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Capítulo 16
Cálculo Vetorial
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16.8
Teorema de Stokes
Nesta seção, aprenderemos sobre: O Teorema de Stokes e como usá-lo para calcular
integrais.
CÁLCULO VETORIAL
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TEOREMA DE STOKES VS. TEOREMA DE GREEN
O Teorema de Stokes pode ser visto como uma versão em dimensão maior do Teorema de Green.
O Teorema de Green relaciona uma integral dupla sobre uma região plana D com uma integral de linha em torno de sua curva fronteira plana.
O Teorema de Stokes relaciona uma integral de superfície sobre uma superfície S com uma integral em torno da curva fronteira S (que é uma curva no espaço).
© 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. INTRODUÇÃO
A figuramostra uma superfície orientada com seu vetor normal unitário n.
A orientação de S induz a orientação
positiva da curva fronteira C mostrada
na figura.
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Isso significa que:
se você andar na direção positiva ao redor da curva C com sua cabeça na direção e sentido de n, então a superfície estará sempre à sua esquerda.
INTRODUÇÃO
© 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. TEOREMA DE STOKES
Seja
:
Suma superfície orientada, lisa por partes, cuja fronteira é formada por uma curva C fechada, simples, lisa por partes, com orientação positiva.
Fum campo vetorial cujas componentes têm derivadas parciais contínuas em uma região aberta de R³ que contém S.
Then,
O Teorema de Stokes tem seu nome em homenagem ao físico matemático irlandês sir George Stokes (1819-1903).
O teorema que hoje chamamos Teorema de Stokes foi, na verdade, descoberto pelo físico escocês sir William Thompson (1824- 1907, conhecido como lorde Kelvin).
Stokes soube desse teorema por uma carta de Thomson em 1850.
TEOREMA DE STOKES
Como
o Teorema de Stokes nos diz que:
a integral de linha em torno da curva fronteira de S da componente tangencial de F é igual à integral de superfície da componente normal do rotacional de F.
TEOREMA DE STOKES
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A curva fronteira orientada positivamente da superfície orientada S é com frequência denotada por S.
Desse modo, o Teorema de Stokes pode ser escrito como:
TEOREMA DE STOKES Equação 1
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TEOREMA DE STOKES, DE GREEN, & TFC
Existe uma analogia entre o Teorema de Stokes, o de Green e o Teorema
Fundamental do Cálculo.
Como anteriormente, existe uma integral envolvendo derivadas do lado esquerdo da Equação 1 (lembre-se de que o rot F é uma espécie de derivada de F) e do lado direito, envolvendo valores de F calculados somente na fronteira de S.
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De fato, no caso especial em que a
superfície S é plana e pertence ao plano xy, com orientação para cima, o vetor normal unitário é k, a integral de superfície se transforma em uma integral dupla, e o Teorema de Stokes fica
TEOREMA DE STOKES, DE GREEN, & TFC
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Esta é precisamente a forma vetorial do Teorema de Green dada pela Equação 16.5.12.
Então vemos que o Teorema de Green é, na verdade, um caso especial do Teorema de Stokes. TEOREMA DE STOKES, DE GREEN, & TFC
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O Teorema de Stokes é muito difícil de demonstrar no caso geral.
Mas, ainda podemos fazer uma
demonstração quando S for um gráfico e F, S e C forem bem comportados.
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TEOREMA DE STOKES – CASO ESPECIAL
Admitiremos que a equação de S seja
z = g(x, y), (x, y) D onde: gtem derivadas parciais de segunda ordem
contínuas.
Dé uma região plana simples cuja curva fronteira
C1corresponde a C.
Se a orientação de S for para cima, então a orientação positiva de C corresponde à orientação positiva
de C1.
TEOREMA DE STOKES – CASO ESPECIAL
Foi-nos dado que:
F = P i + Q j + R k
e que as derivadas parciais de P, Q e R são contínuas.
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Sé um gráfico de uma função.
Então, podemos aplicar a Fórmula 16.7.10 com F substituído por rot F. O resultado é
onde as derivadas parciais de P, Q e R são calculadas em (x, y, g(x, y)).
TEOREMA DE STOKES – CASO ESPECIAL Eq. 2
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Se
x = x(t) y = y(t) a t b
é a representação paramétrica de C1. Então a representação paramétrica de C é:
x = x(t) y = y(t) z = g(x(t), y(t)) a t b
TEOREMA DE STOKES – CASO ESPECIAL
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Isso nos permite, com ajuda da Regra da Cadeia, calcular a integral de linha como segue:
Observe que usamos o Teorema de Green no último passo.
TEOREMA DE STOKES – CASO ESPECIAL
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TEOREMA DE STOKES – CASO ESPECIAL
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Então, utilizando novamente a Regra da Cadeia e lembrando que:
P, Q e R são funções de x, y e z; z é, por sua vez, função de x e y. TEOREMA DE STOKES – CASO ESPECIAL
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Então, obtemos 2 2 C D d Q Q z R z R z z z R x z x x y z x y x y P P z R z R z z z R dA y z y y x z y x y x ª§w w w w w w w w w · «¨w w w w w w w w w w ¸ © ¹ ¬ º §w w w w w w w w w · ¨ ¸» w w w w w w w w w w © ¹¼
³
³³
F rTEOREMA DE STOKES – CASO ESPECIAL
Quatro dos termos da integral dupla se cancelam.
Os seis restantes podem ser rearranjados para que coincidam com o lado direito da Equação 2.
Portanto,
TEOREMA DE STOKES – CASO ESPECIAL
Calcule
onde
F(x, y, z) = –y2i + x j + z2k
C é a curva da intersecção do plano y + z = 2 com o cilindro x2+ y2= 1. (Oriente C no sentido
anti-horário quando visto de cima.)
C
d
³
F r
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A curva C (uma elipse) está mostrada
.
poderia ser calculada diretamente.
Mas, mais simples usar o Teorema de Stokes.
C d
³
F rTEOREMA DE STOKES EXEMPLO 1
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Vamos inicialmente calcular:
TEOREMA DE STOKES EXEMPLO 1
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Há muitas superfícies com fronteira C. a escolha mais conveniente é a região elíptica S no plano y + z = 2 cuja fronteira é C. Se orientarmos S para cima, então a orientação induzida em C será positiva.
TEOREMA DE STOKES EXEMPLO 1
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A projeção D de S sobre o plano xy é o disco x2+ y2 1.
assim, usando a Equação 16.7.10 com
z = g(x, y) = 2 – y,
temos o resultado que segue.
TEOREMA DE STOKES EXEMPLO 1
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TEOREMA DE STOKES EXEMPLO 1
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Use o Teorema de Stokes para calcular a integral
F(x, y, z) = xz i + yz j + xy k S é a parte da esfera
x2+ y2+ z2= 4 que
está dentro do cilindro x2+ y2=1 e acima do
plano xy.
TEOREMA DE STOKES EXEMPLO 2
Para achar a curva fronteira C, resolvemos as equações:
x2+ y2+ z2= 4 e x2+ y2= 1
Subtraindo, obtemos z2= 3.
Assim,
(uma vez que z > 0). 3
z
TEOREMA DE STOKES EXEMPLO 2
Então C é a circunferência dada pelas equações:
x2+ y2= 1,
z
3
© 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. A equação vetorial de C é r(t) = cos t i + sen t j + k 0 t 2S e r’(t) = –sen t i + cos t j Temos também: 3
TEOREMA DE STOKES EXEMPLO 2
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Portanto, pelo Teorema de Stokes,
TEOREMA DE STOKES EXEMPLO 2
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Observe que, no Exemplo 2, calculamos a integral de superfície simplesmente sabendo os valores de F na curva fronteira C.
Isso significa que:
se tivermos outra superfície orientada com a mesma curva fronteira C, obteremos o mesmo valor para a integral de superfície!
TEOREMA DE STOKES
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Em geral, se S1e S2são superfícies orientadas com mesma curva fronteira orientada C e ambas satisfazem as hipóteses do Teorema de Stokes, então
Esse fato é muito útil quando for difícil integrar sobre uma das superfícies, mas for mais fácil integrar sobre a outra.
TEOREMA DE STOKES Equação 3
© 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. VETOR ROTACIONAL
Usaremos agora o Teorema de Stokes para tentar explicar o significado do vetor
rotacional.
Suponha que C seja uma curva fechada orientada e v represente o campo de velocidade de um fluido.
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Considere a integral de linha
e lembre-se de que v · T é a componente de
v na direção do vetor tangente unitário T. Isso significa que, quanto mais próxima a
direção de v está da direção de T, maior é o valor de v · T.
C
d
C
ds
³
v r
³
v T
VETOR ROTACIONAL
CIRCULAÇÃO
Assim, é a medida da tendência de
o fluido se mover em torno de C e é chamada circulação de v em torno de C
C
d
³
v r
VETOR ROTACIONAL
Seja agora P0(x0, y0, z0) um ponto do fluido e seja Sam pequeno círculo com raio a e centro P0.
Então, (rot F)(P) (rot F)(P0) para todos os pontos P
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Então, pelo Teorema de Stokes, temos a seguinte aproximação da circulação em torno do círculo fronteira Ca:
VETOR ROTACIONAL
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Essa aproximação se torna melhor quando
a 0.
Então, temos:
VETOR ROTACIONAL Equação 4
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A Equação 4 fornece a relação entre o rotacional e a circulação.
Ela mostra que rot v · né a medida do efeito da rotação do fluido em torno do eixo n.
O efeito de girar é maior em um eixo paralelo a rot v.
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Imagine uma roda pequena formada por pás colocadas em um fluido em um ponto P.
Essa roda vai girar mais rapidamente quando seu eixo for paralelo a rot v. ROTACIONAL & CIRCULAÇÃO
© 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. CURVAS FECHADAS
Finalmente, mencionamos que o Teorema de Stokes pode ser usado para demonstrar o Teorema 16.5.4.
Ele afirma que, se rot F = 0 sobre R³, então F é conservativo.
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De nosso trabalho prévio (Teoremas 16.3.3 e 16.3.4), sabemos que F é conservativo se
para todo caminho fechado C. Dado C, suponha que possamos achar uma
superfície orientada S cuja fronteira seja C.
Isso pode ser feito, mas a demonstração requer técnicas avançadas.
0
C d
³
F rCURVAS FECHADAS
Então o Teorema de Stokes fornece
Uma curva que não seja simples pode ser quebrada em diversas curvas simples e as integrais ao longo dessas curvas simples são todas 0.
CURVAS FECHADAS
Somando essas integrais, obtemos
para qualquer curva fechada C.
0
C