cada fase do empreendimento.

5.1.1.3 Medidas Mitigadoras, Compensatórias e de Controle e Monitoramento Ambiental. A partir da avaliação dos impactos potenciais são propostas medidas para evitá-los, minimizá-los, maximizá-los, compensá-los, de acordo com a relevância e atuação dos impactos durante as diversas fases do empreendimento proposto, considerando-se os meios envolvidos: físico, biótico e socioeconômico.

5.1.1.4 Cenários Prospectivos

A partir do diagnóstico ambiental que propiciou o devido conhecimento das características socioambientais da região e de seu atual desenvolvimento, traçam-se a síntese da evolução e as principais tendências de desenvolvimento sem o empreendimento e com a inserção do mesmo.

5.1.1.5 Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

A partir do diagnóstico e análises ambientais obtidas com o Estudo de Impacto Ambiental – EIA, é formatado um documento com linguagem acessível ao público interessado ou que

(4)

Área de Atuação: Energia Página: 118 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

venha a ser afetado pelo empreendimento proposto. Esse documento congrega as informações relevantes desse estudo e consubstancia o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, em conformidade com a Resolução CONAMA nº 001/86.

5.1.2 Estrutura da Operacionalização das Atividades

As atividades referentes aos estudos ambientais inseridos no presente EIA-RIMA tiveram início em junho de 2002, com a definição da equipe responsável pelos levantamentos preliminares de dados secundários e pela coleta de dados primários em campo. Inclui-se nesse período a execução de uma base de dados preliminares e um primeiro reconhecimento de campo, para uma avaliação inicial, com a equipe dos estudos de viabilidade técnico-econômica e ambiental, dos locais previstos para o estudo das alternativas locacionais.

Com o objetivo de proporcionar maior integração da equipe, tornar prática a interdisciplinaridade, disponibilizar uma base comum de informações, promover a discussão metodológica e de planejamento das atividades, realizou-se um 1º Seminário de Integração dos Estudos, já em 26/07/2002, com a participação de todos os consultores envolvidos na coleta de dados e na elaboração do EIA-RIMA, da equipe responsável pelos estudos de engenharia e por representantes do empreendedor.

A partir de agosto, até dezembro de 2002, ocorreram campanhas de campo para a coleta de dados primários. Neste ínterim foi realizado um 2º Seminário, em 18/10/2002, para avaliação e integração dos resultados, com a participação de todos os envolvidos.

Após um 3º Seminário, ocorrido em 07/07/2004, onde se avaliou a situação geral das pesquisas, ocorreram novas campanhas de campo, em julho e agosto de 2004, para complementação e atualização das informações em algumas áreas temáticas do meio biótico. Em agosto de 2004 deu-se início à integração e interpretação dos dados primários e secundários coletados e a elaboração de mapas temáticos preliminares incluindo verificações expeditas em campo. A partir desses dados foi possível a consolidação do diagnóstico e a execução das fases posteriores de integração e avaliação dos dados, com a identificação dos impactos e proposição das medidas mitigadoras e compensatórias e a elaboração final dos relatórios que consubstanciam o EIA/RIMA da UHE Mauá.

5.1.3 Levantamentos e Campanhas de Campo

Os levantamentos de dados primários em campo foram necessários para complementar a base de dados secundários já disponível e, principalmente, para detalhar e atualizar os dados referentes à Área de Influência Direta do empreendimento proposto. A distribuição geográfica e densidade destes dados, assim como a intensidade das campanhas de campo foram variáveis, dependendo das características inerentes a cada área temática considerada. Para as áreas que dependem da sazonalidade para o devido diagnóstico ambiental procurou-se abranger, nesse levantamento de campo, períodos do meio do inverno até o final da primavera, e em alguns casos também em anos subseqüentes.

O Quadro 5.1.1 apresenta as datas que ocorreram os levantamentos e campanhas de campo pelas diversas áreas temáticas, incluindo a fase de análise e integração de dados.

(5)

Área de Atuação: Energia Página: 119 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

Quadro 5.1.1 – Datas dos levantamentos e campanhas de campo

ETAPA DE LEVANTAMENTOS E COMPILAÇÃO DE DAOS

ÁREA TEMÁTICA DATAS DAS CAMPANHAS DE CAMPO

COORDENAÇÃO TÉCNICA JUNHO, OUTUBRO/2002 e JULHO/2004

ICTIOFAUNA AGOSTO, SETEMBRO, OUTUBRO, NOVEMBRO/2002 HERPTOFAUNA SETEMBRO, OUTUBRO/2002

MASTOFAUNA AGOSTO, SETEMBRO, OUTUBRO, NOVEMBRO/2002 MACROINVERTEBRADOS

BENTÔNICOS SETEMBRO, OUTUBRO, NOVEMBRO/2002 ORNITOFAUNA

AGOSTO, SETEMBRO, OUTUBRO, NOVEMBRO, DEZEMBRO/2002 JULHO, AGOSTO/2004

FLORA AGOSTO, SETEMBRO, OUTUBRO, NOVEMBRO/2002 GEOLOGIA E

HIDROGEOLOGIA OUTUBRO/2002 PEDOLOGIA OUTUBRO/2002 CLIMA/HIDROLOGIA OUTUBRO/2002

GEOMORFOLOGIA NOVEMBRO/2002 QUALIDADE DA ÁGUA AGOSTO, NOVEMBRO/2002

SOCIOECONÔMIA OUTUBRO, DEZEMBRO/2002 e JULHO/2004 ANTROPOLOGIA SETEMBRO, OUTUBRO/2002 e JULHO/2004 ARQUEOLOGIA NOVEMBRO/2002

ASPECTOS FUNDIÁRIOS JULHO/2004, JULHO-AGOSTO/2004

ANÁLISE E INTEGRAÇÃO – VERIFICAÇÕES EXPEDITAS COORDENAÇÃO TÉCNICA NOVEMBRO/2004

PEDOLOGIA NOVEMBRO/2004 LIMINOLOGIA NOVEMBRO/2004 MASTOLOGIA NOVEMBRO/2004 FLOSA NOVEMBRO/2004 ICTIOFAUNA NOVEMBRO/2004 ORNITOFAUNA NOVEMBRO/2004 ASPECTOS SOCIAIS NOVEMBRO/2004 ASPECTOS ECONÔMICOS NOVEMBRO/2004

5.2 DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO

As Áreas de Influência para os Estudos Socioambientais inerentes à elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), para fins de licenciamento ambiental da UHE Mauá, no rio Tibagi, estado do Paraná, são denominadas de Área de Influência Indireta (AII) e Área de Influência Direta (AID), as quais têm diferentes níveis de abordagem no escopo dos estudos efetuados. Para a Área de Influência Indireta (AII) foram utilizados dados obtidos em diversas fontes bibliográficas e cartográficas, interpretação de imagens de satélite e pesquisas em instituições especializadas. Para a AID, além dos mesmos dados obtidos para a AII, foram gerados dados primários específicos a cada tema de estudo, a partir de investigação e pesquisa de campo, apoiadas em bases planialtimétricas do IBGE; ortofotos na escala 1:25.000 e fotointerpretações temáticas. Algumas considerações sobre aspectos específicos são efetuadas para o trecho de entorno próximo à jusante do barramento. Na Figura 5.2.1 encontram-se espacializadas as áreas de influência para os estudos socioambientais e na Figura 5.2.2 os municípios inseridos nessas áreas de influência.

(6)

Área de Atuação: Energia Página: 120 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

5.2.1 Área de Influência Indireta

O nível de detalhamento dos estudos efetuados para a Área de Influência Indireta (AII) em termos de representação gráfica em mapas, para o EIA/RIMA, é a escala de 1:250.000. Para o Meio Socioeconômico a Área de Influência Indireta – AII engloba os municípios da bacia hidrográfica do rio Tibagi, até o barramento: Ortigueira, Telêmaco Borba, Imbau, Tibagi, Reserva, Ipiranga, Ivai, Guamiranga, Imbituva, Teixeira Soares, Irati e Palmeira – margem esquerda do rio Tibagi – e Curiúva, Ventania, Telêmaco Borba, Pirai do Sul, Castro, Carambeí, Ponta Grossa e Palmeira – margem direita. Para esses municípios serão destacados, nos estudos sócio-ambientais, aqueles que têm funções de interrelações territoriais e institucionais com o empreendimento proposto conforme o quadro a seguir. A maior parte dos dados necessários para os estudos socioeconômicos refere-se a essa unidade espacial – o município, que têm parte de suas terras afetadas diretamente pelo empreendimento ou que possam ter alguma influência pela instalação e operação do mesmo, podendo, inclusive ultrapassar o limite da bacia hidrográfica.

ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO MEIO SOCIOECONÔMICO

Área de Influência Indireta (AII)

Área de Influência Direta (AID)

Municípios

Curiúva

Imbaú

Reserva

Tibagi

Ventania

Municípios

Ortigueira

Telêmaco Borba

Para o Meio Físico a Área de Influência Indireta tem como limite, de jusante, o primeiro afluente significativo (ribeirão das Antas) a jusante da barragem e da casa de força. O limite de montante é a área definida pelos limites das sub-bacias de drenagem que compõem o rio Tibagi até o barramento proposto. No sentido de fornecer a amplitude adequada de análise aos dados obtidos para a região da UHE Mauá, os temas associados ao meio biótico, principalmente à fauna, estenderam a sua área de estudos no contexto da AII, para todo o conjunto da bacia do rio Tibagi, até sua foz no reservatório da UHE Capivara, no rio Paranapanema.

Esta abordagem diferenciada para a AII foi necessária, principalmente em função da situação geográfica da UHE Mauá, fazendo parte do trecho classificado como médio rio Tibagi, numa região considerada ambientalmente como de tensão ecológica, na qual os ecossistemas característicos do alto e do baixo rio Tibagi estão representados por diversos elementos de fauna e de flora.

O Desenho VMAU.00.39-DE-02 detalha a AII para a escala 1:250.000, executada a partir das bases cartográficas do IBGE, com atualizações obtidas em imagens de satélite do LANDSAT TM7 de setembro de 2000.

(7)

Área de Atuação: Energia Página: 121 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

5.2.2. Área de Influência Direta

O nível de detalhamento dos estudos efetuados para a Área de Influência Direta (AID) em termos de representação gráfica em mapas, para o EIA/RIMA, é a escala de 1:25.000.

Para os meios Físico e Biótico, a Área Diretamente Afetada (AID) e seu entorno corresponde às áreas rurais e urbanas a serem inundadas, acrescidas, graficamente, de uma faixa de 100 m de área de preservação permanente (APP), delimitada, por projeção horizontal, a partir da cota 642,5 (nível máximo normal do reservatório). Somam-se a essas áreas àquelas a serem utilizadas pelas obras (canteiro, áreas de empréstimo e bota fora, barragem, casa de força, emboques e desemboques de túnel, acessos, entre outras), incluindo uma área envoltória à jusante, onde há redução da vazão e onde também se inserem estruturas definitivas ou de apoio à obra, até o primeiro afluente significativo (ribeirão das Antas).

Para o Meio Socioeconômico a Área de Influência Direta – AID, envolve terras dos municípios de Ortigueira e Telêmaco Borba – margem esquerda do rio Tibagi – e Telêmaco Borba – margem direita. Essas terras estão representadas pelo conjunto de propriedades rurais pertencentes a diversos proprietários (Margem Esquerda), ou pertencente somente à indústria Klabin S.A. (Margem Direita), além de pequena faixa ribeirinha com ocupação urbana irregular (Margem Esquerda), inserida no município de Telêmaco Borba. Essas áreas serão afetadas pela formação do reservatório, pela implantação das demais estruturas do projeto e pela faixa de 100 m, em projeção horizontal, além do nível máximo normal do reservatório – Área de Preservação Permanente.

(8)

Área de Atuação: Energia Página: 122 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

M

Figura 5.2.1 – Áreas de Influência da UHE Mauá

(9)

Área de Atuação: Energia Página: 123 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0 Figura 5.2.2 – Municípios da Bacia de Captação do Rio Tibagi, para a UHE Mauá

(10)

Área de Atuação: Energia Página: 124 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

No Quadro 5.2.1 demonstra-se a proporcionalidade da área necessária à formação do reservatório, em relação à área total de cada município envolvido e, no Quadro 5.2.2 apresentam-se dados sobre as propriedades diretamente afetadas pelo empreendimento proposto. O Desenho VMAU.00.39-DE-XXX traz os aspectos cartográficos e a configuração do reservatório e outros elementos gráficos da AID para a escala 1:25.000.

Quadro 5.2.1 – Áreas Municipais Inundadas pelo Reservatório Proposto

Área de Reservatório no Município (ha)

Porcentagem de Área Afetada no Município (%)

Municípios

Área Total do Município

(ha) No N.A. Máximo Normal No N.A. Máximo Maximorum No N.A. Máximo Normal No N.A. Máximo Maximorum Ortigueira (ME) 243.032 5.115 5.273 2,10 2,17 ME 12.000 289 326 0,24 0,27 MD 110.823 4.526 4.611 3,68 3,75 Telêmaco Borba Subtotal 122.823 4.815 4.937 3,92 4,02 Total 365.855 9.930 10.210 2,71 2,79

Quadro 5.2.2 – Propriedades Afetadas pelo Reservatório da UHE Mauá

Municípios Propriedades (*)

Número Área (ha)

Rural Urbana Rural Urbana

Ortigueira (ME) 166 - 4.408 -

Telêmaco ME 27 30 104 40

Borba MD 1 - 3.498 -

Total 194 30 8.010 40

(*) Foram consideradas as áreas correspondentes ao nível d’água máximo normal (elevação 442,50 m), excluídas as áreas do leito do rio.

5.2.3 Trecho de Jusante

Para a UHE Mauá consideram-se os seguintes aspectos ambientais no trecho de jusante, no entorno próximo à barragem (até o primeiro afluente significativo – o ribeirão das Antas), que podem sofrer interferência, quer seja pela redução da vazão ou pela etapa de construção do empreendimento:

− Aspecto Cênico: O Salto Mauá, que terá menor volume de águas;

− Aspecto Econômico: A Usina Hidrelétrica de Presidente Vargas da Klabin S.A., que terá sua capacidade de geração reduzida em épocas de menor precipitação pluvial;

− Aspectos Socioeconômicos: A presença de comunidades ribeirinhas, tais como a vila da UHE Mauá, na margem direita e residências isoladas na margem esquerda entre o barramento e a casa de força, e a aldeia indígena Mococa, cujo limite da reserva situa-se aproximadamente 3 km em linha reta, a jusante do barramento. Os habitantes dessa aldeia não terão quaisquer de suas atividades atuais diretamente afetadas pelo empreendimento proposto.

(11)

Área de Atuação: Energia Página: 125 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

5.3 MATERIAIS E MÉTODOS UTILIZADOS

As informações geradas para a Área de Influência Indireta - AII são obtidas a partir de dados secundários, disponíveis na literatura específica de cada tema de estudo, bem como em universidades e demais instituições de pesquisas, complementadas com investigações pontuais, principalmente no entorno da Área Diretamente Afetada - AID.

Para a AID os dados coletados de forma atualizada e detalhada, associados aos dados secundários, subsidiam o diagnóstico necessário. Desta forma, as campanhas de campo para pesquisa e geração de dados primários são inerentes aos métodos de estudo na AID, em maior ou em menor grau, dependendo das exigências de cada tema de estudo ou mesmo da complexidade ou aspectos específicos do empreendimento.

Nos itens a seguir descrevem-se os métodos aplicados ao levantamento e compilação de dados que são considerados de forma geral a todos os temas envolvidos, separadamente para a Área de Influência Indireta e para a Área de Influência Direta. As particularidades dos mesmos, caso ocorram, serão relatadas no item específico que trará o respectivo diagnóstico.

Uma etapa posterior dos estudos envolveu a análise, integração e editoração dos dados inicialmente pesquisados e compilados.

5.3.1 Área de Influência Indireta

5.3.1.1 Cartografia

A abrangência da AII foi delimitada em escala 1:250.000 (escala de representação gráfica dos temas), a partir dos divisores d’água da drenagem de contribuição do rio Tibagi, de suas nascentes até o 1º afluente significativo à jusante do aproveitamento hidrelétrico UHE Mauá, o ribeirão das Antas.

Esta base foi vetorizada com os “layers” de interesse, como hidrografia, rodovias e ferrovias, divisas municipais, centros urbanos, altimetria e outros elementos cartográficos. O programa utilizado foi o ARC VIEW 3.2 (ESRI). Estabelecendo-se como escala de apresentação 1:250.000, em única articulação no formato A1 todo conjunto da AII foi abrangido. O Quadro 5.3.1 apresenta a referência das bases utilizadas, enquanto o Desenho VMAU.00.39-DE-01 representa a área abrangida pela AII na escala de estudo.

Para o mesmo perímetro e escala adotada para a AII, elaborou-se uma carta-imagem de satélite constituída de um mosaico de 2 cenas obtidas pelo satélite LANDSAT TM 7, com o objetivo de subsidiar as diferentes áreas de estudo com uma base de informações territoriais de caráter interdisciplinar. O Quadro 5.3.2 especifica as características as imagens utilizadas.

Para a representação gráfica dessa área em uma única planta foi necessário o uso de mapas no formato A0.

(12)

Área de Atuação: Energia Página: 126 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0 Quadro 5.3.1 – Bases cartográficas utilizadas para a cartográfica da AII da UHE Mauá

Nome da Carta Código Escala

Lagoa 2808/2 1:50.000

Telêmaco Borba 2806/4 1:50.000 Rincão da Ponte 2807/3 1:50.000

Curiúva 2807/1 1:50.000

Telêmaco Borba SG 22DI 1:100.000 Telêmaco Borba SG 22XA 1:250.000 Ponta Grossa SG 22XC 1:250.000

Quadro 5.3.2 – Características das imagens LANDSAT TM 7 utilizadas na composição da carta-imagem da AII Órbita-Ponto Resolução Espacial Bandas (RGB) Data do Imageamento 221-077 15 3,4,5 Set/2000 221-078 15 3,4,5 Set/2000 5.3.1.2 Meio Físico

Os métodos utilizados para a obtenção de dados sobre o meio Físico na AII envolveram, basicamente, pesquisas em fontes bibliográficas e cartográficas existentes sobre o segmento de interesse da bacia. A partir desta base de dados secundários e da base cartográfica da AII, foram obtidas e inseridas novas informações, advindas dos levantamentos multidisciplinares de campo.

A carta-imagem de satélite foi utilizada como diretriz e análise nos estudos de Geologia, Geomorfologia, Pedologia e de Erosão das Terras, pelo seu caráter interativo entre os aspectos de relevo, hidrografia, uso e cobertura vegetal e solos.

5.3.1.3 Meio Biótico

Em relação ao Meio Biótico, a obtenção de dados para a área de AII baseou-se fundamentalmente em bibliografia disponível, banco de dados institucionais e, ainda, eventuais mapas focando aspectos de interesse.

A contextualização destes dados se deu através da análise da carta-imagem de satélite, como método para os pesquisadores espacializarem e dimensionarem seus dados no estabelecimento de uma correlação de fatores. Neste sentido, a área de abrangência dos estudos para o meio biótico, no tocante às listagens pesquisadas e apresentadas, estendeu-se para toda a bacia do rio Tibagi, incluindo a porção à jusante do empreendimento da UHE Mauá. Este procedimento está associado ao fato de que a Área de Influência Direta – AID está na região compreendida pelo médio rio Tibagi, onde os elementos bióticos formam uma zona de tensão ecológica.

(13)

Área de Atuação: Energia Página: 127 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0 5.3.1.4 Meio Socioeconômico

Os métodos de estudo para as disciplinas do meio socioeconômico consideram o conjunto dos municípios abrangidos pela AII, fundamentando sua base de informações sobre dados secundários, disponibilizados em instituições públicas e privadas, em artigos técnicos e sites da Internet, relacionados às instituições que atuam diretamente com aspectos relacionados aos temas estudados.

5.3.2 Área de Influência Direta

5.3.1.5 Cartografia

Para a obtenção das bases cartográficas na escala 1:25.000 foi realizada uma cobertura aerofotogramétrica sobre a área abrangida pela AID do aproveitamento da UHE Mauá, em escala 1:10.000. Através da restituição aerofotogramétrica deste vôo, foi elaborada a base cartográfica, constituída da hidrografia, estrutura viária e das curvas de nível eqüidistantes de 100 m até a cota do NA máximo normal de 642,5 m. As fotos foram ortocorrigidas, gerando-se um mosaico de ortofotos na escala 1:25.000, abrangendo o conjunto da AID e entorno próximo, que se constituiu no material cartográfico básico para os estudos temáticos. Para considerar toda a superfície da AID foi necessário estabelecer-se uma articulação de quatro cartas no formato A1.

Em termos de processamento das informações geradas e produção dos mapas temáticos, utilizou-se o programa para Sistemas de Informações Geográficas – SIG denominado ARC VIEW 3.2 (ESRI), com arquivos disponibilizados em formato “shapefile”. Desenhos elaborados em AutoCAD (versão 114) para a viabilidade técnica-econômica ambiental da UHE Mauá também foram usados para o presente EIA/RIMA.

5.3.1.6 Meio Físico

As áreas de Geologia, Geomorfologia e Pedologia utilizaram-se de fotos aéreas escala 1:25.000, para fotointerpretação, visando o apoio de campo, levantamentos preliminares de dados e mapeamento de seus objetos temáticos.

Nas campanhas de campo foram visitadas áreas previamente selecionadas nas fotos aéreas/ortofotos, onde foram coletadas amostras de solo/rocha ou detalhes de conformação da paisagem, servindo de apoio aos mapeamentos inerentes a cada área. O uso de equipamentos de posicionamento global (GPS) permitiu que os pontos de observações fossem georreferenciados.

As áreas de Pedologia e de Recursos Hídricos (qualidade de água) também se basearam em resultados de análise laboratoriais para a descrição de seu objeto temático.

5.3.1.7 Meio Biótico

As especialidades associadas ao meio biótico, apoiadas em dados secundários obtidos para a AII e com projeção para AID, nas bases cartográficas disponibilizadas e no mosaico de ortofotos escala 1:25.000, puderam ter o devido planejamento de suas atividades de pesquisa de campo.

(14)

Área de Atuação: Energia Página: 128 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

A percepção, análise e organização do espaço territorial da AID através das ortofotos, possibilitou o detalhamento e a perspectiva de conjunto dos atributos da área dos estudos e de seu entorno.

Para o meio biótico realizou-se as campanhas de campo no sentido de identificar, mapear e classificar espécimes da fauna e da flora e os ambientes em que se inserem. A identificação e caracterização dos diferentes ambientes terrestres e aquáticos característicos da AID permitiu um melhor planejamento destas ações, organizando os pontos de amostragem de forma a se obter dados dos diferentes ambientes. O uso de equipamentos de posicionamento global (GPS) permitiu que todos os pontos de observações fossem georreferenciadas e representados no Desenho VMAU.00.39-DE-12.

Em função da especificidade dos métodos e equipamentos utilizados na observação, captura e coleta de espécimes do meio biótico, cada área de estudo apresentará seus procedimentos nos próprios capítulos onde estes temas serão abordados.

5.3.1.8 Meio Socioeconômico

As disciplinas associadas ao estudo do meio socioeconômico utilizaram-se de métodos com diferentes alcances. Enquanto que os estudos de arqueologia e da estrutura fundiária se restringiram a pesquisas dirigidas à AID e entorno imediato, os aspectos relacionados ao Patrimônio Histórico, Cultural e Paisagístico, mantiveram-se associados aos limites geográficos estabelecidos para a AID. Os estudos relativos ao levantamento de propriedades e benfeitorias extrapolou os limites cartográficos representados pela cota do NA máximo normal, buscando-se identificar dimensionar os limites de cada propriedade impactada no sentido de subsidiar análise quanto aos riscos de inviabilização das propriedades enquanto unidades de produção agropecuária ou de subsistência. Os demais estudos socioeconômicos envolveram o conjunto dos municípios como um todo. Estas diferentes necessidades exigiram uma diversidade de métodos, incluindo-se desde a aplicação de entrevistas à delimitação de propriedades por GPS, ou mesmo a prospecção do solo em busca de indícios arqueológicos. Da mesma forma que o meio biótico, estas metodologias específicas são detalhadas na apresentação de cada tema.

5.3.4 Análise e Integração

Para essa fase dos trabalhos foram utilizados os dados pesquisados e compilados nas fases anteriores, incluindo os mapas temáticos produzidos, além de dados de estudos anteriores como os da COPEL (1998) para a mesma área do empreendimento ora proposto. Dessa forma, a descrição de cada tema já embute análise e integração parcial.

Após a consolidação dos mesmos, pode-se identificar e desenvolver as contextualizações referentes a definição de impactos potenciais e emergentes e as respectivas medidas mitigadoras e/ou compensatórias para minimizá-los, caso negativos, ou potencializá-los, caso positivo.

Referências

Documentos relacionados

Essencialmente, estas equações são uma maneira conveniente de se reescrever a equação de Schrôdinger e Lippman Schwinger para três corpos, colocando-a nura forma integral

Conclusão: conclui-se que conhecer o cuidado familiar dedicado ao idoso após acidente por queda instrumentaliza e auxilia os profissionais de saúde a direcionarem seu olhar para

Exemplos: pagamento de juros nos empréstimos em dinheiro (mútuo feneratício); repetição de juros pagos pelo contratante não prevista no contrato, pois consiste em

e suas alíneas, a CONTRATADA poderá ser suspensa cautelarmente do direito de participar das licitações do SESI-SP ou SENAI-SP, enquanto perdurar o descumprimento das obrigações

Considerando que o objetivo desta investigação foi avaliar o desempenho dos gastos públicos, utilizando índices construídos com a técnica da Análise de

Pacientes idosos, desidratados, com insuficiência cardíaca congestiva (mau funcionamento do coração), cirrose hepática (substituição das células saudáveis do fígado por

A bagagem de 45 anos como professor da PUCRS, a facilidade de adaptação, a resiliência e a união de alunos tão acostumados com o meio digital foram a fórmula para que o

oferecer garantia aos credores. Na realidade, apesar de integrar o patrimônio da sociedade, em conjunto