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Avaliação da composição corporal e parâmetros bioquímicos de mulheres com sobrepeso ou obesidade suplementadas com canela (Cinnamomum verum) durante a pós-menopausa. / Assessment of body composition and biochemical parameters of overweight or obese women

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22730-22746 apr. 2020. ISSN 2525-8761

Avaliação da composição corporal e parâmetros bioquímicos de mulheres

com sobrepeso ou obesidade suplementadas com canela (Cinnamomum

verum) durante a pós-menopausa.

Assessment of body composition and biochemical parameters of

overweight or obese women supplemented with cinnamon (Cinnamomum

verum) during post menopause.

DOI:10.34117/bjdv6n4-438

Recebimento dos originais: 30/03/2020 Aceitação para publicação: 30/04/2020

Luciana do Nascimento Pereira

Mestre em Saúde Materno-Infantil pela Universidade Federal Fluminense Instituição: Hospital Universitário Antônio Pedro - Universidade Federal Fluminense

Endereço: Av. Marquês do Paraná, 303 - Niterói, RJ - Brasil. E-mail: pereiralun@gmail.com

Ana Luíza Sant´Anna da Costa e Silva

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas pela Universidade Federal Fluminense

Instituição: Universidade Federal Fluminense

Endereço: Rua Professor Hernani Melo, 101, Laboratório de Fisiologia Endócrina e Metabologia, São Domingos - Niterói, RJ - Brasil

E-mail: analuizascs@hotmail.com

Karen de Jesus Oliveira

Doutora em Ciências Biológicas (Fisiologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituição: Universidade Federal Fluminense

Endereço: Rua Professor Hernani Melo, 101, Laboratório de Fisiologia Endócrina e Metabologia, São Domingos - Niterói, RJ - Brasil

E-mail: karoliver@hotmail.com

Thalita Vicente Brandão

Graduanda em Nutrição pela Universidade Federal Fluminense Instituição: Universidade Federal Fluminense

Endereço: Rua Mário Santos Braga, nº 30 – Centro, Niterói-RJ, Brasil. E-mail: thalita_vicente@id.uff.br

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Marselly Ramos de Souza Pires

Mestre em Ciências Biomédicas pela Universidade Federal Fluminense Instituição: Universidade Federal Fluminense

Endereço: Rua Professor Hernani Melo, 101, Laboratório de Fisiologia Endócrina e Metabologia, São Domingos - Niterói, RJ - Brasil

E-mail: marsellyrsouzapires@gmail.com

Pedro Ribeiro de Souza

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Cardiovasculares pela Universidade Federal Fluminense

Instituição: Universidade Federal Fluminense

Endereço: Rua Alameda Barros Terra, s/n – Bloco E – Sala 110 – Instituto Biomédico E-mail: pedrosouza@id.uff.br

Gabrielle de Souza Rocha

Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte Instituição: Universidade Federal Fluminense

Endereço: Rua Mário Santos Braga, nº 30 – Centro, Niterói-RJ, Brasil. E-mail: gabriellerocha@id.uff.br

Manuela Dolinsky

Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo Instituição: Universidade Federal Fluminense

Endereço: Rua Mário Santos Braga, nº 30 – Centro, Niterói-RJ, Brasil. E-mail: manudolinsky@gmail.com

RESUMO

Introdução: A canela (Cinnamomum verum) tem sido investigada por seus efeitos anti-inflamatório, antibacteriano e antioxidante. No entanto, seus efeitos sobre as doenças crônicas não transmissíveis em humanos são escassos, sobretudo com mulheres na pós menopausa.

Objetivo: Avaliar o efeito da suplementação com canela na composição corporal e parâmetros bioquímicos de mulheres com sobrepeso ou obesidade na pós-menopausa.

Métodos: Foi realizado um estudo longitudinal randomizado, duplo-cego, controlado por placebo com mulheres na pós-menopausa com sobrepeso ou obesidade. As voluntárias foram suplementadas com 2g por dia de canela (n = 15) ou placebo (n = 15), durante oito semanas. Medidas antropométricas, de composição corporal, glicemia e perfil lipídico foram avaliadas antes e após a intervenção.

Resultados: Após a intervenção, o grupo placebo (GP) apresentou aumento significativo da glicemia de jejum (p = 0,006), do peso (p = 0,001), do índice de massa corporal (IMC) (p = 0,001), da massa magra (p = 0,017) e da massa gorda (p = 0,006), alterações não observadas

no grupo canela (GC). Quanto ao perfil lipídico, ambos os grupos apresentaram aumento de CT (GC p = 0,005 e GP p < 0,001) e do LDL-c (GC p = 0,003 e GP p < 0,001), e somente o GC demonstrou redução do HDL-c (p = 0,003).

Conclusão: Conclui-se que a canela proporcionou um efeito protetor quanto ao ganho de peso e massa corporal, além de prevenir o aumento da glicemia de jejum das mulheres na pós-menopausa estudadas, sem, no entanto, alterar o perfil lipídico.

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ABSTRACT

Introduction: The Cinnamon (Cinnamomum verum) has been investigated for its anti-inflammatory, antibacterial and antioxidant effects. However, its effects on chronic non-communicable diseases in humans are scarce, overallin post-menopausal women.

Objective: To evaluate the effect of cinnamon supplementation on body composition and biochemical parameters of post-menopausal women with overweight or obesity.

Methods: A randomized, double-blind, placebo-controlled longitudinal study was madewith post-menopausal women with overweight or obesity. The volunteers were supplemented with 2g of cinnamon (n = 15) or placebo (n = 15) per day during eight weeks. Anthropometric measurements, body composition, blood glucose and lipid profile were evaluated before and after the intervention.

Results: After the intervention, the placebo group (PG) showed a significant increase in fasting glucose (p = 0.006), weight (p = 0.001), body mass index (BMI) (p = 0.001), lean mass (p = 0.017) and fat mass (p = 0.006), changes not observed in the cinnamon group (CG). When it comes to the lipid profile, both groups showed an increase in TC (CG p = 0.005 and GP p <0.001) and LDL-c (CG p = 0.003 and GP p <0.001), and only the CG showed a reduction in HDL-c (p = 0.003).

Conclusion: It can be concluded that cinnamon provided a protective effect in terms of weight gain and body mass, in addition to preventing the increase in fasting glucose of post-menopausal women studied, without, however, altering the lipid profile.]

Keywords: cinnamon, dyslipidemia, obesity, post-menopause.

1 INTRODUÇÃO

A partir da última metade do século 20, modificações demográficas e tecnológicas determinaram alterações no consumo alimentar e no estilo de vida das populações de diversos países, em especial naqueles em desenvolvimento, como o Brasil. Essas transformações caracterizam o processo da transição nutricional retratada por distúrbios de excesso de peso, concomitantemente ao aumento da prevalência de obesidade1.

Nas mulheres, o período da pós-menopausa é caracterizado pelo declínio da produção de estrogênio, fato determinado como uma das principais causas da obesidade feminina durante este período2, tornando este grupo mais vulnerável às doenças coronarianas, devido às alterações que ocorrem no perfil lipídico3. Além disso, a chance de ocorrência da diabetes mellitus tipo 2 (DM2) cresce com o envelhecimento da mulher, sendo esse fato fortemente correlacionado a obesidade e ao sedentarismo 4,5. A obesidade predispõe a várias doenças,

como o DM2, hipertensão arterial sistêmica e alguns tipos de câncer, além das doenças cardiovasculares (DCV) 6.

A canela (Cinnamomum verum) tem sido investigada por seus efeitos antimicrobiano, anti-inflamatório, antibacteriano e antioxidante. Vários estudos têm correlacionado a

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22730-22746 apr. 2020. ISSN 2525-8761 suplementação com canela a melhora na glicemia, perfil lipídico, redução da gordura corporal e melhora da sensibilidade à insulina em animais experimentais e indivíduos com DM2 7, 8, 9,

10, 11. No entanto, ainda são muito escassos os ensaios clínicos controlados e randomizados

sobre os efeitos da canela em mulheres na pós menopausa9.

Neste sentido, este estudo tem como objetivo analisar os efeitos da suplementação com canela na composição corporal, perfil lipídico e glicemia de jejum em mulheres no período da pós-menopausa com sobrepeso ou obesidade.

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 DESENHO DE ESTUDO

Foi realizado um estudo longitudinal randomizado, duplo-cego, controlado com placebo com 41 mulheres no período da pós-menopausa com sobrepeso ou obesidade. Para caracterizar o período da pós-menopausa as mulheres deveriam apresentar amenorréia por no mínimo um ano (12 meses). Os critérios de inclusão foram: idade entre 45 e 59 anos, com, no mínimo, 12 meses de amenorréia e que apresentasse sobrepeso ou obesidade. Foram excluídas as mulheres que faziam o uso de anticoagulantes, hipolipemiantes, anti-hipertensivos, hipoglicemiantes orais e insulina, portadores de disfunção hepática, que faziam reposição hormonal, que tinham realizado quimioterapia e que tinham alergia ou hipersensibilidade à canela. Após esclarecimentos sobre a pesquisa, as voluntárias que concordaram em participar do estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.

O estudo foi aprovado comitê de ética e pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense, sob o número de protocolo 51976015.2.0000.5243 no ano de 2015, de acordo com a Resolução no 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e publicado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (Número de registro RBR-3cr9jh) no ano de 2018.

2.2 DESCRIÇÃO DA INTERVENÇÃO

No primeiro momento, as mulheres foram atendidas no Ambulatório de Nutrição Funcional da Universidade Federal Fluminense (UFF) onde preencheram uma ficha cadastral com dados socioeconômicos, anamnese clínica e histórico familiar. A avaliação da ingestão dietética foi feita por recordatório de 24 horas. Foram coletados dados de peso e altura, para posterior cálculo do índice de massa corporal (IMC), determinado pela divisão da massa (Kg) pelo quadrado de sua altura (m) e foi aferida circunferência da cintura (CC). As mulheres foram randomizadas no grupo canela (GC) ou no grupo placebo (GP). No decorrer da

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22730-22746 apr. 2020. ISSN 2525-8761 pesquisa, 11 mulheres desistiram de participar, sendo o estudo concluído com 30 voluntárias, 15 mulheres no GC e 15 mulheres do GP.

Para realização da avaliação da composição corporal e análises bioquímicas, as voluntárias foram atendidas no Laboratório de Avaliação Nutricional e Funcional da UFF. Foi realizada a coleta de sangue das voluntárias em jejum de 12 horas, para avaliação da glicemia e perfil lipídico, e a absorciometria com raios-X de dupla energia (DXA) para avaliação da composição corporal.

As mulheres foram suplementadas diariamente com cápsulas contendo 2g de canela (Cinnamomum verum) ou placebo, que totalizaram seis cápsulas diárias, por um período de oito semanas, sendo orientadas a consumir duas cápsulas no desjejum, duas no almoço e duas no jantar. Após as oito semanas, as mulheres retornaram ao laboratório para a realização das mesmas medidas anteriores à suplementação. As cápsulas foram armazenadas em potes plásticos com tampa, com a identificação de cada voluntária. Ao final do estudo, a adesão a suplementação foi superior a 80%, demonstrando que as voluntárias apresentaram boa adesão à intervenção12. Durante todo o período experimental, as mulheres foram orientadas a manter dieta e atividade física de rotina, e que não incluíssem canela nas preparações dietéticas consumidas.

O sangue venoso coletado (10 mL), após 12h de jejum noturno, foi centrifugado a 3000 rotações por minuto, a 4ºC por um período de 15 minutos para obtenção do soro, as alíquotas obtidas foram congeladas para posterior análise. Para as análises bioquímicas foram utilizados kits da marca Bioclin®, sendo seguidas as orientações do fabricante. Foi utilizado o método colorimétrico enzimático para a dosagem da glicemia, Colesterol Total (CT), Triglicerídeo (TG) e Lipoproteína de Alta Densidade (HDL). O valor da Lipoproteína de Baixa Densidade (LDL) foi obtido pelo cálculo de Friedewald13.

A análise estatística foi realizada através do SPSS V. 20 e os resultados foram expressos em média ± desvio padrão. Para testar a normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk. Para a comparação dos dados entre os grupos antes e após a intervenção foi utilizado o teste t de Student para amostras independentes (não pareado) para as variáveis cujos dados seguiam distribuição normal e o teste de Mann-Whitney para aquelas cujos dados seguiam distribuição não normal. Já para a comparação intragrupos antes e após a intervenção foi realizado o teste t de Student pareado para as variáveis cujos dados seguiam distribuição normal e o teste de Wilcoxon para aquelas cujos dados não apresentavam tal distribuição. O nível de significância adotado para todos os testes foi de 5%.

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3 RESULTADOS

Nos dados basais (Tabela I) os grupos GC e GP não diferiram entre si, apresentando-se homogêneos.

Tabela I – Características basais das mulheres na pós menopausa.

Variáveis GP GC P (<0,05) Peso (Kg) 76,4±11,5 73,6±9,1 0,604 Altura (m) 1,60±0,04 1,59±0,05 0,406 CC (cm) 86,5±9,0 85,7±7,2 0,790 IMC (Kg/m2) 29,6±3,7 29,0±3,7 0,548 Glicemia (mg/dL) 118,6±12,7 132,1±37,2 0,309 CT (mg/dL) 158,8±25,9 185,2±44,7 0,058 HDL (mg/dL) 22,1±6,1 23,6±5,1 0,478 LDL (mg/dL) 115,2±25,8 137,0±44,0 0,110 TG (mg/dL) 107,2±34,9 122,7±71,3 1,0

Legenda: CC: circunferência da cintura; IMC: índice de massa corporal; CT: colesterol total; LDL: Low Density

Lipoproteins; HDL: High Density Lipoproteins; TG: triglicerídeos. Os resultados desta tabela foram expressos

em média e desvio padrão (±DP). p > 0,05 indicam que não há diferença estatística na linha de base.

Após a intervenção de oito semanas (Tabela II), o GP apresentou aumento de peso corporal (p = 0,001), com consequente aumento de IMC (p = 0,001), além de aumento de massa magra (p = 0,017) e da massa gorda (p = 0,006). O GP também apresentou aumento da glicemia de jejum (p = 0,006), do Colesterol Total (p < 0,001) e do LDL (p < 0,001). Nos demais parâmetros não foram encontrados diferenças significativas.

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Tabela II – Comparação dos dados antropométricos, de composição corporal e avaliação bioquímica das mulheres do GC e do GP antes e após a intervenção.

Variáveis GP (n= 15) GC (n= 15) Pré Pós P Pré Pós p Peso (Kg) 76,4±11,5 77,5±11,7 0,001 73,6±9,1 74,2±8,8 0,088 Estatura (cm) 1,60±0,04 1,60±0,04 1,0 1,59±0,05 1,59±0,05 1,0 IMC (Kg/m²) 29,6±3,7 30,0±3,8 0,001 29,05±3,7 29,2±3,6 0,088 CC (cm) 86,5±9,0 88,2±10,2 0,078 85,7±7,2 86,8±7,3 0,126 % gordura 44,3±3,9 44,5±3,9 0,361 44,8±3,7 45,0±3,6 0,085 % gordura andróide 47,6±5,7 48,2±5,7 0,162 48,1±5,5 48,3±5,7 0,502 % gordura ginecóide 48,3±5,7 48,5±5,9 0,618 48,4±4,3 49,1±3,8 0,441 Razão A/G 0,99±0,1 1,0±0,1 0,347 0,99±0,1 0,98±0,1 0,826 Massa magra 40,7±4,9 41,2±4,9 0,017 38,9±3,9 38,6±3,0 0,300 Massa gorda 32,8±7,4 33,4±7,5 0,006 31,9±6,1 32,0±6,1 0,109 Glicemia (mg/dL) 118,6±12,7 133,0±12,9 0,006 132,1±37,2 147,3±31,2 0,074 CT (mg/dL) 158,8±25,9 206,4±29,9 <0,001 185,2±44,7 221,4±39,8 0,005 HDL-c (mg/dL) 22,1±6,1 20,6±5,7 0,313 23,6±5,1 19,6±5,0 0,003 LDL-c (mg/dL) 115,2±25,8 165,2±30,2 <0,001 137,0±44,0 178,1±36,2 0,003 TG (mg/dL) 107,2±34,9 102,6±52,5 0,460 122,7±71,3 118,0±55,0 0,397

Legenda: GP: grupo placebo; GC: grupo canela; IMC: índice de massa corporal; CC: circunferência da cintura; CT: colesterol total; LDL: Low Density Lipoproteins; HDL: High Density Lipoproteins; TG: triglicerídeos. Valores de p > 0,05indicam que não há diferença estatística intragrupo antes e após oito semanas de suplementação.

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Os resultados desta tabela foram expressos em média e desvio padrão (±DP). *test t – dados paramétricos **Mann Whitney – dados não paramétricos.

No GC não foram observadas alterações nos parâmetros antropométricos e de composição corporal e na glicemia de jejum. Mas as voluntárias desse grupo apresentaram aumento de colesterol total (p = 0,005) e LDL-c (p = 0,003) e redução do HDL-c (p = 0,003) (Tabela II).

A Tabela III apresenta a comparação do delta médio (Δ) dos grupos GC e GP antes e após a intervenção de oito semanas. Os valores de p > 0,05 mostram que não houve diferença significativa nas variáveis estudadas.

Tabela III – Efeitos da canela nos indicadores antropométricos, de composição corporal, glicemia e perfil lipídico dos grupos GC e GP após a intervenção.

Variáveis Média ( Δ ) ±DP p GP GC Peso (Kg) 0,56±1,2 1,14±0,9 0,155 IMC (Kg/m²) 0,22±0,4 0,44±0,3 0,176 CC (cm) 1,05±2,5 1,6±3,2 0,819 % gordura 0,04±0,9 0,18±0,7 0,651 % gordura andróide 0,25±1,3 0,62±1,6 0,521 % gordura ginecóide 0,27±1,3 0,15±1,1 0,787 Razão A/G -0,001±0,0 2 0,01±0,04 0,361 Massa magra 0,33±0,8 0,49±0,6 0,585 Massa gorda 0,35±0,9 0,61±0,7 0,390

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22730-22746 apr. 2020. ISSN 2525-8761 Glicemia (mg/dL) 15,15±27, 2 14,42±15, 5 0,929 CT (mg/dL) 36,2±42,1 47,5±22,2 0,178 HDL-c (mg/dL) -3,98±4,2 -1,49±5,5 0,180 LDL-c (mg/dL) 41,1±45,2 49,9±23,3 0,468 TG (mg/dL) -4,77±51,8 -4,55±41,4 0,990

Legenda: GP: grupo placebo; GC: grupo canela; IMC: índice de massa corporal; CC: circunferência da cintura; CT: colesterol total; Low Density Lipoproteins; HDL: High Density Lipoproteins; TG: triglicerídeos. Os valores de p > 0,05 indicam que não há diferença entre os grupos.

4 DISCUSSÃO

As mulheres deste estudo foram representadas por 30 voluntárias no período de pós-menopausa com sobrepeso ou obesidade e idade média de 53 ± 3,0 anos. A maioria das mulheres era de cor branca, casada, apresentando nível superior completo e renda mensal familiar ≥ 500 dólares. A amostra se mostrou homogênea, pois ao comparar as variáveis basais estudadas entre GC e GP, observou-se que não houve nenhuma diferença significativa no início do estudo.

Na presente pesquisa, grande parte das mulheres apresentou em suas características basais alterações importantes como dislipidemia, pré-diabetes (resistência à insulina) ou DM2, e risco ou risco aumentado para o desenvolvimento de DCV, resultados que podem ser justificados por se tratarem de mulheres pós-menopausa com sobrepeso ou obesidade.

A quantidade de canela utilizada na presente pesquisa foi baseada no estudo de KHAN et al.7 que suplementaram homens e mulheres portadores de DM2 e dislipidemia, utilizando dosagens de 1, 3 e 6g por um período de 40 dias. Os pesquisadores verificaram alterações no perfil lipídico, com redução do CT, TG e LDL-c, e também redução da glicemia nos grupos suplementados com as diferentes doses de canela7.

Estudos com suplementação de canela em animais experimentais e em humanos demonstraram seus efeitos nos marcadores antropométricos e na composição corporal 8,9,10,11,

14, 15,16. Na presente pesquisa, quando analisados os dados antropométricos e de composição

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22730-22746 apr. 2020. ISSN 2525-8761 peso, IMC, MM e MG. Estes resultados parecem sugerir um efeito protetor da canela quanto ao aumento de peso e alteração da composição corporal em mulheres, uma vez que tais variáveis mantiveram-se inalteradas no GC, e não foi observada diferença significativa no consumo energético de ambos os grupos antes e após a intervenção. Embora o GP tenha sofrido alterações na composição corporal, não foi possível verificar mudanças significativas no percentual de gordura andróide e ginecóide.

Por outro lado, alguns estudos demonstraram a efetividade da canela em reduzir gordura corporal e IMC. Estudo utilizando suplementação de 500 mg por dia de extrato de canela em indivíduos com diagnóstico de SM, por um período de 12 semanas observou que a suplementação com canela teve um impacto na redução da gordura corporal e aumento de MM, quando comparado com o placebo8. Enquanto outro estudo com homens e mulheres, portadores de DM2, utilizando o protocolo de 2g por dia de canela cássia durante 12 semanas, relataram redução do IMC e da CC após o período de intervenção9. Quando o extrato de canela foi administrado por 22 dias em animais experimentais com DM1, induzido pelo uso de estreptozotocina, foi verificado redução do peso desses animais, quando comparado com os demais grupos estudados16.

Uma das justificativas para nossos achados antropométricos e de composição corporal pode ser as modificações metabólicas que ocorrem em mulheres pós-menopausadas advindas do declínio de estrogênio e do aumento dos hormônios andrógenos, que ocasionam mudanças principalmente na composição corporal, causando aumento de peso corpóreo, decorrente do aumento de gordura ginecoide17.

Nesta pesquisa foi observado aumento significativo da glicemia do GP, diferentemente do GC, que manteve seus níveis glicêmicos normais após a intervenção com canela. Estes achados sugerem que a suplementação com canela pode ter exercido um papel protetor no aumento da glicemia, já que o GP aumentou significativamente em 12% a glicemia após a intervenção.

A canela tem demonstrado capacidade de aumentar a quantidade e atividade de receptores de insulina e inibir fosfatase, uma vez que mecanismos de fosforilação e defosforilação levam a um aumento da sensibilidade à insulina18. Estudos in vitro demonstraram possíveis mecanismos de ação da canela, através da inativação da alfa amilase pancreática e da alfa glicosidase, enzimas envolvidas no metabolismo de carboidratos19. Outros prováveis mecanismos para justificar o efeito da canela sobre a glicemia seriam a

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22730-22746 apr. 2020. ISSN 2525-8761 redução da absorção de glicose intestinal pós-prandial, inibição da gliconeogênese e o estímulo da liberação de insulina20.

No presente estudo, observamos que, antes da intervenção, 86,6% das mulheres do GC e 93,4% do GP possuíam algum tipo de alteração na glicemia de jejum ou eram diabéticas. Ao final do estudo, embora no GP tenha-se observado aumento da frequência de alterações glicêmicas e diabetes que alcançou 100% das voluntárias do grupo, esse aumento demonstrou significância estatística apenas no GC. Estes resultados são corroborados por dados epidemiológicos recentes, os quais apontam que atualmente a DM é responsável por um milhão e meio de mortes no mundo21, além de ser um distúrbio metabólico recorrente do período da pós-menopausa22. No Brasil, estima-se que nove milhões de brasileiros na idade adulta são portadores de DM, dos quais 5,4 milhões são mulheres23.

Embora grande parte das mulheres pesquisadas apresentassem alterações de glicemia e DM, as mesmas não faziam o uso de medicações por desconhecerem tais condições patológicas, mesmo a sua maioria apresentando nível superior completo. Diferentemente do nosso estudo, os voluntários do estudo de KHAN et al.(2013) portadores de DM2 e dislipidêmicos, faziam o uso de medicamentos como as sulfoniluréias para controle da homeostase glicêmica7. É provável que este medicamento, em associação com a canela, tenha

seu efeito potencializado na redução da glicemia, visto que a sulfoniluréia aumenta a secreção de insulina e a canela aumenta a sensibilidade à mesma24.

Quanto ao perfil lipídico, no presente estudo, foi possível verificar que a maioria das mulheres encontrava-se com alterações importantes no início da intervenção. Ao final do estudo, as mulheres apresentaram um aumento de 53,3% do CT e 26,6% do LDL-c. Esses dados mostram que, após o período de intervenção, todas as mulheres apresentavam dislipidemia.

Quando realizada a comparação do perfil lipídico, percebeu-se que, no GC, houve aumento do CT e LDL-c, redução do HDL-c, sem alteração no TG. No GP foi possível observar aumento do CT e LDL-c, já o HDL-c e o TG não sofreram alterações.

Diferentemente da presente pesquisa, KHAN et al. (2003) 7 mostraram que três doses diferentes de canela 1, 3 e 6g por dia por um período de 40 dias, foram eficazes na redução dos níveis de CT, LDL-c e TG em indivíduos com DM2 e dislipidemia.

Em estudo experimental, modelos animais que receberam dieta com alto teor de gordura, quando suplementados com canela por um período de 35 dias, tiveram redução dos níveis de CT, LDL-c e TG, sem alteração do HDL-c. O que mostra que esta especiaria desempenha

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22730-22746 apr. 2020. ISSN 2525-8761 papel direto no metabolismo lipídico, podendo contribuir para a prevenção da hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia25.

A inibição da enzima hepática HMG Co-A redutase é o principal mecanismo hipolipidêmico da canela, mais especificamente dos cinamaldeídos,composto fenólico encontrado em sua casca interna26. O extrato de canela parece atuar também como agonista de PPARα (receptores ativados por proliferadores de peroxissoma), melhorando a homeostase lipídica, através da regulação positiva da expressão de genes envolvidos no metabolismo de glicose e lipídios27.

A literatura aponta que as alterações no perfil lipídico podem ser provenientes do esgotamento ovariano ou decorrentes das modificações metabólicas causadas pelo aumento da gordura visceral17. Além disso, os níveis séricos de CT, LDL-c e TG podem aumentar em torno de 7 a 19% em mulheres, do período da pré-menopausa para a pós-menopausa28,29, além da redução do HDL-c 30,31.

Sabe-se que os níveis sanguíneos de CT vão aumentando ao longo da vida, independentemente do sexo32,33. No período pós-menopausa, com a perda da função ovariana e consequentemente a natural depleção da produção de estrogênio, há um aumento fisiológico dos lipídios sanguíneos 29,34,35. Por outro lado, as mudanças no perfil lipídico também podem

ser consequentes do sedentarismo e de dietas aterogênicas. De fato, quando verificado o nível de atividade física das mulheres estudadas, 54% e 60% do GC e GP, respectivamente, eram sedentárias, e a média de consumo de gordura saturada no GP foi superior a 10% do total de energia consumida na dieta, apontando para uma dieta com potencial aterogênico36.

AKILEN et al. (2010)9 sugerem, em seu estudo com homens e mulheres, que o tipo de canela utilizada para a suplementação deve ser considerada, por conta da possível diferença em sua composição química ou ingredientes ativos9. Em muitos estudos, a suplementação com canela mostrou resultados positivos, sobretudo quanto aos parâmetros bioquímicos, quando foi utilizada a do gênero cássia7,9,18,37. Em contrapartida, outros estudos que suplementaram com canela cássia mulheres38,39 ou homens e mulheres portadores de DM238, não encontraram resultados positivos, o que demonstra a dificuldade em comparar estudos que suplementam canela com populações diferentes e em doses diferentes. Quanto aos estudos que utilizaram a canela da espécie verum, tanto em animais experimentais quanto em humanos, a maioria observou alterações positivos no metabolismo de lipídios ou de glicídios após a intervenção com canela desta espécie16,40,41.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22730-22746 apr. 2020. ISSN 2525-8761 O tempo de intervenção deste estudo foi baseado em outras pesquisas que apresentaram resultados positivos com a suplementação de canela 7,42,43,44. Além disso, um período superior a oito semanas poderia reduzir a adesão à suplementação. Ademais, a literatura mostra que estudos que administraram canela por 60 dias em 70 voluntários e 90 dias em 43 voluntários não encontraram diferença na glicemia de jejum e no perfil lipídico após o período de intervenção38,45,46.

Em razão da variabilidade das publicações, deve-se ter cuidado ao comparar os diversos resultados, pois a maioria dos estudos que suplementaram canela foram realizados com animais16,19,43,44,45.

Dentre as limitações do estudo, o tamanho amostral pode ter influenciado nos resultados, já que apresentamos uma perda de 11 mulheres. A quantidade de canela administrada no presente estudo (2g) também pode ter sido um fator limitante, já que outras pesquisas encontraram resultados com doses superiores ou iguais a 3g 11,43.

Finalmente, para fundamentar ainda mais os benefícios da suplementação com canela, mais investigações com mulheres no período da pós-menopausa se fazem necessárias, com diferentes doses de canela, bem como em uma amostra maior e por um período mais longo, do que o apresentado nesta pesquisa. Somando-se a estes fatos, todas as mulheres deste estudo apresentavam sobrepeso ou obesidade, não podendo nossos resultados ser extrapolados para a população eutrófica.

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Tabela II – Comparação dos dados antropométricos, de composição corporal e avaliação bioquímica das  mulheres do GC e do GP antes e após a intervenção
Tabela III – Efeitos da canela nos indicadores antropométricos, de composição corporal, glicemia e perfil  lipídico dos grupos GC e GP após a intervenção

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