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À Volta do Número de Ouro

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Academic year: 2021

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(1)

LICENCIATURA EM ENSINO DE MATEMÁTICA

(2)

TRABALHO CIENTÍFICO APRESENTADO AO I.S.E. PARA A

OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIATURA EM ENSINO DE

MATEMÁTICA.

Memória apresentado pela Leila Eleanor Monteiro Veiga sob a orientação da

Doutora

TetyanaV. K. Mendes Gonçalves

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Aprovado pelos membros do Júri e homologado pelo Presidente do Instituto Superior de Educação, como requisito parcial à obtenção do grau de Licenciatura em Ensino de

Matemática. O Júri _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ Praia _________ de _________________________ de 2006

(4)

Índice

Introdução………..4

I Abordagem Histórica do número de ouro………...7

II O número de ouro do ponto de vista da teoria elementar de números………..21

2.1 Número de ouro como fracção contínua infinita………...21

2.2 Rácio dourado – irracionalidade quadrática………..29

III Extensões quadráticas de corpos e construtividade dos números………32

3.1 Considerações gerais………..32

3.2 Construções geométricas com ajuda de instrumentos euclideanos………....34

3.3 Construção do número de ouro………..37

3.4 Divisão de um segmento em média e extrema razão……….39

IV “Proporção divina” nas construções de figuras geométricas………....43

4.1 Rectângulo de ouro. “Razão áurea” num rectângulo……….43

4.2 Triangulo de ouro………...49 4.3 Pentagrama pitagórico………....50 4.4 Decágono regular………...52 4.5 Espiral maravilhosa………....53 Conclusão………...55 Fontes bibliográficas………...57

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INTRODUÇÃO

Desde os tempos primitivos, o ser humano tem procurado estabelecer uma ordem e comparação entre os objectos que o rodeiam.

No processo de comparação é necessário um critério especial, denominada medida. As medidas são padrões específicos que relacionam cada objecto com outros de “estruturas” semelhantes.

Como a beleza é subjectiva, o ser humano procura demonstrar sua harmonia a partir de medidas comparativas, estabelecidas como proporções.

Na tentativa de estabelecer proporções chegou-se ao número de ouro.

O número de ouro, também conhecido como rácio dourado ou proporção divina, é um número irracional misterioso e enigmático que nos surge numa infinidade de elementos da natureza em forma de uma razão, sendo considerada por muitos como uma oferta de Deus ao mundo. Costuma-se representar pela letra grega maiúscula  (fi) e corresponde a metade da

soma da raiz quadrada de cinco com a unidade. É um número irracional, dado pela dízima infinita não periódica 1,61803398...

... 618033989 , 1 2 5 1  

A designação adoptada para este número, é a inicial do nome de Fídias que foi escultor e arquitecto encarregado da construção do Pártenon, em Atenas.

Um exemplo desta maravilha é o facto de que se desenharmos um rectângulo cujos lados tenham uma razão ente si igual ao número de Ouro este pode ser dividido num quadrado e

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noutro rectângulo cuja razão entre os dois lados consecutivos é também igual ao número de Ouro. Este processo pode ser repetido indefinidamente mantendo-se a mesma razão.

O número de ouro é interessante em vários aspectos.

Toda essa maravilha e ainda mais algumas curiosidades citadas em baixo estiveram na origem da escolha desse tema, que será dedicado ao estudo desse fenómeno, através de análise das diferentes propriedades e características do mesmo.

 O ciclo menstrual da mulher é de 28 dias, portanto

1

de 28 será 17,5 dias, onde

é a fase final de amadurecimento, sendo garantida a fertilização.

 A razão entre a altura de uma pessoa e a medida do seu umbigo ao chão é igual ao número de ouro.

Assim propomos como estrutura do trabalho o seguinte paradigma:

O primeiro capítulo vai encerrar um pouco da história do número de ouro e a observação de alguns polígonos áureos e da espiral de ouro nas pinturas e na natureza; o capítulo 2 será dedicado à representação do citado número pela fracção contínua infinita e sua apresentação como uma irracionalidade quadrática, um número algébrico e ainda prova que ele é um número irracional; o capítulo 3 será consagrado às extensões quadráticas de corpos, construção de números com ajuda de régua e compasso, em particular número de ouro e a divisão de um segmento em média e extrema razão; Construção do rectângulo de ouro, triângulo de ouro, pentagrama pitagórico, decágono regular e a espiral maravilhosa são explicados no último capítulo.

É de notar que as designações são próprias em cada capítulo.

Com esta abordagem pretendemos focalizar as mais variadas perspectivas do número de ouro (rácio dourado) e analisar as suas aplicabilidades/ funcionalidades. Para tal julgamos ser

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fundamental socorrer de diversas fontes bibliográficas que enformam sobre os estudos que se prendem com o fabuloso número também conhecido por proporção divina. Fazendo recurso a diversas gravuras e perspectivas emergentes do estudo sobre o número de ouro, procuraremos dar conta quer do seu sentido mítico/ mitológico e em última instância do seu sentido técnico-científico.

(8)

I – ABORDAGEM HISTÓRICA DO NÚMERO DE

OURO

O número de ouro é um número irracional muito particular. Foi usado pelos Egípcios na construção das suas pirâmides.

Para os Gregos era um número mágico e usavam-no na construção dos seus edifícios. Também foi usado na Arte (na pintura, por exemplo), e aparece inúmeras vezes ligado a uma concepção estética, bem como na Biologia e na construção de violinos.

1.1 OS EGÍPCIOS

Os Egípcios consideravam o número de ouro sagrado, tendo uma importância extrema na sua religião, e chamavam-no não de número de ouro, mas sim de "número sagrado". Utilizavam-no para a construção de templos e sepulcros para os mortos, pois consideravam que caso isto não acontecesse, o templo poderia não agradar aos deuses, ou a alma do falecido não conseguiria chegar ao Além. Para além disso, os Egípcios consideravam-no muito agradável esteticamente, usando-o também no seu sistema de escrita e na decoração dos seus templos.

(9)

Fig.1

1.1.1 A Arte Egípcia

Durante a maior parte da história do Egipto, as proporções da figura humana foram relacionadas com a largura da palma da mão, e baseavam-se no "número sagrado".

Fig.2

Os Egípcios usavam medidas estabelecidas pelas proporções do corpo humano devido ao facto de estas serem proporcionais, de acordo com a razão de ouro (0.618...), tornando as suas obras esteticamente mais agradáveis.

Estas ideias foram utilizadas pelos construtores e artesãos, para estabelecer as malhas quadrangulares que usavam para as proporcionalidades do seu trabalho.

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1.1.2 Os Hieróglifos

Muitos hieróglifos têm proporções baseadas no número de ouro. Os Egípcios utilizavam o número de ouro para que fosse mais fácil que todos conseguissem escrever de acordo com as mesmas proporções. Egípcia

Fig.3

Na figura 3, a letra "h" é, de facto, uma espiral de ouro. Outros símbolos, como o "p" e "sh" são rectângulos de ouro. O uso das mãos e dos pés nos hieróglifos mostra que os Egípcios tinham conhecimento que o corpo humano está relacionado de diversas formas com o número de ouro.

1.1.3 Os Templos

Observando a fig. 4 são visíveis Na fachada do templo vários rectângulos de ouro, e existem inúmeras arcadas criadas por centenas de pilares, todos eles proporcionais ao rectângulo de ouro

Em egípcio antigo, ‘Philae’ significa ‘o fim’, e definia a fronteira sul do Egipto. Este templo era dedicado à deusa Isis, esposa de Osiris e mãe de Horus.

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Fig.4-Templo de Philae

A figura 5, o Templo de Dendara foi conhecido como a morada de Hathor, a deusa do amor, felicidade e beleza. As arcadas são proporcionais ao rectângulo de ouro, e no interior do templo existe uma escadaria em espiral, com uma forma muito semelhante à da espiral de ouro.

Fig.5-Templo de Dendara

1.2 OS GREGOS

O Parthénon, agora em ruínas, é um dos templos que foi construído em Atenas por volta de 447 e 433 a. C. Nele podemos observar a proporção áurea, no rectângulo que contem a fachada, o que revela a preocupação de realizar uma obra bela e harmoniosa.

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Fig.5-Parthénon

Posteriormente, os gregos consideraram que o rectângulo cujos lados apresentavam esta relação apresentava uma especial harmonia estética que lhe chamaram rectângulo áureo ou rectângulo de ouro, considerando esta harmonia como uma virtude excepcional

.

Endoxus foi um matemático grego que se tornou conhecido devido à sua teoria das proporções e ao método da exaustão, criou uma série de teoremas gerais de geometria e aplicou o método de análise para estudar a secção que se acredita ser a secção de ouro.

1.2.1 Os Pitagóricos

Os Pitagóricos usaram também a secção de ouro na construção da estrela pentagonal. (Fig.6). Estes não conseguiram exprimir a razão existente entre o lado do pentágono regular estrelado (pentáculo) e o lado do pentágono regular inscritos numa circunferência como quociente entre dois números inteiros. Quando chegaram a esta conclusão ficaram muito espantados, pois tudo isto era muito contrário a toda a lógica que conheciam e defendiam e por isso lhe chamaram irracional. Este número era o número ou secção de ouro.

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Fig.6

1.3 ARTE

O Rectângulo de Ouro é uma das formas geométricas mais satisfatórias visualmente. Vários peritos têm encontrado exemplos do rectângulo de ouro quer em fachadas de construções da Grécia Antiga, quer em obras-primas da escultura e da pintura.

Leonardo da Vinci 1 e Piet Mondrian 2pensavam ambos que a Arte deve manifestar beleza e movimento. Assim, ambos expressavam movimento introduzindo rectângulos de ouro nas suas obras, pois o facto destes poderem definir espirais que curvam até ao infinito dão uma sensação de movimento. Ao introduzir a secção de ouro nas suas pinturas, permitiam que estas se tornassem mais agradáveis à vista.

Leonardo da Vinci

Observe a face do esboço de um homem idoso de Leonardo da Vinci, apresentado na (Fig.7). Este desenhou nesta face um quadrado, que por sua vez foi subdividido em vários rectângulos, alguns dos quais com dimensões muito próximas das do rectângulo de ouro.

1 Leonardo DA VINCI (1452 - 1519) – Italiano, foi Pintor, Escultor, Arquitecto e Engenheiro. 2 Piet MONDRIAN (1872 - 1944) – Holandês.

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Fig.7

Observe a pintura de Mona Lisa, (Fig.8) nota-se que é possível desenhar um quadrilátero que englobe o rosto da Mona Lisa. O quadrilátero resultante é exactamente o rectângulo de ouro. É fácil observar que as três principais áreas da pintura (o rosto, do pescoço à zona mesmo acima das mãos, do decote do vestido até à zona imediatamente abaixo das mãos) podem definir também rectângulos de ouro.

As dimensões do quadro em si também coincidem com as dimensões do rectângulo de ouro.

Fig.8

Da Vinci estudou intensivamente as proporções do corpo humano. No esboço abaixo é possível confirmar a aplicação da secção de ouro.

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Nesta obra de Leonardo da Vinci, se dividirmos a distância dos pés até ao umbigo do homem pela distância do umbigo até ao topo da cabeça, obtemos aproximadamente o valor 0.618.

Piet Mondrian

Piet Mondrian utilizou linhas pretas horizontais e verticais para delimitar blocos de puro branco, vermelho, azul ou amarelo, exprimindo a sua concepção da harmonia e do equilíbrio plenos.

Composição em Vermelho, Amarelo e Azul

Esta obra foi concebida em 1942, encontrando-se agora em Londres. Pretende mostrar o equilíbrio existente entre a Natureza e as construções humanas. Pode-se verificar a existência de alguns rectângulos de ouro na pintura.

A Cidade de New York

Esta obra foi inspirada pela visita que Mondrian efectuou a Nova Iorque. Apesar de as formas geométricas já serem menos rígidas e mais complexas, ainda é possível encontrar na pintura alguns rectângulos de ouro.

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1.4 BIOLOGIA

1.4.1 Girassóis e Pinhas

A espiral de ouro pode ser encontrada quer nas pinhas, quer nos girassóis.

Pode-se ver que as sementes nas pinhas parecem formar espirais que curvam quer para a direita quer para a esquerda. Tendo as sementes dispostas desta maneira, formando as espirais, permite que as sementes se encontrem distribuídas uniformemente, não se encontrando concentradas demais no centro e dispersas demais nos bordos, tendo todas as sementes o mesmo tamanho.

Este padrão não é perfeito na maioria dos girassóis, mas se se conseguir encontrar um bom especímen verifica-se que as suas sementes formam espirais, curvando quer para a esquerda quer para a direita, de forma a estarem todas equidistantes. Afirma-se que esta disposição permite melhorar a eficiência dos girassóis na captação quer de água, quer de luz.

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1.4.2. As conchas marinhas (Nautilus)

O primeiro diagrama mostra uma concha marinha. O segundo diagrama mostra que é possível desenhar uma espiral ao longo da concha, que é exactamente a espiral de ouro. Isto acontece devido ao facto de o crescimento da concha ser proporcional ao crescimento do organismo que contém.

1.4.3. O embrião humano

Conforme se vai desenvolvendo o embrião humano, é possível observar neste crescimento um padrão semelhante ao que permite traçar a espiral de ouro, à medida que se afasta cada vez mais do centro. Neste caso, o padrão ocorre no desenvolvimento do embrião humano devido ao facto de o crescimento do organismo ser proporcional ao tamanho do organismo.

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1.4.4. A Mão Humana

Um exemplo muito interessante é o da mão humana. Para explicá-lo, devemos pegar, como na Secção Áurea, linhas nas quais as maiores são “fi” vezes as menores, como mostrado na figura:

Agora veja a radiografia de um dedo indicador. Cada parte do dedo é maior que a parte anterior de acordo com a Secção Áurea.

A Razão entre a medida da mão e a medida do braço é a razão áurea.

1.4.5. A Orelha humana

É possível observar nas orelhas um padrão semelhante ao que permite traçar a espiral de ouro.

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1.5 SERIE DE FIBONACCI

A contribuição de Fibonacci3 para o número de ouro está relacionada com a solução de um problema por ele formulado que veio dar origem a uma sucessão a que posteriormente se associou o seu nome - Fibonacci - ficando assim conhecida na história como a Sucessão de Fibonacci. O problema é: "Quantos pares de coelhos serão produzidos num ano, começando com um só par, se em cada mês cada par gera um novo par que se torna produtivo a partir do segundo mês?" Todo este problema considera que os coelhos estão permanente fechados num certo local e que não ocorrem mortes.

Leonardo prosseguiu para os cálculos: no primeiro mês, teremos um par de coelhos que se manterá no segundo mês, tendo em consideração que se trata de um casal de coelhos jovens; no terceiro mês de vida darão origem a um novo par, e assim teremos dois pares de coelhos; para o quarto mês só temos um par a reproduzir, o que fará com que obtenhamos no final deste mês, três pares. Em relação ao quinto mês serão dois, os pares de coelhos a reproduzir, o que permite obter cinco pares destes animais no final deste mês. Continuando desta forma, ele mostra que teremos 233 pares de coelhos ao fim de um ano de vida do par de coelhos com que partimos. Listando a sucessão 1, 1, 2, 3, 5, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233 na margem dos seus apontamentos, ele observou que cada um dos números a partir do terceiro é obtido pela adição dos dois números antecessores, e assim podemos fazê-lo em ordem a uma infinidade de números de meses.

Se dividirmos cada um destes números pelo seu antecedente, reparamos que essa razão vai tender para um certo valor.

Isto é, se fizermos F2/F1=1; F3/F2=2; F4/F3=1,5; F5/F4=1,6(6); F6/F5=1,6 e se continuarmos

assim sucessivamente, obtemos a seguinte sequência de números:

1,000 000; 2,000 000; 1,500 000; 1,666 666; 1,600 000; 1.625 000; 1,615 385; 1,619 048; 1,617 647; 1,618 182; 1,617 978; 1,618 056; 1,618 026; 1,618 037; 1,618 033; ...

Então Fn+1/Fn aproxima-se cada vez mais de (Phi)

Esta expansão decimal prolongar-se-á sem nunca se repetir (logo é um número irracional). De facto, quando se prolongam estas "razões de Fibonacci" indefinidamente, o valor gerado aproxima-se cada vez mais do número de ouro.

(20)

1.6 O NÚMERO DE OURO E A CONSTRUÇÃO DE

VIOLINOS

Não há como negar a beleza do instrumento violino. Parece que nós, seres humanos, percebemos a beleza ou sentimos a beleza de uma forma quando segue um padrão ou algo que não sabemos definir, que está embutido em nosso ser, provavelmente porque esta forma mantém relações em suas linhas que nos causam essa sensação do belo. Assim, um violino é uma dessas peças. Quando o violino foi criado a estética das proporções foi objecto de preocupação de vários artistas. Alguns violinos foram criados a partir do que foi chamado "O Número de Ouro" e em suas linhas pode-se observar essas relações.

Vejamos como este violoncelo, com estas medidas, tem relações métricas que são relações áureas.

Relação Áurea:

614 , 1 21 34  21+34 = 55; 1,618 34 55 

(21)

34 + 55 = 89; 1,618 55

89 

(22)

II. O NÚMERO DE OURO DO PONTO DE VISTA

DA TEORIA ELEMENTAR DOS NÚMEROS

2.1 NÚMERO DE OURO COMO UMA FRACÇÃO

CONTÍNUA INFINITA

Sendo o número de ouro um número Real, é possível apresentá-lo sob a forma de uma fracção contínua infinita.

Definição 2.1.1. Ao número escrito sob a forma:

(1)      3 2 1 0 1 1 1 a a a a

(23)

onde a0, a1, a2, … são números inteiros tais que: ai 1, sendo(i1,2,...,n) , chama-se fracção contínua infinita.

Podemos também escrever (1) sob a forma [a0; a1, a2, …] onde os números a0; a1, a2, … são elementos de uma fracção contínua com parte inteira a0.

Para uma fracção contínua infinita (1), vamos considerar as fracções próximas:

, , 1 1 , 1 , 2 1 0 2 1 0 1 0 0  a a a A a a A a A      

Definição 2.1.2. n – ésima fracção próxima (n0) para uma fracção contínua infinita (1) é da forma: n n n n a a a A Q P 1 1 1 0       (2)

Onde P0, P1, P2 … e Q0, Q1, Q2, …, definidas por recorrência, pondo: PnPn1.anPn2 ,

QnQn1.anQn2 ,

2n

(3)

Com condições iniciais:

P0a0, Q0 1, P1a0.a11, Q1a1 (4) É fácil ver que (3) e (4) determinam univocamente os números P0, P1, P2 … e a Q0, Q1, Q2, … a partir dos elementos a0,a1,a2,... .

s s s a a a a a a A 1 1 1 1 1 1 3 2 1 0         

(24)

Teorema 2.1.1. Se a0, a1, a2, …são elementos da fracção contínua (1), então a sucessão de números P0, P1, P2, …, Q0, Q1, Q2, …, definidas pelas fórmulas (3) e (4) tem a propriedade

seguinte: para todo n (n2) o número racional n n

Q P

é igual a n-ésima fracção próxima (2).

Na sequência disso vem a definição 3:

Definição 2.1.3. A fracção contínua infinita (1) chama-se convergente se existir e for finito o limite das suas fracções próximas, isto é, se existir um número  tal que:

.

lim

 n n n Q P (5)

Assim se o valor de (1) for igual a , escreve-se  = [a0, a1, a2, …]. Exemplo 2.1.1. Para o número de ouro (

2 5 1

) que se decompõe em fracção contínua

infinita [1; 1, 1, 1, …] encontram-se as seguintes fracções próximas:

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Pn 1 2 3 5 8 13 21 34 55 89 … Qn 1 1 2 3 5 8 13 21 34 55 …

Teorema 2.1.2. Qualquer fracção contínua infinita é convergente.

Definição 2.1.4. Seja  = [a0;a1, a2, …]; aos quocientes completas na decomposição de  chamaremos de 1,  2, 3, …, definidos pelas igualdades

1 ,

0  0 

para s

s   .

Teorema 2.1.3. Seja =

a a a0; ,1 2,...

,s+1– quociente completo na decomposição de  , então: 1 3 2 1 0 1 1 1 1 1        s s a a a a a a

(25)

) 7 ( ) 6 ( 1 1 1 1 1 1 1 s s s s s s s s s s s P Q Q P e Q Q P P                   

Onde Ps, Qs, Ps-1, Qs-1 são os numeradores e denominadores de s-ésima e (s-1)-ésima fracções próximas a .

Teorema 2.1.4. Cada número real se decompõe numa fracção continua (finita ou

infinita).

Demonstração.

 IR Se é um número racional então existe uma única fracção contínua finita igual a  .

 Consideremos o caso quando  é um número irracional.

Designemos por a0 a parte inteira de  e por , 1 0 1 a     logo, 1 . 1 0  a  Assim como  é um número irracional, a0  e1, também, é irracional, além disso,

. 1

1 

 Desse modo, para qualquer  irracional, é possível encontrar um número inteiro a0 = [ ] e um número irracional  1 tais que .

1 1

0 

 a  Determinado, da mesma maneira, para  1 os números: a1 = [ 1] e 2 1, para  2 – os números: a2 = [2] e 3 >1, etc., obtemos:

 

 

 

                         . . . . . . . . 1 . . . . . . . . 8 , . . . . . . . . 1 1 1 1 1 2 1 1 0 1 0 s s s s s a a a a a a

(26)

Onde para s1todos os números irracionais s 1. Desse modo, para todos os tais s os números as

 

s 1.

Os números a , 0 a , 1 a , …2 formam uma sucessão infinita dos inteiros e, sendo que para

s1 se verifica s 1, podemos, a partir desses números, formar uma fracção contínua infinita a01a11a2... que segundo o teorema 2 é convergente.

Mostremos agora que o valor dessa fracção é igual ao número dado . Realmente, das igualdades (8) obtemos: a01a11a2 ... 1as11s1

e tendo em conta o teorema 1.3: ,

1 1 1 1        s s s s s s Q Q P P    . 1 1 ) ( 1 2 1 2 1 1 1 1 1 1 s s s s s s s s s s s s s s s S s Q Q Q Q Q Q P Q Q P P Q P                      Assim como Qs , o valor de , s s Q P

 com o crescimento de s, torna-se menor do que qualquer que seja número positivo dado, isto é, 

  s s s Q P

lim

.

Exemplo 2.1.2. Encontrar os quatro primeiros elementos da decomposição em fracção

contínua do número 1,618033989 2 5 1     Encontremos primeiro, 0 1 5 2 a      = 1;  1 = 1 5 2 2 1 5 1 1 2 5 1 1        1,618033988095…; a1 

 

1 1;  2= 1,618033988095... 2 5 1 1 1 5 2 1 a -1 1 1        ; a2 

 

2 1;

(27)

 3 = 1,618033988095... 1 5 2 1 2 5 1 1 a -1 2 2        ; a3 

 

3 1; Deste modo, Ou  3 2 2 1 1 1 1 8 8 5 8 2 5 2 4 1 1 4 2 5 2 1 5 2 1 1 2 5 1 r r r r r                          1 1 1 1 1 1 1 2 5 1 = [1; 1, 1, 1, …] Sendo ri = 1 1  ai

Teorema 2.1.5. Seja  = [ ; ,a a a0 1 2,...]. Designemos por s= [ ;a as s1,as2,...]. Então:

(i) [ ; ,a a a0 1 2,...,as1,s],isto é s=  s representa o s-ésimo quociente completo na decomposição de  ;

(ii) as = [ s] para todos s. Consideremos a questão inversa

Exemplo 2.1.3. Determinar um número real correspondente à fracção contínua infinita

seguinte:

(28)

= 2 3 2 3 Q Q P P       .

Utilizando a tabela anteriormente apresentada, encontramos:

0 a a 1 a 2 a 3 1 1 1 1 Pn 1 2 3 5 Qn 1 1 2 3 Logo P3 = 5, P2 = 3, Q3 =3 e Q2 = 2, onde n = 0,1,2,3. Assim, 5 3 2 3 3 3 0 3 2           

 e sendo que  0, obtemos:

1 5 2

   .

Teorema 2.1.6. Para qualquer número real , a fracção continua que o representa é única.

Teorema 2.1.7. Para qualquer número real  , existe um conjunto de fracções racionais

b a tais que: 2 5 1 b a -b   (i) Demonstração:

Comecemos por decompor  em fracção contínua.

Mostremos que de três quaisquer fracções próximas vizinhas Pn Qn pelo menos uma poderá servir como a b na desigualdade (i).

A demonstração será feita pelo método de redução ao absurdo.

Suponhamos que para quaisquer três fracções próximas vizinhas se verificam as desigualdades: ) ( . 5 1 . 5 1 , . 5 1 2 1 1 1 2 2 1 1 1 ii Q Q P e Q Q P Q Q P n n n n n n n n n          

Como Pn1 Qn1 e Pn Qn se situam em lados opostos de  , então a partir das desigualdades (ii) e supondo n par vem que:

(29)

2 1 1 1 2 . 5 1 5 1       n n n n n n Q Q P Q Q P

O que nos permite concluir que em ambos os casos temos,

1 1 1 2 2 1 . 1 1 1 5 1               n n n n n n n n Q Q Q P Q P Q Q Se multiplicarmos por 2 n Q ( Qn2 0) vem, 1 2 1 2 . 1 5 1           n n n n n Q Q Q Q Q donde 1 1 2 5 1     n n n n Q Q Q Q logo 5. 1 0 1 2 1            n n n n Q Q Q Q O que significa, 0 4 1 4 5 . 2 5 . 2 1 2 1                     n n n n Q Q Q Q Ou que 2 2 1 2 1 2 5                n n Q Q donde 2 5 1 1    n n Q Q

...Porque Qn e Qn1 são números inteiros, então a igualdade nunca tem lugar podendo

ocorrer apenas, 2 5 1 1    n n Q Q (iii) n n Q

P / e Pn1/Qn1 situam-se em lados opostos de  , então pelas desigualdades de(ii) obtém-se: 2 5 1 1    n n Q Q (iv)

Tendo em conte que an1 1, vem que,

2 5 1 5 1 2 1 2 5 1 1 1 . 2 5 1 1 1 1 1 1 1 1                       n n n n n n n n n n n n Q Q a Q Q Q Q Q a Q Q Q

O facto de termos suposto que ocorriam as três desigualdades de (ii) levou-nos a uma contradição. Assim, podemos concluir que pelo menos, para, para uma das três fracções

(30)

próximas Pn1/Qn1, P /n Qn, Pn1/Qn1, tomando como a /b, devem satisfazer a desigualdade (i).

…….Ao atribuir a n, valores diferentes, obtemos um conjunto infinito de fracções que satisfazem a desigualdade (i)

2.2. RÁCIO DOURADO – IRRACIONALIDADE

QUADRÁTICA

Os números racionais são raízes das equações lineares: axb0, com coeficientes inteiros.

No conjunto dos números irracionais destaca-se uma classe de irracionalidades que são raízes das equações quadráticas com coeficientes inteiros. A tais números vamos chamar irracionalidades quadráticas.

Definição 2.2.1. Um número real  chama-se irracionalidade quadrática se é raiz irracional de uma equação da forma:

ax2bxc0 (1) com coeficientes inteiros que não são iguais a zero simultaneamente. É claro, que para tal  será a0,c0.

Os coeficientes a ,,b c de (1) podem ser tomados primos entre si; nesse caso ao discriminante da equação (1) D = b24acvamos chamar de discriminante de .

As raízes de (1) são: . 2 4 2 4 2 2 a ac b b e a ac b b     

Logo, qualquer irracionalidade

quadrática pode ser representada sob a forma ,

Q D P

(31)

(D> 1) – inteiro que não é quadrado de um número inteiro. À raiz , Q D P    chama-se

irracionalidade quadrática conjugada com  .

OBS 2.2.1: Na definição da irracionalidade quadrática é fundamental que os coeficientes

das equações quadráticas sejam números inteiros.

Lembremos alguns factos importantes nesse contexto:

Definição 2.2.2. Chama-se número algébrico a todo o número que seja solução de uma

equação do tipo:

(2) com os coeficientes a0,a1,a2,...an1,an, inteiros

OBS 2.2.2 o seu grau é o menor número possível em (2)

A equação de menor grau para um dado número algébrico é essencialmente única. Outras equações possíveis são as que se obtêm a partir daquela, multiplicando-a por diferentes factores.

Definição 2.2.3. Um polinómio mínimo de um número algébrico  é polinómio mónico de grau mínimo, com coeficientes racionais que tem  como sua raiz.

Exemplo 2.2.1. O número de ouro

é algébrico de grau 2 e também uma irracionalidade quadrática pois é raiz de uma equação do 2º grau com coeficientes inteiros. O seu polinómio mínimo é:x2x10, de coeficientes inteiros (ver pág.23).

Essa equação tem uma outra raiz que é

2 5 1 

 .

É fácil mostrar que o número de ouro é um número irracional.

Para provar essa afirmação, utilizemos o raciocínio de redução ao absurdo.

Suponhamos que  é um racional, isto é

b a

 , com a , b inteiros, e m.d.c ( a , b)=1, ou seja, ae b não têm factores comuns, e  é uma fracção irredutível.

Como a ab b b a

a b

b a b a b a b a                           2 2 2 2 2 2 2 1 1 1   , então

0

0 ... 1 2 2 1 1 0           a a x a x a x a x a n n n n n

(32)

a b2 logo a b o que é um absurdo, pois por hipótese a e b não têm factores comuns. A contradição obtida prova a afirmação.

(33)

III. EXTENSÃO QUADRÁTICA DE CORPOS –

CONSTRUTIVIDADE DOS NÚMEROS

3.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Definição 3.1.1. Se a raiz de uma equação do segundo grau sobre um corpo, não pertence a , então a extensão simples algébrica ∆( ), obtida de  por junção a  , chama-se extensão quadrática de ∆.

Teorema 3.1.1. Se 1 – extensão quadrática de  então qualquer ξ  1 se exprime por radicais quadráticos sobre o corpo .

Demonstração:

Se 1 é uma extensão quadrática de , então 1= (1), onde 1 – raiz de

0 2   c bx ax onde a , b , c , a ≠ 0, 1,2 . É óbvio que 21 (1), 2  1. a b pois

(34)

(segundo as fórmulas de Viett4)            0 , 2 1 2 1 a a c a b    

Logo,   1 (1) ( 1 2)é o corpo de decomposição de f x( )ax2bx c , pois contém todas as raízes def x( ) e qualquer número de ( 1) se exprime por radicais

quadráticos sobre , pois 1,2 se exprimem em radicais quadráticos sobre .

Teorema 3.1.2. Um número ξ exprime-se por radicais quadráticos sobre um corpo  sse existe uma sucessão finita de corpos 1, 2, …, n tais que:

(i) 1- extensão quadrática de ;

(ii) i1- extensão quadrática de i; (i = 1,n1); (iii) ξ  n

Quando é que um número  é construtível ou não sobre um corpo ∆:  Se , a resposta é obvia.

 Se , então consideremos uma extensão simples (), Se é construtível sobre ∆, então todos os números de (),são construtíveis.

Quer dizer a possibilidade de construir  sobre ∆ é equivalente a possibilidade de construir todos os números de () sobre ∆.

Teorema 3.1.3 Um número ξ  IR é construtível sobre um corpo IR, sse ξ se exprime por radicais quadráticos sobre .

Demonstração:

Condição suficiente:

Suponhamos que ξ se exprime por radicais quadráticos sobre , isto é, ξ se obtém como resultado de uma sucessão finita das operações de extracção de raiz quadrática dos números de  e outras operações aritméticas.

Sabendo que os resultados das operações racionais sobre “números construtíveis”são, também, construtíveis e a raiz quadrada de um número construtível a 0é, também, construtível (pois o segmento de comprimento a é possível construir com ajuda de régua e

(35)

compasso como média geométrica entre segmentos dos comprimentos a e 1), podemos concluir que ξ é, também, construtível.

Condição necessária

Seja ξ é construtível sobre .

Isso significa que é conhecida uma sucessão finita das construções com régua e compasso que leva dos pontos de um conjunto (de coordenadas de ) ao ponto com coordenada ξ. A utilização da régua não leva fora de .

Com uma ajuda do compasso podemos construir números que pertencem a  ou a 1 –

extensão quadrática de . Aplicando os mesmos raciocínios a 1, obtemos 2 que é uma extensão quadrática de 1.

Da mesma maneira obtemos 3, 4, …,i, … – uma sucessãodas extensões quadráticas em que

cadaié uma extensões quadráticas dei-1 (iI).

Assim como a sucessão das construções é finita, num determinado passo chegamos akque contem ξ.

Logo, existe um fio de extensões quadráticas 1 2 ...k tal que k.

Segundo o teorema 3.1.2, ξ exprime-se por radicais quadráticas sobre .

3.2

CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS COM AJUDA DE

INSTRUMENTOS EUCLIDEANOS

Os problemas geométricos de construção com régua não graduada e compasso podem ser interpretadas algebricamente, utilizando o método de coordenadas.

O objectivo das construções geométricas é a construção pedida a partir dos objectos inicialmente dados.

(36)

Em cada problema de construção podemos distinguir dois sistemas de pontos: o Sistema dos pontos dados

o Sistema dos pontos procurados (a construir).

Se considerarmos os pontos num sistema de coordenadas (plano cartesiano real) podemos dizer que é dado um conjunto dos números reais (coordenadas dos pontos dados) e precisamos de determinar o outro conjunto dos números reais (coordenadas dos pontos procurados).

Quando um problema de construção é solúvel por meio de instrumentos euclideano (régua e compasso), podemos dizer que cada número procurado pode ser construído a partir dos números do conjunto dado.

Definição 3.2.1. Dizemos que um numero IRé construtível sobre um conjunto IR

M  se, sabendo coordenadas de m pontos (que pertencem a M), é possível construir com régua e compasso pelo menos um ponto que tem  como uma das coordenadas.

Tomamos: (0,1) M

Designemos por TMo conjunto de todos os números reais construtíveis sobre M, onde .

M

T M

OBS. 3.2.2: TM é sempre um corpo numérico. Pois com a, b (b ≠0)TM

São construtíveis os números a b a b ab; ; ;a ; a.

b

 

Em particular, são construtíveis todos os números racionais Q pois Q contém (0,1).

OBS. 3.2.3: Se P

 

M é corpo numérico mínimo que contem M, então cada número

 

M P

 é construtível. (pois P

 

MTM pordefinição decorpomínimo)

Em particular, qualquer número racional é construtível, pois Q é um corpo mínimo que contém (0,1).

(37)

 Sendo que a possibilidade de construir um número ξ a partir do conjunto M dos números dados é equivalente à sua construtividade a partir de P

 

M , podemos considerar o conjunto de números dados como um corpo.

 A essência algébrica de uso de régua e compasso em construções geométricas caracteriza-se pelas afirmações seguintes:

 É impossível construir um novo número sobre um corpo ∆ (número que não pertence a ∆) com ajuda de uma só régua (não graduada).

 Se um número  é construtível sobre ∆ com ajuda de compasso, então  pertence a ∆ ou a uma extensão quadrática de ∆.

Estas afirmações são consequências do facto de que as equações de rectas são lineares, e as equações da circunferência são do 2º grau.

Por isso, as coordenadas dos pontos de intersecção de tais linhas exprimem-se pelas coordenadas dos pontos que determinam essas linhas, e são racionais ou obtém-se por extracção de raízes quadráticas.

Teorema 3.2.1. Um número IR,é construtível sobre um corpo IKIR sse  se exprime por radicais quadráticos sobre IK.

OBS. 3.2.4: A resolubilidade de um problema de construção com régua e compasso e a

resolubilidade de uma equação algébrica por meio de radicais quadráticos são aspectos de um mesmo problema.

OBS. 3.2.5: No contexto do trabalho, considerando a questão de construtividade de

números expressos por radicais quadráticos, lembremos o algoritmo de construção de a:

Passo1. Construímos AB e BC tais que A B C  eAB1, BCa;

Passo2. Com centro emM (ponto médio deAC) e raio 1

2

a

MAMC  , traçamos a circunferência (M, MA).

Passo 3. Tiramos uma perpendicular a AC em B que intersecta a circunferência em dois pontos, D e D.

Passo 4. O segmento BD tem comprimento igual a a.

Demonstração:

A justificação da veracidade do processo acima descrito baseia-se no seguinte:  Seja BD = x,

(38)

 Como (critérioAA) se tem , 1 x BD BC a AB BD x    dondex2 a i é x, . ,  aBD

3.3 CONSTRUÇÃO DO NÚMERO DE OURO

Tendo em conta a fundamentação teórica, acima exposta podemos afirmar que o

número de ouro 1 5 1 1 5

2 2 2

 

pertence a Q( 5)(extensão quadrática de Q) pois

expressa-se sob a forma a b 5, onde a,bQ e pode ser construído com ajuda instrumentos euclideanos

Como é que se realiza tal construção?

O procedimento é a seguinte:

(39)

Passo 2: Determina-se o ponto médio, M, do segmento de recta AB.

Passo 3: Com o compasso em B e abertura igual ao comprimento do segmento de recta AB, traça-se uma circunferência.

Passo 4: Traça-se uma recta perpendicular ao segmento de recta AB, que passe por B, e determine-se um ponto T de intersecção da recta com a circunferência.

Passo 5: Une-se o ponto M com o ponto T. Com o compasso em M e abertura até T traça-se o arco, e determina-se o ponto G =

 

AB (M,MT)

(40)

AG - é procurado

Porque é que AG ?

Demonstração:

Mostremos que o comprimento do segmento AG é igual ao número procurado.

Realmente, Se AB 1 então MB= 2 1

.

Do Teorema de Pitágoras vem:

2 2 2 2 2 1 2 2 5 5 5 1 2 4 2 2 MTMBBTMT     MT  MT  MT    

ComoMTé um comprimento, então o seu valor tem de ser positivo.

Donde 5

2

MT  .

Da construção realizada (passo 5), sabe-se que MTMG.

Logo, 1 5 1 5

2 2 2

AGAMMGAG   AG  .

3.4 DIVISÃO DE UM SEGMENTO EM MÉDIA E EXTREMA

RAZÃO

Euclides5, escreveu uma colecção de 13 (treze) volumes sobre geometria, intitulada “Elementos ”.

(41)

Esta é uma das obras matemáticas mais importantes até ao nosso século.

A geometria euclideana está assente em definições básicas (noções primitivas) e axiomas ou postulados. A partir destes o matemático provou outros factos aos quais chamou de proposições.

Assim sendo, encontramos no Livro 6, a Definição3 que é a definição de divisão de um segmento de recta em média e extrema razão.

Definição 3.4.1. Um segmento de recta diz-se dividido em média e extrema razão quando

o comprimento total do segmento de recta está para o maior, assim como o segmento maior está para o menor.

CB AC AC AB

Como dividir um segmento em média e extrema razão?

Dado um segmento de recta AB procura-se encontrar um ponto C AB tal que

AB AC

ACCB (1)

Divide-se o segmento de recta AB em dois segmentos, de modo que o menor deles seja BC e o maior AC.

Supõe-se que ABa e ACb então de (1) vem que

b a b b a   Faz-se a b x Logo, 2 5 1 2 5 1 2 5 1 0 1 1 1 1 2 2         x x x x x x x x x x

Como se está a tratar de medidas, exclui-se

2 5 1   x . Então 2 5 1   x . Como b a b

a b a a b x 1 5 2 1 2 5 1 2 5 1                    

(42)

Nota-se que fazendo a=1 vem 2 5 1  

b . A este valor chama-se razão de ouro, ou

razão áurea.

Para se encontrar o ponto C, basta fazer a seguinte construção geométrica:

Passo 1. Traça-se o segmento AB e constrói-se o quadrado ABA'B'; Passo 2. Constrói-se M como o ponto médio de AA';

Passo 3. Prolonga-se o segmento AA' e constrói-se a circunferência de centro M e raio MB'; Passo 4. Acha-se o ponto X de intersecção da circunferência com a semi-reta AA';

Passo 5. Constrói-se o quadrado de lado A'X;

Passo 6. O prolongamento do lado DD' determina o ponto C em AB que secciona o segmento

na razão desejada.

Justificação da construção

Seja o triângulo MA B , fazendo ABaeMXd, Pelo teorema de Pitágoras vem que:

2 2 2 2 a da       2 2 2 4 a d a    5 2 a d  

(43)

logo: 5 ( 5 1) 2 2 2 a a a A X     Fazendo a =1 temos 5 1 2 A X  

(44)

VI. PROPORÇÃO DIVINA NAS CONSTRUÇÕES DE

FIGURAS GEOMÉTRICAS

Relacionadas com o Número de Ouro estão algumas figuras geométricas muito conhecidas e utilizadas na Matemática, como por exemplo o rectângulo, o triângulo, pentágono e o decágono.

De seguida será apresentado um estudo das referidas figuras geométricas.

4.1 RECTÂNGULO DE OURO. “RAZÃO ÁUREA” NUM

RECTÂNGULO

Definição 4.1.1: Um rectângulo é de ouro se a razão entre o comprimento e a largura é

(45)

Como construir um rectângulo de ouro?

Os Gregos tinham um processo simples de construir rectângulo de ouro. Vejamos os passos necessários do referido processo:

Passo 1 – Desenha-se um quadrado ABEF cujo comprimento do lado consideramos igual à unidade.

Passo 2 – Marca-se o ponto médio de um dos lados, escolhe-se por exemplo o lado BF

Passo 3 – Do ponto médio M, do segmento BF traça-se um arco cujo comprimento é igual a ME.

(46)

Demonstração:

O rectângulo obtido é o rectângulo de ouro. Porquê?

Se BF =1 então MF =

2 1

.

Pelo Teorema de Pitágoras vem que

2 2 2 2 2 1 2 2 5 5 5 1 2 4 2 2 MEMFFEME     ME  ME ME   

ComoMEé um comprimento, então o seu valor tem se ser positivo.

Donde 5

2

ME .

Pela construção feita, sabe-se que MEMC.

Então 1 5 1 5

2 2 2

BCBMMCBC   BC  , que é o comprimento do rectângulo. A largura do referido rectângulo é 1.

Logo a razão entre o comprimento e a largura do rectângulo é:

2 5 1 1 2 5 1    , que é o número de ouro.

OBS 4.1.2: Um rectângulo de ouro pode tornar-se num quadrilátero e noutro rectângulo de ouro. Deste modo FCDE é igualmente um rectângulo de ouro.

(47)

Para além do processo acima descrito, existe um outro que permite obter um rectângulo com medidas muito próximas às do rectângulo de ouro.

Passo 1 – Começa-se com um quadrado de lado unitário.

Passo 2 – Junta-se um quadrado de lado unitário de forma a formar um rectângulo.

Este rectângulo não é o rectângulo de ouro, uma vez que a razão entre o comprimento e a largura é 2.

Passo 3 – Continua-se a juntar, sucessivamente, quadrados cujos lados têm a medida do

comprimento dos rectângulos.

Este rectângulo não é um rectângulo de ouro uma vez que 1,5 2 3 argura   l o compriment

Este rectângulo não é o rectângulo de ouro, porque

) 6 ( , 1 3 5 argura   l o compriment

(48)

Este rectângulo também não é o rectângulo de ouro,

pois 8 1, 6

arg 5

comprimento l ura  

Este rectângulo não é o rectângulo de ouro, pois 1,625 8 13 argura   l o compriment . No entanto é um

valor que é muito próximo do Número de Ouro.

À medida que o comprimento aumenta, aumenta também a largura, e a razão entre o comprimento e a largura se aproxima mais do número de ouro.

(49)

“Dados um rectângulo qualquer e um triângulo inscrito no rectângulo dado, de forma que quando removido deixa três triângulos todos com a mesma área. Será que os lados do rectângulo estão divididos na mesma razão? E qual é essa razão?”

Demonstração:

Sejam: ACEF um rectângulo e

ABx ACEF ABx BCy CDw DEzunidades de medida. (1) A área do triângulo ABF é A=

2 z w x  (2) A área do triângulo é A= 2 w y (3) A área do triângulo é A=

2 y x z 

Igualando as áreas iguais dos triângulos ABF, BCD e DEF obtemos:

2 2 2 2 xwz y w xwy z x y

 

( ) x w y yw x w z z x y         yw x xw zy w z       yw y w x w z x z     

Donde se conclui que os dois lados do rectângulo são divididos na mesma razão.

Tendo em conta esse resultado, estamos em condições de determinar a referida razão.

Realmente, 1 2 1 0 2 2 2 2 2 2                z w z w z zw z w zw z w z w w z w z w z w yw y

(50)

Designando a razão

z w

por X , a última equação toma a forma:X2X10 e terá como solução positiva o Número de Ouro, ou seja,

2 5 1   . Conclui-se que x y z w    2 5 1

, isto é, cada lado do rectângulo é dividido na mesma razão,

que é o Número de ouro.

4.2. TRIÂNGULO DE OURO

Definição 4.2.1 Um triângulo diz-se de ouro se a razão entre a base e um dos seus lados é igual ao número de ouro.

Proposição 4.2.1.: O triângulo isóscele cujos ângulos têm de amplitude 72º, 72º e 36º é um triângulo de ouro.

Demonstração:

Bissecta-se o ângulo ADC, obtém-se assim o triângulo , que também é isóscele, uma vez que tem dois ângulos com a mesma amplitude.

Assim DFDC.

ADF, ADˆF 36,DAˆF 36e AFˆD108.Então o triângulo é isóscele, logo AFDF.

(51)

Tem-se que DFDC e AFDF, então DFDCAF .

O triângulo é semelhante ao triângulo porque têm de um para o outro dois ângulos respectivamente iguais (DCˆFDCˆA e DFˆCACˆD).

Como triângulo triângulo então têm de um para o outro os respectivos lados proporcionais, isto é, DC AD DF CA FC CD

 . Como DFAF e DCAF vem que r

AF AD AF CA FC AF    Faz-se FC 1então r AF r AF r FC AF      1 . 1     AF FC AC r AC 2 5 1 2 5 1 2 4 1 1 0 1 1 1    2  2                 r r r r r r r r r r r AF CA Como 2 5 1 

r é um número negativo e por definição r é positivo, logo escolhe-se

2 5 1 

r , que é o número de ouro.

Logo 2 5 1  DC AD

, isto é, a razão entre a medida de um dos lados do triângulo e a medida da

sua base é o Número de Ouro.

4.3 PENTAGRAMA PITAGÓRICO

O Pentagrama é um símbolo muito mais antigo do que se pode pensar.

Para os Pitagóricos, o Pentagrama, era um símbolo sagrado que mostrava a harmonia entre o corpo e a alma. Era também usado como um símbolo de reconhecimento entre eles. Os Pitagóricos atribuíam virtudes especiais ao pentagrama, porque é uma figura que pode ser construída com uma única linha fechada entrelaçada, por isso é considerada por eles como um símbolo de perfeição.

(52)

O Pentagrama contém o Número de Ouro.

Considere-se um pentágono regular, com as respectivas diagonais:

Proposição 4.3.1.: O quociente entre as suas diagonais e os seus lados é o Número de Ouro.

Demonstração:

Como já é nosso conhecido da geometria, a amplitude de um ângulo interno de polígono

regular com n lados é igual a: 180 360 .

n

Neste caso n5 então   

  108 72 180 5 360 180     .

O triângulo é isóscele, uma vez que AEED, então DAˆEADˆE , e AEˆD108. A soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 360 ,

logo . 36 ˆ ˆ 2 72 ˆ 2 108 180 ˆ 2 108 180 ˆ ˆ ˆ 180                        E D A E D A E D A E D A E D A E A D D E A

Como DAˆEADˆE então DÂE36º.

O triângulo é geometricamente igual ao triângulo , porque AEˆDABˆC, AE

AB e BCED.

(53)

Considere-se agora o triângulo ADC, . 36 ˆ 36 108 ˆ 36 ˆ 36 108 ˆ ˆ ˆ ˆ C A D C A D C A D C A B C A D D A E A . 72 ˆ ˆ 36 108 ˆ ˆ ˆ . 72 ˆ ˆ 36 108 ˆ ˆ ˆ                     D C A D C A D C A A C B C C D A C D A C D A A D E D

Logo o triângulo é um Triângulo de Ouro então:

4.4 DECÁGONO REGULAR

Proposição 4.4.1 O lado do decágono regular é áureo em relação ao raio da circunferência circunscrita a volta dele

Demonstração

Tendo em conta que um ângulo central relativo a cada lado do decágono mede 36º, e o facto que o triângulo OAB é isóscele (pois AO = OB = raio), das proporções trigonométricas conhecidas vem: 18º , 1 2 2 18º a sen r sen        º 18 2sen r a      1 r a 2 5 1  DC AD

(54)

4.5 A ESPIRAL MARAVILHOSA (logarítmica)

A Espiral de Ouro é baseada no padrão de quadrados que pode ser construído no interior de um Rectângulo de Ouro.

Consideremos o processo de construção desse fenómeno.

Passo 1: Para iniciar a construção de uma espiral logarítmica com régua e compasso,

desenha- se um rectângulo áureo ABCD, marcando um ponto E em AB, tal que:

CE  BD;

Passo 2: Traça-se uma perpendicular EF por E isto é EF  AB;

Passo 3: Com o centro em E, faz-se o arco BF;

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Passo 5: Com o raio HF e centro em H, traça-se o arco GF

Passo 6…etc: repete-se sucessivamente o procedimento acima, e determina-se a Espiral Logarítmica, Também chamada Espiral Equiangular.

Ao desenhar-se os arcos descritos anteriormente na construção dos quadrados, consegue-se construir a curva logarítmica conhecida pela Espiral de Ouro.

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CONCLUSÃO

Definido a estratégia, assumimos uma abordagem centrada nos mais variados paradigmas focalizando a concepção desse número e a sua função utilitária. Inferimos ser o número de ouro uma dimensão complexa na medida em que encerra conceitos como harmonia, a beleza e o equilíbrio que são, em suma, apanágio da Matemática enquanto ciência. A multidimensionalidade desse número resulta, em parte, das suas múltiplas funções, e extremas aplicabilidades. É um número que pode ser usado para reforçar conceitos sobre sistema de medição e divisão com números decimais, equação do 2º grau literal, progressão geométrica e soma, enfim pode-se tirar proveito desse “número fantástico”, sobretudo no processo ensino – aprendizagem da disciplina de Matemática onde o seu virtuosismo é de grande alcance.

Ora, se a Matemática constitui um dos pilares da realização da vida humana, é certo que o número de ouro engloba as mais variadas vertentes dessa realização. Esse número, pela sua abrangência, engloba sectores como história, biologia, zoologia, arte clássica e moderna, enfim, esse número, pela sua aplicabilidade e funções, acaba por constituir assim a perfeição das coisas. Pode-se concluir que é uma espécie de número síntese da natureza, pois nos mais variados sectores de realização técnico-científica o número de ouro pode ser aplicado. Na arquitectura e na engenharia ele pode ser a chave para equacionamento do equilíbrio, e para o estabelecimento de várias situações tendentes à resolução de vários problemas.

Não podemos deixar de focalizar ainda o lado lúdico desse número, pois as várias fórmulas existentes para a sua identificação e para a sua aplicabilidade encerram um sentido lúdico, que

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pode constituir motivação básica para despertar no aluno o gosto pela Matemática e o gosto pela descoberta. Não é de se estranhar as dificuldades que os alunos experimentam no processo de aprendizagem, mas é de se crer que o professor devidamente apetrechado pode bem contribuir para o despertar de uma nova atitude face a esta disciplina. E eis uma questão motivadora – a identificação e a descoberta do número de ouro, a sua aplicabilidade e funcionalidade.

Será sempre o número de ouro um número curioso, pelo seu significado, pela sua significância, e pelos aspectos míticos e reais que ele encerra. Atesta tal facto inúmeras situações da aplicabilidade.

Provamos ser o número de ouro um número irracional e particular nas suas funções e aplicabilidades. Desde a sua identificação até aos nossos dias, a sua trajectória continua a ter um significado crescente. Se no Egipto, por exemplo, era considerado um número sagrado (veja-se a dimensão mítica e mitológica atribuído ao número), nos tempos modernos o seu significado extrapola dessa dimensão, para chegar a uma dimensão técnico-científica. Basta ver a sua aplicabilidade na arquitectura e noutros ramos do saber e actividades humanas. Pondo a questão nesta perspectiva estamos convictos de que o número de ouro tem exercido e continua a exercer uma função utilitária nos vários domínios. Senão vejamos: a nível da arte. A essência artística na arquitectura e na pintura (traços convencionais definidos pelo artista) é revelado pelo número de ouro.

Falando ainda das virtudes que esse fabuloso número encerra (ver as gravuras estampadas no corpo deste trabalho), somos a reconhecer que a sua função utilitária realiza-se numa infinita extensão, e que devidamente explorada pode levar o homem a aplicabilidades fantásticas. Pode-se ensinar o aluno a desenhar explorando as nuances desse número, pode-se ensinar a Matemática e a Geometria aplicando as curiosidades da natureza onde impera a essência desse número. Enfim somos de opinião que o ensino de Matemática pode centrar-se no número de ouro como elemento fulcral da motivação de aprendizagem, e defendemos a necessidade dos planos curriculares a qualquer nível incluirem conteúdos programáticos que versam à volta dessa questão. Outrossim defendemos ainda a necessidade de todos aqueles que conhecem as virtualidades desse número se unirem à volta de um projecto que visa a divulgação e a projecção de um número que constitui a perfeição das coisas.

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FONTES BIBLIOGRÁFICOS

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 BIEMBENGUT, Maria Salett. “Número de ouro e secção Áurea – considerações e

sugestões para a sala de aula.”Editora da FURB, (1996);

 BOREVITCH, Z. I., CHAFAREVITCH, I. R.. “Théorie des Nombres”. Editions Jacques Gabay. Paris (1980).

 CONWAY, John H., RICHARD K. Guy. “O livro dos números”. Traduzido por José Sousa Pinto. Gradiva universidade de Aveiro, (1999).

 LELTCHUK, U. I., PALEVTCHENKO, I. I.. “Aulas práticas de Álgebra e Teoria dos

Números” Minsk (1986).

 ZAVALO S. G., KASTARTTCHUK V. N., HATSET B. I..“Álgebra e teoria dos

números”, Kiev, (1980)  http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm33/Mondrian.htm  http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm17/curiosidouro.htm  http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm17/ouro.htm  http://www.educ.fc.ul.pt/icm2002/icm203/números.htm  http://www.educ.fc.ul.pt/semtem/semtem99/sen25/css3.htm  http://members.tripod.com/caraipora/proporouro.htm  http://www.webtemplarios.cjb.net

Referências

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