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DF Aula04 Despesa Publica Classificacao

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CF88, “Art. 167. São vedados: (...)

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º [saúde], 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;”

Fortium

Direito Financeiro

Prof. Wilson Malnati

Aula 4 – 01.09.2010

DESPESAS PÚBLICAS

conceitos

classificações

limites da despesa

DESPESA PÚBLICA

 conceito => "dispêndio relacionado com uma finalidade de interesse público, encampado pelo Estado" (Harada, 2010, p. 21)

 origens das despesas:

- cidades estados da Antiguidade = escravos, trabalho recrutado - feudos da idade média = serviços temporários requisitados - Idade moderna = serviços públicos contratados  classificação:

- pela regularidade ou periodicidade:

extraordinárias => eventuais (ex. obras)

ordinárias => rotineiras (ex. educação, folha de pagamento) - quanto ao produto:

produtivas => atuação (utilidades) estatal (ex. policia, justiça) reprodutivas => aumento da capacidade produtiva (ex. obras) improdutivas => “despesas inúteis” (seriam despesas públicas ?)

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- legal ou por fonte ou categoria econômica (Lei 4.320, art. 12) LEI 4.320/64

CAPÍTULO III Da Despesa

Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: DESPESAS CORRENTES

Despesas de Custeio. [natureza da despesa – Port. Interm. 163/01] Transferências Correntes.

DESPESAS DE CAPITAL Investimentos.

Inversões Financeiras. Transferências de Capital.

§ 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.

2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. [convênios e instrumentos congêneres]

3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:

I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;

II - subvenções econômicas, as que se destinem a emprêsas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.

4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de emprêsas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.

5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a: I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;

II - aquisição de títulos representativos do capital de emprêsas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;

III - constituição ou aumento do capital de entidades ou emprêsas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.

6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou

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contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.

Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discriminação ou especificação da despesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de govêrno, obedecerá ao seguinte esquema:

DESPESAS CORRENTES

Despesas de Custeio => § 1º = “dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis” Pessoal Civil. => servidores civis, contratados temporários, empregados públicos Pessoal Militar. => exército, marinha, aeronáutica, PM, Corpo de Bombeiro Militar Material de Consumo. => papel, toner, cafezinho

Serviços de Terceiros. => contrato de manutenção de limpeza Encargos Diversos. =>

Transferências Correntes => § 2º = “as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços” Subvenções Sociais. => custeio de merendas na Casa da Mãe Joana

Subvenções Econômicas. => custeio de pesquisa em fundações públicas Inativos. => proventos civil e militar

Pensionistas. => pensões civil e militar Salário Família e Abono Familiar. => civil e militar

Juros da Dívida Pública. => pagamento de juros da dívida pública

Contribuições de Previdência Social. => recolhimento para previdência dos servidores Diversas Transferências Correntes => excluída pela Port. Interm. 163/01

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DESPESAS DE CAPITAL

Investimentos => ver § 4º

Obras Públicas. => inclusive o imóvel para construção Serviços em Regime de Programação Especial. => excluída pela Port. Interm. 163/01 Equipamentos e Instalações. => computador

Material Permanente. => ver art. 15, § 2º

Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Emprêsas ou Entidades Industriais ou Agrícolas.

Inversões Financeiras => ver § 5º Aquisição de Imóveis. => já em utilização

Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Emprêsas ou Entidades Comerciais ou Financeiras.

Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Emprêsa em Funcionamento. Constituição de Fundos Rotativos => excluída pela Port. Interm. 163/01 Concessão de Empréstimos

Diversas Inversões Financeiras => sentenças judiciais. Transferências de Capital => ver § 6º

Amortização da Dívida Pública. => auxílio para pagamento do principal Auxílios para Obras Públicas. => entidades privadas

Auxílios para Equipamentos e Instalações. Auxílios para Inversões Financeiras.

Outras Contribuições. => excluída pela Port. Interm. 163/01 Art. 14. Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços (Vetado) a que serão consignadas dotações próprias.

Parágrafo único. Em casos excepcionais, serão consignadas dotações a unidades administrativas subordinadas ao mesmo órgão.

Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á (Vetado) por elementos.

1º Vetado.

2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração superior a dois anos.

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PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 163, DE 4 DE MAIO DE 2001 SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL

Dispõe sobre normas gerais de consolidação das Contas Públicas no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e dá outras providências.

O SECRETÁRIO DO TESOURO NACIONAL DO MINISTÉRIO DA FAZENDA e o SECRETÁRIO DE ORÇAMENTO FEDERAL DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso de suas atribuições legais, e tendo em vista o disposto no art. 50, § 2º, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, e

Considerando que, para que sejam consolidadas as Contas Públicas Nacionais, em obediência ao disposto no art. 51 da Lei Complementar nº 101, de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), há a necessidade da uniformização dos procedimentos de execução orçamentária no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios;

Considerando que a uniformização desses procedimentos impõe, necessariamente, a utilização de uma mesma classificação orçamentária de receitas e despesas públicas;

Considerando, também, que, além da necessidade referida no item precedente, a unificação das mencionadas classificações trará incontestáveis benefícios sobre todos os aspectos, especialmente para o levantamento e análise de informações em nível nacional;

Considerando, por outro lado, que, de acordo com o art. 52, incisos I, alínea "b", e II, alínea "b", da Lei Complementar nº 101, de 2000, a demonstração da despesa constante do Relatório Resumido da Execução Orçamentária far-se-á por grupo de natureza;

Considerando que, a Lei de Responsabilidade Fiscal determina que cabe ao órgão central de contabilidade da União a edição das normas gerais para a consolidação das contas públicas, enquanto não for implantado o Conselho de Gestão Fiscal, previsto no art. 67 da referida Lei Complementar;

Considerando, finalmente, que, nos termos do art. 13 do Decreto nº 3.750, de 14 de fevereiro de 2001, compete à Secretaria de Orçamento Federal - SOF do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MP dispor sobre as classificações orçamentárias, resolvem:

Art. 1º Para as consolidações mencionadas no art. 51 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão encaminhar suas contas à Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda - STN/MF, órgão central do Sistema de Contabilidade Federal, nos prazos previstos no § 1º do referido art. 51.

Art. 2º A classificação da receita, a ser utilizada por todos os entes da Federação, consta do Anexo I desta Portaria, ficando facultado o seu desdobramento para atendimento das respectivas peculiaridades.

§ 1º Os entes da Federação encaminharão, mensalmente, à STN/MF, para fins de consolidação, os desdobramentos criados na forma do caput deste artigo. (Revogado(a) pelo(a) Portaria Conjunta 3/2008/MP/STN/MF)

§ 2º A STN/MF publicará, anualmente, até o dia trinta de abril, a consolidação dos desdobramentos referidos no § 1º, que deverão ser utilizados por todos os entes da Federação no exercício subseqüente, com o objetivo de estabelecer uma padronização dessa classificação no âmbito das três esferas de Governo. (Revogado(a) pelo(a) Portaria Conjunta 3/2008/MP/STN/MF)

§ 3º A STN/MF publicará, bem como divulgará na Internet, até quinze dias após a publicação desta Portaria, o detalhamento inicial das naturezas de receita, para fins de orientação na criação dos desdobramentos previstos no caput e padronização a que se

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refere o § 2º deste artigo. (Revogado(a) pelo(a) Portaria Conjunta 3/2008/MP/STN/MF) Art. 3º A classificação da despesa, segundo a sua natureza, compõe-se de:

I - categoria econômica; => [corrente ou capital] II - grupo de natureza da despesa; => [relativamente ao objeto] III - elemento de despesa; => [objeto do gasto]

§ 1º A natureza da despesa será complementada pela informação gerencial denominada "modalidade de aplicação", a qual tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.

§ 2º Entende-se por grupos de natureza de despesa a agregação de elementos de despesa que apresentam as mesmas características quanto ao objeto de gasto.

§ 3º O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros de que a administração pública se serve para a consecução de seus fins.

§ 4º As classificações da despesa por categoria econômica, por grupo de natureza, por modalidade de aplicação e por elemento de despesa, e respectivos conceitos e/ou especificações, constam do Anexo II desta Portaria.

§ 5º É facultado o desdobramento suplementar dos elementos de despesa para atendimento das necessidades de escrituração contábil e controle da execução orçamentária.

Art. 4º As solicitações de alterações dos Anexos I e II desta Portaria deverão ser encaminhadas à STN/MF, que, em conjunto com a SOF/MP, terá o prazo máximo de trinta dias para deliberar sobre o assunto.

Art. 5º Em decorrência do disposto no art. 3º a estrutura da natureza da despesa a ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de Governo será "c.g.mm.ee.dd", onde:

a)"c" representa a categoria econômica; [Corrente e Capital] b)"g" o grupo de natureza da despesa; [Pessoal, Juros e Outras]

c)"mm" a modalidade de aplicação; [ex. Aplicações Diretas, Transferências a Municípios, Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos]

d)"ee" o elemento de despesa; e [ex. Contribuições, Auxílios, Concessão de Empréstimos e Financiamentos, Material de Consumo, Diáiras]

e)"dd" o desdobramento, facultativo, do elemento de despesa.

Parágrafo único. A discriminação das naturezas de despesa, de que trata o Anexo III desta Portaria, é apenas exemplificativa, podendo ser ampliada para atender às necessidades de execução, observados a estrutura e os conceitos constantes do Anexo II desta Portaria. Art. 6º Na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação. Art. 7º A alocação dos créditos orçamentários na lei orçamentária anual deverá ser feita diretamente à unidade orçamentária responsável pela execução das ações correspondentes, ficando vedada a consignação de recursos a título de transferência para unidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social.

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Extrato do Anexo II (despesas) – a título de exemplo. 4.5.40.00.00 Transferências a Municípios

4.5.40.41.00 Contribuições 4.5.40.42.00 Auxílios

4.5.40.64.00 Aquisição de Títulos Representativos de Capital já Integralizado 4.5.40.66.00 Concessão de Empréstimos e Financiamentos

4.5.50.00.00 Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos 4.5.50.66.00 Concessão de Empréstimos e Financiamentos

4.5.80.00.00 Transferências ao Exterior

4.5.80.66.00 Concessão de Empréstimos e Financiamentos 4.5.90.00.00 Aplicações Diretas

Referências

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