IJniversidade
de
Évora
Mestrado
em Intervençãro
sócio-organizacional
na saúde
Curso
ministrado
em
parceria com
aEscola
Superior
de
Tecnologias da
Saúde de
Lisboa
(DR
-
l!
Série,
n.o 2150de 2g
de Outubro
de2002)
Area de especializaçáo em
Politicas
de
Administação
eGestão
de Serviços de
Saúde
d
AVALTAçAO DE
DESE,I
PENHO
1AP,ACTERTZA
çÃO
DA:S
MELHORE5 EXpERTÊruCras
PERCEPCIONADAS
PELOS
AV
ALTADOS
Mestrando: Antótrrio
Manuel
CostaMaurício
Orientador: ProfessorDoutor
Nuno
Rebelo dos SantosÉvona.
lJniversidade
de
Évora
Mestrado
em
Intervenção
Sócio-Organizacional na
Saúde
Curso
ministrado
em
parceria com
aEscola
Superior
de
Tecnologias da
Saúde de
Lisboa
(DR
-
ll
Série,
n.o250 de 29
de
Outubro
de 2002)
Area de especi alizaçáo
em
Politicas
de
Administação
eGestão
de Serviços de
Saúde
AV
ALJ'Aç
ÃO
DE
DESE^,IPEN
HO
1AP,ACTERTZA
ÇÃO
DAs
MELHORES EXPERTÊNCIAS
PERCEPCIONA
DAs
PELO5
AV ALTADOS
Mestrando:
António
Manuel
CostaMaurício
Orientador: Professor
Doutor
Nuno
Rebelo dos Santos)ür6\q
EVORA
2007AVA| ç^ODEDE5EÂÂPENHO
caracrerizdçAo áos lÂelhoras Expariêncios Percepcionadas pelos Ávaliodos
3
Aos meus pais, pelos valores que me transmitiram Aos meus filhos, pelo tempo de brincadeira que não partilhámos
A
Susana, por caminhar ao meu ladoAnróaio lúanuel Costa MauÍício
^V ^IJAçÃO
DE DESE'APENHO
Corocterização das lÂelhores Experiêncios Percepcionados pelos Ávaliados
RESUMO
AVALIAÇÃO
DE
DESEMPENHO
Caracteizaçáo
das
Melhores
Experiências Percepcionadas pelos AvaliadosEsta dissertação te,m como finaüdade caÍastsrizzÍ as melhores experiências de avaliação de desempenho, percepcionadas pelos avaliados, no pressuposto que as mesmas são processos
de
interacção
social,
envolve,ndosignificados
e
expectativasentre
os
actores.
Por conseguinte, a ênfase daúordagem
que realizamos não está no modelo de avaliação mas nas práticas e conseque,nte,mente nos processos de interacção, durante os quais os actoresenvolvidos
na
avaliaçãode
desempe,r:ho constroeme
reconstroemsignificados
sobre amesma.
Assim, recorre, rdo a metodologias compreensivas e à técnica de análise de conteúdo, com
apoio
do
software
N6,
analisámoso
conteúdo
de
14
entevistas
semi-estruturadas, realizadas a firncionários avaliadospelo
Siste,ma Integrado deAvaliação
de Desempenho daAdministação
Pública e efectuadas num hospitaldo
sectorpúblico
administativo
do estado.Com
este estudo,verificámos
que os
avaliados constroemsignificados (valorativos
equalificativos)
sobrea
avahaçáoem
quea
informação,a
formação,o
envolvimento doavaliador
e
as oportunidades de participagão, assumemum
papel centralna
legitimaçãosocial da avatação de desempenho e consequentemente na aceitação da cotação, o que por
flra vez condiciona as percepções qualitativas da
avúação
de desempenho.Perante
os
resultadosconcluímos
que
a
consecuç?lodos
objectivos
da
avahação dodese,mpenho
só
serão efectivos
se
os
avaliados
percepcionare,mas
experiências de avalia4ào válidas e positivas e não como uma ,Lmeaça.Na
sequência da interpretação dos resultados emergem um conjunto de hipóteses, as quaiscarecsm ser testadas e,m estudos posteriores de maior dimensão.
Por
fim,
foram delineadas as linhas orie,ntadoras de um plano de intervenção que visam aconsecugão das boas práticas de avaliação de desempenho.
Palavras Chave: Avaliado; Avaliador; Avaliação de dese,mpenho; Interacção.
4
António Manuel Costa Mauricio
AVAIJI\çÃO DE DESE'| PENHO
C.,aradeeizoção dos ÂÂelhores Experiêncios Percepcionados pelos Ávoliados
ABSTRACT
PERFORMANCE
APPRAISAL
-
Charaptenzationof
the Best Experiences Perceivedby
appraised.
The purpose
of this
study isto
characterize the best experiences of performance appÍaisal, perceivedby
appraisedwith
the
assumption thatthey
are processesof
social interaction,involving
-sanings
and expectations betweenthe
actors. Therefore,the
e,nrphasisof
the approachúat
we
carry out
is
not
in
the
evaluation modelbut in
the practice andin
theinteraction
processes,ü:ring
which the involved
actors
in
the
performance appraisal construct and reconstruct meanings on the sÍ!me.Thus, ?ppealing
to
comprehensive meúodologies and toúe
techniqueof
conte,nt analysis,along
with
the
supportof N6
software,we
studythe
contentof
14 interviews, made toemployees,
who
are assessed accordingto
performance appraisal system usedin
PublicAdministation
in
Poúugal
(SIADAP).
Theseinterviews
took
placein
a hospital
of
thepublic
administrative sector,ofthe
state.With
this
study, weveriff
that appraised create msanings(valuúle
andqualiffig)
of
the appraisal where, information,taining,
appraisal involvement and chancesforparticipation,
consequently takes a ce,nfal role in the social legitimacy of the performance appraisal, and,in
the
acceptanceof
the
quotation,
that
will
af[ect
the
qualitative
perceptionsof
thep erformance evaluation.
Studying the results
we
conclude that,úe
goal achieveme,ntof
the performance appraisalwill
only be
effective
if
the
appraisedperceive
experiencesof
appraisal asvalid
andpositive, and not as a threat.
With
the interpretation of these resúts, several hlpotheses emerge which couldbe testedin
future researcb,with
a larger dime,nsion.Finally,
the guide linesof
an intervention plan had been delineated,with
aprior
aim,úe
achieve,me,nt of good practical of performance appraisal.
Key Words: Appraised, Appraisal; Performance appraisal; Interaction.
5
António Manuel Costa Maurício
AV AIJAçÃO DE DE5EÂ^PENHO
&racterizaçilo das lilelhores Experiêncios Percepcionodos pelos Ávaliodos
AGRADECIMENTOS
Ao
ProfessorDoutor
Nr:no Rebelo dos Santos, orientador da presente dissertação de mestrado, pela disponibilidade demonstrada e e,nsinamerntostansmitidos,
durante estepercurso formativo.
Ao
ProfessorDoutor
CarlosAlberto
da
Silvq
director
do mestrado,por
se fazer sentir sempre prese,nte e pelas palavras de incentivo.Ao
Conselhode Administação da
MAC,
pelas facilidades
concedidaspara
apaliz.açáo do estudo.
A
todos
os
participantes
no
estudo
pela
colúoração
e
disponibiüdade demonstadas, sem a qual esta dissertação não seria possível.À
nossa
família
pelo
apoio incondicional, sem
o
qual seria
inalcançável
acotcr eltzaqão deste proj ecto.
Aos
nossosamigos
e
colegas,pelas críticas
e
sugestões,que
constituíram umvalioso conhibuto para a reelir.açáo desta dissertação.
6
Aatónio Manuel Costa Maurício
AV AIJAçÃO DE DEsE,IÂPENHO
&roclerização dos ilÂelhores Experiências Percapcionados palos Ávoliodos
ABREVIATURAS
E SIGLASAAD
-
Assiste,nteAdministrativo
AAV
-
Auxiliares deApoio
eVigilância
AD
-
Avaliação de DesempenhoAPA
-
American Psychological Associaüonart.
-
Artigo
CCA
-
Conselho Coordenador da AvaliaçãoCEE
-
Comunidade Económica EuropeiaDGAP
-
Direcção Geral da Administração PúblicaDr.
-
Doutor
Ex.mo- Excelentíssimo
GRH
-
Gestão de Recursos HumanosMAC
-
MatenddadeDr. Alfredo
da Costa Sr.-
SemhorAn6nio Manuel Cosb Mauício
7
AV AII'AçÃO DE DESE IiPENHO
Caracterizoção dos tlelhores ExPeriêncios Percepcionodos pelos Ávaliados
Íworcn
Folha-CÂ.PÍTULO
r-
INTRODUÇÃO
1-
APRESENTAÇÃOpO
ESTUDO
ls
2- ENOUADRAMENTO
L73.
PROBLEMÁTICA.
4.
OBJECTIVOS...
CAPÍTT]LO
II
-
ESTIIDO TEÓRICO
1
-
GESTÃOESTRATEGICA
DE RECURSOSHUMANOS
2
-
AVALTAÇÃO
pE
pESEMPENHO..
2.1
-
DEFTNTÇÃOOn
CONCEITOS2.2
-
AVALTAÇÃO FORMAL
DO DESEMPENHO2.2.1
-
Constução de perc%rgões sobre o processo deAD
.2.2.2
-
Avaüação de Desempenho ao longo da vida activa .2.3
-
AS COMPONENTESDA AD
2.3.L-
Os obiectivos 2.3.2-
Os procedimentos 2.3.3-
Os instrumentos 2.3.4-
As fontes deAD
2.4 _EVENTUAIS
VA}TTAGENSDA AD
2.5 _DIFICULDADES
NO PROCESSO DEAD
2.6 _ FACTORESDE
SUCESSODA AD
2.7
_
ADNO ÂN{BITO DO SIADAP
2.7.1-AD
por objectivos com difere,nciação forgada8
t4
t9
22 23 24 28 28 30 35 36 38 394l
a
45 46 49 51 54 58António Manuel Costa Maurício
AV AIJ Aç ÃO DE DESE.TAPENHO
CoracÍerização dos Melhores Experiêncios Parcepcionadas pelos Ávaliados
2.7.2
-
SIADAP-
Alterações em projecto 2.7.3-
AD
nas oreanizações de saúde3.
COMPETÊNCIAS DEAVALIAÇÃO
3.1 _ COMPETÊNCIAS DO
AVALIADOR
3.1.1
-
Comunicação e avaliação 3.1.2-
Enhevista de avaliação3.1.3
-
Gestão de conflitos3.7.4
-
Aquisiçlto e
desenvolvimento de competências deavaliação
CAPÍTT]LO
III
-
ESTT]DOEMPÍRICO
1-
rNrROpUÇÃO
2
-
MODELO CONCEPTUAL
DEANÁLISE
3.
METODOS ETECNICAS
3.1 _ TIPO
DE
ESTUDO3.2
-
POPULAÇÃO
DO ESTUDO E ESCOLHA DOS ACTORES3.2.L
-
Caracterização do campo de estudo.3.3 _ TECNICAS
DE
COLI{EITA
DEDADOS
3.3.1
-
Enfrevista3.4
-
TÉCNICA DE TRATAMENTO
DEDADOS
4
REDUÇÀO
EANÁLISE
DOSDADOS
4.1
-
APRESENTAÇÃODO SISTEMA
DECATEGORIAS
...
4.t.1,
-
Sistema de categorias: Dados informativos4.1.2-
Sistema de cateeorias: Dados de conteúdoAa6nio Manuel Cosa MaurÍcio
tr Mestrado em Orguização Sóoio€rganizacional na Saúib - Área de especialiução emPoliticas ale Administração e Ges6o ile Serviços de Saríde 9
AV
^IJ
Aç ÃO DE D EsE'JTPENHO
Caracterizaçâo das /lÂelhoras Expariêncios Percepcionodos pelos Ávaliodos
10
4.2
-
ANÁLISE
DOS
DADOS DE CARACTERZAÇÃO
OOSACTORES
4.3 _
ANÁLISE
DOSDADOS DE
CONTEUDO4.3.1- As melhores experiências de
AD
4.3.2 -
Atibutos
das experiências deAD
4.3.3
-
Factores condicionantes
da
qualidade
dasexperiências de
AD ...
4.3.4 - Caracterização processual
4.3.5 - Sentimento de envolvime,lrto e apropriação 4.3.6 - Percepção do papel da
AD
4.3.7 - hnpactes das experiências de
AD
4.3.8 - Adequagão do sistema de
AD
ao conteúdo funcional4.3.9 - Grau de satisfacão relativamente ao sistema de
AD
.4.3.10 - Cotações obüdas nas melhores experiências de
AD
5
.
DISCUSSÃO EINTERPRETAÇÃO
DOS F'ESULTADOS6
-
LMITAÇÔES pO
ESTUDOcApÍTuLo rv - PLAllo
DE
TNTERVENÇÃO ....
CAPÍTULO
V
_CONCLUSÃO
.....
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁfl
CASANEXOS
118t2l
Lzt
t23
125r42
t46
146r49
152t54
155 156 L82 183 190t94
Anexo
I
-
Cartade
aprese,lrtaçãoe
solicitagão.ao
Conselho deAdministração
da
MAC.
da
autorizacãopara
a
realização
do estudoAnexo tr
-
Carta de apresentação do estudo aos participantesAnexo
III
-
Acordo de
colaboraçãoente
o
investigador
e
o participante no estudoAnexo
IV
-
Grelha de construção do zuiãoAnexo
V
-
Guião deentevista
Aatónio Manuel costa Maudsio
AV
^IJAç ÃO
DE DESE.!,IPENHO
Caracteeizoçôo dc tlÂelhoras Expariêncios Percepcionadas pelos Ávaliados
Anexo
VI-
Ouadro global das categorias esúcateeorias
Aúóaio Mauuel Costa !úaurlaio
11
^V
AÜAçÃO DE DE5EÂÀPENHO
Caracteriza$o dos lÂelhores Experiêncios Percepcionados pelos Avolicdos
Figurano L
Figura no 2
t2
ÍNorcnpnuq-nns
Matenridade Dr.
Alfredo
daCosta
1932Nrfunero
de
efectivosa
exercer funçõesna
MAC por
eorrpoprofissional e vínculo Folha 85 86 87 Figura no 3 Figurano 4
Número de efectivos
naMAC
sujeitos aoSIADAP
.\i
Figuran'5
Perce,lrtaee,m de efectivos avaliados
pelo SIADAP
por
gnrpoprofissional
Total de efectivos
daMAC
porsau
de escolaridade88 89
Aaónio Manuel Cosa Maurício
AV AIJ AçÃO DE DESE'IPENHO
C*acr*izaçdo dos lÀelhoras Experiêncios Percepcionadas pelos Ávaliodos
ÍNrorce
»r
ouApnos
Quadro
1-
Instrumentos
de
medida
do
desempe,nhoem
função
daúordagem
estabelecida 13 Quadro 2 -Quadro 3 -Quadro 4-Quadro 5 -Quadro 6 -Quadro 7*
Quadro 8*
Quadro 9 -Quadro 10 -Quadro 11-Quadro 12 -Quadro 13 -FontedeproblemanaAD
A
importância da comunicação enüe o avaliador e o avaliado...
Ouestões de investisação e categorias correspondentes Cateeorias e subcategorias: Dados informativos
Categorias e subcateeorias: As melhores experiências de
AD ...
Categoria e subcategorias: Atributos das experiências de
AD ...
Cateeoria
e
subcategorias:
Factores condicionantes
da qualidade das experiências deAD
Categorias e subcategorias: Caracteúagão processual
Cateeorias e subcategorias: Envolvimento e apropriação na
AD
Categorias e subcategorias: Perce,pção do papel daAD
Categoria e subcateeorias: Impactes das experiências de
AD ....
Categoria
e
subcategorias: Adequaçãodo
siste,made
AD
aoFolha
M
507l
97 98 100 101t04
111 113tt4
115 116t17
118 119tt9
tt9
1,20 120 122 124t26
conteúdo firncional do avaliadoQuadro 14
-
Categoriae
subcategoria: Graude
satisfagão relativamente ao actual sistema deAD
Quadro 15 -Quadro 16 -Quadro 17 -Quadro 18 -Quadro 19-Cateeoria: Cotacões atribuídas ás melhores experiências de
AD
Distibúção
dos entevistadospor
grupo etárioDistribuição dos e,ntevistados por sexo
Distribuição dos e,ntrevistados por Erupo profissional
Distribuição
dos
entevistados
por
cateeoria
e
tempo
de actividade profi ssionalQuadro 20
-Quadro 21 -Quadro 22-Distibuição
dos enteüstados por nrimero de avaliações formais As melhores experiências deAD
Atributos das experiências de
AD
Quadro 23
-
Factores condicionantes da qualidade das experiências deAD
...Anúnio Manuel Costa Maurício
AV AIJ AçÃO DE DE5E,IAPENHO
Carocterizoção dos tlÂelhores Experiêncios Percepcionados pelos Ávaliados
Quadro 24
-
Competê,ncias instrumentais e processuais doavaliador
128Quadro 25
-
Competências relacionais do avaliadort29
Quadro 26
-
Ausência
de
competências instrume,lrtaise
processuais doavaliador
t4
Quadro 27 -Quadro 28 -Quadro 29 -Quadro 30 -Quadro 31-Quadro 32 -Quadro 33 -Quadro 34 -Quadro 35 -Quadro 36 -Quadro 37 -Quadro 38 -Quadro 39 -Quadro 40 -Quadro 42 -Quadro 43 -Quadro 44-Quadro 45 -Quadro 46-Ausência de competências relacionais do avaliador
Factores orqanizacionais positivos
Factores orqanizacionais negativos
Obte,ngão
da
informacão
sobreAD
pelos
avaliadose
modocomo a receberam.
Instrumentos de medida e reeisto. processo e predisposição do
avaliado como factores condicionantes das experiências de
AD
.Caracterização processual da AD : Autoavaliacão
Caracterizacão processual da
AD:
coúecimento
dos objectivosda unidade e formulacão de obiectivos individuais
Sentimento de envolvimento e apropriagão Percepção do papel
daAD
Impactes das experiências de
AD
Adequação
do
actual sistema deAD
ao conteúdo funcional doavúado
Grau de satisfação com o actual sistema de
AD
Cotacões obtidas nas melhores experiências de
AD
Correspondência das questões
e
sub questõesde
investieaçãoIdentificação das melhores experiências de
AD por
erupo etárioIdentificação das melhores experiências de
AD por
eénero....
. .Identificação
das
melhores
experiênciasde
AD por
erupoprofissional
Informação recebida sobre
aAD
por
enupo profissionalPapel percebido da avaliagiio por categoria profissional
r45
t46
t47
150 131 133t34
135 1,37 139r43
152 154 155 156 176 176t77
t78
179 180 com os resultados obtidosQuadro 41
-
Identificação das melhores experiências deAD
e dos atributosdas mesmas ....
Atrtónio MaDuel Costa Mar:rÍcio
^V
AIJAçÃO DE DESEI,TPENHO
Carocteriza$o das lâelhores Expsriâncios Percepcionados pclos Ávoliodos 15
,
CAPITULO
I
rf{TRoDUÇAO
António Manuel Costa Maurício
AV AIJ Aç ÃO DE DESE,"TPENH O
Comcterização das ÂÂelhores Experiânciss Percepcionados pelos Avaliados L6
1
-
APRESENTAÇÂOpO
ESTUpO
Este
fúalho
constitui
a
investigação conducenteà
dissertação de Mestrado emInterve,nção Sócio-Organizacional
na
Saúde.
Curso
ministado
em parceria entre
aUniversidade de Évora
e
a Escola Superior deTecnologa
da Saúde deLisboa (DR
-
tr
Série, n.o 250
de29
de Outubro de2002).Trata-se de um
tabalho
de investigaçáo,M
área de especialização e,m Políticas deAdministração
e
Gest?lode
Serviços
de
Saúde, Qüêversa
sobre
a
problemáfica
daooAvaliação
de Dese,r:rpenho
-
As Melhores Experiências Percepcionadas pelos Avaliados",se,ndo este
um
estimulante desafio de pesqúsa e reflexão sobre uma te,mática de elevadapertinênciq
nas
organizações,
em
que
investigadores
e
gestores
procurampermanentemente
os
melhores métodos
e
técnicas
de
avaliação
de
desempenhoprofissional.
Iniciamos esta dissertação com lrm capítulo infrodutório de apresentação do estudo,
em que procuraÍnos proceder ao enquadramento do mesmo e do tema que será
úordado,
passando ent?[o,
a justificar
a
sua pertinência
para
a
gestilo de
recr:rsos humanos,particularmente
no
âmbito
da
gest?lode
desempenho.Em
seguida, expomos
ospressupostos teóricos e o modelo de análise.
Aindano
capítulo introdutório, dese,nvolvemos aproble,mática, chamando à colaçãoas dime,nsões centrais de análise do
problemq
assim como as contradições e insuficiênciasencontadas, terminando
num
coqjunto de questões que pretendemosver
respondidas nofim
destetabalho.
Porfim,
formulamos um conjunto de objectivos, os quais constituem osnossos referenciais ao longo
dapesqúsa-No
segundo capítulo, procedemos ao estudo teórico, recorre,ndo às diferentes visõesde
alguns
autorese
às
conclusõesdos
estudos realiz4desno
âmbito
da
avahação de desempenho,em
que
procuramos compreendero
tema
na
sua imensa
complexidade.Contudo,
optamospor
desenvolveras
dimensões relevantesna
perspectivado
nossomodelo de análise, expondo as componentes da avaliação de desempenho, os factores de
sucesso e insucesso e, por
fim,
as competências de avaliação.Andaio Manuel CosE Marricio
AV AjACÃO DE DE5E,râPENHO
&racterização dos ilÂelhores Experiências Percepcionados pelos Ávoliodos
António Manuel Costa Mauricio
t7
Ao
longo da exposição dos conteúdos teóricos, faremos a relação dos mesmos como nosso quadro conceptual, na medida em que os seus elementos ancorem na interacção e,
conseque,nteme,nte, nos significados reconstuídos pelos Ílctores.
No
terceiro capítulo
-
estudoempírico
-
descrevemosos
métodose
técnicasutilizadas e explicamos Írs opgões metodológicas pelo paradigma qualitativo e pela técnica
de
análisede
conteúdo.Para
à
reduçãoe
análisedos
dados recorremosao
softlvareinformático QRS N6. Por
fim,
debruçamo-nos sobre a discussão dos resultados.No
quarto capítulo emerge um conjr:nto de orientações para a construção de um planode
internenção, context.:nlizaÃono
espaçoe no
tempo, que
visa
as boas práticase
apromoç?lo das boas experiências de avaliação de desempenho.
Finalmente,
no
quinto capítulo,
apresentamosÍts
conclusõesfinais da
presente dissertação, correlacionando o estudo teórico com os dados obtidos no estudo empírico.AV
^IJ
Aç ÃO DE DESE'/IPENHO
C.aracl*imção dos lútelhores Experiêncios Percepcionados pelos Ávaliodos
18
2 -
ENOUADRAMENTO
O
presenteo
tabalho
procura
identificar e,
consequentemente,caracteizar
asmelhores experiê,ncias de avaliação de desempenho. Contudo, a ênfase da abordagem que
prete,ndemos
reahzaÍ
não
está
no
modelo
de
avaliação
mas nas
práticas
econsieque,ntemente nos processos de interacção, durante
o
qual os
actores envolvidos na avaliação de dese,mpe,nho constroem e reconstroem significados sobre amesma.Assim
sendo, aúordagem
que desenvolvemos ancora nos pressupostos em que aavaliação
de
dese,mpenhoé,
fundamentalmente,um
processode
interacção
social
-primeiro
pressuposto-,
consubstanciadacomo
efectiva ferramentade
gestiio-
segundo pressuposto-
e não somente um instrrme,nto de medida.Todavia, na relagão com os outros, os actores experie,ncíam
a
valonzação que osoutos
fazem desi
e
acabampor interiorizar
a hierarquia de valores vigente, mas como seres humanosvalorizam as
suas experiênciasde
acordocom
os
setl
fins
-
dimensãopolítica
-
produzindo,
por
vezes,
um
desüo
enfe
as
experiênciasrelacionais
e
aspercepções
constuídas.
Como refere
Caetano
(1996), "quando alguém emite
umjulgamento
social não está apenÍLs a combinar informaçãocom
exactidão, masfá-lo
com determinados propósitos e nr.m quadro de interacção multidime,nsional" Gr. 208).Assim,
seguindo
os
nossos pressupostosde
análise,
optamospor
recorrer
ásmetodologiÍrs compree,nsivas,
já
que
a
lógica
positivista
que,
por
vezes,
caractenza ainvestigação
no
campodo
trabalho, não se coaduna com a ampla expressão do ponto de vista da o'pessoa", pelo que é necessário o recurso a um paradigma que o permita.No intuito
depromover
e
valorizar
ura
avaliaçãode
desempe,nhocentada
nos actores, isto é, nos seus ele,mentos significantes no contexto da interacção, levamos a cabo este estudo, que procura formular contributos válidos paÍaun
manual de boas práticas doavaüador
no
processo
de
avahaçáode
desenrpenho.Por
conseguinte, interessa-nosconhecer,
com
basenos significados
construídos,quais
os
elementosmais
valorizadospelos avaliados que enformam as melhores experiências de avahaçáo de desempenho.
O
sucesso daspolíticas
de gest2lo de dese,mpe,nho e, emparticular
a
avalíaqão dedese,mpe,r:ho, enquanto instnrmento
promotor
de
atitudese
r{inârnicaspositivas
e
não paralisantes,só é
possível se todosos
intervenientes estiveremimplicados
e possuíremAa6nio Manuel Costa MaurÍcio
AV AIJAçÃO DE DE5E"TPENHO
&rccfleriza$o das tlÂelhores Experiêncios Parcepcionodos pelos Ávoliados
t9
representações convergentes sobre as dime,nsões valorativas. Assim, para a consecução dos
objectivos
da
avahaçáo de dese,mpenhoé
indúitável
o
avaliador possuir, desenvolver eaplicar um conjunto de competências relevantes em todo o processo.
Landy
(1983), analisandoa
ayahaçáo de desempenho suste,nta a complexidade da mesma nosmúltiplos
factores que influe,nciam o deserrpenho profissional. Na perspectivado
autor, citado
anteriorme,nte,o
desempe,nhoprofissional
dependedas
característicasindividuais, como
húilidades
cognitivas, sociais, psicológicas, e,mocionais ou experiência,formação, motivação e percepção
do
papel e, ainda, de factores de contexto dotrúalho
como
liderança, ospÍ[es,
recompensas, desenhodo
tabalho e
estnrtura organizacional. Caetano (1996), de,monstrou em estudos empíricos, armentando o grau de complexidade eo número de variáveis do processo de avaliação de desempenho, 2 importância contextual
-
factores organizasisnais, económicos, sociais e políticos-,
sobre a pessoa alvo.Na perspectiva da metáfora
política,
enunciada porBilhim
Q004), dando ênfase àsrelações de poder, a avaliação de desempenho como processo organizacional está sujeita aos e,nviesamentos próprios das estatégia.s que os actores sociais desenvolvem para obter
maior
poderdento da
organiz.ação.Assim
sendo, como mencionam os autores referidosanteriorme,nte,
a
avahaçãode
dese,mpenho encerramultiplas
dimensõese
nãopode
ser descontextualizada de um mundo e,m rápida mudança e em interacçãofrenétic4
em que secolocam novas exigências ao nível
indiyidual
e microssociológico.Na
sequênciado
enquadramento efectuadoao
tema que
prete,ndemos abordar,verificamos que
emergenm
conjunto
de
conceitos, abrangentese
zujeitos
a
múltiplasinterpretações, que caÍecem de uma
úordagem
maispormeroizaÁa. Assim,
optamospor
explicitar
um
conjunto
de
conceitos centrais,
entre
os
quais
salientamos: avaliação,dese,mpenho e avaliação de deserrpenho; percepções e construção de significados e,
aind4
o conceito de competênci4 os quais abordaÍemos nos próximos capítulos.António Manuel Costa Maurísio
AV AIJAÇÃO DE DESEIÂPENHO
&rocleaiznção dos lÂelhores Expariêncios Percepcionodos pelos Âvaliados 20
3
_PROBLEMÁTICA
Hoje,
e,m organizações e ambie,ntes cada vez mais complexos,o
subsistema gestãodo
desempe,r:hotem
um
papel
cenml na
estnrturae
dinâmica
organizacional, sendo a avaliação dedesempeúo um instumento
de indubitável interesse esfratégico. O papel daAD,
recoúecido
no
mundo
académico
éo
por
vezes,
subvalorizado
nas
nossasorganizações e em particular nas organizações que integram a
Administação
Pública, em que te,m sido esvaziada de conteúdo, não representando uma mais-valiaparaa
organrzaçáo ou paÍa o trabalhador, como te,r:r sido assumido pelos age,ntes políticos.Como referem
London
et
al.Q004),
no
domínio da
AD
exister:m
hiato
e,lrte
apesquis4
as constnrções teóricase a
prâtrc4
particularme,nte nas áreasda
exactidão demedida e
na
fixação
de
objectivos,
daía
dificuldade
na
gestão das expectativase
daslimitações da avaliação de dese,mpenho.
London et
al.
(2004) vãomais
longe, referindoque os gestores não compreende,m ou ignoram a pesquisa sobre os elementos centrais do processo de avaliação de desempenho.
Contudo,
apósmúltiplos
estudos efectuadossobre
o
assunto,alguns
gestores referem-se, ainda, de forma redutora e retrospectiva à avaliação de desempenho, some,nte,como método de
pre,miara
excelência-Este facto revela
o
distanciamento,por
vezes,existente
e,ntreo
mundo
académicoe o
mundo
das
organtzaçôes,entre
os
estudos enrpíricos eapracis
no terreno. Mas, um sistema de avaliação de desenrpenho deveir
além desse objectivo, ce,ntando-se nas suas potencialidades prospectivas e de desenvolvimentoprofissional.
Em
algrrmas organizações é necessáriosubstituir a visão
dos tabalhadorescomo meros recursos, passando estes a ser
vistos
como pessoÍls, valorizadas apartir
dosseus
contibutos
individuais, baseadas nas suas potencialidades e não noslimites
do cargo quo ocupam.Todaü4
é
colocando
o
avaliado
no
cento
do
sistema,
conhece,ndo e,consequente,menteo
valorizando
Í!s percepções subjacentesàs
melhores experiências deavúiaçào de desempe,nho, que podem.os retirar todo o potencial da
AD
como instrume,lrtopaÍa
a
gestão dos recursos hr:manos. Esta perspectivade utilização de
um
sistema deavahaçáo
de
desempenho
requer
formação,
implicação,
novos
modelos
de conceptualização e consequentemente novas e boas práticas.António Manuel Costa Mauricio
AV A/'AÇÃO DE DE5E,UPENHO
Caaacl*imção das iÂelhores Experiências Percepcionados pelos Ávaliodos
2l
Por conseguinte, os avaliadores precisam de desconstrrir as re,prese,ntações sobre a
avaliação, eivadas de preconceitos
e
constangime,ntos,em
queprocuram
somente umamedida
ds
lsalização
do
passado, sendo necessárioreconsüuir novas
representações, ancoradas na perspectiva deprojecto
e negociação,identificando
o
que os trabalhadorestêm
de
fazer paruatingir o
máximo
do
seu pote,ncialde
desenvolvimento. Neste plano,interessa-nos conhecer
quais
os
significados constrrídos
no
âmbito
das interacções doavaliado
com
o
contexto,
que se revelam
importantes
na
percepçãodas
melhores experiências de avaliação de dese,mpenho.Porém,
a
avaliação
de
desempenhonão
é
rlm
fim
em
si
mesmo,
mas
uminstnrme,lrto
ou uma
ferramentade
elevado potencial, para melhoraro
desempenho dos recursos humanos.No
entanto,o
seupleno
sucesso enforma demultiplas
contingências organizacionais e individuais, se,ndo um aspectocental
a interacç?io avahadorlavaliado, nodecorrer do processo.
Assim sendo:
-
Quais
os
elementos significantesque
caracteizam as boas
experiências de avaliação de desempe,l:ho, na perce,pção dos avaliados?e
Conseguirãoos
avaliadosidentificar
claramente as melhores experiências deav aliaçáo de desempenho?
-
Quais os factores que contribuírampüa
que as experiências identificadas pelos avaliados tenham sido consideradas como boas?e
Quais as representações valorativas, dosavúados,
no processo de avaliação de desempenho?-
Qual
o
sentimentode
perte,nçae
grau
de
envolvimento
dos
avaüados noprocesso de avaliação de desempenho?
€
Será que os avaliados receberam a informação e formação necessária sobre osobjectivos e o processo de avaliação de desempenho, respectivame,lrte?
e
Quais
os
impactes
das boas
e
más
experiências
de
avaliaçáo
sobre
o desempenho?e
Será que os avaliadores recorrem às melhores práticas de avaliação em funçãodas variáveis contextuais em presença?
Com o presente estudo iremros procurar responder a estas questões, com
intuito
deide'ntificar algumas razões paÍa ainsatisfação de muitos funcionários públicos com a
AD
eAn6nio Manuel Cosa Marrício
AV
^IJAçÃO
DE DESE,TAPENHO
Coracterizoçôo das tlÂelhores Experiêncios Percepcionadas palos Ávaliodos 22
paÍa
o
seu frequente erelativo
insucesso na Administração Pública, como aconteceu em2006,
sm
que
72,3yodos fimcionários não forarn
avaliados, segundo dados reveladospublicamente
pela
DGAP.
Procuramos,aind4 identificar
até queponto
estesfactos
seprendem com a ausência de boas práticas na
AD.
Antóuio Manuel Cosb Maurício
^V ^IJAçÃO
DE DESE'ÂPENHO
Carac'terização das lÂelhores Expriêncios Percepcionadas pelos Avaliados 23
4 _ OBJECTTVOS
Objectivo Geral:
Caracterizar
asiMelhores
Experiências
de
Avaliação
de
Desempeúo
profissional,percepcionadas pelos avaliados, envolvidos no processo de avaliação de desempenho dos recursos humanos, naMatemidade Dr.
Alfredo
da Costa.Obj ectivos EspecíÍicos :
1
-
Caractetzar as boas
experiênciasde
avaliação
percepcionadaspelos
avaliados e,nvolvidos no processo de avaliagão de desempe,lrho;2
-
Identificar
as re,presentações valorativas dos avaliadosno
processode
avúação
dedesempemho;
3
-
Identificar os impactes das melhores experiências de avaliação e desempenho;4 - Conhecer os factores, percepcionados pelos avaliados, considerados condicionantes das
melhores experiências de avaliação do desemnpenho;
5
-
Conhecer o e,nvolvimento dos avaliados no processo de avaliação de desempemho; 6-
Enunciar contributos para as boas práticas de avaliação de desempenho na Matemidade Dr.Alfredo
da Costa.Antóuio Maauel CosA Mar:rlsio
AV AIJAçÃO DE DE5EIÂPENHO
Corocterizoção dos llÂelhores Experiêncios Percepcionodos palos Ávaliodos
24
,
CAPITULO
II
Estudo
Teórico
Antóoio Manuel Costa Maurício
AV
^IJ
Aç ÃO DE DE5E'iTPENHO
Carocterizoção dos /lllelhores Experiências Percepcionadas pelos Ávoliodos 25
1
.
GESTÃOESTRATÉGICA
DE RECURSOSHUMANOS
A
avaliação dese,mpe,nhoprofissional só
faz
sentido quando efectuada,de
formaintegrada,
no
cômputo da estratégia de gestElo de recursos humanos.A
gestiio estratégica de recursos humanos procura potenciar o somatório doscontibutos
individuais. O sucessodas organizações ancora nas competências e
no
comprometimento dos profissionais que trabalham para essa orgeniz.açào.A
vantage,mcompetitiv4
faceà
globalizaçáo cresce,nte,exige
respostascomo flexibilidade,
inovaçãoe
agilidade, obtidas
a,travésda
crescentevaToizaçáo
do
capital
humano,
do
seu
comprometime,ntoe
autonomia.
Tudo
istopressupõe a prossecução permanente do desenvolvimento profissional dos tabalhadores e
damelhoria contínua do seu desempenho
individual.
Todavia,
o
papel das pessoas nas organizações eno
mundo do trabalho foram-sealterando
ao longo do
te,mpo, enquadrando-seem
novos valores
e
diferentes padrõesculturais.
No início
do
século)OÇ
as pessoas, nas suasmultiplas
dimensões, sãomuito
pouco valorizadas,
o
seutabalho
évisto
como maisum
factor
de produção,do qual
épreciso obter a máxima
rentúiüdade.
A
crescents ssmplexidade na gestão das pessoas, em consequência: da especialização crescente dotrúalho,
decorrente do aumento, em escal4das organizações;
da
expansflsda
úordagem
cientifica
do
trabalho; da
necessidade degerir
os
conflitos que
emerge,mentre
trabalhadorese
empregadorese
da
crescentelegislação
laboral,
conduzemà
emergênciade
departamentosformais de
pessoale
àespecialização de profissionais relacionados com esta area de intenre,nção (Santos, 2005a). Por conseguinte, surge nos anos 60, do século
XX,
o conceito de gest?lo de pessoal. Estamos na fase da administração, que se resume essencia'lme,nte à admissão, controlo de assiduidade e processaÍnento de salários(Bilhim,
2004; Santos, 2005a).Na
década de70,
do
mesmo
século,inicia-se
o
interesse crescentepelo
modelo orgânico
e
flexível
da organizaçáo (Fonsecq 2003). Numa perspectivamais úrangente da
função pessoal, em que adquire relevância os aspectos sociais, ambientais e de saúde e segurança no trabalho, emerge o conceito de gestão de recursos humanos (Caetano etal.,
1999), estamos na fase da gestão (Santos,2005a). Mais tarde, nos anos 90, começa-se a falar em gest?io esfratégica dos recursos humanos, tendo esta em consideração o modo como os recursos humanos, assuas competências e o seu desempenho se tomam uma fonte de vantagem
competitivapaÍa
AntónioManuelCosBMaurlcio X,
AV AUAÇÃO DE DESETTIPENHO
&racieriza$o dos,lÂelhores Experiêncios Percapcionodos pelos Ávaliodos 26
ÍLsi orgãnizações (Caetano
et
al.,
1999), estamosna
fase
do
desenvolvimento (Santos, 2005a), então não fale,mos de empregados, falemos de pessoas(Drúer,
204).
Actualmente,
as
organizações passâmpor
grandes te,nsões, reguladas2s
limite,
se,ndo
as
mesmas catalizadoras
e,
concomitantemente,
resultado
da.
elevadacompetitividade.
Estas tensõesresultam
do
facto
das
organizaçõesexigirem
aos
seustrabalhadores
mais flexibilidade
funcional,
mais
inovação,maior
criatividade
e
maior
flexibilidade
termporal,isto
é,
mais
competênciase
e,nvolvimento,ou
seja
melhordese,mpe,r:ho, com o objectivo de reduzir os custos e aume,ntar a produtividade. Face a esta
atitude das organizações, o
tabalhador
confronta-se com um aume,nto da carga detabalho
e,
por
vezes, uma redução da segurança no emprego,o
que conduz a tensões late,ntes, que podem ser negociadas e reguladas com uma efectiva gestão de recursos humanos.Por
conseguinte, os recursos humanos não são uma massainforme
que pode ouagnrda
formatação acriticamente.São
siste,mas sócio-cultruais, inteligentes, abertos ecomplexos (Nogueira, 2005).
Todavia,
como
refere
Fonseca
(2003),
em
situações
de
ffabalho,
oscomportame,ntos adoptados
pelos indivíduos não
resultamde uma
escolha inteiramentelivre,
na medida em que s,s insere,m num contexto organiz.zlsional e social que define,m, demodo relativame,nte coactivo, a
forma
comoo indiüduo
deve desempenharo
seu papel.Contudo, o trabalhador apesar dos constrangimentos sociais existentes
possú
uma margem de liberdade na acção. Para Nogueira (2005),o
colaborador de uma organtzaçáo éum
serportador de
necessidadesmúltiplas e
complexase
não
um
homo
ecomontcus,as
suasmotivações não giram exclusivamente à volta de aspectos pecunifuios, havendo factores de caráctsr simbólico, por vezes, mais importantes.
É
neste campo simbólico,
com
interacções
multiplas,
em
que
actuamconstrangimentos
organizacionais
e
culturais aliados
às
necessidadese
motivaçõespessoais, que o
tabalhadorrealaao
seu desempeúo.Por
conseguinte, perante novÍLs realidades,maior
exigência
e
complexidade, afunção
gestãode
recursos humanosteve
a
necessidadede
se renovar. Esta renovação passou pela definição de estratégias e práticas de gestão de pessoas apartir
da estratégiaorganizacional como
um
todo,pelo
desenvolvimento de uma infra-estrutura de processoseficientes para recrutar, seleccionar, formar, avaliar, gerir carreiras e salários e, não menos
António Manuel Cosh Mar:rÍcio
AV AIJAç ÃO DE DESE,'APENHO
&racleeiza&o dos llÂelhores Experiêncios Percapcionadas pelos Ávoliodos 27
imFortante,
por gerir
as transformações culturais e ascontribúções
para a identificação eimplementaÇão de processos de mudança.
Assim,
cúe
à gestilo estratégica de recursos humanos combinar todas as variáveis,e
promover
o
desenvolvimento humano,profissional
e
organizasional.A
avaliação dedesempe,nho
podeú
ser um dos instnrmentos promotores do desenvolvimento profissional.Em
senüdolato,
na
perspectivade Nogueira (2005),
gue
enfa{aaa
relação doindivíduo
com o contexto, o desenvolvimento humano é o processo que permite a cada serhumano acfrializar as suas capacidades na relação com o meio social. Quando a pessoa não
e,nconta,
no
meio
quea
rodei4
as condições facilitadorasdo
auto-desenvolvimento, assuas pote,ncialidades
não se
acrtnltzam
e
o
indivíduo não
encontrao
caminho
da
sua paliz.açào.Williams
(2000), referindo-se
especificamenteao
desenvolvimento pessoal em contexto de trabalho, refere que:O
desenvolvimento pessoal englobaa
aquisição de capacidades genéricastansferíveis que,
e,nrboranão
sendo
essenciaisem
termos
de um
trúalho
específico,
seriam
capazesde
acrescentaralgo ao
trabalho
e
de
dar
maior
e,mpregúiüdade
ao
possuidor
dessa capacidade
e,
aird4
autoconfiança
ecapacidades que a tornam uma pessoa
capv
de se adaptar aosmúltiplos
papéis que otabalho
exige @.73).Na
mesmalinha
de pensamento, Santos (2005a) refere quepor
desenvolvimentoprofissional
ente,nde-sea
capacidade
adquirida
pelo
trúalhador
que the
permiteacrescentar
valor
ao
seu
dese,mpenho,o
que
pressupõeuma
mudança
com
valor
econseque,nte,nrente a obtenção de uma mais
valia
paÍa otabalhador
e paraa
organizaqào, que deste modo prossegue o desenvolvimento.O desenvolvimento organizzsieÍral é a missão
última
de qualquer organização, sobpena da mesma perecer, se,ndo as pessoas o elemento mais valioso para a sua consecução.
No
e,lrtanto,o
que detennina as relações detrúalho
são, emúltima
instância, as razões económicas. Contudo, para quea
otganiz.ação se desenvolva necessita, permanentemente, de acréscimos produzidas pelo seu sistema humano, pelo que, idealmente, deve estabelecerAtrtónio Manuel Costa MarrÍcio
AV AIJAÇÃO DE DE5E"IPENHO
Coracterizoção dos iÂelhores Experiêncios Percepcionados pelos Áraliodos 28
uma Íelação de simbiose com os trabalhadores. É no equilíbrio de esta relaç?io de simbiose que a gestão de recursos humanos possui rrm papel preponderante.
Como refere Peretti Q004), o interesse pela gest?lo estratégica de recursos humanos
é
"o
reflexo
da conscismçializ.a*ão cresce,nte sobre aforte
ligação entreo
económico e osocial" (p. 89), tendo em consideraç?io que os recursos humanos, as suas competências e o
seu desempenho podem ser uma vantagem competitiv a para a orgeniz.açáo.
Assim
sendo,as
organizaçõestêrn
a
necessidade,trfo
somentede
avaliar
o desempenhodos
seus trabalhadores,mas
e
sobretudo,de
promover
a
motivação
e
aimplicação na
vida da
orgaarzaçáo (Zeynnger, 2005),isto
é,o
seu desempenho. Pelo queconsideramos a avaliação de desernpenho, enquanto compone,nte
do
siste,ma de gestão de recursos humanos, um instrume,nto poderoso na gestão, implicação e desenvolvime,nto das pe§soÍrs.d
implicação
está directame,nte relacionadacom a
motivaçãoe é
ufoa
das suasconsequências.
Significa
elevada identificação coma
orgzniz.ação. Emtodo
este processoos gestores de recursos humanos possuem
um
papel determinante, na medida e,m. que"a
gesü[o
de
recursos humanos
visa
a
ma"xima implicaç?io,integraçiio,
flexibilidade
equalidade
@ilhim,
20A4, p.L92).Por sua vez,
o
dese,nvolvimento pessoal e profissional requer a participação activada
orgaatzaçãoo do tabalhador,
que
sepropõem
fazsrwa
caminhadaem
conjunto,através
de
uma
sequência
de
actos, que
passa,
como refere
Bilhim
Q004),
por
opoúunidades oferecidas e responsabilidades assumidas.
Pelo
quena
interacçãofrabalhador
organrzaçáo,o
gestorde
recursos humanos, independenteme,ntedo nível
a
que se
situa
na hierarquiq têm vindo
a
assumir umaimportância crescente enquanto interlocutor e negociador, tendo asi suas funções e acções,
como
fim útimo o
melhor
desempenhodos tabalhadores
e
da
organir.ação.Hoje,
éinquestionável que a eficácia organizacional enconta-se correlacionada com as práticas e
politicas de
gestiio das pessoase com
seu alinharne,lrtocom
as estatégias de
negócio(Zeyinge42005).
Aadaio Manuel Costa Mauricio
^V
AIJAçÃO DE DESE'âPENHO
Coracierim$o dos tlÂelhores Experiêncios Percepcionados pelos Ávaliados 29
2 _
AVALIACÃO
DE DESEMPENHOO estudo da
avúação
dedesempeúo
impõe uma abordagem prévia dos conceitosde
avaliaçãoe
desempenho, estesmúto
mais
úrange,ntese
aplicáveis
em
múltiplos
contextos e situações.
Contudo,
o
que pretendemos estudar são as melhores experiências de avaliação dedesempenho percepcionadas pelos avaliados e os significados construídos
no
âmbito dos processos de interacção dos actores,envolüdos
no processo de avaliaçáoformalizada
em contexto de trabalho.Por
conseguinte, toma-se necessáriodefinir
também, conceitos transmutaveis eutilizados
em
difere,ntes áreas,como sejam
os
conceitos
de
percepção, interacção, construção de significados e competência, aos quais voltaremos, mais adiante.2.1
-
DEFrMÇÃO »B
CONCETTOSA
avaliação, deum
homempor
outro,
sempre estevee esú
presente, apartir
domomento em que duas pessoas entram em interacção. Como refere Sousa Q006),
'tivemos
num
mundo em queaquilo
que fazemos é objecto de avaliaçãopor
nóspróprios
e pelosouüos" (p. 158).
Avaliar
significa
"determinar avalia
ouo valor de
...;
apreciaro
merecimento de..."
@nciclopédia Universal, 2004) ou, ainda, "julgar
.. .apreciar ..."
@eciopéüU
2006), o queimFtca
a interacção, directa ouindirecta
ente
os actores envolvidos, do qual resultaum julgamento com a subjectividade inerente à natureza do sujeito. Caetano (1996) refere,
de forma
aparente,me,ntemais
simples mas
que
enceúa grande complexidade,que
"a
avaliaçãotaduz
um julgalne,nto expresso peloavaliadot''(p.
4).Avaliar
é um exemplo de percepção do sujeito sobre o objecto, na qual os processoscognitivos têm um lugar determinante, estando estes
imbúdos
da subjectividade resultanteda interacção e,lrEe dois sujeitos.
António Manuel Cosa Mauríoio
AV AIJAçÃO DE DESEIÂPENHO
Coroclerização das tlÂelhorss Experiências Percepcionados pelos Ávoliodos 30
Se possuímos uma ideia do que é
avaliü
enti[oo
que seráo
dese,mpe,nho? Coates(2005), refere que
o
conceito
de
desempenhoé muito
nebuloso,usado em
múltiplascircunstâncias
por múltiplas
pessoasi,por isso é
müto
dificil
de definir
o
que
tomacomplexo, também,
definir
avaliação de desempenho.No
e,lrtanto,
recorrendo
à
Deciopédia,
desempenho
significa
execução,comportame,nto, actuação,
...@eciopédia
2006), isto é,significa
acçáo.Todavia,
no
mundo das organizações desempenhoé
o contibuto
da pessoa, numdeterminado
período
de
te,rrpo,que
cria valor
para
a
organtzação(Motowidle,
2003).Assim
se,ndo,paru
um
desempenho
efectivo
é
imprescindível
um
co4junto
de conhecimentos-
dimensão saber-,
llm
conjunto de habilidades-
dimensão saber fazer,aplicando o conhecimento no desempenho
datarefa-
e,aindq
atitude.A
atitude reporta-seaos aspectos sociais e afectivos relacionados com o trabalho
-
ríimensão querer-fazer.Se
a
avaliação,
como referimos
anteriormente,é
intrínseca
ao
processo
deinteracção e,ntre duas
ou
mais
pessoas,a
avahaqáodo
desempenho começaa
ser umapreocupação
quando
um
homem
contatou
um outo,
paxa
que
este realize
umadeterminada tarefa-
Assim
se,ndo,a
avaliaçãode
desempenhoprofissional, pelo
menosinformal, é
inerenteà
divisão social
do
trabalho
e faz
partedo
processoevolutivo
dahumanidade.
Por
conseguinte,
a
avaliação
de
desempe,nhoestá
sempre
prese,lrte,informalmente
e'0...
não édificil,
é feita in:flormalmente dia adiq
em quedificilé júgar
asconsequências práticas da e,missão desses julgamentos" (Caetano, 1996,
p.7)
ou resulta deum
siste,made
avaliação
de
desempenhoformalmente
instituído,
sendo
esta
mais complexa.Para Rlmes et
al.
(2005), tomandoa
avahaqáo de desempenho comoum
processocontínuo,
em
que todas as etapassfis
importantes,a
medida da performanceé
sempredificil,
emboraa
mesma possaincidir
sobretês
aspectos chave: quantidadeproduzid4
intensidade econtibuto
indiüdual
para o colectivo.Por conseguinte,
a
avaliação resulta quer de processosinfonnais
quer de processosformais.
A
avaliaçãoinformal
e
espontânea,mais
subjectiva,centa-se em
fundamentospsicológicos e pode ser explicada, em parte, pela teoria da comparagão social, na qual há
tendência a comparar Í!s pessoÍrs na ausência de critérios objectivos, na teoria da identidade social, na teoria da motivação hr:mana e na teoria da eqúdade, na qual a pessoa espera que
a relação entre os seus contributos e os resultados seja semelhante com a de
outa
(Santos,António Manuel Costr Mauricio
AVAIJAçÃO DE DESE,T PENHo
Caracferizoção dos Melhoras Expariêncios Percepcionadas pelos Ávaliados 31
2005a). Contudo,
o
que pretendemos estudaÍ são os processosformais da
avaliação dedesempe,nho, em contexto organizacional,
2.2-
AYALTAÇÃOrOnUer
DO DESEMPENHOA
avaliação de desempenho representa uma necessidade no plano económico e noplano
organizacional@eretti,
2004),daí
a
sua
formahzaqão.Tarnbém,púà
Chiavenato(1980)
a
avaliaçãonas
organizaçõesdeve
ser formal,
referindo
que
o'a avaliação dedesemrpemho é
um
procsdimento paraavaliaÍ
o
desempeúo
profissionalno
exercício deuma
firnção,
a
parttr de
um
programa
formal
de
avaliação baseadoem critérios
einformação previame,nte conhecida
(...)
e do seu pote,ncial de desenvolvime,lrto" íO.207).Segundo Caetano
(1996)
e
Worley (2003),
a
avaliaqáode
deserrpenho comosiste,ma
formal
e
siste,máticoemergiu
nas
organtzaçõesno
início
do
século
)OÇ
emparalelo com o
início científico
da gestão. Em Poúugal, a sua expansão surge na segundametade
do
século )OÇ nas organizações públicas e privadas e procura-se quea
avahaqáode desempenho
exprimq
o
mais exacto que é possível,o
dese,nrpenho dos indivíduos.A
exactidão
era
um
objectivo
e a
validade
e
fiabilidade
dos
instrumentos
foi
uma preocupação permanente. Como refereBilhim
Q004),
para a sua consecução procurou-seconstruir instrumentos de medida
fiáveis
e credíveis, baseadas emcritérios
seguros, paraque as classificações
atibúdas,
pelo avaliador, fossem objectivas e racionais.Actualmente,
a
avahaçãode
desempenho enquanto processode
identificaçáo,medida
e
gesêo
do nível
6s
palir.aqão
dos
membros
de
uma
dada
organrzaçáo, éindispe,nsável face
à
crescente compeütividadevivida
nas e pelas organizações, contudo requerem novas metodologias queavúem
e motivem os contributos dados pelas pessoas.Bilhim
Q004) reforçao
papel da avaliação de desempenho, considerando que ooaavaliação
de
desempenhoé
a
pedraangúar
de
qualquer sistemade
gestlio de recursoshumanos" G,.257). Na
Administação
Pública, pretende-se que seja, de formaefectivq
uminstrumento
de
desenvolvimento de recursos humanose
da estatégia
das organiznç§sg@ecreto Regulamentar
f
19N2004
de 14 deMaio).
A
avaliação de desempeúo fomece, ainda, a informaçiilo necessáriapara a tomada de decisão eshatégica e o grau de adaptaçãoAn6nio Manuel Cosa Maurício
AV AIJAçÃO DE DE5E'ÂPENHO
Caracterizoção dos Melhores Experiêncios Percepcionados pelos Avaliodos 32
entre
o
siste,ma actual eo
sistema exigido pela mudança estratégica. Consequentemente, éum
instrume,ntoque,
quando
bem
aplicado,
pode
tazer
inrimeras
vantagenspaÍa
aorgeniz.açáo e pttra o trabalhador. Mas, para que isso aconteça
a
ayahação de desempe,nhodeve ser desejada
e
aceitepor
todosos
actorese
incorporadana cultura
organiz.acional,porque só deste modo pode alcançar
todo
o
seu potencial, emprol
da
organrzação e dostrabalhadores.
Caso contrário, poderá
sucedero
mesmo que,
no
passado recente, naAdministração
Pública
ou
como
aconteceu e,rnmútas
empresas duranteos
anos80,
doséculo transacto, em que os sistemas de avaliação não foram efectivos e o investimento nos mesmos não gerou qualquermais valia paÍaaorgamzaçáo (Archier e
Seriyx,
1992).Caetano (L996) refere que "desde
o início do
séculoXX
a
investigagão sobre aavalraqáo de desempe,rho, revela que a maior parte das organaações persiste e,m práticas
de avaliação prisioneiras de conceitos
e
formulações teóricas inadequadas"(p.
D.
Sendo assrtri, referemArchier
eSerip
(1992), a avaliação de dese,mpenho,por
vezes, não passade um discurso e um
ritual
porque não há condigões e recursos para uma avaltaqáo efectivae conseque,nte. Archier
e
Serilx
(L992) afirmam ainda que:Durante
a
década de 1980 a maior parte das empresas criaram sistemas deavaliação
de
dese,mpenho,em que
a
suafirnção
erapermitir
a
cada empregadotrocar impressões,
pelo
menos uÍrLayezno
ano, com a sua hierarquia(...).
Comonão
é
simplesüver-se com
franquez4 simplicidade
e
coragem, estes sistemaslimitaram-ss
3
simples rotinas processuais.No final do
ano(...)
preenchia-se o impressopreüsto
paÍa o efeito e considerava-se satisfeito oritual
de apreciação (p. 88 e 89).O
processo da avaliação de desenrpenho não pode, somente, ser umaúordagem
retrospectiv4
mas
um
espaço
de
üsão
e
projecto,
um
espaço
de
negociação
ecompatibilização de interesses, de modo a não
frusüar
os avaliados como valor
limitadoda avaliação (Worley, 2003).
A
avaliaçãode
desempenhonão
deve ser apenas r:ma medidads
rcaliz.ação dopassado, que permita elogiar ou
criticar
umindiúduo
pelas suas qualidades pessoais, masdeve,
sobretudo estarvoltada
püa
o
futuro
(Caetano, 1996),
ide,lrtificandoo
que
ostúalhadores
têm que fazer para atingir o máximo do seu potencial. Por conseguinte, comoAntónio Manuel Costs Maurício