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A sociedade de consumo e sua relação intrínseca com a educação ambiental

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Academic year: 2021

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REVISTA DE ESTUDOS JURÍDICOS UNA

A SOCIEDADE DE CONSUMO E

SUA RELAÇÃO INTRÍNSECA COM

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

ROBERTA HERTER DA SILVA1

LUCIMERY DAL MEDICO2

JOÃO BATISTA MONTEIRO CAMARGO3

RESUMO

O presente artigo trata acerca da relação intrínseca entre a sociedade de consumo e a educação ambiental e tem por finalidade apresentar a preocupação com o meio ambiente, devido aos problemas quanto às relações de consumo que vêm afetando o sistema ambiental e que ameaça a sociedade contemporânea. O consumo desenfreado transformou-se em crise ambiental, com escassez de recursos naturais para além do próprio homem. Diante disso, se apresenta o seguinte problema de pesquisa: de que forma seria possível a construção de uma nova consciência ambiental, um saber ambiental para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável e para um vínculo mais harmonioso e equilibrado entre

1 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social – Universidade FEEVALE. Mestra em Direito com ênfase em Direitos Humanos – UNIJUÍ. Bolsista integral PROSUP/CAPES. Advogada. E-mail: roberta.h.s_@hotmail.com

2 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social – Universidade FEEVALE. Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Arquiteta e Urbanista formada pela Universidade Comunitária Regional de Chapecó – UNOCHAPECÓ. professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo e membro do NDE da Universidade Regional integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI, Campus de Frederico Westphalen. E-mail: arquitetalucy@gmail.com

3 Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social – Universidade FEEVALE. Mestre em Direito com ênfase em Direitos Humanos – UNIJUÍ. É especialista em Docência no Ensino Superior e em Advocacia Geral pela Universidade da Cidade de São Paulo - UNICID (2013), em Filosofia e Direitos Humanos pela AVM Faculdade Integrada (2014), em Educação para os Direitos Humanos pela Universidade Federal de Rio Grande - FURG (2016) e em Gestão Pública pela Universidade Federal de Santa Maria (2016). E-mail: camargojoao@hotmail.com

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- homem e o meio ambiente? Nesse sentido, foi possível chegar a conclusão da necessidade de busca de um equilíbrio ambiental por meio da educação ambiental. Daí o caráter intrínseco da relação entre o consumo e educação ambiental para a sobrevivência da própria espécie humana no planeta, haja vista a educação ambiental emergir como uma das possíveis ferramentas de conscientização ecológica.

Palavras-chave: Consumo. Educação ambiental. Consciência

ecológica.

ABSTRACT

This article deals with the intrinsic relationship between the consumer society and environmental education and its purpose is to present the concern for the environment, due to the problems related to consumer relations that have been affecting the environmental system and that threaten contemporary society. Rampant consumption has turned into an environmental crisis, with scarcity of natural resources beyond man himself. In view of this, the following research problem is presented: how would it be possible to construct a new environmental awareness, an environmental knowledge for the development of a sustainable society and for a more harmonious and balanced bond between man and the environment? In this sense, it was possible to conclude the need to seek an environmental balance through environmental education. Hence the intrinsic nature of the relationship between consumption and environmental education for the survival of the human species on the planet, given that environmental education emerges as one of the possible ecological awareness tools.

Keywords: Consumption. Environmental education. Ecological

awareness.

INTRODUÇÃO

Ao longo da história, houve sucessivas mudanças na organização econômica, sendo possível citar as Revoluções Francesa e Industrial, além da Segunda Guerra Mundial, como ocorrências que estabeleceram uma nova ordem de poder econômico e social. A partir dessa nova ordem, o consumo passou a ser um estilo de vida,

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posto que a sociedade moderna se transformou em sociedade consumidora.

Essa discussão se revela imprescindível haja vista a questão da proteção do meio ambiente desconhecer fronteiras territoriais e atingir todo o planeta. O consumo é um processo que gera, dentre outros, uma maior produção de mercadorias, que, futuramente, se transfor mação em resíduos e consequentemente agravarão a questão ambiental. À medida que o consumo exacerbado ocorre alheio à sobrecarga do meio ambiente, gera danos ambientais irreparáveis causados pela degradação dos recursos naturais.

Devido a isso, enfrenta-se, na contemporaneidade, o grande desafio devido à crise ambiental manifestada pelas relações de consumo desenfreadas, ameaçando a sociedade contemporânea, pela produção em larga escala, pela ganância devido a produção industrial, e pela despreocupação com o impacto ambiental na utilização inesgotável dos recursos naturais.

A preocupação central deste estudo concentra-se na busca de um equilíbrio ambiental, ecológico por meio da educação ambiental como ferramenta de conscientização. Isso porque, é possível observar que o consumo exacerbado acaba acarretando a degradação ambiental, ao invés do desenvolvimento sustentável, da preservação dos recursos naturais, tornando-os escassos e ameaçando a sobrevivência da própria espécie humana no planeta.

1. A RELAÇÃO DA SOCIEDADE E DO CONSUMO

É possível constatar, historicamente, sucessivas mudanças na forma de organização da economia: o poder econômico propiciou um novo sentido para a vida humana. Desde a Revolução Industrial o modo de vida vem se modificando e desenvolvendo uma sociedade que busca, incansavelmente, o consumo desenfreado, o que levará, consequentemente, ao exaurimento dos recursos naturais. Nesse sentido, para Marx Engels é possível

distinguir os homens dos animais pela consciência, pela religião ou pelo que se queira. Mas eles mesmos começam a se distinguir dos animais tão logo começam a produzir seus meios de vida, passo que é condicionado por sua organização corporal. Ao produzir seus meios, os homens produzem, indiretamente, sua própria vida material (apud BELLO; KELLER, 2012, p. 96).

Na procura por produção e por materialidade, a sociedade moderna rompeu o paradigma das sociedades pré-modernas e passou a delinear uma nova ordem econômica. A Revolução Francesa, no

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- século XVIII, com os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, derrocou com a hegemonia da monarquia absolutista e da aristocracia, conferindo poderes à burguesia, que se fortaleceu e estabeleceu uma nova ordem de poder: o econômico, e uma nova ordem social: a de consumo.

PEREIRA et al. (2011) sustenta que, a partir da Revolução Industrial, o poder econômico desenvolveu um novo sentido para a vida humana, ou seja, a busca incansável pelo consumo, pela apropriação da natureza sob diversas formas, despreocupando-se com a preservação e a sustentabilidade. Nesse sentido, Holthausen afirma que:

O mercado consumidor teve seu grande desenvolvimento a partir da Revolução Industrial, assim entendida, como algo evolutivo, que durou décadas, mas que transformou, por completo, as relações entre consumidores, fornecedores e Estado. A Globalização, o encurtamento das distâncias, tecnologia, aparecimento e desenvolvimento da publicidade e marketing, foram alguns fatores que permitiram que os avanços dos ideais capitalistas e disseminação dos produtos acontecessem no mercado mundial (2006, p. 54).

A Segunda Guerra Mundial pode ser considerada outro fato histórico relevante para o incentivo ao consumo. Os Estados Unidos necessitavam de um impulso na economia e o fizeram à custa do consumo como um estilo de vida, padrão aceito pela sociedade e que culminou no consumo desenfreado da atualidade. Nesse sentido, explica Pereira:

Pode-se dizer que foi criada uma subjetividade heterônoma, que elabora a racionalidade cognitiva, moral e estética. Os cidadãos se tornam predeterminados a desejarem produtos apresentados no mercado e acreditam que a felicidade está na aquisição desses produtos (Pereira et al (2009, p. 13).

É possível afirmar que a sociedade contemporânea é imediatista e se caracteriza por buscar no consumo a satisfação das necessidades. Essa forma de sociedade, a sociedade de consumo, necessita adquirir produtos que, logo, são descartados, e, com o avanço tecnológico voraz, eles se tornam obsoletos numa velocidade cada vez maior, fazendo com que haja mais consumo na sua troca. Assim, “esta velocidade já está tão enraizada na sociedade atual, que até os laços afetivos das pessoas estão fragilizados, são líquidos, se constroem e se destroem rapidamente” (op. cit., p. 15).

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A sociedade de consumo é uma forma particular da sociedade moderna contemporânea como explica Lívia Barbosa (2004, p. 14), é uma sociedade em que o consumo preenche “uma função acima e além daquela de satisfação de necessidades materiais e de reprodução social comum a todos os demais grupos sociais” (BARBOSA, 2004, p. 14). Nesta sociedade contemporânea o consumo adquiriu “uma dimensão e um espaço que nos permite discutir através dele questões acerca da natureza da realidade” (BARBOSA, 2004, p. 14). A socie dade de consumo desenvolve um consumo de massa, de altas taxas de consumo e “insaciabilidade”4, de valorização

do novo e rejeição do tradicional, mas também propaga o descarte e valoriza-se o contemporâneo.

Consumo adquire outros significados, ou seja, cultura também pode ser considerada cultura na medida em que, como explica Barbosa (2004), todo e qualquer bem e serviço é consumido dentro de um determinado contexto sociocultural que faz com que “a forma como é apropriado simbolicamente seja bastante diferenciada”. Assim, o consumo é um indicador pelo qual são traduzidas as relações sociais. A sociedade faz uso dos bens de consumo para sua reprodução física e social, mas os bens também são consumidos para mediar as relações sociais conferindo status, construindo identidades e estabelecendo fronteiras entre os grupos de pessoas (BARBOSA; CAMPBELL, 2006; DOUGLAS; ISHERWOOD, 2006).

Para Barbosa (2004) a sociedade de consumo é uma das várias expressões utilizadas para retratar a sociedade contemporânea. Segundo Barbosa (2004), o termo de sociedade do consumo ainda é muito confuso, principalmente quando se tenta simplificar e singularizar o seu sentido. O ato de consumir, independente de para qual fim seja para necessidades básicas e/ ou para coisas supérfluas - é uma atividade comum e rotineira, presente em toda e qualquer sociedade humana.

Neste sentido, a autora levanta a seguinte questão: Se todas as sociedades humanas consomem para poderem se reproduzir física e socialmente, se todas manipulam artefatos e objetos da cultura material para fins simbólicos de diferenciação, (…) (Barbosa, 2004,

4 A insaciabilidade do consumo constitui para Lívia Barbosa (2010) uma das características da sociedade de consumo moderna, sendo resultado de um processo histórico que começa delinear-se no século XVI, consolidando-se no século XVIII. Dentre as mudanças mais significativas ao longo dos séculos está “a passagem do consumo familiar para o consumo individual” (BARBOSA, 2004, p. 19).

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- p.7) O que significa consumo no termo de sociedade de consumo? E que tipo de consumo? individual, particular ou trata-se de consumo motivado por princípios classificatórios de status? Alguns autores, como Jean Baudrillard (2006), afirmam que a sociedade de consumo é aquela que pode ser definida por um tipo específico de consumo, particular e individual: consumo de signo.

Há autores, que acreditam que a sociedade de consumo englobaria características sociológicas que vão além do consumo de signo, sendo assim, a escolha da identidade e do estilo de vida não seria um ato individual e arbitrário, mas um ato principalmente sociológico. Para Barbosa (2004), as duas definições, simultaneamente, estão corretas, vai depender somente da abordagem teórica utilizada.

Isso quer dizer que, as relações estabelecidas entre os indivíduos e os bens de consumo não possuem apenas características utilitárias, mas são bases para as relações sociais constituídas na sociedade, como apresentado por Sahlins (1979), McCraken (2003) e Douglas e Ishewoord (2006). Nesse sentido, conforme Mauss (1974), o que se consome é compreendido como forma de revelar inúmeras particularidades individuais e culturais de determinado contexto social, os quais são constituídos nas relações de troca.

Mauss (1974) aborda as relações de trocas sociais a partir da crítica às proposições utilitaristas do consumo, isso porque entende o autor, que as relações de troca estariam afastadas de uma perspectiva predominantemente econômica e utilitária. Segundo o autor a vida social não se constitui apenas na circulação de bens para a satisfação de necessidades físicas, mas também de que as trocas representam os calores sociais, a sociabilidade e o caráter simbólico destas relações (MAUSS, 1974).

Para Mauss (1974) as relações de troca ocorrem com base no que o autor denomina como sendo dádivas, onde a circulação de bens e riqueza entre as partes envolvidas nesse fenômeno correspondem não somente a aspectos econômicos, mas também em honra, prestigio, poder, correspondendo assim a um processo de troca de significados, onde a própria relação de troca simboliza aliança ou desacordo entre as partes envolvidas. Mauss (1974) considera as trocas sociais como sendo fato social total, pois nessas relações o econômico, o utilitário, o simbólico, o subjetivo estão imbricados e representam a dinâmica social.

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Corrobora com esse entendimento o autor McCracken (2003), para o qual os bens de consumo estão carregados de significados culturais, que vão muito além do caráter utilitário e do valor comercial. Autores como Barbosa (2004) e Campbell (2006) também afirmam que consumo e cultura são dois termos que estão interligados na medida em que o processo de escolha de um produto ou serviço ocorre dentro de um esquema cultural específico.

Os bens consumidos por determinado grupo ou indivíduo são investidos de valores que expressam categorias, cultivam ideias, sustentam estilos de vida, estimulam mudanças ou criam permanência. Para Douglas e Isherwood (2006) no mundo contemporâneo o consumo é algo ativo: estrutura valores, constrói identidades, regula as re lações sociais e, assim, acaba definindo o que os autores denominam de mapas culturais.

Barbosa e Campbell (2006) consideram que a complexidade da relação entre cultura e consumo, possibilitou que o consumo, na sociedade contemporânea, fosse entendido como um processo social o qual produz sentidos e identidades independentemente da aquisição de um bem. Assim, é possível afirmar que a lógica cultural de reprodução da sociedade é expressa inclusive nas relações de consumo, isso porque, os indivíduos têm a possibilidade de se expressar por meio dos bens que adquirem, ou seja, o consumo acaba por classificar as pessoas por aquilo que elas consomem. Barbosa e Campbell (2006) parafraseando Pierre Bourdieu afirmam: o gosto classifica o classificador.

A nova configuração social, voltada para o consumo possui traços distintos, cujos mecanismos estão em constante inovação e as características da sociedade de consumo podem ser descritas segundo

Lipovetsky

por diferentes traços: elevação do nível de vida, abundância das mercadorias e dos serviços, culto dos objetos e dos lazeres, moral hedonista e materialista, etc. Mas, estruturalmente, é a generalização do processo de moda que a define propriamente. A sociedade centrada na expansão das necessidades é, antes de tudo, aquela que reordena a produção e o consumo de massa sob a lei da obsolescência, da sedução e da diversificação, aquela que faz passar o econômico para a órbita da forma moda (1989, p. 159).

Nesse sentido, a capacidade do poder de consumir faz com que o indivíduo sinta-se superior ao indivíduo que não detém o mesmo

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- poder aquisitivo, levando a uma inversão de valores. Na sociedade de consumo se atribui maior valor à capacidade de consumir do que à integridade e moral do ser humano. Essa configuração social voltada para o consumo desenfreado acaba acarretando também uma crise ambiental, com escassez de recursos naturais, os quais são indispensáveis à sobrevivência da espécie humana no planeta.

Segundo Lima (2010, p.1686), “por mais importantes que tenham sido as mudanças proporcionadas pela industrialização e, mais adiante, pela globalização, o intenso ritmo de produção, aliado ao consumo exacerbado acarretou a depredação ambiental, de forma a comprometer a própria vida no planeta”. E, a partir dessa visão, faz-se necessária uma profunda reflexão, já que o faz-ser humano é, totalmente, dependente do ecossistema e essa nova configuração social provou sua incapacidade de preservação e sustentabilidade.

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2. SOCIEDADE DE CONSUMO E GERAÇÃO DE RESÍDUOS

Na sociedade contemporânea os problemas ambientais se tornam cada vez mais preocupantes, isso quer dizer que a preservação ambiental se converte em um requisito indispensável à sobrevivência da espécie humana. Na busca pela satisfação das necessidades e pela felicidade, o ser humano utiliza-se de forma desenfreada dos recursos naturais, gerando a degradação ambiental e o risco de um colapso ecológico e consequente avanço das desigualdades e da pobreza.

A sociedade contemporânea em sua nova configuração social, como sociedade de consumo, de sociedade coletiva se transformou em sociedade individualista, na qual as regras e os valores são, em parte, regrados pelo poder econômico, que visualiza, no lucro e consumo. De acordo com Pereira, nessa nova configuração social,

o meio ambiente, se não for apenas objeto exploratório, passa a ser prejuízo na contabilidade arquitetada na sociedade liberal capitalista, Por outro lado, o consumidor quer satisfazer seus desejos, pois as necessidades já passaram para o segundo plano da existência. E, quando se fala em desejos forjados dentro de uma sociedade moderna hedonista, esse consumidor busca sua satisfação, independentemente de qualquer preocupação com o meio ambiente (PEREIRA et al., 2009, p. 19).

Assim, na sociedade contemporânea instaura-se um cenário de contraposição do homem com o meio ambiente. Ao que parece na atualidade, a valoração desse é considerado como um bem de consumo, como matéria-prima para a produção, ou seja, um objeto de exploração. Com isso, os danos ambientais causados acabam por conduzir à degradação da natureza, à acentuação da pobreza, da exclusão social, fazendo com que haja danos ambientais irreparáveis.

Baudrillard (2006) adota o termo “sociedade de consumo” para se referir ao atual estágio da sociedade, iniciado ao final do século XX, momento em que se registrou um significativo aumento da oferta e do consumo de bens e produtos diversificados, desencadeando diversos problemas ambientais. Para Baudrillard (2006), a sociedade de consumo não se refere apenas à profusão dos bens e dos serviços, mas também “o que se oferece para consumir nunca se apresenta como produto puro e simples, mas como serviço pessoal e como gratificação” (BAUDRILLARD, 2006).

Quanto a essa caracterização da nova racionalidade adotada pela sociedade, Beck (1998, p. 5-6), diferentemente de Baudrillard, utiliza

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o termo “sociedade de risco” que segundo o autor, encontra-se em fase de compreensão, devido a dificuldade de definição com clareza desse tipo de sociedade. Há múltiplas formas de denominar a sociedade que vivenciou a mudança de paradigma da sociedade agrária para a industrial, e desta para a contemporânea, não havendo consenso doutrinário.

Na sociedade de consumo, configurada nos fins do século XX, a aquisição de bens e serviços menos utilitários que simbólicos e repletos de significação cultural passou a refletir com mais vigor os valores sociais pautados no hedonismo e na ambição material. Manifesta-se Bauman que:

a sociedade de consumo tem por premissa satisfazer os desejos humanos de uma forma que nenhuma sociedade do passado pôde realizar ou sonhar. A promessa de satisfação, no entanto, só permanecerá sedutora enquanto o desejo continuar irrealizado; o que é mais importante, enquanto houver uma suspeita de que o desejo não foi plena e totalmente satisfeito (2009, p. 105).

Segundo Portilho (2005), a sociedade de consumo não só foi ineficiente em prover a todos uma vida digna, como também criou o mito de felicidade mensurável por meio de bem-estar, objetos, conforto e signos, reduzindo o cidadão à esfera do consumo, que é constantemente cobrado por uma espécie de “obrigação moral e cívica de consumir” (PORTILHO, 2005, p. 22-23). A ideia mostra-se claramente corroborada por Bauman, para quem consumir significa “investir na afiliação social de si próprio” (2008, p. 75).

As críticas sobre a sociedade de consumo direcionam-se não apenas pela perspectiva econômica, mas também pelo viés ambiental. Afinal, um dos efeitos do consumismo é a ampliação da exploração dos recursos naturais para a geração de matérias-primas voltadas à fabricação de mais e mais mercadorias, o que quer dizer que o consumismo em excesso desencadeou diversos problemas ambientais.

Conforme assinala Portilho (2005, p. 23), o consumo tem excedido a capacidade de reprodução natural e assimilação de rejeitos da ecosfera, enquanto os indivíduos fazem uso das riquezas produzidas de uma forma socialmente desigual e injusta. O modelo econômico atual traz consigo o desenvolvimento tecnológico, criado e gerado para o conforto e o bem-estar do indivíduo, levando à intensificação do uso de materiais descartáveis, ocasionando, por conseguinte, um

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aumento da quantidade de resíduos gerados e não utilizados pelo indivíduo. Leff assinala que:

A problemática ambiental – a poluição e degradação do meio, a crise de recursos naturais, energéticos e de alimentos – surgiu nas últimas décadas do século XX como uma crise de civilização, questionando a racionalidade econômica e tecnológica dominante. Esta crise tem sido explicada a partir de uma diversidade de perspectivas ideológicas. Por um lado, é percebida como resultado da pressão exercida pelo crescimento da população sobre os limitados recursos do planeta. Por outro, é interpretada como o efeito da acumulação de capital e da maximização da taxa de lucro a curto prazo, que induzem a padrões tecnológicos de uso e ritmos de exploração da natureza, bem como formas de consumo, que vêm esgotando as reservas de recursos naturais, degradando a fertilidade dos solos e afetando as condições de regeneração dos ecossistemas naturais (2002, p. 59).

Ao contrário da injustiça ambiental, há a justiça ambiental, que para HERCULANO apud SCHONARDIER (2011, p. 27) compreende o conjunto de princípios que asseguram que nenhum grupo de pessoas suporte uma parcela desproporcional das consequências ambientais negativas de operações econômicas, de políticas e programas de governo, bem como, a ausência, ou omissão, de tais políticas.

Nessa perspectiva mais social, percebe-se que o cidadão acaba por se tornar “dejeto” do poder econômico. São considerados verdadeiros refugos humanos, assim como o lixo. Esses indivíduos, obreiros ou não, trabalhadores ou não, jamais poderão adquirir os produtos que eles próprios fabricam, pois não possuem poder aquisitivo para se tornar consumidores ativos, e, assim, são colocados à margem da sociedade (PEREIRA et al., 2009, p. 20).

Na sociedade contemporânea, é possível afirmar que é improvável deter o crescimento econômico e, consequentemente, o aumento do consumo; este que, propriamente, dito, faz parte da essência humana. O que se percebe a prática do consumo desenfreado está conduzindo ao hiperconsumo, e é esse descomedimento que aumenta a aquisição e, ao mesmo tempo, o descarte de bens por parte das classes detentoras de recursos monetários, e que se dará cada vez mais, a uma velocidade cada vez maior.

Diante dessa prospecção, vê-se uma sociedade individualista que está a caminho da degradação ambiental e consequentemente da própria degradação humana. PEREIRA et al., (2009, p. 26) vai ao

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extremo, diz que, nesse sistema linear, a sociedade afundará no próprio lixo – rebotalhos humanos criados pela exclusão social e montanhas de entulhos e rejeitos produzidos – criado pela sociedade de consumo. Mesmo sendo uma visão impactante, a situação verifica é somente uma: ou se busca uma mudança global, com um real desenvolvimento sustentável, ou haverá um colapso com o avanço enorme das desigualdades e da pobreza.

É da natureza do ser humano a necessidade de consumir, e para tanto, é imprescindível o uso dos recursos naturais para a satisfação das necessidades básicas de sobrevivência como água, alimentos, luz e calor, ou seja, a utilização dos fatores naturais buscados no ecossistema. Num segundo momento, surge a necessidade por outros bens fundamentais, como por exemplo, a moradia, vestimenta, meio de transporte entre outros.

Assim, o ser humano constrói um meio ambiente artificial que visa a uma vida com dignidade. Porém, a sociedade não se satisfaz, apenas, em atender suas necessidades básicas, pois ela demanda um consumo diferenciado. Como já dito, a ideia do ser se confunde com a ideia do ter, distorcendo a essência do consumo, que para Rech (2009, p. 30), é a capacidade de produção de bens, riqueza, alimento, que tem por finalidade multiplicar a produção, melhorando a utilidade dos bens, visando a atender as necessidades humanas de forma mais plena, rápida e eficiente. Nesse viés, Rech (2009) trata o consumo como um direito fundamental, pois, segundo ele, o consumo gera novos empregos que possibilitam o homem a adquirir vestuário, alimentos, serviços de comunicação, transporte, dentre outros.

A partir dessa visão, resta necessário a busca por um desenvolvimento equilibrado, uma simbiose entre o homem e o meio ambiente, pois não há como frear o consumo, como também, não há a possibilidade de os seres humanos viverem sem os recursos naturais. O que se busca nesse artigo é a construção de um cenário que possibilite que o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade estejam em simbiose, ou seja, numa relação mutuamente vantajosa.

Para que isso ocorra, é preciso a busca por um ponto de equilíbrio entre o crescimento e o desenvolvimento social, pois a utilização dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável exigem um planejamento adequado, onde se consiga demonstrar que a contínua

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degradação implica na diminuição da capacidade produtiva e econômica.

A ameaça ao meio ambiente não é privilégio somente do consumo, mas da forma de como se consome; da mesma forma, não é só do Estado a responsabilidade por modificações no sistema, eis que essas mudanças devem vir de cada indivíduo, pois é o ser humano, por suas escolhas e atitudes, o principal agente transformador do caminho ecológico sustentável.

Assim, a realidade ambiental presenciada atualmente remete à necessidade de mudanças imediatas na utilização e destinação dos recursos naturais e, principalmente, no repensar o modo de vida da sociedade contemporânea.

3. A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO FERRAMENTA

DE CONSCIENTIZAÇÃO ECOLÓGICA

É possível constatar que se vive numa sociedade envolta por uma lógica de capital que incentiva os seres humanos ao individualismo e à competitividade (ANDRIOLLI; SOARES, 2013). Para Milton Santos “dir-se-á que, no mundo da competitividade, ou se é cada vez mais individualista, ou se desaparece” (2010, p. 67).

Nesse viés, a relação homem–natureza pode ser vista sob diversas perspectivas. Numa perspectiva “antropocêntrica”, na qual o homem assume uma relação de dominação sobre a natureza, e “ecocêntrica”, numa relação de preservação da natureza. Estas concepções variam entre indivíduos de acordo com os seus conhecimentos sobre o ambiente, as suas crenças e seus valores (TRACANA, FERREIRA, CARVALHO, 2012).

O antropocentrismo assenta nas relações existentes entre o homem e o Universo (ESTEVES, 1998). Esta perspectiva ambientalista caracteriza-se por uma visão instrumental da natureza, cujos recursos servem para ser explorados pelo Homem (TRACANA, FERREIRA, CARVALHO, 2012). Diferentemente do ecocentrismo que assume o ecossistema como o objeto primordial, não o homem, surgindo a necessidade de se repensar a postura do homem.

Boff (1999) e Morin (2000) defendem que é necessário preservar o meio ambiente, cuidar de si, dos outros e viver com amor. Assim, somente a partir do momento que a humanidade tomar consciência da importância da preservação ambiental, do que realmente “está em jogo”, é que conseguirá mudar essa situação. Diante disso, de que forma seria possível a construção de uma nova consciência ambiental,

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um saber ambiental para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável e para um vínculo mais harmonioso e equilibrado entre homem e o meio ambiente? O ser humano tem a obrigação de barrar a pressão destrutiva sobre o ambiente. Sendo assim, é necessário o estabelecimento de uma nova postura ética, uma postura de responsabilidade.

Há a necessidade de mudanças de hábitos para que os recursos naturais não se tornem esgotáveis, adquirindo padrões de comportamento de consumo de forma consciente. Para que se desenvolva essa conscientização, desponta-se como fundamental a educação ambiental. Com o objetivo de conscientizar os indivíduos da importância das relações de consumo consciente, do resgate do meio ambiente saudável, onde seja possível usufruir dos recursos naturais, buscando a qualidade de vida por meio do desenvolvimento sustentável, na busca pela preservação ambiental.

O processo de industrialização e urbanização trouxe consigo vários problemas ambientais. Nesse contexto, a educação ambiental surge como plano de estratégia para a construção de valores, conhecimentos, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, sustentabilidade e qualidade de vida.

A atividade humana, ao modificar o meio ambiente, é consumidora dos estoques naturais, que, em bases insustentáveis, tem como consequência a degradação dos sistemas físico, biológico e social, tornando propícias as condições necessárias para a ocorrência de doença e do baixo nível de qualidade de vida (PHILIPPI JR., 2005). A educação ambiental deve, portanto, ser considerada como ferramenta para permitir que sejam superados os obstáculos com vistas à utilização sustentável do meio.

A educação ambiental torna-se projeto essencial para a conscientização da preservação do meio ambiente, constitui-se com processo básico da formação de uma consciência político-cultural diferenciada, crítica e autocrítica. Para ela interessa desenvolver no cidadão comum atitudes de participação responsável, de tomadas de decisão com vista a ações diretas sobre os problemas ambientais que lhe estão próximos, desenvolvendo um sentido de responsabilização e de solidariedade que tem de passar por cada pessoa e por toda a humanidade (ESTEVES, 1998).

Segundo Jacobi (2003), a educação ambiental assume cada vez mais função transformadora, na qual a corresponsabilização dos indivíduos torna-se objetivo essencial para promover o

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desenvolvimento sustentável, condição necessária para modificar um quadro de crescente degradação socioambiental. O processo educativo proposto pela educação ambiental objetiva a formação de sujeitos capazes de compreender o mundo e agir de forma crítica e consciente.

De acordo com a Política Nacional de Educação Ambiental, lei nº 9795/1999, em seu Art 1º, “entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.

A educação ambiental é um ato político baseado em valores para a transformação social, que visa sensibilizar a população acerca dos problemas ambientais, abordando o contexto social e histórico alavancando, deste modo, a promoção do pensamento crítico, inovador e humano. A educação ambiental precisa levar o homem a perceber a complexidade das relações entre os seres humanos e o meio ambiente, ultrapassando o linear etnocêntrico e configurando-se como instrumento de mudança e construção de uma sociedade menos exploratória.

Dessa forma, é imperativa a ampliação do ambiente educativo para além dos muros da escola superando o distanciamento do processo educativo com a realidade. Partindo do pressuposto que para que ocorram transformações significativas são necessárias mudanças individuais e também mudanças sociais, principalmente relacionadas ao consumo desenfreado e irresponsável.

A educação ambiental deve ter como finalidade a formação de sujeitos eticamente preparados ante as questões socioculturais e ambientais, sob o foco de decisões e ações ambientalmente mais adequadas, socioambientalmente justas e economicamente viáveis. A educação ambiental é capaz de promover uma nova consciência ambiental para o desenvolvimento de uma comunidade sustentável e para um vínculo mais harmonioso e equilibrado entre homem e natureza.

É possível crer em uma educação ambiental com as características enfatizadas por Freire (1987) em sua proposta pedagógica, na qual aponta que é preciso se fazer uma educação problematizadora que contribua para o surgimento de uma visão crítica da totalidade do ambiente no qual o indivíduo está inserido, baseada em uma postura

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ética, que pressupõe outros valores morais e uma forma diferenciada de ver o mundo e a humanidade.

Assim, a educação ambiental desponta como essencial à transformação das sociedades, tornando-se imperiosa ao direito humano ao meio ambiente ecologicamente equilibrado das presentes e das futuras gerações. A educação ambiental tem como função a conscientização quanto à preservação do meio ambiente e sua utilização sustentável ao despertar a consciência de que o ser humano é parte do meio ambiente e a busca da superação da visão antropocêntrica.

CONCLUSÃO

A sociedade contemporânea é caracterizada por diferenças, injustiças, desigualdades sociais e consumismo. As consequências das relações baseadas na exploração, na cultura voltada para o consumo e na economia baseada na ideia de recursos naturais infindáveis são nefastas.

Na análise, feita a respeito da relação que a sociedade estabelece com o consumo, é possível perceber que há uma transformação nos valores, haja vista que a sociedade moderna, pós-revoluções e guerras, estabeleceu uma nova ordem econômica e social e se transformou em uma sociedade consumista e imediatista.

Esse consumo desenfreado transformou-se em crise ambiental, com escassez de recursos naturais para além do próprio homem. A conscientização do indivíduo e a modificação de condutas estabelecendo um novo modelo de consumo, o consumo consciente constitui ferramenta indispensável para o desenvolvimento sustentável, para a tutela efetiva do meio ambiente.

Nesse interim, a educação ambiental desponta-se como ferramenta de conscientização e pode ser definida como uma prática social que recomenda não apenas mudança de hábitos, práticas e atitudes, a transmissão e apreensão de conhecimentos, mas a mudança gradual na forma de pensar, sentir e agir, despontando como ferramenta imprescindível na busca pelo conhecimento da realidade para que se possa interferir de maneira eficaz na sociedade, permitindo assim a proteção e a promoção do meio ambiente, despertando com isso a consciência ecológica.

Assim, a educação ambiental é revelada essencial para a transformação social, imprescindível ao direito ao meio ambiente das

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presentes e das futuras gerações, tendo como função a conscientização à preservação ambiental por meio do reexame de valores e, consequentemente, mudança de comportamento dos seres humanos. Um outro mundo é possível e a educação ambiental emerge como uma das possíveis ferramentas de conscientização ecológica.

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recebido em: 05.09.16 aprovado para publicação em: 06.02.17

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