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Centro de Distribuição na Malásia Mohd Darus bin Hasib. Desempenho da Vale no 2T18

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Academic year: 2021

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Desempenho da Vale no 2T18

Centro de Distribuição na Malásia Mohd Darus bin Hasib

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www.vale.com vale.ri@vale.com

App Vale Investors & Media

iOS: https://itunes.apple.com/us/app/vale-investor-media-portugues/id1087134066?ls=1&mt=8 Android: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.theirapp.valeport

Tel.: (55 21) 3485-3900

Departamento de Relações com Investidores

André Figueiredo André Werner Carla Albano Miller Fernando Mascarenhas Samir Bassil Bruno Siqueira Clarissa Couri Renata Capanema B3: VALE3 NYSE: VALE

EURONEXT PARIS: VALE3 LATIBEX: XVALO

As informações operacionais e financeiras contidas neste press release, exceto quando de outra forma indicado, são apresentadas com base em números consolidados de acordo com o IFRS. Tais informações, são baseadas em demonstrações contábeis trimestrais revisadas pelos auditores independentes. As principais subsidiárias da Vale

consolidadas são: Companhia Portuária da Baía de Sepetiba, Mineração Corumbaense Reunida S.A., Minerações Brasileiras Reunidas S.A., PT Vale Indonesia Tbk, Salobo Metais S.A, Vale International Holdings GMBH, Vale Canada Limited, Vale International S.A., Vale Manganês S.A., Vale Malaysia Minerals Sdn. Bhd., Vale Moçambique S.A., Vale Nouvelle-Calédonie

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Desempenho da Vale no 2T18

O Diretor-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, comentou os resultados do 2T18: “Estou satisfeito porque vários dos principais aspectos de nossa estratégia foram destacados no último trimestre. Mostramos um progresso significativo em previsibilidade, flexibilidade, gerenciamento de custos, disciplina na alocação de capital e diversificação por meio de nossos próprios ativos”.

I. Previsibilidade

• Atingimos outro forte desempenho financeiro no 2T18, com um EBITDA ajustado de US$ 3,9 bilhões, ficando em linha com o trimestre anterior, conforme antecipado, e superando os desafios de preços mais baixos e interrupções de fornecimento no Brasil.

II. Flexibilidade

Recordes de produção e vendas: tivemos um forte desempenho no 2T18, lidando proativamente com as dificuldades impostas pela greve nacional de caminhoneiros no Brasil, alcançando recordes para um segundo trimestre na produção de minério de ferro (96,8 Mt) e vendas1 (86,5Mt).

Prêmio de qualidade: o crescimento contínuo nos prêmios de qualidade nos últimos trimestres levou a recordes em finos de minério de ferro (US$ 7,1/t) e produtos de níquel classe I (US$ 1.430/t) no 2T18, como resultado da otimização ativa de nossa cadeia de suprimentos flexível e do nosso portfólio de produtos premium.

III. Custos

48 novos navios com frete US$ 5/t mais baixo: alcançamos um marco importante na implementação de nossa estratégia de compensar os efeitos de nossa posição geográfica sobre as tarifas de frete ao concluir as negociações de contratos de afretamento de longo prazo com diferentes armadores. Estes armadores pretendem empregar aproximadamente 47 novos Very Large Ore Carriers e um novo Valemax, todos equipados com depuradores,

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cobrindo aproximadamente 62 Mtpa da nossa necessidade de transporte. As tarifas médias de frete destes novos contratos são cerca de US$ 5/t inferiores ao nosso custo médio atual de frete.

Custos de minério de ferro: gerenciamos os desafios de um trimestre complexo e entregamos um custo caixa C1 em linha com o 1T18. O custo caixa C12 da Vale deverá cair para uma média notadamente inferior a US$ 13,0/t no 2S18, beneficiando-se da competitividade dos volumes crescentes do S11D, dos custos sazonalmente mais baixos e da maior produção.

Competitividade do minério de ferro e pelotas: alcançamos outro marco quebrando a barreira de US$ 30/t do nosso EBITDA breakeven3 de finos de minério de ferro e pelotas no 2T18, alcançando US$ 28,8/dmt como resultado de uma melhor realização de preço e melhor desempenho de pelotas.

IV. Alocação de capital

Recompra: estamos anunciando um programa de recompra de ações no valor de US$ 1 bilhão, a ser executado no período de um ano, pois acreditamos que este é um dos melhores investimentos para o nosso excesso de caixa, trabalhando para tornar a Vale a mineradora global que gera mais valor para os seus acionistas.

Dividendo: a nova política de dividendos da Vale é o começo de uma nova era para os acionistas da Vale. Em consonância, estamos anunciando US$ 2,054 bilhões4 de remuneração aos acionistas a serem pagos em setembro de 2018, o que significa a maior remuneração de um semestre desde 2014.

Alto retorno do investimento: o projeto de expansão da mina subterrânea de Voisey's Bay foi transformado em um investimento de alto retorno através da transação de stream do cobalto. A transação garante uma parcela significativa do investimento total necessário para o projeto, mantendo 40% da exposição futura de cobalto na mina. Estamos comprometidos a otimizar margens e a manter a opcionalidade para o cenário de maior demanda por níquel.

Endividamento: a dívida líquida foi reduzida para US$ 11,5 bilhões no 2T18, o menor patamar desde o segundo trimestre de 2011, aproximando-se da nossa meta, suportada pelo maior fluxo de caixa livre de um segundo trimestre em 10 anos, no valor de US$ 3,1 bilhões no 2T18. A dívida líquida foi reduzida em quase US$ 11 bilhões nos últimos 12 meses.

2 À taxa de câmbio atual de BRL 3.85/USD.

3Medido pelos custos e despesas caixa unitários numa base entregue na China (e ajustado por qualidade, diferencial de margem

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V. Diversificação

• A Vale está comprometida a diversificar sua geração de caixa, otimizando seus próprios ativos. No 2T18, o EBITDA de Metais Básicos da Vale representou 20% do EBITDA da companhia, ancorado em maiores volumes de níquel, cobre e subprodutos e nos maiores prêmios realizados de níquel.

O CFO da Vale, Luciano Siani Pires, destacou: “Estamos próximos de atingir a nossa meta de dívida líquida e já podemos perceber os benefícios de um menor endividamento em nossa avaliação de crédito, com a recente elevação de nossa classificação de risco pela Moody’s, e também sobre nossos juros brutos, que foram reduzidos em 30%, passando de cerca de US$ 900 milhões no 1S17 para US$ 630 milhões no 1S18.”

Destaques financeiros

• O lucro líquido recorrente melhorou de US$ 1,787 bilhão no 1T18 para US$ 2,094 bilhões no 2T18.

O guidance de investimentos para 2018 foi revisado para US$ 3,6 bilhões. Os investimentos atingiram US$ 705 milhões no 2T18, constituindo o menor nível para um segundo trimestre nos últimos 13 anos e consistente com a menor execução de capex planejada para o 2T18.

O Diretor-executivo de Minerais Ferrosos e Carvão, Peter Poppinga, comentou: “De acordo com

nosso posicionamento abrangente de produtos de alta qualidade no negócio de minério de ferro, estamos progressivamente implementando nossa estratégia de diferenciação, e simultaneamente, continuando a perseguir a abordagem de valor sobre volume na otimização de margens. O prêmio de qualidade no preço realizado da Vale atingiu um recorde de US$ 7,1/t no 2T18, mostrando que a Vale está bem posicionada para se beneficiar da tendência estrutural de “flight to quality”. Isso não apenas valoriza o alto teor de ferro da Vale, mas também os baixos níveis de impurezas como, por exemplo, alumina e fósforo, como visto nos prêmios realizados do Brazilian Blend Fines”.

Minerais Ferrosos

• O segmento de Minerais Ferrosos atingiu outro excelente resultado no 2T18, com um EBITDA ajustado de US$ 3,228 bilhões no 2T18, devido a maiores volumes e melhores prêmios, refletindo: (a) os esforços de marketing da Vale para posicionar seu portfólio de produtos premium; (b) a flexibilidade das operações; (c) o gerenciamento ativo da cadeia de valor; (d) a participação de produtos premium no total de vendas; (e) prêmios mais fortes de mercado.

A Vale vem reduzindo o seu time-to-market à medida que aumenta sua capilaridade através dos centros de distribuição mais próximos dos clientes finais na Ásia, o que também resulta em um efeito colateral positivo de melhorar a previsibilidade de seus resultados, reduzindo os ajustes de preço relativos a variações do preço do índice de referência do mercado, devido à diminuição da participação do mecanismo de preços provisórios.

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O Diretor-executivo de Metais Básicos, Eduardo Bartolomeo, comentou: “Estamos

comprometidos a otimizar a nossa estratégia de níquel, que abrange muito mais do que apenas o aumento geral de preços. Estamos buscando oportunidades de maior valor para nossos produtos Classe I e Classe II Battery-suitable, bem como manter uma disciplina na produção para atender dinamicamente a demanda do mercado e maximizar margem.

Metais Básicos

• O EBITDA Ajustado totalizou US$ 778 milhões no 2T18, representando um aumento de 21% em relação ao 1T18, principalmente devido aos maiores preços realizados de níquel e cobre, maiores volumes de níquel e cobre e maior volume de subprodutos, parcialmente compensados por maiores custos.

Indicadores financeiros selecionados

US$ milhões 2T18 1T18 2T17

Receita operacional líquida 8.616 8.603 7.235

Custos e despesas totais 5.767 5.620 5.492

EBIT ajustado 3.041 3.098 1.825

Margem EBIT ajustado (%) 35% 36% 25%

EBITDA ajustado 3.902 3.971 2.729

Margem EBITDA ajustado (%) 45% 46% 38%

Minério de ferro - preço de referência 62% Fe 65,3 74,3 62,9

Lucro líquido (prejuízo) 76 1.590 16

Lucro líquido recorrente 2.094 1.787 832

Lucro líquido recorrente por ação diluído (US$/ação) 0,40 0,37 0,16

Dívida líquida 11.519 14.901 22.122

Investimentos 705 890 894

US$ milhões 1S18 1S17 %

Receita operacional líquida 17.219 15.750 9,3

Custos e despesas totais 11.387 10.607 7,4

EBIT ajustado 6.139 5.143 19,4

Margem EBIT ajustado (%) 36% 33% 9,0

EBITDA ajustado 7.873 7.037 11,9

Margem EBITDA ajustado (%) 46% 45% 2,3

Lucro líquido (prejuízo) 1.666 2.506 (33,5)

Lucro líquido recorrente 3.881 3.087 25,7

Lucro líquido recorrente por ação diluído (US$/ação) 0,75 0,59 26,6

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Visão de Mercado

MINÉRIO DE FERRO

O preço de referência para 62% Fe atingiu a média US$ 65,3/dmt no 2T18, ficando 4% maior do que no 2T17, já que a produção mundial de aço continuou saudável. No entanto, este patamar representa uma queda de 12,0% com relação ao 1T18, quando ambos os preços de minério de ferro e aço estavam em níveis elevados em consequência de recomposição de estoques e restrição de capacidade siderúrgica na China.

A produção de aço na China no 2T18, conforme divulgado pelo National Bureau of Statistics, foi de 238 Mt, atingindo o recorde de produção trimestral e, representando um aumento de 13% e 8% em relação ao 1T18 e ao 2T17, respectivamente.

O forte desempenho dos setores de construção e maquinário continua a impulsionar a demanda por aço, enquanto os governos centrais e municipais chineses intensificam o rigor no controle de emissões também fora do inverno. O governo da cidade de Tangshan está adotando cortes na produção de aço para evitar sua inclusão na lista de 74 cidades com pior qualidade do ar, e outras cidades devem agir de forma semelhante.

A continuidade do controle na produção de aço contribuiu para maiores preços e margens do aço. Consequentemente, as siderúrgicas continuam a buscar teores de ferro mais elevados e minério de ferro com baixo teor de alumina para aumentar sua produtividade ao mesmo tempo em que reduzem as emissões, dando suporte à tendência estrutural de flight to quality. Neste cenário, a Vale está bem posicionada como a maior fornecedora de finos para sinterização, combinando alto teor de ferro e baixa alumina, assim como uma das principais fornecedoras de pelotas.

Além da China, a produção de aço continua crescendo, à medida que a demanda global de aço continua saudável e enfrentando menos riscos, dado que a economia mundial permanece forte. A produção de aço está aumentando especialmente no Sudeste Asiático, ao passo que as usinas aumentam a produção e surgem novos projetos para atender ao crescente consumo regional de aço.

CARVÃO

No 2T18, as exportações de carvão metalúrgico no mercado transoceânico aumentaram em relação ao 1T18, apesar de algumas restrições logísticas na Austrália. Os preços do carvão metalúrgico no mercado transoceânico caíram 16,7% em comparação com o 1T18, mas permaneceram estáveis dentro do trimestre, com baixa oscilação em torno da média de US$ 190,23/t. Nesse trimestre houve forte oferta australiana e alguma recomposição de estoque na Índia, com maiores importações no 2T18 devido aos preparativos para a temporada de

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monções. No mercado de carvão térmico, o preço permaneceu forte e continuou a subir no 2T18, atingindo os maiores níveis nos últimos seis anos, como resultado da forte demanda do mercado de energia europeu e das restrições no mercado doméstico indiano. Os preços chegaram aos seus maiores níveis no final do trimestre, com CIF ARA5 atingindo US$ 98,31/t e FOB Richards Bay chegando a US$106,4/t, apesar das restrições de importação na China. Os preços médios trimestrais foram US$ 89,2/t CIF ARA e US$ 100,3 FOB Richard Bay.

NÍQUEL

Os preços de níquel na LME continuaram melhorando durante o 2T18, atingindo a média de US$ 14.476/t, contra US$ 13.276/t no 1T18, tornando-se o mais forte trimestre em termos de preços desde o 1T15.

Os estoques nas bolsas (LME e SHFE) continuaram a cair, chegando a 299 kt no final do 2T18, ou seja, 112 kt menor do que no início de 2018. O estoque da LME no final do 2T18 atingiu 272 kt, reduzindo-se 48 kt desde o final do 1T18 e 95 kt desde o final de 2017. Da mesma forma, os estoques na SHFE declinaram 17 kt para 27 kt desde o final de 2017. A redução dos estoques é um forte indicador de que os mercados permaneceram em déficit no 2T18.

A produção global de aço inoxidável aumentou 8,6% eno 2T18 com relação ao 2T17, enquanto as vendas globais de veículos elétricos cresceram 69% no 2T18 com relação ao 2T17. A demanda por níquel em outras aplicações continua a ser positiva, particularmente nos setores de super alloy e plating. A oferta cresceu aproximadamente 6% no 2T18 com relação ao 2T17. Este crescimento se deu principalmente no material Classe II (NPI) (+9% vs. 2T17), com o material Classe I crescendo levemente (+1,5% vs. 2T17).

As perspectivas de curto prazo para o níquel permanecem desafiadoras, com as exportações de minério da Indonésia efetivamente removendo quaisquer problemas de disponibilidade de matéria-prima para a produção chinesa doméstica de NPI. A produção chinesa foi impactada pela implementação da política ambiental, assim como pelas limitações de capacidade. Além disso, a produção doméstica de NPI na Indonésia continuará a crescer, conforme prossigam os ramp-up das operações, mas este processo está cada vez mais integrado à produção local de aço inoxidável e, desta forma, levará a uma potencial redução nas exportações de NPI. Do lado da demanda, a projeção para o aço inoxidável é de crescimento, enquanto a demanda por baterias em carros elétricos crescerá em ritmo acelerado. De forma geral, o mercado deve apresentar um déficit superior em 2018 com relação a 2017. Apesar deste déficit, os preços tendem a permanecer voláteis conforme fatores macroeconômicos como, por exemplo, a atual disputa comercial entre grandes potências, introduzam riscos ao mercado, enquanto estoques significativos impeçam a recuperação dos preços.

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A perspectiva de longo prazo para o níquel continua a ser positiva. O níquel em baterias de carros elétricos vai ampliar sua importância como fonte de crescimento de demanda, particularmente na medida em que a composição química das baterias favoreça o maior conteúdo de níquel, devido a seu menor custo e maior densidade energética. Investimento em novos projetos e reposição de volumes têm sido diferidos no contexto de condições econômicas desafiadoras. O capital está começando a fluir de volta à indústria, dada a recuperação dos preços. No entanto, o tempo necessário para maturação dos investimentos significa que o crescimento de produção ainda levará tempo, e isso irá ampliar futuros déficits, devido ao crescimento continuado da demanda.

COBRE

A média do preço de cobre na LME foi de US$ 6.872/t, uma queda de 1% em relação ao 1T18 (US$ 6.961/t), mas, ainda assim, 21% superior ao nível do 2T17 (US$ 5.662/t).

Os estoques de cobre na LME, SHFE e na COMEX reduziram-se 89 kt, 42 kt e 10 kt, respectivamente, no 2T18 em relação ao 1T18. De forma geral, portanto, os estoques em todas as três bolsas reduziram-se em 141 kt no período.

A demanda global aumentou aproximadamente 2% no 2T18 em comparação com o 2T17. Na China, especificamente, a demanda aumentou 2,5% no mesmo período, impulsionada principalmente por maiores investimentos em infraestrutura. No lado da oferta, a produção de cobre refinado global aumentou cerca de 0,3% no 2T18 em comparação com o 2T17.

A perspectiva de curto prazo para o cobre permanece cautelosa. Apesar das expectativas de crescimento da demanda, espera-se que a oferta também se mantenha em crescimento, de forma diferente ao que ocorreu em 2017 quando o crescimento da oferta apresentou defasagem com relação ao crescimento da demanda, por conta das interrupções de produção. Como resultado, é esperado que o mercado permaneça equilibrado no restante do ano.

A perspectiva para o longo prazo é positiva. Esperamos o crescimento da demanda por cobre, em parte impulsionado pelo crescimento do investimento em energia renovável, assim como do investimento em infraestrutura, enquanto o crescimento da oferta futura permanece desafiador, tendo em vista do declinante teor da produção e da necessidade de investimentos greenfield.

COBALTO

A média do preço do cobalto foi de US$ 87.718/t no 2T18, ficando 7% maior do que a do 1T18. O contínuo aumento se deveu à demanda crescente do mercado de bateria para veículos elétricos, associada à expectativa do crescimento futuro da demanda.

O cobalto é um dos metais mais importantes, além do níquel, na produção de baterias com maior densidade de energia para serem usadas nos veículos elétricos. O mercado de cobalto

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precisa crescer significativamente para atender à demanda do mercado de baterias, porém, ao contrário de outros metais, o cobalto é predominantemente um subproduto de níquel e cobre. Por isso, a indústria de cobalto não tem flexibilidade para responder a pressões de demanda tão facilmente quanto às outras commodities. Além disso, boa parte da oferta de cobalto é oriunda da República Democrática do Congo (DRC), o que introduz fatores adicionais de ethical sourcing, assim como confiança nas operações em uma jurisdição com baixa previsibilidade.

A visão de curto prazo para o cobalto também é indefinida. Apesar da demanda crescente, é esperado que a oferta também cresça, considerando o início de operação relevante na DRC. Isto significa que o mercado pode permanecer bem suprido nos próximos anos.

A visão de longo prazo para o cobalto é indefinida, com a possibilidade de queda relativa aos preços spot atuais. Apesar da demanda apresentar bom suporte pelo mercado de baterias, evoluções na indústria química apontam para a minimização do uso do cobalto, tendo em vista os preços atuais, assim como questões de ethical sourcing a partir da DRC. Do lado da oferta, devido ao necessário crescimento da oferta de níquel, esta indústria irá aumentar sua contribuição de unidades de cobalto ao mercado, essencialmente mantendo as necessidades do material equilibradas.

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Receita operacional

A receita operacional líquida no 2T18 foi de US$ 8,616 bilhões, ficando em linha com o 1T18, principalmente devido aos maiores volumes de vendas de Minerais Ferrosos (US$ 104 milhões) e Metais Básicos (US$ 160 milhões) e maiores preços de venda de Metais Básicos (US$ 77 milhões), sendo tal receita compensada pelos menores preços de venda de Minerais Ferrosos (US$ 309 milhões).

A resiliência dos funcionários da Vale e a flexibilidade de sua cadeia de valor, em um ambiente adverso causado pela greve dos caminhoneiros em todo o país, levaram a um recorde de produção e volumes de vendas para um segundo trimestre de minério de ferro6 e pelotas. A produção de minério de ferro totalizou 96,8 Mt no 2T18, ficando 4,9 Mt maior do que no 2T17. As vendas de minério de ferro e pelotas totalizaram 86,5 Mt no 2T18, ficando 4,8 Mt maior do que no 2T17.

Receita operacional líquida por destino

US$ milhões 2T18 % 1T18 % 2T17 % América do Norte 578 6,7 535 6,2 528 7,3 EUA 354 4,1 334 3,9 323 4,5 Canadá 184 2,1 157 1,8 190 2,6 México 40 0,5 44 0,5 15 0,2 América do Sul 890 10,6 1.016 11,8 913 12,6 Brasil 735 8,7 841 9,8 735 10,2 Outros 155 1,8 175 2,0 178 2,5 Ásia 5.060 58,5 4.944 57,5 4.067 56,2 China 3.264 37,9 3.594 41,8 2.554 35,3 Japão 759 8,8 605 7,0 576 8,0 Coreia do Sul 402 4,7 254 3,0 342 4,7 Outros 635 7,2 491 5,7 595 8,2 Europa 1.549 18,0 1.468 17,1 1.333 18,4 Alemanha 427 5,0 396 4,6 286 4,0 Itália 150 1,7 102 1,2 137 1,9 Outros 972 11,3 970 11,3 910 12,6 Oriente Médio 252 2,9 369 4,3 209 2,9 Resto do mundo 287 3,3 271 3,2 185 2,6 Total 8.616 100,0 8.603 100,0 7.235 100,0

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Receita operacional líquida por destino no 2T18

Receita operacional líquida por área de negócio

US$ milhões 2T18 % 1T18 % 2T17 %

Minerais ferrosos 6.321 73,4 6.527 75,9 5.114 70,7

Minério de ferro - finos 4.570 53,0 4.703 54,7 3.544 49,0

ROM 5 0,1 9 0,1 8 0,1 Pelotas 1.518 17,6 1.585 18,4 1.331 18,4 Manganês 74 0,9 83 1,0 71 1,0 Ferroligas 41 0,5 41 0,5 46 0,6 Outros 113 1,3 106 1,2 114 1,6 Carvão 356 4,1 380 4,4 481 6,6 Carvão Metalúrgico 261 3,0 293 3,4 414 5,7 Carvão Térmico 95 1,1 87 1,0 67 0,9 Metais básicos 1.870 21,7 1.634 19,0 1.512 20,9 Níquel 911 10,6 790 9,2 686 9,5 Cobre 570 6,6 511 5,9 535 7,4 PGMs 126 1,5 74 0,9 77 1,1

Ouro como subproduto 156 1,8 148 1,7 139 1,9

Prata como subproduto 9 0,1 8 0,1 9 0,1

Cobalto 94 1,1 90 1,0 60 0,8

Outros 4 0,0 13 0,2 6 0,1

Outros 69 0,8 62 0,7 128 1,8

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Custos e despesas

Custo de Produto Vendido (CPV)

O CPV7, líquido de depreciação, totalizou US$ 4,550 bilhões no 2T18, ficando praticamente em linha com o 1T18. Os custos dos Minerais Ferrosos mantiveram-se praticamente em linha com o 1T18, após os ajustes dos efeitos de maiores volumes, pois o impacto positivo da variação cambial e a maior diluição dos custos fixos nos maiores volumes de produção foram compensados por: (a) fatores exógenos, como maiores preços do bunker oil, taxas de frete spot mais altas e o impacto pontual da greve dos caminhoneiros; (b) custos de manutenção sazonalmente mais altos. O segmento de Metais Básicos foi principalmente afetado pela menor produção no site da VNC, o que impactou a diluição do custo fixo, e por efeitos pró-cíclicos em função de maiores preços de níquel.

Mais detalhes sobre o desempenho de custos são fornecidos na seção “O desempenho dos segmentos de negócios”.

CPV por área de negócio

US$ milhões 2T18 % 1T18 % 2T17 % Ferrosos 3.507 65% 3.445 66% 3.142 62% Metais básicos 1.417 26% 1.303 25% 1.452 28% Carvão 379 7% 400 8% 377 7% Outros 74 1% 76 1% 131 3% CPV total 5.377 100% 5.224 100% 5.102 100% Depreciação 827 828 852 CPV, sem depreciação 4.550 4.396 4.250

Despesas

As despesas totais, líquidas de depreciação, totalizaram US$ 356 milhões no 2T18, ficando em linha com o 1T18.

O SG&A, excluindo depreciação, totalizou US$ 109 milhões no 2T18, ficando US$ 4 milhões acima do 1T18, principalmente devido à maior provisão para devedores duvidosos (US$ 6 milhões) e a maiores comissões na venda por terceiros (US$ 3 milhões), que foram parcialmente compensadas por menores despesas administrativas (US$ 8 milhões) em consequência da depreciação do BRL frente ao USD.

As despesas com P&D totalizaram US$ 92 milhões no 2T18, ficando US$ 23 milhões acima do 1T18 (33,3% a mais), seguindo a sazonalidade usual de menores desembolsos no primeiro trimestre do ano e devido a importantes programas de P&D, como o programa de transformação digital (ver seção Investimentos para maiores detalhes) e o aumento da pesquisa geológica nos sistemas Norte e Sudeste.

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As despesas pré-operacionais e de parada, líquidas de depreciação, totalizaram US$ 46 milhões no 2T18, ficando US$ 6 milhões abaixo do 1T18, principalmente devido a menores despesas pré-operacionais do S11D (US$ 5 milhões). Seguindo o perfil de ramp-up atual do S11D, as despesas pré-operacionais relacionadas ao S11D devem zerar a partir do 1T19.

Outras despesas operacionais alcançaram US$ 109 milhões no 2T18, ficando US$ 16 milhões abaixo do 1T18, principalmente em função de menores contingências.

Despesas

US$ milhões 2T18 1T18 2T17

SG&A sem depreciação 109 105 110

SG&A 122 124 132 Administrativas 88 112 113 Pessoal 41 62 62 Serviços 18 19 17 Depreciação 13 19 22 Outros 16 12 12 Vendas 34 12 19 P&D 92 69 80

Despesas pré-operacionais e de parada 67 78 90

Long Harbour - - 13

S11D 19 24 34

Outros 27 28 13

Depreciação 21 26 30

Outras despesas operacionais 109 125 88

Despesas totais 390 396 390

Depreciação 34 45 52

Despesas sem depreciação 356 351 338

Custos e despesas

US$ milhões 2T18 1T18 2T17

Custos 5.377 5.224 5.102

Despesas 390 396 390

Custos e despesas totais 5.767 5.620 5.492

Depreciação 861 873 904

Custos e despesas sem depreciação 4.906 4.747 4.588

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Lucros antes de juros, impostos, depreciação

e amortização (EBITDA)

O EBITDA ajustado no 2T18 foi de US$ 3,902 bilhões, ficando praticamente em linha com o 1T18, apesar dos menores preços de referência do minério de ferro e do carvão metalúrgico, como resultado de maiores volumes em todos os segmentos, maiores prêmios e do impacto positivo da depreciação do BRL contra o USD.

O EBITDA ajustado do segmento de Minerais Ferrosos totalizou US$ 3,228 bilhões no 2T18, principalmente por maiores volumes de vendas e melhores prêmios médios, refletindo: (a) os esforços de marketing para posicionar o portfólio de produtos premium da Vale; (b) a flexibilidade das operações; (c) uma gestão ativa da cadeia de valor; (d) a participação dos produtos premium no total de vendas; (e) os prêmios de mercado mais fortes.

O EBITDA ajustado do segmento de Metais Básicos foi de US$ 778 milhões no 2T18, aumentando US$ 134 milhões em comparação com o 1T18 (+21%), devido, principalmente, aos maiores preços realizados de níquel e cobre, aos maiores volumes de subprodutos e aos maiores volumes de níquel e cobre, que foram parcialmente neutralizados por maiores custos.

O EBITDA ajustado do segmento de Carvão foi de US$ 45 milhões no 2T18, ficando US$ 59 milhões menor do que o registrado no 1T18, devido, principalmente, ao menor serviço de dívida do Corredor Logístico de Nacala (CLN) à Vale, como antecipado no 1T18, em consequência da amortização parcial do shareholder loan concedido para a construção do CLN em março de 2018 (US$ 31 milhões), e ao menor preço do carvão metalúrgico (US$ 26 milhões).

O EBITDA ajustado de Outros segmentos de negócio foi negativo em US$ 149 milhões, melhorando US$ 36 milhões quando comparado com o 1T18, devido, principalmente, a maiores dividendos recebidos da CSI e da Aliança Energia.

(16)

EBITDA ajustado

US$ milhões 2T18 1T18 2T17

Receita operacional líquida 8.616 8.603 7.235

CPV (5.377) (5.224) (5.102)

Despesas com vendas, gerais e administrativas (122) (124) (132) Pesquisa e desenvolvimento (92) (69) (80) Despesas pré-operacionais e de parada (67) (78) (90) Outras despesas operacionais (82) (80) (88) Dividendos e juros de coligadas e JVs 165 70 82

EBIT ajustado 3.041 3.098 1.825

Depreciação, amortização e exaustão 861 873 904

EBITDA ajustado 3.902 3.971 2.729

Minério de ferro - preço de referência 62% Fe 65,3 74,3 62,9

EBITDA ajustado por segmento

US$ milhões 2T18 1T18 2T17 Minerais ferrosos 3.228 3.408 2.315 Carvão 45 104 166 Metais básicos 778 644 412 Outros (149) (185) (164) Total 3.902 3.971 2.729

(17)

Lucro líquido recorrente

Apesar da estabilidade do EBITDA Ajustado, a Vale apresentou uma melhora de 17,2% em seu lucro líquido recorrente no 2T18 em relação ao 1T18, aumentando de US$ 1,787 bilhão para US$ 2,094 bilhões principalmente devido ao impacto positivo no imposto de renda (US$ 337 milhões) da remuneração ao acionista declarada como juros sobre capital próprio (JCP).

O lucro líquido recorrente exclui os impactos não caixa do lucro líquido, tais como: (a) o efeito da depreciação do real frente ao dólar sobre a dívida (US$ 2,333 bilhões8); (b) a provisão de US$ 391 milhões referentes ao financiamento das obrigações da Fundação Renova e ao capital de giro para a Samarco (US$ 20 milhões); (c) a marcação a mercado das debêntures participativas (US$ 304 milhões). Todos os ajustes resultaram em um impacto de US$ 1,035 bilhão do imposto de renda sobre o lucro líquido recorrente.

Como consequência dos impactos não caixa, o lucro líquido foi de US$ 76 milhões no 2T18 contra US$ 1,590 bilhão no 1T18.

Lucro líquido recorrente

US$ milhões 2T18 1T18 2T17

Lucro líquido (prejuízo) 76 1.590 16

Itens excluídos do lucro líquido recorrente

Impairment e outros resultados em ativos não correntes (5) 18 220 Resultado financeiro não realizado¹ 2.637 142 793

Outros resultados financeiros 411 14 34

Resultado das operações descontinuadas 10 82 125 Imposto sobre os itens excluídos (1.035) (59) (356)

Lucro líquido recorrente 2.094 1.787 832

¹Inclui variação cambial, debêntures participativas e swaps de moeda e taxa de juros.

O resultado financeiro líquido registrou uma perda de US$ 3,055 bilhões, principalmente devido à desvalorização de 16% do BRL em relação ao USD, passando de BRL 3,3238 / USD em 31 de março de 2018 para BRL 3,8558 / USD em 30 de junho de 2018. Os efeitos não caixa, como os impactos da desvalorização do real e da marcação a mercado das debêntures participativas, representaram quase 85% do prejuízo financeiro líquido no 2T18.

Por outro lado, como a Vale está reduzindo sua dívida bruta como parte do processo de desalavancagem, o segundo trimestre mostrou uma importante redução dos juros brutos, totalizando US$ 294 milhões no 2T18, contra US$ 450 milhões no 2T17 e US$ 336 milhões no 1T18.

8 Incluí swaps cambiais e de taxas de juros

(18)

Resultado financeiro

US$ milhões 2T18 1T18 2T17

Despesas financeiras (781) (647) (711)

Juros brutos (294) (336) (450)

Capitalização de juros 44 60 83

Contingências fiscais e trabalhistas (26) 9 (2) Debêntures participativas (304) (183) (87)

Outros (150) (139) (147)

Despesas financeiras (REFIS) (51) (58) (108)

Receitas financeiras 81 118 116

Derivativos¹ (306) 90 (91)

Swaps de moedas e taxas de juros (387) 105 (96) Outros² (bunker oil, commodities, etc) 81 (15) 5

Variação cambial (1.946) (64) (610)

Variação monetária (103) (121) 43

Resultado financeiro líquido (3.055) (624) (1.339)

¹ A perda líquida com derivativos de US$ 306 milhões no 2T18 inclui a realização de ganhos de US$ 92 milhões e perdas de marcação a mercado de US$ 398 milhões.

² Outros derivativos incluem derivativos de bunker oil, os quais no 2T18 foram de US$66 milhões.

Resultado de equivalência patrimonial

O resultado de equivalência patrimonial representou um ganho de US$ 41 milhões no 2T18. As principais contribuições para a equivalência patrimonial foram as provenientes das usinas de pelotização em Tubarão (US$ 72 milhões), CSI (US$ 19 milhões), MRS (US$ 18 milhões) e VLI (US$ 14 milhões), as quais foram parcialmente compensadas por perdas na CSP (US$ 82 milhões), principalmente em razão do impacto não caixa da depreciação do real na dívida denominada em dólares norte-americanos.

(19)

Remuneração aos acionistas

Seguindo caminho de desalavancagem da Vale, em 29 de março de 2018 foi anunciada uma nova política de remuneração aos acionistas elaborada com o intuito de ser, ao mesmo tempo, agressiva e sustentável por um longo período, podendo ser aplicada em qualquer cenário de preço, e permitindo ainda a previsibilidade das datas de pagamentos e do montante a ser distribuído. A nova política entra em vigência a partir do resultado do primeiro semestre de 2018. Portanto, de acordo com a nova política, com base no resultado do 1S18, a Vale irá pagar US$ 2,054 bilhões9 de remuneração ao acionista, sendo equivalente a um dividend yield anualizado de aproximadamente 6%10.

A remuneração será paga em BRL no dia 20 de setembro de 2018, parte como juros sobre capital próprio (US$ 1,816 bilhão) e parte como dividendos (US$ 238 milhões), sendo resultado da multiplicação de 30% da diferença entre o EBITDA ajustado e os investimentos correntes do 1S18.

Além da remuneração aos acionistas citada acima, o Conselho de Administração aprovou a recompra de ações no valor de US$ 1 bilhão, uma vez que a Vale acredita que este é um dos melhores investimentos para aplicar seu excesso de caixa, em vista do forte desempenho de caixa no primeiro semestre, da acelerada desalavancagem e da performance operacional e financeira da companhia.

Mais detalhes podem ser obtidos no press release de 25 de julho de 2018: “Vale anuncia pagamento de remuneração aos acionistas e programa de recompra de ações”.

9 A remuneração aos acionistas será paga em BRL e o montante em USD apresentado nesta seção é baseado na cotação de

24 de julho de 2018 do BRL em relação ao USD

(20)

Investimentos

Os Investimentos atingiram o menor nível para um segundo trimestre desde 2005, totalizando US$ 705 milhões no 2T18, sendo compostos por US$ 205 milhões em execução de projetos e US$ 500 milhões na manutenção das operações.

A transação de streaming de cobalto anunciada em junho permitiu o desenvolvimento do projeto de expansão subterrânea da mina de Voisey's Bay (VBME), sendo o primeiro anúncio de investimento significativo da Vale nos últimos anos. O projeto VBME substituirá a produção existente da mina de Voisey's Bay, sendo registrado como um investimento corrente para o propósito da Política de Remuneração ao Acionista.

O guidance de investimentos foi reduzido para US$ 3,6 bilhões em 2018, beneficiando-se da desvalorização do real frente ao dólar.

Investimento total por área de negócio

US$ milhões 2T18 % 1T18 % 2T17 % Minerais ferrosos 462 65,5 655 73,6 619 69,2 Carvão 34 4,8 33 3,7 15 1,7 Metais básicos 208 29,4 197 22,1 254 28,4 Energia 1 0,3 4 0,4 6 0,7 Outros - - 1 0,1 2 0,2 Total 705 100,0 890 100,0 894 100,0

Execução de projetos

Os investimentos em execução de projetos totalizaram US$ 205 milhões no 2T18, representando uma redução de US$ 156 milhões em relação ao 1T18, devido à compra de material rodante no 1T18, prevista no orçamento da Vale.

O projeto S11D (incluindo mina, usina e logística associada – CLN S11D) alcançou 96% de avanço físico consolidado no 2T18, sendo composto pela conclusão da mina e 94% de avanço na logística.

A duplicação da ferrovia alcançou 89% de avanço físico com 558 Km de ferrovia duplicados. E junto com o ramp-up bem-sucedido do projeto da mina e planta do S11D, os volumes de produção do 2T18 alcançaram um recorde de produção de minério de ferro para um segundo trimestre.

(21)

Logística S11D – Duplicação da ferrovia

Indicadores de progresso de projetos de capital

11

Execução de projetos por área de negócio

US$ milhões 2T18 % 1T18 % 2T17 % Minerais ferrosos 171 83,4 333 92,2 370 95,4 Carvão 15 7,3 9 2,5 7 1,8 Metais básicos 19 9,3 15 4,2 5 1,3 Energia - - 4 1,1 5 1,3 Outros - - 1 0,3 2 0,5 Total 205 100,0 361 100,0 388 100,0 11

Na tabela, não incluímos as despesas pré-operacionais no capex estimado para o ano, embora estas despesas estejam incluídas na coluna de capex estimado total, em linha com o nosso processo de aprovação pelo Conselho de Administração. Além disso, nossa estimativa para o capex é revisada apenas uma vez por ano.

Projeto Capacidade (Mtpa) Data de start-up Capex realizado (US$ milhões) Capex estimado

(US$ milhões) Avanço

físico

2018 Total 2018 Total

Projeto de minerais ferrosos

CLN S11D 230 (80)a 1S14 a 2S19 394 6.852 647 7.850b 94%

a Capacidade líquida adicional.

(22)

Capex de manutenção das operações existentes

Os investimentos na manutenção das operações existentes totalizaram US$ 500 milhões no 2T18, ficando ligeiramente menores quando comparados ao 1T18, conforme planejado no orçamento da Vale. Para o 2S18, o investimento em manutenção deverá aumentar devido aos maiores investimentos em Minerais Ferrosos, aos investimentos em VBME e à sazonalidade usual dos desembolsos no segundo semestre do ano.

Os segmentos de Minerais Ferrosos e Metais Básicos representaram 58% e 38%, respectivamente, do total investido na manutenção de projetos no 2T18.

A estratégia da Vale de adotar uma rigorosa política de alocação de capital baseada em retorno se traduziu em: (a) menores investimentos em manutenção das operações correntes em níquel, uma vez que os ativos que não geravam caixa foram colocados em care and maintenance; (b) maiores investimentos em Minerais Ferrosos, de acordo com os projetos de retomada de operações das plantas de pelotização, alavancando o maior prêmio de pelotas, exemplificado no gráfico abaixo sobre a evolução dos investimentos em manutenção das operações por negócio; (c) investimentos em transformação e automação digital nas operações de Minério de Ferro e Logística.

A evolução do investimento em manutenção das operações por

negócio

Os investimentos correntes das operações de Metais Básicos incluíram, principalmente: (a) melhorias nas operações (US$ 108 milhões); (b) melhorias nos padrões atuais de saúde e

(23)

segurança, projetos sociais e de proteção ambiental (US$ 71 milhões); (c) manutenção, melhoria e expansão das barragens de rejeitos (US$ 7 milhões).

O projeto VBME utilizará o concentrador, o porto e as usinas de suporte atuais, assim como a usina de processamento de Long Harbour, levando a uma redução dos riscos de implementação. O escopo do projeto VBME inclui: (a) o desenvolvimento subterrâneo para acesso aos dois depósitos; (b) ventilação de ar fresco e de retorno; (c) aumento na geração de energia e armazenamento de combustível; (d) expansão das acomodações, escritórios, armazéns e oficinas de manutenção; (e) melhoras nos sistemas de tratamento de água e esgoto; (f) usinas de concreto e terraplenagem. O total de investimentos está estimado em US$ 1,7 bilhão, com o primeiro ano completo de mineração subterrânea previsto para em 2021.

Os investimentos correntes das operações de Minerais Ferrosos incluíram, entre outros: (a) substituição e melhorias nas operações (US$ 197 milhões); (b) melhorias nos padrões atuais de saúde e segurança, projetos sociais e de proteção ambiental (US$ 44 milhões); (c) manutenção, melhoria e expansão das barragens de rejeitos (US$ 33 milhões). A manutenção de ferrovias e portos no Brasil e na Malásia totalizou US$ 78 milhões.

Os investimentos correntes das operações de Minerais Ferrosos deverão aumentar no segundo semestre de 2018, principalmente devido à sazonalidade maior de desembolsos no nos últimos seis meses do ano e ao programa de transformação digital.

A Diretoria Executiva da Vale aprovou um programa plurianual de transformação e automação digital de suas operações de minério de ferro e logística associada. Até 2T18, foram aprovados 61 projetos no Corredor Norte, 56 projetos no Corredor Sudeste e 44 projetos na pelotização. Os principais projetos em desenvolvimento, entre outros, são: (a) caminhões autônomos na mina de Brucutu, que até julho extraíram mais de 10 milhões de toneladas; (b) um novo sistema de despacho em Carajás; (c) um novo processo de monitoramento de produção e tomada de decisões; (d) sistemas de bordo nos trens para operar de forma semiautônoma. Estes investimentos serão registrados como investimentos de manutenção e desembolsados entre 2018 e 2023, totalizando US$ 250 milhões. O objetivo do programa é reduzir os custos em aproximadamente US$ 0,50/t.

(24)

Indicadores de progresso de projetos de reposição

12

Investimento realizado por tipo - 2T18

US$ milhões Minerais

Ferrosos Carvão

Metais

Básicos Total

Operações 197 11 108 316

Pilhas e Barragens de Rejeitos 33 - 7 40

Saúde & Segurança 36 1 7 43

Investimentos sociais e proteção ambiental 8 6 64 78

Administrativo & Outros 18 1 3 22

Total 293 19 189 500

Investimento em manutenção realizado por área de negócio

US$ milhões 2T18 % 1T18 % 2T17 % Minerais ferrosos 291 58,3 322 60,9 249 49,1 Carvão 19 3,7 24 4,6 8 1,6 Metais básicos 189 37,7 182 34,3 249 49,1 Energia 1 0,3 0 0,1 1 0,2 Outros - - 0 0,1 - - Total 500 100,0 529 100,0 507 100,0

Responsabilidade social corporativa

Os investimentos em responsabilidade social corporativa totalizaram US$ 136 milhões no 2T18, dos quais US$ 111 milhões foram destinados à proteção e conservação ambiental e US$ 25 milhões destinados a projetos sociais.

Sustentabilidade é um dos pilares estratégicos da Vale. Em julho de 2018, a Vale aprovou uma nova estrutura organizacional de sustentabilidade desenvolvida para melhorar a abordagem e os resultados desta política. Com uma nova governança e uma equipe dedicada de sustentabilidade, recursos, inovação e foco estratégico, a Vale está posicionada para se tornar referência em sustentabilidade até 2023.

A Vale está focada em: (a) forte gestão de riscos; (b) efetivo impacto ambiental, social e de direitos humanos na gestão de suas operações; (c) inovação; (d) investimento estratégico

12 Na tabela, não incluímos as despesas pré-operacionais no capex estimado para o ano, embora estas despesas estejam

Projeto Capacidade (Ktpa) Data de start-up Capex realizado (US$ milhões) Capex estimado

(US$ milhões) Avanço

físico

2018 Total 2018 Total

Projeto Metais Básicos

Expansão da Mina de Voisey’s Bay

(25)

ambiental e social voluntário alinhado ao Sustainable Development Goals; (e) políticas públicas por meio de parcerias intersetoriais que serão priorizadas pelo nível de impacto.

Os principais objetivos da estratégia de sustentabilidade da Vale são:

• Reduzir as emissões de carbono em 5% até 2020. Além disso, será definido um novo desafio pós-2020.

• Recuperar aproximadamente 1.500 hectares de áreas degradadas em 2018.

• Definir uma nova meta de utilização de recursos hídricos, que consiste na redução global de nova captação de água até 2030.

• Dobrar a renda média de aproximadamente 350 empreendedores locais em 2018. • Melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação no Brasil nas regiões em que a

Vale atua.

• Reduzir a mortalidade infantil e as doenças transmitidas pela água e aumentar o acesso à saúde básica nas comunidades onde a Vale atua. Em 2018, o foco é em 350 famílias e 30 unidades básicas de saúde.

• Contribuir para o desenvolvimento da situação socioeconômica e trabalhar para melhorar os reassentamentos realizados em Moçambique.

Gestão de portfólio

Em maio de 2018, a Vale concluiu e recebeu o caixa referente à venda de sua subsidiária integral Vale Cubatão Fertilizantes Ltda no valor de US$ 255 milhões.

Em junho de 2018, a Vale concluiu as transações para a venda de um stream relacionado ao subproduto de cobalto da mina de Voisey’s Bay, destravando o projeto de expansão subterrânea da mina com o recebimento de pagamento antecipado de US$ 690 milhões.

(26)

Fluxo de caixa livre

O fluxo de caixa livre foi de US$ 3,096 bilhões no 2T18, o maior para um segundo trimestre nos últimos dez anos.

A forte geração de caixa no 2T18 permitiu a bem-sucedida desalavancagem no trimestre, com US$ 1,834 bilhão de amortização de dívida e simultâneo aumento de caixa de US$ 1,262 bilhão.

Fluxo de caixa livre 2T18

US$ milhões

(27)

Indicadores de endividamento

A Vale continuou reduzindo sua dívida líquida, tendo alcançado US$ 11,519 bilhões em 30 de junho de 2018, o que significou a redução de US$ 3,382 bilhões com relação a 31 de março de 2018. Foi a maior redução da dívida líquida da Vale em uma base trimestral e, também, o menor nível de endividamento líquido desde o 2T11. A alavancagem medida pela relação da dívida líquida/LTM13 EBITDA ajustado diminuiu para 0,7x, o nível mais baixo desde o 1T12.

A redução da dívida foi viabilizada pela forte geração de caixa e recebimentos de caixa de US$ 945 milhões do nosso programa de desinvestimento através da conclusão da venda de nossa subsidiária Vale Cubatão Fertilizantes Ltda (US$ 255 milhões), juntamente com o fechamento da transação de streaming de cobalto, destravando o projeto de expansão subterrânea da mina de Voisey’s Bay (US$ 690 milhões).

A dívida bruta totalizou US$ 17,906 bilhões em 30 de junho de 2018, o que representou uma redução de US$ 2,370 bilhões em relação a 31 de março de 2018 e de US$ 9,946 bilhões em relação a 30 de junho de 2017. A redução da dívida bruta em relação ao final do último trimestre deveu-se, principalmente, ao repagamento14 de US$ 2,108 bilhões no 2T18.

Em abril de 2018, a Vale Overseas Limited concluiu o resgate de suas guaranteed notes com vencimento em 2020 e cupom de 4,625%, no valor de US$ 499 milhões. Em junho de 2018, a Vale S.A. concluiu uma oferta de recompra de seus bonds com vencimento em 2042 e cupom de 5,625%, no valor de US$ 980 milhões.

Em 23 de julho de 2018, a Moody’s elevou a avaliação de risco da Vale de Ba1 para o grau de investimento Baa3. A Vale é novamente classificada como grau de investimento pelas quatro maiores agências de avaliação de risco de crédito. A elevação reflete a melhora contínua dos indicadores de risco de crédito da Vale, viabilizada pelo perfil de alta qualidade da produção, posição competitiva na curva de custo e portfólio de ativos de longa vida de minério de ferro, níquel, cobre e carvão.

A evolução na percepção do mercado sobre o risco de crédito da Vale é resultado da performance da companhia e desalavancagem, combinados com o foco na disciplina de alocação de capital, gerenciamento de custos, diversificação por meio de seus próprios ativos e o compromisso de se tornar uma companhia mais previsível.

13 Últimos doze meses.

(28)

Posição da dívida

Em 30 de junho de 2018, a dívida bruta, após transações de swap de moedas e juros, era 92% denominada em dólares norte-americanos, sendo composta por 29% de dívidas a taxas de juros flutuantes e 71% a taxas de juros fixas.

O prazo médio da dívida foi reduzido para 8,9 anos em 30 de junho de 2018, quando comparado aos 9,3 anos em 31 de março de 2018. O custo médio da dívida, após as operações de swap cambiais e de juros mencionadas acima, reduziu-se levemente para 4,96% ao ano em 30 de junho de 2018, em relação aos 4,97% ao ano em 31 de março de 2018.

(29)

diminuiu, assim como o custo da dívida, devido ao refinanciamento de dívidas bancárias com taxas de juros mais baixas.

O índice de cobertura de juros, medido pelo indicador LTM EBITDA ajustado/LTM juros brutos, foi de 11,4x no 2T18, ficando mais alto do que o nível de 9,5x no 1T18 e de 7,9x no 2T17.

A alavancagem, medida pela relação da dívida bruta/LTM EBITDA ajustado, diminuiu para 1,1x em 30 de junho de 2018 em comparação com 1,4x em 31 de março de 2018 e com 1,9x em 30 de junho de 2017. Medida pela relação da dívida líquida/LTM EBITDA ajustado, a alavancagem diminuiu para 0,7x em 30 de junho de 2018 em comparação com 1,0x em 30 de março de 2018 e com 1,5x em 30 de junho de 2017.

Indicadores de endividamento

US$ milhões 2T18 1T18 2T17

Dívida total 17.906 20.276 27.852

Dívida líquida 11.519 14.901 22.122

Dívida total / LTM EBITDA ajustado (x) 1,1 1,4 1,9 Dívida líquida / LTM EBITDA ajustado (x) 0,7 1,0 1,5 LTM EBITDA ajustado/ LTM juros brutos (x) 11,4 9,5 7,9

(30)

O desempenho dos segmentos de negócios

Informações dos segmentos ― 2T18, conforme nota explicativa das

demonstrações contábeis

Despesas

US$ milhões Receita

Líquida Custos¹ SG&A e outras¹ P&D¹ Pré-operacional e de parada¹ Dividendos e juros de coligadas e JVs EBITDA Ajustado Minerais ferrosos 6.321 (3.101) (33) (32) (33) 106 3.228 Minério de ferro - finos 4.570 (2.144) (26) (25) (27) 1 2.349 ROM 5 - - - 5 Pelotas 1.518 (808) (6) (6) (6) 105 797 Outros 113 (84) 1 - - - 30 Mn & ferroligas 115 (65) (2) (1) - - 47 Carvão 356 (327) (7) (6) - 29 45 Metais básicos 1.870 (1.055) (18) (12) (7) - 778 Níquel² 1.340 (810) (18) (8) (7) - 497 Cobre³ 530 (245) - (4) - - 281 Outros 69 (67) (133) (42) (6) 30 (149) Total 8.616 (4.550) (191) (92) (46) 165 3.902

¹ Excluindo depreciação e amortização

² Incluindo cobre e outros subprodutos das operações de níquel ³ Incluindo subprodutos das operações de cobre

(31)

Minerais Ferrosos

O EBITDA ajustado de Minerais Ferrosos foi de US$ 3.228 bilhões no 2T18, principalmente como resultado de maiores volumes de vendas e de maiores prêmios médios, refletindo: (a) esforços de marketing para posicionar o portfólio de produtos premium da Vale; (b) flexibilidade das operações; (c) gerenciamento ativo da cadeia de valor; (d) participação dos produtos premium no total de vendas; (e) prêmios de mercado mais fortes.

O volume de produção e vendas de minério de ferro e pelotas atingiu recordes para um segundo trimestre, apesar da severa greve de caminhoneiros que afetou o Brasil durante um período de 12 dias em maio de 2018. A flexibilidade da cadeia de valor e os esforços conjuntos dos líderes e empregados permitiram à Vale superar esta crise, saindo praticamente ilesa.

O portfólio de produtos premium e flexível da Vale é continuamente ajustado para maximização de margem, com a produção no 2T18 sendo caracterizada por um menor conteúdo de sílica (4,2% em média no 2T18 contra 4,5% no 2T17) e um menor conteúdo de alumina (1,3% em média no 2T18 e no 2T17) quando comparado a outros participantes do mercado. Desta forma, o portfólio de produtos da Vale está se beneficiando do aumento da tendência do “flight to quality” com a elevação dos prêmios de mercado.

O EBITDA ajustado permaneceu praticamente em linha com o 1T18, apesar do impacto dos menores preços de referência para 62% Fe (US$ 482 milhões), fatores exógenos impactando custos (US$ 147 milhões), como maiores preços de bunker oil e frete spot e o impacto sobre os custos da greve dos caminhoneiros, que foram parcialmente compensados por prêmios mais altos e iniciativas comerciais (US$ 150 milhões) e maiores volumes (US$ 80 milhões).

(32)

Variação EBITDA 1T18 vs. 2T18 – Minerais Ferrosos

Margem EBITDA de Minerais Ferrosos

15

O EBITDA ajustado por tonelada de Minerais Ferrosos, excluindo Manganês e Ferroligas, foi de US$ 36,8/t no 2T18, o que significou uma diminuição de somente US$ 3,0/t quando comparado com os US$ 39,8/t registrados no 1T18, apesar da redução de US$ 9,0/t no preço de referência para 62% Fe, que foi parcialmente compensado por maiores prêmios.

Finos de minério de ferro (excluindo Pelotas e ROM)

EBITDA

16

O EBITDA ajustado de finos de minério de ferro foi de US$ 2,349 bilhões no 2T18, ficando 8,1% menor do que no 1T18, principalmente devido ao menor preço de referência para o 62% Fe (US$ 423 milhões) e aos fatores exógenos citados acima (US$ 102 milhões), que foram parcialmente compensados por maiores prêmios (US$ 164 milhões), variações cambiais (US$ 78 milhões) e maiores volumes (US$ 91 milhões).

15 Excluindo minério de manganês e ferroligas.

(33)

RECEITA E VOLUMES DE VENDAS

A receita líquida das vendas de finos de minério de ferro, excluindo pelotas e run of mine (ROM), reduziu-se para US$ 4,570 bilhões no 2T18 em comparação com os US$ 4,703 bilhões registrados no 1T18, devido aos menores preços de vendas (US$ 259 milhões), que foram parcialmente compensados por maiores volumes de vendas (US$ 126 milhões).

O volume de vendas de finos de minério de ferro alcançou 72,9 Mt no 2T18, atingindo o melhor segundo trimestre de todos os tempos, apesar do aumento nos estoques offshore para suportar as atividades de blendagem.

As vendas CFR de finos de minério de ferro totalizaram 50,0 Mt no 2T18, representando 69% do total de vendas de finos de minério de ferro no 2T18 e ficando em linha com o percentual de vendas CFR registrado no 1T18.

O mix de vendas da Vale melhorou ano contra ano, como resultado do ramp-up de S11D e da decisão de reduzir progressivamente a produção de minério de baixa qualidade. A participação de produtos premium (pelotas, Carajás, Brazilian Blend Fines – BRBF, pellet feed e sinter feed com baixa alumina) sobre as vendas totais do 2T18 aumentou de 68% no 2T17 para 77% no 2T18, maximizando os benefícios do aumento dos prêmios de mercado. Consequentemente, as contribuições da qualidade e do prêmio médio no preço CFR/FOB wmt realizado aumentou de US$ 5,2/t no 1T18 e US$ 1,2/t no 2T17 para US$ 7,1/t no 2T18.

(34)

Receita operacional líquida por produto

US$ milhões 2T18 1T18 2T17

Minério de ferro - finos 4.570 4.703 3.544

ROM 5 9 8 Pelotas 1.518 1.585 1.331 Manganês e Ferroligas 115 124 117 Outros 113 106 114 Total 6.321 6.527 5.114

Volume vendido

mil toneladas 2T18 1T18 2T17

Minério de ferro - finos 72.921 70.811 69.019

ROM 368 410 240

Pelotas 13.231 13.125 12.479

Manganês 239 338 392

Ferroligas 34 34 36

PREÇOS REALIZADOS

(35)

Realização de preços – finos de minério de ferro

O preço CFR referência em base seca (dmt) de finos de minério de ferro da Vale (ex-ROM) foi de US$ 72,7/t, ficando US$ 7,4/t maior do que o preço de referência para 62% Fe, principalmente como resultado do maior efeito de qualidade e de maiores prêmios (US$ 7,1/t).

Apesar da redução de 12,1% (US$9,0/t) no preço de referência para 62% Fe, o preço Vale CFR/FOB wmt para finos de minério de ferro (ex-ROM) caiu apenas 5,6% (US$ 3,7/t), como resultado dos maiores prêmios citados anteriormente.

Os ‘Prêmios/Descontos e condições comerciais’ totalizaram US$ 5,0/t no 2T18, atingindo o maior nível de todos os tempos e ficando US$ 1,9/t acima dos US$ 3,1/t registrados no 1T18. O recorde foi resultado dos esforços de marketing para posicionar o portfólio de produtos premium da Vale e do dinâmico gerenciamento da cadeia de valor na maximização das margens. Além disso, os prêmios realizados da Vale foram suportados por fortes prêmios de mercado, especialmente os prêmios recebidos nas vendas spot do Brazilian Blend Fines (BRBF), como visto abaixo:

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Prêmios do BRBF (vendas spot)

A realização de preço no 2T18 foi impactada pelos seguintes motivos:

• preços provisórios no final do 1T18 de US$ 64,8/t, que mais tarde foram reajustados com base no preço de entrega do 2T18, impactando negativamente os preços do 2T18 em US$ 0,5/t contra um efeito positivo de US$ 1,2/t no 1T18, como resultado de menores preços realizados no 2T18 em comparação com a curva futura utilizada para a provisão do 1T18;

• preços provisórios estabelecidos no final do 2T18 de US$ 64,0/t contra a média preço de referência para 62% Fe de US$ 65,3/t no 2T18, que impactaram negativamente os preços no 2T18 em US$ 0,4/t contra um impacto negativo de US$ 3,3/t no 1T18;

• contratos com preços defasados (lagged) no trimestre, precificados a US$ 74,7/t e baseados nos preços médios de dez-jan-fev, que impactaram positivamente os preços no 2T18 em US$ 0,9/t se comparados ao impacto negativo de US$ 0,8/t no 1T18.

As vendas de minério de ferro de 20,7 Mt, ou 28% do mix de vendas da Vale, foram registradas sob o sistema de preços provisórios fixado no final do 2T18 em US$ 64,0/t. Os preços finais destas vendas e os ajustes necessários à receita de vendas serão determinados e registrados no 3T18.

O percentual das vendas registradas no sistema de preços provisórios com relação às vendas totais tem diminuído ao longo dos últimos trimestres, conforme a Vale reduz seu tempo para

(37)

alcançar o mercado ao aumentar o número de centros de distribuição offshore e, consequentemente, ficar mais próxima do consumidor final. Esta redução da participação das vendas com preço provisório também melhora a previsibilidade dos resultados, reduzindo os ajustes de preços relacionados às variações do índice de referência.

Preço médio realizado

US$ por tonelada 2T18 1T18 2T17

Minério de ferro - Metal Bulletin 65% index 86,0 90,3 76,5 Minério de ferro - preço de referência 62% Fe 65,3 74,3 62,9 Preço provisório no final do trimestre 64,0 64,8 62,1 Preço de referência de finos de minério de ferro CFR (dmt) 72,7 76,3 60,7 Preço realizado de finos de minério de ferro CFR/FOB 62,7 66,4 51,4

ROM 19,5 22,0 34,2

Pelotas CFR/FOB 114,7 120,8 106,7

Manganês 310,1 246,9 180,1

Ferroligas 1.194,4 1.212,8 1.265,3

CUSTOS

Os custos de finos de minério de ferro totalizaram US$ 2,144 bilhões (ou US$ 2,439 bilhões incluindo depreciação) no 2T18. Os custos aumentaram US$ 102 milhões no 2T18 com relação ao 1T1817, principalmente devido a: (a) fatores exógenos, tais como maiores preços de bunker oil, maiores preços spot de frete e o impacto da greve dos caminhoneiros nos custos de demurrage; (b) custos de manutenção sazonalmente mais elevados.

CPV Minério de Ferro - 1T18 x 2T18

Principais variações

US$ milhões 1T18 Volume Câmbio Outros

Variação Total 1T18 x 2T18 2T18 Custo caixa C1 1.051 32 (71) 60 21 1.072 Frete 818 1 - 42 43 861 Outros 209 2 - - 2 211

Custos totais antes de

depreciação e amortização 2.078 35 (71) 102 66 2.144

Depreciação 275 8 (28) 40 20 295

Total 2.353 43 (99) 142 86 2.439

O custo unitário de frete marítimo por tonelada métrica de minério de ferro foi de US$ 17,2/t no 2T18, ficando US$ 0,8/t maior do que no 1T18, devido, principalmente, aos impactos de maiores fretes spot (US$ 0,2/t) e maiores preços de bunker oil (US$ 0,6/t)18.

17 Após a dedução dos efeitos de maiores volumes de vendas (US$ 35 milhões) e do impacto positivo das variações cambiais (US$ 71 milhões). 18 O preço médio do bunker oil no portfólio de frete da Vale aumentou de US$ 364/t no1T18 para US$396/t no 2T18.

(38)

A Vale atingiu um importante marco na implementação de sua estratégia de neutralizar a influência geográfica sobre o custo de frete ao concluir as negociações de contratos de longo prazo no 2T18 (ver Box “Vale assegura frete marítimo competitivo de longo-prazo” para mais detalhes).

CUSTO CAIXA C1

O custo caixa total C1 FOB no porto por tonelada métrica, sem royalties, totalizou US$ 14,7/t no 2T18, permanecendo praticamente em linha com o 1T18. Os efeitos da desvalorização do BRL e a maior diluição de custos fixos com os maiores volumes de produção foram neutralizados por: (a) impacto da greve dos caminhoneiros no custo de demurrage como resultado dos ajustes nos planos de produção, afetando a disponibilidade de determinados produtos nos portos brasileiros; (b) consumo de estoques com custos médios mais elevados; (c) custos de manutenção sazonalmente mais altos. Com a taxa cambial corrente19, espera-se que os custos se reduzam para uma média notadamente inferior a US$ 13,0/t no 2S18, devido à combinação de maior produção, maior participação dos volumes de S11D e custos de manutenção sazonalmente mais baixos.

O custo caixa C1 FOB porto por tonelada métrica de finos de minério de ferro, excluindo royalties, aumentou em BRL de R$ 48,3/t no 1T18 para R$ 53,3/t no 2T18, devido aos efeitos anteriormente citados.

As despesas por tonelada em BRL aumentaram dos R$ 3,1/t registrados no 1T18 para R$ 3,9/t no 2T18, principalmente devido ao efeito do aumento das despesas de vendas e despesas de P&D (ver detalhes na seção de Despesas abaixo).

Custos e despesas de finos de minério de ferro em reais

R$/t 2T18 1T18 2T17

Custo caixa C1¹ 53,3 48,3 49,3

Despesas¹ ² 3,9 3,1 4,1

Total 57,2 51,4 53,4

¹ Líquido de depreciação

² Considera o novo critério gerencial de alocação para as despesas gerais e administrativas, conforme descrito no box de “Mudanças de Alocação na Contabilidade Gerencial” do relatório do 1T18.

(39)

Custo unitário de finos de minério de ferro e frete

2T18 1T18 2T17

Custos (US$ milhões)

Custos, sem depreciação e amortização 2.144 2.078 1.885

(-) Custos de distribuição 51 53 33

(-) Custos de frete marítimo (A) 861 818 690

Custos FOB no porto (ex-ROM) 1.232 1.207 1.162

(-) Royalties 160 156 111

Custos FOB no porto (ex-ROM e royalties) (B) 1.072 1.051 1.051 Volumes de vendas (Mt)

Volume total de minério de ferro vendido 73,3 71,2 69,3 (-) Volume total de ROM vendido 0,4 0,4 0,2 Volume vendido (ex-ROM) (C) 72,9 70,8 69,0

Custo unitário de minério de ferro (ex-ROM, ex-royalties), FOB

(US$/t) (B/C) 14,7 14,8 15,2

Frete

Custos de frete marítimo (A) 861 818 690

% de Vendas CFR (D) 69% 71% 67%

Volume CFR (Mt) (E = C x D) 50,0 50,0 46,4 Custo unitário de frete de minério de ferro (US$/t) (A/E) 17,2 16,4 14,9

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