i
"
HFrighetto.
R.
T. s.;
2Frighctto. N.; JSchne;ider, R. P.; ~Femandes lima,P.
C.'Empresa
Bms!1eua de
PesqUISa /lg. ropewãria, Embrapa fv\eio Ambente,P.oc:XMa SP 340.
Km127.5,CP69.
l
382O-COO.
Jaguariúna,SP.
BraSIl
1Ccntro de PesquISaSÇAAmecas.
81-oIóglCaS e Agronõrmcas. Unr.oersdadc Estadual de Campinas, CPQBAIUNI. CAMP; CP 6171. 1'3.083·970. Campi-nas.
SP:
BrPSlI.
Jlntrtuto de CiênciasBIomédic:as/USP:
laboralÓl'lOde
Men:ooklQla AmbIen· tal~Av.
Prof.
l.reuPrestes.
1374.
CEP
Q550B.900. CtQade Un/YefSltán;) •sp
4EmbtapaSemi
-
Ándo:
BA 428 Km 152, Zona Rural;CaIXa
Postal 23. CEP 56300·000 Petrohna PC 'Correspondêncla E·mailrosa@Cnpma,embrapa br Unitennos: IvIonnga okIfem.
Monngaceac.
Coagu-lan!!! Natural. Amacléldor de Água Oum,Óleo
ComestM!!. Horlahças.Compo
ncnte NutllClOf'lalKeyWords: Morll'lga oIe.fora.lv1onngaceae. Natural
Coagulam.
Hardwater
Softe~r:dlblc
O" Vegctables. NutntlClOal Componcnls18
,
O Potencial da Espécie Moringa oleifera
' L,
(Moringaceae)
,
I.
A Planta como Fonte de
" "
Coagulante Natural no Saneamento de
Águas e como Suplemento Alimentilr
lhe Potential
of
Moringa
oleifera
(Moringaceae)
,
I.
lhe
species as a
Source of
Natural Coagulant forWaterlreatment
and
Nutritional Component
Re
s
umo
, '/ '
Moringa o
l
ei
f
era
Lam
. é
u~aplan
la
Iroplca'l que contém
substância~r',
solúveis
em água.dOlada de
excelentes propriedades de coagula·:
çáo, para o tratamento de água
e água residuáfla
. Uma
~~~~;::;!:~~~,:~';~
cula
nt
e
das
semenles
é
responsâvel pela
eficiência ep
como coagulante natural, sendo comparável ao sulfa
t
o de alumínio.
atualmente
o produ
t
o químico
mais usado
nos processos
de.,!,:,,,~\'~~"'.menta
de água.
Apresenta po
t
encial de aplicabilidade
noIraiafll.ento
de
efluentes.
com adsorçáo de compostos orgânicos em solução
aquosa. bem como no pre·tratamento de efluentes na USina de des·
li/ação de
óleo
de palmelfa
Esta E/anta produz
óleosde excel
e
nte
qualid
ade. com
características comparáveiS àsd
e
azerlede oliva.
É
úma
planta rica
em aminoácidos.vl
l
amlna A
m·caro/enoj
'
e 0.' eó·
t
oco/erol.
sendo excelente fonte al
t
ernotiva
de
protelnas para su
-plemento alimentar humano
e ammal.Também
é empregadâ
na me· .d/cma herbátlca
naíndia
Abstract
Moringa
alei
fera Lam
is a
tropical
pIam conlalnlng water sofuble
subSlance5
~llh
excellent coagula
t
lon propertles
for
Irealmg
waler
and wastewater A flocculatmg pro/cm from lhe seeds
IS responsiblefor lhe
cf/lc/cncy and proper/les
asnatural coagulanl
and
compara·ble
coalummum
sulfa/e
.
presently
lhe mOSIwldely uscd
chemical
10
water trCDlment proccss.
Many
sludles
have
demonstr8ted
/hat
subslances can be removed lrom
water and waSlewater by $orpflOn
palemlal
01
Org8ntC pallutanls lrom aqueous
SOluIIOl1S. as wellfor
pre/reatmcnt 01 paIm ali mrll effluen't usmg
MOringa olelfera115 seed
IS
a
source
01
edlble ali. 25· 4/
% yre/d.wlth excellent quallty.
wlth
riSphyslco·chemlcal characlenSflCS comparable
lathe Ollve oi/.
The
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,
MOringa alelferaare a rlch source 01
ammo aClds
~·carote·ne
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0.'and 8·tocofero/. and prolein for human
lood and animai feed.
Furrhermorc 1/
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rn IlleIlerbal med,clfle
InIndla
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rote·
feed.
Introdu
çã
o
Ê
notÓriO que a qualidade do águ<l Ó uma das grandes preocúpaçàes atuaiS e. certamente. será o malOI problema a ser enfrentado nos próximos anos. Por esta razão. seria de grande valia buscare
estimular
o
uso de
tecnologiasde recuperação
de águas. que envolvam um baiXO custo flOancelro e uma oferta de tec-nologlBS apropriadas. simplese acessivels.
prinCipalmente, quandose
objetivaimplementá-Ias em regiões mais carentes (GUP
TA: CHAUDHUA
I, 1992: POLLARD
el
aI., 1992).
Moringa o/elfefa Lamarck. da família M
onngaceae,
é
uma árvore nativa do norte da india, hojeencen
o
I(ado em diversos países tropicais de baixa altl' tude. Inclumdo-se zonas áridas (MORTON.
'
991;
VEADCOURT.
1985:
JAHN.1986)
.
É
uma planta rústica e de fácil propagação. que se adapta bem ao clima tropical. tanto em solos pobres. quanto nas regiôes áridas e seml-ándas. A multiplicação e a Implantação de cultlvos racionais de M. ole;{e·
ra podem ser feitos através de sementes ou mes· mo por reprodução assexuada através de estaquia (JAHN,1
99
1;
DELDUQUE, 2000), dependendo da vanedade. trata-se de uma planta de crescimento rápido, florescendo e frutificando no final,do
sexto mês após o plantio (variedade Periyakulam 1de-senvol~!da
na índia) ouo~
t
ra!>
variedades quede-moram de 3 a 4 anos (PALADA,
1996).
Um
aspectoi
mpo~tante,
do ponto de vist" agro-. nômico e ecológico, é o papel dos pigmentos, res-ponsáveis pela cor das flores, que influem direta' mente no comportamento dos insetos em relaçãoir
planta. Esses pigmentos pertencem essencial -menteà
classe de flavon9lde's e carotenóides eatu~m como ~stimulante alimentar em alguns gru -pos de IIlS~tos, nas regiôes áridas e semi-ándas (MURUGESAN,
1996),
Na região norte da índia. esta planta floresce duas vezes ao ano. geralmen-te no período entre fevereiro a maio e de segeralmen-tembro,
a dezembro. Os grãos de pólen. produzidos entre. agosto e setembro. não s.e 'd,spersam devidoà
presença de substâncias aderentes. inviabilizando sua ação fecundante. ao passo que em dezembro. essa reslnosidade diminui aumentando as chances de polinização. principalmente atraves do trans-porte pelos insetos (JYOTHI et aI..
1990).
e com conseqüente aumenk> da sua propagação. Um as -pecto desfavorável do ponto de vista agronômiCO se refere ao tempo de Viabilidade das sementes Porém. essa desvantagem pode Ser revertida pela possibilidade de propagação através datecnolo-o Po •• ,,<,.1 do f.spe«. 1.10""9' ole,'~" IMofingacuel I A.
Planto <ornO fD"'~ d~ Co.g~I.M. N •• ~,al nO S ... men.o de Ag~ . . . como S"DI.men.oAI,~n •• ,
gl8 de cultura de teCido (MUGHAL et aI.. 1999) ou atraves de seleção previa em 'sementes pesa das e leves. sendo que as pesadas apresentarnm melhor indlce de germmaçao e de plántulas m<lIS vigorosas (BEZERRA et ai , 2004)
M oledera é considerada ul"!"'a planta de amplo es·
pectro de ação e com grande potenCial de uso múlti -plo. Inicialmente. na China. fOi utilizada como planta ornamental e de sombra. ou ainda. como cerca VNa. ou como barreira de proteção eóhca. Nos últimos anos. mais precis.:,mente desde o iniCiO da década de
90.
esta planta vem sendo alvo de estudos para sua utillzaçáo, partes ou o seu todo. como fonte de prote· ínas no supnmento alimentar humano e animai. como fonte de óleo vegetal comestível ou foote de energia combustível. como fonte de proteínas na floculação de Impurezas em águas: como matéria prima na fabrl cação de carvãb ativo e como insumo na indústria de celulose. Finalmente, em diversas partes desta planta têm·se identificado princípIOS ativos medicinais com ação em diferentes áreas da saúde humana (COOTE et aI.. 1997; GUEVARÂ et aI.. 1996; EZEAMUZIE et aJ., 1996; PàL et aI.. 1995; JAHN, 1996). Pelo amplo espectro de ação. e pelas boas perspectivas de apli -cações que oferece. o cultivo de M. oleifera poderia cOnstituir numa interessante alternativa sócio-econÔ· mica a ser exploradà em paises tropicais. sendo que no Brasil esta planta vem sendo difundida como fqnte de Vitamina A (SILVA; KERR. 1999)..
Atividade
c
omo
'
coagulante ção da turbidez de águasnatural na remo
,
·o
tratamento tradicional de águas visando sua potablhdade envolve. sucessivamente, processos de coagulação-floculação-sedlmentação. seguidos por filtração e desinfecção. da água. este último procedimento normalmente feito atraves do uso de cloro. Na etapa iniCiai do processo. utihzam-se primordialmente substânCias com grande potencial eletrolítlco representadas pOLcoagulantes inorgâniCOS. na forma de sais de alumíniO. normalmente sulfato de alumíniO. ou, mais moderna mente. cloreto de pofl alu-minlO (PAC) ou sulfato SI!íCICO de potlalumínlo (PASS) (JOUCOEUR. HAASE. 1989). conhe· cidos como poheletróhtos:
polímeros organo-sintéIICOS. como polietilenoi minas ou pol!acrilamldas;
coagulantes naturais. de ongem mlcroblana e qUI' tosana. onde se enquadra a ação da M
oledera
•
Ainda que se reconheça a
eficiênCia.
a disponibilidadee a praticidade de uso dos inSumos químicos
tradr-ClonalS. vânos estudos recentes assoCIam diversasdoenças humanas
â
presença de alumíniO na água. InclUindo-se a doença de Alzhelmer (AV'MIS. 1990;MILLER el aI.. 1984:
LETIEAMAN, DAISCOLL.
\988. QURESH
I
:
M~LMBERG.1985),
Por
outro
lado. polímeros organo-smtéllcoS. como pohacnlaml.
da. apresentaram propnedades
neurotóxlCélS
e carci-nogênicas
(MCCO
Ll
STER
el ai., 1964). Além destesaspectos atnlentes
à
saúde do consumidor, devem-sesalientar o aspecto das dificuldades na obtenção e no
manuseiO de Insumos químicos, demandados no tra
-tamento de águ~s. em locaiS mais carentes' e
subde-senvolvidos. além do custo Que lhes
é
imputado comoprodutos de Importação (WAAHUAST el aI.. 1997a).
Nos estudos
leitos com sementes de M 0Ie,(er8.após a retirada da casca
e
da extração do óleo.ob-tém-se um resíduo denominado de "torta ou borra".
constituído de tegumento ou polpa. que pode
ser
aproveitado como condicionador de solo e fert
ili-zante ou mesmo como suprimento ·alimentar an
i-mai (FÇ)LKARD; SUTHERLAI\JD.
'
$196).
Porém. o enfoque de maior impacto deste material consisteno seu a'proveitamento em processos de purifica
-ção de água. devido
à
presença de proteínaspie-zoelétricas. Ressalve·se, porém. a Inconveniência
no uso de tal material devido ao Incremento na
concentração de matéria orgânica na água Ir~lada
por este processo. demandando.
por
conseg,uinte.uma maior carga de cloro. que por sua vez. na pre·
sença da materia húmica eXistente na água.\pode
formar compostos conhecidos como tnalometanos.
estes com comprovada açâo mutagênlca (ZHANG;
WANC.2000).
Este problema pode s~r contornado pela extração
aquosa e purificação préVia das proteínas ativas
presentes nas sementes de
M.
oledera e respon-sáveiS por sua ação coagulanle. através de
meca-nismo de adsorção, e consequente neutralização
das cargas cololdals. segUido de sedimentação (NDABIGENGESERE et al..1995.
NDABIGENGE-SERE: NARASIAH. 1998a: FINK. 1984) (Figura 1).
As substânCias ativas isoladas sao proteínas call' ônlcas com peso molecular
de
aproximadamente13 kDa
e
ponto Isoeletnco (NDABIGENGESEAEet ai . 1995) entre 10 e l i A caractenzação
e
asequência de aminoáCidos de proteínas especificas foram determinadas (GASSEN et ai . 1990. GAS· SENSCHMIDT et ai. 1991. CASSENSCHMIDT et 01 . 1995)
80
o PO'entl.1 ti. ( • .,.<1<1 Mo,,~g. ol.,l •• ~ IMo.j~9.cu~I.I.A PI."to <orno f<",'~". CO'9uIO~'. "'"""01 00 S.ne~"'en'o de Ayu . . e COmO Supl."'."to AI;m""'~,
Com o IntUito de promover um aumento na eflclêncl8
da extração protéica e. consequentemente. na disp:lrll_
blhdade de agentes coaguJantes. Okuda e colaborado
res (999) IntrodUZiram nesse processo uma solução
de dOfeto de sódiO (NaCI), na concentração de 1.0
moi
l',
podendo esteser
subsllluído DO'" soluções. emIdêntica concentração. de nitrato de potáSSIO. doreto
de potássIO ou nitrato de sódIO POiS o fator pnnclpal
pelo Incremento da efiCIência na extração dos com
ponentes ativos está na modificação da força iÔnd.l
(OKUDA CI aI.. 1999) (Figura 2). As proteínas obtidas
da casca. desde que punfjcadas. foram mais eficientes
que
os
compostos de alumínio no tratamento de água.com algumas vantagens ad'CIQfIaIS como a atoxlCldade
e
bodegradablhdadedo
precipitado protéicoe.
oontra·riamente aos compostos químICOS. não afetando o pH
e a
condutlVidadeda
água pás-tratamento.O
volumede resíduo gerado
é
de 4 a5
vezes menor que o pre·clpitado com os compostos de alumímo e é comple·
tamente blodegradável (NDABIGENGESERE et
aI..
1995, GASSENSCHMIDT el ai .. 1995).
Águas provenientes de uso doméstico (JAHN, 1988)
e
de
uso industrial (JAHN.1
986;
JAHN. 1988: MC·CONNACHIE et aI., 1994; MUYIBI; EV1SON. 1995a)
foram submetidas a uJ, pro::essode coagulação-flocu·
laçao·sedlmentação usando. como agente coagulante.
extrato aquoso
de
sementes deM.
oIeitera. previa-mente secas.
Os
resultados foram comparados a ou·tros métodos tradICionaiS de punncação. no tocante ao
material sólido.
DQO
(demanda químicade
oxigênio).nutnentes (N e P). mlC!l)(ganlSmos
e
metaIspesados
.
A eficiência na remoção de partículas sólidas e
de
ml·crorganismos fOI comprovada, mas para alguns metais.
este resultado fOI apenas parcial.
Já
o extrato 'aquosofoi Ineficiente em relação a
000
e aos nutrientes(N
e
P).
que podem ser remOVidos f-óCllmente por com·postos de alumínio. especialmente o fósforo. Contudo.
resultados sensIVelmente melhores neste processo fo·
ram obtidos.
com a
utilização das proteínas Isoladas epreviamente punficadas. MUylbl e EVlson (1995b) con·
duziram estudos complementares para a otimização
do processo de coagulação
de
flguas túrbidas afetadopelos parâmetros fíSICOS.
Çomprovouse ainda que as sementes. tanto na sua forma Integral quanto moída.
ou
mesmo na forma de torta. em propof'ÇÕCsde
1 a 3%. atuam como um palieletróllto ca\iômco no tratamento de âguas. FOI efiCiente
mesmo em conte0dos menores de cascas em relaçilo ao volume de água tratada
(50
mgl ').
dependendo do grau de Impwezas presentes nas águêls_ Segun· do Suthedand e colaboradores(BARl
H. 1982e'
ai .
Fig
a
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.
0
m
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Ai"" .
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omo
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Ah,
,,
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Figura 1 - Fluxograma para processamento das vagens secas de Moringa olei{era
Vagem
s
eca
Remoção da1
Plróhse
I
semente vaaem semente1
casca
Remoção da cascaCarvão
ativo
dn
se
ment
e
T egumenlO ou amêndoa ,M
oage
m
I
, liquido Extração comÓleo da
,-éte
r
de pe
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róleo
•
semente s6hdo"'",o
-
,
I
Extraçáo
co
m água
Agtção animalliquido
,
Precipi
tação
co'm
slJ
lfato
de
amônia
-Solublhzaçâo em água e diálise
-(12·14 kDa)
-Adsorçãb em coluna de carbo)(lmetl!
celulose (eM)
ElulI;ão com cloreto de
-Di
á
l
ise (12
-
14
kOa)
Interna
Proteínas em
pó
Ilo
fd
lzação
Ver Ref NDABIGENGESERE;NARASIAH, 199Ba
81
o ""\oI""'al da (ope.: .. Moringl oIeit., •. IM"" .. y ... ] I A
PI.",. <0"'0 Fonte <lo! Coagula .. te N.,,,,.I nO S ... m.nro a. f_guI •• Cama SuJllem."ta AllmenUr
Figura
2
-
Fluxograma
para extraçâo
d
e c
omponent
es
at
i
vos
de
c
oagu
l
ação.
a
parti
r
da
s
eme
nt
e
d
e
M
ori
n
ga
ol
e
if
ern
Vagem seca
+
semen
t
es
Sementes sem a casca
üegumento ou
Extr
ato s
a
lino
PÓ do tegumento
(5.0
g),
Extração com SOOml de solução aquosa
salina 1 mo1.L·l tie NaCI
1- MIsturar solução de clorofórmio:butaool (5: 1). A razão
recomendada
é
de CInco vezes o volume do extratosalino.
2- Centrifugar e separar
a
solução aquosa.3·
Repetir o processo até que náo rorme mais gel.4· Diálise em tubos de celulose para peso moleCular entre
Com"ponentes ativos
purificados (proternaJ
Ver ref.: OKUDA el ai.,
1
999
SUTHEAlAND el aI.,
1
989:
SUTHEALAND el aI..1
990).
para sementes In natura. não descascadas. aproPorção méhs efetiva foi de
500
mgL'.
Além do uso/n
na
t
ura das cascas
deM.
ale/fera na elapa
deHocu-lação, as mesmas foram submetidas a um processo de
p,rólise
à
temperatura de 750a
BOO"C.
fornecendo umcarvão ativo de altis$lma qualidade. O mesmo estudo
demonstrou a eficiência
desse
malenal na adSOfção.sedimentação e consequente remoção de hepatOtOXI"
nas. produzidas por clanobactérias. através do pr~·
50 de filtraçâo'
por
carvão atIVO em grânulo, empó
ouacondicionado em f,ltro (WARHUAST et ai. 1997b).
DIVersos estudos demonstr<lram a ef,clêflCla do carvão
na remoção de turbldez da água. em condlÇÕC$ dlver·
sas de pH. temperatura, diferentes concentrações de
cátlons e ânlOrlS, e esses estudos sistemátICOS
compro
varam
a
remoçãoentre
80
e99% da t
urbldez (NDABI.GENGESERE,
NARAS
IAH. 1996,
NDABICENGE
SE
RE; NARASIAH, I 998b: WAAHUAST et aI., I 997b:
NDABIGENGESERE et aI.. 1995. MUYIBI, OKUOFU, 1995: MUYUBI: t;:VISON, 1996) Em
outros
estudos, sobrea
relação entre a porosidade cnstalina do carvâo82
.'
ativado e as carácterísticas de adSOf"ção de impurezas
em suspensão, em diferentes condições de tempera
-tura e variação no tempo
de
ativação. concluíram quese
trata de um processo técnica e economicamentevi-áve
l
.
especialmentepara países
em desenvONunento(WAAHURST et aI., 1997a; WAAHUST et aI..
1996;
WARHUAST
e
l
ai"
1997c; I?OLLARD,1995),
Oulravariante do processo consistiu na suspensão das
se-mentes de M
oledera.
emáguas
consideradas duras,com
teor de300
a
1000
mg.L t de cartx>nato decâ1cIO,
vis.:"lndo o amolecimento das mesmas.
O
mecanismode ação conSls~e na adsorção dos ions que conferem
a
dureza das âguas, formaooo produtos InsolúveiS quese
separampor
precipitação. Independente do pH daágua {MUYIBI: EVISON.
I
995a}
.
Os oxalatos presen·tes na
planta também partiCipam da ação de sequestru de cálCIO da água, sedlmenta[ldo o produto f()(mado(PANKAJA,
PRAKASH.
1994)
.
Além da sua aplicação no tratamento de água,
regls-tra'se atualmellle a procura por floculante natural des
tinado
á
dariflC<."lção de caldo de cana na produçãode
R.",OU I ,Ia. V--Val) lO-!&, iun"a 2001
.,
OI In I.bE
pc
gc f .As
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lal1
0:
,
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e
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198
esta nlcal com HA~em.
e na(NYf
bem
mar (nos
~HOJe
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vem r alterr senve potáv mcnt{JAHI\;
Aplic.:A
tort aprese de traide.
nds soluço cumcn (AKlll·,'
I
:as
,a-ue,;
-,to36:
tmse-as.
~IO. mo em,ue
da
en -itrO :Ido . ; , 9<5-l es-, de,
"'!"'"
4
açúcar orgânico dE!V1do
à
prolblçâo do uso de.poheletrólltos SlntetlCos nesse processo. Quando <l
semen-le de
M.
aleI/era (0.16%) foi uSilda Juntamente coma
bentonJIa (0_05%) alcançou-se um bom resultado. com
potencial de clanflcação aCima de 52%; contudo o lodo
gerado ainda
é
considerado alto (WONG. TSE, 1999).As
14 espéaes deMoringa.
Já IdentifICadas e estuda-das. apresentaram atividade coagulante em
ma
i
or
oumenor
escala_ Porém. OS melhores resultados aindafo
-ram obtidos nos estudos com
M
olelfera Lam. (JAHN.1988). Outra espécie de Monngaceae a merecer
atenção.
oom
estudos emcurso.
ê
a M.
stenopeta/a(FOLKARD; SUTHERLANO. 1996). cUJos estudos de domesticação foram realizados por JAHN (1991)
Êxito da aplica'ção de M
.
o
l
e
ifera
no tratamento de águao
emprego de uma tecnolc>gla Simples na punfica-ção de águas, conjugando a ação de areia bentoni·ta e sementes de
M
.
oledera na sedimentação deImpurezas, revelou ser um processo efiCiente tam
-bém no tratamento de águas com Schistossoma mansoni. Cercanae. em Vilas do Sudão (OLSEN. 1987).
Ê,
pois, desejável Que alternativas como esta. da utilização deM
.
ale/fera. científicae
tec-nicamente bem fundamentadas e comprOvadas,com experiê. ncias bem sucedldas.no Sudão (JAHN
,
;HAMID. 1979; JAHN, 1981). possam,constltuir-se
i'im processos atternativos eficientes no tratamento
e na punficação de águas. Em reJato mais recente (NYEIN et aI.. 1997), esta tecnologia também fqi bem aceita pela população de uma Vila em Myan
-mar (continente asiático). s.endo rejeitada por ape· nas 2.7% das famílias.
Hoje, o interesse pelo uso de coagulantes naturais vem despertando
i~t
eresse, prin
cipalmente. como alternativa acessível e barata para países em de-senvolvimemo, com~ênfase no suprimento de águapotável às populações mais carentes. especial. mente em zonas rurais (JAHN. 1981; JAHN. 1986;
JAHN, 1988; DIAZ et ai .. 1999).
Ap
,
licabilidade no tratamento de efluentesA
torta das sementes. apÓs a extração de óleo. apresentou grande potencial de uso nos processosde tratamento de efluentes. através do mecanismo de adsorção dos poluentes orgãnlcos presentes em soluções aquosas. apresentando maIor adsorção de
cumeno (BTEC) >etllbenzeno> tolueno > benzeno
(AKHTAR et ai., 2007). Estudo Similar
fOi
realizado'-
"o Po~nc,.1 " .. hpet,e Mon,,!!o olotio •• IMo""9,""ue! I li Plonu cOnJO fo n ,. ri. C06\!ulon'o N~'u,.1 "0 S~,..,.tn.n,o de
Agu~ •• t<'"'~ Sup'.men'o Alime",.,
n.o tratamento de efluentes da usina de extração de
óleo de palmeira (BHATlA. 2007), apresentando re·
moção de 95% de sólidos em suspensão e 52,2% de
redução na demanda química de OXigêniO
(000)
Acombinação da torta com um floculante comerCiai
(NALCO 7751) apresentou um desempenho supe
-flor ao do alumímo. com a eficiênCIa de remoçào de
sólidos em suspensão aumentando para
99,
3%
e areduçâo de DQO em 52.5% (8HATIA. 2007)
Aproveitamento como suprimento alimentar
Na imâllse de sementes maduras. além dos com
-ponentes pnncipals como proteínas. gorduras e
carboidratos (Tabela 1). registrou-se a ocorrênci,J de metlonma e clsteína num teor de
43
,6
9
k9
'!
de proteí~a. considerada excepcionalmente alta e mui -to próximaà
encontrada no leite humano, no lei -te de vaca e em ovos de galinha. Porem. estudosnutncionals com ratos evidenciaram uma série de
anomalias, como perda de apetite. diminuição do
crescimento e aumento em dIVersos órgãos VitaIS
e atrofias do timo e do baço. quando comparados com ratos alimentad!,s
à
base de clara de ovo. su· genndo cautela no consumo de sementes madurasde
M
.
oleifera. até que estudos detectem quais se· riam os fatores adversos causadores destas ano·malias (OLIVEIRA et aI.. 1999).
'-Tabela
1
-
Composição nutricional das sementesmaduras de
Moringa oleifcra
JJ2.!:og!o.g ,
gordUnJ5
412,Ogl<g'
-Veflef.:OL!VE!RAetal.l999
carboidratos
2t 1,2 g.~g'
cinzas
44.Jg kg'
Estudos com as folhas desidratadas de
M
.
oIeifera <Tabela 2) levaramà
conclusão de Que elas apresen·tam um bom potenCial nutritivo. especialmente como fonte de caroleno, para dIetas de populações de paí·
ses em desenvolVimento (SESHADRI
et aI.. 1997). Oteor de proteínas nas folhas alcança valores da ordem
de 27%. Para alimentação animal. tanto as folhas.
como a torta de resíduos. mesmo após a extração
de óleo vegetal e dos coagulantes protéiCOS, constl'
tuem-se em fontes ficas de proteínas. comparáveiS as existentes em soJa. com 'teores correspondentes a
260,
70 e60
g kg 1. nas folhas. brotos e caules,respectivamente, degradavels em sua grande ma
lo-na. em ale
24
horas de ruminação (AREGHEORE,2002)
É
também recomendado como substItuto da torta de glrasso! na ração animai em regióes escassas83
I
I
I,
.
l
em
alimentação (SARWATI
et aI.. 20021. Embora em
proporção menor, também fOI verificada a presença
de
proteinas
InsoluvelS(MAKKAR.
BECKER.
1996;
MAKKAR,
BECKER,
1997J.
Devido a essas caractedsllcas desfavoráveiS. a subs·
tltuição de proteínas a partir das folhas de Mormga
oledera náo deve exceder 10% na ração destinada
para
tilápia
(Oreochromisni/olicus
L.)(AICHTER et
aI., -2003). Outro estudo mostrou a potencialidade de uso ete M. oleifera como planta olericola em área
sub·tropical dos EUA (PALADA. 1996). A
presen-ça de componentes antmutnClon81$ fOI comprovada através de ensaios com ratos recém desmamados.
ond~ um grupo fOI alimentado somente com leite e
Outro com
dieta enriquecida def
olhas
d
e
M
.
olel/e-ra. Os resultados revelaram considerável diminuição na absorção e retenção de cálcio neste últimogru-po
.
Isto é deVidoà
presença de oxalatos no materialvegetal que atuam como sequestrad.ores de cálCIO
(PANKAJA,
PRAKAS
H
,
199
4)
.
o Pot.nc,,' d. E$p'<i. Mo,inlil" Ol.".f' (M~M!I.U~.J I, A 1'1." .. co<nu fQ"'~ d. CO'y~I.",. N.,~,al no S.numo"'o de
Ay'-'u . co"'o Supl ... ",oAII .... nt.,
As sementes de M oledera são mUito ficas em óleo, conheCido como
MBen 011"
ou "behen oil". num teor que varia entre.25
a
41 %, de acordo com Oprocesso extratlllo como a prensagem a fno. ex tração com hexano (ou éter de petróleo) ou com a mistura élo(ofórmiO: metanol (50:50). Esse nome popular ao óleo
se
deve a alta porcentagem de áCI-do behénico (C210) na composlçao do óleo, em até' 6.4%, e esse componente tem boa aplicabilIdade na mdústria alimentícia (RAVAL: TOLlWAL. 1996: LA·
LAS: TSA~NIS. 2002 ), Comparado ao Azeite de oliva, o 61eo de
M.
olelfera apresentou estabilidadee
composição em áCidos graxos. similares aos de oliva. embora apresentasse um grau menor de m-saturação nSAKNIS el aI.. 1998; FOLKARD;
SU
-THERLAND. 1996). conteúdos Similares em áCido
olélCO (C,8.). maiores em. áCidos behénico (6.4%.
C2:HI). palmítico (6.4%. C'60). e est~árfco (5,7%.
C,sul. e menores em hnolélCO (0.7%. C182)
e
IIno·lêniCO (0.2%. C183) nSAKNtS et aI. 1998: RAVAL; TOLlWAL. 1996). Reglstram·se, ainda. altos teo·
,
,
,
,
T
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-
Compo
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o nutricion
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100
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defolha
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(7
5
k
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)
*
res de componentes como o p-sltosterol, campes· _
terol
e
stigmashirol (Tabela 3). O 61eo apresentou '. ,·r<!Ita estabilidade
à
oxidação rançosa. em espeCial ;: ....aquele extrardo com clorQfórmio:metanol.
O
óleoProlcinas
Carboidratos ÁCido ascôrbico cálcIO.
rerro
c:rósroro
(I-(Qcorerol (vltamma E) ...Nlacma, tlamma, vltamma A e C
5,9 g 12,8 ~ 232 mg 35,3 mg 9.0mg nilo espéclflcado
de
M.
oleitera contéma
·
.
y. e o-toco/erol: quando a maioria dos óleos vegetais contém oa·.
p
.
e y.tocoferol. Ressalta·se que a atiVidade antloxidante
• Ver refs.: MAGDA. 1994: CHING et ai., 2001
de o-tocoferal excede as de "f-.
p
.
e a-tocoferol (LALAS: TSAKNIS.
2002).
Além de seuuSO
como con-dimento em culmárla. este óleo fOI utilizado como aditIVO em cosmétiCOS. como lubnflcante em engre·
nagens delicadas ou mesmo como combustivel em
lampannas (ECKEY; MILLER. 1954: VAUGHAN .
1970"
FO
LKARD,
SUTHERLAND,
1996)
.
,
,
Tabela
3
-
Comparação da composição do óleo das sementes de Moringa aleifera e azeite de oliva' Componentes Óleo deM
.
o
leife
ra
Azeite de olivaprincipais ACJdo oléico 71.6 - 75.4 % 7453% p·sltosterol 45.6-50.1 % 643% Stlgmasterol. 17.3 - 23.1
%
0
,
60
%
Campesterol 15.1-15.8%3.
2
0
%
o-tocoferol 506111 / 15.38121 mg kg I 8850 mg kg y tocolerol 4.47('1/ 25.4(1) O1g kg' 990 mg kg I -I)·tocoferol 35511 • / \5.51fll mg kg 1 160mgkg'·Ver fef~ MAKK,AR. BECKER,I996. MA/(KAR BECKER. 1997. PAlADA. 1996 TSI\KNIS 1998, RAVAL. TOU
WAl. 1996, LAtAS TSAKNIS. 2002
", E_traça0 pc-< prensagem a filO. 'l'Extraçiio com n,heKano
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"
Conclusões
A
partir
deste estudo de revisão. tornou-se patenteo amplo espectro de ação e potenCiais apllcaçoes e usos que a
Monn
ga oledera
apresenta. espe clalmente no tratamento de águas. mdustrlals oudomésticas. e como fonte alternativa de proteínas e vitaminas no suplemento alimentar humano e
am-mal. As
sem
e
l
,t
es
deM
onnga olelfera
constituíramse em objeto de mUitos estudos. como agentes de coagulação-floculação-sedlrnentação em processos depurativos de águas. Mostraram-se ativas, tanto
_ as sementes por inteiro. quanto suas partes. como
as cascas "in natura", ou plrolizadas. estas forne
-cendo um carvão ativo de alta qualidade. devido oi!
sua densa microporosldade que aumenta sua efi
-Ciência na retenção de poluentes. Do tegumento. após a extração do óleo, para uso condimentar, bi
o-combustível. lubrificante ou cosmético, obtém-se
extratos protéICOS de alta eficiênCia na punficação d~ águas. Os principaiS parâmetros preconizados para águas tratadas por processos convencionais,
como pH, alcallnidade, condutlvldade, concentra
-ção catiônica-aniônica, são "compatíveis com as
água~
tratadas comMoringa
oleife
ra.
Dessa ma· neira. a espécie Moringaalei
f
era
representa uma alternativa eficiente, qiorenovavel, inócuaà
saúdehumana e animal, na remoção de ·turbidez. partícu
-las em suspensão ou microrganismos em sistemas aquosos, constitUindo-se nume opção Interessante
como processo de potabilização .de águas.
Considerando-se a viabilidade de CUltiVO de Monn
-ga
a
lei/era
em regiões áridas e tropicais, onde os problemas com água potável são mais patentes, eo envolvime'nto de processos de baixa tecnologia
agregada aos extralos de Morrnga
oledera
na de'pu-ração de águas impróprias ao consumo. conclUI-se
que sua implementação é desejável e recomendável. Finalmente. no âmbito social. a exploração racional de Moringa
ole/fera
pode significar uma abertura defrentes de trabalho em áreas tropicaiS, a fixação do
homem'
à
Vida e às atiVidades de campo. contando com suprimento de água tratada, podendo· se esta·belecer uma exploraç~o econômica de M
oleifera
.
gerando recursos adicionais para o seu sustento.R
e
fer
ê
n
c
ia
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AREGHEORE. E M. Intake and dlgestlbdlty Monn
-ga oledera·batlkl 9rass mixlures by growing goals
o Po',~,"1 d~ bl>k .. Moringa oJerl~,~ [M"""9K . . . l I A
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