páginas
8
a 10 _(ouxas
caem
todos
os
golpes
Fiasco
e
viol
Â
ZERO
ANO XVI- N° 1
:
MAIO
DE 2000 :CURSO
DEJORNALISMO: CCE
:UFSC
Jornal
Laboratório do
Curso de
Jornalismo
da
Universidade
Federal
de
Santa Catarina
Nosso
editorial
o
laboratório
com um
computador
e sem
espaço
físico.
Arte
Marcos Daniel Barros
Colaboração
Ana Paula Lacerda Clóvis
Geyer
Felipe
PereiraKelenVanzinda SilvaMicheli
CristianaRibas
Coordenação
Professor
Henrique
FincoCopy-Write
Elissa Bonato
Humberto Maia Junior Lúcia PassafaroPeres
Mário
Ignácio
Coelho Junior MarthaHuff MartinsRhodrigo
DedaEdição
Elissa BonatoHumberto MaiaJunior Mário
Ignácio
Coelho JuniorRhodrigo
DedaEditoração
Eletrônica ElissaBonatoMário
Ignácio
Coelho Junior Sinuê GiacominiFotografia
HumbertoMaiaJunior Leonardo Miranda
Mário
Ignácio
CoelhoJuniorMicheli Cristiana Ribas Sinuê Giacomini
Projeto
Gráfico
Pedro ValenteRhodrigo
DedaTextos
Ana Paula de Sousa Andi..éa Fischer
Camille Cristina dos Reis Humberto Maia Junior LeonardoMiranda LúciaPassafaro Peres Márcia Bizzotto
Mário
Ignácio
CoelhoJuniorMartha HuffMartins
Raquel
Sabrinada SilvaImpressão
O Estado
Redação
Curso de Jornalismo
(UFSC
CCE)
Trindade,CEP88040-900Florianópolis/Se
Telefones:(48)
331-9490(48)
331-9215 Fax:(48)
381-9898 HomePage:
www.jornalismo.ufsc.br
Endereço
eletrônico: zero@cce.ufsc.brDepois
de mais de 70 dias de espera, o Zerofinalmenteestápronto, oque
pode
parecer muitotempo para quem não faz parte do dia-a-dia do nossoJornal Laboratório.
Mas, nas
condições
ern
que trabalhamos, o re sultadopode
serconsideradosatisfatório: na mudança
doprédio,
o Zero ficou alocado em uma sala deaula,
em que aporta
não tinha chave. O resultadofoi queosdois únicosequipamentos
(um
computador
e umaimpressora)
foramqueimados.
Ocomputador, conseguimos
recuperar;aimpres
sorafoicompletamente
perdida.
Alémdisso,
quan do haviaaulas deoutrasdisciplinas,
nãopodíamos
trabalharnoZero,oque também acaboupor dis persar boaparte dos alunos interessados.Isto tudo é ainda mais desanimador
quando
se constataque todosos outroslaboratóriosdenos soDepartamento
foram alocados emcondições
razoáveis de funcionamento-alguns
em condições ótimas,
incluindo laboratóriosvoltadosexclu-sivamente para atividades de extensão.
Mas deixamosodesânimo de ladoefomosà luta: criamoseocupamos umespaço de 3por 4 metros, feito de divisórias e sem
janelas.
Com aajuda
da Diretoria do CCE,conseguimos
um scanner emprestado
erecauchutamos umcomputador.
O edital para a
impressão
de nossojornal
também não haviasidoprovidenciado.
Denovo oprof.
FelícioMargotti,
DiretordoCCE,
socorreu-nos,resolven doesseproblema
comcriatividade.O Zero é um
jornal
muitoimportante,
enão sóporserumlaboratóriode
jornalismo,
mastambém porsero únicojornal
realmenteindependente
deSantaCatarina: emváriasocasiões,fomos osúni
cosaabordarpautasrecusadas por todaa
impren
sa de nossoestado,
como o caso desuperfatura
mento nosaluguéis
deprédios
públicos,
entre ou tras.O fato é que continuamos de
pé
e nossapróxima
edição
estará ainda melhor. Até lá.Greve
na
UFSC
raquel
sabrinaOSindicatodosTrabalhado resda Ufsc
(Sintufsc)
decidiuparar asatividadesnaúltimasexta
feira,
dia 15demaio.AAssociação
dos Professores da Ufsc(Apufsc)
resolveram
naassembléia realiza da no dia 16,apoiar
a greve dos servidoresepodem
pararasaulas apartir
dapróxima
quartafeira,
dia25,quando
tambémoDiretório Centraldos Estudantes(DCE)
deveapresentar sua pauta
própria
degreve.Fazempartedas reivindica
ções
areposição
salarial,que nãoacontecehá5anos,adefesa doser
viço público
e oaumentoderecur sosparaaUniversidade.Os funcionários da UFSC
já
estãooficialmenteemgreve.Aco ordenadoraelo comando degreveda
Sintufsc,
JussaradaCostaGodoy,
afirmaqueonúmerode funcioná riosparados
chega
a 700/0, sendoque 8dos 11 centrosda universi
dade estãofechados. entreeles o Restaurants UniversitáriopaBi
blioteca. As
reinvinelicaçães
dos servidores federaissãoareposição
salarialde63,68%,
fixação
dadata-baseemmaio para
reajustes
salariais,
além do pagamento de valealimentação.
Osservidores queremtambéma
garantia
damanutençãodo
serviço
público
edasaçõessala riaisobtidasnaJustiça.
Os
professores
aprovaram o indicativo degreveparaapróxima
quarta-feira,
dia25,quando
estãoprogramadas
reuniõesnossetores,pela
manhã e uma assembléia, àtarde,
decidiráse osprofessores
da universidadeparalisam
ounão. A Presidente daApufsc, professora
Corália Piacentini, afirma que o númerodeprofessores
quecomparecemàs assembléiasvemaumen tando num processo crescente de
mobilização.
Para as aulas serem suspensas,osprofessores dependem
deumadecisão nacional quedeveacontecernaReunião do Setores das
Instituições
Federais de Ensino Superior,
dia 22emBrasília.Osestudantes têmsereunido nos Centros Acadêmicos de cada curso e noDeE. Atéo dia 19,eles
pretendem
decidirseapóiam
ounãoo indicativodegrevedos
professo-res eservidoresda Ufsc. EmFlori
anópolis,
parte dos estudantes da UDESC(Universidade
do Estadode SantaCatarina)
já
decretaramgre ve. Emalguns
cursos da Ufsc hámobilização
paramanifestações
eparalisação.
Os alunos apontamcomo causasparaagreveocortede verbas e de bolsase a
cobrança
detaxas.
Segundo
MaíraSouto,
coor denadora do movimento de grevepelo
DCE,
alémdaUDESC,asuni versidadesestaduaispaulistas
Unicamp,
USP,
Unesp
e aUniversida de Federalde Santa Maria(RS) já
pararam.
Em váriossetoresdaUniver sidadesão
apontadas
tambémcomo causasdegreveainsatisfação
com apolítica
dogovernoFernandoHenrique
Cardoso. Arepressãoviolenta àsmanifestações
durante a comemoraçãodos 500anosdo
Brasil,
aameaçade colocaroexércitona rua
para combater o Movimento Sem Terrae asmanobras
políticas
parafixação
dosaláriomínimoemR$151sãoos
principais
motivosdodescontentamentocomo
presidente.
-FLorianópoLis
-5/2000
Fotojornalismo
Estas fotos foram tiradasno dia 19 de
abril,
às15h,
numapraça
perto
do Beira MarShopping,
no centro de
Florianópolis. Lá,
crianças
de 10a 15anos domor ro Nova Trento brincavam noparquinho
ejogavam
bola. Perguntei
sepoderia
tirarumas fotos.Consentiram.
Enquanto
fotografava, percebi
quealgumas
brincavam de
polícia
eladrão,
usando armas debrinquedo.
Depois
dealgumas
fotos dagarotada jogando futebol,
eufuifotografar
quatro
crianças
quebrincavamno
"trepa-trepa".
Chegou entãoum senhor deterno e
gravata,
umapastanamão,
apa rentando uns 40 anos.Pergun
touoqueeufazia.
Expliquei
queeraestudante de Jornalismoe es
tava
fotografando
para o meuportfólio.
Areação
dele foi violenta:
"jornalista
é tudosafado,
põe
a arma na mão de uma
criança
para
depois
colocar nojornal
echamá-lade bandida!". Procuran domantera
calma,
expliquei
quenão estava usando as
crianças,
que a arma debrinquedo
não havia sido dada por mim e que nãopretendia
exporninguém.
As
agressões
continuaram. Mandei minha razão para o inferno e comecei a
xingá-lo
tam bém. Paramim,
aquele
senhorrepresentava
umtipo
de elitecontra a
qual
vou lutar durante orestoda minha vida. Apraça pa rou'viramosdoisleõesnomeiode um
picadeiro.
Aplatéia,
formadapelas crianças
epessoas que pas savampelo local,
ficousurpreendidacom oridículo
espetáculo.
Lá
pelas
tantas,ohomemdapasta
foiembora,
aindagritando.
Senteinapraça,chameiascrian
ças e tentei
explicar
o que tinha acontecido. Disse queminhasfo tos não eramparaexpô-las,
maspara mostraro abandonoe a hi
pocrisia
deumasociedade falidaefamintapor
dignidade
erespei
to.
Logo,
agurizada
voltouabrin car como senada tivesse aconte cido.Aí,
volteiaotrabalho.o
fotojornalismo
transita entre dois pontos dalinguagem
visual: o estético e o histórico.
O trabalho do
fotojornalista
éjuntar
a estética com a notícia. A
fotografia
precisa
ficar equilibrada
num ponto medianoentre a arte e o
jornalismo.
O bom
fotojornalista
éaquele
que conseguejuntar
amagia
da arte com o seu trabalho de contar um
fato.
A discussão se[otojornalismo
é arte ou nãojá
eultrapassada. Fotojornalis
mo timais do que arte, é mais do que historia.
É
uma incansável bus ca noequilibrio
entre o sentimento e a razão.por
Leonardo Miranda
Florianópolis
110
desvio
é
melhor
que
o
viaduto",
diz
vereador
ônibus
de
turismo
não passa por
baixo
do
viaduto
ZERO
textQ
márcia bizzotto fQtQS
micheli nbas
seram
aproveitá-lo",
conta Passos. O chefe da divisãode obras da
prefeitura,
Dalton da
Silva,
garantequeaProsulfoicontrata
da através de
licitação,
masnãosabe dizer
quais
as outras empresas con correntes."Eu só cuido daobra",
afirmou.Apessoa que
poderia
esclarecertodasessasdú
vidas,
osecretáriodeobrasda
prefeitura,
Francisco deAssis,
nãofoiencontrado para falar a
respeito.
Durante duas semanasnossareportagem tentou
localizá-lo,
maseleestavasempre
"para chegar
den troduashorinhas",
segundo seus assessores. Na
única vez em que encon
tramososecretárioem seu
escritório,
fomos informados queeleestava"muito
ocupado
para darentre:
vistaportelefone".
O elevado do CIC deve serconcluído dentro
detrêsmeses.
"
Agora
estamosfazendoasfinaliza
ções'
adrenagem
e o asfaltamento",
contaDalton Silva. Mas o vereador MauroPassosjá
temuma conclusão: "Estaéaúnica obraemqueodesvio éme lhorqueoviadutoem si". Muitosmoradoresdacapi
talconcordam.As
ineficiênciasuspeitas
dedo elevado doCIC,
levantadaspor
engenhei
rose
arquitetos
deFlorianópolis
desde meados do último ano, finalmentechegam
à Câmara de Ve readores. Nofinalda últi ma semanadeabril,
oórgão
entroucompedido
deinvestigação
sobreaobra,
iniciadapela
empreiteira
SESBEemjunho
de 1998 e agoraem fasefinal.O erro mais
visível,
deacordocomo
professor
do Curso de
Arquitetura
da
UFSC,
PauloRizzo,
dizrespeito
à alturadoviaduto. "Ele deveria ter sido construído para que um ônibus de dois andares
pudesse
passarembaixo,
mas isso não foifeito",
afirma. Oprojeto,
desenvolvido
pelo
consórcioProsul,
nãopreviu
essedetalhee oúnico
jeito
decorrigir
a falha agora, segundo
Rizzo,
seria escavar apista
embaixo da ponte,algo
inviável em um ter renodemanguecomo odaAvenidaBeiraMar.
"Apri
meira chuva
alagaria
tudo", completa
oprofes
sor.A
arquiteta
LisianeSchineider,
moradora dobairro Trindade
aponta
outra falha no elevado:
"
Quem
quer pegaraBeira Marapartir
doCIC éobrigado
a ir até a rótula do Santa Mônica para, sóentão, fazer o retorno para o centro ou para as
praias",
reclama. Osmotoristasquevêmdonorteda
ilhaem
direção
à Trinda deouàUFSC tambémso frem: têm que fazero re tornodepois
dosupermercado
Angeloni.
Segundo
o vereador MauroPassos,
aplanta
da Prosul,
orçada
em pouco maisdeR$
9.678.000,ja
mais foi
apresentada
à Câmara paraaprovação.
"A obra toda foi
conduzi-da de uma forma muito fechada. A lei
prevê
quedois vereadoresaacompa
nhem,
masissonuncafoipermitido.
Oporquê
agente
nãosabe",
Passos denuncia.O vereador também
questiona
oprocessoadotado naescolhado
proje
to. "Um aluno da
Arqui
tetura
(da UFSC)
apresentou, como conclusão decurso,umaalternativa
paraoelevado do CIC. O trabalho
ganhou
um con curso nacional e seria maisbarato,
masnãoo
que
fizeram
com
a
Praça XV1
artesaos
se
recusam
a
7r
para
a
rua
Victor Meirelles
A
Praça
XVfoi rea bertanodia17,
numa ce rimôniaque contoucom aparticipação
daprefeita
Angela
Amin(PPB)
e daOrquestra
da CâmaraMunicipal
Amor à Cidade. A reforma custouR$109
mil.
A reabertura seria em março, mas
segundo
Edelberto
Adam,
diretorde
operações
da Floram(Fundação Municipal
doMeio
Ambiente),
ostraba lhos derestauração
dapraçademorarammaisdo
que o
previsto
porquefo ramartesanais.A etapadaobra que
exigiu
maistempo
foi arestauração
dopiso,
queéobra do artista
plástico
Hassis. Alémdisso,
foramfeitos
trabalhos
dejardi
namento,reformano core
to e
limpeza
nos monumentos.No finaldarefor
ma, a
Praça
XV recebeu novailuminação,
80novosbancosde madeirae gra
desnoscanteiros.
APrefeituraespera
vaqueareforma
estives-se
pronta
até dezembro doano
passado,
antesdachegada
dosturistas,
masal gunsproblemas impedi
ramoiníciodas obras. Em
julho
doanopassado,
membros da Secretaria
Municipal
deTransporte
eObras edaFloram sereuniramcom os artesãos para
negociar
asaída dapraçaeasobraspu
dessemseriniciadas. Ne
nhum
acordo,
noentanto, foi firmado. Comoapoio
dealguns
vereadores,
osar tesãosconseguiram
permanecernapraçaatéque
9:9'Ul'O"
"f}.100
tesãos estão
hoje
gun"do
etaocal
oal é difetent
üenta a
P1-àça
.iiO
públi:...
.
00 da
Praça
XV ia lá paracom-..prarartesanato.
Já
aqui
é umlo�
cal de passagem onde as pesso
as nãoparam para comprar.
Se�
remos
obrigados
avender
outroe
pata eles
a:
ni�'O
c ãó�{)
lado
do Terminal Urbano de Floria
nópolis
foi
olocal
escolhidomaioria dos artesãos. Mas nem
todos qué'rempermanecetno
cal.
texto
humberto mala e martha
martins fotos
humberto maia
fosse cedido outro local.
Outromotivodoatrasofoi
ademora daPrefeituraem arrecadar averba neces sária para o começo das obras.
Havia
suspeitas
dequea praçafossetomba
da,
o queimpediria
mudanças,
pois patrimônios
tombados não
podem
ser alterados.MasEdelbertonegou que a reforma na
Praça
XVseja ilegal.
O diretorafirmouqueapenas
a
figueira
eosprédios
aoredordapraçasãotomba
dos.
rmouquesuasvendas'; aumentaram desde a
mudança
parao novo
lugar.
"Nãoadianta'
ficarmos
brigando
pela Praça
XV. Ojeito
énosadaptarmos
aolocal
que nos cederem".Florianópolis
No
meio
do
deserto,
sem
� .
agua
e
com
penqo
ZERO
texto e fotos
márcia
bizzptto
ValedaMorte:
"Omais
solitário,
o mais quente, o maismortal e
perigoso
ponto nos Estados Uni dos". -New York
World,
1899.Setembro,
começodo outono americano. Otermômetro do carro marca
110°Farenheit - mais de
43° Celsius. Do lado de
fora,
pequenosarbustose floresselvagens
fazemesquecer que estamosnare
gião
maisquenteda América,
odeserto doVale daMorte,
nosudeste daCa lifórnia. Na vastidão dapaisagem
vê-se apenasmorros e umaestradasem
fim,
mas o cenário mudadecore.relevoatodo ins
tante.
Trocando a estrada
principal
por uma trilha dequase 5 Km- a Wildrose Road
-chegamos
aoTelescope
Peak: o ponto mais alto do Vale da Marte, queofereceumavista fabulosadetodooparque.
A 3.355 metros, as árvo ressão altase
pode-se
ou virospássaros
cantando,
mas
água
é inexistente nessaépoca
doano.Ave-Florianópolis
-5/��OO
getação
seadaptou
ao meio e sobrevive das re servas doinverno,
quando o
pico
fica coberto de neve. Há mais de 900 tipasde
plantas
noVale. OTelescope
Peakéo únicolugar
do parqueondeo
camping
égratui
to.Obanheiro serestrin
ge a um vaso sanitário colocado sobreumburaco semfim. Do lado de
fora,
umplaca
alerta para operigo
dequeimadas:
"Sevocê ouvirumbarulhose melhante ao deum trem se
aproximando,
deixe sua barracaimediata-mente e
dirija-se
a umas das trilhas defuga
paraincêndio indicadas no
mapa".
Indústria
primitiva
Na estrada de Wil drose vê-se os
primeiros
sinais da tentativa de vida novale:pequenasestufasde
pedra,
construídas no finaldoséculo XIXparaaprodução
decarvão.Oproduto era usado por duas indústriasde
fundição
deprata,situadasamais de 40 Kmaoeste.Asestufas
de Wildroseempregavam
quarentahomens e a re
gião
setornouolar decer ca de cem pessoas. Em1878,
asindústriasdepra ta faliram e a fábrica decarvão foi
abandonada,
apenas um ano
após
entraremfuncionamento. Anos mais
tarde,
em1884,
umoutrotipo
dein dústria começou noValeda Morte. A mina de bo raxde
Harmony chegou
aproduzir
trêstoneladas do minério pordia,
mas durante o verão as ativida des tinhamqueserpara lisadas.O caloreratão
in-tenso que não
permitia
quea
água processada
es friasse o suficiente paracristalizaroborax extraí do.
Outra dificuldade enfrentada
pelos
traba lhadores deHarmony
erafazersua
produção
chegar
atéomercado. Para resolvero
problema,
acompa nhia passou a usar um time de vintemulas,
quepuxavaduascarroçascar
regadas
comominérioporquase265 km atéaestra
da deferro do
Mojave.
Ocomboiotornou-se o sím bolo da indústriadeborax nosEstados Unidos.
A mina de
Harmony
foi desativada em1888,
mas suas ruínas fazemparte
dapaisagem
doVale da Morte atéhoje.
Nooestedoparque,encostadoàs
montanhas,
aindapode-se
ver
máquinas,
tanques erestos da construção. Os
resquícios
de borax tambémestãoexpostosemSto
vepipe
WellsVillage,
cer ca de umahora aosulda mina.O banho da semana
---::s- I
110
cenário
muda
de
cor
e
relevo
a
todo
instante"
res de aventureiros que, em
1849,
iniciaramamarchaparaooeste, embus
cadoourorecém descober
tonaCalifórnia.
Viajando
em carroçaspuxadas
porcavalos,
muitosnão suportaramadura travessiada
região
desérticae morre ram.Naquela época,
ha viaumpequenolago,
que umviajante
passouacha mar de Badwater-água
ruim
-depois
que seucavalose recusouabeber lá.
Badwater é o que restou do
Lago Manly,
um dos muitosquepreenchiam
ovale há cerca de 10 mil
anos.
Hoje
olago
de 183 metrosdeprofundidade
seresumeauma
grande
bacia de sal e uma poça de
água suja,
habitat deplantas microscópicas.
Aágua
sópersistiu
portan totempodevido aorelevodo
lugar.
A 86 metrosabaixo do nível do mar,
Badwater éa
região
maisbaixa do hemisfériooeste.
O relevo também éa razão do
surgimento
do deserto. Localizadoaoleste da cadeia de monta
nhas de Sierra
Nevada,
oVale da Mortenãorecebe
aumidade vinda do Oce
ano Pacífico e, devido à alta
temperatura
- duranteo
verão,
atemperatura
média é de 50° Celsius
-a poucachuvaquecai eva
pora
rapidamente.
Aomesmo
tempo
querepele
apresença
humana,
ovalesetornao
paraíso
paraasmais de 900
espécies
deplantas
e animais queaprenderam
a VIver novale.
COMOCHEGAR
Linhasaéreas,rodoviáriaseferroviáriasvãoaté Las
Vegas,
Nevada.Barstow,
naCalifórnia.
é servida portrens
¢.
ônibus.
f}partir
dç uma dess� cidades
Vocêprecisa
deumcarro, depreferência alugado.
ParaquemvemdaCalifórnia,arodovia US 395
passa;ªoestedo Vale da
l'4orte
econectacom ás estaduais 178e190,
quelevamaoparque.
VindodeNevada,aUS 95 passaalesteefaz conexãocomas.estaduais
267,
374e373,paraovale.PARADORMIR
Mahogany
Flat:notopodeTelescope
Peak,éfrescoecomsobra,massó veículos pequenos
podem
ir atélá.
Apesar
do banheiroprecário
edaausênciatotal<le água,tem
umaótimavistapara
oparqueeéoúnico
camping gratuito.
Mesquite Springs:
espaçosparaMotorhomesebanlleiros comágua, a3�
deScotty's
Castle.$10,00.
FUrnace Creek:comespaço paraMotorhomese mesas,essecamping possui
chuveiros,lavanderiaepiscjJla.
$16,00.Fone:
(760)786-2331.
Stovepipe
WeBsVillage:
umapequena
pousada
compiscina aquecida,
éomelhorlugar
do deserto.TemtambémumrestauranteeUmbar;comsalãode
jogos.
FUrnace CreekInn Resort: construídoem
pedra,
olugar
pareceumoásisnomeiodo deserto. Comrestaurante,
piscina,
bare4quadras
detênis. Fone:FurnaceCreekRanch;aolado docentrode
informações
turísticas,oferece restaurante,bar,coffee
shop,
piscina, passeios
acavaloe umcampo degolfe.
Quem
querconhecero Vale da Morte deve ir
preparado
para passar uns três dias sem tomarbanho. Comoemtodo de
sertoquesepreze,
água
éartigo
deluxosóencontradonosdois minúsculos vi
larejos
doparque - Stovepipe
WellsVillage
e FurnaceCreek Ranch.
O único banheiro
com
água
fora das vilasfica há cerca de duas ho
ras ao norte de
Telescope
Peak. Em frente ao case
bre,
umaplaca
comexpli
cações
sobreolocaleumamangueira
para a salvação
dos corposempoeira
dos.
Stovepipe
Wells Village
éparada
obrigatória
para esticar as pernas,
comprar artesanato e
co-nhecerumpoucomais da
história doparque.
Além de
objetos
daantiga
minadeHarmony,
um
antigo
caminhão do corpo de bombeiros tambémestáà mostra lá.
Em
Stovepipe
é pos sível abastecer o carro e renovar oestoque
de comidapara odia. O
próxi
moponto
decivilização
fica háquatro
horas.Em Furnace Creek funcionaocentrode infor
mações
turísticas. Olugar
abriga
umalivrariae ummuseu,onde há
exibições
diárias de vídeos sobre a
história natural do Vale da Morte.
Agrande husca.nelo
ouro
O Vale da Morte her douesse nomedos
milha-NÃODElXEDEVER
Scotty's
Castleé umamansão deUS$2,5milhõesnoestilomouro,que começoua serconstruídaem
1924enuncafoi concluída. Acasafuncionou comohotel por
alguns
anos,hospedando
artistas comoBetteDaviseNorman Rockwell.ArtistsPalette éumapequena trilha demãoúnicaao nortedeBadwater,ondese
pode
verOmulticolorido das rochas, causado pordepósitos
vulcânicose minérios sedimentados.ZabriskiePointtem umadasmelhoresvistas do Vale da Morte. A beleza do
lugar
foitemadeumfilmequelevouseu
próprio
nome,feitopelo
italianoMichelangelo
Antonioni.Dante's View ficaamais de 1525metrosnoalto de BlackMountains. aosui deZabriskie Point. De Ia
pode-se
verquasetodoOVale daMorteZERO
texto
ana
paula
de sousa e andréa fischer fotosmáno coelho
Júmor
e micheli ribasFlorianópolis
-5/2000
Golpes
para
todos
os
gostos
e
tipos
de
trouxas!!!
André Manoel de
Oliveira, delegado
do 10DP da
Capital,
conta que as pessoas caem emgol
pes porqueacreditamque
possam terlucrosnasitu
ação
criadapelos golpis
tas. O
delegado
adverteque é no fim do
mês,
quando
se recebe o salário,
queosgolpes
sãomaisfreqüentes.
Tambémocor rem muitoemdezembro,
Ele
pede
a senha e o nú merodaagência
davítimae
finge
que estátentandoresolver o
problema.
Nãoconsegue, então oferece
umcelular à
vítima,
for necendoonúmero de umfalso
serviço
de atendimento. Avítima telefona
e quematende éoutrola drão. Ele orienta para
que a pessoa deixe o car
tãona
máquina,
vá embo ra evoltenooutrodia,
antes dobanco abrir. A víti ma acredita. O
golpista
ficanobancocom onúme rodaagência
e asenhadapessoaeretiraodinheiro.
em
função
dodécimoterceiro salário. Amaiorpar tedasvítimas são mulhe
res,comidadeacimade 60 anos. Omaiscomuméos
golpistas agirem
em conjunto (geralmente
emdupla).
Osgolpes
maisapli
cadossãoos
seguintes:
Cola e cartãoO
golpe
docartão decréditopresoédado
geral
mente à noite. A vítima
está sacando o dinheiro
no caixa eletrônico e seu cartãoficapreso.Isso
pode
acontecer porum
proble
ma damáquma
oupela
ação
dosgolpistas.
Nestemomento, aparece o la drão e lhe oferece
ajuda.
Para se
prevenir
dessetipo
degolpe,
oconselho équeaspessoasnãoaceitem
ajuda
estranha na hora em que estão efetuandooperações
nocaixa eletrô nico. Sósedevepedir aju
da afuncionários do banco, devidamente identifi
cados.
Além
deste,
existem mais dois outrosgolpes
com cartão de crédito. O
maiscomuméodocartão
clonado.Umadas vítimas
foi um
professor
da Uni versidadeFederaldeSanta Catarina que não
quis
seidentificar. Ele foi avi sado no did 20 de março
que seucartãohavia sido
•
clonado. As compras, no
valor de
R$
1.600,
foram feitas em três estabelecimentosdo Riode
Janeiro,
trêsdiasantes.A
operado
ra, sabendo que o cliente mora em
Florianópolis
e não esteve no Rio de Janeiro,
concluiuquesetra tava de um caso de clone de cartão. Mesmoassim,
não soube informarcomo issoocorreu.Atéqueaope radora mande um novo
cartão,
ele nãopoderá
re tirardinheirooutalãodecheques
nocaixaeletrônico ou fazer compras com
cartãodecrédito.
Segundo
odelegado
OliveiraFilho,
nas comprascomcartãode crédito
duas faturassãoemitidas:
uma fica para o cliente e
outra para o estabeleci
mento comercial. O
golpe
acontece
quando
afatura docomerciante,
que con tém os dados necessáriospara fazer uma
cópia
docartão, é
entregue
a umfalsificador.
Após
aclonagem,ocartãoé usadopara
compras,
geralmente
de alto valor.Achei um
cheque!
Ogolpe
do achadi nhoacontececompessoasque se deixam convencer
pela possibilidade
de obter dinheirode maneira fácil.Este
golpe
éaplicado
emdupla:
na saída de umbanco,
ogolpista
deixa cair umcheque
de alto valor. A vítima que vemlogo
atrás,
achaocheque
eten ta devolver. O ladrãonega que
seja
seu.Logo
depois
aparece outro ladrãodizendo ser ele o dono do
cheque
e oferece umprê
mio aos ctui� por elos te rem-no devolvic!o () 11.drãofazuni
cheque
demt' nor valor e leva a vítun,atéaentrada deumedifí cio
pedindo
para que ela váaté umcertoandare o desconte.Masooutrogol
pista
diz terdireito a me tade doprêmio.
Eleexige
que a pessoa deixe sua bolsa como
garantia
que vaidescercom odinheiro.Os doisladrões
fogem
e a vítimaquando volta,
semdinheiro,
não encontramais nada.
Outro
golpe aplicado
comcheque
é o da contafantasma. O
golpista
vaiaobanco e abre uma con
tacomdocumentosfalsos. Ele retira o talão de che
quesefazcomprassócom
chequespré-datados.
Quando
ocomerciantevaidescontaro
cheque,
ele nãotem fundo.Loteria
Neste
golpe,
avítimaé abordada na rua por uma pessoa que
pede
informações
sobreumende-reço que não existe. Di
zendo estar
perdido,
conta querecebeuumbilhete
premiado
da Loteria Fede ral comopagamento
por umserviço
feito. Nessemomento
chega
o outrogolpista,
convidandoparairatéuma casalotéricare ceber o dinheiro do
prê
mio. Aochêgar
na lotérica, os números conferem. Mas são do sorteio anteri
or, invalidando o
bilhete,
o quepassadespercebido
pela
vítima. Osegundo
ladrão
propõe
à vítima que comprem obilhete do suposto
ganhador
edividameles dois o
prêmio.
Os ladrões então
fogem
com odinheirodacompradobi
lhete.
O
golpe
do chute Ogolpe
do chute épraticado
há mais de 20 anos em Santa Catarina. Em BalneárioCamboriú,
foram 100casos sóno ano
passado
e emItajaí
éregis
tradoumcasopordia. EmFlorianópolis
onúmero de casos ainda é pequeno:quatro
denúnciasem1999.O
golpe
consiste em vender mercadorias quesupostamente
seriamleilo adaspela
ReceitaFederal,
mas amercadoria nãoexiste.Ochutador recebeopa
gamento
e a vítima fica semdinheiroe sem a mer cadoria. Noanopassado,
ogolpe
movimentouUS$
200milhõesnascidades deItajaí
e Balneário Cambo riú.Segundo
odelegado
Oliveira
Filho,
99%daspessoasquecaem nesse
tipo
degolpe
sãoempresários.
Aprimeira
coisaqueoestelionatário fazéprocurarna lista telefônica o nome de
empresários
que tenhamumaboa
situação
financei ra e que possam estar interessados em comprar
mercadorias. Os contatos
com as vítimas são feitos
pormeio de
ligações
telefônicas feitas em celulares
comprados
com documentosfrios.
O estelionatário pro
põe
venderasmercadorias a umpreçobem inferioraoqueelas valem. Sãoofere
cidos
aparelhos
eletrônicos,
máquinas
para agropecuária, computadores,
ouro,café, tecidos,celulares,
televisão,
pneus,óleo,
ovade tainha.Os
golpistas
inventam nomes para sie para os seus
supostos
superiores
(chefes)
naReceita Federal- Dr.
Palhares,
Dr. Rodol fo- epara mostraraos em
presários
que onegócio
éseguro,
alguns pedem
do cumentos da empresa,comopor
exemplo
oCadas-troGeral do Contribuinte
(CGC).
Anegociação
dura deuma semana adez dias edurante todoessetempo
é mantida apenas por te
lefone.
Depois
detudo acer tadoavítima sai dasuaci dade emdireção
ao local onde está a mercadoria. EmSantaCatarina,
asci dades onde existemosmai ores índices degolpe
do chuteregistrados
sãoaquelas
que têmportos:
São Francisco doSul,
Ita-aproxima do chutador
cumprimentando-o pelo
nomefalsoeentrano
pré
dio da Receita. Pouco depois,
sobaalegação
deque vai entregar o dinheiro a seusuperior,
o esteliona tário pega o dinheiro doempresário
e entra sozi nho noprédio.
Promete voltarpara mostrara mercadoria,
massaipelos
fun dos levando todoodinhei ro.Paraavítima,
quando
percebe
quetudo nãopassoude um
golpe, já
étar-jaí,
Balneário Camboriú.Existem três
tipos
degolpe
do chuteSegundo
odelegado
Oliveira,
em 90% dos ca sos o estelionatário age usando a mesma tática: recebe o dinheiro diretamentedasmãosdoempre
sário,
sem confrontos e sem precisar usar armas ouforça
física. Os"chutadores",
pessoas queapli
cam o
golpe,
vãoatéo aeroporto
receber o empresário,
levam-no até um hotel e marcam um localpara fazer a
negociação.
Namaioria dasvezeséemfrentedo
prédio
da ReceitaFederal.
Para dar mais credi bilidade à
negociação,
umasegunda
pessoa sede demais.
No
segundo tipo
degolpe,
oestelionatáriopede
para o
empresário
trans feriraquantia
combinada do banco da cidade ondemora para a cidade onde
está amercadoria. A víti mafazatransferênciaeo
golpista
retira o dinheiro usando uma carteira de identidadefalsa.Segundo
o
delegado Oliveira,
embo ra ainda existam casos sendoregistrados,
essa maneira deagir
temdimi nuídonosúltimostemposporque os bancos passa ram a
exigir
prazo de 24 horas para a retirada degrandes
quantias
de di nheiro.O terceiro e último
tipo
degolDE'
do chute éoZERO
Só
caem nosgolpes
os quetambém
querem tirar
vantagem
Outro
golpe
é
o
do
bilhete
premiado
mais violentoe oque àsvezes aca ba resultando na morte dos em
presários.
Os estelionatários levam as vítimas a um local onde
dizem estara
mercadoria,
apontam uma arma para a vítima e
forçam-na
aentregar
odinheiro.Alguns
reagemesãomortos. Essetipo
dogolpe
dochute écomo umassalto,
com adiferença
dequeavítima
já
conheceosassaltantes.Quem
são osgolpistas
Os chutadores
geralmente
são pessoas de classe baixa que
já
cumpriram
pena e,em90%dosA comerciante
E.S.R.teve1.Unpre[uízn
emagosto
desse ano:R$
20 milem
jóias
emaisR$ 1,1
milemdinheiIro. Avítima conta que
quando
entra IVa no CentroComercial
Santa Môni eafoi
abordada por umhomem
que �oht6u ser do interior eanalfabeto,
perguntando
onde ficavaumcertoendereço.
Ogolpista
dissequetinhacomprado
roupas com a pessoa residentenesse
endereço
eprecisava pagá-las.
Também queria
aajuda
para retirara
quantia
deR$
30mil- valorinven-ado
pelo golpista
para oprêmio
do bilhete deloteria que carregava.Um
segundo
homem
apareceu•
entando
ajudar. A
vítimae ohomem
O
agropecuarista E.D.A.R.,
de SãoBorja,
RioGrande
doSuI,
caiu nogolpe
dochute
em março
deste
ano. A vítima ficou sabendo por
meio
de seuvizinho
que uma colheitadeiraapreendi
da na Receita
Federal
de Florianópolis
estava àvenda. Entrou
emcontato como chutador
-que
se passava por Dr.
Rodolfo,
delegado
da Receita-que confir mou estar
apreendida
umaco-Florianópolis
-5/2000
casos,semi-analfabetos.O
delega
do Oliveiraconta queastrês
pri
meirascoisas queos estelionatá riosfazem,
assim que têm o dinheiroem
mãos,
são comprarum carronovo, encherageladeira
de comida e ir para as boates "festar"com os
amigos.
As maneiras mais usadas
pela
Polícia para identificar oschutadores são: a
descrição
(re
trato-falado),
o reconhecimentopor meio de banco de dados e o
reconhecimento com a
ajuda
deinformantes,
queéométodoqueoferece melhores resultados. Na
foram até a lotérica
conferir
os nú m�;ros everificaram que ovalor
doprêmio
erabem maior:R$
124 mil.O
segundo
homempropôs
queE.s.R.
deveria recebera recompen sa deR$
15mil por terajudado.
Oest�lionatário
queestava
comobilhete disse que tinha medo de ser
enganado
epediu
queos dois(a
vítima e o
segundo golpista)
deixassemcomele
algum
bemdevalorenquanto
estivessemretirando
oprê
mio.O
golpista
mostroudólaresquetrazia na maleta. A vítima foi até
em casa e trouxe
jóias
edinheiro,
numtotal de
R$
21,1
mil.Os dois
foram
buscaroprêmio
.lheitadeira. A
mercadoria
seria leiloada até odia
30daquele
mês,
mas Ogolpista
ofereceu-a
ao
empresário pelo
valor deR$
78 mil.Depois
devários
contatostelefônicos,
oagropecuarista
saiu da cidade
de SãoBorja
comdestino a
Florianópolis.
No diaseguinte,
o Dr. Rodolfo apresentou a vítima a seu
chefe,
o DI'.Palhares,
também nomefalso,
emaioria doscasos, oschutadores sãoidentificados com a
ajuda
deinformantes.
Os informantes são empre
sários,
donos de casas dejogos,
policiais,
presidiários,
namoradasdos
chutadores,
ospróprios
golpis
tas e ex-chutadores que se arre
penderam
do que faziam.Dos
quatro
golpes
do chute aplicados
este ano em Florianópolis,
doisjá
estãoresolvidos. Oschutadores
já
foram identificados e osoutros,segundo
odelegado
Oliveira,
têm 90% de chance deserem encontrados.As
jóias,
odinheiro
e os dólares falsosficaramcom odono do
bilhete,
que
conformeo
combinado,
iria devolvê-losjunto
com arecompensa, assim que tivesseo
dinheiro do
prêmio.
Um pouco
depois,
obandidopediu
para
descer do
éarroporque.
precisava
avisarsua filha doque iria
fazer.
Aví tima retornou ao local onde tinha deixado osbens com o
estelionatário,
mas aochegar
lánãooencontrou,Retornou
embusca
dosegundo homem,
que também tinha
desaparecido.
E.S.R. ficouapenas com o canhoto de
loteria,
quenada valia. O
dinheiro
e asjóias
não foramrecuperados,
nemose$telionatá
rios
identificados.
os
três
se deslocaram até opré
dio da Receita
Federal,
onde
oempresário
entregou
aosgolpis
tas a
quantia
combinada.
Depois
de uma hora de espera em fren
te ao
prédio,
a vítimapercebeu
o que estava acontecendo: o
gol
pe do chute. A
ocorrência foi
registrada
na I"Delegacia
de Polícia de
Florianópolis
e osgolpis
tas ainda não foram identifica dos.
II
Caí
no
golpe
do
bilhete
e
perdi
21
mil reais"
Lembranças
do
passado
A
partir
destaedição,
o Zero vairesgatar
a memória dealguns
dos craques dofutebol
catarinense.Oberdan,
Mengálvio, Zenon,
Toninho... Nestaedição,
vamos contar um pouco da história deJurandir,
ex-goleiro
doGrêmio,
eBalduíno,
ídolo tanto noAvaí quanto noFigueirense.
ZERO
texto
mário coelho
junior
fotos
sinuê
giacomini
Jurandir,
de
goleiro
a
contador
judicial
Balduíno,
o
pequeno
grande
craque
"Quando
ojogador
aindatemdinheiro,
bebeuísque; quando pára
enão
possui
maisdinheiro,vainacachaça
mesmo",diz JurandirAscn diadaCunha,
opopular
Jurandir,ex-goleiro
compassagenspelo
GrêmioeCriciúma,falando sobrecomo é difícilpararacarreira.
"Quando
euparei
dejogar
foi umbaque
paramim".Jurandiracre ditaqueafalta deexposição
namí diapara quempára
dejogar
é fatordecisivoparaterproblemascom a
bebida. ''Vocêsaidecasa e
ninguém
maistecumprimenta.Nojornal
nenhuma notíciasarevocê édada.
É
difícil",
conclui.Jurandir começou a carreira de
jogador
defutebolnoGrêmioem1971,nas
categorias
debasedoclube,
levadopelo
tambémjogador
tricolorBeta Fuscão.
Naquela época,
quemjogasse
enãofosseboêmio,eraJoão Carlos daSilva, opopu larBalduíno:
polêmico, falador,
craque debola. Com a mesmahabili
dade que tratava abola dentro de
campo,falade
política,
da crônicaesportiva
catarinense, e comonãopoderia
deixardeser,de tudo rela cionadoaofutebol.Badu,comoé chamado
pelos
amigos,
começouajogar
navárzea,
naequipe
daFriamberiaDona Cla ra."Naquele tempoagentejogava
com ospés
descalços. Apenas
oadultonavárzea
podia
jogar
dechuteiras."
Começou
comoprofissional
noAvaí, sendocampeãoestadualem
1973 e 1975. Em 1978, foi para o
Joinville,ondefoicampeãodocata
rinensede 1978. Em 1981,dividiu
seutempoentreacadeira de
profes
sordefutebol daUdesce oFiguei
rense.Noperíodo
emque estevenotimedoestreito,foi
tri-vice-campeão
do estado.Balduínoafirmaque
jogar
nasequipes
daCapital
foiseumaiororgulho
efrustação
nofutebol."Jogar
noAvaíe noFigueirense
éamelhorcoisado mundo. "Minhaúnica
frus-consideradoum"dedo duro". "Tinha seaconcepçãona
época
dequeparaser
jogador
defutebol nãopodia
estudar,tinhaque
beber,
sairanoite,
etc.",afirma.
Por queumatletade Floria
nópolis
começaacarreiraemPortoAlegre?
Jurandirdizquefaltaparaosclubes
daqui
estrutura paraapoi
ar ascategorias
debase."Elesnãogostam deinvestirem
garotos".
Oex-goleiro
destacaoAvaícomo umclubequeconsegue revelar poucos
jogadores.
Os cincoanos
passados
noGrêmioforam delutaconstante,
já
quea
equipe
passavaporumafaseruim."Otimeeraperdedor,e acadaano
precisava
de umareformulação",
diz.A torcidaexerciaumapressão
muito
grande, pois
além de fazermás
campanhas,
omaiorrival,oInternacional,havia sido
pentacam-taçãoénãotersidocampeãoquan
do
passei
pelo Figueirense".
A
arbitragem
catarinensemereceu o
destaque
de Balduíno: "amaioriadosárbitros nãotemcondi
çõesde
apitar aqui. É
faltade critério,preparo
físico,
entre outrosfatores". Na
opinião
deBadu,omelhorjuiz
de futebolno estadoéRenildoNunes.
"É
umapena que ele tenha selicenciado porum anoparafazermestrado.Ele éomelhordetodos", afirma.
"O
problema
do Brasil éadistribuiçãode
renda",
conclui, quando começaafalar de
política.
Masdiz que nãovotanocandidatoeter nodoPTàpresidênciadaRepública
Luís Ináci.o Lula da Silva. "Como
possovotarem
alguém
que criticaquem mora no Morumbi e tem fi lhos estudandonoexteriormasfaz o
mesmo?",
pergunta.Depois
dizque não concordacom aradicalidadequeo
partido
mostraApós
obrevecomentáriosobrea
política
nacional,Balduínudispa
rasuametralhadora
giratória
contraa crônica
esportiva
daCapital,
peãoestadual.Foiaíque Jurandir trocoude
equipe,
indoparaoIpiran
ga de Erechim.
Jogou
lá por trêstemporadas,
atéserconvidadopela
primeira
vezparajogar
em SantaCatarina
pelo
Joaçaba.
Após
apassagempelo
time domeio-oeste,Jurandirfoicon tratadopelo
Criciúma. "Foineste momento daminha carreira queeu me senti
profissional
de novo.Cheguei
na cidadejunto
com o
presidente
do clubenumjatinho".
ComoemJoaçaba,
foiconsideradoomelhor
goleiro
doestado.
A maior emoção para Ju randir
foijogar
contraAvaíeFigueirense. "Jogar
contra osgrandes
dacapital
éamaioremoção
possível.
Você dáosanguenestaspartidas
esperando
reconhe cimento."da
qual chegou
a fazer parte até1991.
"Aqui
todostêma mesmamaniadesó falar do
negativo
queacontece duranteas
partidas".
Váriasno mesdejornalistasesportivos
sãocitados,
como RobertoAlves,
Miguel
LivramentoeClaudionir Miranda. "Umvelho defeito do
pessoal
daqui
é manter umaopinião
até o fim.Sóquenofutebolnenhumaverdadeduramais de 24horas",diz.
Florianópolis
-5/2000
tuitos,
nofinal dejanei
ro, os dois maiores pro vedores pagos do
país
·-texto--Na
briga
de
gigantes,
os
mário coelho
júnior
fotomicheli ribas
provedores gratuitos
viram
moda
no
pars
e
Lutam
por in
tern autos
Nós
pagarnãonada,
vamosétudo
free.
Com a música de RaulSeixas,
a iG mostra na suacampanha
publici
tária o fenômeno que
está acontecendo no
país
nos últimos meses: acessogratuito
à Internet. Neste
período,
acomunidade de inter
nautas aumentou
15%,
segundo
pesquisa
divulgada pelo
International Data
Corporation
(IDC),
um dos maioresinstitutos de
pesquisa
do ramo. Ospioneiros
desse
serviço
não foramos
provedores,
mas simdois dos maiores bancos
privados
dopaís:
Bra desco e Unibanco.A
primeira
empre-"Nõo
existe internet de
graça.
Quem
paga
aconta
é
o
consumidor"
Florianópolis
-5/2000
sa nacional a entrar no
mercado foi o
provedor
mineiro
BRFree,
que. .
Inaugurou seus serviços
no dia 7 de
Janeiro,
emBelo
Horizonte,
estendendo-se para São Pau
loe Rio de Janeiro. Dois
dias
depois,
aiG,
quetem por trás da sua es
trutura o
Grupo
Garantia e o Banco
Opportu
nity, lançou
seuportal
na rede.Apenas
nopri
meiro dia de funciona
mento,
a iGconseguiu
35 mil cadastros.
Em doze
dias,
opaís já
contavacommaisquatro
provedores
gratuitos:
BRFree,
iG,
C@tolico
e oSuperll.
OC@tolico
recebeu 70 mil. . - ..
inscrrçoes no prrmerro
dia apenas na Grande
Porto
Alegre
e oSuper
11 começou a
disponibi
lizar acesso para mais
de 50 cidades brasilei
ras, favorecendo os usu
ários que não residem
nas
grandes capitais.
Em mais da metade de
las,
oprovedor
oferece um número de telefone 0800 para o acesso, ouseja:
o internauta não precrs a pagar nem osimpulsos
telefônicos. Emrepresália,
aAssociação
Brasileira dos Provedores de Acesso à Internet
(Abranet)
entrou com
pedido
deconsulta no Conselho
Administrativo de Defe
sa Econômica
(Cade)
e naAgência
Nacional deTelecomunicações
(Ana
tel)
sobre apossibilida
de de
suspender
o.s aces sosgratuitos
à redemundial de
computado
res. Mas o
superinten
dente de
Serviços
Públicos da
Anatel,
EdmundoMatarazzo,
afirmou queos bancos e empresas
que estão oferecendo
acesso
gratuito
não estão
infringindo
alegis
lação.
"Nada está acontecendo fora da
regula
mentação",
disse. Paranãoperder
assinantes,
osprovedores
pagos estão melhorando
o conteúdo dos seus por
tais.
Segundo
Ricardo JoséGiani, gerente
geral da Matrix Florianó
polis,
aformaparamanter clientes é investir
em
vantagens
exclusi vas. "Estamosmelhorandoo nosso
conteúdo,
aumentando os benefícios
dos clientes
Dial-up
ecriando diferenciais
para o cliente ser fiel a
banda estreita".
Mesmocom aAbra
net
pedindo
para suspender
os acessosgra-. .
erraram seus serviços
gratuitos:
oUOL,
com oNetGratuita,
e o Zaz
-que mudou seu nome
para Terra
após
tersido
comprado
pela
empresa
espanhola
Telefônica
-lançando
oTerra Livre.
Ao mesmo
tempo,
o grupo
Starmedia,
umdosmaiores
portais
vol tados para a AméricaLatina,
associou-se afundos de investimen
to para criar um mega
portal
latino-americano, o Grátis 1. O últi mo a entrar no merca
do nacional foi o Tuto
pia, lançado pela
empresa americana
IFX,
queadquiriu
pequenosprovedores,
como aBrasilnet.
Apenas
naprimei
ra semana de funciona mento dos
portais
gratuitos,
haviamchegado
ao
Cade,
pela Internet,
41 denúncias de provedores contra o acesso
gratuito.
A Anatel dizque não há
impedimen
to para que os bancosofereçam
oserviço.
Para Caio Túlio
Costa,
diretor-geral
do Universo Online
(empresa
dos grupos Folha e
Abril),
não existe Internet de graça.
"Alguém
vai estar sempre pagando
a conta. E quempaga a conta é o consu
midor."
Yantagens?
A maior