• Nenhum resultado encontrado

Grupo focal 2008 Regina Barbosa

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Grupo focal 2008 Regina Barbosa"

Copied!
23
0
0

Texto

(1)

Técnicas de Pesquisa com Grupos

Técnicas de Pesquisa com Grupos

Metodologia Novembro/2008

(2)

Painel de consenso

Grupos naturais

Entrevistas com comunidade

Entrevistas em grupo

Grupos focais

Coreil, 1995

(3)

Composto por informantes-chave, líderes de opinião da comunidade ou por especialistas da área

Busca identificar pontos de consenso que orientem decisões com relação a um programa ou estudo e a reações normativas que dificultam determinadas ações

Discussão mais focalizada, material de estimulação é bastante específico.

Coreil, 1995

(4)

O grupo existe independente do estudo

O formato tende a ser menos formal e menos

estruturado. Vários procedimentos do GF não são seguidos, como o princípio de que os participantes não se conheçam

Seu registro está baseado em notas e gravações, não costuma ser gravado em vídeo

Coreil, 1995

(5)

Aberta a toda ou a grande parte da comunidade

Entrevista ou coordenador do grupo segue um guia de discussão estruturado

A principal interação é entre o entrevistador e os participantes

Seu registro está baseado em notas, não costuma ser gravado em vídeo

Coreil, 1995

(6)

Grupos são formados de acordo com critérios previamente estabelecidos pelo estudo

Em geral, as perguntas são lidas e explicadas em voz alta e cada participante responde ou anota sua resposta num instrumento de pesquisa

Particularmente útil quando se quer assegurar que as questões foram corretamente entendidas ou se acredita que tal procedimento trará menos

constrangimentos.

A principal interação é entre o entrevistador e os participantes

Coreil, 1995

(7)

É uma técnica adequada para o conhecimento de

valores, normas e crenças mais gerais de determinado segmento social, sem no entanto aprofundar esse

conhecimento. Busca-se compreender o que se diz e o seu contexto.

Inadequado para estudar práticas concretas

Deve ser organizado em torno de um foco: um tema

específico, um grupo de pessoas ou ambos

Técnica pressupõe procedimentos de pesquisa

estruturados/sistemáticos

Pode ser o único procedimento de pesquisa, mas é

aconselhável combinar com outras técnicas

Grupos Focais

Grupos Focais

(8)

Técnica relativamente rápida e permite

acompanhamento do pesquisador (mesmo sem dispor de salas especiais)

O conteúdo do debate - e do grupo - não é resultado das opiniões individuais, mas da interação que ocorre entre os participantes

O grupo é a unidade de análise: opiniões individuais são consideradas, mas busca-se identificar o que é o consenso ou comum no segmento estudado. Na

entrevista individual, ao contrário, o indivíduo é a unidade de análise, as particularidades e não os consensos são centrais.

Grupos Focais

Grupos Focais

(9)

Estudos exploratórios

São feitos, em geral, antes de qualquer estudo, seja

qualitativo, seja quantitativo

Subsidiam estudos quantitativos por meio do

levantamento de hipóteses de trabalho e da

linguagem do grupo social com vistas à elaboração de questionário

Eventualmente, são realizados após um estudo após u

quantitativo, para entender em que valores estão

baseados os comportamentos medidos. Ou seja: tentar compreender o que os números querem dizer! Isto é feito principalmente quando, no conjunto dos dados, alguns são discrepantes, e não têm uma explicação plausível.

Quando usar grupos focais?

Quando usar grupos focais?

(10)

Avaliar dimensões qualitativas de programas de

saúde, seus pontos fortes e fracos; verificar se o

programa respondeu aos seus objetivos e às demandas geradas pela sua implementação.

Para testar conceitos de novos programas e

investigar potenciais resistências envolvidas na sua aceitação; realizar ajustes possíveis nos

conceitos dos programas em busca de maior efetividade

Para testar conceitos de produtos: por exemplo,

vacinas anti-HIV, formas de administração de microbicidas, teste rápido HIV

Quando usar grupos focais?

Quando usar grupos focais?

(11)

Grupo de 7 a 12 pessoas com características

semelhantes, que são convidadas a participar de uma conversa sobre um tema construído coletivamente

(grupo é a unidade de análise)

Os participantes não devem se conhecer

O grupo é conduzido por moderador e observadorA discussão segue um roteiro pré-definido

As falas são gravadas e deve ter um relatório de

desenvolvimento com observações

Em geral procede-se a uma análise do tipo temática:

identificação de categorias, comparação entre as

categorias que emergiram dos grupos, semelhanças e diferenças.

(12)

É fundamental compor grupos homogêneos

É fundamental compor grupos homogêneos

Representam os valores de um determinado segmento

social. Quanto mais homogêneo for o grupo, mas claro

será o padrão de ação ou de pensamento, facilitando a análise dos resultados obtidos.

Na análise dos dados, o importante é a opinião do

grupo, e não dos indivíduos isoladamente. O grupo

representa a forma de pensar e agir de um determinado segmento social, esta forma é “construída” a partir das contribuições individuais anônimas. Portanto, se o grupo não for homogêneo, não é possível perceber o padrão do grupo.

(13)

Além disso, os grupos devem ser homogêneos porque:

Facilita a dinâmica do grupo: quando as pessoas estão

entre pares, elas falam com maior naturalidade e se

colocam de maneira mais espontânea. Os participantes não podem se sentir julgados, subestimados,

pressionados, intimidados. Eles devem se sentir parte integrante do grupo.

Evitam-se conflitos: a idéia do grupo não é colocar os

participantes em posição de conflito, mas sim permitir a discussão e reflexão sobre um determinado tema. Para isso, é importante que os participantes não se percebam como antagônicos. Eles podem ter opiniões diferentes, mas não podem se perceber como “diferentes”.

(14)

Facilita a dinâmica: é mais fácil para o indivíduo expor

sua opinião a um grupo pequeno e fazer-se ouvir. Os tímidos têm oportunidade de se colocar, as pessoas que falam baixo conseguem ser ouvidas.

O grupo produz mais: como todos tem oportunidade

para falar e ouvir, o grupo se torna mais reflexivo, abordando o tema com maior profundidade. Além disso, o grupo não se parte, não se divide.

O importante é a homogeneidade do grupo e não seu tamanho

O importante é a homogeneidade do grupo e não seu tamanho O número reduzido de participantes é mais eficiente

(15)

A função óbvia do/a moderador/a é introduzir o

assunto, facilitar a discussão do grupo e orientá-la

para que o tema da conversa não se desvie do objetivo da pesquisa.

Além disso, a condução do grupo tem que ser

“moderada”, receptiva:

Equilibrar as diferenças do grupo: incentivar os tímidos,

segurar os mais expansivos, “abafar” conflitos (mas não a divergência de opiniões)

Auxiliar o processo de reflexão do grupo: explicitar as

diferenças individuais e questionar as razões das divergências

Dar espaço para que aspectos não previstos venham à

tona

(16)

O moderador deve saber identificar e se utilizar dos papéis que os participantes encenam no grupo, para facilitar a dinâmica

O líder auto-designado - aquele que funciona como

porta-voz e conquista espaço no grupo

O especialista - aquele que adota um tom de discurso que

faz parecer aos outros que entende melhor do assunto

O racionalizador - o que encontra explicações para tudoO coro - os que sempre concordam com o que os outros

disseram...

É importante que o moderador entenda os papéis que cada participante assume no grupo.

(17)

Quais são as perguntas que devem ser respondidas pelo estudo?

Estabelecer os objetivos

Estabelecer os objetivos

• Estabelecer os segmentos a serem pesquisados, o perfil dos grupos e formas de recrutamento.

• O número de grupos vai depender das variáveis que devem ser

controladas: sexo, idade, classe social etc

• No mínimo dois grupos para um mesmo perfil

Definir o grupo:

Definir o grupo: Elaborar o roteiro:Elaborar o roteiro:

• Determinar os aspectos a serem discutidos. No roteiro, é importante prever:

– O encaminhamento natural do

assunto (níveis de aproximação)

– Elaborar as perguntas que devem

ser feitas para cobrir as áreas de investigação utilizando a linguagem do grupo

– Pequeno questionário para traçar

perfil dos participantes

Grupos focais: etapas do planejamento

Grupos focais: etapas do planejamento

(18)

O setting do grupo:

O setting do grupo:

TV Taquígraf a Moderador Observador

O local deve ser o mais “neutro” possível

(19)

Alguns exemplos de pesquisa:

Aceitabilidade do Cytotec como método de indução de abortamento -

entrevistas com mulheres e GF com médicos (perfil composto por profissionais que trabalhassem em serviços públicos de atendimento) Objetivo: estudo

exploratório sobre opiniões e atitudes relativas ao atendimento de casos de abortamento provocado

• BARBOSA, RM; ARILHA, M. The Brazilian Experience with Cytotec. Studies In Family Planning,

v. 24, n. 4, p. 236-240, 1993.

Comportamento sexual e esterilização - GF separados por sexo e classe

social. Objetivo: elaboração de questionário para inquérito populacional.

• BARBOSA, RM; VILLELA, WV; UZIEL, AP. Entre a vontade e a necessidade: negociação sexual

em Tempos de AIDS. PHYSIS Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 1, p. 99-107, 1995.

Negociação sexual, gênero e Aids - GF separados por sexo e classe social em

duas cidades. Objetivo: estratégia de aproximação e exploratório de normas e valores com relação à sexualidade.

• BARBOSA, RM. Negociação Sexual ou sexo negociado? Poder, gênero e sexualidade em

tempos de Aids. In: BARBOSA, RM; PARKER, RG. (Org.). Sexualidade pelo Avesso: Direitos, Identidades e poder. São Paulo, 1999, p. 73-88.

(20)

 Quem poderia ser ouvido?

 Primeiramente, os próprios meninos de rua, segmentados por

faixas etárias

 Além destes, poderiam ser consideradas:

 Grupos com meninas

Grupos de meninos que já são pais vs. que ainda não são

pais

 Entrevistas (ou mesmo um grupo) com Informantes-Chave:

profissionais envolvidos direta ou indiretamente com meninos de rua e com o problema da gravidez não planejada

(psicólogos, assistentes sociais, líderes de comunidade, ONGs etc)

Um exemplo de como definir os segmentos a serem pesquisados num projeto sobre

(21)

Possíveis composições de grupos para o estudo Meninos de Rua: Com filhos Sem filhos Com filhos Sem filhos Alternativa A: 16 grupos Alternativa A: 16 grupos Alternativa A: 16 grupos Alternativa A: 16 grupos

+ 1 grupo com Informantes-chave

Meninos Meninos 12/14 2 2 12/14 2 2 15/17 2 2 15/17 2 2 12/14 2 2 12/14 2 2 15/17 2 2 15/17 2 2 Meninas Meninas

(22)

Os significados e representações da família: o que é uma família?

O que define uma família? Qual a importância de se ter uma família? Quais são as diferenças entre as pessoas que têm família e as que não têm família? Quais são os valores associados à família e aos papéis de mãe e pai? Desejam formar uma família? Por quê?

Os significados e representações da gravidez: o que é gravidez?

Como acontece a gravidez? Quais os sentimentos, imagens,

lembranças, desejos e sensações associados a gravidez? A gravidez transforma as pessoas? A gravidez transforma a relação entre as

pessoas? Qual é a auto-imagem e a imagem social da pessoa prestes a ser mãe/pai? A gravidez muda o status da pessoa? Gravidez é um projeto de vida ou um acidente?

(23)

Os resultados dos estudos exploratórios, portanto, auxiliam nas outras etapas do processo:

Subsidiam estudos quantitativos sobre o tema, através do levantamento de hipóteses

de trabalho e da linguagem do grupo social, para elaboração do questionário.

Orientam o desenvolvimento de outras etapas de trabalho que não de investigação:  Criação de programas de saúde

 Conceitos de produtos (por exemplo, vacinas anti-HIV, formas de

administração de microbicidas)

Referências

Documentos relacionados

No momento de análise dos dados, percebi que neste tema poderia ter questionado os alunos visando uma melhor percepção da questão no que se refere a amizade (mesmo

N'um império, como o do Brasil, onde a natureza pródiga ofterece diariamente, em todos os seus três reinos, ao homem, para suas necessidades, para suas enfermidades, para

Percebe-se que a escola tem grande importância para a interação com as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), por parte dos alunos e também dos

Ricoeur assinala que “o caráter laborioso dessa fenomenologia do outrem [...], nos autoriza, ao final de nosso próprio empreendimento, a modificar-lhe o sentido e a discernir nela

Mais do que definir a última etapa da vida, trata-se de impor estilos de vida, criando uma série de regras e comportamento e de consumo de bens específicos que indicam

Este cuidado contínuo com a qualidade de cada processo inerente à acção de formação é ainda reforçado com a garantia de repetição de qualquer acção de

Para tal, foram testadas as seguintes hipóteses; i- em locais mais íngremes ocorre maior substituição de espécies de macrófitas, visto que essas áreas são mais instáveis devido a

O que foi paradoxal é que, mesmo com a instituição do grau acima mencionado, não houve substancial melhoria na qualidade do ensino da Matemática na Escola Militar, na Escola Central