TONTRIBUIÇAO AO ESTUDO DA IDENTIFICAÇAO TOPOLÓGICA DE S I S - TEMAS F~SICOS DNIÃMCIOS NÃO-LINEARES"
LOURDES ZMETEK
TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE P6S-GRADUAGÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO R I O DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUI- SITOS NECESSARIOS PARA A OBTENÇAO DO GRAU DE MESTRE EM cIEWIA [M.Sc. I .
A p r o v a d a p o r :
P r e s i d e n t e
RIO DE JANEIRO
ESTADO DA GUANABARA
-
BRASIL MAIO DE 1 9 7 3A G R A D E C I M E N T O S
-
Ao Prof. Amaranto Lopes P e r e i r a p e l a sua orienta950 e pe-
l a s o l i d a r i e d a d e p r e s t a d a .-
Ao Prof. Jacques ~ i l l i è r e s p e l a ajuda na simulacão d i g i - t a l .-
Aos Profs. Gerard ~ u t h i é , Arvind Caprihan e Daniel Dejean p e l a p a r t i c i p a ç ã o na banca examinadora.S U M A R I O
Na presente ~emória, os principais resultados de uma pes
-
guisa teórico-experimental visando uma contribuição ao estudo da
IDENTIFICAÇÃO T O P O L ~ G I C A de um grupo de classes de sistemas dinâmi
-
tos não-lineares são apresentados.
O trabalho focaliza o estudo analítico e experimental (com
o auxílio da simulação digital) de vinte e quatro estruturas não-li
-
neares constituidas pela associação em cascata de blocos lineares, estacionários e de primeira ordem e de blocos não-lineares do gru-
po dos relês polarizados. Testes hierarquizados especialmente con
-
cebidos para o estudo das propriedades estruturais internas e exter
-
iii
A B S T R A C T
-
The p r e s e n t Memoramdum p r e s e n t s t h e main r e s u l t s o f a
theoretical-experimental r e s e a r c h e f f o r t , a i m i n g a t a c o n t r i b u t i o n i n t h e s t u d y o f TOPOLOGICAL IDENTIFICATION o f c e r t a i n c l a s s e s o f d y n a m i c a l s y s t e m s .
The work combines e x p e r i m e n t a l and a n a l y t i c a l a p p r o a c h e s ( w i t h t h e a i d o f a d i g i t a l s i m u l a t i o n ) o f 2 4 n o n l i n e a r s t r u c t u r e s d e f i n e d be t h e c a s c a d e a s s o c i a t i o n o f l i n e a r s t a t i o n a r y and f i r s t o r d e r b l o c k s w i t h n o n l i n e a r b l o c k s employing a g r o u p o f p o l a r i z e d r e l a y s . H i e r a r c h i z e d t e s t s e s p e c i a l l y c o n c e i v e d f o r t h e s t u d y of i n t e r n a 1 and e x t e r n a 1 s t r u c t u r a l p r o p e r t i e s o f s e l e c t e d c o m b i n a t i o n s a r e d e t e r m i n e d and e x p e r i m e n t a l l y v e r i f i e d .
I N D I C E AGRADECIPENTOS
...
i...
SUP-GRIO
ii...
ABSTRACT iii INDICE...
iv...
1.1-
considerações gerais 31.1.1
-
Identificação-
~onceituação segundoL.A.
Za-...
deh 3
1.1.2
-
Identificação comoum
dos problemas básicosda teoria moderna dos sistemas
...
41.1.3
-
principio de um método de identificacão desistemas físicos dinâmicos não-lineares ba-
seados na idéia de decomposicão estrutural.. 5
1.1.4
-
comparação entre alguns métodos usados paraidentificação de processos (sistemas)
...
7...
1.2
-
Sistemas não-lineares 111.2.1
-
ConsideraçÕes gerais sobre sistemas não-li-...
neares 11
...
1.2.2
-
Sistemas não-lineares 13I. 3
-
Revisão de alguns conceitos básicos da teoria geral...
de sistemas 17
1.3.1
-
Sistema dinâmico na concepqão de R.E.Kalman 171.3.2
-
Noções de sistema e de estado no sentido de1.3.3
-
As definições de R.E.Kalman e L.A.Zadeh e oproblema de identificação
...
201.3.4
-
Conceitos de equivalência...
221.3.5
-
Observabilidade de sistemas não-lineares..
231.4
-
características de algumas não-linearidades mais co-nhecidas
...
231.5
-
Sistemas e Estruturas...
251.5.1
-
Diagrama de blocos...
251.5.2
-
Naturezae
características dos blocos utili-zados
...
261.5.3
-
Sinais de teste...
281.5.4
-
Teste em escalão (teste nQ 1)...
3111.1
-
Estudo das propriedades estruturais externas e topo-lógicas de cadeias não-lineares
...
3311.1.1
-
principio do método de decomposição estrutu-ral
...
3311.2
-
Teste nQ 1 (resposta temporal)-
Cadeia do tipo A 3611.2.1
-
Análise de uma estrutura típica contendo umrelé ideal e um relê com zona morta
...
3711.2.2
-
~nálise de uma estrutura típica contendo umrelé ideal e um relé com histerese
...
3911.2.3
-
Análise de uma estrutura tipica contendo umrelé ideal e um relé com zona morta e histe-
rese
...
4011.2.4
-
~nálise de uma estrutura típica contendo dois11.3
-
Teste n? 1-
Cadeia do t i p o B...
E s t r u t u r a t í p i c a contendo um r e l é i d e a l e...
um r e l é com zona morta
E s t r u t u r a t í p i c a contendo um r e l é i d e a l e um r e l ê com h i s t e r e s e
...
E s t r u t u r a t í p i c a contendo um r e l é i d e a l e um r e l ê com zona morta e h i s t e r e s e...
E s t r u t u r a t í p i c a contendo um r e l é com zona morta e um r e l é i d e a l...
Tempo de comutação considerando o caso g e r a l de um bloco l i n e a r e n t r e d o i s blocos n ã o - l i - neares...
50 ~ q u a ç õ e s de s a í d a para a cadeia do t i p o Aconsiderando o caso da e s t r u t u r a contendo
r e l é i d e a l e r e l é com zona morta
...
5 2 ~ q u a ç õ e s de s a í d a para a cadeia do t i p o B-
caso de uma e s t r u t u r a contendo r e l é com zona morta e r e l é i d e a l...
56~ o n c l u s õ e s o b t i d a s a t r a v é s da aplicação do
t e s t e n? 1
...
6 0 1 1 . 4- Teste n?
2-
Resposta temporal com t e s t e de reconhe-cimento da p r e s e n j a de h i s t e r e s e na Última não-line- aridade da cadeia
...
6 2 1 1 . 4 . 1-
~ p l i c a ç ã o do t e s t e5
cadeia do t i p o A..
631 1 . 4 . 2
-
~ ~ l i c a ç ã o do t e s t e5
cadeia do t i p o B...
7 3 11.4.3-
~ o n c l u s õ e s sobre o t e s t e n? 2...
8 011.5
-
Teste n? 3-
~ q u a ç õ e s e g r á f i c o s dos tempos de comu-...
1 1 . 5 . 1 . Tempos de comutação com B c o n s t a n t e e a
v a r i á v e l . C a d e i a do t i p o A
...
82 1 1 . 5 . 2 . Temposde comutacão com a c o n s t a n t e e Bv a r i á v e l . Cadeia do t i p o A
...
8 3 1 1 . 5 . 3.
Tempos d e comutação p a r a c a d e i a do t i p o B 84 1 1 . 5 . 4.
ConclusÕes s o b r e o t e s t e n? 3...
8 0...
11.6.
Teste n? 4.
C a r a c t e r í s t i c a ~ s t á t i c a 86 11.7 . c o n c l u s ã o...
88 I111.
~ n t r o d u ç ã o...
9 0 1 1 1 . 2 . T e s t e n? 1...
9 0 111.3. T e s t e n? 2...
115 1 1 1 . 4 . T e s t e no 3...
1 3 6 111.5. Teste nQ 4...
1 4 2I N T R O D U Ç Ã O
O p r e s e n t e t r a b a l h o contem-se no âmbito mais ge
-
r a l do problema IDENTIFICAÇÃO DE SISTEYAS F ~ S I C O S NÃO LINEARES,
i n s e r i d o no P r o j e t o MODELAGEM E CONTROLE DE SISTEMAS F ~ S I C O S , uma d a s l i n h a s d e p e s q u i s a v i g e n t e s no PROGRAMA DE ENGENHARIA DE SISTE-
MAS E COMPUTAÇÃO DA COPPE/UFRJ.~ ã o c o n s t i t u i u o o b j e t i v o i m e d i a t o d a p e s q u i s a p o r nós empreendida e que s e r v i u d e b a s e à p r e s e n t e memória de tese o desenvolvimento d a s d i f e r e n t e s e t a p a s que compreendem um dade méto
-
d o de i d e n t i f i c a ç ã o nem muito menos s u a a p l i c a ç ã o a um problema con-
c r e t o . A n t e s , a o r i e n t a ç ã o p r e c o n i z a d a f o i a d a p r e p a r a ç ã o d o s i n-
d i s p e n s á v e i s e l e m e n t o s de informação com o s q u a i sserá
possíve1,em uma e t a p a p o s t e r i o r o completo equacionamento e c o n s e q u e n t e s o l u-
ç ã o do problema d a i d e n t i f i c a ç ã o d e uma bem d e f i n i d a c l a s s e de s i s temas dinâmicos não l i n e a r e s , a t r a v é s de um M~?~TODO DE DECOMPOSIÇÃO ESTRUTURAL. T a l método, onde s ã o i n t r o d u z i d a s a s noções d e F A M ~-
L I A e d e GRUPO e onde é r e d e f i n i d a a noção de CLASSE, p r e c o n i z a c o-
mo c o n d i ç ã o n e c e s s á r i a à s u a a p l i c a b i l i d a d e o e s t u d o p r e l i m i n a r e m n í v e l d e a n á l i s e d a s p r o p r i e d a d e s e s t r u t u r a i s i n t e r n a s d e um con-
j u n t o de c a d e i a s i n t e g r a d a s p o r um número f i n i t o de componentes li-
n e a r e s e não l i n e a r e s , d e n a t u r e z a e s t á t i c a com e s e m memória. O e s t u d o d e t a i s p r o p r i e d a d e s e s t e n d i d o a uma f a m í l i a d e classes d e e s t r u t u r a s não l i n e a r e s com a s c a r a c t e r í s t i c a s acima c i t a d a s , cons-
t i t u e a s s i m a i n f r a - e s t r u t u r a s o b r e a q u a l se a p o i a r á a IDENTIFICA-
ÇÃO T O P O L ~ G I C A de s i s t e m a s f í s i c o s não l i n e a r e s c u j o comportamentoexterno possa s e r admitido q u a l i t a t i v a m e n t e equivalente ao das d i - f e r e n t e s cadeias e s t r u t u r a i s s u s c e t í v e i s de serem a n a l i s a d a s .
No t r a b a l h o que o r a apresentamos, nos ativemos ao grupo dos r e l é s e 5s e s t r u t u r a s contendo no máximo q u a t r o blocos em s é r i e (associação do t i p o c a s c a t a ) , em que o s l i n e a r e s foram supos
-
t o s i n v a r i a n t e s com o tempo e de primeira ordem, enquanto o s não l i n e a r e s foram escolhidos d e n t r e os r e l é s do t i p o polarizado. Um t o t a l de 2 4 e s t r u t u r a s teve suas propriedades i n t r í n s e c a s e e x t r h-
s e c a s determinadas com o a u x í l i o de 4 t e s t e s e s p e c i a i s . A v e r i f i - cação experimental f o i procedida a t r a v é s de uma simulação em compu-
t a d o r d i g i t a l , c u j a u t i l i z a ç ã o nos pareceu mais cômoda que a de um computador analõgico capaz, como sabemos, de fornecer uma solução contínua.A p a r t e e s s e n c i a l da pesquisa r e a l i z a d a compreen- dendo g r ã f i c o s , desenvolvimentos a n a l í t i c o s , programa de computa- ção e considerações t e ó r i c a s b á s i c a s ao estudo do problema aborda- do, acha-se exposta nos t r ê s c a p í t u l o s e d o i s apêndices que s e se- guem.
I. 1
-
CONSIDERAÇÕES G E R A I S1.1.1
-
IDENTIFICAÇÃO-
CONCEITUAÇÃO SEGUNDO L.A. ZADEE:Segundo L.A. Zadeh a i d e n t i f i c a ç ã o ou "pro
-
blema da caixa preta"- que
é,
em Última a n á l i s e , a determina~ão das relações entrada-saída de um sistema dinâmico por meios experi-
mentais, ocorre em vários ramos da c i ê n c i a , de maneiras a s mais d i-
versas. Alguns autores denominam ainda e s t e problema pelos nomes de: "caracterização", "mensuração" ou "avaliação". O nome mais u- t i l i z a d o e n t r e t a n t o é o de i d e n t i f i c a ç ã o .A formulação do problema
é
essencialmente a seguin-
t e :Sendo dados:
1) Uma "caixa p r e t a " B , cuja relação entrada
-
sa-
$da não é conhecida a p r i o r i .2 ) O espaço de entrada de domínio), i s t o é, a c l a s s e de funções do tempo na qual a operação com B
6
definida.3 ) A c l a s s e de caixas p r e t a s C , na qual ( como informação a p r i o r i ) B e s t á contida:
Pede-se determinar, pela observação da resposta de B , para v á r i a s entradas, um membro de C que s e j a equivalen- t e a B , no sentido de que as respostas do r e f e r i d o membro a t o
-
das as funções do tempo no espaço de entrada de B , sejam i d ê n t i c a s às respostas de B.
1 . 1 . 2
-
IDENTIFICAÇÃO COMO UM DOS PROBLEMASBASICOS
DA TEORIA MODEBNA DOS SISTEMAS :
Considerando-se a sua importância e os resultados a t é aqui obtidos, forçoso
6
reconhecer que o estudo do "Problema de Identificação" l 7 ainda e s t á longe de s e r esgotado, mormente se observarmos os d i f e r e n t e s aspectos que no mesmo devem s e r conside-rados.
O "Problema da Caixa P r e t a " , relaciona-se no que s e r e f e r e aos dados necess&5os
2
sua determinação, a dois OU- t r o s problemas não menos importantes: o da "caracterização" e o da " c l a s s i f i c a ç ã o " de sistemas.O "Problema da caracterização" consiste na repre- sentação sob forma matemática das relações entrada-saída. De uma maneira g e r a l , a relação entrada-saída
6
expressa em termos de um conjunto f i n i t o , ou pelo menos calculável, de operadores l i n e a r e s(com ou sem memória) e de operadores não l i n e a r e s (com ou sem memó
-
r i a ) .O "Problema da c l a s s i f i c a c ã o " pode s e r apresenta- do da seguinte maneira: sendo dada uma "caixa p r e t a " B e uma famí
-
l i a de c l a s s e s de sistemas C l , C Z , . . . C A . . . , Cn t a l que B per- tença a uma destas c l a s s e s , por exemplo C , o problema consiste em determinar C a p a r t i r da observação das respostas de B , para d i -
ferentes entradas.
O "Problema da identificação" de um sistema B im
-
plica necessariamente na determinação de suas características atra
-
vés da observação de suas respostas a entradas experimentais.Mais precisamente, sendo dada uma classe de sistemas C (com cada mem-
bro de C completamente caracterizado), o problema consiste em de
-
terminar
um
sistema em C que seja equivalente a B.A identificação de um sistema apresenta algumas di
-
ficuldades operacionais como por exemplo a presença de ruído na ob
-
servação da entrada e/ou saída, a falta de conhecimento do estado inicial do sistema submetido aos testes, etc.
1.1.3
-
PRINC~PIO DE UM METODO DE IDENTIFICAÇÃO DE SISTEMAS F ~ S I-
COS DINÊMICOS NÃO LINEARES BASEADOS NA
IDEIA
DE DECOMPOSI-ÇÃO ESTRUTURAL
grande o número de recursos matemáticos disponi
-
veis para o tratamento de problemas envolvendo a hipótese de linea
-
ridade, o que tem contribuído de forma decisiva para o desenvolvi-
mento de métodos e técnicas de identificação aplicáveis aos siste
-
mas físicos considerados lineares. No caso da identificação de
sistemas físicos comportando não-linearidades, entretanto, e bem
menor o número de contribuições originais e de m6todos susceptiveis de aplicação prática.
ção e de encaminhamento da solução em termos qualitativos e quanti
-
tativos do problema de identificação de
um
F'amilia de classes17 desistemas não-lineares, dos tipos com ou sem memória e cujo compor-
tamento externo é similar ao de estruturas constituídas por uma da
-
da combinação de componentes ou sub-sistemas em número finito. Es
-
ses sub-sistemas representam as partes lineares e não-lineares, su
-
postas separáveis, do sistema.
A formulação do Problema de identificação de um
sistema físico dinâmico com características não-lineares com ou sem memória, será então a seguinte:
"Tem-se um sistema físico dinâmico O cuja estru-
tura interna é inacessível e cujo modelo matemático não
6
conheci-I 1
do "a priori"
são dados:
-
Um conjunto T dos reais (conjunto dos tempos)-
Um conjunto U de valores de entrada-
Um conjunto R de funções aceitáveis de entrada,
tal que:Supondo-se que O pertence a uma família F de
classes C1, C2,
...
C A ,...
'
n (n finito) de sistemas cujo compor-
tamento qualitativo externo pode ser assimilado ao de um conjunto
de estruturas constituídas por uma dada associação de um número fi
-
ou sem memória, pede-se:
a) pela observação da resposta de O a um conjun
-
to ordenado de sinais de teste w E R
,
e com valores em U, deter-
minar um elemento C A de F que tenha as mesmas características
externas de O
.
O referido elemento definirá a classe de O.
Asua composição estrutural interna será dita equivalente àquela de
O (identificação topológica).
b) a partir da estrutura topológica equivalente do
sistema e utilizando sinais de entrada w E R e com valores em U
correspondentes às condições normais de operação do Sistema, deter
-
minar os parâmetros dos diferentes componentes ou "objetos" dessa
estrutura (estimação paramétrica)
.
c) determinada parametricamente a estrutura topo- lógica equivalente, estabelecer o modelo matemático do sistema,ten
do em vista o seu objetivo e dentro da precisão que tenha sido pre
-
viamente fixada (representação glóbal)".
Estas são as três etapas essenciais em que pode
ser dividido o problema da identificação.
1.1.4
-
COMPARAÇÃO ENTRE: ALGUNS METODOS USADOS PARA IDENTIFICAÇÃODE PROCESSOS (SISTEMAS)
Dentre os vários métodos de identificação que tem feito objeto da literatura técnica especializada, podemos citar os
-
Método da deconvolução numérica-
Método da auto-correlação e da correlação mútua-
Método da densidade e s p e c t r a l- ~ é t o d o
da medida da resposta harmônica- Método dos modelos experimentais
-
Método baseado na Teoria de Wiener r e l a t i v a aos sistemas não-li- neares-
Método da aproximação d i f e r e n c i a l- ~ é t o d o
u t i l i z a n d o a s t é c n i c a s de Gradiente-
~ é t o d o de quase l i n e a r i z a ç ã o- Método levando em conta a s condições de i n v a r i â n c i a
O "Método da ~ e c o n v o l u ç ~ o ~ u m é r i c a " dá bons r e s u l tados para sistemas l i n e a r e s sem ruído. liá ás, como sabemos, a s não-linearidades e o ruído introduzem oscilaçÕes no r e s u l t a d o . Pa
-
r a e l i m i n a r e s s a s oscilaçÕes é necessário uma i d e a l i z a ç ã o na curva de entrada e saída.Para o "Método de ~ u t o - c o r r e l a ç ã o e correlação mÜ
-
tua" é necessário que o s i n a l e s t o c á s t i c o de entrada e de s a í d a s e-
j a e s t a c i o n á r i o ou pelo menos aproximadamente e s t a c i o n á r i o . Esta condição e ainda o longo tempo de computação exigido na aplicação do método constituem os seus maiores inconvenientes.O " ~ é t o d o da densidade e s p e c t r a l " é usado para sistemas l i n e a r e s i n v a r i a n t e s no tempo. Este método exige que os dados de entrada e s a í d a sejam e s t a c i o n á r i o s no i n t e r v a l o de tempo
interessando a identificação do sistema.
A "Medida da Resposta ~armônica"
é
um método quese aplica a sistemas lineares variáveis com o tempo.
~á
uma certadificuldade em sua aplicação quando a ordem do sistema é elevada.
O "~étodo dos modelos experimentais" está limita-
do aos casos em que os sinais de entrada sejam diferentes de zero, dentro de um intervalo de tempo apreciável.
A Teoria de Wiener de sistemas não-lineares con
-
duz em Última análise a uma equação de aparente simplicidade. Apa
rente porque na realidade
um
número infinito de operações envolvea equação acima referida. Torna-se necessário então uma limitação
das operações, mas por outro lado, a análise do erro causado por
essa limitação e seu efeito podem ser extremamente difíceis. ~ l é m
disto, um sinal de teste especial precisa ser aplicado dentro de
um long intervalo de tempo. ~ a m b é m não são considerados os casos
de sistemas variáveis com o tempo nem de sistemas instáveis.
O da "~proximação diferencial"
6
um método queconsiste na escolha de um conjunto de parâmetros numa equação dife
-
rencial de maneira a comparar suas trajetórias com uma função de
tempo dada. Computacionalmente é bastante simples mas, particular
-
mente quando um ruído aleatório intervem, ou quando a escolha do
modelo
é
pobke, este método torna-se inferior aos métodos baseadosna Teoria de Controle btimo.
Controle btimo: Método de Gradiente, o da Quase-Linearização e o Método das condições de ~nvariância
O "~étodo de Gradiente" tem sido frequentemente
-
utilizado para a solução computacional de problemas de sistemas de
controle Ótimo.
A
idéia básica no método é satisfazer os vínculosimpostos a um sistema de equações diferenciais, enquanto são efetu
-
adas repetições nos sinais de controle, de tal forma que cada nova
repetição melhore a função a ser minimizada. A principal vantagem
desse método
é
a independência de convergência no cálculo inicialda trajetória. Infelizmente, a convergência das repetições prõxi-
mas do Ótimo, geralmente vai se tornando cada vez mais vagarosa
quanto mais nos aproximamos do mínimo.
A
"quase-linearização'"é
uma técnica por meio daqual um problema não linear, é transformado num problema linear,de
solução mais imediata. O emprego da técnica computacional de qua-
se-linearização no controle Ótimo e na identificação de sistemas é
de particular interesse nos sistemas de controle encontrados na en
-
genharia. Para a solução computacional existe uma dificuldade. Es
-
ta prende-se ao fato de que a região de convergência é algumas ve-
zes muito pequena.
A maior vantagem do "~étodo de condições de inva-
riância" é ser o mesmo de natureza sequencial. Sua região de con
-
vergência para a solução de problemas de controle Ótimo, é conside
-
ravelmente maior que a obtida pelo método de quase.linearização.
fi
e dos parâmetros, está consideravelmente em erro, o que
é
explica-
do pelo tempo relativamente longo de estimação. Na maior parte
dos casos torna-se difícil distinguir o "valor atual" do valor es
-
timado.
1.2.1
-
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE SISTEMAS NÃO LINEARESTalvez a melhor definição para sistemas não line-
ares é a de que são, simplesmente, todos os sistemas que não são
lineares.
Para entendermos portanto melhor, os sistemas não
lineares, façamos antes
um
rápido estudo dos lineares.Classicamente, podemos definir l 6
um
sistema li-near como o capaz de verificar as seguintes hipóteses:
1) Hipótese da Homogeneidade: Se todas as excita
-
ções que agem sobre um sistema linear forem multiplicadas por um
certo fator constante, as respostas correspondentes resultam mul- tiplicadas pelo mesmo fator. Em resumo, a amplitude das respostas
é proporcional à das excitações.
2) Hipótese da ~uperposição: Se várias excitaqões
atuam simultaneamente sobre um sistema linear, o efeito produzido
é igual à soma das respostas obtidas se cada uma das entradas a-
gisse isoladamente.
T o p i c s i n Mathematical System Theory) permitem d e f i n i r um sistema l i n e a r p o r s u a r e s p o s t a a c e r t o s s i n a i s d i t o s e l e m e n t a r e s , permi- t i n d o r e c o n s t i t u i r uma e x c i t a ç ã o q u a l q u e r p o r s u p e r p o s i ç ã o de uma i n f i n i d a d e d e s s e s s i n a i s . Podemos d e f i n i r de maneira s u s c i n t a a r e s p o s t a a
t r ê s
d e s s e s s i n a i s e l e m e n t a r e s , c o r r e n t e m e n t e u t i l i z a d o s na i d e n - t i f i c a ç ã o de s i s t e m a s f í s i c o s d i n % n i c o s , s o b r e t u d o nos a d m i t i d o s como l i n e a r e s .-
R e s p o s t a i m p u l s i v a ou r e s p o s t a a o impulso u n i - t á r i o ou d e D i r a c .-
R e s p o s t a i n d i c i a l ou r e s p o s t a a o d e g r a u u n i t á - r i o .-
R e s p o s t a harmônica ou r e s p o s t a5
e x c i t a ç ã o s e - n o i d a l .O regime permanente harmônico
6
p a r t i c u l a r m e n t e i m p o r t a n t e , p o i s a r e s p o s t a a uma e x c i t a ç ã o s e n o i d a l a p l i c a d a a um sistema l i n e a r é uma s e n õ i d e d e mesma f r e q u ê n c i a . E , a i n d a m a i s , a composição e s p e c t r a l d a e x c i t a ç ã o se e n c o n t r a i n t e g r a l m e n-
t e n a r e s p o s t a .Do p o n t o de v i s t a matemático, o s s i s t e m a s l i n e a - res s ã o comumente d e s c r i t o s p o r equações d i f e r e n c i a i s l i n e a r e s o r
-
d i n á r i a s , p a r a m é t r i c a s ou a d e r i v a d a s p a r c i a i s , estas Ú l t i m a s no c a s o de sistemas f í s i c o s a c o n s t a n t e s d i s t r i b u í d a s , p o r exemplo.Em r i g o r , não e x i s t e m s i s t e m a s m a t e r i a i s que sejam p e r f e i t a m e n t e l i n e a r e s . E n t r e t a n t o pode-se r e p r e s e n t a r um s i s t e m a dado, dependendo d a p r e c i s ã o r e q u e r i d a , p o r um modelo l i n e a r , d e s - d e que se c o n s i d e r e um domínio de funcionamento l i m i t a d o .
P a r a um s i s t e m a l i n e a r , a e s t a b i l i d a d e é uma pro- p r i e d a d e i n t r í n s e c a i n d e p e n d e n t e d a n a t u r e z a e d a a m p l i t u d e d a s e x
-
citações e x t e r i o r e s às q u a i s e s t e j a submetido o r e f e r i d o s i s t e m a . 1 . 2 . 2-
SISTEMAS NÃO-LINEARES 4 A d e f i n i ç ã o de sistemas n ã o - l i n e a r e s 1 5 e , conojá
vimos, puramente n e g a t i v a . O vocábulo se a p l i c a p o r t a n t o a s i s t e - m a s m u i t o d i f e r e n t e s e n t r e s i e dos q u a i s se pode e s t u d a r a p e n a s algumas c l a s s e s .
O s sistemas n ã o - l i n e a r e s não s a t i s f a z e m a nenhuma d a s h i p ó t e s e s e n u n c i a d a s p a r a o s s i s t e m a s l i n e a r e s . Em p a r t i c u l a r , se uma e x c i t a ç ã o s e n o i d a l l 0 é a p l i c a d a a um s i s t e m a n ã o - l i n e a r , a r e s p o s t a p e r i ó d i c a r e s u l t a n t e contém, em g e r a l , uma o u t r a componen
-
t e fundamental d a m e s m a f r e q u ê n c i a , uma componente c o n t í n u a e h a r - mônicos d e f r e q u ê n c i a m ú l t i p l a s d a fundamental.A s não l i n e a r i d a d e s s ã o s u s c e p t í v e i s de serem c l a s s i f i c a d a s de v ã r i a s m a n e i r a s .
P a r a a a p l i c a ç ã o de métodos matemáticos é impor
-
t a n t e d i s t i n g u i r - s e as n ã o - l i n e a r i d a d e s c o n t i n u a s d a s d e s c o n t h u a A !Exemplos de não-linearidades contínuas: Fig 1.1 (a,b)
a) Saturacão c o m Curvatura b) Histerese
Exemplos de não-linearidades descontínuas: Fig.I.l(c.d)
FIG. 1.1
Por outro lado, pode-se distinguir elementos não- lineares apresentando-se uma relação bi-unívoca entre a entrada e
a saída daqueles em que a saída é uma função não uniforme da entra
-
da (presença de histerese, por exemplo).
Finalmente, pode-se considerar uma distinção ain-
da mais fundamental que é a que separa não-linearidades parasitas
ou acidentais de não-linearidades voluntárias ou essenciais. As
primeiras resultam da limitação de materiais, de imperfeições na
lementos lineares. Seu efeito
6
dos mais desfavoráveis do ponto devista do desempenho do sistema. As segundas
-
não-linearidades es-senciais
-
resultam de uma intenção deliberada do projetista, sejapara simplificar a realização, seja para obter certos desempenhos particulares, como ocorre por exemplo no emprego de relés em siste- mas de controle.
1.2.3
-
LIMITAÇÃO DOS M~TODOS LINEARESO estabelecimento do modelo matemático de
um
siste-
ma físico, ou seja, a descrição do comportamento desse sistema por equações, implica em certas aproximações que visam sobretudo evitar a complexidade do tratamento de equações de ordem elevada e as com-
plicações de cálculo15. Procura-se, então, obter
um
modelo que pe-lo menos seja capaz de descrever qualitativamente o comportamento observado.
Supondo-se que as variáveis de um sistema tem uma
amplitude suficientemente pequena, podemos descrevê-lo por uma equa
-
ção diferencial ordinária linear a coeficientes constantes.
A hipótese da linearidade não é válida quando se
exige um modelo mais preciso do sistema considerado, ou seja, quan-
do se procura uma correspondência também quantitativa. Por outro
lado, não devemos perder de vista que certos sistemas não podem ser
linearizados, nem mesmo como uma aproximação grosseira. Ê o caso
dos sistemas de características descontínuas, como os reles, por e- xemplo.
Certos fenômenos encontrados frequentemente na
prática também não podem ser explicados a partir de
um
modelo line-
ar como no caso da limitação de amplitude (auto-oscilação) encon
-
trada nos osciladores.
Para melhorar assim a descrição matemática de um sistema de estrutura física conhecida, devemos fazer aproximações um pouco menos grosseiras e levar em conta as não-linearidades das características de certos dos seus componentes.
De uma maneira geral, dois métodos possíveis de
naturezas diferentes podem ser considerados no estudo de sistemas não-lineares:
-
O primeiro é o método matemático, e tem por ob-jeto
o
estudo dos sistemas não-lineares a partir de uma caracteri-
zação matemática de diversas classes desses sistemas. O conheci
-
mento das propriedades das soluçÕes das equações correspondentes a cada uma dessas classes, servirá de base ao estabelecimento de um modelo do sistema, capaz de dar conta de seu comportamento global.
-
O segundo, método físico, consiste em: a partirde não-linearidades semples como por exemplo o relés, a saturação,
a histerese, a zona morta, etc., formar classes de sistemas não
-
lineares caracterizados pela presença de uma ou mais não-linearida
-
des do tipo dado. Pesquisa-se então, experimentalemente, os "atri
-
butos pertinentes" 5s classes em questão, após o que, por um pro
-
cesso de análise procura-se obter as equações globais dos sistemas
causa.
1.3
-
REVISÃO DE ALGUNS CONCEITOSBASICOS
DA TEORIA GERAL DE SISTEUm sistema dinâmico C é uma estrutura matemática
abstrata definida por um séptuplo:
com :
t E T X E X Y E Y
onde
T- é um dado conjunto dos tempos. Pode ser contínuo ou discreto.
U
-
é um conjunto de valores de entrada (contínuo ou discreto),
tal que:
Y
-
éum
conjunto de valores de saída que pode também ser contínuoou discreto, tal que:
do s i s t e m a . É o e s p a ç o de e s t a d o .
n
-
é um c o n j u n t o de funções ( a c e i t â v e i s ou a d m i s s í v e i s ) de e n t r a d a . R = { o : T + U ),
gozando das p r o p r i e d a d e s de não t r i v i a - l i d a d e e concatenação de e n t r a d a s .r
-
é um c o n j u n t o de funções de s a í d a@
-
é
uma função de t r a n s i ç ã o de e s t a d o@ = T x T x X x R + X
,
t e n d o a s p r o p r i e d a d e s de d i r e c i o-
n a l i d a d e do tempo, c o n s i s t ê n c i a , composir$o e c a u s a l i d a d e . A d e f i - n i ç ã o de s i s t e m a dinâmico de Kalmané
a i n d a complementada p o r uma r e l a ç ã o de s a í d a :n : T x X -+ Y
t E T n ( t , x ) = y com x E
x
Y & Y
1 . 3 . 2
-
NOÇÕES DE SISTEMA E DE ESTADO NO SENTIDO DE L.A.ZADEH 2 2Um s i s t e m a pode s e r d e f i n i d o como uma f a m í l i a de p a r e s e n t r a d a - s a í d a :
o = { :
t t[
0 , 11(
Eo,tJ
,
Y
[to,tl] ) p e r t e n c e a O,
c a d a segmento de ( u-
[to,
ti]
) também p e r t e n c e a O .Denominemos 0 ( t o ) = {
(c
[ t o , t,],
y [to,
t1l
) 1,
t > t um s u b - c o n j u n t o de O = {
( ~ , y )
1 ,
(G
= [to,tl] e =1 - o
=
Il
[to,tl] compreendendo t o d o s o s p a r e s e n t r a d a - s a í d a c o n s i d e - r a d o s a p a r t i r do i n s t a n t e i n i c i a l t=to.
Agrupemos o s p a r e s de O ( t ) que possuem uma c a r a c t e r í s t i c a p a r t i c u l a r ou uma m e s m a p r o-
O
p r i e d a d e e s p e c í f i c a , e m um sub-conjunto 0 $to) e m que
"o
r e p r e - s e n t e uma e s p é c i e de e t i q u e t a ou r ó t u l o d o s componentes d e s s e con-
j u n t o .Se a+, v a r i a r num e s p a c o Z t o
,
teremos uma famí- l i a d e sub-conjuntos de p a r e s de f u n ç õ e s q u e , p a r a cada to,
r e p r e-
s e n t a r e m o s p o r { 0% ( t o ) 1.
Se q u a t r o c o n d i ç õ e s d i t a s c o n d i ç õ e s d e c o n s i s t ê n
-
c i a forem p r e e n c h i d a s , o s%
s e r ã o chamados o s e s t a d o s d o sistema.E s t a s c o n d i ç õ e s s ã o as s e g u i n t e s ( ~ a d e h ~ ~ ) :
1
-
c o n d i ç ã o de Recobrimento:@ ( t o ) deve ser a u n i ã o d e t o d o s o s membros d a f a - m í l i a { O ~ ( t o ) l , E C t o
,
OU s e j a , simbolicamente:4
-
c o n d i ç ã o d e c o n t i n u a ç ã o : O O,
'
/
{ ( r y y ' ) } E O a J t o ) l =Oal(tl)
O O to E R 1 , a+, E t o t ( E ,P )
E @ % ( t o ) , t l ) t O e t-
> tl (,
y
) é chamado c o n t i n u a ç ã o d e ( u O , yO).
I . 3 . 3
-
AS DEFINIÇÕES DE R. E. KALMAN E L. A . ZADEH E O PROBLEMA DA IDENTIFICAÇÃON a d e f i n i ç ã o d e s i s t e m a d i n â m i c o d e R.E.Kalman, o e s t a d o
6
dado a p a r t i r d a noção d a f u n ç ã o d e t r a n s i ç ã o p o r uma re- l a ç ã o e n t r e o e s t a d o n o i n s t a n t e t , o e s t a d o e m um i n s t a n t e a n t e - r i o r T e uma f u n ç ã o d e e n t r a d a a d m i s s i v e l , s e m r e f e r ê n c i a nenhu- m aã
s a í d a . Ao c o n t r á r i o , n a d e f i n i ç ã o d e L.A.Zadeh, o e s t a d o num i n s t a n t e to e s t á l i g a d o a um c o n j u n t o d e p a r e s e n t r a d a - s a í d a s a t i s f a z e n d o2s
q u a t r o c o n d i ç õ e s d e c o n s i s t ê n c i a , s e m nenhuma reEe-
rência ao estado a n t e r i o r de sistema.
Em p r i n c í p i o , a s definições de sistema e estado da
-
das por L.A.Zadeh parecem s e r mais adaptadas para o problema da i-
d e n t i f i c a ç ã o de um sistema f í s i c o , p o i s , t a l como acontece na iden- t i f i c a ç ã o dos sistemas, o acesso aos sistemas
6
f e i t o a t r a v é s das entradas e saídas do sistema. Entretanto, parece-nos importante pa-
r a o que temos em v i s t a , determinar com precisão os conjuntos T,U,Y,R,r
,
t a l como e s t e s são considerados na definição de Kalman.Mas Kalman no seu l i v r o "Topics
i n
Mathematical System Theory" i n t e r e s s a - s e também pelas interações e n t r e os s i s t e - mas e o meio. Com e s t e o b j e t i v o , um sistema no s e n t i d o entrada/sa-i d a , f o i definido por Kalman da seguinte maneira:
"Um sistema dinâmico ( C )
6
um quíntuplo ( T , U , B , Y,
r )
ao q u a l s e associa um conjunto A , indexando uma f a m í l i a de fun-
ções:onde cada membro de F é representado por uma função fv ( t , w ) = = y ( t ) que exprime a saída do sistema no i n s t a n t e t , r e s u l t a n t e de uma entrada w , em uma experiência
v
".
O conjunto A de Kalman e o conjunto dos
%
de Zadeh representam, apesar de definidos a p a r t i r de elementos de natureza d i f e r e n t e a e t i q u e t a que s i n t e t i z a de maneira global o con junto de experiências indispensáveis ao estabelecimento de pares en-
trada/saída, necess&ios à caracterização do sistema.Dois sistemas O e O' são ditos
equivalente^^^
e escrevemos O = 0' quando O e O ' são iguais em termos de con-
juntos, isto é: se O C O ' e O ' C O
.
Em outras palavras,O
6
equivalente a O' se todo par entrada-saida pertencente a O,pertence também a O' e vice-versa.
Pode ocorrer, entretanto, que dois sistemas pare- çam equivalentes após uma Única experiência (equivaleência simples)
e que, depois de experiências múltiplas, não apresentem a mesma pro
-
priedade.
Torna-se assim conveniente introduzir também a no-
ção de equivalência rígida :
Definição: EQUIVALÊNCIA R? GIDA
O e O' são ditos rigidamente equivalentes (0~0')
se somente se, para cada to e para cada estado no espaco de
estado de O
,
existe um estado equivalente-
B , no espaço de estadode O' e vice-versa.
Simbolicamente, a de£ inição acima pode ser expres-
~ e f i n i ç ã o : EQUIVALÊNCIA SIMPLES
D e m a n e i r a a n á l o g a , se d o i s s i s t e m a s O e O ' a d
-
m i t e m uma e q u i v a l ê n c i a s i m p l e s , t e m l u g a r a s r e l a ç õ e s s e g u i n t e s :convém n o t a r q u e @ E @ ' -+ O = O '
,
a r e c í p r o c a nãos e n d o , e m g e r a l , v e r d a d e i r a .
1 . 3 . 5
-
OBSERVABILIDADE DE SISTEMAS NÃO-LINEARESA d e f i n i ç ã o q u e nos p a r e c e u m a i s g e r a l q u a n t o a o b s e r v a b i l i d a d e l 3 d e sistemas n ã o - l i n e a r e s
6
a dada p o r Uwe Schoen-
wandt :Consideremos a " a p l i c a ç ã o " y=Tx t a l que T s e - j a um o p e r a d o r d e f i n i n d o y como uma o b s e r v a ç ã o . Se x p e r t e n c e a um c o n j u n t o não v a z i o S I e n t ã o o sistema
6
completamente o b s e r --1
v á v e l , s e a i n v e r s a T e x i s t e p a r a t o d o y g e r a d o p o r um x p o s s í v e l .
1 . 4
-
CARACTER~STICAS DE ALGUMAS NÃO-LINEARIDADES MAIS CONHECIDASA F i g . I . 2 nos p e r m i t e uma v i s t a d e c o n j u n t o d e 1 4 c a r a c t e r í s t i c a s , d a s q u a i s 3 a s s i m é t r i c a s , 3 com s i m e t r i a í m p a r e
CARACTERÍSTICAS SEM SIMETRIA
I
DIODO IDEAL
I
DIODO REALI
RESISTÊNCIA NEGATIVA
CARACTERÍSTICAS COM SIMETRIA PAR
1
PARABOLA
I
DETETOR FOTO-ELÉTRICOL..
RELE NAO POLARIZADA
I
SATURAÇAO COM ZONA JIORTA
CARACTERÍSTICAS COM SIMETRIA IMPAR
r+,.
FIG. 1.2RELE IDEAL RELE COM ZONA MORTA SATURAÇAO I ' 1 r
- - -
CARACTERÍSTICAS COM HISTERESE
RELE COM HISTERESE
I. 5
-
SISTEMAS E ESTRUTURAS1.5.1
-
DIAGRAMA DE BLOCOSAs estruturas aqui representadas, vistas do exte-
rior, são monovariáveis ou escalarestisto
é,
possuem apenas uma en-
trada e uma saída embora sejam susceptíveis de admitir malhas de
realimentação interna.
Os sub-sistemas que constituem essas estruturas são em n h e r o finito e conectados de tal maneira que uma parte não linear seja sempre seguida ou precedida de outra linear.
Utilizasemos as notações empregadas por Zadeh pa- ra a representação topológica das estruturas através de modelos simbÓlicos.
Teremos então um sistema O formado de sub-siste
-
mas RI, R2
,
.
. .
com cada Ri iRn definido por suas entradas u e j
suas saídas onde i
6
o índice do sub-sistema Ri e j Oíndice da entrada ou saída.
Seja, por exemplo, o sistema abaixo (Fig.I.3) ca-
racterizado pela entrada u e a saída
y
e constituído de 3 sub-. . .
FIG. 1.3
Neste trabalho serão estudadas e s t r u t u r a s consti- t u í d a s por uma associação em cascata e em cadeia a b e r t a de sub-sis temas, cujas naturezas serão definidas mais adiante.
Como utilizaremos apenas uma entrada e uma s a í d a para cada sub-sistema, a notação s e r á simplificada, adotando-se um í n d i c e Único, c a r a c t e r í s t i c o do sub-sistema, na indicação das en
-
t r a d a s e s a í d a s .O s sistemas o b j e t o do nosso estudo, comportarão na sua e s t r u t u r a i n t e r n a , blocos de natureza l i n e a r e de natureza não-linear.
Para blocos l i n e a r e s , utilizaremos aqueles que ca
-
racterizam os sistemas l i n e a r e s contínuos, de dimensão f i n i t a , i n -espaço de e s t a d o X é um espaço l i n e a r
2
dimensão f i n i t a e O == { ( g , y ) 1 é fechado para toda t r a n s l a ç ã o no tempo.
O bloco l i n e a r tem um comportamento i n t r í n s e c o o- bedecendo
ã
equação d i f e r e n c i a l o r d i n á r i a do t i p o :onde
T = constante de tempo
y = s a í d a u = e n t r a d a
Para blocos não-lineares u t i l i z a r e m o s n ã o - l i n e a r i
-
dades apresentando uma c a r a c t e r í s t i c a de sistema ímpar do t i p o r e -I D E A L Z O N A M O R T A HISTERESE Z O N A M O R T A E HISTERESE
FIG. 1.4
A escolha da não-linearidade do t i p o r e l é deu-se p e l o f a t o de s e r a r e f e r i d a c a r a c t e r í s t i c a essencialmente não li-
n e a r , do t i p o descontínua, não podendo a semelhança das contínuas, s e r a s s i m i l á v e l a uma c a r a c t e r í s t i c a l i n e a r em um i n t e r v a l o l i m i t a
-
do de variação.lar dos sistemas a relé: a forma da saida de tais sistemas
é
inde- pendente da forma do sinal de entrada, o que permite estudá-los por meios relativamente simples.Os sistemas a relé possuem uma rapidez de ação ex
-
cepcionalmente elevada, havendo uma mudança de comando praticamen- te instantânea.
Graças
5
grandeza do ganho em potência, à sua sim-
plicidade e à sua rapidez de resposta, os sistemas a relé encontram
um vasto campo de aplicação nos diversos domínios da tecnologia.
1.5.3
-
SINAIS DE TESTEContrariamente ao que se passa nos sistemas linea
-
res, dois sinais diferentes agindo sobre um mesmo sistema não-line
-
ar, podem dar a impressão de tratar-se dois sistemas cada
um
com-
uma não-linearidade diferente.
Em consequência, um estudo correto desses siste
-
mas está intimamente ligado a uma escolha conveniente do sinal sus
-
ceptível de sensibilizar ao máximo e da maneira mais precisa as
propriedades dos sistemas em causa.
Vamos dar a seguir um resumo das vantagens e des-
FIG. 1.5.a . . FIG. 1.5.b a ) n o t á v e l p r e c i s ã o p a r a f r e q u ê n c i a s a l t a s b ) i n t e r p r e t a ç ã o f á c i l c ) pequena duração do s i n a l de t e s t e d) muita s e n s i b i l i d a d e f a c e
5s
p e r t u r-
bações a ) a p l i c a ç ã o d i f i c i l b) longa duração c ) p r e c i s ã o r a z o á v e l d ) i n s e n s i b i l i d a d e à s p e r t u r b a ç õ e s a ) a p l i c a ç ã o mais ou menos s i m p l e s b ) p r e c i s ã o não muito e l e v a d a c) i n s e n s i b i l i d a d e 2s p e r t u r b a ç õ e s FIG. 1.5.c a ) a p l i c a ç ã o muito simples b) imprecisão c ) i n s e n s i b i l i d a d e 2s p e r t u r b a ç õ e s c o r r e l a c i o n a d a sa) aplicação simples
b) muita precisão para frequências baixas
c) interpretação fácil
d) longa duração do sinal de teste e) sensibilidade às perturbações
FIG. 1.5.e
A análise das propriedades dos sistemas a partir
de um sinal de excitação de natureza senoidal
6
mais apropriada nocaso de sistemas lineares. O interesse desse método diminui deste que se trata de sistemas não-lineares.
Por outro lado,.o sinal "impulso unitário"
é
maisÚtil para os sistemas lineares. Esta "função" nos permite chegar
,
respeitadas determinadas condições, à função de transferência que
representa completamente o sistema linear, desde que completamente observável e controlável. Quando se tem, entretanto, de estudar
sistemas com características não lineares do tipo, por exemplo, sa
-
turação ou relê,
um
sinal elementar do tipo que acabamos de ver,pegde grande parte de seu interesse.
O sinal degrau (ou escalão) é suficiente para ca-
racterizar
um
sistema linear. Para o caso de sistemas não linea-
res contendo não linearidades do tipo utilizado neste trabalho, o teste em escalão apresenta particular interesse.
Em uma p e s q u i s a a n t e r i o r l 3
,
o s i n a l d e g r a u p a r e-
teu ser o m a i s adequado. E f e t i v a m e n t e , na p e s q u i s a que nos condu- z i u a o p r e s e n t e t r a b a l h o , o t e s t e em q u e s t ã o , e ques e r á
a n a l i s a d o a s e g u i r , mostrou-se completamente s a t i s f a t ó r i o p a r a as e s t r u t u r a s que não possuem a c a r a c t e r í s t i c a do t i p o h i s t e r e s e , no ú l t i m o b l o - co. P a r a e s t e c a s o , t o r n o u - s e n e c e s s á r i o e x p e r i m e n t a r um novo tes-
t e .Um problema b á s i c o que s e a p r e s e n t a
é
o do conhe- cimento d a s c o n d i ç õ e s i n i c i a i s de a p l i c a ç ã o do t e s t e . Como a maior p a r t e d a s n ã o - l i n e a r i d a d e s e s t u d a d a s não possuem uma p o s i ç ã o d e e- q u i l í b r i o e m z e r o ( p o r exemplo, or e l é
i d e a l ),
o e s t a d o z e r o não pode ser tomado como r e f e r ê n c i a . P a r e c e u mais i n t e r e s s a n t e o r d e-
n a r um c o n j u n t o de v a l o r e s d e e n t r a d a U , o que t o r n o u p o s s í v e l de-
f i n i r um extremo s u p e r i o r ( U ) e um extremo i n f e r i o r ( U i n f ).
ASUP
c o n d i ç ã o i n i c i a l será dada p e l a p o s i ç ã o de e q u i l í b r i o e m um d o s d o i s l i m i t e s e s c o l h i d o s p r e v i a m e n t e .
Considerando as observaçÕes acima, o s i n a l de t e s
-
t e que p a r e c e u melhor a d a p t a d o a o s t i p o s de n ã o - l i n e a r i d a d e s e àOnde para:
u
O < t < t o -
,
o sistema s e encontra em condições i n i c i a i s com-A
P
p a t í v e i s com a p l i c a ç ã o do t e s t e .
t , t o E T=R8
,
O i n t e r v a l o O , t oê
suposto s u p e r i o r ao i n-
t e r v a l o de tempo máximo n e c e s s á r i o ao sistema para a t i n g i r seu e-
- d
q u i l í b r i o .
-
7
tto+ < t < t l
,
o sistema reage2
entrada u=B.
FIG. 1.6
t o , t E T=R1
,
O i n t e r v a l o to+,tl6
suposto s u p e r i o r ao i n t e r v a l o de tempo máximo n e c e s s á r i o ao sistema para a t i n g i r seu e-
q u i l í b r i o .Para a a p l i c a ç ã o e f i c a z do t e s t e que acabamos de d e s c r e v e r , duas condições s e impõem:
1) deve-se conhecer, ainda que com pouca p r e c i s ã o , o v a l o r da dura
-
ção máxima para que o sistema a t i n j a seu e q u i l í b r i o .2 ) deve-se conhecer, por o u t r o l a d o , o s pontos de funcionamento do sistema para d e f i n i r Uinf e U
C A P f T U L O I1
11.1
-
ESTUDO DAS PROPRIEDADES ESTRUTURAIS EXTERNAS E TOPOL~GICAS DE CADEIAS NÃO LINEARESNeste capítulo estudaremos as propriedades e s t r u - t u r a i s externas e i n t e r n a s ou topológicas de algumas cadeias não l i n e a r e s .
As cadeias serão representadas por e s t r u t u r a s com
-
postas de associação em cascata, sem realimentação, de blocos l i n e-
ares e não l i n e a r e s e que serão mono-dimensionais (cada bloco ten- do apenas uma entrada e uma s a í d a ) . Os blocos não linearesperten- cerão ao grupo dos r e l é s . Os blocos l i n e a r e s serão do t i p o e s t a c i-
onário de primeira ordem.P R I N C ~ P I O DO MI?TODO DE DECOMPOSIÇÃO ESTRUTURAL
O método de estudo u t i l i z a d o como base para a iden
-
t i f i c a ç ã o de sistemas f í s i c o s dinâmicos não l i n e a r e s tem o nome de " ~ é t o d o de ~ecomposição E s t r u t u r a l " e se relaciona com a suposição f e i t a para o estudo das propriedades e s t r u t u r a i s de c e r t a s cadeias não l i n e a r e s (já c i t a d o anteriormente). supõe-se possível s u b s t i - t u i r sistemas não l i n e a r e s definindo uma c e r t a família F , por e s-
t r u t u r a s constituídas por componentes l i n e a r e s e não l i n e a r e s de ti-
pos determinados e agrupados de maneira conveniente de modo a t e ro mesmo comportamento externo dos sistemas em questão.
O método é desenvolvido a p a r t i r das noções de f a
-
m í l i a , grupo e c l a s s e l 7,
definidos como segue:~ a m í l i a
-
Conjunto f i n i t o , caracterizado pela presença de não-li- nearidades e s t á t i c a s do t i p o com ou sem memória associadas em cas- c a t a com elementos l i n e a r e s e s t a c i o n á r i o s , contínuos e com dimen-
são f i n i t a . As e s t r u t u r a s assim definidas são supostas mono-vari- á v e i s , sem realimentação i n t e r n a e tendo no máximo quatro componen--
t e ~ .-o
-
-
Conjunto de membros da família definido a p a r t i r de um c r i-
t é r i o tendo por base a escolha de um dado t i p o de não linearidade.(ex. grupo dos r e l é s , das saturaçÕes, das parábolas, e t c . )
Classe
-
Membro de um grupo caracterizado pela presenqa de pelo me-
nos uma não linearidade de um dado tipo. (Ex. classe dos r e l ê s com h i s t e r e s e , c l a s s e conjugada de r e l é s i d e a i s com r e l é s apresentando uma zona morta, e t c . )No presente trabalho, o grupo objeto dc nosso es
-
tudo f o i o dos r e l é s polarizados compreendendo quatro c l a s s e s , a sa-
ber:a ) c l a s s e dos r e l e s i d e a i s
b ) c l a s s e dos r e l é s com h i s t e r e s e
c ) c l a s s e dos r e l é s com zona morta e h i s t e r e s e d ) classe dos r e l é s com zona morta
Quanto à t o p o l o g i a d a s c a d e i a s e s t u d a d a s , e l a s po
-
dem a p r e s e n t a r a s s e g u i n t e s e s t r u t u r a s : CADEIA 1 CADEIA 2 . . . CADEIA 3 . . . CADEIA 4 . . . . . . CADEIA 5 CADEIA 6 . . . . . . CADEIA 7 CADEIA 8 FIG. 11.1AS c a d e i a s 1 , 3 , 5 , 7 começam p o r um b l o c o não li-
n e a r e podem s e r r e s u m i d a s , p a r a e f e i t o de e s t u d o , à c a d e i a 7 que nós designaremos C a d e i a A
.
A s c a d e i a s 2 , 4 , 6 , 8,
p o r s u a v e z , c o-
m e ç a m p o r um b l o c o l i n e a r . O e s t u d o d a s mesmas e s t á c o n t i d o no da c a d e i a 8 que será chamada Cadeia B. Em resumo, as d u a s c a d e i a s - a cima r e f e r i d a s t e r ã o uma e s t r u t u r a do t i p o r e p r e s e n t a d o n a s f i g u-
r a s 11.2 e 1 1 . 3.
. . . FIG. 11.2 CADEIA B: u .Y . . . FIG. 11.3 onde Nl N 2
,
ou s e j a , N1 e N s ã o não l i n e a r i d a d e s de c a r a c t e-
2 r í s t i c a s d e f e r e n t e s .1 1 . 2
-
TESTE N Q l (RESPOSTA TEMPORAL)-
CADEIA DO TIPO AO t e s t e nP1, que c o n s i s t e na observação da s a í d a em função do tempo p a r a uma e n t r a d a do t i p o degrau, é i m p o r t a n t e porque nos p e r m i t e d e t e r m i n a r a n a t u r e z a do Último b l o c o e o t i p o de não l i n e a r i d a d e do segundo b l o c o não l i n e a r p r e s e n t e na c a d e i a em e s t u d o .
E s t e c o n s i s t e na a p l i c a ç ã o da e n t r a d a t i p o e s c a - l ã o numa e s t r u t u r a c l a s s i f i c a d a q u a n t o à sua t o p o l o g i a , como Cadeia do t i p o A: Temos N1
#
N 2 e o s b l o c o s l i n e a r e s r e p r e s e n t a d o s p o r equações d i f e r e n c i a i s do t i p o : P a r a L1 : d='2-
T1 d t + Y2 = KIY1onde K1 e K2 são os ganhos estáticos dos blocos lineares. Cha-
maremos M e M2 as amplitudes respectivamente dos relés Nl e N
1 2-
O sinal de entrada considerado no teste n? 1 tem
a caracteristica representada na Fig. 11.4
FIG. 11.4
Examinaremos em seguida o comportamento de cada uma das estruturas estudadas, sob a ação do Teste n? 1.
11.2.1
-
FIG. 11.5
ANALISE
DE UMA ESTRUTURA T~PICA CONTENDO UM RELI?! IDEAL EConsideremos a e s t r u t u r a do t i p o representado na F i g . I I . 5 , onde ul=u e y4=y
,
sendo u o próprio s i n a l de t e s t e e y a s a í d a observada.Para uma e s t r u t u r a d e s t e t i p o , o comportamento de cada bloco
6
o seguinte:Sendo aplicada a entrada u
,
obteremos a respos-
t a yl=Ml ( s i n a l u ) . A resposta p a r c i a l yl s e r á a entrada do s e-
gundo bloco que t e r á , então, o seu comportamento d e s c r i t o pela equa-
ção:O t e r c e i r o morta e sendo excitado por
c r i t a s :
bloco, por sua vez, possuindo uma zona
Y 2 responderá nas condições abaixo des
-
y3 = -M
2 para y2 <
-s2
y3 = 0 para -S2
5
y25
s2
Y3 = M2 para Y 2 > S 2
Com e f e i t o , o r e l é com zona morta obedece à r e l a -
-
M2y 3 -
-
[
s i n a l (y2-S2)+
s i n a l ( y 2 + s 2 )2
1
( 1 1 . 4 pCom a excitação y3 no quarto bloco, obteremos a
d a p e l a equação:
UM
RELE
COM HISTERESEA e s t r u t u r a e m e s t u d o
é
d o t i p o F i g . 11.6 . . . o p r i m e i r o r e p r e s e n t a d o na . . . . . . FIG. 11.6 A a p l i c a ç ã o do s i n a l d e e n t r a d a u , n o s d á p a r a b l o c o ( r e l 6 = M1 ( s i n a l i d e a l ) : u P a r a o segundo b l o c o de n a t u r e z a l i n e a r d e p r i m e i-
r a ordem. a s a í d a y qé
s o l u ç ã o d a equação d i f e r e n c i a l : O t e r c e i r o b l o c o ( r e l é com h i s t e r e s e ),
f o r n e c e r á uma r e s p o s t a y3 t a l que:d='2 y3 = N
[
s i n a l ( Y 2 - ~ 2 ) ] se-
2 d t >o
(11.7) Y3 = M~ [ s i n a l (y2+H2)]
se-
dY2 d t < O F i n a l m e n t e , p a r a o q u a r t o b l o c o , c u j a s a í d a c o i n - c i d e com a s a í d a y d a c a d e i a , a r e s p o s t aserã
dada p o r :1 1 . 2 . 3
-
ANALISE
DE UMA ESTRUTURA T ~ P I C A CONTENDO UM RELÉ IDEAL EUM
RELE
COM ZONA MORTA E HISTERESEA f i g u r a 1 1 . 7 r e p r e s e n t a a e s t r u t u r a do t i p o a e s
-
FIG. 11.7
Anaiogamente marcha s e g u i d a p a r a as e s t r u t u r a s a n t e r i o r e s , temos:
20 loco ( r e l é com zona morta e h i s t e r e s e ) : a r e s p o s t a na s a i d a d e s s e bloco s e r á dada por:
-
M2 yg --
2 { s i n a l L . [y2-(S2+H2)]+
s i n a l [ Y 2 + ( ~ 2 - ~ 2 ) ] }-
112 Y3-
-
2 { s i n a l [ y 2 - ( s ~ + H ~ ) ]+
s i n a l[
yZ+ ( s ~ - H ~ ) ]1
40 loco: a s a í d a d e s s e b l o c o , ou s e j a , a s a í d a da e s t r u t u-
r a s e r á dada por:11.2.4
-
ANALISE
DEu m
ESTRUTURA T ~ P I C A CONTENDO DOISRELES
IDEAIS DE CARACTER~STICAS DIFERENTESE s t a e s t r u t u r a j á f o i o b j e t o de e s t u d o em o u t r o t r a b a l h o 1 3 . Achamos e n t r e t a n t o conveniente relembrar a q u i , p a r a memória, o s r e s u l t a d o s o b t i d o s :
Mais uma vez, yl e y2 tem respectivamente a mes
-
ma forma que nos casos a n t e r i o r e s , ou s e j a :y1 = M1(sinal u) (19 Bloco)
dy2
'1
dt
+
y 2 = K1yl (29 Bloco)O 39 bloco sendo também representado por um r e l é i d e a l , teremos analogamente:
y3 = M2 ( s i n a l y 2 )
O Último bloco t e r á uma resposta y4=y dada como já sabemos, por:
observação : Com o estudo d e s t a s quatro e s t r u t u r a s esgotamos os r e
-
sultados que podem s e r fornecidos pela aplicação do t e s t e n91, no caso de uma cadeia do t i p o A.Qualquer que s e j a o t i p o de r e l é que tenhamos no primeiro bloco, com o t e s t e u t i l i z a n d o um s i n a l do t i p o escolhido, a resposta yl t e r á sempre a mesma c a r a c t e r í s t i c a .
O mesmo podemos d i z e r em relação 5s demais e s t r u - t u r a s que t e r ã o c a r a c t e r í s t i c a s de s a í d a do 19 bloco i d ê n t i c a s às que acabamos de a n a l i s a r .
Podemos v e r i f i c a r f a c i l m e n t e o que dissemos acima c o n s i d e r a n d o , p o r exemplo, uma e s t r u t u r a com um
r e l ê
com zona mor- t a no onde t i p o l? b l o c o . A e x p r e s s ã o d a s a í d a d e s t e b l o c o s e r ã dada por: Y 1 =2
2[
s i n a i ( u 1-S 1I
+
s i n a i ( u l + s l ) ] u1 = ué
comojá
vimos, um s i n a l d e e n t r a d a e m d e g r a u do r e p r e s e n t a d o na f i g u r a a b a i x o : A r e p r e s e n t a ç ã o d e s t e s i n a l nos m o s t r a que:-
Para t < to + u = -a = c t e-
= Uinf onde toL
O S e j a - a < - S < O - 1 Teremos e n t ã o :-
- -
M1 [ s i n a l (-a-s1)+
s i n a l ( - a + s )] = -rql Y1 2 1 Suponhamos B2
S1 > O ( 1 1 . 1 2 )NO i n s t a n t e t=to, processando-se a comutação do r e l é , p a r a t o d o t > t o
,
a e x p r e s s ã o de y1 s e r ã :11.3
-
TESTE N o 1-
CADEIA DO TIPO BNa cadeia do t i p o B , o primeiro bloco
6
1inear.Em consequência, a e n t r a d a no segundo bloco, queé
uma não l i n e a r i d a - de do t i p o r e l é , não s e r á mais do t i p o escalão. N ~ O são a p l i c á-
v e i s p o r t a n t o , os r e s u l t a d o s da a n á l i s e acima, em que a e s t r u t u r a considerada p e r t e n c i a a uma cadeia do t i p o A .11.3.1
-
ESTRUTURA TÍPICA CONTENDO UM R E L ~ IDEAL E UMRELE
COM ZO- NA MORTAA e s t r u t u r a do t i p o acima acha-se representada na Fig. 1 1 . 9 .
FIG. 11.9
Aplicando o t e s t e e s c a l ã o , temos para t > t o : a 19 Bloco ( l i n e a r de 1- ordem) 2 0 Bloco ( r e l é i d e a l ) : Y 2 = M1 ( s i n a l yl) 3 0 Bloco ( l i n e a r de
la
ordem) : dy3 ? 2dt
+ Y3 = K2y2 = K2M1 ( s i n a l Yl)4 9 z loco ( r e l é com zona morta)
-
a c a r a c t e r í s t i c a deste bloco a-cha-se representada pela Fig.II.10
Y*
y4
=i
zero para - S 2 ~ 3 s 2
M2 para y 3 > S 2
i
FIG. 11.10
1 1 . 3 . 2
-
ESTRUTURA T ~ P I C A CONTENDO UMRELG
IDEAL E UMRELE
COM H I STERESE
. . .
FIG. 11.1 1
A F i g . I I . l l representa a e s t r u t u r a objeto do nos- so estudo. O quarto bloco da cadeia em estudo contém um r e l é com h i s t e r e s e cuja c a r a c t e r í s t i c a é dada pela Fig.II.12
y4