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Drenagem linfática como recurso terapêutico no pós-operatório na cirurgia plástica de lipoaspiração: uma revisão bibliográfica

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Diane Tubiana de Oliveira

DRENAGEM LINFÁTICA COMO RECURSO TERAPÊUTICO NO PÓS-OPERATÓRIO NA CIRURGIA PLÁSTICA DE LIPOASPIRAÇÃO: UMA

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Ijuí 2018

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Diane Tubiana de Oliveira

DRENAGEM LINFÁTICA COMO RECURSO TERAPÊUTICO NO PÓS-OPERATÓRIO NA CIRURGIA PLÁSTICA DE LIPOASPIRAÇÃO: UMA

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso do Pós-graduação Lato Sensu em Estética e Saúde, do Departamento Ciências da Vida da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI. Como requisito para a obtenção do título de Pós-graduada em Estética e Saúde.

Orientadora: Profª Ms Giovana Sinigaglia

Ijuí 2018

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AGRADECIMENTOS

Dedico este trabalho primeiramente а Deus, por ser essencial em minha vida, fonte de fé e energia para continuar lutando e evoluindo profissionalmente. À minha família, meus pais Zanão e Inês, meus irmãos Dierle e Dijeane, meu sobrinho Cristofer e ao nosso cachorro John, pelo amor que jamais irá faltar, de onde eu tiro forças para seguir em frente.

Agradeço а minha professora orientadora Giovana, pela paciência e auxilio na produção deste trabalho e à professora е coordenadora do curso Luana, pelo convívio, apoio e compreensão. E a todos os professores e funcionários que contribuíram na realização e formação desse curso do pós-graduação.

Agradeço também as amigas que conheci durante o pós-graduação, dando destaque a Giovana, que foi minha amiga e companheira nas aulas, as amigas que a graduação me proporcionou, essas que mesmo com a distância se fazem presente, sempre na torcida pelas coisas boas que acontecem. Às meninas do apartamento onde fiquei, a Jaqueline e a Claúdia que me fizeram companhia em alguns finais de semana, e a minha irmã Dije que com todo amor deixava tudo arrumadinho para o meu conforto. E as que Tenente Portela me aproximou, principalmente à Tanara, que não posso deixar de citar o nome, por ter sido a maior incentivadora a começar esse curso e a Juliane minha amiga, sócia e colega de profissão, que não mede esforços para me ajudar! À minha psicóloga Fernanda, que não me deixou desistir e me ajudou muito durante todo esse tempo. E aos pacientes/alunos do meu consultório de fisioterapia e pilates, que me apoiam e não me abandonam, os quais sempre tem os melhores conselhos, fazendo a diferença na minha vida. Admiro todos vocês!

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RESUMO

Introdução: A drenagem linfática atua drenando os líquidos que se encontram nos espaços extracelulares, mantendo o equilíbrio hídrico no interstício e realizando a evacuação dos dejetos que estão presentes no metabolismo celular, esta pode ser considerada um recurso terapêutico importante no pós-operatório de cirurgias plásticas. Objetivo: Investigar o efeito da drenagem linfática manual como tratamento pós-operatório da cirurgia plástica de lipoaspiração. Metodologia: A revisão bibliográfica foi elaborada utilizando fontes de informações como livros e nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE (Literatura Internacional em Ciências da Saúde), e SCIELO (Scientifc Eletronic Library Online). Foram selecionados os artigos que tinham relevância para o estudo, contendo em seus dados aspectos relacionados ao objetivo proposto. As palavras chave utilizadas na busca foram, fisioterapia dermato-funcional, drenagem linfática, lipoaspiração, fisioterapia pré e operatório, pós-operatório, cirurgia plástica. Resultados: Estudos apresentaram a importância da drenagem linfática no pós-operatório, salientando que os encaminhamentos ocorreram entre setenta e duas horas e trinta dias. Conclusão: A drenagem linfática se destacou como um dos principais recursos terapêuticos mais utilizados no pós-operatório de lipoaspiração, por atuar na redução de edema, redução da sensibilidade na região, e prevenindo algumas intercorrências como alterações nas cicatrizes e fibroses.

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ABSTRACT

Introduction: Lymphatic drainage acts draining liquids found in extracellular spaces, maintaining the water balance in the interstice, conducting the evacuation of waste that are present in cellular metabolism, which is considered an approach therapy to be held at the beginning of treatment. Objective: to investigate the effect of manual lymphatic drainage as a treatment after surgery liposuction plastic surgery. Methodology: bibliographical review was prepared using information sources such as books and in the databases LILACS (Latin American literature and the Caribbean Health Sciences), MEDLINE (International Literature on health sciences), and SCIELO (Scientifc Eletronic Library Online). Articles were selected that had relevance to the study, containing in its data aspects related to the objective. The keywords used in the search were, dermato-functional physical therapy, lymphatic drainage, pre-and postoperative physical therapy, liposuction, plastic surgery, postoperative. Results: Studies showed the importance of lymphatic drainage postoperatively, noting that the escalations occurred between 72 hours to 30 days. Conclusion: lymphatic drainage stood out as one of the most widely used remedies in post-operatory liposuction, by acting in the reduction of swelling, reduced sensitivity in the region, and prevent some complications as changes to scarring and fibrosis.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO 6 REVISÃO DE LITERATURA 7 2.1 Cirurgia Plástica 7 2.2 Lipoaspiração 9 2.2.1 Pós-Operatório 10 2.2.2 Fisioterapia no Pré e Pós-Operatório 11 2.3 Drenagem Linfática 12 METODOLOGIA 13 RESULTADOS E DISCUSSÃO 13 CONCLUSÃO...15 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ...16

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INTRODUÇÃO

A lipoaspiração é um método cirúrgico que exerce a remoção do tecido adiposo de diversas regiões do corpo humano, através de cânulas que conectadas a um instrumento apropriado, realizam a sucção desse tecido. (KEDE & SABATOVICH, 2004). É considerado um procedimento estético que tem por objetivo a retirada de gordura em pacientes saudáveis que buscam a redução do acúmulo de gordura localizada, melhorando o contorno corporal. (FRANCO et al, 2012). Alguns pacientes obesos, muitas vezes buscam o cirurgião plástico para a realização de lipoaspiração, depois de diversas dietas, programas de atividades físicas e uso de medicação que auxiliam no emagrecimento, os quais não obtiveram resultado desejado. (FERNANDES et al, 2017).

A cirurgia plástica fundamenta a restauração da forma e das funções corporais, favorecendo não apenas as condições estéticas, mas também da qualidade de vida. Reparando alterações ou anomalias, fazendo com que o indivíduo alcance o que julga padrão de normalidade ou de beleza. (SANTOS et al, 2012). Devido as cirurgias estéticas terem se propagado, praticamente toda a população tem acesso facilitado a esse tipo de procedimento. (DUTRA, VINHOLES & TREVISOL, 2012).

Podem ocorrer algumas alterações, como edema, hematoma, seroma e equimose, na região a qual foi submetida pelo procedimento, onde a drenagem linfática manual é realizada como recurso terapêutico atuando tanto no tratamento como na prevenção, pois se trata de uma técnica de massagem que através de movimentos calmos e lentos, levam os músculos ao seu estado de repouso, facilitando a circulação sanguínea e a intersticial. (BORGES, 2006; PALAZZIN et al, 2012).

Por tanto, esse estudo de revisão bibliográfica tem como objetivo, identificar os efeitos da drenagem linfática no pós-operatório de lipoaspiração.

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REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Cirurgia Plástica

A cirurgia plástica surgiu para a reconstituição de uma parte do corpo, a mesma pode ser para fins reparadores, ou estético. As cirurgias reparadoras têm a finalidade de corrigir lesões deformantes, defeitos congênitos ou adquiridos. A cirurgia plástica estética é um procedimento, do qual se busca a melhora da aparência, modificando os traços originais da face ou do corpo. (NEVES et al, 2012). Como mudanças anatômicas relacionadas à gravidez ou ao envelhecimento, os quais não são considerados doenças, mas podem afetar psicologicamente seus portadores. Destacando-se como um método relacionado a melhora da autoestima e da autoimagem de um indivíduo. (SANTOS et al, 2012).

Essa mudança do olhar da medicina sobre a cirurgia plástica ser realizada não somente como fins de reparação de alguma deformidade, mas também com objetivo de melhorar aparência de parte do corpo considerada normal, atribuiu a essa intervenção um reconhecimento positivo, passando a ser um procedimento eletivo, com finalidade primordialmente estética. (COELHO et al, 2017).

A maioria das cirurgias plásticas são do grupo das cirurgias limpas ou do grupo dos procedimentos teoricamente contaminados. Sendo definidas de acordo com a classificação das feridas operatórias se foram realizados os cuidados nos períodos pré, intra e pós-operatórios, a fim de evitar as infecções cirúrgicas. Destacando-se a antissepsia e assepsia adequadas, habilidade do cirurgião, manuseio correto dos tecidos e tempo de duração da cirurgia. (SANTOS et al, 2012).

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Visando entender as diversas concepções vigentes de saúde e os cuidados que as mesmas impõem à sociedade, é necessário levar em consideração razões como a moda, a produção de tendências, o narcisismo e o consumo. O aumento da realização de cirurgias plásticas no Brasil e o crescimento da indústria da beleza, da valorização dos cuidados com o corpo e da transformação corporal fazem parte dessa relevância que vem se dando a medicalização e estetização da saúde, que pode estar relacionado a um tipo específico de racionalidade médica que está sendo levada a novos âmbitos da vida diária da população. (FERREIRA, 2011).

O corpo belo é um paradigma elaborado pela sociedade, traçando características e comportamentos diferentes, ditos como adequados ou ideais. (NEVES et al, 2012). O descontentamento com o corpo é muito frequente nos dias atuais, esse fator se tornou consequência devido ao padrão cultural da sociedade contemporânea, que salienta o enaltecimento a beleza física, a jovialidade e a saúde. (SILVA, TAQUETTE & ABOUDIB, 2013). A busca pelo corpo perfeito está aumentando cada vez mais a procura por procedimentos cirúrgicos estéticos, isso corre devido a insatisfação do indivíduo com a sua aparência. (SANTE & PASIAN, 2011).

O principal incentivador para a busca incessante por esse tipo de intervenção clínica, está relacionada com a percepção e a forma corporal do indivíduo, levando o mesmo a pretensão de mudar a aparência do corpo, associando isso ao alcance pela felicidade e melhora da autoestima. (COELHO et al, 2017). O contorno corporal pode apresentar deformidades estéticas e funcionais, no qual o abdome é a região mais comum. Isso ocorre devido a causas genéticas ou podem se aparecer através da obesidade, redução de peso, gestação, entre outros casos. Podendo apresentar flacidez cutânea, acúmulo de gordura localizada e diástase do músculo reto abdominal. (SALDANHA FILHO et al, 2014).

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2.2 Lipoaspiração

Illouz, em 1977 utilizou cânulas de Karman de 6mm e um aspirador comum, sem hidrotomia, para tratar lipomas multilobados, durante o procedimento percebeu a saída de gordura e de sangue com retração da pele algumas semanas depois da prática cirúrgica. A mesma, foi efetuada diversas vezes com algumas alterações, concluindo que o ideal seria utilizar cânulas rombas com aspiradores de maior pressão negativa, associado a hidrotomia com solução hipotônica e hialuronidase. (ILLOUZ, 2000 apud KEDE & SABATOVICH, 2004).

A evolução da lipoaspiração ocorreu quando o método foi introduzido para retirada de gordura localizada, através do uso de cânulas com alto poder de sucção associada a aplicação de soluções como: salina, água destilada e hialuronidase, realizando movimentos radicais, o que facilitou a remoção de fragmentos gordurosos. (GUIRRO & GUIRRO, 2004).

Quando as lipoaspirações eram efetuadas sem nenhuma infiltração líquida, provocavam sangramento intenso, mais algumas complicações pós-operatórias, como hematomas, infecções, embolia gordurosa, trombose e perfurações. A técnica tumescente visa utilizar uma solução, a qual torna realizável cirurgias de lipoaspiração com a utilização de anestesia local, sendo assim mais segura, do que a anestesia geral, que apresenta maior risco cirúrgico, custo mais elevado por exigir uma equipe técnica com profissionais capacitados para qualquer intercorrência. (UTIYAMA et al, 2003).

Esta técnica evitou cicatrizes extensas e complicações como linforréias frequentes devido as ressecções teciduais e algumas complicações com sistema linfático e circulatório local. (BORGES, 2006).

Ocorreram diversas alterações em sua fundamentação e equipamentos, desde que surgiu a lipoaspiração. As quais foram importantes para a evolução do procedimento, pois eram normais sequelas como sulcos e depressões no

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tecido, devido ao excesso de retirada de gordura, o que era comum com a utilização das primeiras cânulas. (GUIRRO & GUIRRO, 2004).

Houve evolução das cânulas na criação de calibres diferentes, bem como aparelhos utilizando laser, ultra-som e vibrolipoaspirador, o que reduz o esforço do cirurgião durante o procedimento. Em relação a teoria da técnica, foi observado que é necessário que tenha conexões em diferentes níveis do tecido celular entre o subcutâneo e a pele, preservando vasos sanguíneos, linfáticos e as terminações nervosas. São os movimentos de vai-vem que permitem a remoção necessária da gordura, tendo o cuidado para que as cicatrizes sejam posicionadas distantes do local a ser tratado. (BORGES, 2006).

A lipoaspiração é um procedimento que quando realizado para fins estéticos, desempenha a retirada de gordura, realizada apenas em pacientes saudáveis auxiliando na redução do acúmulo de gordura localizada, a chamada lipodistrofia, atingindo um aperfeiçoamento no contorno corporal, de acordo com o desejo do indivíduo. (FRANCO et al, 2012).

2.2.1 Pós-Operatório

No pós-operatório pode-se observar presença de hematomas, equimoses, seromas, edema tecidual que pode permanecer até aproximadamente o vigésimo primeiro dia após o procedimento, que será eliminado através do tratamento adequado. Podem ocorrer algumas sequelas como depressões, aderências, fibroses, cicatrizes mal posicionadas, excessos cutâneos. O tratamento é realizado com o uso de cintas elásticas, que são utilizadas conforme orientação médica. (BORGES, 2006).

Segundo Kede & Sabatovich, 2004, o tratamento pós-operatórios de lipoaspiração, está relacionado a fisiopatologia dos tecidos que sofreram a intervenção. É recomendado pelo cirurgião o uso da cinta modeladora elástica, tratamento com antibiótico e analgésico, e o paciente é orientado a iniciar a

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drenagem linfática a partir do quarto ao sétimo dia pós-operatório, e somente depois de duas semanas é liberado para realizar atividades físicas.

2.2.2 Fisioterapia Pós-Operatório

Um bom resultado do procedimento não depende exclusivamente do planejamento do período relacionado ao momento da cirurgia. Mas também, a atenção dada aos cuidados nos períodos pré e pós-operatório que tem sido apresentada como um importante fator na prevenção de complicações que podem ocorrer, e na proposta do resultado estético almejado. (FLORES, BRUM & CARVALHO, 2011).

É de suma importância realizar uma anamnese completa no período pré-operatório, buscando identificar e tratar desvios posturais que possam estar relacionados aos aspectos inestéticos, melhorando alongamento e fortalecimento da musculatura, realizado através de exercícios que iram auxiliar também na melhora da circulação sanguínea e linfática, que podem ser estimulados pela terapia manual, os quais são importantes para o reparo tecidual. (GUIRRO & GUIRRO, 2004).

No pós-operatório a fisioterapia atua prevenindo a formação de aderências, restaurando a funcionalidade acelerando assim a recuperação, o que irá possibilitar a volta do indivíduo às suas atividades diárias. O principal recurso terapêutico utilizado pela fisioterapia dermato-funcional, é a drenagem linfática. Mas pode-se utilizar agentes térmicos como calor ou frio, o ultra-som que auxilia no processo de cicatrização, os agentes eletroterapêuticos incluindo, microcorrentes, corrente galvânica, fototerapêuticos como laser e mecanoterapêuticos, a vacuoterapia que ajudam no reparo tecidual. (BORGES, 2006).

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A drenagem linfática drena os líquidos que se encontram nos espaços extracelulares, mantendo o equilíbrio hídrico no interstício. E realiza a evacuação dos dejetos que estão presentes no metabolismo celular, isso ocorre por meio da captação realizada pelos capilares linfáticos e a evacuação através dos vasos sendo efetuada pelos pré-coletores em direção aos coletores. Esses processos são facilitados pela drenagem linfática manual. Apresenta uma ação evidente sobre as macromoléculas e as massas líquidas. Considerada uma abordagem terapêutica a ser realizada já no início do tratamento. (LEDUC & LEDUC, 2007).

Esses efeitos são fundamentados pelo mecanismo fisiológico de pressões presentes nos tecidos, vasos sanguíneos e linfático. O edema se forma devido ao desequilíbrio da pressão intersticial que é responsável pela mobilidade do liquido presente nos capilares, a drenagem linfática atua na absorção de líquidos e proteínas que se apresentam em excesso no espaço intersticial, os mesmos são transportados para os pré-coletores linfáticos, depois para os coletores, então são filtrados pelos linfonodos se dirigindo aos ductos torácicos esquerdo e direito que ingressam no ângulo das veias jugulares internas, carótidas esquerda e direta onde a linfa e o plasma são absorvidos, e dos dejetos são eliminados através do aparelho excretor, digestivo, respiratório e tegumentar. (BARROS, 2001).

A drenagem é de suma importância no pós-operatório de cirurgia plástica, devido aos procedimentos causarem destruição dos vasos e nervos ocasionando edema, dor, fibrose e redução da sensibilidade cutânea causando desconforto ao paciente. A mesma contribui prevenindo e tratando essas intercorrências. (BORGES, 2006).

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Esta revisão bibliográfica foi elaborada através das fontes de informações como livros e nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE (Literatura Internacional em Ciências da Saúde), e SCIELO (Scientifc Eletronic Library Online). Foram selecionados os artigos que tinham relevância para o estudo, contendo em seus dados aspectos relacionados ao objetivo proposto, ou seja, discutir o uso da drenagem linfática no pós-operatório de lipoaspiração. As palavras chave utilizadas na busca foram, fisioterapia dermato-funcional, drenagem linfática, lipoaspiração, fisioterapia pré e pós-operatório, pós-operatório, cirurgia plástica.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A cirurgia plástica tem sido a opção de que muitas pessoas buscam para obter uma melhora no contorno corporal. E devido a esse aumento da procura e as intercorrências que surgem no pós-operatório, houve um importante busca pelo aperfeiçoamento de suas técnicas. No entanto, a eficiência de uma cirurgia plástica não decorre exclusivamente do planejamento do ato pertinente a prática cirúrgica, as precauções nos período pós-operatório que vem sendo demostradas como um fator de relevância tanto na prevenção a complicações que podem vir a ocorrer, como de promoção do resultado esperado pelo paciente. (FLORES, BRUM & CARVALHO, 2011).

A fisioterapia dermato-funcional é de extrema importância na evolução do paciente que realiza a cirurgia plástica, pois existem diversos recursos além da drenagem linfática manual, que auxiliam na preparação e na recuperação do indivíduo que passou pelo procedimento. (TACANI et al, 2005; MILANI, JOÃO & FARAH, 2006).

Em um estudo com 24 pacientes, que realizaram lipoaspiração, os mesmos receberam orientações sobre à deambulação, mobilização de membros inferiores, e indicação para ser realizada as primeiras sessões de drenagem linfática no quinto dia pós-operatório. (ASSUMPÇÃO, 2012).

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Com tudo, Macedo & Oliveira (2011), realizaram uma revisão bibliográfica em relação a abordagem fisioterapêutica no pós-operatório de algumas cirurgias plásticas corporais, dentre elas a lipoaspiração, dando destaque aos recursos terapêuticos adequados para obtenção de um bom resultado, onde citaram a drenagem linfática, massoterapia, liberação tecidual funcional, termoterapia, ultrassom, radiofrequência, microcorrentes, corrente galvânica, e cinesioterapia. A fisioterapia dermato-funcional auxilia no pós-operatório utilizando a drenagem linfática manual, reduzindo os sintomas como edema, redução da sensibilidade na região, e atua prevenindo algumas intercorrências como alterações nas cicatrizes, fibroses entre outras (LEDUC & LEDUC, 2007; BORGES 2006; GUIRRO & GUIRRO, 2004; SILVA et al, 2014; COUTINHO et al, 2006).

TACANI et al (2005), realizaram uma pesquisa com os 28 cirurgiões plásticos, onde 27 deles (96,4%) descreveram que a drenagem linfática manual é o recurso terapêutico mais importante aplicado no pós-operatório. A drenagem linfática atua na absorção de líquidos e proteínas que se apresentam em excesso no espaço intersticial, realizando evacuação dos dejetos presentes. Por tanto, é considerada uma abordagem terapêutica a ser realizada já no início do tratamento. (LEDUC & LEDUC, 2007; BARROS, 2001).

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CONCLUSÃO

O que torna a drenagem linfática importante como recurso terapêutico para o tratamento do pós-operatório de lipoaspiração são seus benefícios, o alívio da dor e edema, prevenindo e tratando seromas e fibroses, renovando assim os capilares linfáticos. É de extrema importância que seja realizado por um profissional capacitado e especializado no assunto.

Porém, ainda necessita de muitos estudos, pois existem poucos que possuem comprovação dos benefícios e eficácia da drenagem linfática nos tratamentos no período pós-operatório da cirurgia plástica de lipoaspiração. Sugerimos que sejam realizadas mais pesquisas demonstrando a eficácia da drenagem linfática manual.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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