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CONHECIMENTO E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA. Palavras-chave: Educação a Distância (EAD), Tecnologia da informação, Universidade.

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CONHECIMENTO E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Fernanda Aguilar Ferreira Alonso Julia Dantas de Souza Marina Drummond Machado Thiago de Freitas Oliveira

Resumo

A Educação a Distância (EAD) é um processo de ensino e aprendizagem em que professor e aluno não ocupam o mesmo espaço físico. Para tanto, a EAD é intermediada por instrumentos tecnológicos, principalmente a internet. A utilização da tecnologia tem por objetivo diminuir a distância entre professor e aluno e permitir a interação, apesar dos obstáculos físicos. Não se faz necessária, nestas condições, uma estrutura convencional de sala de aula com quadro, giz, mesas e carteiras. Todavia, a tecnologia tem grande potencial para interligar professor e alunos em um contexto de ensino e de troca de conhecimentos viabilizado independente da separação temporal e espacial. Este trabalho tem como objetivo estudar a EAD na Universidade de forma a entender os obstáculos a serem vencidos e vantagens dessa modalidade de ensino.

Palavras-chave: Educação a Distância (EAD), Tecnologia da informação, Universidade.

1. INTRODUÇÃO

A Educação a Distância (EAD) tem como princípio fundamental a separação física entre professor e aluno. Desta forma, o ensino é mediado por instrumentos tecnológicos que fazem o papel de ambiente no qual se encontram os atores. Tal modalidade de ensino permite que o aluno tenha mais autonomia na condução de seus estudos. Ainda há, no entanto, resistência por parte da comunidade com relação a este tipo de ensino. Para o discente pode haver uma visão distorcida de que um curso a distância demandaria menos empenho, o que nem sempre é verdade. Já para o docente há resistência em mudar os métodos de ensino, bem como temor pela perda do papel central do professor em sala de aula. (CAVALCANTI)

Este artigo tem como objetivo expor algumas características da EAD, de forma a explorar as vantagens dessa modalidade de ensino, bem como os principais desafios a

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serem enfrentados por aqueles que aderem e defendem este método. Para tanto, o texto apresenta uma revisão bibliográfica sobre o tema.

2. DESENVOLVIMENTO

Zuin (2006) afirma que atualmente mudanças no processo educativo/formativo

são exigidas, de tal modo que capacitem o trabalhador a adquirir habilidades necessárias para acompanhar a velocidade das inovações tecnológicas.

Assim, o processo educacional é pressionado a utilizar as ferramentas tecnológicas como instrumentos de ensino e assume a incumbência de preparar as pessoas para utilizar-se desses instrumentos, reforçando ainda mais o ciclo. Essa relação torna as pessoas e a escola ainda mais dependentes da tecnologia e de seus benefícios e malefícios, uma vez que o desenvolvimento e globalização exigem tal avanço.

Para Rosa e Maltempi (2006), a utilização de tecnologias no processo educacional permite ainda a formação de uma rede de conhecimentos, que interligados em diversos sentidos, unem-se em uma estrutura que propicia a expansão da criatividade, da imaginação, da memória e consequentemente dos sentidos.

O papel principal da EaD não é o de substituir a educação tradicional e sim complementá-la na individualização dos conhecimentos de cada cidadão, de acordo com seus perfis, preferências e habilidades cognitivas. Outra função da EaD é permitir que pessoas excluídas da educação tradicional possam ser incluídas e ter seus direitos de acesso à educação e à informação garantidos.

Segundo Maia e Meirelles (2002), há três padrões de educação à distância, classificados pelo IDE, Institute for Distance Education: ‘salas de aulas distribuídas’; ‘aprendizado independente’; e ‘estudo aberto mais aulas’. Os autores os qualificam da seguinte forma:

a) Salas de Aulas Distribuídas: esse modelo estrutura-se a partir de tecnologias capazes de levar conhecimentos a pontos diferentes no mundo. A instituição responsável pelo treinamento controla o andamento e o local onde deverá ser realizado o treinamento. As aulas envolvem comunicação

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síncrona: instrutores e estudantes combinam local e horário para se encontrarem, uma vez por semana. As instituições são capazes de atender um pequeno número de alunos em cada local.

b) Aprendizado Independente: nesse modelo os alunos podem fazer o curso independente do local onde estão e não têm que se adequar a escalas fixas de horário. Os estudantes recebem vários materiais de estudo, incluindo um programa do curso. A instituição coloca à disposição do aluno um monitor ou tutor que o acompanhará, fornecendo respostas e avaliando seus exercícios. A interação entre o monitor e o estudante é viabilizada através das seguintes tecnologias: telefone, fax, chats, correio eletrônico e correio tradicional. Não há aulas. Os alunos estudam de forma independente, seguindo fielmente o programa de curso. Os alunos podem interagir com o tutor e, em alguns casos, com outros estudantes. O curso é apresentado em forma de material impresso, CD-ROM, ou fitas de vídeo.

c) Estudo aberto + Aulas: este modelo envolve a utilização de material impresso e outras mídias, tais como fitas de vídeo cassete ou disquetes de computador, que possibilitem ao aluno estudar no seu próprio local. Outras tecnologias que envolvam os alunos também poderão ser utilizadas. Os alunos se reúnem periodicamente em grupos, em locais específicos, para receber apoio instrucional. Nas aulas discutem-se os conteúdos, esclarecem-se conceitos, realizam-esclarecem-se trabalhos em grupos, experiências em laboratórios, simulações e outros exercícios relacionados com a aprendizagem.

(MAIA E MEIRELLES, 2002, p. 3 e 4)

Atualmente, diversas universidades oferecem cursos à distância ou, simplesmente, disciplinas isoladas online, permitindo que o aluno tenha autonomia no seu processo de aprendizagem, o qual, todavia, não deixa de oferecer uma orientação acadêmica. Visto que cada indivíduo apresenta uma capacidade diferente de absorção de conhecimentos, assim como velocidade própria de compreensão das informações compartilhadas, a EAD faz-se extremamente relevante no processo de ensino-aprendizado, respeitando o ritmo de cada estudante.

O papel da EaD é tornar mais fácil o acesso do aluno à informação, tornando-o mais pró-ativo na busca de seus caminhos. Essa pró-atividade é característica da educação contemporânea, uma vez que cada aluno é um agente de sua própria formação e deve criar, dentro de certos limites, seu próprio perfil de aprendizado.

A EAD estimula, ainda, valores pessoais, como organização, responsabilidade, comprometimento, disciplina e dedicação, uma vez que administrar o próprio tempo,

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regular compromissos, alocar tarefas e, sobretudo, assimilar os conhecimentos transmitidos, requer, dos alunos, um elevado nível de empenho e participação.

A flexibilidade é uma das vantagens desta modalidade, na medida em que a responsabilidade sobre a gestão do tempo recai sobre os alunos, permitindo uma otimização do mesmo. Outro benefício percebido é economia financeira. Cursos à distância, além de apresentarem custos diretos inferiores aos demais, no que diz respeito à questão da mensalidade, possibilita economia de transporte e alimentação, por exemplo, inerentes a maioria dos estudantes que precisam se deslocar para um ambiente de ensino.

No entanto, proporcionar um curso a distância qualificado requer uma estrutura tecnológica adequada, visto que a qualidade do ensino está fomentada na capacidade de transmissão da informação desejada. Para tanto, faz-se necessária atenção por parte da equipe executora, no que tange à seleção dos recursos utilizados na viabilização deste fim e à seleção dos demais profissionais que irão alicerçar a estrutura.

Um dos maiores desafios da EAD é ampliar a relação professor-aluno e aluno-aluno, aumentando o compartilhamento de informações entre eles e os aproximando, cada vez mais, a fim de diminuir a distância entre estes agentes. O objetivo é que isto ocorra independente dos obstáculos oriundos à ausência de um contato físico entre eles.

Conforme o ABRAEAD, Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e à Distância, publicado em 2008, um em cada 73 brasileiros estuda a distância, de modo que esta taxa se encontra em crescente ascensão. O avanço tecnológico e a acelerada globalização têm atuado de maneira representativa neste modelo de ensino, uma vez que por meio da internet, a rede de compartilhamento de informações é cada vez maior, o que facilita a relação virtual entre os educadores e os alunos. Outro aspecto alicerçado por este avanço é a metodologia de ensino, visto que, a evolução da EAD também pode ser percebida, por exemplo, em vídeo-aulas-simultâneas, as quais aproximam aqueles personagens, ao simular, com riqueza de detalhes, uma aula presencial.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Flexibilizar as estruturas disponíveis para o ensino é um fator estimulante para os que buscam o aprendizado em si. A EAD é uma referência dentro das propostas que conhecemos para inovar os métodos acadêmicos, dessa forma, seus conceitos nos permitem falar em um processo de inovação pedagógica. O modelo tradicional de

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ensino, baseado na educação presencial, não deixa de ser uma alternativa no cenário da educação, mas não deve ser considerado um método absoluto. O leque de oportunidades oferecidas pela tecnologia da informação se constitui em oportunidades para a sociedade aprimorar a maneira como disponibiliza o conhecimento. Sem dúvidas, a comodidade e o poder de abrangência que envolve a EAD, são benefícios que não podem ser desprezados. Tal método de ensino possibilita que exploremos o potencial e a dinamicidade que a tecnologia oferece.

Desenvolver um sistema de EAD nas universidades envolve a mobilização de diversos agentes e, pressupõe uma organização prévia à disponibilização dos conteúdos em larga escala. Os processos de educação devem objetivar o aprendizado efetivo e, não somente, a entrega de diplomas e certificados. A responsabilidade pelo sucesso da proposta deve ser divida entre as instituições concedentes e os alunos, sendo o comprometimento de ambos, determinantes para que seja possível usufruir das vantagens da EAD e obter o conhecimento relativo ao curso.

Neste trabalho, os benefícios envolvidos na EAD receberam especial destaque para enfatizar o potencial deste método de ensino, que ainda é pouco utilizado diante das oportunidades que propicia. Obviamente, pesquisas futuras podem ser desenvolvidas para traçarmos a melhor forma de uso para a EAD, ao mesmo tempo em que as dificuldades específicas de sua aplicação podem receber maior destaque e aprofundamento.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRAEAD. Um em cada 73 braseiros estuda à distância. 2008. Disponível em: <http://www.abraead.com.br/noticias.cod=x1.asp>. Acesso em: 29 de novembro de 2012.

CAVALCANTI, C. Tendências e Possibilidades da Educação a Distância como

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<http://www.unisa.br/unisadigital/tendencias_possibilidades_ead.pdf>. Acesso em: 02 de dezembro de 2012.

MAIA, M. C. MEIRELLES, F. S. Educação à distância: O caso open university. Revista de Administração de Empresas, vol. 1, n. 1, 2002.

ROSA, M. ; MALTEMPI, M. V. A avaliação vista sob o aspecto da educação a

distância. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., vol.14, no.50, p.57-76, jan./mar. 2006.

ZUIN, A. Educação à distância ou educação distante? O programa universidade

aberta no Brasil, o tutor e o professor virtual. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 -

Referências

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