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PROJETO BÁSICO UF: CEP: MG E.A.: Prefeito CONTA CORRENTE: BANCO: AGÊNCIA: PRAÇA DE PAGAMENTO: Extrema NOME DO RESPONSÁVEL:

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1. IDENTIFICAÇÃO 1.1. Título do projeto.

PROJETO CONSERVADOR DAS ÁGUAS - PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS DE SOLO NA MICRO-BACIA DO RIBEIRÃO DO SALTO NO MUNICÍPIO DE EXTREMA/MG – AFLUENTE DO RIO PIRACICABA – BACIA PCJ.

1.2. Proponente.

ÓRGÃO/ENTIDADE PROPONENTE:

Prefeitura Municipal de Extrema – MG CNPJ: 18.677.591/0001-00

ENDEREÇO:

Avenida Waldemar Gomes Pinto nº 1.624 CIDADE:

Extrema UF: MG CEP: 37.640-000 DDD/TELEFONE: (35) 3435-1911 E.A.: Prefeito

CONTA CORRENTE: BANCO: AGÊNCIA: PRAÇA DE PAGAMENTO:

Extrema NOME DO RESPONSÁVEL:

Prefeito Dr. Luiz Carlos Bergamin CPF: 330.864.009-00

R.G./ÓRGÃO EXPEDIDOR:

16.200.382 – SSP SP CARGO: Prefeito FUNÇÃO: Prefeito MATRÍCULA: ENDEREÇO:

Avenida Waldemar Gomes Pinto nº 1.624 CEP: 37.640-000

RESPONSÁVEL PELA INSTITUIÇÃO EXECUTORA:

Paulo Henrique Pereira – meioambiente@extrema.mg.gov.br DDD/TELEFONE: (35) 3435-3620 RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO PROJETO:

Engenheiro Paulo César de Freitas – engenheiro@extrema.mg.gov.br CREA: 86.232 / D

1.3. Concedente.

ÓRGÃO/ENTIDADE:

Agência Nacional de Águas - ANA CNPJ: E.A.:

NOME DO RESPONSÁVEL: FUNÇÃO: CPF:

CI/ÓRGÃO EXPEDIDOR: CARGO: MATRÍCULA:

ENDEREÇO: CIDADE:

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2. CONSIDERAÇÕES GERAIS E JUSTIFICATIVAS.

A degradação do solo, da água e da floresta é um problema ambiental muito crítico que o Brasil está enfrentando atualmente, refletindo-se diretamente nos segmentos da segurança, do econômico, do social e do político. As soluções destes problemas, como vêm sendo demonstradas, são tecnicamente possíveis, mas os efeitos destas degradações muitas vezes persistem ou se estabelecem novamente devido à falta de consciência e educação ambiental.

Na Sub-bacia do Salto um grande volume de água deixa de infiltrar naturalmente nos solos em decorrência da redução da cobertura vegetal e do uso incorreto do solo. O déficit hídrico, aliado à ampliação das demandas de consumo de água, pode provocar um colapso no abastecimento. Outro aspecto é que os sedimentos provenientes da erosão podem ser carregados para corpos de água superficiais, provocando o assoreamento de várzeas, de rios, de lagos e reservatórios. Estes aspectos diminuem a disponibilidade de água para o ecossistema e para o consumo humano.

O primeiro passo para a solução do problema, seria a aplicação de um diagnóstico participativo, seguido da implantação de um programa de conscientização e educação ambiental, cujo tema central poderia ser a implantação de práticas conservacionistas em Sub–bacias visando à estabilização da erosão hídrica, recarga de água e a biodiversidade local. A partir de este tema construir uma consciência dos danos causados pela degradação do solo, água e floresta, particularmente os que se apresentam na região em questão. Como a implantação desse programa possui caráter permanente, a continuidade das ações, seria conduzida pelos produtores de água certificados e organizações locais que forem capacitadas e articuladas para esse fim com apoio técnico das instituições parceiras.

3. IDENTIFICAÇÃO DO OBJETIVO.

Os objetivos deste projeto é a implantação de práticas conservacionistas na Sub–bacia visando à estabilização da erosão hídrica, recarga de água e a biodiversidade local, como continuidade das ações do Programa Produtor de água

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3.1. Objetivo Geral do Projeto.

Revitalizar a micro-bacia do Ribeirão do Salto no município de Extrema, Estado de Minas Gerais, visando atender a demanda desta área, aumentar a quantidade e a qualidade de água através de ações de conservação, recuperação e manejo do solo e da água.

3.2. Objetivos específicos:

• Readequação de 15 km de Estradas Vicinais nas Sub-bacias do Salto; • Construir 900 bacias de captação (Barraginha) de águas da chuva e

canais de admissão em estradas vicinais nas Sub-bacias do Salto; • Construir sistema de terraceamento em 100 ha nas áreas cultivadas,

canais escoadouros, canais divergentes nas Sub-bacias do Salto; • Correção de Taludes (razão corte 3:1) de taludes de 3,0 metros de

altura em 2,1 km de Estradas Vicinais nas Sub-bacias do Salto.

4. METAS / PRODUTOS / RESULTADOS ESPERADOS. 4.1. Readequação de Estradas Vicinais.

Os trechos a serem readequados das estradas rurais receberão tratamentos de acordo com o Projeto da Universidade Federal de Lavras. Serão realizadas atividades para readequação de 15 km, como: Levantamento do Leito da Estrada, canaletas de drenagem, direcionamento da água pluvial para barraginhas.

Utilização de horas máquinas: Motoniveladoura (1.000) e Escavadeira Hidráulica (400).

4.2. Construção de Bacias de Captação (Barraginha) de águas da chuva e canais de admissão.

As bacias de captação de água devem considerar o máximo escoamento superficial que pode ocorrer na estrada, à capacidade de infiltração de água no

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solo do local que irá receber o escoamento para permitir a captação e o armazenamento e posterior infiltração da água advinda das estradas.

Equipamento a ser utilizado: Retroescavadeira - Gasto médio para construção da barraginha e canais (2,1 horas / Barraginha).

Tempo médio pra construir uma barraginha com deslocamento – 2,1 horas.

4.3. Construção de terraços.

O objetivo do terraço é dimensionar a implantação de terraços em áreas agrícolas, pastagens e florestas, visando o controle da erosão hídrica e a recarga de água, na sub-bacia do Salto, no município de Extrema, MG.

Equipamento a ser usado: Trator de Esteira Execução dos terraços:

Em 100 ha x Gasto na construção do terraço 4,5 horas /ha = 450 horas

4.4. Correção de Taludes. (razão corte 3:1).

Correção de 2,1 Km, na razão de 3:1, de taludes de 3,0 metros de altura. Equipamento a ser usado: Trator de Esteira tipo Escavadeira Hidráulica.

Observação:

Será apresentado um relatório com todas as atividades desenvolvidas no projeto com documentação fotográfica.

5. METODOLOGIA / ESTRATÉGIA DE AÇÃO.

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Ministério do Meio Ambiente na busca de financiamentos que apoiassem a elaboração de um plano de gestão dos recursos hídricos no município.

O conceito do projeto “Água é Vida”, do qual o “Conservador das Águas” é um desdobramento direto, nasceu em 1999, após a experiência municipal de execução do Projeto de Execução Descentralizada (PED), componente do Plano Nacional de Meio Ambiente (PNMA), direcionado para o manejo de bacias hidrográficas, realizado em 1996 e 1998.

Na execução desse trabalho, a equipe municipal pode perceber a necessidade de investimentos é um bom diagnóstico, base para os projetos relacionados com o manejo de bacias.

Utilizando recursos do MMA somado a recursos municipais desenvolveu-se uma série de estudos, avaliando a situação das 07 sub-bacias da bacia hidrográfica do rio Jaguarí e propondo ações com vistas à proteção do meio ambiente, em especial dos recursos hídricos.

A Prefeitura desenvolveu o diagnóstico, utilizando-se de imagens de satélite, um sistema de informações geográficas e um banco de dados digital contendo o cadastro de todas as propriedades rurais e empreendimentos identificados. Com base nesse diagnóstico foi possível, ainda no âmbito do projeto “Água é Vida” realizar melhorias nas estradas rurais com a construção de sistemas de drenagem e captação de água e iniciar o monitoramento quali-quantitativo dos principais cursos de água do município. Este trabalho, associado com a ativa participação dos representantes municipais no PCJ e a interação com a equipe técnica da ANA que estava desenvolvendo estudos com vistas à implementação do Programa Produtor de Água, constituíram a base do novo projeto.

A partir daí, numa ação inédita, a Prefeitura Municipal de Extrema desenvolveu o projeto “Conservador das Águas” que previa dentre outras ações, a utilização de recursos municipais no pagamento de incentivos aos produtores rurais que se dispusessem a fazer uma adequação ambiental de suas propriedades.

Apesar de baseado nos mesmos conceitos do Programa Produtor de Água, o projeto “Conservador das Águas” tem peculiaridades próprias, notadamente na forma de remuneração dos prestadores de serviços ambientais. Ele considera a adequação ambiental da propriedade e em função disso remunera a propriedade

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como um todo. Já o Programa Produtor de Água avalia e remunera a área que comprovadamente fornece os serviços ambientais.

Por se tratar de uma região prioritária para a produção de água, conforme apontado no Plano de Recursos Hídricos da bacia hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí – PCJ, os trabalhos de conservação de água e solo na bacia hidrográfica do Jaguarí são de fundamental importância para a sustentabilidade do Sistema Cantareira.

Com esse objetivo a Prefeitura Municipal de Extrema desenvolveu o projeto com vistas a criar mecanismos que possibilitassem o desenvolvimento de ações voltadas à melhoria da qualidade da água e a ampliação de sua oferta com permanência ao longo de todos os meses do ano.

O projeto “Conservador das Águas” teve seu início oficial com a promulgação da Lei Municipal nº 2.100, de 21 de dezembro de 2005, essa lei cria o projeto e se torna a primeira lei municipal no Brasil a regulamentar o Pagamento por Serviços Ambientais relacionados com a água.

A grande novidade da Lei é o seu artigo 2º que autoriza o Executivo a prestar apoio financeiro aos proprietários rurais que aderirem ao Projeto “Conservador das Águas” mediante cumprimento das metas estabelecidas. Este apoio será dado a partir do início da implantação das ações e se estenderá por um período mínimo de quatro anos.

O caráter inovador do projeto, baseado no Pagamento pelos Serviços Ambientais atraiu diversos parceiros, no âmbito federal a Agência Nacional de Águas que já tinha em curso o Programa Produtor de Água, em nível estadual o Instituto Estadual de Florestas (IEF-MG), em nível de bacia o Comitê PCJ Federal e da sociedade civil as ONG’s focadas em conservação da biodiversidade a TNC e a SOS-Mata Atlântica. Ficou assim definido o papel das diversas entidades parceiras:

Agência Nacional de Águas - ANA

- Apoio técnico

- Monitoramento Água - Conservação de Solo

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- Mapeamento das Propriedades - Gerenciamento do Projeto

IEF-MG (Pró-Mata)

- Insumos (cercas, adubos, calcáreo herbicidas)

- Apoio ao processo de comando e controle - averbação da reserva legal das

propriedades

TNC

- Financiamento das ações de Plantio, manutenção e cercamento das áreas ( mão de obra e alguns insumos

- Monitoramento Biodiversidade e Comunidade

SOS Mata Atlântica - Fornecimento de mudas

Comitê PCJ - Apoio às ações de conservação de solo

A expectativa dos executores e parceiros do projeto “Conservador das Águas” é de que a adequação ambiental das propriedades rurais e a geração de renda aos proprietários direcionarão o desenvolvimento sustentável da região.

5.2. Atividades / metas a serem executadas no projeto.

As metas a serem executadas no projeto “Conservador das Águas – Práticas conservacionistas de solo na micro-bacia do ribeirão do salto no município de Extrema – MG – Afluente do rio Piracicaba – Bacia PCJ”, serão as seguintes:

1. Readequação de Estradas Vicinais.

Para a construção destas barragens serão utilizadas as técnicas desenvolvidas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA.

Serão realizadas as adequações das estradas vicinais em 15 km na sub-bacia do Salto.

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Fazer camalhões ao longo das estradas para quebrar a energia cinética da enxurrada e orientar o escoamento para estruturas receptoras. Na instalação dos camalhões escarificar a faixa de solo onde será locado o camalhão para possibilitar maior aderência no solo, o volume de aterro dos camalhões e de 863 m3. Quando

necessário utilizar estruturas denominadas paliçadas (barreiras de estacas de eucalipto ou bambu) ao longo de lançantes de estradas, espaçadas conforme dimensionamento para locação de bacias de captação. Em situações críticas de solo adotar estruturas de alvenaria como: calhas, tubulações de concreto ou PVC, bueiros e escadas dissipadoras de energia. Em alguns trechos de estradas serão necessários elevação do leito e suavização dos taludes (corte 6.468 m3). Utilizar pavimentos alternativos no leito da estrada (pedrisco de granito e outros), sendo que o revestimento deve atingir uma espessura de 0,05 m (aterro 4.313 m3). Os materiais granulados indicados para revestimento devem ser resistentes e ter dimensão superior a 2,5 cm, objetivando a infiltração e drenagem da água para as laterais da estrada. O leito da estrada deve ter o formato convexo com inclinação de 2 a 8% no sentido do centro para as laterais.

2. Construção de bacias de Captação de águas e canais de admissão.

Para a construção destas bacias serão utilizadas as técnicas desenvolvidas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA.

O equipamento a ser utilizado será uma retroescavadeira, a mesma será contratada de uma empresa de terraplenagem. O gasto médio de horas para a construção de uma barraginha e canais é de 2h e 10 min.

Serão construídas 900 “barraginhas” a margem das estradas vicinais, em locais estratégicos para aumentar o controle da erosão e ajudar na recuperação de áreas degradadas.

Para locar uma bacia de captação de água, devem-se considerar as particularidades de cada trecho da estrada. Porém, de modo geral, tira-se uma perpendicular à linha lateral da estrada dessa traça-se a linha que é a bissetriz do ângulo. Essa bissetriz corresponderá ao canal de admissão à bacia e o

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admissão, deve ser tal que a declividade fique em torno de 1 a 3%. O segundo ponto será a referencia para locação do raio e da circunferência da bacia. Através de um piquete localizado neste segundo ponto, amarra-se uma linha de comprimento igual ao raio previamente escolhido e loca-se a circunferência da bacia. Após a etapa de locação define-se a profundidade (1,0m) e o raio (3,0 m) da bacia inicia-se o trabalho de perfuração da mesma, o volume de corte está na ordem de 11.650 m3, na seqüência inicia-se a construção do canal de admissão que apresenta um volume de corte na ordem de 863 m3. A melhor época para construção das bacias de captação de água na região estudada é após o período das chuvas que estende de maio a outubro.

3. Construção de terraços e canais.

Para a construção destes terraços e canais serão utilizadas as técnicas desenvolvidas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA.

Complementando os trabalhos realizados na micro-bacia do Salto serão implantados terraços e canais em uma área de 100 ha. Será utilizado apenas o trator de esteira, a média estimada de horas para a construção dos terraços será de 450 horas.

Os terraços terão o objetivo de melhorar a infiltração da água da chuva no solo, conseqüentemente diminuir o avanço de processos erosivo e melhorar o abastecimento de água na sub-bacia do Salto.

Os terraços quanto à função podem ser em nível ou em desnível (gradiente). O primeiro tem o objetivo de reter o deflúvio superficial para posterior infiltração da água no solo, enquanto o último é construído para interceptar e escoar disciplinadamente o excesso de água que escoa na superfície. Neste trabalho, optou-se por fazer o terraço com gradiente constante por se tratar de solos com moderada a baixa capacidade de infiltração de água no solo (Latossolos, Argissolos e Cambissolos). Para tal, serão selecionadas situações representativas ocorrentes nas sub-bacias em estudo. As áreas de Neossolos e algumas áreas com Cambissolos serão destinadas à preservação da biodiversidade e recarga de água.

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Os canais escoadouros devem suportar a vazão do final de cada terraço em gradiente, de modo a conduzir as águas com segurança. Adotaram-se as seguintes medidas para o canal escoadouro, de seção triangular: Largura (L) de 3,0 m e profundidade (p) de 0,80 m. Sugerem-se algumas práticas complementares para atenuar a energia cinética ao longo dos canais divergentes, como a sua revegetação e o uso de paliçadas de bambu em espaçamentos eqüidistantes em 30 m.

4. Correção de taludes.

Para a correção dos taludes serão utilizadas as técnicas desenvolvidas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA. O equipamento a ser utilizado será um trator esteira tipo escavadeira hidráulica, o equipamento será contratado de uma empresa de terraplenagem. Serão realizados 2,1 km de correção de taludes, o gasto médio de horas para a correção dos taludes é de 84h/km, totalizando 176 horas de trabalho.

Utilizar a hidrosemeadura em algumas situações crítica de talude, seguindo às recomendações de correção, adubação e uso de espécies vegetais recomendadas para a região. A inclinação dos taludes deve ser na faixa de 2:1 a 3:1 (corte de 6.468 m3). As leguminosas recomendadas para vegetação de

taludes são as seguintes: feijão guandu, crotalária, feijão de porco, amendoim bravo, mucuna preta, soja perene e outras nativas da região. Uso de bordaduras vegetais na borda superior do talude (capim vetiver, grama batatais, capim cidreira e outros). Na ocasião de correções no leito da estrada com o uso de máquinas com lâminas (moto niveladora), evitar o corte da saia do talude. A exposição do horizonte C torna o talude suscetível ao deslocamento ou escorregamento de massa. Quando necessário o estabelecimento de dissipadores de energia da enxurrada.

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A equipe técnica do projeto será composta pelos profissionais listados abaixo, a equipe será responsável pela parte administrativa, operacional e pela contratação das áreas a serem executadas as atividades do projeto.

Equipe técnica responsável pelo projeto.

Nome Cargo

Paulo Henrique Pereira Gestor Ambiental

Benedito Arlindo Cortez Coordenador

Paulo César de Freitas Engenheiro

6. MANUTENÇÃO E EQUIPAMENTOS.

O projeto terá como parceiros a Agencia Nacional das Águas – ANA e a Prefeitura Municipal de Extrema.

A manutenção do projeto após a sua implantação será realizada pela equipe de funcionários do Projeto Conservador das Águas, onde serão realizadas periodicamente as conservações das estradas, barraginhas, terraços e se necessário às correções de taludes, a manutenção será necessária principalmente para a trafegabilidade no local da sub-bacia.

Equipamentos a serem utilizados.

Tipo de Máquina Execução

Motoniveladoura Empresa contratada

Escavadeira Hidráulica Empresa contratada

Retroescavadeira Empresa contratada

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7. DETALHAMENTO DOS CUSTOS.

Os valores foram baseados na Revista Informador das Construções Maio /2010 e nos processos licitatórios já consumados do município de Extrema. Segue em anexo 3, planilha de valores indicados pala revista.

7.1. Readequação de Estradas Vicinais.

(RECURSO DO CONCEDENTE).

Utilização de horas máquinas: Motoniveladoura (1.000) e Escavadeira Hidráulica (650).

Custo médio hora/máquina alugada: R$ 100,00 Custo por Km.: R$ 11.000,00.

Custo Total da Meta 1: R$ 165.000,00.

7.2. Construção de Bacias de Captação (Barraginha) de águas da chuva e canais de admissão.

(RECURSO DO CONCEDENTE). Custo / Barraginha

Retroescavadeira - Gasto médio para construção da barraginha e canais (2,1 horas / Barraginha).

Tempo médio pra construir uma barraginha com deslocamento – 2,1 horas. Custo médio hora/máquina alugada: R$ 100,00

R$ 100,00 x 2,1 horas x 900 barraginhas

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7.3. Construção de terraços.

(RECURSO DO CONCEDENTE).

Equipamento a ser usado: Trator de Esteira. Execução dos terraços:

Em 100 ha x Gasto na construção do terraço 4,5 horas /ha = 450 horas. Hora trator de Esteira R$ 100,00 X 450 = Custo Total de R$ 45.000,00. Custo por hectare: R$ 450,00

Custo total da Meta 3: R$ 45.000,00.

7.4 - Correção de Taludes. (razão corte 3:1)

(RECURSOS PARTE DO CONCEDENTE PARTE CONVENENTE). Correção de 2,1 Km, na razão de 3:1, de taludes de 3,0 metros de altura. Equipamento a ser usado: Trator de Esteira tipo Escavadeira Hidráulica. Correção de Taludes:

Em 2,1 km x Gasto na correção 84 horas / km = 176 horas.

Hora trator de Esteira tipo Escavadeira Hidráulica R$ 100,00 X 176 horas - Custo Total R$ 17.600,00.

Custo por quilometro - R$ 8800,00

Custo Total da Atividade 4: R$ 17.600,00.

Tabela 1: Planilha de Gastos (Concedente) OSTPJ.

Atividade Tipo de maquina Nº de horas / Quantidade Preço por hora Preço total

Motoniveladoura 1.000 100,00 100.000,00 1 Escavadeira Hidráulica 650 100,00 65.000,00 2 Retroescavadeira 1890 100,00 189.000,00 3 Trator de Esteira 450 100,00 45.000,00 4 Escavadeira Hídráulica 9,36 100,00 936,00 Valor Total 399.936,00

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Tabela 2: Planilha de Gastos (Convenente) Material de Consumo.

Atividade Material Nº de horas Preço por hora Preço total

4 Escavadeira Hidráulica 166,64 100,00 16.664,00

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Tabela 3: Planilha demonstrativa das inversões ao longo da implementação do projeto.

ESPECIFICAÇÕES ETAPA UNID QUANT. INICIO TÉRMINO V. TOTAL 1ª PARC. (2010) 2ª PARC. (2011) ANA PROPONENTE TOTAL Conservação, recuperação e manejo

do solo e da água

Readequação de estradas vicinais. 1.1 km 15 11/10 12/11 165.000,00 100.000,00 65.000,00 165.000,00 165.000,00 Construção de Bacias de Captação de

águas e canais de admissão. 1.2 unid 900 11/10 12/11 189.000,00 - 189.000,00 189.000,00 189.000,00 Construção de terraços e canais. 1.3 ha 100 11/10 12/11 45.000,00 - 45.000,00 45.000,00 45.000,00 Correção de taludes (razão corte 3:1). 1.4 km 2,1 11/10 12/11 17.600,00 - 936,00 936,00 936,00

Contrapartida

Correção de taludes (razão corte 3:1). - 16.664,00 16.664,00 16.664,00

TOTAL 416.600,00 100.000,00 316.600,00 399.936,00 16.664,00 416.600,00

Concedente 1ª Parcela R$ 100.000,00

2ª Parcela R$ 299.936,00

Proponente 1ª Parcela R$ 16.664,00

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8. MEMORIAL DE CÁLCULO / DIMENSIONAMENTO DE BACIAS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS NA SUB – BACIA DO SALTO, EXTREMA, MINAS GERAIS.

Ao dimensionar as bacias de captação de água, deve-se considerar o máximo escoamento superficial que pode ocorrer na estrada, à capacidade de infiltração de água no solo do local que irá receber o escoamento para permitir a captação e o armazenamento e posterior infiltração da água advinda das estradas.

Segue memorial de cálculo de acordo com o Projeto da Universidade Federal de Lavras.

8.1. Memorial de Calculo.

Utilizaram-se os programas SIG (Sistema de Informação Geográfica) e o Spring 5.0.5 (Camara et al, 1996), para vetorização do mapa disponível na extensão pdf (Portable Document Format) fornecido pela Prefeitura Municipal de Extrema, MG. Na Figura 1 observa-se as estradas, a hidrografia e os pontos dos perfis de solo já coletados, analisados e classificados.

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Na Figura 2 observa-se o traçado das estradas principais e de acesso às propriedades rurais pertencentes ao programa “Produtor de Água”. As Sub-bacias do Salto e Pitangueiras apresentam em conjunto uma extensão de 34,5 km

(34.500 m) de estradas não pavimentadas, necessitando de implantação de um programa de conservação do solo e da água.

Figura 2. Delimitações, áreas executada e não executada e estradas principais e

de acesso local, nas Sub-bacias Saltos e Pitangueiras.

8.1.1. Declividade da estrada.

Temos que considerar as declividades médias dos trechos de estradas, que embora não contribua para o aumento do volume da água, determina variações na velocidade da mesma, motivo pelo qual o espaçamento entre as bacias deve sofrer reduções, diminuindo a capacidade erosiva da água e aumentando a segurança do sistema.

Por meio dos dados do SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) disponibilizados pela Embrapa através do Centro Nacional de Monitoramento por Satélite (EMBRAPA, 2009) e o programa SIG Spring, gerou-se o mapa de relevo (Figura 3), e a distribuição percentual das classes de relevo (Tabela 4).

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Figura 3. Mapa de classes de relevo das Sub-Bacias do Salto e Pitangueiras.

Tabela 4. Tipos de relevo, classe de declividade, área e distribuição para a Sub-Bacia do Salto e Pitangueiras, Extrema, MG.

Distribuição

Relevo Classes (%) (%) (ha)

Plano 0 - 3 2,15 85,50 Suave Ondulado 3 - 8 6,50 258,51 Ondulado 8 - 20 31,05 1.234,86 Forte Ondulado 20 - 45 51,66 2.054,52 Montanhoso 45 - 100 8,59 341,62 Escarpado > 100 0,05 1,99 Total 100 3.977,00

Observa-se que 39,7% da área das sub-bacias apresentam declividade inferior a 20% e 60,3% superior a 20%. As bacias de captação de água são recomendadas para estradas com declividade até 20%, acima desse limite sua

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de calhas, bueiros e escadas hidráulicas objetivando o direcionamento do fluxo de enxurrada, dissipando a energia cinética e evitando a erosão hídrica.

8.1.2. Intensidade Máxima de Precipitação.

São definidas como o conjunto de chuvas originadas de um mesmo evento meteorológica, cuja intensidade ultrapassa certo valor. Esses eventos podem variar de minutos até algumas horas. Ao dimensionar as bacias de captação de água, os terraços e os canais (escoadouros e divergentes), é exigido o uso das precipitações intensas, ocorridas no local de interesse, para definição da chuva de projeto a partir do qual é obtida a vazão e o volume crítico a ser utilizado.

Neste projeto consideramos precipitações intensas com períodos de retorno de 10 anos, no qual julgamos que seja uma boa recomendação para conferir segurança e economia à implantação do sistema, conforme equação de intensidade, duração e freqüência da precipitação, conforme representação abaixo (Pruski et al. 2006 e Pruski et al. 2009).

Através do programa PLÚVIO 2.1 (Pruski et al. 2006) calcularam-se os parâmetros da equação para o município de Extrema, sendo K = 1981,278; a = 0,173; b= 19,181 e e = 0,864. Para a região de Extrema (MG), para um período de retorno de 10 anos, calculamos a intensidade máxima média de precipitação (Im) de 131 mm em 24 horas.

Im = K Ta/(t + b)c (1)

Onde:

Im é a intensidade máxima média de precipitação, mm h-1;

T é a período de retorno, anos; t é a duração da precipitação, min;

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Tabela 5. Valores de intensidade máxima média de precipitação (Im), para a

região de Extrema (MG), para períodos de retorno de 1, 5, 10, 15 e 20 anos.

K a b e t T Im Im24 min anos mmh-1 mmh-1 1981,278 0,173 19,181 0,864 1440 1 3,657 88 1981,278 0,173 19,181 0,864 1440 5 4,831 116 1981,278 0,173 19,181 0,864 1440 10 5,447 131 1981,278 0,173 19,181 0,864 1440 15 5,843 140 1981,278 0,173 19,181 0,864 1440 20 6,141 147

8.1.3. Erodibilidade e Uso do Solo.

Os solos dominantes nas Sub-bacias dos Saltos e Pitangueiras, no município de Extrema, MG, são Neossolos Litólicos, Cambissolos, Argissolo Vermelho-Amarelo e Latossolo Vermelho-Amarelo (Figura 4 e Tabela 6), estes ambientes apresentam relevo plano a montanhoso (Figura 2 e Tabela 6).

(21)

Litólicos e os Cambissolos com teores mais elevados de silte e areia em relação à argila, baixa infiltração de água, tendência ao encrostamento, estes aspectos conferem a estes solos valores de erodibilidade elevada, sendo destinado apenas ao pastoreio, com grandes restrições e totalizando 48% da área das Sub-bacias estudadas (Tabela 6). Os Gleissolos e Neossolo Flúvico ocorrem em 7% da área é não apresentam riscos de erosão por ocorrer na cota mais baixa das Sub-bacias, caracterizando ambientes de deposição. Associados aos solos rasos têm os Argissolos, distribuídos em 19% da área, que são solos relativamente mais profundos e presença de horizontes diagnósticos B textural com moderada resistência á erosão hídrica. Os Latossolos caracterizam pela profundidade, ocorrem em relevo plano a ondulado e apresentam atributos físicos que conferem a estes solos boa resistência a erosão hídrica, assim adotamos para este projeto o valor do fator K moderado e baixa 1,10 e 0,90, respectivamente (Tabela 7).

Tabela 6. Distribuição dos solos nas Sub-Bacias do Salto e Pitangueiras. Distribuição

Solos ha %

NEOSSOLO LITÓLICO 514,05 13

CAMBISSOLO 1.380,23 35

GLEISSOLO + NEOSSOLO FLÚVICO 279,68 7

ARGISSOLO + CAMBISSOLO 738,23 19

LATOSSOLO 1.064,81 27

TOTAL 3.977,00 100

Nas cotas mais altas existe a possibilidades de déficit hídrico para as plantas (pastagens e espécies arbóreas), devido à baixa capacidade de armazenamento de água destes solos rasos e o escorrimento superficial, intensificado pela exposição da rede natural de drenagem. Estes aspectos caracterizam estes sistemas como instáveis e existe possibilidade de perda de solos, água, nutrientes e carbono orgânico por erosão hídrica. Na ocasião de implantação das espécies arbóreas, estes solos devem ser cultivados no sistema manual, com covas profundas e adubação, objetivando uma maior proteção destes solos desses ambientes.

(22)

Tabela 7. Grupos de resistência à erosão hídrica para as principais classes de solos é o índice K.

8.2. Cálculo de espaçamento entre bacias.

O sistema de bacias será dimensionado considerando-se bacias em série ao longo das estradas. A recomendação do cálculo de espaçamento entre bacias deve considerar a declividade da estrada e a resistência do solo a erosão hídrica (erodibilidade – fator K). O espaçamento entre bacias foi determinado empregando a fórmula para espaçamento entre terraços proposta por Bertoni (1959), conforme a equação abaixo.

EH = 4518 * K * D-0,42 (2)

Onde:

EH = espaçamento entre bacias, em m;

K= fator de resistência do solo a erosão, adimensional; D = declividade, em %.

8.3. Cálculo do volume de água captado nos trechos de estradas a ser retido pela bacia.

(23)

O volume da enxurrada a ser retido pela bacia, foi calculado pela equação abaixo:

VT = EH * L * I (3) Onde:

EH = espaçamento entre bacias, em m; L = largura da estrada, em m;

I = intensidade da chuva em 24h, em m.

8.4. Cálculo do volume da bacia de captação de água.

O volume correspondente a bacias de formatos circulares é definido pela equação abaixo:

VB = π * P2 (R – (P/3) (4) Onde:

P = profundidade da bacia, em m; R = raio da bacia, em m;

O volume total (VT) é igual ao volume da bacia (VB). VT = VB

8.5. Cálculo da profundidade e do raio da bacia da bacia de captação de água.

A profundidade e o raio da bacia foram determinados pelas equações 5 e 6, respectivamente;

Deduções:

Sen (45°) = 0,707 Cos (45°) = 0,707

Relação R/P = 0,707/(1-0,707) = 2,41 Maior inclinação do talude = 100% Talude = 1/1 P = (VB/6,52)1/3 (5) Onde: P = profundidade, em m; VB = volume, em m3: R = 2,41 * P (6)

(24)

Onde:

R= raio, em m;

P= profundidade, em m.

8.6. Dados do projeto.

As declividades estabelecidas para os dimensionamentos foram definidas conforme as classes de declividades apresentadas na Tabela 4 e Figura 3. A largura da estrada (L) considerada no projeto é de 5 m. A precipitação máxima (Im) adotada no projeto será de 131 mm, em 24 horas, considerando um período

de retorno de 10 anos (Tabela 5) e o fator K será de 0,90 e 1,10 (Tabela 7). A malha total de estradas não pavimentadas na bacia está na ordem de 34.500 m (Figura 2) e serão realizadas as locações de bacias de captação de água em 50% dos trechos de estradas, totalizando 17.250 m de estradas.

Na Tabela 8 observam-se os resultados do dimensionamento das bacias de captação de água para cada classe de declividade das estradas. Os trechos que apresentaram declividades superiores a 20% e inferior a 1% não foram realizados os dimensionamentos das bacias de captação. O espaçamento entre bacias, o volume das bacias e o raio das bacias apresentaram uma amplitude de 12 a 31 m; 8 a 21 m3 e 3 a 4 m, respectivamente, as profundidades das bacias

foram de 1 m. Objetivando facilitar as operações de construção das bacias adotaremos o espaçamento médio de 20 m entre bacias, o raio de 3 m e a profundidade de 1 m (Tabela 8). O número total de bacias a serem locadas nas estradas são 900.

Tabela 8. Classes de declividade e valores de espaçamento horizontal, volume, profundidade e raio das bacias de captação de água, sub-bacias dos Saltos e Pitangueiras, Extrema, MG.

K EH L Im VT P R

Classe de Declividade (%) --- m --- m m3 --- m ---

(25)

10 18 12 1 3 3 1,1 31 5 0,131 21 1 4 8 1,1 21 5 0,131 14 1 3 20 1,1 14 5 0,131 9 1 3 10 22 15 1 3 10 20 13,5 1 3

K: Fator de resistência do solo a erosão hídrica; EH: Espaçamento horizontal entre as bacias de captação de água; L; Largura da estrada; IM: intensidade máxima da precipitação em 24 horas; VT e VB: volume total e das bacias; P: Profundidade das bacias; R: Raio das bacias.

8.7. Dimensionamento de Terraços.

8.7.1. Dimensionamento do espaçamento entre terraços em gradiente.

O espaçamento vertical entre os terraços em cada área homogênea foi calculado com o uso da equação indicada por Bertolini et al. (1993):

EV = 0,4518. K. D058 ((U + M) /2), Onde:

EV: espaçamento vertical (m);

K: Índice que expressa a resistência do solo á erosão hídrica - tabelada (erodibilidade);

D: declividade máxima da área (%);

U: fator cobertura do solo - tabelado (adimensional);

M: fator de manejo que expressa o preparo do solo e o manejo dos restos culturais - tabelado (adimensional).

Com base no mapa de levantamento topográfico planimétrico, calculou-se a declividade média (D = 10%) em cada área homogênea. O índice que expressa a resistência do solo à erosão hídrica (K) é obtido na Tabela 9 simplificada para atender ao estudo específico (Lombardi Neto, 1994). A erodibilidade do solo depende dos atributos mineralógicos, químicos e físicos do solo. Os solos com moderada resistência à erosão hídrica pertencem às classes de Latossolos e Argissolos e baixa resistência á erosão hídrica os Cambissolos mais profundos.

(26)

A cobertura do solo retirada de Tabela 2.2 está baseada em estudos mostrando que as diferentes culturas apresentam efeitos diversos nas perdas de solo e água por erosão hídrica, isso demonstra que cada cultura, devido à densidade de cobertura vegetal e do sistema radicular, influi diretamente no processo erosivo. (Lombardi Neto, 1994).

Tabela 9. Agrupamento de solos, principais atributos físicos e resistência a erosão hídrica.

Atributos Avaliados Grupo

Profundidade Permeabilidade Textura Razão

Textural K Moderada Profundo (1,0 a 2,0 m) rápida/rápida rápida/moderada Arenosa/arenosa Arenosa/média Arenosa/argilosa Média/argilosa Argilosa/muito argilosa 1,2 a 1,5 1,10 Baixa Moderadamente profundo (0,5 a 1,0 m) Lenta/rápida Lenta/moderada Rápida/moderada Arenosa/média Média/argilosa Arenosa/argilosa Arenosa/ muito argilosa > 1,5 0,90

Baseando nos dados de pesquisa relativa à intensidade de perdas de solo e água, as principais culturas foram reunidas em sete grupos, recebendo cada grupo um índice a ser utilizado como fator de cobertura, os valores utilizados neste dimensionamento estão listados na Tabela 10 adaptada da original de Lombardi Neto (1994). Para o estudo específico foram selecionados os grupos de culturas mais utilizados nas Sub-bacias estudadas.

(27)

Tabela 10. Grupo de culturas e seus respectivos índices.

Grupo Cultura Índices (U)

3 Batata e hortaliças 1,00

4 Milho e sorgo 1,25

6 Pastagens e capineira 1,75

7 Eucalipto, pinos e araucária 2,00

Na Tabela 11 observa-se os grupos de preparo de solo e manejo dos restos culturais recomendados para as sub-bacias dos Saltos e Pitangueiras visando à conservação do solo e da água (Lombardi Neto, 1994). Para as Sub-bacias estudadas selecionamos o grupo 2 que apresenta como preparo primário o uso de arado de disco ou aiveca, no preparo secundário utilizamos a grade niveladora e os restos culturais são incorporados no solo, estes implementos são mais utilizados para pequenos e médios agricultores e no grupo 5 cinco utilizamos o plantio sem revolvimento do solo e os restos culturais são mantidos na superfície do solo, caracterizando o plantio direto.

Tabela 11. Grupo de preparo do solo e manejo dos restos culturais com seus respectivos índices.

Manejo do solo Grupo Preparo primário Preparo Secundário Restos Culturais Índices (M) 2 Arado de disco ou aiveca

Grade niveladora incorporados 0,75

5 Não tem Plantio sem revolvimento

em sulcos ou cova (plantio direto)

Superfície do terreno

2,00

O espaçamento vertical entre terraços, foi calculado considerando a condição de terraços em gradiente constante, resistência do solo a erosão hídrica classificada em moderada a baixa, índice de cobertura vegetal, e preparo do solo e manejo dos restos culturais conforme tabelas 9, 10 e 11, respectivamente. O

(28)

espaçamento horizontal entre terraços foi calculado levando-se em conta a declividade em cada encosta, através da equação: EH = 100.(EV/D), onde EH: espaçamento horizontal (m). Os resultados destes cálculos são apresentados na Tabelas 12.

Desse modo, considerando os fatores apresentados, a indicação técnica de espaçamento horizontal entre terraços (EH) pode ser observada na Tabela 12 para todas as áreas. Entretanto, levando-se em conta que os sistemas florestais e de pastagens são pouco expositores ao processo erosivo, pode-se ajustar o espaçamento horizontal de modo a compatibilizar a implantação do sistema de conservação do solo com o sistema de cultivo a ser adotado. Não recomendamos o cultivo com Batata em solos com baixa resistência à erosão hídrica (Cambissolos e Neossolos).

Tabela 12. Valores de declividade e espaçamento entre terraços (vertical e horizontal), considerando solos com baixa e moderada resistência à erosão hídrica, para cada área homogênea das sub-bacias dos Saltos e Pitangueiras, Extrema, MG.

Moderada Baixa D

EV EH EV EH -- % --

Culturas (u) Preparo do solo (m)

--- m --- Cultivo convencional 2,0 17,0 --* -- Batata e hortaliças Plantio direto 3,0 28,0 -- -- Cultivo convencional 2,0 19,0 -- -- Milho e sorgo Plantio direto 3,0 31,0 1,0 12,0 Pastagens e capineiras Cultivo convencional 2,5 24,0 1,0 9,0

Cultivo convencional 2,5 26,0 1,0 10,0 10

Eucalipto, pinos e araucária

Plantio direto 4,0 38,0 2,0 18,0

(29)

8.7.2. Dimensionamento do canal dos terraços em gradiente constante.

Para o dimensionamento da seção transversal dos terraços em gradiente, calculou-se a vazão máxima da enxurrada pelo método racional, conforme a equação:

Q = C.I.A/3600,

onde Q: vazão máxima da enxurrada (m3 s-1); C: coeficiente de enxurrada (adimensional); I: intensidade máxima de chuva (m h-1); A: área a ser drenada (m2).

a) Solos com baixa resistência a erosão hídrica: considerando o coeficiente de enxurrada para diferentes coberturas (floresta/cultura anual/pastagem) e declividades superiores a 10%, C = 0,45, I = 131 mm, (Precipitação máxima adotada no projeto será de 131 mm, em 24 horas, considerando um período de retorno de 10 anos, conforme Tabela 5) o comprimento do maior terraço sendo 500 m (com espaçamento médio de 12 m para solos com baixa resistência a erosão hídrica) e uma margem de segurança de 50%, teremos Q1 = 0,147 m3 s-1.

b) Solos com moderada resistência à erosão hídrica: considerando C = 0,45 (floresta/cultura anual/pastagem), I = 131 mm h-1, o comprimento do maior

terraço sendo 500 m (com espaçamento médio de 27 m para solos com moderada resistência a erosão hídrica) e uma margem de segurança de 50%, teremos Q2 = 0,332 m3 s-1.

A vazão máxima da enxurrada em cada área homogênea deve ser suportada pelos terraços em gradiente. A vazão máxima que cada canal suporta (ou a sua capacidade) foi calculada pela equação:

Qc = S.V (Eq. I)

onde Qc: vazão máxima suportada pelo canal (m3 s-1); S: área da seção transversal do terraço (m2);

(30)

Foi adotada a forma triangular para os canais dos terraços, que é facilmente construída com o uso de equipamentos com lâminas, discos e aivecas, e como medidas gerais a profundidade (p) de 0,60 m, área da seção transversal (S) de 0,,80 m2 e largura do canal (L) de 3,0 m.

A velocidade média da enxurrada no canal foi calculada com o uso da equação de Manning:

V = R 2/3 . i 1/2 . 1/n, onde v: velocidade média da enxurrada (m s-1); R: raio hidráulico (m);

i: gradiente de 3%o (m m-1);

n: coeficiente de rugosidade (adimensional).

O raio hidráulico é calculado através da equação R = S/Pm, onde Pm: perímetro molhado do canal (m). Considerando o Pm = 3,23 m (para uma profundidade p = 0,60 m e uma relação de talude de 2,5), teremos R = 0,2786 m. Para os canais, adota-se o valor do coeficiente de atrito n = 0,045. Considerando o gradiente de 3‰, e o valor calculado para R, obtém-se v = 0,5192 m s-1.

Assim, utilizando-se a equação de vazão máxima suportada pelo canal do terraço em gradiente será Qc = 0,4673 m3 s-1. Uma vez que esta vazão é maior do que a vazão máxima da enxurrada calculada para cada área homogênea (Q1 e Q2), considera-se que o canal dos terraços está dimensionado com segurança.

8.7.3. Dimensionamento dos canais escoadouros e divergentes.

Os canais escoadouros devem suportar a vazão do final de cada terraço em gradiente, de modo a conduzir as águas com segurança. Adotou-se as seguintes medidas para o canal escoadouro, de seção triangular: Largura (L) de 3,0 m e profundidade (p) de 0,80 m. Sugere-se algumas práticas complementares para atenuar a energia cinética ao longo dos canais divergentes, como a sua revegetação e o uso de paliçadas de bambu em espaçamentos eqüidistantes em

(31)

A representação gráfica do sistema constituído de terraços, canais escoadouros e canais divergentes serão executados conforme as demandas do projeto. O número de metros lineares de terraços, canais escoadouros e canais divergentes contido em cada área são apresentados na Tabela 13.

Tabela 13. Estimativa da metragem linear dos terraços e canais escoadouros e divergentes.

Duto escoador Metros lineares (m)

Área ocupada (m2) Área útil (m2) % da área útil ocupada Terraços 2.562,9 10.251,6 4,0 Canais escoadouros 683,4 2.050,2 0,8 Canal divergente 361,2 1.444,8 255.479,7 0,6 9. CONTRAPARTIDA OFERECIDA.

O projeto receberá um valor de R$ 16.664,00, como contrapartida do município de Extrema, esse valor será pago em apenas uma parcela no ano de 2011, valores esses especificados na tabela 3.

10. PRAZO DE EXECUÇÃO.

O prazo de execução do projeto será; Início: Novembro /2010

Término: Dezembro /2011

Tabela 14: Cronograma de execução.

ESPECIFICAÇÕES ETAPA UNID QUANT. INICIO TÉRMINO Conservação, recuperação e manejo do

solo e da água.

Readequação de estradas vicinais. 5.1 km 15 11/10 12/11

Construção de Bacias de Captação de

águas e canais de admissão. 5.2 unid 900 11/10 12/11

Construção de terraços e canais. 5.3 ha 100 11/10 12/11

(32)

11. TERRITÓRIO A SER ABRANGIDO E O PÚBLICO A SER ALCANÇADO.

Na região Sul do estado de Minas Gerais, grande parte das pastagens apresentam limitada quantidade e qualidade das forragens devido ao manejo incorreto e uso contínuo do fogo, a que se atribui, em parte, a baixa produtividade por animal e por unidade de área. Alguns solos (Neossolos Litólicos, Cambissolos, Argissolos e Latossolos) da região encontram-se em avançado estágio de degradação, representado pela ocorrência de erosão laminar e sulco que, embora rasos, são bastante freqüentes. Além da erosão, observa-se, em algumas locais, a redução da vazão de riachos e ribeirões nos períodos de déficit hídrico. Nestas mesmas regiões, estudos realizados constataram que os solos são utilizados sem considerar a sua capacidade de suporte, apresentam baixa fertilidade, que precisa ser corrigida, e quando apresentam declives acentuados, devem ser adotadas práticas conservacionistas. Em resumo, há tecnologia disponível e adaptável para a redução das limitações dos solos a patamares aceitáveis, mas o investimento de capital é inviabilizado, em muitos casos, pela situação do produtor rural local, descapitalizado e desestimulado.

Nestas regiões um grande volume de água deixa de infiltrar naturalmente nos solos em decorrência da redução da cobertura vegetal e do uso incorreto do solo. Vários cursos de água estão completamente secos devido a alterações do ciclo hidrológico e do nível do lençol freático. Este déficit, aliado à ampliação das demandas de consumo de água, pode provocar um colapso no abastecimento nos grandes centros. Outro aspecto é que os sedimentos provenientes da erosão podem ser carregados para corpos de água superficiais, provocando o assoreamento de várzeas, de rios, de lagos e reservatórios. Isso diminui a disponibilidade de água para o ecossistema e para o consumo humano.

O município de Extrema, localizado no Espigão Sul da Serra da Mantiqueira, que em tupi-guarani significa “local onde nasce as águas”, denominação essa decorrente da ocorrência de inúmeras nascentes na região.

(33)

As águas que nascem nessa região, constituem um dos principais mananciais de abastecimento do Sistema Cantareira, construído com o objetivo de abastecer a região metropolitana de São Paulo, além de abastecer uma série de outros municípios pertencentes à bacia do rio Piracicaba.

Extrema é um dos 05 municípios mineiros que integram a bacia do PCJ, que juntos são responsáveis pela regulação de 22 m3/s dos 33 m3/s que são destinados ao abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo.

As áreas do projeto possuem aproximadamente 3.977 ha e compreende a Sub-bacias do Salto divididas em 4 regiões denominadas em salto de baixo (região 1 – 1.007,82 ha), salto do meio (região 2 – 976,16 ha), salto de cima (região 3 – 982,75 ha) e (região 4 – 1.010,27 ha), o qual está inserido na Bacia hidrográfica do Rio Jaguari, no município de Extrema, MG.

O Rio Jaguari é um dos rios formadores do Reservatório do Complexo Cantareira no estado de São Paulo. Situa-se entre as coordenadas UTM 374.500 e 371.500 de longitude E e 7.468.200 e 7.474.800 de latitude S (Datum SAD 69), entre as altitudes de 1.144 a 1.739m. Estas sub-bacias foram escolhidas previamente como sendo representativa da região para os estudos propostos neste projeto.

FIGURA 5. Região a ser implantada e região onde já foram implantadas as práticas conservacionistas, Extrema, MG.

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FIGURA 6. Limites das regiões para implantação de práticas conservacionistas na Sub-bacia do Córrego do Salto e Pitangueiras, Extrema, MG.

A sub-bacia do Salto possui aproximadamente 200 propriedades rurais. A atividade econômica e a agricultura e pecuária familiar tendo como principais atividades de produção vegetal o cultivo de batata, alho, pimentão, milho, feijão e mandioca, tendo também como produção vegetal áreas com florestas de eucalipto e araucária. NA produção animal temos a pecuária de corte e a leiteira e a criação de pequenos animais (suíno, aves, ovinos e caprinos).

Como falamos anteriormente em muitas regiões, são constatados solos com baixa fertilidade e alguns apresentam declives muito acentuados, assim prejudicando muitas vezes o produtor rural local. O município de Extrema possui um projeto de Pagamento por Serviços Ambientais denominado “Conservador das Águas”, o projeto além de ajudar financeiramente o proprietário da área a ser conservada traz grandes benefícios para o meio ambiente, através do aumento da cobertura vegetal nas sub-bacias, gerando micro-corredores ecológicos, redução dos níveis de poluição difusa rural, pois através da execução do projeto houve grande diminuição dos processos de sedimentação e eutrofização.

O projeto de Práticas Conservacionistas de solo na micro-bacia do ribeirão do Salto no município de Extrema, é de grande importância para o municio, pois

(35)

de água na sub-bacia do Salto.

Um ponto relevante deste projeto foi a elaboração de estudos e técnicas realizados pela Universidade Federal de Lavras, com o objetivo de contribuir para mensurar o impacto das ações de controle de processos erosivos na conservação dos recursos hídricos locais.

12. FATORES DE VULNERABILIDADE.

As práticas conservacionistas permitem o controle de perdas de solo e água em áreas agrícolas, pastagens e florestas plantadas objetivando a maximização do lucro sem provocar redução da capacidade produtiva. A erosão consiste no processo de desprendimento e arraste das partículas do solo causado pela ação da água e do vento, constituindo-se na principal causa da degradação do solo (Pruski & Grieseler, 1996).

As práticas de conservação do solo podem ser divididas em vegetativas, edáficas e mecânicas. As de caráter vegetativo são aquelas em que se utiliza a vegetação para proteger o solo contra a ação direta das chuvas e, conseqüentemente, minimizar o processo erosivo, enquanto as práticas edáficas são as que, com modificações no sistema de cultivo, além do controle da erosão, mantêm ou melhoram a fertilidade do solo. De acordo com o que se observa na prática, nem sempre as práticas edáficas e vegetativas são suficientes para o controle da erosão, principalmente em regiões em que ocorrem chuvas de grande intensidade. Neste caso, a adoção de procedimentos complementares torna-se necessária para reduzir a velocidade do escoamento superficial e, conseqüentemente, a capacidade de transporte de sedimentos, o que pode ser alcançado mediante a implantação de barreiras mecânicas como, terraços, canais escoadouros, bacias de captação de águas pluviais e barragens, entre outros (Lombardi Neto & Bertoni, 1990).

O terraceamento é uma das práticas mais difundidas entre os agricultores brasileiros para o controle da erosão hídrica, consistindo basicamente na construção de terraços, os quais são estruturas compostas por um dique e um canal, dispostos no sentido transversal à declividade do terreno, formando

(36)

obstáculos físicos com a intenção de reduzir a velocidade do escoamento superficial e ordenar o movimento da água sobre a superfície do terreno.

Os problemas de erosão nas estradas não pavimentadas podem ser reduzidos ao se adotarem medidas que evitem que a água proveniente do escoamento superficial, tanto aquele gerado na própria estrada como o proveniente das áreas adjacentes, se acumule na estrada e passe a utilizá-la para o seu escoamento. A água de escoamento da estrada deve ser coletada nas suas laterais e encaminhada para bacias de captação de água previamente dimensionadas de modo a não provocar erosão hídrica.

Ao dimensionar as bacias de captação de água, deve-se considerar o máximo escoamento superficial que pode ocorrer na estrada, à capacidade de infiltração de água no solo do local que irá receber o escoamento para permitir a captação e o armazenamento e posterior infiltração da água advinda das estradas.

Alguns fatores necessitam de cuidados maiores e de freqüente avaliação no período de implantação do projeto, como: A implantação de técnicas novas para a conservação de solo e água, pois ainda é um desafio a ser internalizado nas políticas públicas municipais; a mobilização e o poder de convencimento dos atores envolvidos no processo; a capacidade técnica da equipe de operação das ações; a capacidade de monitoramento e a manutenção das ações executadas e as possíveis fatores metereológicos, como excesso de chuvas durante a execução das atividades do projeto.

13. SUSTENTABILIDADE DO PROJETO.

A continuidade do projeto após o encerramento do Convênio terá sua origem no orçamento municipal, visto que o órgão proponente do projeto possui os equipamento e mão de obra necessária para a manutenção do mesmo.

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a) A diminuição dos índices de erosão (erosão hídrica do tipo voçoroca, sulcos, laminar e deslocamento de massa de solo em taludes);

b) Estradas não pavimentadas em boas condições de trafegabilidade o ano todo;

c) Melhoria de qualidade e maior infiltração e regularização de vazões, devido às ações de conservação de água e solo de áreas cultivadas e estradas vicinais;

d) Reduzir os níveis de poluição difusa rural, decorrentes dos processos de sedimentação e eutrofização e de falta de saneamento ambiental.

e) Com a manutenção das estradas, irá melhorar a trafegabilidade do local, beneficiando os produtores, pois a maioria deles necessita transportar sua produção.

f) Aumento da infiltração de água de chuva, com isso aumentando o abastecimento de água na sub-bacia do Salto, beneficiando a população e o meio ambiente.

O projeto receberá recursos da Agencia Nacional de Águas e do próprio município, onde será realizada a manutenção das atividades realizadas periodicamente, visando cumprir todas as metas estabelecidas no projeto.

(38)

ANEXOS

Anexo 01: Tabela do total de horas trabalhadas de máquinas contratadas.

Anexo 02: Modelo de Termo de Referência, para contratação de empresas para execução das atividades.

Anexo 03: Tabela de composição de preços e referência de custos. Anexo 04: Modelo de Termo de compromisso com os proprietários.

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ANEXO 01

TABELA DE TOTAL DE HORAS A SEREM CONTRATADAS.

Máquina

Horas Trabalhadas

Motoniveladoura

1.000

Escavadeira Hidráulica

826

Retroescavadeira

1890

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ANEXO 02

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA CONSERVAÇÃO DE SOLO

OBRIGAÇÕES MÍNIMAS DA CONTRATADA

1- AS MÁQUINAS E OS EQUIPAMENTOS SERÃO UTILIZADOS NO PROJETO CONSERVADOR DAS ÁGUAS BAIRRO DO SALTO, MUNICÍPIO DE EXTREMA-MG .

2- FORNECIMENTO, MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E OPERADORES, MANUTENÇÃO E ABASTECIMENTO.

3- AS MÁQUINAS E OS EQUIPAMENTOS DEVERÃO ESTAR EM BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO E OPERAÇÃO MECÂNICA.

4- OPERADORES DEVERÃO SER HABILITADOS E CAPACITADOS PARA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS.

5- A EMPRESA CONTRATADA DEVERÁ ATENDER EM ATÉ 48 HORAS, O AVISO DE FORNECIMENTO PARA REALIZAÇÃO DO TRABALHO.

6- FORNECER TRANSPORTE, ALOJAMENTO, ALIMENTAÇÃO, UNIFORME E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) PARA OS OPERADORES DOS EQUIPAMENTOS E TODOS DEVIDAMENTE REGISTRADOS CONFORME CLT.

7- TODAS AS DESPESAS DOS EQUIPAMENTOS (COMBUSTÍVEL E PEÇAS) SERÃO DE RESPONSABILIDADE DA EMPRESA CONTRATADA).

8- OS PAGAMENTOS SERÃO EFETUADOS POR HORAS EFETIVAMENTE TRABALHADAS.

9- OS SERVIÇOS SERÃO DEFINIDOS, LOCADOS E ACOMPANHADOS PELA EQUIPE TÉCNICA DA PREFEITURA DE EXTREMA.

PENALIDADES

10- APÓS AS 48 HORAS DO AVISO DE FORNECIMENTO TODOS OS EQUIPAMENTOS QUE NÃO ESTIVEREM OPERANDO DEVERÃO SER SUBTITUIDOS OU CONSERTADOS NO MÁXIMO EM 24 HORAS.

11- A PARTIR DAS 24 HORAS QUE A MÁQUINA ESTIVER PARADA SEM SER

CONSERTADA OU SUBSTITUIDA E O NÃO ATENDIMENTO EM ATÉ 48 HORAS DA SOLICITAÇÃO, SERÁ APLICADA MULTA NO VALOR EQUIVALENTE A DUAS HORAS TRABALHADA PARA CADA HORA DA MÁQUINA PARADA OU PELO NÃO ATENDIMENTO.

(41)

ANEXO 03

TABELA DE COMPOSIÇÃO DE PREÇOS E REFERÊNCIA DE CUSTOS. TIPO DE EQUIPAMENTO/MÁQUINA UNIDADE VALOR

ESCAVADEIRA HIDRÁULICA 20 TON

HORA 137,34

TRATOR DE ESTEIRA TIPO LÁMINA 140 HP HORA 137,38

MOTONIVELADORA 173 HP HORA 151,08

RETROESCAVADEIRA 78 HP HORA 84,46

CARREGADEIRA 183 HP HORA 123,19

Fonte : REVISTA INFORMADOR DAS CONSTRUÇÕES MAIO /2010 -

www.infconst.com.br

Observação:

Os valores utilizados no projeto estão na média, abaixo do valor indicado na fonte consultada, pois, também foram baseados nos processos licitatórios já consumados do município de Extrema no ano de 2010.

(42)

ANEXO 04

TERMO DE COMPROMISSO N° XXX PARA O CUMPRIMENTO DAS METAS ESTABELECIDAS PELA LEI MUNICIPAL 2.100/05 E DECRETO MUNICIPAL

1.703/06 – PROJETO CONSERVADOR DAS ÁGUAS.

Pelo presente instrumento, o XXXXX, estabelecido no município de Extrema, CPF n° XXXXX doravante denominado produtor rural e o MUNICÍPIO DE EXTREMA, neste ato representado pelo prefeito Dr. Luiz Carlos Bergamin, resolvem celebrar o seguinte TERMO DE COMPROMISSO, mediante as seguintes condições:

CLÁUSULA PRIMEIRA

O PRODUTOR RURAL é proprietário de área de terra denominada XXXXX, matrícula nº, localizada no bairro do Salto município de Extrema, com área total de XXX hectare (ha), onde será implantado o Projeto Conservador das Águas visando à implantação de ações para melhoria da qualidade e quantidade das águas, através do cumprimento das seguintes metas:

Meta 1 – Práticas Conservacionistas de Solo para controle de erosão em XXX ha. (conforme Projeto Técnico em anexo).

Meta 2 - Implantação de Sistema de Saneamento Ambiental. (conforme Projeto Técnico em anexo).

Meta 3 – Implantação e manutenção da cobertura vegetal das Áreas de Preservação Permanente no total de XXX ha e averbação da Reserva Legal em XXXha, (conforme Projeto Técnico em anexo).

Os investimentos para o cumprimento das metas, serão de responsabilidade do Município de Extrema e entidades conveniadas.

Estas áreas poderão sofrer alterações conforme necessidades operacionais e técnicas no andamento do projeto.

CLÁUSULA SEGUNDA

O Proprietário Rural receberá como apoio financeiro o valor de 100 ( cem ) Unidade Fiscal de Extrema (UFEX), correspondente a R$ 169,00, por hectare por ano, que representa R$ XXXXX ( XXXXXXXXXXXXXXX), dividido em doze parcelas fixas mensais de R$ XXX ( XXXXXXXXXXX), a serem pagas até o dia 10 (dez) de cada mês, após elaboração do Relatório Técnico.

Este Termo de Compromisso terá validade de 4 anos, ajustado anualmente através de Termo Aditivo.

(43)

Na propriedade acima descrita, o Produtor Rural declara que manterá as ações executadas pela Prefeitura de Extrema através do Departamento de Serviços Urbanos e Meio Ambiente.

CLÁUSULA QUARTA

O Produtor Rural deverá seguir criteriosamente as instruções contidas no PROJETO TÉCNICO anexa, mantendo e executando todas as fases corretamente e protegendo a área contra a ação do fogo, de animais e de terceiros, controlar corretamente as principais pragas, manter o sistema de saneamento ambiental e de controle da erosão operando satisfatoriamente.

Declara conhecimento das leis e normas que regulam a política florestal e de proteção à biodiversidade e assume o compromisso de acatá-las fielmente e, que não está em andamento de ação judicial, tendo por objeto a propriedade ou posse da área em questão.

CLÁUSULA QUINTA

No caso do não cumprimento pelo Produtor Rural das metas de manutenção previstas neste TERMO, atestadas por Relatório de Visita Técnica emitido pelo Engenheiro Agrônomo do Departamento de Meio Ambiente, até o último dia útil de cada mês, o Produtor Rural deixa de receber o apoio financeiro.

CLÁUSULA SEXTA

Todos os créditos provenientes do mercado de carbono gerados nesta propriedade será creditado integralmente na conta do Fundo Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais

CLÁUSULA SEXTA

Fica registrado o foro da cidade de Extrema, como competente para dirimir dúvidas advindas no presente Termo.

E por estarem as partes justas e conveniadas, assinam o presente instrumento, em 04 (quatro) vias de igual teor e forma, na presença das testemunhas abaixo-assinados.

Extrema, XX de XXXX de 2010.

Dr. Luiz Carlos Bergamin Prefeito

XXXXXXXXXXX RG XXXXXX Produtor Rural Testemunhas:

Paulo Henrique Pereira CPF – XXXXXXXX

Benedito Arlindo Cortez CPF - XXXXXXXXX

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