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Avaliação preliminar de duas introduções de pupunha em sistema de consórcio com o guaraná.

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N9 47 Mo/83 p. 01-07

PESQUISA

EM

ANDAMENTO

14291 CPAA 1983 FL-PP-14291 ucrnn uE MANAUS Estrada do Aleixo, 2.280 Caixa Postal, 455 69.000- Manaus, AM. Fone: 236-3426

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AVftLIACÃO PRELIMINAR DE DUAS INTRODIJCãES DE PUPtISD-IA

21 SISTEMA DE CONSÓRCIO

cai o

GUARANÁ

Carlos Eduardo Lazarini da Fbnseca' Maria Pinheiro Fernandes Corréa' José Ricardo Escobar2

A pupunheira (Bactris gasipaes H.B.K., família Pakae) é uma espécie perene oriunda das Américas, axn prováveis áreas de origem em certas regiões do Panamá Equador, Col&tia, Perú e Bolívia. Sua distribuição geográfica é extensa, sendo limitada ao norte por Honduras, se estendendo pela Bolívia até o Brasil, assim co un em certas ilhas das Antilhas (Camacho 1972).

A pupunha é um fruto d€ oonsi.mo predominantelTente tropical. No Brasil é mui to utilizada na dieta aUnentar pelas famílias interioranas da Amazônia, e em ixe

nor escala pela população urbana, onde os frutos alcançam preços de até 800,00 por cacho.

O fruto é consumido cozido com sal. Black (1980), cita que o uesocarço de frutos frescos contém aproximadariente 34,5% de carboidratos, 5,6% de óleo, 2,1 % de proteína, 1,3% de fibra, 55,8% de água e 320 ppn de caroteno. É considerado um fruto de altíssin-o valor nutritivo, principaflrente pelo elevado teor de vitamina A.

Por outro lado, a pupunha apresenta um potencial i.i -rportante na fabricaço de ração para a .alirrentação de animais domésticos. Segundo Camacho (1972), na Costa Rica estão utilizando a pupunha para a engorda de suínos e aves, com resultados

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EngQ AgrQ, Pesquisador da EMBRAPA - tJEPAE de Manaus Avaliação preliminar de ...

1983 FL-PP-14293

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M

ANDAMENTO p. 02-07 satisfatórios Popenoe & Jintnez, citado por Camado (1972), assinalam que além da fabricação de rações para aves, o fruto depois de seco pode ser convertido em farinha com muitos usos na culinária.

Un dos usos de maior importáncia industrial da pupinha é a sua exploração pia ra a produção de palmito, considerado de óthtia qualidade. ademais apresenta outra característica a].tanente vantajosa qual seja a de produzir nunerosos fiihos ba sais, que crescem rapidanEnte (Canadio, 1972 e CEͽG, 1982). Atualrrente,Costa Ri ca, explora cniercialmante grandes áreas cn plantios de pupunha visando a expor tação do palmito.

cm

o objetivo de estudar sistemas de produção econcxnicanente viáveis, foi instalado em janeiro de 1979 pela UEPE de Manaus, um experinento utilizando a pupinha para testes de consórcio com o guaraná. O guaraná foi plantado em um espa çaxrento de 5m x 3m e a pup.inha lOm x lSm, plantada dentro da linha ocupando o lu gar de uma planta de guaraná. A densidade foi de 595 e 72 plantasfria para o guara ná e a pupunha, respectivanente. Fõram introduzidas duas procedências de pupunha: Santa Isabel - PA (STI4 1) e INPA BR-174-AM (INP 2) com 27 e 45 exemplares, respec tivarrente.

Além dos objetivos acima descritas, est3o sendo feitos estudos visando poste nor seleção de procedências, e dentro destas, as irelhores árvores, incidindo prin cipalnente sobre a qualidade dos frutos, precocidade, auséncia de espinhos, produ tividade e adaptações às condições de cultivas múltiplos.

Os valores da produtividade de dezembro de 1981 a dezembro de 1982 por ária

re de pupunha, referentes a cada uma das introduções, estão indicadas nas Tabelas 1 e 2.

A produtividade rdia de ca±os da introdução STA 1 foi de 213 kg/ha/ano e da 114? 2 foi de 577 kg4ia/ano, perfazendo um total de 167 e 301 cachos/ha/ano,res pectivauente. No período citado (13 rreses), 36 e 70% das plantas entraram em pro dução cm 93% e 95% de sobrevivência nas introduções STA 1 e INP 2, respectivarren te.

Na introdução INP 2, destacam-se nove plantas com produção acinia de 10 kg/ planta/ano, entre as quais as 114? 2-32, INP 2-33, INP 2-43 e ]11P 2-72, que produ ziram acima de 20 kg/planta/ano cm núnExvs de cachos acima de 7. Em contraparti da, apenas a planta núrrero 12 da introdução STA 1 apresentou produção de 10,37 kg

ano em 6 cachos.

O peso individual dos frutos, assim oiro a presença de frutos partenocárpi cos (sem senentes) . constituem

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não existir um padrão de classificação definido, quer carercial ou industrial Destacaram-se as plantas INP 2-46, INP 2-52 e ]NP 2-72, can peso rrédio de 65,8

49,0 e 44,6 g/fruto, respectivanente. As plantas da INI' 2, apresentaram maior per

centagem de frutos partenocárpicos, destacando-se novarrente a planta IN? 2-72

que eia 27,7 kg de frutos, 20,8 kg (76%) não apresentaram senentes.

A ausência de espinhos no caule, é uma característica importante na prática de colheita dos cachos, principalnente em plantas mais velhas em que a altura do tranco pode atingir 13m em torno dos 10 anos de idade. Neste particular, a intra dução STA 1 apresentou 36% das plantas efetivas sem espinho, caitra 5% na introdu ção INP 2.

A coloração dos frutos maduros variou de vérce claro, amarelo, alaranjado e ventelho, com tamanhos que variaram de 10,3 g (nuto pequenos) a 65,8 g (grandes) e formas variadas.

Quanto a precocidade destacou-se a introdução INP 2, dentro da qual as plan

tas INP 2-30, a INP 2-33, a IN? 2-59 e a INP 2-72, que areçaram a produzir aos 35 neses após o plantio. A porcentagem acurrailada de plantas em produção estão in dicadas na Figura 1, por ordem de neses em que cxneçaram a produzir.

O increnento nú1io anual

(Ira)

em altura e o núrrero de brotações basais fo

ram bastante acentuadas em antas introduções, ficando em tomo de 2, Om de

ira

e

6,5 brotos.

Os dados apresentados sobre a produtividade das diversas plantas das intralu ções em estudo têm caráter preliminar, visto que as plantas são novas, ainda na fase crescente de produção. Entretanto, já é possível notar uma variabilidade in teressante quanto a produção e qualidade do cacho entre as plantas das duas intra duções, sugerindo a possibilidade de praticar futuranente uma seleção de matrizes.

Os autores agradecem ao INPA pelo material genético de pupunha e em parti ai lar ao 1k. Charles Clenent pela colaboração, agradecem ainda aos técnicos agríco las Argemiro Soares MDta e José Carlos Rocha Dantas, pelos valiosos serviços pres tados na implantação e na condução do experimento.

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BIAcK, G. Vegetative propagation of pejibaye

(Bactris gasipaes

H.B.K.) iv.

Interam. ci. Agríc., Turrialba, 30 (3): 258-61, 1980.

WCHO, V.E. El çejibaye

(Guiiielrncz gasipaes

(B.K.) L.H. Ba.iliy). In: INSTITUIO

INTERANERECN4O DE CIÊNCIAS AGRÍODLAS, Ibrrialba, Costa Rica. Simp5sio Interna ciaial sdre Plantas de Interes Eco=nco de la Flora Amazonica, Belém, 1972

Turrialba, 1976. p. 101-6 (IIC- Trópicos. Inforires de Conferencias, cursos y

reuniones, 93).

Ifl) DE ASSISTÊNCIA GERENCIAL À PEQUENAS E M2DIAS EMPRESAS, Manaus, AM. Paimito de ppxnha. Manaus, 1982. 54 p. (CEAG-AM Perfil Industrial).

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FUiUU15A tivi #AFL)MIVIfl1 tU

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£ABELA 1. Increnento nédio anual em altura, núnert de brotos basais, prução de

cactos e de frutos em plantas de pupunha, introdução INP 2. UEPPJE de Ma naus, dezembro de 1982.

- IPIA CACHOS FRIJIDS

Planta

Altura NÇ' de

(nç) Brotos Peso Peso F/C Peso Peso Peso Po+Ca

0 (itt) Sasais N9 ¶Lbtal !"dio Ibtal FP 1 FN Senente PN

(1(g) (kg) (kg) (%) (%) (g) (%) (%) 30 1,31 11 7 11,96 1,71 94,7 11,33 77,2 22,8 19,5 2,1 89,0 31 2,80 10 8 18,51 2,32 94,1 17,42 69,5 30,5 17,5 2,3 86,2 32 3,95 7 8 20,72 2,59 92,5 19,16 51,6 48,4 14,5 1,9 86,3 33 2,11 5 11 27,56 2,51 93,7 25,81 62,7 37,3 17,1 1,9 89,3 34 2,54 2 2 1,08 0,54 88,9 0,96 100,0 0,0 15,7 1,9 87,7 35* 2,92 8 9 11,85 1,32 91,4 10,83 98,3 1,7 18,5 2,1 88,7 36 1,94 5 5 8,93 1,79 88,8 7,93 80,2 19,8 16,2 1,4 91,5 37 3,10 3 3 1,94 0,65 90,2 1,75 100,0 0,0 17,7 1,7 83,3 40 2,03 8 3 4,51 1,50 91,1 4,11 25,1 74,9 21,5 1,6 92,5 41 2,62 6 3 6,99 2,33 93,4 6,53 31,7 68,3 25,2 2,7 89,9 43 3,50 5 7 24,47 3,50 94,9 23,21 100,0 0,0 14,7 1,3 91,5 44 2,69 5 2 7,53 3,77 91,9 6,92 100,0 0,0 18,0 1,1 93,9 46 2,93 11 2 1,65 0,83 90,9 1,50 61,4 38,6 65,8 4,4 23,1 48 1,98 8 1 1,96 1,96 97,4 1,91 34,5 65,5 16,3 1,5 90,8 49 2,02 4 4 3,08 0,77 87,3 2,69 85,5 14,5 34,3 3,7 89,2 51 2,72 10 6 5,25 0,87 76,0 3,99 96,7 3,3 31,5 3,1 90,1 52 1,62 13 1 1,74 1,74 89,1 1,55 100,0 0,0 49,0 3,7 92,5 54 1,39 7 2 2,17 1,04 87,3 1,90 91,1 8,9 29,7 3,1 87,9 56 3,35 5 1 1,27 1,27 83,5 1,06 0,0 100,0 0,0 0,0 0,0 57 2,39 5 9 11,98 1,33 90,6 10,85 94,2 5,8 31,0 2,0 93,5 58 2,34 6 6 8,27 1,38 91,3 7,55 96,0 4,0 30,0 3,1 89,5 59 2,80 5 6 8,78 1,46 93,8 8,23 70,4 29,6 22,6 2,6 88,7 60 2,50 5 8 16,51 2,06 97,7 16,13 44,8 55,2 32,2 3,8 87,4 61 1,53 6 1 0,53 0,53 81,1 0,43 100,0 0,0 22,5 1,6 92,9 62 2,39 3 1 1,2 1,2 83,3 0,85 0,0 100,0 0,0 0,0 0,0 64 1,67 10 2 1,73 0,87 65,4 1,13 46,2 53,8 29,2 1,8 93,8 67* 2,15 3 3 9,07 3,02 93,4 8,47 98,4 1,6 36,8 2,3 93,7 70 2,33 6 1 0,42 0,42 78,6 0,33 71,3 28,7 56,0 2,2 96,1 71 2,43 4 1 1,52 1,52 68,2 1,31 74,5 25,5 38,0 3,5 98,8 72 2,10 4 10 28,84 2,98 92,8 27,70 25,0 76,0 44,6 4,5 90,5 2,39 6,3 4,4 8,43 1,65 89,0 7,78 69,5 30,5 28,1 2,5 90,5

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PESQUISA EM ANDAMENTO

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2. Increrrento médio anual em altura, núnero de brotos basais, produçãà cactos e de frutos em plantas de pupunha, introcïição STA 1. UEPAE de naus, deze±ro de 1982. o Plaflta (n9) Altura . (m) Basaj.s NÇ Peso Ibtal Médio (kg) (kg) F/C (%) bta1 (kg) FN (E FP (%) 1 P14 (g) Peso Senen te(%T Po+Ca FN (%) 4 1,97 5 1 1,10 1,10 80,9 0,89 12,9 87,1 19,0 0,9 95,3 5 1,86 5 2 2,97 1,49 90,6 2,69 77,0 23,0 22,0 2,0 90,8 6 1,26 2 1 0,27 0,27 81,5 0,22 100,0 0,0 28,4 1,4 95,1 9 2,61 10 3 1,52 0,51 82,2 1,25 75,9 24,1 20,5 2,3 88,1 12* 2,47 6 6 10,37 1,73 86,4 8,96 94,4 5,6 16,6 1,3 91,5 ri) 17 2,30 10 3 1,92 0,64 93,6 1,79 100,0 0,0 22,7 2,9 87,0 19 2,38 5 2 1,57 0,79 94,9 1,49 97,7 2,3 26,7 2,5 90,8 21* 3,07 10 1 1,00 1,00 90,0 0,90 100,0 0,0 17,0 2,6 84,7 25 1,57 7 4 7,87 1,97 94,3 7,42 96,5 3,5 10,3 0,8 91,5 2,17 6,7 2,5 3,18 1,05 88,3 2,85 83,8 16,2 20,3 1,9 90,5

STA 1 - Introdução de Santa Isabel - PA INP 2 - Introdução do INPA

IM7 - Incremento nédio anual

F/C - Relação frutos por cacho = Peso frutos 100

FN - Frutos normais

p'p - Frutos paternocárpias (sem senentes)

Po+Ca/FN- Relação polpa mais casca/frutos normais *Ausência de espinhos

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o- z 4 -J o- PESQUISA EM ANDAMENTO N9 47 Ago/83 p. 07-07

1. Porcatagern de plantas em prcdução sobre o total de plantas efetivas em

relação a idade ap3s plantio.

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EMBRAPA UEPAE DE MANAUS Estrada do Aleixo, 2.280 Caixa Posta?, 455 69.000- Manaus, AM.

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