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O PEDAGOGO NA DOCÊNCIA E SUA IMPORTÂNCIA NO ENSINO- APRENDIZAGEM

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Academic year: 2021

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O PEDAGOGO NA DOCÊNCIA E SUA IMPORTÂNCIA NO ENSINO-APRENDIZAGEM

Helena Harumi Maruyama G – Pedagogia – INESUL – LONDRINA – PR Orientadora Ms. Maria Eliza Corrêa Pacheco D – Pedagogia – INESUL – LONDRINA – PR

PAINEL e-mail: helenamaruyama@yahoo.com.br Palavras-chave: pedagogo; docência; ensino-aprendizagem.

Resumo

O presente artigo está centrado na importância do papel do pedagogo como docente na relação ensino-aprendizagem, visto à necessidade de refletir sobre a ação pedagógica praticada em suas diversas concepções. O trabalho tem como objetivo verificar o processo ensino-aprendizagem permeando o papel do pedagogo na docência e apresentar a importância da reflexão na prática e do agir pedagógico para as mudanças. Para tanto foi feito levantamento bibliográfico seguido de leituras e seleções de materiais como livros, revistas e artigos especializados. O artigo está baseado nas concepções de autores como Freire (1996), Perrenoud (2000), Mizukami (1986) entre outros, sobre a ação pedagógica desse profissional e sua importância no ensino-aprendizagem. Ser educador está se tornando cada vez mais difícil, pois exige a quebra dos paradigmas e leva a pensar em uma ação pedagógica inovadora na qual o professor faça despertar a curiosidade, de acompanhar ações no desenvolvimento das atividades, facilitar e mediar na construção e assimilação ativa do conhecimento do aluno. Obtendo conhecimento acerca deste assunto desenvolvido, espera-se que o profissional compreenda melhor a importância de sua ação na docência adotando uma nova postura diferente a da tradicional.

Introdução

Frente à preocupação cada vez maior com a qualidade de ensino-aprendizagem, nota-se que na educação, o papel do pedagogo é de fundamental importância, portanto, faz-se necessária a reflexão sobre novas concepções do mesmo. Assim, o presente artigo está centrado na função do pedagogo na docência e sua importância no ensino-aprendizagem.

Na contemporaneidade observa-se que, ainda há prática pedagógica em que o professor não atua como facilitador e mediador entre o aluno e o objeto de conhecimento que promove a autonomia intelectual e moral dos educandos. Assim, para melhorar a qualidade do ensino-aprendizagem, problematiza-se, o porquê de uma parte dos professores ter resistência no que se refere à mudança na sua ação pedagógica em sala de aula.

Para tanto, verificar-se-á o processo ensino-aprendizagem permeando o papel do pedagogo na docência, bem como levar o profissional a refletir sobre

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a mudança no seu agir pedagógico, ou seja, deixar de ser detentor de conhecimento e assumir o papel de mediador e facilitador.

Considerando que o papel do pedagogo enquanto docente tem grande importância no processo ensino-aprendizagem, mas que alguns deles são resistentes a mudanças nas suas ações em sala de aula; justifica-se este artigo por entender que é importante ao profissional da educação compreender melhor esse processo e sua mudança.

Dessa forma, espera-se que ao tomar conhecimento deste trabalho os professores passem a assumir o novo papel e utilizar essa ação pedagógica para melhorar o processo ensino-aprendizagem. Portanto é relevante a realização deste, tanto do ponto de vista de nossa capacitação quanto da contribuição acadêmica.

Para a realização do artigo, inicialmente foi feito um levantamento bibliográfico a fim de inteirar-se do assunto proposto, seguido de leituras e seleções de materiais de pesquisa como livros, artigos especializados, revistas e busca em sites para redigir a fundamentação teórica do mesmo.

Fundamentação teórica

Segundo Cagliari (1992), ensinar é um ato coletivo, e que quem ensina, procura transmitir informações que julga importantes considerando a natureza do processo de aprendizagem. E aprender é um ato individual, pois cada um aprende conforme seu ritmo e depende de sua história de vida, de seus interesses e de seu metabolismo intelectual.

Na contemporaneidade, já não cabe mais a figura de o professor sendo detentor e mero transmissor de conhecimentos, e o aluno um ser passivo que os memoriza, pois conforme Libâneo (2004), o verdadeiro ensino busca a compreensão e assimilação sólida das matérias, e também é um processo que se caracteriza pela transformação intelectual do aluno criando possibilidades para a autonomia, ou seja, visando a sua habilidade e competência.

Essa concepção de ensino-aprendizagem vem de encontro com Piaget apud Mizukami (1986): o ensino deve ser baseado no ensaio e no erro, na pesquisa, na investigação, na solução de problema por parte dos alunos, e não em aprendizagem de definições e memorizações, pois ela só se realiza realmente quando o educando elabora o seu conhecimento, ou seja, a aprendizagem verdadeira se dá no exercício operacional da inteligência.

E ainda, continua a referida autora que, a aquisição do conhecimento é um processo construído durante toda a vida do indivíduo. Os fatores que influenciam no desenvolvimento e na construção do conhecimento são: maturação biológica, a experiência, a interação social, e a equilibração, processo de integrar a maturação, a experiência e a interação de modo a construir estruturas mentais (esquemas, assimilação, acomodação e equilibração).

O prazer pelo estudo não é uma atividade que surge naturalmente nas crianças, pois não é uma tarefa que realizam com satisfação, que às vezes, é tida como obrigação. Assim, o professor tem a enorme responsabilidade, pois deve ter a capacidade de fazer despertar a curiosidade dos alunos, de acompanhar as suas ações no desenvolvimento das atividades facilitando e

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mediando a construção e assimilação ativa do conhecimento. E ainda, o professor deve estar aberto às novas experiências, conhecer cada aluno procurando compreender anseios, os sentimentos, os seus problemas.

O professor, segundo Mizukami (1986), deve evitar rotina bem como fixação de respostas e hábitos. Ele deve propor problemas aos alunos, para que eles próprios busquem as soluções, exercendo papel ativo, que consiste em observar, experimentar, comparar, analisar, levantar hipóteses, argumentar, etc., cabendo ao professor, a orientação necessária para que os objetos sejam explorados pelos educandos.

Neto (2007) disse na sua palestra que ser educador é uma tarefa que está se tornando cada vez mais difícil, pois já não lhe cabe mais aquela figura de ser tradicional, ele deve ser mediador pedagógico criando possibilidade de fazer acessar àquilo de que o aluno necessita, além de estimular o ato de ele aprender.

Diante das crises evidentes que o País vem apresentando na qualidade da educação considerando principalmente conceitos de autonomia, transformação e cidadãos críticos, é importante que se faça a reflexão sobre novas competências para ensinar.

Realmente, o educador deve estar munido de preparo teórico e prático e acima de tudo amar o que faz e ter competência. Freire (1996) no seu livro intitulado “Pedagogia da Autonomia – Saberes necessários à prática educativa”, defende como deve ser um profissional competente, ou seja, aquele que entende que o ensinar não é utilizar o método tradicional, e sim que aceita o desafio da mudança, e também o diferente, assumindo riscos; que tenha consciência do inacabamento; que respeite a curiosidade, autonomia e direito do aluno; que saiba que é necessário saber escutar, pois é escutando que se aprende a falar com eles.

E ainda, a prática educativa é “afetividade, alegria, capacidade científica, domínio técnico a serviço da mudança (...)”. Freire,(1996, p.143). Deve-se lutar para transformar o mundo e não se acomodar a ela, continua o autor.

Para que o professor deixe o conceito de velho paradigma e se portar adequadamente com o seu novo papel, Perrenoud (2000) sugere em seu livro “Dez Novas Competências para Ensinar”, algumas maneiras de como o educador deve agir:

[...] nenhum referencial pode garantir uma representação consensual, completa e estável de um ofício ou das competências que ele operacionaliza. Eis as 10 famílias:

1- Organizar e dirigir situações de aprendizagem. 2- Administrar a progressão das aprendizagens.

3- Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação. 4- Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho. 5- Trabalhar em equipe.

6- Participar da administração da escola. 7- Informar e envolver os pais.

8- Utilizar novas tecnologias.

9- Enfrentar os deveres e dilemas éticos da profissão.

10- Administrar sua própria formação contínua. (PERRENOUD, 2000, p.14)

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Dessa forma, a relação ensino-aprendizagem será de melhor qualidade, pois com essas inovações, o educador terá maior entendimento no que se refere ao ensinar buscando cada vez mais distanciar-se do tradicionalismo.

Mas, toda mudança exige uma adaptação e sacrifício, pois provoca o rompimento de hábito e da rotina, ou seja, ter a obrigação de pensar de maneira inovadora aquilo que já é de costume.

Segundo Kishimoto (2006), uma das razões da resistência à mudança que encontramos hoje em nossa realidade escolar é que ela implica considerar a vontade de os profissionais envolvidos repensarem os fundamentos que sustentam suas práticas e, conseqüentemente, mudarem a si mesmos. Mas, continua a autora que, essa mudança no seu papel é possível se encarar com naturalidade.

De acordo com as abordagens psicogenéticas, o ponto de partida é o entendimento de que o indivíduo é o centro na busca do seu próprio conhecimento e a aprendizagem é o produto da atividade do sujeito e depende do desenvolvimento de suas estruturas cognitivas. (KISHIMOTO, 2006, p. 135) Considerando isso, o professor passará a agir de maneira inovadora assumindo o papel de mediador, que estimula, que desestabiliza, que desequilibra, enfim, será interlocutor que auxiliará na busca de soluções para os conflitos cognitivos do aluno, conforme afirma a autora acima citada.

Considerações finais

Após o estudo acerca do assunto deste artigo, evidenciou-se que o papel do pedagogo enquanto professor na relação de ensino-aprendizagem é de fundamental importância. Ele deverá ser um profissional bem fundamentado. Os autores que foram citados ao longo deste trabalho deixam claro que já não cabe mais o tradicionalismo e que se deve caminhar para a transformação e para a mudança visando melhorar cada vez mais a aprendizagem do aluno.

Sendo assim, o profissional deverá ser um mediador e facilitador de aquisição de conhecimento por parte do aluno, ou seja, ser capaz de despertar a curiosidade dos alunos, respeitando suas diversidades e também o seu conhecimento prévio. Assim, o educando será o protagonista no processo ensino-aprendizagem, no qual será o construtor do próprio conhecimento, resultando em assimilação ativa do saber.

Portanto, para que se tenha o processo ensino-aprendizagem de qualidade, o pedagogo deve mudar a sua ação pedagógica que está enraizada, buscando uma metodologia que venha contribuir para a formação de um cidadão crítico e reflexivo.

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Referências

CAGLIARI, L.C. Alfabetizando sem o ba, be, bi, bo, bu. São Paulo: Scipione, 1992.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 35. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

KISHIMOTO, T.M. Jogo, brinquedo, bricadeira e a educação. 9.ed. São Paulo: Cortez, 2006.

LIBÂNEO, J.C. Didática. São Paulo: Cortes, 2004.

MIZUKAMI, M.da G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: E.P.U, 1986.

NETO, M.A.S. Educação e mudanças sociais: articulações possíveis.

V S`INESUL – V Simpósio do INESUL, I Simpósio Internacional. Londrina,

Set/07.

PERRENOUD. P. Dez novas competências para ensinar. Trad. Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

MARTELLI, A.C. Aspectos históricos sobre a função do pedagogo. Educare et

Educare revista de educação, V.1, n.1, jan/jun. 2006. Disponível em:

<http://www.unioeste.br/cursos/cascavel/pedagogia/revista/EDUCARE etEDUCARE_parte_3.pdf>. Acesso em 23 out. 2007.

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