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Avaliação custo/benefício entre sistemas de coberturas

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Academic year: 2021

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JOÃO ROBERTO COLOSSI

AVALIAÇÃO CUSTO/BENEFÍCIO ENTRE SISTEMAS DE

COBERTURAS

Santa Rosa 2015

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AVALIAÇÃO CUSTO/BENEFÍCIO ENTRE SISTEMAS DE

COBERTURAS

Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Civil.

Orientadora: Marcelle Engler Bridi

Santa Rosa 2015

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AVALIAÇÃO CUSTO/BENEFÍCIO ENTRE SISTEMAS DE

COBERTURAS

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo membro da banca examinadora.

Santa Rosa, 23 de novembro de 2015

Prof. Marcelle Engler Bridi Mestra pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Orientadora Prof. Eder Claro Pedrozo Coordenador do Curso de Engenharia Civil/UNIJUÍ BANCA EXAMINADORA

Tarcísio Dorn de Oliveira (UNIJUÍ) Mestre pela Universidade Federal de Santa Maria

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Dedico esse trabalho a minha família, maior bem que possuo na vida.

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Primeiramente gostaria de agradecer aos meus pais, pela vida inteira dedicada a família e pelo amor incondicional. Por todos os ensinamentos e princípios a fim de formar-me não só engenheiro, mas também uma pessoa melhor. Pelo esforço em dar-me as melhores condições para manter o foco total na graduação. Pela confiança e por acreditar em minha capacidade. Por serem os maiores e melhores exemplos da minha vida.

Às minhas irmãs, incentivadoras, apoiadoras e melhores amigas que a vida poderia fornecer. Por todo apoio nos mais diversos momentos, pelos abraços, conselhos, amor e por estarem sempre ao meu lado, dispostas a me amparar;

À minha namorada que também esteve ao meu lado durante toda graduação, suportando a distância e demais adversidades. Por todo carinho, amor e companheirismo. Pelas ajudas nos trabalhos acadêmicos, conselhos e apoio. Pelas horas gastas ouvindo os problemas e decepções. Por ser a pessoa maravilhosa que és;

Sem vocês não teria chegado até aqui, amo vocês!

À minha orientadora que guiou este trabalho em todas as etapas, sem ela o estudo não poderia ser realizado. Pelos incontáveis assessoramentos e ajudas na busca de melhores resultados. Pela disponibilidade, paciência, atenção, ensinamentos e dedicação. Pela amizade construída nos últimos semestres e por todo amparo técnico;

À empresa que viabilizou o estudo de caso cedendo o material necessário. Pelos dados fornecidos e explanações sobre as frequentes dúvidas. Pela colaboração na obtenção de resultados e por exporem as suas concepções sobre o tema.

A todos os professores que fizeram parte de minha graduação, por repassaram seus conhecimentos agregando ainda mais a minha formação.

A Deus por conceder-me todas as condições físicas e mentais para realização deste trabalho e por colocar pessoas tão especiais em minha vida.

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Cada sonho que você deixa para trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de existir. Steve Jobs

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COLOSSI, J. R. Avaliação custo/benefício entre sistemas de coberturas. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Santa Rosa, 2015.

A evolução dos tipos de coberturas resultou em uma vasta lista de materiais e métodos de execução nas edificações atuais. Hoje, muito além da estética, essa parte da edificação é pensada sob outros aspectos. Um dos fatores determinantes, que recebe maior atenção, é o do melhor custo/benefício. Assim, o objetivo do trabalho foi determinar a melhor opção, entre alguns dos sistemas de coberturas mais utilizados na atualidade, discutindo conceitos, definições e os custos. Para tal, foi realizada uma revisão bibliográfica acerca do tema e foram elaboradas composições para um estudo de caso, tomando individualmente quantitativos e custos, em tabelas e gráficos, a fim de determinar o custo total de cada uma das composições. De posse disso, as opções foram comparadas entre si, relacionando os problemas e benefícios com os valores praticados no estudo. Os resultados indicam que a opção por cobertura composta por telhas e estruturas é mais vantajosa que as soluções impermeabilizadas na questão do custo, contudo, características dos sistemas devem ser consideradas na escolha, visando o atendimento às necessidades de cada obra.

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COLOSSI, J. R. Avaliação custo/benefício entre sistemas de coberturas. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Santa Rosa, 2015.

The evolution of hedge types has resulted in a wide range of materials and methods of implementation in current buildings. Today, beyond aesthetics, this part of the building is thought in other ways. One of the determining factors, which receives most attention, is the cost-benefit relationship. This study aims to determine the best option among some of the most widely used roofing systems by discussing concepts, definitions and estimated costs. To this end, a literature review was made and a case study was carried out where several solutions were proposed to determine the best solution by individually taking materials and costs, organized in tables and graphs, to determine the total cost of each composition. Based on the findings, the options were compared, listing the problems and benefits with the expected costs. The results indicate that traditional roofing, composed of tiles and wood structure is more favorable than waterproofed systems related to the cost, however, the characteristics of each system must be considered when choosing the system in order to meet the needs of individual construction projects.

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Figura 1: Aplicação de cristalizantes ... 19

Figura 2: Aplicação argamassa impermeável ... 20

Figura 3: Aplicação cimento polimérico ... 20

Figura 4: Aplicação epóxi ... 21

Figura 5: Aplicação manta ... 22

Figura 6: Aplicação asfalto a quente ... 23

Figura 7: Aplicação emulsão asfáltica ... 23

Figura 8: Aplicação membrana poliuretano... 24

Figura 9: Membranas sintéticas ... 25

Figura 10: Partes do telhado ... 26

Figura 11: Madeiramento para telhas cerâmicas ... 27

Figura 12: Madeiramento para telhas de fibrocimento e metálicas ... 28

Figura 13: Telha cerâmica ... 29

Figura 14: Telhas cerâmicas esmaltadas ... 29

Figura 15: Telha fibrocimento ondulada ... 30

Figura 16: Telha de aço ... 31

Figura 17: Telha de concreto plana ... 32

Figura 18: Delineamento da pesquisa... 41

Figura 19: Estrutura de madeira e telha de fibrocimento ... 43

Figura 20: Custos percentuais dos itens ... 45

Figura 21: Estrutura de madeira e telha de alumínio... 46

Figura 22: Custos percentuais dos itens ... 47

Figura 23: Estrutura metálica e telha de fibrocimento ... 48

Figura 24: Custos percentuais dos itens ... 49

Figura 25: Estrutura metálica e telha de alumínio ... 50

Figura 26: Custos percentuais dos itens ... 51

Figura 27: Camadas do sistema com manta simples ... 52

Figura 28: Custos percentuais dos itens ... 53

Figura 29: Camadas do sistema com manta dupla ... 54

Figura 30: Custos percentuais dos itens ... 55

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Tabela 1: Estrutura de Madeira e Telha de Fibrocimento - Quantitativos e Custos .... 44

Tabela 2: Estrutura de Madeira e Telha de Alumínio - Quantitativos e Custos ... 46

Tabela 3: Estrutura Metálica e Telha de Fibrocimento - Quantitativos e Custos ... 48

Tabela 4: Estrutura Metálica e Telha de Alumínio - Quantitativos e Custos ... 50

Tabela 5: Manta Asfáltica Simples – Quantitativos e Custos ... 52

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ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas EPS Poliestireno Expandido (isopor)

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo SC Sistema de Cobertura

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1 INTRODUÇÃO ... 12

2 REVISÃO DE LITERATURA ... 16

2.1 SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO ... 16

2.1.1 Classificação dos sistemas de impermeabilização ... 16

2.1.1.1 Classificação quanto ao material principal ... 16

2.1.1.2 Classificação quanto à aderência ... 17

2.1.1.3 Classificação quanto à flexibilidade ... 18

2.2 TELHADOS ... 25

2.2.1 Estrutura dos telhados ... 26

2.2.2 Tipos de telhas... 28

2.3 GENERALIDADES DOS SISTEMAS DE COBERTURA... 32

2.3.1 Preço ... 32

2.3.2 Conforto térmico... 33

2.3.3 Desempenho conforme a NBR 15575 ... 35

2.3.4 Manutenção... 36

2.3.4.1 Manutenção dos sistemas impermeabilizados ... 36

2.3.4.2 Manutenção dos telhados... 37

2.4 ORÇAMENTAÇÃO ... 38

2.4.1 Insumos ... 38

2.4.2 Relatórios de Insumos e Composições... 38

3 METODOLOGIA ... 40

3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA ... 40

3.2 DELINEAMENTO ... 40

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 43

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4.1.3 Cobertura com estrutura metálica e telha de fibrocimento ... 47

4.1.4 Cobertura com estrutura metálica e telha de alumínio ... 49

4.1.5 Cobertura impermeabilizada com manta asfáltica ... 51

4.1.6 Cobertura impermeabilizada duplo aderido ... 54

4.2 COMPARATIVO ENTRE OS SISTEMAS DE COBERTURA ... 56

4.3 PERCEPÇÕES DA EMPRESA ... 58

5 CONCLUSÕES ... 60

REFERÊNCIAS ... 62

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1 INTRODUÇÃO

Ao deparar-se com a necessidade de uma maior proteção, o homem primitivo, na transição do homem nômade para o sedentário, mudou seus hábitos procurando um local que servisse de habitat (MATEUS, 2004). Segundo o autor, os primeiros abrigos utilizados, após a descoberta do fogo, foram cavernas com o auxílio de amontoados de pedras para proteger as entradas.

Conforme Mateus (2004), ao longo do tempo o homem aperfeiçoou técnicas e maneiras de construir seus abrigos que, primeiramente, eram feitos com madeira, peles de animais e pedras, sendo estes os primeiros materiais de construção utilizados. A partir do momento em que o homem passou a observar os materiais que o rodeavam, desenvolvendo estudos de física e matemática voltados à construção, foram elaboradas novas técnicas que resultaram em moradias mais resistentes e grandiosas (MATEUS, 2004).

As edificações são compostas por uma série de elementos e partes, dentre os quais é necessária a escolha pelo sistema de cobertura a ser adotado. A NBR 15575-5: Edificações habitacionais – Desempenho (ABNT, 2013, p.8), define sistemas de cobertura como:

Conjunto de elementos/componentes, dispostos no topo da construção, com as funções de assegurar estanqueidade às águas pluviais e salubridade, proteger demais sistemas de edificação habitacional ou elementos e componentes da deterioração por agentes naturais, e contribuir positivamente para o conforto termoacústico da edificação habitacional.

Convencionalmente, para coberturas de edifícios é comum a impermeabilização dos tetos das casas de máquinas e das calhas, porém nas partes habitadas há uma predominância no uso dos telhados convencionais, compostos pelo sistema de estrutura e telhas (TEXSA, 2001). Ainda, segundo a referida publicação, a opção por especificar o telhado se dá por três motivos: a crença de que se reduz o calor, a falta de confiança nos sistemas de impermeabilização e a hipótese de que uma boa impermeabilização acarreta em um custo mais elevado em relação ao telhado.

A necessidade de abrigo está relacionada principalmente com a capacidade de proteção do homem quanto às intempéries e demais hostilidades do ambiente natural e social externo. Assim,

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pode-se considerar o desenvolvimento de sistemas de impermeabilização como uma forma de melhoria da capacidade de abrigo das construções.

De acordo com a NBR 9575 - Impermeabilização – Seleção e projeto - (ABNT, 2010, p.5), impermeabilização consiste no “conjunto de operações e técnicas construtivas (serviços), composto por uma ou mais camadas, que têm por finalidade proteger as construções contra a ação deletéria de fluidos, de vapores e da umidade”.

Os primeiros materiais utilizados para impermeabilização foram óleos e betumes naturais, a Muralha da China e os Jardins da Babilônia são antigos exemplos de locais onde foram aplicados (PICCHI, 1986). Segundo este autor, na Era Romana o material impermeabilizante era a albumina, composta por clara de ovos, sangue, óleos e outros, com a função de impermeabilizar saunas e aquedutos.

Conforme Rezende (1987 apud MORAES, 2002), a utilização de impermeabilizantes na era moderna coincide com as primeiras obras efetuadas em concreto armado, no início do século XX, devido, sobretudo, aos novos conceitos arquitetônicos empregados pelo arquiteto modernista Le Courbusier. O autor afirma ainda que tais conceitos apresentavam estruturas mais esbeltas, trabalhando mais a flexão e menos a compressão, exigindo, portanto, novas técnicas de impermeabilização que absorvessem maiores movimentações estruturais.

Por volta de 1930, foram formuladas as primeiras emulsões asfálticas dirigidas à impermeabilização e que até os dias de hoje são comumente utilizadas; em 1932 a E I. Du Pont de Nemours e Cia. (USA) obteve progresso no desenvolvimento de elastômeros denominados Neoprene e, em 1940, a Standart Oil of New Jersey, progrediu na produção de Polisopreno (Butil), materiais que tem características mais apropriadas para as exigências da arquitetura moderna (REZENDE, 1987 apud MORAES, 2002).

Ainda segundo o autor, até a década de 60 prevaleciam os sistemas aplicados “in loco”, quando, especialmente em países do hemisfério norte, eram altos os custos de mão de obra. Em razão disso, foram desenvolvidos os sistemas pré-fabricados em monocamada, levando ao surgimento das mantas butílicas, de PVC e manta asfáltica, nessa sequência.

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Com o passar dos anos a consciência sobre a importância da impermeabilização foi crescendo no Brasil, embasada pelo maior conhecimento disponível relativo ao comportamento das estruturas junto aos avanços tecnológicos responsáveis pelo surgimento de vários sistemas de impermeabilização, destinado a diferentes aplicações (INSTITUTO BRASILEIRO DE IMPERMEABILIZAÇÃO, IBI, 2015). Segundo informações do Instituto, foram decisivos nesse contexto a sua fundação, em 1975, e a criação do Comitê Brasileiro de Isolação Térmica e Impermeabilização (CB-22) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Consoante a Picchi (1986), decorrente da situação internacional, em 1982, engenheiros pesquisadores de dez países europeus reuniram-se na Union European Pour I’agréement Techinique dans la Construction (UEATC) e publicaram o trabalho “Diretrizes Básicas para Impermeabilização de Coberturas”, aceito no mundo todo como base na tecnologia de impermeabilização.

Em 2013 houve um novo salto em território nacional, após amplo trabalho de discussões e revisões, com a entrada em vigor da nova versão da NBR 15575 “Edificações habitacionais – Desempenho”, focada nas necessidades do usuário, exigindo que todos os sistemas de um edifício habitacional sejam especificados, projetados e executados visando durabilidade e melhores condições (IBI, 2015).

Dessa forma, a impermeabilização passou a ter um papel ainda mais relevante, por sua importância para assegurar a durabilidade e salubridade das edificações, sendo capaz de proteger a estrutura da ação nociva da água e da umidade que aceleram os processos de deterioração e comprometem as condições de uso (IBI, 2015).

Em que pese o avanço tecnológico e normativo ocorrido nos últimos anos, os sistemas de cobertura, especialmente no Brasil, carecem de estudos que orientem a tomada de decisão por parte das construtoras, que muitas vezes consideram a questão do custo em detrimento às vantagens e usos entre um sistema e outro. A partir disso, surge a seguinte questão de pesquisa que norteou o desenvolvimento deste estudo: Qual o método mais vantajoso ante os principais problemas e benefícios encontrados na escolha do sistema de cobertura?

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Nesse sentido, o presente trabalho traz especificidades de alguns tipos de coberturas, descrevendo seus principais elementos e componentes, a partir de estudos coletados de variados autores, abordando questões de suma importância para o entendimento geral das estruturas que serão comparadas quanto ao custo/benefício, que é o principal objetivo da pesquisa.

Para viabilizar e delimitar o estudo, optou-se pela investigação através da realização de um estudo de caso em um projeto de edificação de uma construtora de médio porte na cidade de Porto Alegre.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

Com a finalidade de contextualizar os tipos de coberturas a serem analisadas, este capítulo aborda os sistemas de cobertura (sistema de telhamento e sistema por impermeabilização), seguido de considerações acerca das características de ambos e da orçamentação que serviram como base para o desenvolvimento do estudo de caso.

2.1 SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO

Impermeabilização são técnicas de aplicação de produtos específicos visando à proteção de diversas áreas de um imóvel contra águas da chuva, lavagem, banhos ou demais origens (IBI, 2015). A seguir serão apresentados, dentre outros detalhes, técnicas e classificações das coberturas impermeabilizadas.

2.1.1 Classificação dos sistemas de impermeabilização

Consoante à bibliografia disponível é possível obter várias classificações para os sistemas de impermeabilização, dentre elas cita-se as seguintes.

2.1.1.1 Classificação quanto ao material principal

Na NBR 9575 (ABNT, 2010), os tipos de impermeabilizações são classificados de acordo com o material principal da camada impermeável.

a) Cimentícios

 argamassa com aditivo impermeabilizante;  argamassa modificada com polímero;  argamassa polimérica;

 cimento modificado com polímero.

b) Asfálticos

 membrana de asfalto modificado sem adição de polímero;  membrana de asfalto elastomérico;

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 membrana de emulsão asfáltica;

 membrana de asfalto elastomérico, em solução;  manta asfáltica.

c) Poliméricos

 membrana elastomérica de policloropreno e polietileno clorossulfonado;  membrana elastomérica de poliisobutileno isopreno (I.l.R), em solução;  membrana elastomérica de estireno-butadieno-estireno (S.B.S.);

 membrana elastomérica de estireno-butadieno-eçtireno-ruber (S.B.R.);  membrana de poliuretano;

 membrana de poliuréia;

 membrana de poliuretano modificado com asfalto;  membrana de polímero acrílico com ou sem cimento;  membrana acrílica para impermeabilizaçáo;

 membrana epoxídica;

 manta de acetato de etilvinila (E.V.A.);  manta de policloreto de vinila (P.V.G.);

 manta de polietileno de alta densidade (P.E.A.D.);

 manta elastomérica de etilenopropilenodieno-monomero (E.P.D.M.);  manta elastomérica de poliisobutileno isopreno (1.l.R).

2.1.1.2 Classificação quanto à aderência

A NBR 9575 (ABNT, 2010) reparte em três os sistemas de impermeabilização quanto à aderência ou capacidade de criar uma ligação entre as camadas, sendo descritos a seguir, de acordo com o seu conceito.

Os sistemas de impermeabilização aderidos são aqueles onde o conjunto de materiais ou produtos aplicáveis às partes construtivas são totalmente aderidos à camada suporte, logo, não há camada de separação inferior. Sua característica mais importante é que as deformações ocorridas na camada suporte são refletidas a camada impermeável, onde há maiores exigências.

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Aquelas que estão aderidas em parte do substrato são as impermeabilizações parcialmente aderidas. Em pontos com acúmulos de tensões, como juntas de dilatação e zonas de fissuração, não são aderidos, sendo necessária camada separadora.

As impermeabilizações não aderidas são sistemas de materiais ou produtos aplicáveis às partes construtivas totalmente independentes do substrato. Há total camada separadora, fixados apenas nas extremidades, por isso, qualquer deformação sofrida na camada suporte não será distribuída ao longo da camada impermeável, baixando as exigências necessárias.

2.1.1.3 Classificação quanto à flexibilidade

Conforme a NBR 9575 (ABNT, 2010), quanto à flexibilidade os sistemas podem ser divididos em impermeabilização flexível e impermeabilização rígida.

a) Impermeabilização rígida: conjunto de materiais ou produtos sem características de flexibilidade, compatíveis e aplicáveis às partes da construção em que não há movimentação do elemento.

Vale destacar a evolução dos sistemas rígidos que, inicialmente, eram produzidos com a adição de impermeabilizantes na composição de argamassas (cimento e areia); passando pela pré-fabricação industrial desta, sendo oferecida pronta para o uso, com método de aplicação mais simples e rápido; chegando a obtenção das argamassas de uso misto, as quais permitem aplicação em estruturas moderadamente esbeltas e flexíveis, por sua dosagem que assegura módulo de elasticidade muito inferior ao da estrutura (MORAES, 2002).

O autor afirma que os sistemas rígidos estão entre os mais difundidos e utilizados no Brasil, recebendo a nomenclatura de Sistemas contínuos de impermeabilização com emprego de argamassas. Este tradicional processo de impermeabilização é normalizado pela ABNT na NBR 9574 “Execução de impermeabilização” e denominado Argamassa Impermeável.

Na sequência estão descritos os tipos de impermeabilizações rígidas. Cristalizantes

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São compostos químicos de cimentos aditivados, resinas e água, aplicados diretamente sobre a estrutura a ser impermeabilizada; quando há contato com água de infiltração, cristaliza-se e preenche os vazios do concreto, formando uma barreira impermeável; seu uso é indicado para áreas onde há umidade, como reservatório enterrados, baldrames, piscinas enterradas, dentre outros (EQUIPE DE OBRA, 2013).

Figura 1: Aplicação de cristalizantes

Fonte: Pini (2013)

Argamassa impermeável

Adquirem as propriedades impermeáveis na mistura das argamassas de cimento e areia com aditivos repelentes a água (hidrofugantes), líquidos ou em pó; deve ser aplicada em locais não sujeitos a trincas e a fissuração, assentamento de alvenarias que terão contato com o solo e no emboço de revestimento de baldrames e paredes; indicada para baldrames, piscinas, subsolos, pisos em contato com o solo, argamassa de assentamento de alvenaria, dentre outros (PINI, 2013).

A argamassa polimérica, segundo a mesma fonte, é um produto industrializado disponível no mercado na versão bicomponente, composta de cimento aditivado e resinas líquidas que devem ser misturadas e homogeneizadas antes da aplicação, resultando em um revestimento impermeável e resistente a umidade e ao encharcamento; recomenda-se seu uso em reservatórios e piscinas enterrados, subsolos, paredes, pisos frios, baldrames, entre outros.

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Figura 2: Aplicação argamassa impermeável

Fonte: Pini (2013) Cimento polimérico

Sistema composto de pó com fibras e componente líquido que forma uma pasta cimentícia resistente à umidade que sobe pelas paredes e fundação; tal revestimento impermeabilizante é semiflexível, aplicado com trincha ou broxa e ideal para áreas enterradas; dentre as aplicações indicadas estão os reservatórios enterrados, baldrames, floreiras sobre a terra, muro de arrimo e poço de elevador (PINI, 2013).

Figura 3: Aplicação cimento polimérico

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Epóxi

Revestimento com grande resistência mecânica e química, impermeável à água e ao vapor, a base de resinas epóxi, bicomponente, com ou sem adições e indicado para afastar a ação corrosiva em estruturas de concreto, metálicas e argamassas; seu uso é indicado, além de outros, a tanques de armazenamento de produtos químicos e tubos metálicos (PINI, 2013).

Figura 4: Aplicação epóxi

Fonte: Pini (2013)

b) Impermeabilização flexível: conjunto de materiais ou produtos com características de flexibilidade, compatíveis e aplicáveis às partes da construção em que há movimentação do elemento. Para receber essa classificação, a camada impermeável deve ser submetida a ensaio específico (ABNT, 2010).

Os sistemas flexíveis podem apresentar-se como membrana, “em camadas simples ou múltiplas, estruturadas ou não, de execução local, aderentes ao substrato ou flutuantes, conforme necessidade de projeto”; e como manta, “em camadas simples ou múltiplas, estruturadas ou não, de aplicação local dos elementos pré-fabricados, semiaderentes ao substrato ou flutuantes, conforme a necessidade de projeto”, indicada para o uso em locais com grandes deformações (MORAES, 2002, p.19).

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Manta asfáltica

Segundo Righi (2009), constitui-se de um sistema pré-fabricado a base de asfaltos modificados com polímeros e armados com estruturantes especiais, componentes que irão determinar seu desempenho; o responsável pela impermeabilização da manta é o asfalto modificado presente em sua composição.

Trata-se de um dos materiais mais utilizados para impermeabilizações, formado por um elemento estruturante central (filamentos de poliéster ou véu de fibra de vidro, resultando numa grande resistência mecânica do produto), recoberto pelo composto asfáltico em ambas as faces (PINI, 2013). Conforme o site, a manta é indicada a estruturas com dimensões superiores a 50m², sujeitas a movimentações e fissuras.

Figura 5: Aplicação manta

Fonte: Pini (2013)

Mello (2005) cita algumas vantagens das mantas asfálticas, dentre elas espessura constante, fácil controle e fiscalização, aplicação do sistema em única vez e em menor tempo, dispensabilidade de aguardar a secagem.

Asfaltos moldados a quente

Sistema mais tradicional no Brasil, cujo uso coincide com o início das impermeabilizações de edificações no País; a camada impermeabilizante é formada pela

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aplicação de sucessivas demãos de asfalto derretido, intercaladas com telas ou mantas estruturantes, o que ocasiona baixa produtividade de aplicação; seu uso é ideal para pequenas áreas e lajes médias ou com grande número de recortes.

Figura 6: Aplicação asfalto a quente

Fonte: Pini (2013)

Soluções e emulsões asfálticas

São sistemas formados pela dispersão de asfalto em água, através de emulsificantes; sua aplicação é feita a frio e, geralmente, sem adição de estruturantes; a utilização em pequenas áreas e superfícies é simples; são produtos baratos (RIGHI, 2009).

Figura 7: Aplicação emulsão asfáltica

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Membrana de poliuretano

Impermeabilizante bicomponente com grande estabilidade química, aderência nas mais variadas superfícies, elástica, resistente a altas temperaturas e com aplicação feita a frio; as características deste material são adequadas para ambientes mais agressivos, como lajes e áreas molháveis, tanques de efluentes industriais e esgotos e reservatório de água potável (PINI, 2013).

Figura 8: Aplicação membrana poliuretano

Fonte: Pini (2013)

Membranas sintéticas

São produtos pré-fabricados à base de vários tipos de materiais sintéticos (PEAD, PVC, TPO, EPDM e outros) que também podem ser utilizados nos sistemas impermeabilizantes; adaptam-se facilmente a locais sujeitos a movimentações e vibrações, graças a suas ligas elásticas e flexíveis; ainda são resistentes aos raios ultravioletas e ataques químicos, conforme formulação (PINI, 2013).

O site afirma que a utilização das geomembranas de PEAD e EPDM é mais aconselhável para grandes obras, como lagos artificiais, aterros sanitários e tanques, já que além de impermeabilizar, elas criam uma barreira física preservando o meio ambiente de contaminação por material decomposto, óleos e combustíveis (PINI, 2013). O site completa, por fim, que as mantas EPDM, TPO e PVC também são bastante utilizadas em impermeabilizações de edifícios,

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principalmente de coberturas, devido à suas ofertas na cor branca, que faz com que os raios solares sejam refletidos, diminuindo a temperatura interna da edificação.

Figura 9: Membranas sintéticas

Fonte: Pini (2013)

2.2 TELHADOS

Entende-se por telhado a cobertura composta por um ou mais planos inclinados, que compreende estrutura (madeira, metálica) junto à vedação de telhas, podendo assumir diversas formas (CANTARELLI, 2012).

Destinadas a proteger a edificação de intempéries e com relevante importância estética (PIANCA, 1977), essa é a maneira de cobertura mais utilizada nas residências em geral, apesar de nas últimas décadas haver um forte crescimento de outras.

A NBR 15575 (ABNT, 2013), define os componentes do telhado de acordo com a Figura 10.

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Figura 10: Partes do telhado

Fonte: NBR 15575 (2013)

O esquema enumera quinze partes dos sistemas de coberturas, indicando na imagem o local em que estão situadas.

2.2.1 Estrutura dos telhados

Pfeil (1994) explana que, após escolher o modelo da telha e a inclinação a ser utilizada, deve-se definir o tipo de estrutura, que tem como função principal a sustentação e fixação das telhas, transmitindo os esforços solicitantes para elementos estruturais e garantindo a estabilidade.

Segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT, 1998), esta estrutura é descontínua, de madeira serrada, formada pela estrutura principal (tesoura) e secundária (ripas, caibros e terças). No caso de uso de telhas de maior dimensão, como as de fibrocimento, e/ou estrutura metálica, os caibros e ripas são dispensados.

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A NBR 15575 (ABNT, 2013) define:

 Estrutura principal: conjunto resistente apoiado diretamente na estrutura da edificação habitacional;

 Estrutura secundária: conjunto de componentes de sustentação do telhado apoiada na estrutura principal;

 Trama: estrutura secundária integrada pelas terças, caibros e ripas;  Tesoura: elemento da estrutura principal de sustentação da trama.

Figura 11: Madeiramento para telhas cerâmicas

Fonte: Rodrigues (2006, apud Flach, 2012)

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Figura 12: Madeiramento para telhas de fibrocimento e metálicas

Fonte: Rodrigues (2006, apud Flach, 2012)

2.2.2 Tipos de telhas

As telhas podem ser fabricadas a partir dos mais variados materiais, com distintas formas e dimensões. Estas são dispostas sobre uma estrutura que, consoante a Gehbauer (2002), é construída na maioria das vezes por madeira, aço e concreto armado, oferecendo a estanqueidade necessária. Alguns tipos de telhas são apresentados a seguir.

a) Telha cerâmica

De acordo com Yazigi (1998) a fabricação de telhas cerâmicas é similar ao processo empregado em tijolos comuns, contudo o barro deve ser mais fino e homogêneo, nem muito gordo, nem muito magro, a fim de ser feita extrusão e posteriormente a prensagem, ou diretamente a prensagem.

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Telhas cerâmicas são bastante utilizadas em residências, devido à facilidade de ser encontrada e utilizada, à diversidade comercializada, além de possibilitar um conforto térmico muito melhor que as demais (LOGSDON, 2002).

Figura 13: Telha cerâmica

Fonte: Grupo Galhardi (2015) b) Telha cerâmica esmaltada

São produzidas com o mesmo material da telha cerâmica comum e, posteriormente, recebem uma camada de esmalte a temperatura na casa dos 1000ºC que se vitrifica na superfície das mesmas. (PEZENTE, 2005)

Segundo o mesmo, a camada vitrificada faz com que não absorva água, diminuindo seu peso por metro quadrado; não escurecem ao longo do tempo, devido ao esmalte; têm bom desempenho térmico e acústico; existem diversos modelos e cores e conjunto de peças para uso no acabamento do telhado.

Figura 14: Telhas cerâmicas esmaltadas

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c) Telha de fibrocimento

Consoante ao site Construção, editora Pini (2009), o fibrocimento consiste em “material resultante da mistura de cimento Portland, agregados, adições ou aditivos com reforço de fibras, fios ou filamentos”. Ainda, conforme conteúdo disponível no mesmo site, essas telhas podem ser produzidas em sua cor natural ou receber coloração na sua produção; a superfície exposta a intempéries é sempre lisa e as bordas das telhas devem ser retas e paralelas com cantos pré-cortados ou furos, para facilitar a montagem e fixação.

Esse modelo de telha vence grandes áreas de telhado com rapidez na montagem e fixação, exige estrutura de apoio simples, é econômica, resistente e durável, com diversas peças complementares, permitindo sua adequação aos diversos modelos arquitetônicos (ETERNIT, 2011).

A telha de fibrocimento ondulada adapta-se facilmente ao variados tipos de cobertura e o grande número de peças complementares possibilita seu uso em diversas situações, reduzindo o custo da construção (ETERNIT, 2011).

Figura 15: Telha fibrocimento ondulada

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d) Telhas de aço

Gerdau (2015) relata em catálogo técnico que estas possuem alta resistência e durabilidade, não absorvem umidade e não propagam chamas, são leves, resistentes e de fácil manuseio, resultando em maior agilidade na montagem, por vencer maiores vãos. Ainda, define ser um produto de pequeno peso, com comprimento adequado para coberturas com baixa declividade e de manutenção mínima, quando bem executado.

Figura 16: Telha de aço

Fonte: Vale do aço (2015)

e) Telhas de concreto

Apresentam-se em diversas formas, com aspecto mais requintado. Tégula (2015) define em catálogo técnico como principais características: excelente conforto térmico; alta impermeabilidade, não resultando em sobrepeso; maior resistência ao impacto de granizo; não sofrer com a maresia; grande vida útil.

Possuem um sistema de encaixe perfeito entre telhas, possibilitando um assentamento firme e um telhado resistente, impermeável e alinhado; graças ao baixo índice de condutibilidade térmica, as cores de telhas mais claras permitem temperaturas até 5ºC menores do que de uma telha cerâmica (TÉGULA, 2015).

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Figura 17: Telha de concreto plana

Fonte: Tégula (2015)

2.3 GENERALIDADES DOS SISTEMAS DE COBERTURA

Com a finalidade de obter embasamento teórico, algumas questões significativas sobre sistemas serão abordadas a seguir.

2.3.1 Preço

De acordo com os itens abordados anteriormente, pode-se afirmar que interferem diretamente no custo da execução de telhados o tipo de estrutura (metálica, madeira) e o tipo de telha (cerâmica, concreto, fibrocimento). A escolha do tipo de telha tem alta relevância no custo final da cobertura, onde os valores podem apresentar grande variação. Telhas como as de concreto são mais caras e exigem maiores reforços estruturais devido ao seu peso, o que eleva o gasto com a cobertura. Usando telhas mais baratas, como as de fibrocimento, a estrutura será mais simples e leve, exigindo menos reforços estruturais e diminuindo, assim, os respectivos gastos.

Porcello (1998, apud MORAES, 2002) afirma que a impermeabilização na construção civil gera um custo em torno de 1% a 3% do total da obra, podendo este valor variar entrre 5% e 10%, quando a impermeabilização apresentar defeitos. Para Pirondi (1997), uma

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impermeabilização adequada com uso de isolamentos térmicos, proporciona uma economia significativa, pois resulta em maior conforto, estabilidade das estruturas e durabilidade.

O site Construção (PINI, 2011) traz um caso em que uma construtora de São Paulo substituiu a alternativa de impermeabilizar a laje de cobertura de um novo empreendimento, por um telhado com estrutura de madeira e telhas de fibrocimento apoiado sobre a última laje. Para fins de comparação entre composições de estruturas, foram utilizadas três soluções: telhado convencional com terças de 6 cm x 12 cm, telhado convencional com terças de 6 cm x 16 cm e telhado industrializado, onde são utilizadas tesouras cujas peças já vêm a obra pré cortadas.

Para avaliar a alternativa mais econômica a construtora elaborou uma planilha comparativa com ajuda de consultoria técnica especializada em telhados de madeira e, em paralelo, orçaram a obra com empreiteiras para averiguar a precisão da ferramenta. "Verificamos que o custo/m² resultante da planilha tinha um valor muito próximo ao das propostas enviadas pelos empreiteiros, por isso extrapolamos o uso da planilha para todos os empreendimentos na região metropolitana de São Paulo" afirma o engenheiro de desenvolvimento tecnológico da construtora, Leandro Nakamura.

O cálculo pela planilha mostrou os seguintes resultados:  Telhado com terças de 6 cm x 16 cm = R$ 41.158,98  Telhado com terças de 6 cm x 12 cm = R$ 39.005,40  Telhado industrializado = R$ 38.618,86

A pequena diferença entre as opções mais baratas levou a construtora a optar pelo telhado com terças de 6 cm x 12 cm que, conforme Nakamura, era o sistema com o qual os operários estavam habituados, não sendo necessário, portanto, arriscar uma mudança de tecnologia. O engenheiro ainda destaca que a velocidade trazida pelo sistema industrializado não teria peso determinante, já que outros serviços mais duradouros podem ser realizados concomitantemente. 2.3.2 Conforto térmico

Silva e Almeida (2003) apresentam em seu trabalho um estudo realizado com o intuito de determinar o comportamento térmico de algumas soluções construtivas (dentre elas as coberturas), fazendo uma análise econômica do desempenho de maneira a poder estimar o tempo

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de recuperação do investimento inicial em uma solução termicamente mais eficiente, apresentando nesse estudo elementos que permitam uma escolha da melhor solução sob ponto de vista técnico e econômico.

O trabalho avaliou primeiramente a eficácia energética das soluções construtivas, fazendo em seguida uma análise simples que permitiu avaliar rapidamente ao final de quanto tempo um maior investimento inicial seria recuperado. Para isso, foram determinadas as necessidades energéticas anuais (NEA) das soluções e o custo anual da energia (CAE).

A primeira conclusão apresentada no trabalho é a insignificante diferença de comportamento térmico entre as diferentes soluções construtivas, mostrando uma ínfima diferença de 1% na redução das necessidades energéticas conseguidas entre os vários tipos de coberturas.

Para exemplificar, Silva e Almeida (2003), mostram que as necessidades energéticas de um edifício com cobertura plana com 20 mm de isolamento são iguais às de outro com uma cobertura inclinada com 40 mm de isolamento aplicado nas vertentes e 1% inferiores às de um edifício com cobertura inclinada com 20 mm de isolamento aplicado, sendo todas coberturas compostas por laje de blocos cerâmicos.

No caso dos pavimentos interiores, as diferenças entre as necessidades energéticas dos edifícios com várias soluções estruturais utilizadas também são muito pequenas, não ultrapassando dos 3% (SILVA; ALMEIDA, 2003). Dessa forma, concluíram que a escolha do tipo de material aplicado, da solução construtiva e do tipo de elemento resistente utilizado em pavimentos interiores não é condicionado pelo desempenho térmico das variadas soluções, por seu comportamento térmico semelhante.

Partindo dessa constatação, a seleção de determinada solução para pavimentos interiores terá como fator determinante a tomada de preços dos diversos materiais utilizados, seus custos de execução, além de questões como imposições de espaço e limitações de resistência estrutural (SILVA; ALMEIDA, 2003).

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2.3.3 Desempenho conforme a NBR 15575

Conforme a NBR 15575 (2013), os sistemas de coberturas devem apresentar nível satisfatório contra ruína, sem avarias ou deformações e deslocamentos que possam prejudicar sua funcionalidade.

O projeto do Sistema de Cobertura (SC) deve considerar os efeitos ocasionados pela sucção, cabendo ao projetista avaliar a necessidade de ensaio, conforme NBR 5643 (ABNT, 2012), adotando as adaptações necessárias. Quando do uso de impermeabilização com mantas ou membranas totalmente aderidas ao substrato, expostas às intempéries e sem proteção mecânica, o sistema aplicado deve ter resistência de aderência à tração maior ou igual a 200 kPa, de acordo com a NBR 9574 (ABNT, 2008).

Segundo a norma, o projeto deve estabelecer:

 Considerações sobre a ação do vento, principalmente nas zonas de sucção;  Detalhes de fixação;

 Influência positiva ou não das platibandas;

 No caso de emprego de lastro sobre o sistema de impermeabilização, a resistência de aderência ou peso próprio deve ser suficiente para não ser removido pela ação das intempéries.

Quanto à resistência ao impacto, os Sistemas de Coberturas não podem sofrer avarias sob ação de granizo e de outras pequenas cargas acidentais, desde que os valores de impacto, estejam dentro dos critérios descritos. O telhado não deve romper ao sofrer aplicação de impacto com energia igual a 1,0 J, sendo toleradas falhas superficiais como fissuras, lascamentos e outros danos que não gerem perda de estanqueidade do telhado.

No que tange a segurança contra incêndio, considerando que componentes e instalações podem ser alojados entre forros e áticos, deve ser dada atenção especial aos requisitos relativos a proteção contra descargas atmosféricas, instalações elétricas e de gás, dificultando a propagação de chamas no ambiente de origem do incêndio, sem criar impedimento visual que possa dificultar a fuga dos ocupantes em situações de risco.

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2.3.4 Manutenção

Para facilitar o entendimento esse item foi separado por tipo de sistema: impermeabilizado e telhado.

2.3.4.1 Manutenção dos sistemas impermeabilizados

De acordo com Righi (2009) a manutenção da impermeabilização é importante para o não aparecimento de patologias. Segundo o autor, o usuário final do imóvel precisa estar ciente de sua correta utilização e manutenção, para poder evitar danos a impermeabilização.

Conforme IBI (2009, apud RIGHI 2009) “o proprietário do imóvel deve receber um manual técnico de utilização e manutenção referente às áreas impermeabilizadas, contendo informações e orientações necessárias para a melhor utilização e preservação da impermeabilização”, dentre elas:

 Descrição das características de cada tipo de impermeabilização, inclusive documentação técnica;

 Forma e cuidados de utilização;

 Orientação e programa de manutenção preventiva, incluindo testes e ensaios;  Relação de fornecedores;

 Garantia.

Righi (2009) ainda elenca algumas providências que os usuários devem tomar para a manutenção da impermeabilização:

 Executar inspeções periódicas;

 Evitar perfurações sem um posterior reparo;  Executar limpeza interna nos reservatórios;

 Reparar vazamentos de tubulações furadas ou rachadas;  Executar limpeza de ralos para evitar o entupimento;

 Quando houver troca de revestimentos, cuidar para não haver ruptura da impermeabilização;

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 Executar reparo das fissuras de movimentação;  Evitar o entupimento do sistema de drenagem.

2.3.4.2 Manutenção dos telhados

Somente o tempo não produz efeitos de deterioração nas características das estruturas de madeira, é necessária a ação de agentes físicos, químicos, mecânicos ou biológicos a que esse material está sujeito (CRUZ, 2015). Conforme o autor, uma habitual fonte de problemas para a madeira é o contato com a água ou umidade elevada, condições em que determinados agentes biológicos atacam. O tratamento da madeira é indispensável para peças sujeitas a variação de umidade e temperatura (GESUALDO, 2003).

As condições de cargas podem afetar a estrutura quando sujeitas a esforços muito elevados, pois danos internos reduzem a capacidade de carga, ocasionando modificações no funcionamento estrutural (CRUZ, 2015).

É fundamental a realização de inspeções periódicas para avaliar o estado de conservação da madeira, procurando sinais de má conservação evidenciados por deformações acentuadas (CRUZ, 2015). Vale reforçar que a madeira tem a desvantagem de ser inflamável, mesmo resistindo a altas temperaturas sem perder resistência, oposto do que acontece com o aço (GESUALDO, 2003).

As patologias das estruturas metálicas não têm origem em fatores isolados, podendo estar ligadas a uma das etapas da vida útil: concepção estrutural, fabricação, montagem, utilização e manutenção (DAL’BÓ; SARTORTI, 2012). As principais falhas, de acordo com os autores, têm entre suas causas a falta de projeto e detalhamento, falhas nos processos e detalhes construtivos, falhas de manutenção ou ausência de manutenção preventiva e utilização indevida da estrutura.

Dal’bó e Sartorti (2012) dividem em três os grupos de patologias de estruturas metálicas:  Adquiridas: procedentes de atuação externa;

 Transmitidas: hábitos ou desconhecimento técnico do pessoal de fabricação ou montagem da estrutura;

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 Atávicas: resultantes de más concepções de projeto.

Estruturas que foram atingidas por patologias necessitam de recuperação, as manutenções facilitam o trabalho e tornam menos dispendiosas as correções; cada sistema tem suas características e seus cuidados específicos; a durabilidade da estrutura metálica depende diretamente desses cuidados, do nível de exposição e de sua proteção (DAL’BÓ; SARTORTI, 2012).

2.4 ORÇAMENTAÇÃO

Há inúmeras maneiras de elaborar orçamentos de obras, que vão de programas computacionais a tabelas com valores dos insumos. Para realização deste trabalho, optou-se pela utilização do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI), procedimento que, no ano de 2014, passou a ser tratado pelo Decreto Presidencial n° 7983/2013, estabelecendo regras e critérios para elaboração de orçamentos de referência de obras e serviços de engenharia, contratados e executados com recursos da União (CAIXA, 2015).

O SINAPI divulga mensalmente custos e índices da construção civil e tem gestão compartilhada pela Caixa e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), sendo a primeira a responsável pela base técnica de engenharia (especificação de insumos, composições de serviços e projetos referenciais) e processamento de dados; e a segunda pela pesquisa mensal de preço, metodologia e formação de índices (CAIXA, 2015).

2.4.1 Insumos

Os insumos são dispostos no Banco Nacional de Insumos, onde são relacionados dados de cada insumo como código, descrição, preço e localidade do preço (CAIXA, 2015). Consta ainda, em seu site, que os insumos que compõe o Banco Nacional de Insumos estão em permanente manutenção, para manter atualizadas e adequadas as descrições, criar novos e desativar os ultrapassados, sendo tais alterações divulgadas em relatórios periódicos.

2.4.2 Relatórios de Insumos e Composições

Os relatórios de insumos informam sobre preços medianos dos materiais, mão de obra e equipamentos utilizados na construção civil, onde os preços coletados mensalmente pelo IBGE

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em todos estados são atualizados por processamento de carga na base de dados do SINAPI (CAIXA, 2015).

Nos casos em que não haja possibilidade de coleta de preços em locais suficientes para a formação do preço do insumo em determinada localidade, o preço é atribuído adotando-se como base o preço coletado em São Paulo, permitindo o estabelecimento de um preço referência para todos os insumos, em todas as localidades (CAIXA, 2015).

Os relatórios de composições, conforme Caixa (2015), apresentam de forma resumida descrições e preços das referências de composições unitárias dos serviços vigentes no SINAPI; já o catálogo de composições analíticas, apresenta as mesmas composições dos outros relatórios, porém não apresenta preços para os serviços, que devem ser consultados nos relatórios de composições.

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3 METODOLOGIA

Este capítulo tem por objetivo apresentar o método de pesquisa utilizado na realização deste estudo, bem como o delineamento das etapas realizadas.

3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA

A pesquisa realizada pode ser classificada como uma pesquisa exploratória, pois, segundo Figueiredo, 2009, esse tipo de pesquisa objetiva a obtenção de uma maior familiaridade com o problema. Segundo Gil (2008), as pesquisas do tipo exploratória envolvem o levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas e análise de exemplos que estimulem a compreensão.

A partir dessa classificação e dos objetivos da pesquisa, optou-se pela utilização do estudo de caso como estratégia de pesquisa. O Estudo de Caso permite uma análise aprofundada e detalhada de um ambiente, local ou situação (FIALHO; NEUBAUER FILHO, 2010). Ainda, segundo os referidos autores, o Estudo de Caso pode ser definido como um modo de coletar informações específicas e detalhadas que frequentemente envolvem o pesquisador e um grupo de indivíduos durante uma determinada situação e período de tempo.

Nesse sentido, segundo Yin (2005), o Estudo de Caso se caracteriza por uma pesquisa investigativa inserida em um contexto real. Também é caracterizado pelo estudo exaustivo e em profundidade de um tema, de forma a possibilitar um conhecimento amplo e específico do assunto abordado (GIL, 2008).

O referido autor salienta que o estudo de caso pode proporcionar bases para discussão, análise e busca de solução de um determinado problema e que pode envolver a utilização de técnicas como observação, entrevistas e análise documental.

3.2 DELINEAMENTO

Para realização do trabalho foram seguidas as etapas apresentadas a seguir e organizadas no fluxograma da Figura 18.

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Figura 18: Delineamento da pesquisa

Fonte: autoria própria

Na Fase 1, inicialmente foi realizado um Estudo dos sistemas de coberturas com o objetivo de obter uma melhor compreensão do tema, enfatizando alguns sistemas de cobertura e impermeabilização, os quais foram descritos apresentando suas principais características. Fez-se uma descrição geral para contextualizar os sistemas analisados ao fim do trabalho.

Em paralelo, partiu-se para a seleção da empresa para a realização do estudo de caso. Essa definição possibilitou fazer a seleção da obra e realizar o levantamento de dados e documentos de projeto junto à empresa, o que serviu como base para a elaboração das propostas de solução e dos quantitativos.

Foram compilados dados de uma obra (ANEXO 1) realizada na cidade de Porto Alegre - RS, por uma empresa de Santa Catarina. A construtora atua no mercado desde 1989, desenvolvendo empreendimentos residenciais, comerciais e de hotelaria. Atualmente, conta com sede na cidade de Florianópolis e filiais nas cidades de Porto Alegre - RS e Itajaí - SC. A obra é

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um edifício de múltiplos pavimentos, em que a cobertura não tem uso diverso previsto, sendo necessário suprir apenas as necessidades que se espera de um sistema de cobertura.

Na Fase 2, que corresponde ao desenvolvimento do trabalho, foram elaboradas as propostas de soluções, composições de sistemas de coberturas que são comumente utilizadas, onde, em cada uma delas, os itens são tratados separadamente pelo seu quantitativo e valor, para encontrar a melhor opção em relação ao custo/benefício.

Além disso, foi elaborado o orçamento baseado nos quantitativos da planta de cobertura da obra selecionada. Os preços unitários foram obtidos através da tabela SINAPI de agosto de 2015, tomando a cidade de Porto Alegre de referência. Tais valores estão dispostos como composições sintéticas, tendo, porém, algumas ausências de itens que foram supridas com informações contidas no banco de dados da empresa.

Definidos composição, quantitativo e preço, foram elaboradas tabelas nas quais esses três fatores estão descritos de maneira a possibilitar as resoluções finais sobre os valores praticados para execução, possibilitando a realização das análises comparativas entre os métodos, nas quais os fatores de maior relevância foram abordados.

A partir das propostas e das análises, na Fase 3, foi feita a apresentação dos resultados a empresa com intuito de averiguar a regularidade quando comparadas aos dados constantes nos registros da mesma, além de investigar quais fatores são levados em consideração na tomada de decisão pelo sistema a ser adotado nas obras.

Por fim foi realizada uma discussão das alternativas, abordando tópicos pertinentes sobre resultados e dados obtidos, o que possibilitou, junto às demais etapas, a redação das conclusões do trabalho.

A revisão bibliográfica ocorreu ao longo do desenvolvimento de todo o trabalho e consistiu na busca e estudo de referências sobre o assunto em diversas modalidades de trabalho como livros, dissertações de mestrado, trabalhos de conclusão de curso, artigos de revistas, entre outros.

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4 ANÁLISE DE RESULTADOS

Esse capítulo apresenta as composições que foram montadas na intenção de encontrar a melhor alternativa entre os sistemas de coberturas. Foi feita uma análise geral, primeiramente apresentando os dados obtidos. Na sequência, estes são comparados entre si e, por fim, um tópico aborda as percepções da empresa.

4.1 SISTEMAS DE COBERTURA

Os sistemas de coberturas serão apresentados individualmente, descritos conforme o seu sistema: telhado ou impermeabilização. As composições foram detalhadas com o auxílio de esquemas, tabelas e gráficos, onde as questões de maior relevância são ressaltadas para a obtenção dos resultados.

4.1.1 Cobertura com estrutura de madeira e telha de fibrocimento

A primeira composição é uma estrutura de madeira descontínua com telhas de fibrocimento. Foi considerado o madeiramento montado diretamente sobre a última laje, servindo apenas de apoio para as telhas de fibrocimento de 6 mm. A forma do telhado é de duas águas com inclinação direcionada ao centro, onde será instalada a calha impermeabilizada. As platibandas serão guarnecidas com contrarrufo e o rufo fará a ligação das laterais com as telhas. A Figura 19 ilustra a forma que o sistema foi considerado:

Figura 19: Estrutura de madeira e telha de fibrocimento

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A Tabela 1 apresenta os quantitativos e valores unitários dos itens que fazem parte dessa composição. Os preços foram retirados da tabela SINAPI, com seu respectivo código descrito ao lado. Os quantitativos foram tomados a partir da análise da planta de cobertura do edifício.

Tabela 1: Estrutura de Madeira e Telha de Fibrocimento - Quantitativos e Custos Estrutura de Madeira e Telha de Fibrocimento

Material Unidade Quantidade Cód. SINAPI Custo Unitário (R$) Custo Total (R$) Estrutura de Madeira m² 292 73931/001 52,37 15292,04 Tratamento da estrutura m² 292 55960 5,14 1500,88 Telha Fibrocimento (6mm) m² 323 74088/001 28,74 9283,02 Calha m 64,24 72105 41,72 2680,09 Rufo m 185,26 72106 16,95 3140,16 Contrarrufo m 179,44 72106 16,95 3041,51 Impermeabilização Calha Central m² 22 6225 30,64 674,08 Custo da composição (R$) 35611,78

Fonte: autoria própria

Tomando a linha referente à Estrutura de Madeira como exemplo, pode-se entender a lógica que foi seguida na montagem das tabelas. As colunas apresentam unidade de medição em metros quadrados, quantidade de metros quadrados necessários, código e preço do item na tabela SINAPI, e o custo da quantidade necessária para a obra em tela.

Na composição o item que apresenta maior custo é a própria Estrutura de Madeira, com valor unitário de 52,37 reais. Se fossem considerados apenas os custos unitários, a Calha e sua Impermeabilização teriam grande influência no total, porém, como são usadas em menores quantidades, totalizam pequenas somas no total da composição. A Figura 20 apresenta a porcentagem do custo de cada item em relação ao total da composição.

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Figura 20: Custos percentuais dos itens

Fonte: autoria própria

Percebe-se que a Estrutura de Madeira é o item com maior influência no valor final da composição (43%), tendo representação similar a de todos os outros itens somados.

4.1.2 Cobertura com estrutura de madeira e telha de alumínio

A segunda composição continua sendo uma estrutura de madeira descontínua, porém com telhas de alumínio. Sua estrutura é similar à apresentada na composição anterior. O madeiramento foi montado diretamente sobre a última laje, servindo apenas de apoio para as telhas de alumínio 5 mm. A forma do telhado é a de duas águas com inclinação voltada ao centro, onde será instalada a calha impermeabilizada. As platibandas serão guarnecidas com contrarrufo e o rufo fará a ligação das laterais com as telhas. A Figura 21 ilustra a forma que o sistema foi considerado. 43% 4% 26% 7% 9% 9% 2% Estrutura de Madeira Tratamento da estrutura Telha Fibrocimento Calha Rufo Contrarrufo Impermeabilização Calha

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Figura 21: Estrutura de madeira e telha de alumínio

Fonte: autoria própria

A Tabela 2 apresenta os quantitativos e valores unitários dos itens que fazem parte dessa composição. Os preços foram retirados da tabela SINAPI, com seu respectivo código descrito ao lado. Os quantitativos foram tomados a partir da análise da planta de cobertura do edifício.

Tabela 2: Estrutura de Madeira e Telha de Alumínio - Quantitativos e Custos Estrutura de Madeira e Telha de Alumínio

Material Unidade Quantidade Cód. SINAPI

Custo Unitário (R$) Custo Total (R$) Estrutura de Madeira m² 292 73931/001 52,37 15292,04 Tratamento da estrutura m² 292 55960 5,14 1500,88 Telha Alumínio (5 mm) m² 323 84038 47,07 15203,61 Calha m 64,24 72105 41,72 2680,09 Rufo m 185,26 72106 16,95 3140,16 Contrarrufo m 179,44 72106 16,95 3041,51 Impermeabilização Calha Central m² 22 6225 30,64 674,08 Custo da composição (R$) 41532,37

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Nesse caso, os valores unitários da estrutura (52,37 reais) e da telha (47,07 reais) são mais próximos do que anteriormente. Os custos totais desses itens são muito semelhantes, 15292,04 o primeiro e 15203,61 o segundo. O item de menor custo total foi a e Impermeabilização da Calha Central, 674,08 reais sendo 30,64 reias o metro quadrado. As proporções entre os itens estão apresentadas na Figura 22.

Figura 22: Custos percentuais dos itens

Fonte: autoria própria

A Estrutura de Madeira permanece sendo o item com maior porcentagem no valor final da composição (37%), o mesmo apresentado pela Telha de Alumínio.

4.1.3 Cobertura com estrutura metálica e telha de fibrocimento

No que diz respeito à estrutura, esse sistema segue a mesma lógica das opções anteriores, sendo composta por tesouras confeccionadas em aço. Geralmente a estrutura chega pronta para montagem, exigindo pouca mão de obra. A estrutura poderia ainda ser pontaletada sobre a laje, de forma que as peças viessem à obra com suas dimensões exatas, exigindo apenas a correta montagem do sistema.

Foi considerado nessa combinação, telhas de fibrocimento de 6 mm como as utilizadas na primeira composição. A forma do telhado é a mesma, duas águas com inclinação ao centro da edificação, onde está situada a calha central impermeabilizada. O contrarrufo fará a proteção mecânica das platibandas e o rufo fará o fechamento lateral das áreas telhadas. Figura 23 ilustra a forma que o sistema foi considerado:

37% 4% 37% 6% 7% 7% 2% Estrutura de Madeira Tratamento da Estrutura Telha de Aluminio Calha Rufo Contrarrufo Impermeabilização Calha

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Figura 23: Estrutura metálica e telha de fibrocimento

Fonte: autoria própria

A Tabela 3 apresenta os quantitativos e valores unitários dos itens que fazem parte dessa composição. Os preços foram retirados da tabela SINAPI, com seu respectivo código descrito ao lado. Os quantitativos foram tomados a partir da análise da planta de cobertura do edifício.

Tabela 3: Estrutura Metálica e Telha de Fibrocimento - Quantitativos e Custos Estrutura Metálica e Telha de Fibrocimento

Material Unidade Quantidade Cód. SINAPI Custo Unitário (R$) Custo Total (RS) Estrutura Metálica m² 292 72111 64,85 18936,2 Telha Fibrocimento (6mm) m² 323 74088/001 28,74 9283,02 Calha m 64,24 72105 41,72 2680,0928 Rufo m 185,26 72106 16,95 3140,157 Contrarrufo m 179,44 72106 16,95 3041,508 Impermeabilização Calha Central m² 22 6225 30,64 674,08 Custo da composição (R$) 37755,06

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A Estrutura Metálica tem custo unitário de 64,85 reais (valor maior que o praticado na Estrutura de Madeira), totalizando 18936,2 reais de um montante de 37755,06 reais da composição. Por ser aplicada da mesma forma que nas composições anteriores, o item que permanece sendo o menor custo é a execução da Impermeabilização da Calha Central, com valor de 30,64 reais por metro quadrado e total de 674,08 reais. As percentagens entre os itens estão apresentadas na Figura 24:

Figura 24: Custos percentuais dos itens

Fonte: autoria própria

Percebe-se que a Estrutura Metálica representa a metade do valor final da composição, logo, é o item de maior influência. Comparada à Estrutura de Madeira com o mesmo tipo de telha, mostra um aumento de 7% no valor da estrutura.

4.1.4 Cobertura com estrutura metálica e telha de alumínio

Difere da composição anterior apenas no tipo de telha utilizado. Estrutura em tesouras metálicas montadas com águas direcionadas ao centro, exigindo apenas uma calha central. Os rufos e contrarrufos são instalados da maneira descrita anteriormente. A Figura 25 representa a forma que o sistema foi adotado:

50% 25% 7% 8% 8% 2% Estrutura Metálica Telha Fibrocimento Calha Rufo Contrarrufo Impermeabilização Calha

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Figura 25: Estrutura metálica e telha de alumínio

Fonte: autoria própria

A Tabela 4 apresenta os quantitativos e valores unitários dos itens que fazem parte dessa composição. Os preços foram retirados da tabela SINAPI, com seu respectivo código descrito ao lado. Os quantitativos foram tomados a partir da análise da planta de cobertura do edifício.

Tabela 4: Estrutura Metálica e Telha de Alumínio - Quantitativos e Custos Estrutura Metálica e Telha de Alumínio

Material Unidade Quantidade Cód. SINAPI Custo Unitário (R$) Custo Total (RS) Estrutura Metálica m² 292 72111 64,85 18936,20 Telha Alumínio (5 mm) m² 323 84038 47,07 15203,61 Calha m 64,24 72105 41,72 2680,09 Rufo m 185,26 72106 16,95 3140,16 Contrarrufo m 179,44 72106 16,95 3041,51 Impermeabilização Calha Central m² 22 6225 30,64 674,08 Custo da composição (R$) 43675,65

Fonte: autoria própria

Nota-se que apenas alterando o tipo de telha de fibrocimento para de alumínio há um aumento de 5920,59 reais no custo total da composição. Nesse sistema os custos totais da Estrutura Metálica e da Telha de Alumínio (18936,20 reais e 15203,61 reais) voltam a ter uma

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maior proximidade, similar ao que ocorre no uso da Estrutura de Madeira com Telhas de Alumínio. As percentagens da representação de cada item no sistema são demonstradas na Figura 26.

Figura 26: Custos percentuais dos itens

Fonte: autoria própria

A estrutura metálica diminuiu sua representação (43%) devido ao aumento ocasionado pelo tipo de telha, agora representando 35%.

4.1.5 Cobertura impermeabilizada com manta asfáltica

Esse sistema difere totalmente dos abordados anteriormente. Consiste em uma técnica de impermeabilização onde a laje serve de superfície base para o recebimento das camadas que impedem a infiltração de água. A estrutura é montada em obra e exige maiores cuidados na execução.

Foi considerado acima da laje uma regularização de 4 cm com os devidos caimentos para, então, ser instalada a manta asfáltica, principal item da composição, que trará as propriedades impermeabilizantes. Acima dessa, foi considerada uma camada de EPS com fins voltados ao conforto e o contrapiso para servir de proteção mecânica da estrutura. Por último usou-se uma camada de 3 cm de brita para impedir possíveis ocupações da área de cobertura. O esquema da Figura 27 demonstra o uso das camadas.

43% 35% 6% 7% 7% 2% Estrutura Metálica Telha Alumíno Calha Rufo Contrarrufo Impermeabilização Calha

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Figura 27: Camadas do sistema com manta simples

Fonte: autoria própria

A Tabela 5 apresenta os quantitativos e valores unitários dos itens que fazem parte dessa composição. Os preços foram retirados da tabela SINAPI, com seu respectivo código descrito ao lado. Os quantitativos foram tomados a partir da análise da planta de cobertura do edifício.

Tabela 5: Manta Asfáltica Simples – Quantitativos e Custos Manta Asfáltica Simples

Material Unidade Quantidade Cód. SINAPI

Custo

Unitário (R$) Custo Total (R$)

Regularização 4cm m² 292 87670 31,73 9265,16 Contrapiso 4cm m² 292 87670 31,73 9265,16 Brita 2 3cm m³ 8,76 83668 82,21 720,16 EPS m² 292 empresa 32,00 9344 Manta 4 mm Simples m² 292 83738 62,18 18156,56 Contrarrufo m 179,44 72106 16,95 3041,51 Custo da composição (R$) 49792,55

Referências

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