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Eletricidade e Magnetismo II Licenciatura: 3ª Aula (06/08/2012)

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Academic year: 2021

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(1)

Eletricidade e Magnetismo II – Licenciatura:

3ª Aula

(06/08/2012)

Na última aula vimos:  Lei de Gauss: int 0 ˆ · E q E n dA  

  

 Existindo E→ carga de prova q0 sente uma força Fq E0

 

produzida pelo campo.  Ocorrendo um deslocamento infinitesimal dl, o trabalho dW realizado PELO CAMPO será:

0 ·d ·

F l E dl

dW  q   , de forma que o trabalho total realizado pelo campo E será: 2 2 0 1 1 · P P P P W

dWq

Edl.

 No entanto, estamos interessados que a carga se desloque bem devagar, com velocidade aproximadamente constante. Não queremos ΔEc (variação considerável da energia

cinética; mesmo porque cargas aceleradas irradiam); o que queremos é uma relação entre

W e ΔEpot.

 Para que isso ocorra, iremos considerar uma força externa do tipo Fext  Fcampo E; ou seja,

pos. final ext 0 pos. inicial ext 0 W q E dl· F q E  

 

(Este será o trabalho que sempre estaremos calculando, a não ser que se mencione o contrário)

 Agora, da mesma maneira que podemos “interpretar” a expressão EF q/ 0  

como sendo uma espécie de força por unidade de carga (ou força sobre uma carga unitária q0 = 1),

também podemos pensar em definir uma grandeza “Diferença de Potencial (d.d.p.)” como sendo o trabalho realizado por um agente externo ao deslocar uma carga q0 unitária

entre dois pontos, A e B:

0 · AB B A B A d q V W V   E l  

 

(2)

Unidade: Joule/Coulomb ≡ Volt. Note que, se há trabalho realizado (com ΔEc = 0), há

variação da energia potencial do sistema:

realizado sistema 0 ( ) · B B A B A A V V ddp U U W U dl q E      

 

Exemplo. Determine a ddp entre os pontos A e B situados próximos de uma carga +Q.

· B A A B V ddpV   

Edl; sendo carga 2 0

traj. qualquer (coord. esféric 1 4 ˆ ˆ ˆ sin as) Q r dl dr r r d r d E                   Assim: 2 0 0 0 1 1 4 4 1 1 4 B B A A r B A r B A B r r A Q Q V dr r r Q V r ddp V r V                      

  

 É muito útil e interessante definir o “potencial de um ponto” como sendo a ddp entre este ponto e outro de valor zero, geralmente localizado no infinito (às vezes, V (terra) = 0 ).  No exemplo acima, supondo rA = ∞ e rB = r (qualquer), então o trabalho por unidade de

carga para trazer q0 do infinito até r sob ação de Ecarga pontual  será:

 

 

0 0 c B A E V W V r V qq  V    0 0 1 · 0 4 r Q E dl r          

  

 

0 1 4 r Q V r   

≡ potencial em um ponto P qualquer a uma distância r

de uma carga pontual Q.

 Ou seja, dado o potencial em um ponto qualquer do espaço, ele então indica qual é o trabalho que deve ser realizado por um agente externo para trazer uma carga unitária do infinito até aquele ponto; e este trabalho está relacionado com a variação da energia potencial do sistema. d lA rB r +Q E

(3)

 Agora quando temos um conjunto de pontos, formando uma superfície em que todos estão no mesmo potencial, então temos uma superfície equipotencial.

 Nesta situação, qual é o trabalho realizado (pelo agente externo) para deslocar a carga q0

entre dois pontos (A e B) desta superfície?  Sendo a 0 0 0 AB B A AB ddp V q W V W

      (por isso uma pilha descarregada não produz trabalho, por exemplo)

 Note que o potencial é uma grandeza escalar e, por isso, é mais fácil de calcular do que E

ou F. Conseguindo-se calculá-la, temos:

V V iˆ V ˆj V kˆ (coord. cartesian sa ) x y z E             Equivalentemente, em cil esf coord. cilíndricas: coord. esféric 1 ˆ as ˆ ˆ 1 ˆ 1 ˆ ˆ s : in V V V V r z r r z V V V V r r r r                                 

 Na situação em que Q é uma carga extensa, o cálculo do potencial ao seu redor é calculado como: 0 1 4 dq V r  

 Supor agora um conjunto de cargas pontuais fixas. Existe energia associada ao conjunto?

 Sim, porque há forças agindo sobre cada uma delas, de forma que, ao liberarmos as cargas, elas deslocam-se para o infinito (caso todas sejam positivas).

 Como passam a adquirir energia cinética (que inicialmente era nula), conclui-se que o conjunto possuía energia na forma de energia potencial.

 E o cálculo dessa energia (potencial) do conjunto pode ser feito considerando que se trata da mesma energia despendida para trazer cada uma delas do infinito até suas respectivas posições finais.

 Para posicionar a primeira carga q1 (do infinito ao ponto 1), nenhum trabalho é realizado

porque não há campo. W1 = 0.

 Trabalho para posicionar a segunda carga (do infinito ao ponto 2): q1 q3 q2 q5 q4 q6

(4)

 

2 2 2 · 2 21 P E dl W q q V            

 

 Para posicionar a 3º carga: 3 31 3 32 3

Wq Vq V

 E assim por diante. Conclusão: trabalho total (WE) para posicionar todas as cargas será a

energia do sistema:

2 21 3 31 3 32 4 41 4 42 4 43 ... (1) E

Wq Vq Vq Vq Vq Vq V

 Tomando uma parcela representativa desta soma:

 

1

 

3

  

3 31 3 1 1 13 0 31 0 13 4 4 q q q V q q q V r r              

 Podemos então escrever:

1 12 1 13 2 23 1 14 2 24 3 34 ... (2) E Wq Vq Vq Vq Vq Vq V   Somando as equações (1) + (2): 1 2 1 12 13 14 2 21 23 24 3 31 32 34 1 2 3 , , 2 ( ...) ( ...) ( ...

potencial no ponto potencial no ponto potencial no ponto devido atodas as cargas devido atodas as cargas devid

menos a ca

E

rga q menos a carga q

Wq VVV  q VVV  q VVV  3 , ) ... o atodas as cargas menos a carga q    Então: 1 1 2 2 3 3 1 2 ... (energia 1 do sist 2 ema) N E i i i E W q V q V W q V U q V         

 No caso de uma distribuição contínua de cargas: 1

  

2 i E i i q W

V ; sendo Δq = ρ ΔVvol.

 E no limite em que ΔVVol → 0, temos:

sistema E

U 1

2

W Vdq

 

; e sendo dq = ρ ΔVVol, então

Q Δq

(ΔVvol.)

potencial no ponto 2 devido à carga 1

(5)

vol.

1

2 V

E

W

d (essas duas últimas expressões não são tão úteis e, adiante, encontraremos outra mais apropriada).

 Mas antes disso, discutiremos campos em meios condutores e capacitores.  Corpos condutores: Lembrar sempre que:

1. Campo E no interior de qualquer condutor é sempre zero

2. Direção de E em qualquer ponto da superfície de um condutor é sempre normal (perpendicular) à superfície.

E

Referências

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