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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Sculptech, Lda (Matosinhos)

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Design de Equipamento

Maria Inês Augusto Costa

(2)

R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O

MARIA INES AUGUSTO COSTA

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM DESIGN DE EQUIPAMENTO

(3)

Ficha de Identificação

Aluno Maria Inês Augusto Costa Número 1010535

Estabelecimento de Ensino Instituto Politécnico da Guarda

Escola superior de Tecnologia e Gestão Licenciatura Design de Equipamento

Local de Estágio Sculptech, Lda

Morada/sede Rua Silva Brinco nº322

4465 – 265 São Mamede de Infesta Matosinhos – Porto

Contacto Telef. 220 924 205 / 915 526 667 Correio Eletrónico sculptech.geral@gmail.com

Web site http://www.tridaxis.com http://sculptech.biz/ Duração do estágio 7 semanas (280 horas)

21 de julho a 26 de setembro de 2014

Supervisor Rafael Rolo

Grau académico Ensino Académico Cargo na Empresa Gerente

Docente/Orientador José Reinas dos Santos André Grau Académico Doutor

(4)

Agradecimentos

Desde já queria agradecer ao meu orientador Dr. Reinas André pela disponibilidade para orientar este projeto, pelo apoio prestado, não só ao longo desta etapa, mas também no decorrer da minha formação.

À Dr.ª Paula Carvalhosa, do GESP (Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais), pela força que transmite e pela ajuda concedida para que esta etapa se tornasse numa experiência gratificante.

À empresa Sculptech, Lda., pela oportunidade de realizar este projeto de estágio, assim como a toda a equipa pelo apoio prestado, em especial ao meu supervisor Rafael Rolo, que sempre se revelou disponível para me orientar e que muito contribuí-o com os seus conhecimentos na minha formação enquanto futura profissional.

Aos professores do curso que de certa forma contribuíram para que este projeto de estágio decorresse da melhor forma, não só pelos conhecimentos que nos proporcionam ao longo da formação, mas também pela disponibilidade e o auxílio sempre notório.

Aos meus colegas de curso e amigos que sempre se mostraram disponíveis e me acompanharam ao longo desta jornada. Pela força que me deram, pela coragem demostrada, mesmo nas horas mais difíceis. E ainda aos familiares que sempre me motivaram a continuar, quero demostrar a minha gratidão.

A todos um enormíssimo muito obrigado, pois sem vós nada disto teria sido possível.

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Plano de Estágio Curricular

1 – Desenho 2D para criação de produto, utilizando a tecnologia Laser (corte e gravação):

1.1 – Peças únicas (ver encaixes);

1.2 – Multipeças – Estudos de encaixes e montagem (simulação 3D e Fabricação); 1.3 – Montagem manual e acabamentos.

2 – Desenho 2D para criação de Produto, utilizando a tecnologia CNC: 2.1 – Programação CNC / Maquinação e montagem;

2.1 – Desenho 3D para a maquinação de peças complexas; 2.2 – Montagem manual e acabamentos.

3 – Modelação 3D avançada para prototipagem (criação de moldes e Fabricação): 3.1 – Montagem e introdução à produção industrial (Pequenas e Grandes séries).

O presente Plano de Estágio não foi realizado na íntegra, uma vez que a duração do mesmo é demasiado curta e no decorrer deste houve um projeto, que consistiu na realização de uma maqueta, uma cidade a ser construída na China, que levou o seu tempo e não estava prevista no meu Plano de Estágio.

Ainda solicitei o prolongamento do meu período estágio para dar cumprimento a todas as tarefas, mas este não foi admitido, pois a empresa teria muito trabalho já agendado e não disponha de tempo para me poder continuar a orientar.

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Ferramentas de trabalho

Ao longo do estágio utilizei como ferramenta de trabalho o meu portátil pessoal, onde tinha instalados os programas/softwares com as licenças de estudante que geralmente utilizo, entre os quais o Auto CAD 2014 e Inventor Pro 2014.

Utilizei ainda outro software, com que a empresa labora, o Rhinoceros 5, como ferramenta de trabalho a utilizar em alguns projetos a realizar no decorrer do estágio curricular. Instalei no meu portátil uma versão experimental completa do programa, com uma duração de 90 dias.

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Resumo do Estágio

Ao longo da minha permanência na Sculptech, tive oportunidade de contactar com diversas ferramentas e tecnologias de trabalho, assim como analisar o mercado de forma atenta, participando em todas as atividades, que foram solicitadas e elaborando o plano de estágio para obter conhecimentos e evoluir ultrapassando as dificuldades.

O estágio iniciou-se com uma pequena reunião onde me foram explicados os serviços que a empresa presta, seguida de uma visita pelas instalações para analisar de perto os equipamentos tecnológicos e as ferramentas de trabalho com que operam no mercado.

O primeiro exercício, que me foi proposto foi a conceção de um produto, uma mola de roupa, que inovasse não apenas pela sua silhueta esteticamente apelativa e moderna, como na forma de produção.

O segundo projeto consistiu em contactar com tecnologia laser, corte e gravação, realizando uma peça ao meu critério. Para a conceção deste objeto procedi à criação de um padrão com base em modelos de origem islâmica. A estética da peça surgiu após esboços sucessivos, levando à criação de um candeeiro.

O projeto seguinte, levou à cooperação com a equipa para a realização de uma maqueta, uma cidade na China. O material empregado foi acrílico, aplicando o corte a laser. Foi um projeto impar onde me deparei com diversas ferramentas e processos de trabalho.

No último projeto iria contactar com a maquinação CNC, para tal tive de aprender a manusear uma nova ferramenta de trabalho, o software Rhinoceros. Optei por a realização de um puff1, inspirado na forma de um coral, que seria realizado em MDF. Palavras-Chave: Corte laser; Impressão 3D; Maquinação CNC; Modelação 3D;

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Nomenclatura

3D Três Dimensões

CAD Computer Aide Design

(Desenho assistido por Computador)

cm Centímetro

CNC Computer Numeric Control

(Controlo numérico computorizado)

CO₂ Dióxido de Carbono

DXF Drawing Exchange Format

(Desenho em Formato de Troca)

ESTG Sigla: Escola Superior de Tecnologia e Gestão FDM Fused Deposition Modeling

(Deposição de Material Fundido) GPS Global Positioning System

(Sistema de Posicionamento Global)

GESP Sigla: Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais INPI Instituto Nacional da Propriedade Industrial IPG Sigla: Instituto Politécnico da Guarda LED Light Emitting Diode

(Díodo Emissor de Luz) MDF Medium-Density Fiberboard

(Placa de Fibra de madeira de média densidade)

mm Milímetro

P Percentil

Prof. Professor/a

PMMA Polimetacrilato de metilo

SIG Sistema de Informação Geográfica SLS Selective laser sintering

(Seletiva sinterização a laser) Telef. Telefone/ Telefónico

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“Design não é apenas o que se vê e o que se sente.

O Design é como funciona.”

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Índice

Ficha de Identificação ... i

Agradecimentos ... ii

Plano de Estágio Curricular ... iii

Ferramentas de trabalho ... iv Resumo do Estágio ... v Nomenclatura ... vi Introdução ... 1 1.Caracterização da Empresa ... 2 1.1. Localização ... 2 1.2. A Sculptech ... 3 1.3. Serviços ... 3 1.3.1. Arquitetura e renderização 3D ... 3 1.3.2. Design de Produto ... 4 1.3.3. Impressão 3D e Prototipagem ... 5 1.3.4. Maquinação CNC ... 5

1.3.5. Corte e gravação a laser ... 6

1.3.6. Modelação 3D ... 6 1.3.7. Scanning 3D ... 7 1.4. Equipamentos ... 8 1.5. Tridaxis ... 10 1.5.1. Estatuetas 3D ... 10 1.5.2. Materiais Técnicos ... 11

2. Objetivos do trabalho Desenvolvido ... 14

3. Trabalho Desenvolvido ... 15

3.1. Mola de Roupa ... 15

3.1.1. Briefing ... 15

3.1.2. Análise Diacrónica ... 15

3.1.3. Sketches ... 16

3.2. Corte e gravação a laser ... 20

3.2.1. Briefing ... 20

3.2.2. Análise dos processos ... 20

3.2.3. Sketches e criação do padrão ... 20

3.2.5. Corte e gravação das peças ... 24

3.2.7. Peça Final – candeeiro ... 28

3.3. Maquete – Cidade China ... 29

3.3.1. Cliente ... 29 3.3.2. O projeto ... 29 3.3.3. Edifícios ... 30 3.3.5. Moldes ... 38 3.3.6. Montagem ... 40 3.3.7. Iluminação ... 40 3.3.8. Embalamento ... 42 3.3.9. Projeto final ... 43 3.4. Modelação 3D ... 44

3.5. Suporte Tablet – “Coyote” ... 45

3.5.1. Métodos de conceção ... 45

3.5.2. Montagem das peças ... 47

(11)

3.5.4. Caixa de transporte ... 49 3.6. Maquinação CNC ... 50 3.6.1. Briefing ... 50 3.6.2. Análise do processo ... 50 3.6.3. Sketch... 51 3.6.4. Ergonomia do produto ... 53 3.6.5. Modelação do produto ... 55 Conclusão ... 56 Bibliografia ... 57 Webgrafia ... 57 Anexos ... 58

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Índice de Figuras

Figura 1 - Mapa de localização da empresa. ... 2

Figura 2 - Logótipo da empresa. ... 3

Figura 3 - Impressão 3D. ... 4

Figura 4 - Design de produto, chávena de café, Impressão 3D. ... 4

Figura 5 - Impressão 3D de maquete. ... 5

Figura 6 - Prototipagem de um produto. ... 5

Figura 7 - Corte e gravação a laser em acrílico. ... 6

Figura 8 - SensAble e software FreeForm. ... 6

Figura 9 - Scanner Artec Eva. ... 7

Figura 10 - Impressora 3D – Cores premium, maior resolução e maior espaço de construção. ... 8

Figura 11 - Mesa gráfica digital. ... 8

Figura 12 - Trotec - tecnologia de corte e gravação a laser. ... 9

Figura 13 - SensAble. ... 9

Figura 14 - Marca Registada Tridaxis. ... 10

Figura 15 - Estatueta humana em software. ... 10

Figura 16 - Material “Zcorp Multicolor” (Compósito de polímero em pó). ... 11

Figura 17 - Material: Fotopolímero de Base acrílica. ... 12

Figura 18 - Material: Fotopolímero de base acrílica. ... 12

Figura 19 - Material: Cera perdida. ... 13

Figura 20 - Material: Poliamida PA (Nylon). ... 13

Figura 21 - Sketch mola: primeira ideia. ... 16

Figura 22 - Sketch mola: segunda ideia. ... 16

Figura 23 - Sketch mola: Terceiro conceito... 17

Figura 24 - Sketch da mola testada. ... 18

Figura 25 - Renovação da mola testada. ... 18

Figura 26 - Moodboard: maquinação de um protótipo de mola de roupa. ... 18

Figura 27 - Sketch de mola com silhueta feminina. ... 19

Figura 28 - Sketch de mola inspirado em vestidos dos anos50. ... 19

Figura 29 - Esboço primordial: linhas orgânicas e fluídas. ... 21

Figura 30 - Fonte de inspiração... 21

Figura 31 - Sketch do candeeiro. ... 21

Figura 32 - Moodboard: padrões e mosaicos islâmicos. ... 22

Figura 33 - Padrão criado com base islâmica. ... 23

Figura 34 - Estudo de aplicação do padrão. ... 23

Figura 35 - Padrão final, centros distintos. ... 23

Figura 36 - Candeeiro simulação 3D. ... 24

Figura 37 - Software da plotter. ... 25

Figura 38 - Peça da medida-padrão. ... 25

Figura 39 - Comandos do equipamento. ... 25

Figura 40 - Peças do abajur com o padrão... 26

Figura 41 - Peças da base com gravação. ... 26

Figura 42 - Montagem das peças da base. ... 26

Figura 43 - Peças do topo da base. ... 27

Figura 44 - Base completa. ... 27

Figura 45 - Montagem do abajur. ... 27

Figura 46 - Acrílicos opalinos. ... 27

Figura 47 - Candeeiro finalizado. ... 28

(13)

Figura 49 - Aplicação de vinil sobre as peças. ... 31

Figura 50 - Acrílicos com vinil ordenados. ... 32

Figura 51 - Teste de montagem em varão metálico... 32

Figura 52 - Gabaritos de auxílio de montagem dos edifícios. ... 32

Figura 53 - Cola para acrílico. ... 32

Figura 54 - Montagem de edifícios em gabaritos. ... 33

Figura 55 - Tinta de alumínio. ... 33

Figura 56 - Hospital. ... 34

Figura 57 - Materiais para jardins. ... 35

Figura 58 - Estudo de um piso relvado... 35

Figura 59 - Criação das árvores. ... 36

Figura 60 - Estudo de água em resina de poliuretano. ... 36

Figura 61 - Jardins em edifícios. ... 37

Figura 62 - Jardins das bases da maqueta. ... 37

Figura 63 - Cúpulas em poliamida. ... 38

Figura 64 - Moldes e cúpulas em resina de poliuretano. ... 39

Figura 65 - Cúpulas colocadas nos edifícios. ... 39

Figura 66 - Chapeuzinhos em pó cerâmico. ... 39

Figura 67 - Montagem da maqueta. ... 40

Figura 68 - "FreeStyler" ambiente de trabalho. ... 41

Figura 69 - Atalhos do software "FreeStyler". ... 41

Figura 70 - Equipamento eletrónico... 41

Figura 71 - Apoio para LED’s. ... 42

Figura 72 - Embalamento do projeto. ... 42

Figura 73 - Maqueta Finalizada. ... 43

Figura 74 - Pormenores da base da maqueta. ... 43

Figura 75 - Render: garrafa de coca-cola. ... 44

Figura 76 - Render: Anel. ... 44

Figura 77 - Equipamento Coyote original. ... 45

Figura 78 - Peça do suporte para Tablet. ... 46

Figura 79 - Montagem da Coyote. ... 47

Figura 80 - Circuito elétrico. ... 47

Figura 81 - Moodboard: Produto final. ... 48

Figura 82 - Colagem da caixa de transporte. ... 49

Figura 83 - Stand de apresentação do equipamento. ... 49

Figura 84 - Exemplo de programação em CNC. ... 50

Figura 85 - Fonte de inspiração: coral. ... 51

Figura 86 - Puff com apoio lombar. ... 51

Figura 87 - Sketch do puff. ... 52

Figura 88 - Programação a aplicar. ... 52

Figura 89 - Tecido para cobrir a peça. ... 52

Figura 90 - Ergonomia do assento adaptada a bancos. ... 53

Figura 91 - Sketch do puff com ser humano. ... 54

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Índice de Anexos

Anexo 1 - Portefólio da Empresa ... A Anexo 2 - Lista de Termoplásticos... B Anexo 3 - Moodboard: mola de roupa ... C Anexo 4 - Moodboard: Corte e Gravação a Laser ... D Anexo 5 - Ficheiros alusivos ao candeeiro ... E Anexo 6 - Moodboard: Maqueta final ... G Anexo 7 - Moodboard: Maquinação CNC ... G Anexo 8 - Matéria para estudo ergonómico ... H Anexo 9 - Desenho Técnico do puff ... I

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Introdução

O presente relatório tem como objetivo divulgar o trabalho desenvolvido ao durante o período de estágio, a concretizar no âmbito do curso de Design de Equipamento, visando completar o mesmo. O curso insere-se na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, parte integrante do Instituto Politécnico da Guarda.

O relatório inicia-se com uma apresentação da empresa e dos serviços que esta concebe no mercado, assim como dos equipamentos que dispõe. Darei ainda relevância a alguns materiais mais técnicos com os quais a empresa trabalha.

Seguidamente, darei início à explicação dos objetivos do trabalho realizado ao longo de todo o estágio, dividindo este tópico por trabalhos realizados, de forma a ser concisa na sua estruturação. Dentro de cada assunto, estarão presentes os objetivos de cada produto e as informações necessárias para a sua compreensão, desde as pesquisas de trabalho ao produto final, salientando sempre que necessário sketches; materiais e processo tecnológico.

“Projetar é fácil quando se sabe o que fazer, mas tudo se torna fácil quando se

conhece o modo de proceder para alcançar a solução de um determinado problema, só desta forma estaremos preparados para enfrentar problemas superiores.” (Bruno Munari)

O método projetual não é mais do que uma série de operações necessárias, dispostas por ordem lógica, ditada pela experiência, onde o objetivo é o de atingir o melhor resultado com o menor esforço, pois a criatividade não significa improvisação sem método. As regras não bloqueiam a notabilidade do projetista mas, pelo contrário, estimulam-no a descobrir coisas de forma sustentada.

Um Designer é um projetista, que se rege segundo um processo de design, que visa procurar a criação de um produto inovador, dotado de um elevado número de caraterísticas valorizadas pelos usuários e /ou cliente.

(16)

1.Caracterização da Empresa

1.1. Localização

A empresa encontra-se sediada em São Mamede de Infesta - Matosinhos no distrito Porto. Concretamente na Rua Silva Brinco nº 322, a cerca de 700 metros do cruzamento do Amial, considerado um ponto de referência local.

O município é limitado a norte pelo concelho de Vila do Conde, a nordeste pela Maia, a sul pelo Porto e a oeste apresenta costa com o oceano Atlântico.

Figura 1 - Mapa de localização da empresa.

Fonte:http://media.wix.com/ugd/facafb_3a2e9e072 a15872da6577991cb1ab810.pdf?dn=Mapa.pdf

Durante toda a sua história, Matosinhos esteve ligado ao mosteiro de Bouças, construção anterior a 944, mas no ano de 900 já existia uma pequena povoação com o nome de “Matesinus” a quem D. Manuel I concedeu foral a 30 de Setembro de 1514.

Em 1853 foi criada a vila de Matosinhos, constituída pela freguesia do mesmo nome e pela freguesia de Leça da Palmeira. Em 1909 é finalmente criado o concelho de Matosinhos, como o conhecemos hoje, mas só foi elevado a cidade a 28 de Junho de 1984 com Narciso Miranda como Presidente da Câmara.

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1.2. A Sculptech

Figura 2 - Logótipo da empresa.

Fonte: http://sculptech.biz/

A Sculptech é uma empresa especializada no desenvolvimento de projetos de Arquitetura e Produto, fornecendo soluções completas para concretizar conceitos e ideias. A empresa está estruturada para produzir os mais detalhados protótipos, e maquetas utilizando a conjugação das últimas tecnologias laser, modelação e impressão 3D colorida de alta definição, a tecnologia mais rápida e moderna do mercado.

Executa modelos à escala de forma rápida e económica garantindo fidelidade de geometrias, texturas e cores, reduzindo o tempo de execução colocando no mercado produtos de forma mais rápida e eficiente. Permitindo aos seus clientes a experiência de interagir com modelos realistas. Pode ser consultado em anexo um portefólio referente à empresa tendo em conta as diversas áreas em que atua. (ver anexo 1).

1.3. Serviços

A Sculptech presta serviços a empresas ligadas ao desenvolvimento de produtos, projetos de arquitetura, construtoras, Design de produto e interiores, protótipos, indústria de embalagens, brinquedos, stands, produtos eletrónicos e automóvel, ferramentas, cerâmica, entre outros.

1.3.1. Arquitetura e renderização 3D

As maquetas e as imagens virtuais (Renders) são uma ferramenta fundamental para compreender e comunicar um projeto, é uma ajuda determinante na configuração e solução construtiva dos mesmos.

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Figura 3 - Impressão 3D.

Fonte: http://sculptech.biz/arquitectura/

Visualizar uma maqueta em 3D, confere aos sketchs2 uma interpretação depurada. A conceção de uma maquete de forma tradicional, leva meses de trabalho, com a impressão 3D, pode demorar horas ou apenas alguns dias, tendo em conta a complexidade do projeto. O tempo é uma ferramenta crucial neste tipo de trabalhos, quanto aos custos de impressão são semelhantes aos gastos em materiais no método tradicional.

1.3.2. Design de Produto

A empresa oferece aos clientes uma vasta gama de serviços na área de Design de Produto, Equipamento e interiores, desde a ilustração artística de Sketch manual, conceção de produto, modelação 3D, renderização, prototipagem por impressão 3D e comunicação visual.

Dispõem de condições tecnológicas de topo, que permitem acelerar decisões na fase de conceção de produtos, apresentando num curto espaço de tempo modelos físicos para avaliação formal que possibilitam analisar e melhorar o resultado.

Figura 4 - Design de produto, chávena de café, Impressão 3D.

Fonte: http://sculptech.biz/wp-content/uploads/2011/05/COFFE-CUP.jpg

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1.3.3. Impressão 3D e Prototipagem

Está equipada com a mais avançada tecnologia de impressão 3D colorida de alta definição, que utiliza arquivos CAD 3D dos modelos, garantindo precisão e fidelidade de geometria e cores aos protótipos. É a tecnologia mais rápida e moderna no mercado.

A construção de protótipos deixou de ser ponto impactante no cronograma de projetos, produtos e modelos arquitetónicos. Reduz o tempo e o custo dos projetos e ainda melhora a qualidade das peças.

A fácil duplicação, a custo reduzido tornou-se numa poderosa ferramenta de validação visual em todas as etapas do projeto, sendo ainda possível produzir peças de grandes dimensões utilizando técnicas por meio de colagem.

Figura 5 - Impressão 3D de maquete.

Fonte: http://sculptech.biz/wp-content/uploads/2011/05/

Figura 6 - Prototipagem de um produto.

Fonte: http://sculptech.biz/wp-content/uploads/2011/05/

1.3.4.Maquinação CNC

Constante exigência no mercado de prototipagem, a empresa está também munida com equipamentos que possuem uma tecnologia avançada, realizando trabalhos de elevada precisão e complexidade em diversos materiais.

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1.3.5. Corte e gravação a laser

Utiliza máquina a “Laser CO₂”, que trabalha materiais como o acrílico, cartão, cortiça, madeiras, entre outros com espessura até 15 mm.

A gravação de alta qualidade, com baixo-relevo e reconhecimento de escala de cinzas, permitindo a gravação de fotografias. Labora através de desenhos gerados por computador, o que resulta em trabalhos rigorosamente como concebidos.

Figura 7 - Corte e gravação a laser em acrílico.

Fonte: http://sculptech.biz/wp-content/uploads/2011/05/CORTE-ACRILICO-02.png

1.3.6. Modelação 3D

Dispõem de uma avançada tecnologia, Software FreeForm juntamente com a ferramenta da “SensAble Phantom Omni”. Esta ferramenta é um dispositivo háptico3.

Esta tecnologia permite ao modelador uma sensibilidade de toque no objeto, e uma navegação 3D.Software indicado para uma rápida e complexa modelação 3D, com

formas altamente detalhadas e/ou orgânicas. Este sistema permite modificar rapidamente modelos originais, e de seguida exportar em vários formatos para a prototipagem.

Figura 8 - SensAble e software FreeForm.

Fonte: http://sculptech.biz/wp-content/uploads/2011/06/MODELACAO-3D-02.png

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1.3.7. Scanning 3D

Uma tecnologia que permite captar em 3D CAD, objetos de qualquer tamanho, forma cor e textura em tempo real. Após a digitalização os dados são processados para um arquivo digital, sendo posteriormente submetido a um software que analisa a tridimensionalidade do desenho e permite corrigir erros, modificar e converter formatos.

Figura 9 - Scanner Artec Eva.

Fonte: http://www.artec3d.com/hardware/artec-eva/

Este equipamento, alcança cores brilhantes, ou seja a textura capturada apresenta uma qualidade semelhante a uma camara de vídeo moderna. Sem esquecer que este não apresenta qualquer risco para a saúde.

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1.4. Equipamentos

3D PRINTER Z650

Figura 10 - Impressora 3D – Cores premium, maior resolução e maior espaço de construção.

Fonte: http://sculptech.biz/3d-printer-z650/

WACOM CINTIQ 21UX

A combinação de um LCD colorido com os recursos de entrada de caneta, permite que fotógrafos, designers, animadores e outros profissionais de criação trabalhem de forma natural e intuitiva diretamente na superfície da tela. Deteta 2048 níveis de pressão, oferecendo um maior controlo sobre os efeitos da caneta.

Figura 11 - Mesa gráfica digital.

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TROTEC SPEEDY 500

A Speedy 500 revolucionou totalmente o conceito de corte e gravação laser. Com uma área útil de grandes dimensões foi desenhada para responder às mais exigentes necessidades da indústria, gravação a alta velocidade aliada a um corte de qualidade.

Figura 12 - Trotec - tecnologia de corte e gravação a laser.

Fonte: http://sculptech.biz/trotec-speedy-500/

PHANTOM OMNI

Os sistemas de modelação “SensAble” são usados em Design de produto, modelamento médico e dentário, criação de conteúdo digital e artes plásticas. Os dispositivos de resposta-tátil “Phantom”, permitem aos usuários tocar e manipular objetos virtuais.

Figura 13 - SensAble.

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1.5. Tridaxis

Tridaxis é a marca registada pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade industrial). A designação tem por base duas palavras-chave tridimensionalidade e eixos de coordenadas. Esta marca é licenciada à Sculptech, Lda.

Figura 14 - Marca Registada Tridaxis.

Fonte: http://www.tridaxis.com/#!__main-pt

1.5.1. Estatuetas 3D

Projeto pioneiro e inovador, que surgiu no mercado denominado “Uprinter”, concebido numa parceria com uma das maiores instituições desportivas, o Futebol Clube do Porto. O produto consiste na reprodução de estatuetas humanas em diversos materiais e com elevado grau de realidade, na forma, cor e textura.

A reprodução deste produto realiza-se por dois processos distintos:

Digitalização 3D – Processo onde o modelo é submetido a uma prévia captação tridimensional em tempo real;

Impressão 3D – Produção da peça à escala (¹/20 ou ¹/10), empregando um sistema avançado de impressão em material cerâmico.

As tecnologias utilizadas são consideradas do que há de mais avançado no mercado.

Figura 15 - Estatueta humana em software.

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1.5.2. Materiais Técnicos

Os materiais, a expor neste ponto são os mais técnicos como o “3DP

Multicolor”, o “Rubber Like”; o “Vero Clear”; a “Cera perdida”; os “Termoplásticos” e

“DuraForm” (poliamida).

o 3DP Multicolor:

Material Desenvolvido pela “ZCorporation”, composto por um polímero cerâmico em pó com agentes ligantes. Após impresso, o modelo é submetido a um processo de endurecimento com verniz cianoacrilato, que lhe confere resistência e robustez.

Em produtos de grandes dimensões, o objeto é repartido em blocos que serão unificados por meio de colagem.

Figura 16 - Material “Zcorp Multicolor” (Compósito de polímero em pó).

Fonte: http://www.tridaxis.com/#!__main-pt/3dp-multicor

Principais características: Elasticidade e Resistência ao impacto.

o Rubber Like:

Material composto por um Fotopolímero de base acrílica, com vários níveis de elasticidade e disponível em cores como preto, cinza e translúcido. Esta tecnologia possibilita a reprodução de peças com alta qualidade, através de micro-camadas.

Os detalhes que permite são graciosos e as paredes ultrafinas, variando de acordo com a geometria, orientação de peças e o tamanho de impressão.

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Figura 17 - Material: Fotopolímero de Base acrílica.

Fonte: http://www.tridaxis.com/#!__main-pt/rubber-like

Principais características: Elasticidade e resistência ao impacto.

o Vero Clear:

Material rígido com propriedades translúcidas, podendo atingir total transparência. A funcionalidade deste material pode ser aplicada em componentes eletrónicos, que requerem análises do interior do protótipo ou simulação visual de termoplásticos transparentes tal como o PMMA.

Figura 18 - Material: Fotopolímero de base acrílica.

Fonte: http://www.tridaxis.com/#!__main-pt/vero-clear

Principais características: Transparência e estabilidade dimensional.

o Termoplásticos:

Através do processo de FDM (Deposição de Material Fundido), realizasse a reprodução de peças monocromáticas, com diversos materiais de componentes plásticos (ver anexo 2). O recurso a termoplástico é essencial para a conceção de objetos destinados a teste de resistência ao impacto e perceção do produto final.

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o Cera perdida:

A prototipagem empregando este material é utilizada para o mercado de joalharia, processo submetido a micro-fusão, técnica empregada na injeção de metais (ouro/prata) a temperaturas elevadas. Este processo tem como principal vantagem a rapidez e a eficácia na execução com alta precisão e custos acessíveis tornando o produto competitivo.

Figura 19 - Material: Cera perdida.

Fonte: http://www.tridaxis.com/#!__main-pt/cera-perdida

Principais características: Precisão e elevado detalhe.

o DuraForm (poliamida)

Composto de poliamida (Nylon), produzido num processo de sintetização a laser SLS. O material é de longa durabilidade dado as suas propriedades em Nylon e resistente à temperatura, logo os protótipos têm um enorme equilíbrio mecânico e uma definição ímpar.

A cor natural é branca, mas o acabamento pode ser à cor pretendido.

Figura 20 - Material: Poliamida PA (Nylon).

Fonte: http://www.tridaxis.com/#!__main-pt/poliamida Principais características: Elasticidade e Resistência ao impacto.

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2. Objetivos do trabalho Desenvolvido

Os trabalhos desenvolvidos ao longo do período de estágio curricular tiveram como objetivo primordial, o contacto com o mercado de trabalho e experienciar como é o dia-a-dia de uma empresa ligada ao Design e ainda colocar em prática os conhecimentos adquiridos ao longo da licenciatura.

Trabalhar em equipa, onde tive o privilégio de adquirir conhecimentos que contribuíram para a minha evolução enquanto futura profissional, pois cada elemento da equipa é uma peça fundamental para que os resultados obtidos sejam os melhores.

Contactar com tecnologias como o corte e gravação a laser; o Scanner 3D; a impressora 3D à base de polímero cerâmico em pó com agentes ligantes e a Fresadora CNC foi uma experiência gratificante, uma vez que o Design pode ser entendido como a criação, o desenvolvimento e a conceção de objetos que serão produzidos industrialmente ou por meio de sistema de produção. As tecnologias são uma mais-valia quer ao nível da execução ou de projeção de um projeto.

Este período, apesar de curto, é uma experiência que nos faz crescer enquanto pessoas e futuros profissionais, pois foi ao longo deste percurso que pude por em prática uma metodologia projetual, que indica um caminho sequencial, que se inicia com a definição de um problema, até obter uma solução viável para este. Entre estas duas fases surge o briefing que levará a um brainstorming, responsável pela criatividade, um ponto essencial que tanto caracteriza os profissionais de Design.

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3. Trabalho Desenvolvido

3.1. Mola de Roupa

Este projeto foi proposto à empresa, após a reunião com o cliente, onde foram detalhadas indicações para o cumprimento do mesmo. Ao longo do processo o cliente deslocou-se à empresa para analisar as propostas e dar o seu parecer. A entrega deste projeto está prevista para o início de dezembro, sendo que os procedimentos prolongaram-se para além da entrega deste relatório.

3.1.1. Briefing

Um briefing consiste no conjunto de informações, para o desenvolvimento de um projeto. A lista que se segue apresenta as indicações necessárias para realizar a mola de roupa.

 Peça única;

 Zona de pressão facilmente identificável;  Forte e resistente;

 Criatividade;

 Mecanismo distinto do convencional.

3.1.2. Análise Diacrónica

Metodologicamente todos os projetos no âmbito de Design se iniciam com a identificação do problema, neste caso foi entendido pelo cliente, que pretende uma mola de roupa, que circunstancialmente poderá ter outras funções, que marque pela diferença e que chame à atenção do público-alvo.

Para a conceção de um novo produto é necessário avaliar o que já possui o mercado, deste modo poderemos analisar novas perspetivas e conceitos.

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O Moodboard4 (ver anexo 3) apresenta uma seleção de imagens, recolhidas ao longo de uma pesquisa, analisando diacronicamente a peça, pois para projetar o futuro é necessário avaliar o passado.

Observando a maioria das peças, estas são realizadas em duas partes e necessitam de montagem, existindo ainda uma grande variação deste produto em diversos materiais e formatos. O produto a ser criado será em plástico, sendo uma peça única, pois este será realizado em moldes de injeção.

A peça poderá ter um mecanismo distinto dos já apresentados e apresentar uma entidade sólida. Força e resistência são dois conceitos a não desprezar, pois deverá apresentar pressão suficiente para segurar peças de roupa mais pesadas e resistir ao vento.

3.1.3. Sketches

Os esboços que se seguem surgiram após a elaboração da Análise Diacrónica, ambos pressupõem o mesmo princípio, a utilização da mola com base em clipes5, ou seja, facilitando a sua utilização em idosos, crianças e pessoas com dificuldades em exercer pressão nas molas convencionais.

4Placa de humor é um tipo de colagem que consiste em imagens, texto, e amostras de objetos em uma

composição.

5 Umclipeé uma pequena peça feita demetalouplástico, comumente utilizado para agrupar ou

anexarpapéis.

Figura 21 - Sketch mola: primeira ideia.

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Na primeira ideia, Figura 21, a mola seria introduzida, de cima para baixo, e faria pressão no cordão, tendo uma zona que se adapta parcialmente neste para proporcionar uma maior compressão. Na segunda, Figura 22, o manuseamento seria o mesmo, mas a pressão exerce-se de forma oposta. Esta é constituída por três dentes sendo que o intermédio é responsável por exercer resistência na roupa.

Figura 23 - Sketch mola: Terceiro conceito.

Fonte: Elaboração própria.

A ilustração acima, Figura 23, apresenta um novo conceito em que a mola de roupa não sairia do cordão, estando sempre no local para ser utilizada. Nas duas primeiras imagens a mola apresenta o mesmo mecanismo, pois seria executada pressão de fora para dentro, voltando à forma inicial quando descomprimida. Como não foram realizados testes não se sabe se a teoria funcionaria na prática.

A última seria mais viável, pois a ideia inicial continua patente, podendo ser utilizada sem estar segura no cordão, e funcionaria de forma mais intuitiva. Também seria uma peça mais forte e resistente e esteticamente marcaria pela diferença.

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Figura 24 - Sketch da mola testada.

Fonte: Elaboração própria. Figura 25 - Renovação da mola testada. Fonte: Elaboração própria.

Após alguns esboços de ideias surgiu uma que foi testada e maquinada, também para se poder apresentar ao cliente. Neste caso estava em jogo o teste do mecanismo, onde a peça é composta por duas partes, simular o símbolo do infinito rematado pela parte da frente da mola mais comum, Figura 24. Na seguinte, apenas se altera a parte arredondada por uma mais dinâmica e arrojada, Figura 25.

O Moodboard da Figura 26, apresenta algumas fases do processo, que se iniciou com a modelação tridimensional da peça seguindo para a sua maquinação.

Figura 26 - Moodboard: maquinação de um protótipo de mola de roupa.

Fonte: Elaboração própria.

Como se pode verificar a peça foi executada por uma Fresadora CNC6. Foi inserido no equipamento um bloco de plástico, resistente e robusto, de seguida foram

introduzidos no software comandos para que a máquina produzisse a forma desejada. A

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peça foi desbastada por camadas até meio, rodando o bloco e repetindo o processo. Finalizando com um acabamento superficial igual ao delineado.

A peça foi maquinada aberta e fechada manualmente, obtendo o protótipo pronto a usar, realizado em dois tamanhos, sendo que o segundo teria as medidas reais da peça a comercializar.

Figura 27 - Sketch de mola com silhueta feminina.

Fonte: Elaboração própria.

Figura 28 - Sketch de mola inspirado em vestidos dos anos50.

Fonte: Elaboração própria.

Aquando do meu término de estágio, realizou-se outra reunião com o cliente, onde surgiram novos factos a ser trabalhados, ele achou que a peça estaria demasiado focada no mecanismo e não na estética, pois este pretendia uma peça mais feminina onde o mecanismo seria secundário.

As Figuras 27 e 28 ilustram as minhas novas propostas, sendo que a primeira, é baseada numa silhueta feminina e com base na mola convencional. A segunda é inspirada nos vestidos dos anos 50, vestidos curtos, onde a cintura é bem vincada e onde as alças se tornam mais finas. Pretendia ainda inovar na forma como a roupa seria fixada, criando uma zona onde esta era entalada sem ser necessário exercer qualquer força.

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3.2. Corte e gravação a laser

Este projeto deu início ao plano de estágio e pretende o contacto com este tipo de tecnologia, realizando um produto ou uma peça onde aplique tanto corte a laser (laser cut) como a gravação a laser (Laser engraver), empregando desenho 2D vetorial, onde optei pela utilização do software Auto CAD 2014.

3.2.1. Briefing

O proposto neste projeto foi a realização de uma peça que eu realmente gostasse de concretizar, uma vez que seria para ficar com esta no final do estágio. Após uma pesquisa sobre os processos e a recolha de informação visual, optei pela realização de um candeeiro.

3.2.2. Análise dos processos

O corte e a gravação a laser, possibilitam a produção de peças complexas, com precisão e a uma escala reduzida, com menor intensidade de calor e boa qualidade de corte. Possibilita a fabricação de peças únicas e em alta produção, de forma flexível e económica. As qualidades do corte e da gravação a laser recaem na redução de custos e prazos e num melhor aproveitamento dos materiais.

Este processo permite a realização de peças únicas, que podem ser unidas por encaixes predefinidos ou fixadas à base de colas, obtendo peças muito peculiares e complexas. Após a pesquisa de imagens, onde me deparei com uma grande variedade de peças que poderiam ser realizadas segundo esta tecnologia realizei um Moodboard (ver anexo 4) que me auxiliou na conceção da minha peça.

3.2.3. Sketches e criação do padrão

Optei pela realização de um candeeiro, pois são peças com as quais me identifico, e após a pesquisa a entidade visual que mais me marcou foi o efeito que a luz poderia proporcionar empregando esta tecnologia, e como tal comecei por esboçar uma peça com linhas orgânicas e fluídas, como consta na Figura 29.

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Figura 29 - Esboço primordial: linhas orgânicas e fluídas.

Fonte: Elaboração própria.

Este esboço ilustra a minha ideia inicial, que segundo o meu supervisor, apesar de ser uma peça interessante, no equipamento utilizado produtos desta complexidade teriam de ser laminados em diversas partes e coladas posteriormente, sendo um trabalho de elevada complexidade. Foi então que optei por linhas mais sólidas e funcionais, sem por de parte o conceito de desequilíbrio.

Como foi realizado uma análise detalhada deste método, pré-selecionei algumas imagens com as quais me identifiquei, tornando fácil a tarefa de eleger uma peça que serviu de inspiração criativa.

Figura 30 - Fonte de inspiração.

Fonte:http://www.artifacturestudios.com/archives/247/

Figura 31 - Sketch do candeeiro.

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de desequilíbrio já referida anteriormente. O meu conceito é a realização de um abajur7 com a geometria de um cubo, cuja base é equivalente a ¼ deste. Este desequilíbrio propositado provoca a sensação de desamparo outorgando ao produto alguma dinâmica.

Após definida a fisionomia do candeeiro, procedeu-se à realização do padrão, optando por algo geometrizado e racional, tendo por base a cultura Islâmica e os seus maravilhosos mosaicos onde por detrás da geometria surge um cânone matemático que origina composições extremamente complexas, como se pode verificar no Moodboard da Figura 32.

Figura 32 - Moodboard: padrões e mosaicos islâmicos.

Fonte: Elaboração própria.

O padrão criado, segue este tipo de linhas geométricas, mas este não foi aplicado exatamente como foi criado. Realizaram-se estudos para ver qual a melhor forma de o padrão dar continuidade entre si nas seis faces do cubo que compõem o abajur.

Os primeiros cortes foram realizados em cartão para analisar, espessuras, se o corte obtido era limpo e sem falhas e caso fosse necessário correções o material empregado seria de baixo custo.

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Figura 33 - Padrão criado com base islâmica.

Fonte: Elaboração própria.

Figura 34 - Estudo de aplicação do padrão.

Fonte: Elaboração própria.

Dado por finalizado o padrão, procedeu-se à recriação do mesmo, com o objetivo de obter no cubo um modelo unanime, ou seja, quando o abajur estive-se montado demonstraria a continuidade que as suas faces apresentam entre si.

Os centros das faces do cubo, que originaram o cruzamento do padrão foram todos trabalhados individualmente, para obterem singularidade e não perderem a entidade, como se pode analisar na Figura 35.

Figura 35 - Padrão final, centros distintos.

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3.2.4. Simulação 3D

A peça foi modelada em Inventor 2014, para visualizar o conjunto em 3D antes de proceder ao corte das peças e para analisar se a ideia inicial do projeto tinha sido bem conseguida. Após a sua observação procedeu-se à renderização do candeeiro, obtendo assim uma imagem o mais parecida possível com a peça real, como se pode analisar na Figura 36.

Figura 36 - Candeeiro simulação 3D.

Fonte: Elaboração própria.

3.2.5. Corte e gravação das peças

Assim que os ficheiros vetoriais com o padrão estão prontos é necessário preparar a máquina laser para executar o corte. O ficheiro compatível com a leitura do equipamento é o DXF (Drawing Exchange Format), arquivo de intercâmbio para modelos de CAD. Este ficheiro tem de ser copiado para uma folha de impressão, onde deve ser orientado de modo a poupar o máximo de material possível. Para o corte ser limpo e preciso o ficheiro não poderá ter linhas ou outros componentes duplicados recorrendo a um comando CAD para esse efeito designado “overkill”, passo a não descartar.

Seguidamente, inicia-se o software da plotter8 (control + P) e escolhe-se o ficheiro para corte e proceder ás alterações necessárias, começando pela escolha do nome do equipamento. Nas propriedades, altera-se as medidas da folha, neste caso para

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as que a placa de madeira apresenta, escolher o material (madeira – MDF – 3mm) e a vista designada mosaico, visualizando todo o desenho, por fim a escala é a real (1:1).

Figura 37 - Software da plotter.

Fonte: Elaboração própria.

Por último, coloca-se o equipamento apto a iniciar o corte, ou seja, coloca-se o material e sobe-se a mesa e centra-se o cabeçote do laser, uma vez que é mais comodo para calibrar o laser, utilizando a medida-padrão, Figura 38 que é a distância a que o laser tem de permanecer do material para realizar o corte sem dificuldades.

Esta medida-padrão tem de ser testada, raspando ao de leve pelo material a cortar. Após estes procedimentos o laser é colocado no cando superior esquerdo utilizando os comandos existente na máquina, Figura 39. Antes de iniciar a máquina liga-se o exaustor, de modo a dispersar o fumo, só depois se dá à chave iniciando o processo.

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Os ficheiros para o corte e a gravação das peças têm de apresentar uma linguagem que a máquina distinga, como tal, as linhas de corte são a azul, as de marcação vermelhas e na gravação a linha é a preto com preenchimentos solido no mesmo tom (consultar ficheiros em anexo 5).

As figuras 40 e 41 apresentam as peças que compõem o candeeiro, do abajur e da base já cortadas e gravadas.

Figura 40 - Peças do abajur com o padrão.

Fonte: Elaboração própria. Figura 41 - Peças da base com gravação. Fonte: Elaboração própria.

3.2.6. Montagem manual e acabamentos

Finalizando o corte das peças procedeu-se à montagem e colagem das mesmas para obter a peça concluída. Iniciou-se o processo pela montagem da base como ilustra as imagens que se seguem.

Figura 42 - Montagem das peças da base.

Fonte: Elaboração próprias.

Como se pode observar na Figura 42, na peça do fundo da base foi colada outra sobreposta, para conferir estabilidade ao candeeiro e na peça que permanecerá na parte detrás existe um orifício semicircular por onde passa o fio elétrico.

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Todas as peças foram coladas entre si utilizando cola de base Cianoacrilato, cola instantânea e difícil de descolar e que irá conferir resistência mecânica ao candeeiro quando este estiver concluído.

Figura 43 - Peças do topo da base.

Fonte: Elaboração própria.

Figura 44 - Base completa.

Fonte: Elaboração própria.

O processo que se segue é idêntico, Figura 45 e 46, mas consistiu em unir as 5 faces do abajur, empregando cola de cianoacrilato e secante, pois as zonas a colar são mais frágeis. Todas as arestas foram lixadas a 45º numa lixadora elétrica circular com mesa ajustável em ângulo.

Figura 45 - Montagem do abajur.

Fonte: Elaboração própria.

Figura 46 - Acrílicos opalinos.

Fonte: Elaboração própria.

Para finalizar o processo, cortaram-se a laser os acrílicos opalinos que iriam ser colocados por dentro do padrão de MDF, para conferir à peça um caráter subtil. Estes acrílicos foram colados entre si com uma cola própria para este material aplicada com

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3.2.7. Peça Final – candeeiro

A peça obtida, representada na Figura 47, resultou num candeeiro subtil, pois cria um ambiente ténue e delicado quando a sua luz se acende. O acrílico opalino faz sobressair o padrão e é responsável pela luz suave que este proporciona.

O desenho técnico relativo à peça em questão poderá ser analisado consultando o anexo 5.

Figura 47 - Candeeiro finalizado.

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3.3. Maquete – Cidade China

Este projeto empregou um distinto número de estudos e fases antes de ser concebido. Foi realizado por etapas englobando desde modelação, planificação e estudos, corte, colagem, estudos de iluminação, concebimento de moldes e vazamento nos mesmos, montagem e embalamento para transporte.

3.3.1. Cliente

VÍTOR HUGO - COORDENAÇÃO E GESTÃO DE PROJECTOS, SA9

Criada em 1993, após o seu fundador ter sido convidado para levar a efeito uma obra emblemática para a cidade do Porto, os edifícios 'Les Palaces'.

A empresa adotou a marca registada VHM, tendo-se assistido a uma evolução crescente do seu volume de negócios, conseguido não só pelo seu dinamismo como pela orientação para a satisfação das necessidades e exigências do mercado. A VHM concebe, projeta e fiscaliza soluções de engenharia em todas as áreas da gestão de empreendimentos, estudos e projetos, contando atualmente com cerca de 170 colaboradores.

A VHM tem sede no Porto e delegações em Coimbra e Lisboa, existindo delegações temporárias que acompanham as obras de maior valor, da Madeira ao Algarve. Em 2008 iniciou a sua internacionalização tendo escritórios em Angola, Marrocos, República Dominicana e Panamá.

3.3.2. O projeto

O projeto foi concebido por Arquitetos e engenheiros da “VHM”, sendo germinado em maqueta pela Tridaxis, trabalho de grande complexidade, todo realizado em acrílico, numa vasta gama de espessuras e tonalidades. Após a reunião foram facultados à empresa os ficheiros da modelação 3D dos elementos que compunham este projeto, como edifícios, patamares, monocarril, jardins entre outros.

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O projeto tridimensional foi decomposto em várias camadas com espessuras iguais à do acrílico aplicado, planificando todos os edifícios em peças numeradas para facilitar a sua montagem. Este projeto consiste numa cidade com habitações, meio empresarial, hotel e hospital a ser construído na China, sendo uma cidade futurista, que exalta a verticalidade.

3.3.3. Edifícios

Os primeiros ensaios foram realizados nos edifícios, pois nestes tinham de ser ensaiados a aplicação do vinil, a união dos acrílicos opalino nos cristais, a sua montagem e a iluminação dos mesmos.

A Figura 48 ilustra o primeiro estudo que foi realizado para testar se resultaria o pretendido para realizar a maqueta. Este estudo foi modelado à parte, assim sendo não resulta de nenhum edifício existente no real, apenas serviu para testar a hipótese de colocar o acrílico cristal por fora e o opalino encaixado na respetiva peça e ainda qual seria a melhor maneira de aplicar o papel em vinil branco.

Figura 48 - Primeiro estudo para edifícios.

Fonte: Elaboração própria.

O vinil branco servia para cortar a iluminação interna, para fazer a divisão entre andares. O acrílico opalino ficaria interno, pois o objetivo era que a iluminação fosse suave, logo o cristal em torno deste daria a ideia de envidraçado, como eram os imóveis a construir.

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O resultado foi satisfatório, apenas resultando uma alteração, que consistiu em colocar exclusivamente o papel autocolante em vinil branco sobre as peças de acrílico cristal, para a iluminação passar entre os opalinos unanimemente.

Figura 49 - Aplicação de vinil sobre as peças.

Fonte: Elaboração própria.

A aplicação do vinil, Figura 49, foi efetuada após o corte a laser das peças planificadas e numeradas. Antecedendo este passo, foi necessário retirar a película protetora do material, e encaixar estes nos respetivos pares opalinos e organizar por casas decimais as peças, facilitando, deste modo, o trabalho seguinte.

Foram talhadas do rolo de vinil tiras, que posteriormente foram cortadas em pedaços de tamanho suficiente para cobrir as peças de cristal. Estas peças só eram totalmente preenchidas de 5 em 5 andares, pois nestes intervalos teriam jardim e seriam abertas na extremidade do edifício. Como apenas o cristal era colocado por fora, o vinil tinha de ser retirado onde estava em excessos com o auxílio de um bisturi.

As peças opalinas tinham um quadrado recortado interiormente com a mesma geometria do varão metálico, que auxiliava na montagem e colagem dos imóveis, que serviria posteriormente para colocar a fibra ótica responsável pela iluminação. Estes eram também responsáveis pela rotação dos edifícios.

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Figura 50 - Acrílicos com vinil ordenados.

Fonte: Elaboração própria. Figura 51 - Teste de montagem em varão metálico.

Fonte: Elaboração própria.

Terminando os testes, Figura 48 e 51, conclui-se que o varão metálico funcionava, desta forma foram criados uns gabaritos10, Figura 52, que tinham como função orientar na colagem das peças de modo a obter um edifício perfeitamente alinhado na sua estrutura, assim como auxiliar nas fachadas recortadas dos mesmos. Estes foram realizados para o efeito, recortando na serra elétrica pedaços de MDF, de onde foram retirados uns quadradinhos centrais por meio de marcação a laser para a colocação do varão metálico, posteriormente colado com cola de cianoacrilato.

Figura 52 - Gabaritos de auxílio de montagem dos edifícios.

Fonte: elaboração própria.

Figura 53 - Cola para acrílico.

Fonte: Elaboração própria.

Procedeu-se à montagem dos seis conjuntos de edifícios que compunham a maqueta, empregando sempre o uso dos gabaritos confecionados para o efeito. As peças eram colocadas uma a uma colando com cola própria para acrílico e onde tinha apenas vinil utilizava-se UHU fazendo sempre alguma pressão.

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A cola para acrílico, Figura 53, utilizada é da “Dagol” e apresenta dois tipos a “Speedy” e a “Gold” a primeira é mais líquida e foi utilizada para colar duas peças ao mesmo nível, o encaixe do opalino no cristal, e é aplicada com lâmina, a segunda é mais espessa, é aplicada com pincel e cola duas superfícies de contacto. Para limpar os pincéis é aplicado álcool etílico, que endurece a cola que passa a ser de fácil remoção.

O acrílico escolhido foi em placas extrudidas, de modo a ser mais coerente na espessura ao longo da placa, mesmo assim foram realizados alguns ajustes no opalino, pois apesar de a espessura utilizada em ambos ser a mesma, este apresentava maior contração.

Figura 54 - Montagem de edifícios em gabaritos.

Fonte: Elaboração própria.

Foram ainda pintados com tinta de alumínio, Figura 55, a parte de baixo dos edifícios com o intuito de cortar completamente a passagem da luz, uma vez que por baixo destes estão localizados os LED’s. Na parte de cima das peças foram criados os jardins que não se solicitava que fossem iluminados.

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O hospital, representado nas imagens que compõem a Figura 56, é um dos edifícios que compõem esta cidade e marca pela irreverência. As suas peças principais foram impressas utilizando a “Zprinter 650”. As peças foram retiradas e sopradas, retirando restos de pó cerâmico sem aglomerado, seguidamente foram endurecidas com verniz cianoacrilato.

No seu interior foram colocados acrílicos opalinos e no exterior, peças em acrílico cristal como se pode observar na Figura 56. Foi ainda encimado por jardins relvados.

Figura 56 - Hospital.

Fonte: Elaboração própria.

Um dos conjuntos de edifícios constitui um trio e que é diferente de todos os outros, uma vez que em vez do vinil foram acrescentados umas peças em Ava, um material americano, que intercalam as peças acrílicas. Este material foi cortado a laser e como é frágil derreteu nas linhas de corte, como tal procedendo-se à lixagem das faces, de modo a permanecerem uniforme. Após colados todos os edifícios foram apertados com grampos utilizando pedaços de madeira para não os danificar.

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3.3.4. Jardins

A par da montagem final dos edifícios foram executados conforme apresentava a planta os jardins, quer dentro do próprio edifício, quer em redor destes. Foram utilizados diversos materiais para criar o envolvente da cidade, como se pode constatar na observação da Figura 57.

Figura 57 - Materiais para jardins.

Fonte: Elaboração própria.

Figura 58 - Estudo de um piso relvado.

Fonte: Elaboração própria.

Os materiais acima foram utilizados para fazer as relvas em três tons de verde misturado com um pouco de pó amarelo, o “tartan”11 em grão avermelhado, as verduras

das árvores, entre outros.

As relvas foram executadas em pó verde, que antes de ser aplicado foi peneirado, para apenas ficar o mais fino possível, para obter uma maior aderência na cola. Mas para minimizar as falhas a cola branca foi misturada com tinta acrílica verde, que era aplicada nas peças acrílicas opalinas que constituíam as bases dos edifícios, assim sendo virava-se um pouco de pó sobre a cola e pressionava-se com um pedaço de borracha duro deixando secar para se poder varrer o excesso com uma trincha.

As zonas a colocar relvado foram marcadas nas peças através do laser, criando um rebaixamento no material.

Seguidamente foram realizadas as árvores, utilizando fio elétrico de cobre, este processo consistia em descarnar o fio, cortá-lo em partes iguais de um centímetro e meio e enrolar parte com os dedos criando uma torção no material, rematando com os

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mergulhadas em copos com misturas de pós verdes, que agarravam à tinta húmida. Após secar foram pulverizados com cola em spray, que lhes conferiu consistência.

Figura 59 - Criação das árvores.

Fonte: Elaboração própria.

Na planta relativa à maqueta, existia a passagem de um rio, que levou à realização de estudos, Figura 60, para que este ficasse o mais real possível, foram executados estudos com base em resina de poliuretano “Crystal clear”. O primeiro teste foi efetuado com tinta azul na base vertendo por cima a resina, no segundo foi conferido cor azul à resina acrescentando pigmento liquido e por fim foi coberta a base com uns grãos cinza, criando a impressão de areias, vertendo a mesma mistura do segundo teste. Para conferir bolhas na resina, parecendo-se o mais possível com água a resina foi aquecido com uma pistola de ar quente, mas o teste não foi bem-sucedido.

A água foi então realizada de outra forma, numa placa de acrílico preto foi marcado a laser o locar por onde passaria o rio, onde posteriormente foi coberto por

spay azul Danúbio. Por cima deste foi colocado acrílico cristal.

Figura 60 - Estudo de água em resina de poliuretano.

Fonte: Elaboração própria.

As estradas que passam na cidade foram realizadas também em acrílico preto, mas este foi cortado e lixado retirando deste modo o brilho e ficando mais baço, esta foi uma alternativa à primeira ideia, que consistia em colar sobre a superfície uma lixa preta

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fina. Mas como não foi possível encontrar este material em rolo ou em folha com as dimensões pretendidas esta foi a melhor solução.

Os jardins como se pode observar na Figura 61, foram colocados nos imóveis, em zonas próprias abertas e em passagens entre eles. Além da relva foram colados tufos de verdura e as árvores. A existência de árvores também é visível de 5 em 5 andares nas extremidades dos edifícios e nas cúpulas que encimam estes, onde foram colocadas árvores dentro das resinas que as compõem.

Figura 61 - Jardins em edifícios.

Fonte: Elaboração própria.

As bases da maqueta também apresentam jardins, Figura 62, não só em relva como também em terra e o “tartan” em torno do estádio. As relvas foram todas colocadas da mesma forma assim como a terra, mas neste revestimento a cola branca tinha coloração castanha.

Figura 62 - Jardins das bases da maqueta.

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3.3.5. Moldes

As Cúpulas foram modeladas em 3D e impressas na impressora que trabalha com pó cerâmico. O equipamento tem um tabuleiro cheio de pó, e apenas vai depositar o aglomerado nas zonas indicadas pelos ficheiros. Após concluída a impressão, a máquina tem um cano extensível que aspira o pó que é reintroduzido na máquina e que volta a ser utilizado. As peças são retiradas com cuidado e passam para o outro lado onde são sopradas ficando sem pó à superfície.

Seguidamente são embebidas em verniz cianoacrilato, Figura 63, que as endurece e as torna resistentes. Para a realização dos moldes as peças foram lixadas e envernizadas, pois o molde de silicone fica com a configuração da peça, assim como a resina de poliuretano, ou seja, se as peças não fossem envernizadas as cúpulas ficavam baças e não brilhantes.

Figura 63 - Cúpulas em poliamida.

Fonte: Elaboração própria.

Num recipiente foi misturado o silicone com o catalisador, que lhe confere a cor rosa e misturou-se bem, levando a uma câmara de pressão, onde esta é colocada a zero para que o ar saia do material.

As peças impressas com as configurações das cúpulas foram colocadas em outro recipiente, onde foi vazado o preparado para o molde e deixou-se secar. Quando secou, retiraram-se as peças e foi vertida a resina já preparada segundo as indicações do fabricante, deixando secar no forno durante algumas horas. Na resina acabada de vazar foram inseridas algumas árvores coladas num cartão para não descerem, como se pode analisar nas Figuras 64 e 65.

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Figura 64 - Moldes e cúpulas em resina de poliuretano.

Fonte: Elaboração própria.

Figura 65 - Cúpulas colocadas nos edifícios.

Fonte: Elaboração própria.

Quando secou a resina, retiraram-se as peças com luvas para não as marcar, e foram embrulhadas em película aderente, para se poder lixar a base protegendo-as dos resíduos, a fim de retirar o cartão e acertar o fundo para serem coladas no topo dos edifícios com cola UHU.

Os chapeuzinhos, Figura 66, que estavam espalhados pela cidade tinham a função de armazenar a água da chuva e foram realizados pelo mesmo processo, alterando a forma como foi vazado o silicone do molde e a resina. Estes foram impressos encaixilhados e foram colados num pedaço de madeira e fechados com plasticina, para não entrar ar. O silicone foi entornado dentro deste caixilho. Após secar foram retirados com cortes e enchidos de resina pelo meio de uma seringa.

Figura 66 - Chapeuzinhos em pó cerâmico.

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3.3.6. Montagem

A montagem foi executada apoiada nos gabaritos criados para aparelhar os edifícios para que tudo no final ficasse tal como foi planeado. Foi-se montando de baixo para cima, colando as partes entre si com colas para acrílico e cianoacrilato. A última coisa a colocar foram os imóveis.

Como é visível na Figura 67, a maqueta está assente num paralelepípedo preto, caixa executada para arrumar toda a componente elétrica. Sobre esta foi colocada uma caixa em acrílico cristal, para proteger todo o conjunto. Foi nesta tampa, que levou a gravação referente à empresa que encomendou o serviço.

Figura 67 - Montagem da maqueta.

Fonte: Elaboração própria.

3.3.7. Iluminação

A iluminação foi toda realizada por um engenheiro eletrotécnico, que montou os fios elétricos, os cabos, as fontes de alimentação, os LED’s e as fibras óticas. Realizou diversos estudos de iluminação adaptados a cada edifício, tendo em conta a cor e intensidade de iluminação, de forma a obter um conjunto harmonioso.

O software utilizado foi o “FreeStyler”, programa de fácil acesso pela internet. Realizasse o Download do programa e assim que este estiver instalado o Engenheiro enviava um e-mail com uma pasta que contêm todos os dados relativos à maqueta. Estes são colocada no “Disco local (C)” do computados, pois assim que se abria o programa este reconhecia os dados, sendo apenas preciso acender a iluminação. O primeiro teste

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foi realizado no meu PC particular, de modo a obter conclusões sobre a perceção da instalação. Além dos edifícios foram ainda iluminados os chapeuzinhos que armazenavam a água da chuva, o monocarril e o hospital.

Figura 68 - "FreeStyler" ambiente de trabalho.

Fonte: Elaboração própria.

Figura 69 - Atalhos do software "FreeStyler".

Fonte: Elaboração própria.

Os fios elétricos escolhidos aguentam altas temperaturas, mesmo tendo o sistema duas ventoinhas para refrigeração, diminuindo a temperatura elevada devido à fonte de energia. A maqueta quando terminada foi assente em cima de uns pés em acrílico da cor da base. O tampo foi aparafusado, para se poder retirar, caso fosse necessário retificar ou reparar o sistema elétrico visível na Figura 70.

Figura 70 - Equipamento eletrónico.

Fonte: Elaboração própria.

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dissipar o calor dos mesmos. Os apoios foram pintados com tinta de alumínio para diminuir a perda de iluminação.

Acima dos LED’s passam verticalmente as fibras óticas que sobem pelos edifícios no local onde inicialmente se encontravam os gabaritos.

Figura 71 - Apoio para LED’s.

Fonte: elaboração própria.

3.3.8. Embalamento

O embalamento foi realizado por camadas de esferovite de modo a proteger todo o conteúdo da maqueta, como se pode constatar na Figura 72, pois esta seria enviada para a China, preservando todo o projeto corretamente até ao destino. Em cima destas camadas de esferovite foi colocada a tampa de acrílico cristal.

Para o transporte realizou-se uma caixa de madeira, que foi pregada e revestida por uma camada de esferovite no seu interior. A maqueta entrou de lado na caixa e a tampa foi aparafusada de modo a facilitar a sua remoção sem comprometer o trabalho realizado. A par da embalagem foi enviado um guia para funcionar com o programa de iluminação.

Figura 72 - Embalamento do projeto.

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3.3.9. Projeto final

As Figuras 73 e 74, ilustram a maquete finalizada e alguns pormenores relativos à mesma, as restantes imagens encontram-se em anexo agrupadas num Moodboard (consultar anexo 6).

Figura 73 - Maqueta Finalizada.

Fonte: Elaboração própria.

Figura 74 - Pormenores da base da maqueta.

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3.4. Modelação 3D

Dando continuidade ao plano de estágio, o trabalho que se segue é sobre CNC, e mais uma vez era para realizar uma peça ao meu critério. Optei pela realização de um “puff”, mas para ser concretizado tinha de ser modelado tridimensionalmente no

software Rhinoceros, pois o modelo tinha de ser programado para o corte e como tal

neste software o meu supervisor já tinha programações pré-definidas e era só aplicá-las nos ficheiros 3D.

Como ainda não tinha contactado com este software foi-me proposto pelo supervisor realizar algumas vídeo aulas para contactar com os comandos mais básicos deste programa, para assim poder modelar a minha peça.

As vídeo aulas foram escolhidas pelo supervisor e recaíram sobre a garrafa de coca-cola e um anel. As peças foram modeladas e posteriormente renderizadas como exibem as Figuras 75 e 76.

Figura 75 - Render: garrafa de coca-cola.

Fonte: Elaboração própria.

Figura 76 - Render: Anel.

Referências

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