JOÃO PAULO
CECHINEL SOUZA
HIPERTENSÃO INTRA-ABDOMINAL
EM
PACIENTES
INTERNADOS
EM
UNIDADE DE
TERAPIA
INTENSIVA
Trabalho
apresentado à Universidade
Federal
de Santa Catarina, para
a
conclusão
do Curso de
Graduaçã
Medicina.
Florianópolis
Universidade Federal de Santa Catarina
2003
M
M
M
M*
=M
-M
M
M
-M
í
M
MM
M
M
M
MM
M
MM
-ii
MM
Mí
ii.
M
M.
M
03750229JOÃO
PAULO
CECHINEL
SOUZA
HIPERTENSÃO INTRA-ABDOMINAL
EM
PACIENTES
INTERNADOS
EM
UNIDADE
DE
TERAPIA
INTENSIVA
Trabalho
apresentado à Universidade
Federal
de
Santa
Catarina,para
aconclusão
do Curso de
Graduação
em
Medicina.
Presidente
do
Colegiado:
Prof.
Dr.
Edson
José
Cardoso
Orientador:
Prof.
Dr.
Jorge
Dias
de›Matos
Florianópolis
Universidade Federal de Santa Catarina
2003
DEDICATÓRIA
Aos
meus
pais,
Paulo
Roberto e
Joceline,
que,
com
seus
ideais
de
Justiça,
Liberdade,
Igualdade
e
Fraternidade,
fizeram de
simesmos
os melhores
exemplos
a
serem
seguidos
nos
campos
profissional,
pessoal
e
espiritual...literalmente.
Às minhas
irmãs,
Ana
Beatriz
e Nana,
pela
amizade,
companheirismo
e cumplicidade
sempre
manifestos,
mesmo
nos
momentos
adversos.
“A
Utopia está
no
horizonte...
Me
aproximo
dois
passos,
ela
se
afasta
dois passos.
Caminho
dez passos e
o
horizonte corre
dez
passos.
Por mais
que
eu caminhe
jamais
o
alcançarei.
Para
que
sen/e a Utopia?
Sen/e
para
isso:para caminhar..."
Eduardo
Galeano
AGRADECIMENTOS
À
minha
mãe,
Joceline Cechinel Souza, lutadora incansável,que
nesses 18anos
sem
a
presença física
de
meu
pai garantiu amelhor educação
para seus filhos,sempre
mantendo
o
amor-próprio e
o
respeitopor
simesma
e pelopróximo.
Ao meu
pai,Paulo Roberto
Souza, que,no
curto espaçode
tempo
em
que
aqui esteve,conseguiu plantar e disseminar seus ideais, valores
em
faltanos
dias atuais,mas
que
seencontram muito
bem
guardados
em
minha
mente
eem meu
coração.Às
minhas
innãs,Ana
Beatriz CechinelSouza
eNana
Cechinel Souza, pelas horasde
alegriae
de
tristeza compartilhadas e pelo socorro oferecidonos
momentos
de
grande dificuldade.Aos meus
familiares, pessoasamáveis
e contribuintes incondicionais àminha
formação
pessoal e profissional.
Ao
orientador deste trabalho, Dr. JorgeDias de Matos, pessoa
admirável pela tenacidade, inteligência e educação.Aos
antigos etambém
aosnovos
amigos, pela ajuda prestada durante todos essesanos
e,principalmente, pela paciência
em
lidarcom
um
amigo
impaciente.A
todos aquelesque
me
permitiram, diretaou
indiretamente, ver e rever os erros pormim
cometidos
durante a vida,impulsionando-me,
dessa forma, a alçarvôos cada vez mais
altos.1.
DEDICATÓRIA
... .. 2.AGRADECIMENTOS
... .. 3.SUMÁRIO
... .. 4.RESUMO
... .. 5.SUMMARY
... .. ó.INTRODUÇÃO
... .. 7.OBJETIVOS
... .. s.MATERIAL
E
MÉTODO
... .. 9.RESULTADOS
... .. 10.DISCUSSÃO
... .. 11.CONCLUSÕES
... .. 12.NORMAS
ADOTADAS
. . . .U . . . ~ . . z › . . › . . . .NSUMÁRIO
. . . - . - . z . . . . .. . . . - . . .. . . . . › . › z z - . - . . . z . . . « . . - ¢ . . . .. . . z . z . z ‹ . . . - . . . .. . . . - . . . z . . .- 13.REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... .. 14.APÊNDICE
... .. ‹ . . . . - . - . . . .HV
RESUMO
Para estudar a incidência
de
hipertensão intra-abdominal(HIA)
e a sua relaçãocom
o
desenvolvimento de
disfunçãode
múltiplos órgãos e sistemas(DMOS),
foram
avaliados 21pacientes, admitidos
na
Unidade de
Terapia Intensiva (UTI),com
fatoresde
risco paraHIA.
A
pressão intra-abdominal (PIA) foi aferida
cada 6
horasdesde
aadmissão na
UTI
até72
horasapós, caso
o
paciente ainda estivessena
UTI.
Foram
coletadosdados
epidemiológicos (sexo, idade, destino finalda
UTI
edo
hospital,causa e
tempo
de
internaçãona
UTI
eAPACHE
II das primeiras24
horasde
intemação),além
do
escoreSOFA
(SequentialOrgan
Faílure Assessment), bicarbonato e lactato séricos.Os
pacientesforam
divididosem
Grupo
I(sem
HIA)
eGrupo
II(com
HIA em
pelomenos
uma
medida).Os
dados foram
apresentadosde
forma
descritiva equando
apropriado foi calculadomédia
fcdesvio padrão. Foi
usado o
teste t student paracomparação
das variáveis entre os grupos, considerando significativoum p
<
0,05.Dos
21 pacientes estudados, três(14%)
foram
a óbitona UTI.
A
HIA
foi detectada pelomenos
uma
vez
em
15 pacientes (71%).O
SOFA
de
admissão
na
UTI
do
Grupo
I foi 5,16i
1,94 edo
Grupo
II, 5,86 :lc 3,09 (p=
0,30).O
SOFA
médio
deintemação
na
UTI
do
Grupo
I foi 3,50 zt2,34 e
do Grupo
II, 5,73 zh 3,21 (p=
0,07).Os
outrosdados
analisadosnão
tiveram diferença entre os grupos. _ VDos
pacientes estudados,71%
desenvolveram
HIA
nas primeiras72
horasde intemação na
UTI. Ocorreu
uma
maior
incidênciade
DMOS
nos
pacientesque desenvolveram
HIA,
mas
essa diferençanão
foi estatisticamente significativa.SUMMARY
For
study the incidenceof
intra-abdominal hypertension(IAH) and
its relation withdevelopment of
multiple organsand
systems dysfunction(MOSD),
were
studied 21 patientsadmitted in the intensive care unit (ICU), with risk factors for
IAH.
The
intra-abdominal pressure(IAP)
Was
measured
each six hours sinceICU
admission until72
hours after, in the case that the patient stayed inICU
yet.Were
collected epidemiological dates (sex, age,outcome from
ICU
and
hospital, cause foradmission in
ICU,
APACI-[E
II scorefrom
the first24
hours in ICU),and
theSOFA
(SequentialOrgan
FailureAssessment)
score,plasma
bicarbonateand
lactate.The
patientswere
separated ingroup
I (withoutIAH)
and group
II (withIAH
at least inone
measurement).
The
dateswere
presented in descriptiveform and
when
appropriatewas
calculated themean
i
standard deviation.The
t student testwas
used tocompare
the variablesbetween
the groupsand
ap
valuesof
less than 0,05were
considered statistical significant.From
the twenty-one patients studied, three(14%)
died inICU.
The
IAH
was
detected at leastone
time in 15 patients (71%).The
SOFA
score at admission for thegroup
Iwas
5,16i
1,94and
for the
group
II 5,86 1- 3,09 (p=
0,30).The
mean
SOFA
during theICU
periodwas
3,50i
2,34for the
group
Iand
5,73Í
3,21 (p=
0,07) for thegroup
II.The
others data analyzed didn”thave
differencebetween
the groups.From
the patients thatwere
studied,71%
developed
IAH
in the first72
hours inICU.
Occurred
more
MOSD
in the patients thatdeveloped
IAH,
but this difference wasn°t statisticallysignificant.
1.
INTRODUÇÃO
A
pressão intra-abdominal (PIA)tem
valoresnormalmente próximos de
OmmHg
ou
mesmo
levemente subatmosféricos (negativos),
em
um
paciente respirando espontaneamente;em
pacientes sob respiração
mecânica
esses niveiscostumam
ser ligeiramentemais
altos (resultadoda
transmissãoda
pressão intratorácica atravésdo
diaíragma)1.O
edema
visceral pós-operatórioea reduzida
complacência da
paredeabdominal
(devido à dor) geralmenteelevam
aPIA
paravalores entre
03
e 15mmHg2.
Pacientes criticamenteenfennos
(porexemplo,
aquelesem
choque
séptico
ou
hemorrágico
eque
tenham
necessitadode
grande quantidadede
líquidospor
viaendovenosa)
podem
alcançar níveis entre20
e50
mmHg3.
A
hipertensão intra-abdominal(HIA)
se desenvolvequando o conteúdo abdominal
seexpande de forma
súbita,excedendo
a capacidadeda
paredeabdominal de compensar o aumento
da
PIA4.Em
1996,Burch
et al.propuseram
uma
classificação para aHIA,
com
valores entre 10 e15
mmHg
sendo
classificadoscomo
Grau
I; entre 16 e25
mmHg,
Grau
ll;de
26
a 35mmHg,
Grau
lIl; e valoresmaiores
que 35
mmHg,
Grau
IV5.A
“síndrome
compartimental” é caracterizada peloaumento
pressóricono
interiorde
um
espaço
anatômico
fechado,chegando
aponto de comprometer
a vascularização eameaçando,
assim, a viabilidade e função dos tecidos contidos
no
segmento
afetado.O
abdome, sendo
considerado
um
espaçoanatômico
circunscrito,também
é suscetível tantoao
aumento
da
pressão compartimentalquanto
à perfusãoinadequada
dele decorrente,determinando
achamada
“Síndrome Compartimental
Abdominal”
(SCA)].Deve-se
terem
mente, entretanto,que
os efeitosda
SCA
não
se restringem aos órgãos abdominais: sua influência é exercida, diretaou
indiretamente, sobre todos os sistemas orgânicosdo
corpohumano.
Como
exemplos
clássicos desses efeitospodemos
citar: diminuiçãoda
perfusão cerebral e
aumento da
pressão intracraniana;hipovolemia
por diminuiçãoda
pré-carga edo
retorno venoso,aumento
da
pressãovenosa
central(PVC)
eda
resistência vascular sistêmica;diminuição
do
débito urinário,do
fluxo sangüíneo renal eda
taxade
filtração glomerular;2
parcial
de
dióxidode carbono
no
sangue
arterial (PaCOz), diminuiçãoda
pressão parcialde
oxigênio
no
sangue
arterial (PaO2).O
intestino delgado parece sero
órgãoque
cursacom
maior
sofrimento
na
vigênciada
síndrome,comprometendo
o
fluxo mesentérico edeterminando
hipertensão venosa, a qual leva ao
edema
de
alças e diminuiçãodo
_pH intramucosa. Tais fatosacarretam
um
aumento
aindamaior na
PIA
eperpetuam o
ciclo atéque o
tratamentoadequado o
interrompal.
A
medida
terapêuticade melhor
efeitona
SCA
é adescompressão
abdominal, associada a técnicasde fechamento
temporárioda
parede abdominall” 6.Estando
jábem
estabelecidoque
aSCA
é prejudicial parao
paciente e, senão
tratada,levará inexoravelmente à irreversibilidade
do quadro
clínico, ainda são geradas muitas dúvidas ediscussões a respeito das repercussões sobre
o organismo de
níveismenores
deHIA7.
Vários estudossugerem
que
níveismenores do que
aquelesque
geralmentecausam
SCA
(normalmente
maiores
que 25
mmHg)
jápodem
levar a diversas alterações orgânicas, taiscomo
hipoperfusão3
2.
OBJETIVOS
Detectar a presença
de
hipertensão intra-abdominal(HIA)
em
pacientes de risco, internadosem
Unidade de
Terapia Intensiva (UTI);Determinar
se a presençade
HIA
é fatorde
risco paradesenvolvimento de Disfunção de
5
L) Pacientes
que intemassem na
UTI
por qualquer causamas
que
tivessem índice demassa
corporal igual
ou maior que
40
quilogramas pormetro quadrado de
superfície corporal (kg/mz).M)
Pacientesque
tivessemhematoma
de
retroperitônio;O
critériode
exclusão foi qualquer pacienteque
preenchesse os critériosacima
mas
que
jáintemasse e/ou evoluisse para
morte
cerebral nas primeiras seis horasde intemação na UTI.
A
medida
da
PIA
foi feita indiretamente pela técnicada
medida
da
pressão intravesical (PIV).Tal técnica, descrita originalmente por
Kronz
e recentemente modificada porCheatham
eSafcsaks, é realizada instilando-se
50
mililitros (ml)de
soro fisiológicona
bexiga atravésda
sonda
vesical emantendo-se
o tubo coletor dedrenagem da sonda
fechadocom uma
pinça.Conecta-se, então, este sistema a
um
monitor
de pressão invasiva,no
qualo
transdutor de pressão é nivelado e zerado ao níveldo
púbis, podendo-se, assim, fazer a leiturada
pressãono
monitor. Para evitar risco
de
contaminação,o
sistema dedrenagem de
urinaem
nenhum
momento
é aberto, pois aconexão da
linha para infusão emedida
da
pressão é feita através deum
cateter tipo jelco®, inserido
no
local de aspiraçãode
urina para culturado
tubode drenagem
urinária.
A
PIA
foi aferida acada
seis horas, desdeo
momento
da admissão na
UTI
até,no máximo,
72
horas após, casoo
paciente aindapermanecesse
internadona
referidaunidade
durante esse período.O
graude
hipertensão intra-abdominal foi classificado seguindo a descriçãode
Burchsznormal
(pressão<
10mmHg),
grau I (10 a 15mmHg),
grau II (16 a25
mmHg),
grau IIT (26 a35
mmHg)
e grauIV
(>35
mmHg).
Foi coletado
o
SOFA
(SequentíalOrgan
Faílure Assessment)9 dos pacientes avaliados, diariamente, atéo
décimo
quarto diade intemação na
UTI
(casoo
pacientenão
tivesse deixado aUTI
até essa data), -Quadro
1 - instrumento esseque
serve para aferiro
graude disfimção
orgânica e predizero
prognósticocom
baseem
seus resultados.Quadro
1 -Escore
SOFAW
Pontos
0 l2
34
Sistema respiratório - Paoz/Fioz(mmHg)
>
400
S
200
S 400
S 300
(com
suporte ventilatório)S
100
(com
suporte ventilatório) Sistemade
coagulação - Plaquetas(X103/mm3)
>
150
S
150
S
100
S
50
S20
Sistema hepático - Bilirrubina (mg/dl)<l.2
1.2-1.9
2.0-5.9
6.0-11.9
212
Sistema cardiovascular -Hipotensão
Sem
PAM
<
70
hipotensãommHg
DA
S
saou
DA
>
5“‹›uDBT
em
NA
5
0.1OU
qualquerdose
AD
S
0.1DA
>
15aou
NA
>
0.1ou
AD>0.l
Sistema nervoso central - Escala deComa
de
Glasgow
(pontos) 1514-13
12-10
9~6
<6
SistemaRenal
- Creatinina (mg/dl)ou
débito urinário (ml/dia)l.2-l.9
3.5_
4.9 (C)<
1.2 (C) (C) 2.0_
3.4 (C)ou
<
500
(DU)
2
5.0 (C)ou
<
200
(DU)
a
9
drogas vasoativas têm que ter sido administradas por pelo menosuma
hora; as doses sãoem
pg /Kg/
minutoPAM
=
Pressão arterial média;C
=
Creatinina;DU
=
Débito urinário.Pao2= pressão parcial de oxigênio no sangue arterial; Fioz
=
fração inspirada de oxigênio.DA
=
Dopamina; .DBT=
Dobutamina;NA
=
Noradrenalina;AD
=
Adrenalina.FONTE:
Vincent JL, Moreno R, Takala J, et al. TheSOFA
(Sepsis-related Organ Failure Assessment scoredescribed for organ dysfunction / failure). Intensive Care
Med
1996; 22: 707-
710.Foram
também
coletadosdados
epidemiológicos e clínicos [sexo, idade, destino finalda
UTI
e
do
hospital, causada intemação na
UTI
(clínicaou
cirúrgica),tempo
de internaçãona
UTI
em
7
de intemação
eo
sistema orgânico afetado responsável pela causade
internação (respiratório,cardiovascular, neurológico, gastrintestinal, renal, metabólico/endócrino, hematológico, trauma,
outro)],
além dos dados
necessários para0
escoreSOFA.
Foram
analisadostambém
os níveisde
bicarbonato e lactato sangüíneos.
Os
pacientesforam
reunidosem
Grupo
I(sem desenvolvimento de
HIA)
eGrupo
Il (desenvolvimentode
HIA em
pelomenos
uma
das medidas). Foidefinido
como
HLA
pelomenos
uma
medida
de
PIV
maior
que
10mmHg.
Os
pesquisadores,enquanto
envolvidosna
realizaçãodo
trabalho,não
interferiramna conduta
terapêutica
definida
pela equipemédica
responsável pelo tratamento dos pacientes.Os
dados foram
apresentadosde forma
descritiva;quando
apropriado foi calculadamédia
i
desvio padrão (DP). Foi
usado
o
teste t student paracomparação
das variáveis entre os grupos efoi considerado significativo
um p
<
0,05.Os
dados foram
coletadosnuma
ficha
de
coleta(Apêndice) e
subseqüentemente
armazenados
numa
planilhade banco de dados
(MicrosoftExcel®
97) para posterior análise.Foi obtida
aprovação da
Comissão
de
ÉticaMédica
do
HGCR
para realização deste estudo.Este trabalho faz parte de
uma
linhade
pesquisa sobreHIA
e sua influênciana
sobrevidade
8
4.
RESULTADOS
Foram
estudados 21 pacientes,sendo
52%
do
sexomasculino
(n=
11) eo
restante,48%,
do
sexo feminino (n
=
10).A
idademédia
dos
pacientes foi47
anos.O
períodomédio
de intemação
dos
pacientes avaliados foi de 115 horas.A
intemação na
UTI
foimotivada
por causas clínicasem
48%
dos casos (n=
10) e por causas cirúrgicasem
52%
(n=
1 1).Dos
21 pacientes,67%
(n=
14)receberam
alta hospitalar e33%
(n=
07)
foram
a óbito (Tabela 01).Tabela
01
-
Dados
epidemiológicos
relativosaos
pacientes
avaliados
no
estudo.
Pacientes
Vivos
Óbitos Totaln-
(%)
n (%)
n (%)
Sexo
Masculino
07
(50)04
(57) 11 (52)Feminino
07
(50)03
(43) 10 (48)Idade
média (em
anos)42
5547
Tipo de intemação
Causas
clínicas08
(57)02
(29) 10 (48)Causas
cirúrgicas06
(43)05
(71) 1 1 (52)Tempo
de intemação na
UTI
108 130 1 15
(valor
médio
-em
horas)Dentre
os vários sistemas orgânicos,tivemos
como
responsável pelaintemação
0 aparelhocardiovascular
em
43%
dos
casos (n=
09),o
aparelho respiratórioem
28%
(n=
06), 0 sistemanervoso
centralem
24%
(n=
O5) e os restantes5%
(n=
O1) tiveramcomo
causa outro9
Dos
21 pacientes avaliados,86%
(n=
18)receberam
altada
UTI
e três(14%) foram
a óbito nestemesmo
setor. Posteriormente, outros04
pacientes(19%)
vieram
a falecernos demais
setores
do
hospital (Tabela 02).Tabela
02
-
Destino
final
dos
pacientes
(altahospitalar/
óbito).Unidade
de terapia intensiva Hospital (outros setores)População
totaln (%)
n (%)
n (%)
Alta is (só) 14 (73) 14 (67)
Óbito
03
(14)04
(22)07
(33)A
HIA
foi detectada pelomenos
uma
vez
em
15 pacientes (71%). Destes, 12(80%)
tiveramalta
do
setorde
terapia intensiva e três(20%) foram
a óbito.Nenhum
dos
pacientes avaliados,mesmo
considerando aquelesque desenvolveram
HIA,
manifestoua síndrome
compartimental abdominal.Para análise
dos
resultados,estudamos
dois grupos:Grupo
I-
não desenvolveu
HIA em
nenhuma
dasmedidas
efetuadas (n=
06;29%);
eGrupo
II-
desenvolveu
HIA em
pelomenos
uma
dasmedidas
(n=
15;71%)
(Tabela 03).Tabela
03
-
Pressão intra-abdominal
e destino final.
Pacientes
Vivos
Óbitos Totaln (%)
n (%)
n (%)
Gwpol
oó
(29)oo
(oo)l
oó
(29)Grupo
II 12 (57)03
(14)I
15 (71)
O
escoreAPACHE
11médio do
primeiro diade
internação foi de 15,3.O
escoreAPACHE
11do
Grupo
1 foide
12,33Í
4,50;do
Grupo
ll foide
16 zh 5,43 (p=
0,08) (Tabela 04).O
valormédio
dos
níveisde
lactato e bicarbonato foi, respectivamente:Grupo
I: 2,21i
0,61 e20,48
i
2,58;Grupo
II: 2,39Í
0,99 e 19,45 fz 4,65 (p>
0,05 nasduas
variáveis analisadas)10
Tabela
O4
-
Valor
médio
dos
níveis
de
lactato,bicarbonato
e
escore
APACHE
IILactato
(em
mEq/l)a Bicarbonato (mEq/l)bAPACHE
II°(média
i
DP)
(média
Í
DP)
(média
Í
DP)
Grupo
I 2,21 dz 0,61 20,48i
2,58 12,33 zh 4,50Grupo
ll 2,39i
0,99 19,45i
4,65 16i
5,43a, b, c -) comparação entre os Grupos I e II -)
p
>
0,05.O
SOFA
de admissão
do Grupo
I foi 5,16i
1,94; edo Grupo
II 5,86Í
3,09 (p=
0,30).Houve
uma
média
de
2,5 disfunçõespor
paciente durante a internação.O
SOFA
médio
durante aintemação na
UTI
do
Grupo
I foi 3,50 dz 2,34; edo
Grupo
II foi 5,73 dz 3,21 (p=
0,07) (Tabela05).
Tabela 05
-
Valores
da
média
i
DP
do
SOFA
de
admissão
e
médio na
UTI.
soFA
déadmissão
asoFA
média na
UTI
'°Gmpdi
5,16Í
1,94 3,501
2,34Gmpd
11 5,86 dz 3,09›
5,73 dz 3,21
a -) comparaçao entre os Grupos I e II -š
p
=
0,30b -) comparação entre os Grupos I e II -9
p =
0,07As
principais disfunções orgânicas presentesna
admissão,medidas
atravésdo
SOFA,
foram:em
95%
dos casos (n=
20)o
sistema respiratório,em
62%
(n=
13)o
sistema cardiovascular e11
5.
DISCUSSÃO
Embora
tenham
sido reconhecidas inicialmentehá aproximadamente
um
século e meio, asimplicações fisiopatológicas
do
aumento da
pressão intra-abdominal (PIA)vêm
recebendo
atenção crescente
nos
últimos trinta anos.A
hipertensão intra-abdominal(HIA)
vem
sendo
identificada
como
um
continuum de
alterações fisiopatológicas,que
se iniciamcom
distúrbios regionaisdo
fluxo
sangüíneo etêm
seu ápiceno
desenvolvimento
manifestoda síndrome
compartimental
abdominal
(SCA)
e disfunção de múltiplos órgãos e sistemas(DMOS)].
No
presente estudo a incidênciade
pacientescom
HIA
foide
71%
pelos critérios usadosno
trabalho.
Além
dissono
grupo
de pacientescom
HIA
a incidência deDMOS
avaliada peloSOFA
foi
maior
(5,73i
3,21) e clinicamente evidente(um aumento
de 63,7%)
quando comparado
aogrupo
sem
HIA
(3,50i
2,34), apesarde não
atingir diferença estatística significativa.A
PIA
normal
é altamente variávelem
pessoas saudáveis,dependendo da
posição corporaladotada e das atividades diárias
do
indivíduo:aumentos
transitóriosde
até80
mmHg
têm
sidodescritos” 12.
No
presente estudo,o
critériode
HIA
utilizado [pressão intravesical (PIV)com
valores maioresque
10mmHg
em
pelomenos
uma
das medidas] tevecomo
objetivo incluirmesmo
os indivíduoscom
HIA
discreta, para que, assim,pudéssemos
caracterizar todoo
espectroda
doença, desde os casos assintomáticas até aqueles claramente manifestos sob aforma de
SCA:
dessa
forma
garantimosque
todos os casosde
HIA
Seriam avaliados.Outro
fatorque
nos levou aoptar pelo valor
de
10mmHg
como
“ponto crítico”de
PIA
foram
algumas
revisões recentemente publicadas sugerindoque
um
certo graude
disfunção orgânica jápode
serobservado
com
aPIA
atingindo esse nível 2° 4” 13.O
lactato sérico(com
valoresnormais
variando de 0,5 a 2,0 mEq/l), utilizado freqüentementepara determinar a presença e
a magnitude da
hipóxia tecidual,vem
se mostrando, deforma
consistente,
melhor do que medidas hemodinâmicas ou de
transportede
oxigênio para avaliaçãoprognóstica (mortalidade)
de
pacientesem
choque
circulatório”.Aduen
J et al.demonstraram
12
especificidade
em
relação à mortalidadede
pacientes chocados;ou
seja, existeuma
parcela considerávelde
falso-positivosquando
esse nívelde
lactato sérico é adotadocomo
“pontode
corte”, levando a
um
baixo valor preditivo positivo.Ao
contrário, níveisde
lactatemiaacima de
4,0
mEq/l
possuem
uma
maior
especificidade,embora
menor
sensibilidade, originandoum
maior
valor preditivo positivo
em
relação à mortalidadede
indivíduosem
choque
circulatório”.Da mesma
forma que
a lactatemia,o
nívelde
bicarbonato sangüíneo(normalmente
situado entre22
e26
mEq/l)
também
possuiuma
sensibilidade relativamente alta, tendoem
vistaque
aqueda
dos níveis deste ânion éuma
das primeiras alterações evidenciáveisno
contextoda
acidosemetabólicaló. Infelizmente,
não encontramos
estudosdemonstrando
a eficácia,ou
não,da
medição dos
níveisde
bicarbonatocomo
fator independentede
avaliação prognósticade
pacientes criticamente enfermos.
O
escoreAPACHE
II (Acute Physiologyand
Chronic Health
Evaluation),um
sistema desenvolvido para avaliar objetivamente a severidadedo
comprometimento
de
pacientesem
UTIIO, continua
sendo
amplamente
utilizadoem
todoo
mundo,
mesmo
já tendo surgido o escoreAPACHE
III”. Tal sistemade
avaliaçãocompõe-se
de três itens: 1)Acute
PhysiologyScore
(APS); 2) avaliação
da
idadedo
paciente; e 3) avaliaçãode doenças
crônicas concomitantes.Cada
subitem pertencente a esses trêscomponentes
recebeum
valornumérico
específico, referente àmedida
mais anonnal
dentro das24
primeiras horasde
internaçãona UTI;
quantomais anormal
amedida, maior o
valor recebido e,em
teoria, pior0
prognósticodo
paciente.Em
1985,
Knaus
WA
et al., avaliandomais de
cinco mil pacientes,demonstraram
claramente arelação entre altos valores
do
escoreAPACHE
II e a mortalidade de pacientesintemados
em
UTI”.
Ao
analisarmos as três variáveis explanadas nos parágrafos precedentes (lactato, bicarbonatoe
APACHE
II) e as correlacionandocom
os resultados obtidosem
nosso
estudo,pudemos
observarque
os valores inerentes aoGrupo
I (quenão desenvolveu
HIA)
foram
relativamentemelhores
do
que
aqueles referentesao
Grupo
II (quedesenvolveu HIA). Muito
embora
em
nenhuma
dessas variáveistenhamos
atingidoum
resultado estatisticamente significativo (p>
0,05
em
todas elas),em
virtude,muito
provavelmente,da pequena
casuística incluídano
estudo(n
=
21), taisdados
jános evidenciam
quadros clínicos relativamentemais
graves para aqueles13
A
real incidênciade
HIA
nos
pacientesde UTI,
sejam eles clínicosou
cirúrgicos,não
éconhecida.
A
maioriados
estudos focaliza os pacientes cirúrgicos e/ou politraumatizados graves operados,sendo que
essa incidência variade
33%
em
um
estudolg,14%
em
outroestudo”
e até4%
em
outro”.O
que
dificulta a real quantificaçãoda
prevalência é a grande diferença entre aspopulações
avaliadas e as definiçõesde
HIA
utilizadasnos
diversos trabalhos científicosencontrados
na
literatura1°7*'3”'8 .No
presente trabalho, todos os possíveis fatoresde
riscodescritos
na
literaturaforam
usadoscomo
critériosde
inclusão e níveisde
PIA
acima de
10mmHg
foram
consideradosHIA;
muito provavelmente foram
estes os responsáveis pela grande prevalênciade
HIA
neste estudo.Outro
fator importante a ser considerado éque
apopulação
estudada foi,em
grande parte,oriunda
de complicações
clínicas,demonstrando
que,mesmo
nestesubgrupo
populacional,provavelmente
a incidênciade
HLA
também
é bastantecomum.
Portanto, apesar
da
limitaçãodo
presente estudoem
termosdo
número
de pacientes estudadose de
serem
principalmente pacientes clínicos, ainda assim a incidênciade
HIA
foi alta para adefinição
utilizada.Uma
vez
que
diversosdados da
literaturamostram
os malefícios advindosde
níveis
mais
baixosde
HI.A1°4°5”'8, atentamos para0
fatoda
necessidadede
uma
melhor definição
sobre o nível
de
PIA
a partirdo
qualpossamos
definirHIA;
a partir desseponto
poderemos
estudar todos os pacientes de risco, clínicos
ou
cirúrgicos, e detectar a real incidênciade
HIA
esuas possíveis complicações, possibilitando então
uma
intervenção terapêuticamais
precoce,antes
de termos
manifesta toda a exuberânciado quadro
clínicoda
SCA.
O
SOFA9,
sistemade
avaliação desenvolvido para evidenciar a relação direta entre a disfunção dos principais sistemas orgânicos ea
mortalidade entre os pacientesde UTI, pode
serdeterminado
diariamente, permitindo a reavaliação dos fatoresde
risco durante apermanência
do
paciente nesse setor.
Em
nosso
estudo,pudemos
verificar valores parao
SOFA
de admissão
relativamente semelhantes entre os dois grupos
(Grupo
I: 5,16 dz 1,94 versusGrupo
II: 5,86 dz 3,09;p
=
0,30).Contudo,
durante apermanência
na UTI, o
valormédio
do
SOFA
para os doisgrupos foi substancialmente diferente,
com
valores maiores parao
Grupo
II(Grupo
I: 3,50 dz 2,34versus
Grupo
II: 5,73i
3,21;p
=
0,07). Esses dados, aindaque não sejam
estatisticamente significativos (p=
0,07),também devem
ter tido sua análise prejudicada pelotamanho
da
14
talvez haja realmente
uma
relação entreo desenvolvimento de
HIA, fenômeno
relativamente freqüenteem
pacientesde
risco, eo desencadeamento de
DMOS.
Assim
sendo, as conseqüênciasda
HIA
sobre os pacientes criticamenteenfermos precisam
sermais
bem
elucidadas enovos
estudos sobre essetema
semostram
cada vez mais
necessários e urgentes.15
6.
CONCLUSÕES
Dos
pacientesde
riscointemados
em
UTI.,71%
desenvolveram
HIA
pelomenos
uma
vez
até as primeiras72
horasde
internação;Na
casuística estudada ocorreuuma
maior
incidênciade
DMOS
nos
pacientesque
desenvolveram
HIA,
mas
essa diferençanão
foi estatisticamente significativa.16
7.
NORMAS
ADOTADAS
O
presente trabalho foi digitadode
acordocom
aResolução
n° 0001/2001,aprovada
em
17
8.
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aorticaneurysm
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Surg
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-
19
APÊNDICE
Protocolo
de
Hipertensão Intra-Abdominal-
NO:
I.
INIcIAISz
2.REGISTRoz
3.sExoz
4.IDADEz___
5.
rNTERNAçÃo
NA
UTIz_/__/i
ó.ALTA
DA
UTIz__/___/__
7.
DEST1No
FINAL
DA
UTI;
U
ALTA
I:IÓE.ITo
S.
TEMPo DE
INTERNAÇÃO
NA
UTI
(Hs)z9.
oRIoEM
Do
PACIENTE;
D
cc
D
EMERGÊNCIA
D
ENFERMARIA
I:I
oUTRo
HoSI>ITAL
(UEMERGÊNCIA
U
ENFERMARIA
U
UTI)
U
oUTRoSz
Io.
PÓS-oP. EI;ETIvoz
I:ISIM
DNÃO
II.PÓS-oI›.
URGÊNCIAz
U SIM
I:INÃo
I2.
CAUSA DA
INTERNACÃo
NA
UTIz
I3.TIPo
DE
INTERNAÇÃoz
14.
INDICAÇÃO
DE
ENTRADA
No
ESTUDoz
El Politraumatizados graves
E
Politraumatizadosem
pós-operatóriode
urgênciaque tenham
feito cirurgiaabdominal
e/outorácica;
El Pacientes
que
internem por causade
sépsis e/ouchoque
Séptico;E!
Grandes queimados;
II] Pacientes
que
intemem
por qualquer patologia eque tenham
asciteno
momento
de
suainternação
na UTI;
LI Pacientes
que
tenham
recebido grande reposiçãovolêmica
uma
hora antes e/ou atéuma
hora20
litros
de
solução cristalóide e/ou colóide nesse períodode
tempo
(períodode
no
máximo
duashoras:
uma
hora pré-intemaçãona
UTI
atéuma
hora após aintemação na
UTI);Ú
Pacientesque
intemem
com
choque
eque
apesarda
reposiçãovolêmica
precisamda
utilizaçãode
drogas vasoativaspor
pelomenos
quatro horas imediatamenteapós
aintemação na
UTI;
Ú
Pós-operatóriode
cirurgia vascular abdominal;E
Pós-operatóriode
cirurgia ginecológica e/ou obstétricaque
precisemde UTI;
I] Pacientes
com
peritonite primária e/ou secundária;E1 Pós-operatórios
de
cirurgias eletivasmas
que
compliquem
no
trans e/ou pós-operatórioimediato
com
instabilidadehemodinâmica, sendo que
essacomplicação
seenquadra
na definição
acima de
grande reposiçãovolêmica
ou
usode
drogas vasoativas pormais de
quatro horasapós
aintemação na
UTI;
El Pacientes
que
intemem na
UTI
por
qualquer causamas
que
tenham
IMC
2 40
kg/mz;E Hematoma
retroperitonial.I5.
APACHE
IIDAS
PRIMEIRAS
24
HORAS:
ESCORE:
INDICE:
16.
DESENVOLVEU
HIA:
EISIM
E1NÃO
l7.
MAIOR
NÍVEL
DE
PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL:
18.
DIA
DE INTERNAÇÃO
NA
UTI
QUE DESENVOLVEU
HIA
PELA
PRIMEIRA
VEZ:
19.
MÉDIA
DA
HIAz
20.
ESCORE
TOTAL
DO
SOFA:
21.
LACTATO
ALTO
NOS
TRÊS
PRIMEIROS
DIAS;
D
SIM
D
NÃO
22.MÉDIA
Do LACTATO
Nos
PRIMEIROS
TRÊS
DIASz
23.
ACIDOSE
METABÓLICA
NOS
PRIMEIROS
TRÊS
DIASz
D
SIM
D
NÃO
24.
MÉDIA
EICARBONATO NOS
PRu\/IEIROS
TRÊS
DIAS;
25.
TINHA INFECÇAO
NA
ADMISSAO:
ElSIM
E!NAO
26.
TINHA
DISTÚRBIO
DE
COAGULAÇÃO
NOS
PRIMEIROS
TRÊS
DIAS;
D
SIM
D
NÃO
28.
CAUSA DE
HIA CRÔNICA:
E
ASCITE
E
GRAVIDEZ
CIOBESIDADE
MÓRBIDA
EINÃO
29.CAUSA
DE
ALTERAÇÃO
vESICALz
E
NEUROGÊNICA
E
GRANDE
TRAUMA
PÉLVICO
E
ADERÊNCIAS
PERITONIAIS
E
“PACKS”
INTRA-ABDOMINAL
UNÃO
30.
CAUSA
DE
ENTRADA
NO
PROTOCOLO:
A)
TRAUMA:
1]
trauma
fechadoabdominal
E
trauma
torácico cirúrgico Eltrauma
fechado torácicoU
hemorragia de
retroperitônio Eltrauma abdominal
cirúrgico El fratura pélvicaEl
tramna
OrtopédicoE
trauma
de crânio El outro:E)
CIRURGIA (NÃO TRAUMÁTICA)z
[I cirurgia
abdominal
Cl cirurgia torácica EI cirurgia vascularEl outra:
C)
CLINICA:
E
Sépsis EIchoque
SépticoE
choque
responsivo àDVA
E1
queimado
EI cirroseEl grande reposição
volêmica
El outro:D)
OBSTÉTRICAz
E
pré-eclâmpsia Elhemorragia
obstétríca/CIVD I] neoplasiaE
Outra:31.
DESTINO
FINAL
DO
HOSPITAL:
EIALTA
E
ÓBITO
32.
ALTA
HOSPITALAR:
/ /33.
DESENVOLVEU
SÍNDROME
COMPARTIMENTAL
ABDOMTNALz
E SIM
E
NÃO
34.
SE
PÓS-OPERATÓRIO
DE
CIRURGIA
ABDOMINAL:
EI
ABERTA
ElFECHADA
35.
TTNHA
ALGUMA
DISEUNCÃO ORGÂNICA
NA
ADMISSÃO
(SOFA)z
E SIM
E
NÃO
EJ
CV
EIRESP.
U
I-IEPÁTICO
EICOAGULAÇÃO
U
RENAL
IIISNC
A ~
37.
SISTEMA
ORGANICO
COMO
CAUSA
DE INTERNAÇAO
NA
UTI:
EI
RESPIRATÓRIO
E
CARDIOVASCULAR
U
NEUROLOGICO
EI
GASTROINTESTINAL
E
RENAL
U
METABÓLICO/ENDOCRINO
D
HEMATOLÓGICO
D
TRAUMA
D
OUTRO
ss.