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Mudança do Paradigma Energético no Sector Agrícola

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(1)

Mudança do Paradigma

Energético no Sector Agrícola

A t

A

l

Artur Amaral

Escola Superior Agrária de Santarém

artur.amaral@esa.ipsantarem.pt

Sumário

Introdução

Fontes de energia renovável na agricultura

Fontes de energia renovável na agricultura

Enquadramento legislativo

Mercado europeu

O mercado em Portugal

Trabalhos de experimentação na ESAS

Conclusões

(2)

Introdução

PARADIGMA

PARADIGMA

• Sistema ou modelo conceptual que orienta

o desenvolvimento posterior de pesquisas,

estando na base da evolução científica…

3 Artur/Amaral

Introdução

Desenvolvimento Socioeconómico Desenvolvimento Socioeconómico

Eficiência dos recursos Eficiência dos recursos Eficiência dos recursos Eficiência dos recursos

Eficiência Material: Menor utilização de input

em relação ao output

Ecossistemas: Redução dos impactos, minimizar

resíduos e poluição

Capital Natural: Minerais, Terra, Água; Biodiversidade, Capital Natural: Minerais, Terra, Água; Biodiversidade,

etc etc

Preservação dos Ecossistemas Preservação dos Ecossistemas

etc etc…

(3)

Introdução

Impacto social das FER

As tecnologias associadas às energias

renováveis empregam, actualmente, cerca de

1,5 milhões de pessoas no espaço da EU e

Prevê-se que até 2020 este sector poderá

empregar mais 3 milhões

Fonte: Comissão Europeia, 201

5 Artur/Amaral

Introdução

Compromisso para a eficiência dos recursos:

Implicações para as ER/Bioenergia

p

ç

p

g

Reduções

dos GEE

Reduções pequenas de

A produção de ER não poderá causar impactos

negativos no capital natural

Artur/Amaral

pequenas de GEE em relação às ENR não são

suficientes

Floresta Produtividade dos solos Biodiversidade Recursos Hídricos

(4)

Medidas sustentáveis combatíveis com a Bioenergia

Introdução

Fl t ê i d A i l d ã Floresta: permanência de

uma % mínima de resíduos na parcela após as práticas

florestais (limpeza; desramações; picadas;…)

Agricultura de conservação: Mobilização de conservação – Cobertura de pelos menos 30% da superfície com resíduos: MR; ML; SD; Boas Práticas Agrícolas

7 Artur/Amaral

Fontes de energia renovável na Agricultura

(5)

Fontes de energia renovável na Agricultura - Bioenergia

Energia

renovável

Bionergia –

Menores

emissões de

GEE

renovável

Cumprimento

dos

compromissos

internacionais

redução GEE

Bionergia –

Energia que

deriva da

biomassa

Artur/Amaral 9

Fontes de energia renovável na Agricultura - Bioenergia

P ã C b ã

• Culturas oleaginosas (colza; girassol; etc) resíduos de óleos e gordura animal;

Processos de

Conversão

• Energia calorífica

• Energia elétrica • Preparação + Combustão • Transesterificação (FAME); Hidrogenação (HVO); • Gaseificação; • Pirólise; • Digestão anaeróbica; • Outros processos químicos/biológicos. gordura animal;

• Culturas ricas em amido e açúcar;

• Biomassa lenho

-celulósica: (palha; madeira; culturas energéticas); • RSU biodegradáveis; Estrumes; Resíduos líquidos; Algas; Mi i • Transportes: • Biocombustíveis líquidos: • Bioetanol • Biodiesel; • Metanol; • Bio-EETB(ETBE); • … Artur/Amaral • Micro-organismos: microalgas e bactérias

Matéria Prima

Tipos de

Energia

10

(6)

Tipos de Bioenergia

• Biomassa sólida: Estilha de madeira; palha; Estrume seco

B

á b

Fontes de energia renovável na Agricultura - Bioenergia

Eletricidade

• Biogás e biometano

Aquecimento

• Queima de biomassa (…) em pequenas unidades e diferentes

escalas

• Biogás e biometano

Transportes

• Combustíveis de 1ª geração

• Combustíveis de 2ª geração

Artur/Amaral 11

Combustíveis para transportes

Combustíveis de 1ª

Fontes de energia renovável na Agricultura - Bioenergia

Combustíveis de 1

geração

Matérias primas

i Culturas

Combustíveis de 2ª geração

Tecnologia ainda Expectável

Utiliza matéria lenho-celulósica; btida de ricas em açúcar/amido – Produção de Bietanol Culturas oleaginosas – Produção de Biodiesel g não completamente madura; p grande desenvolvimento no futuro obtida de resíduos florestais, agrícolas; culturas energéticas;..

(7)

BIETANOL

Fontes de energia renovável na Agricultura - Bioenergia

CANA DE AÇUCAR MILHO SORGO BETERRABA BATATA CEREAIS pragana VINHO MOSTO DE UVA MOSTO DE UVA 13 Artur/Amaral

BIODIESEL

Fontes de energia renovável na Agricultura - Bioenergia

COLZA GIRASSOL;

SOJA ÓLEO DE PALMA ÓLEO DE RÍCINO (Mamona)

ÓLEO DE PURGUEIRA (Jatropha)

(8)

Fontes de energia renovável na Agricultura -Bioenergia

Cana: Arundo donax L. Culturas Miscanthusxgiganteus

Energéticas

15

Choupo: Populus sp. Eucalipto globulus L..

Artur/Amaral

Fontes de energia renovável na Agricultura-Resíduos

Resíduos das culturas agrícolas

(9)

Conversão da biomassa em combustíveis líquidos

Conversão

termoquímica:

Conversão bioquímica:

Fontes de energia renovável na Agricultura-Resíduos

termoquímica:

É feita a gaseificação da biomassa a 600º-1100ºC

Conversão a biodiesel utilizando a

í t d Fi h T h

q

Pré-tratamento da biomassa e hidrólise enzimática Subsequente fermentação com

conversão da hemicelulose e síntese de Fischer-Tropsch

Exemplos:“Prmenergy” “AGT Management Engineering”

conversão da hemicelulose e açúcar em etanol

Unidades em Dinamarca; Espanha; Suécia e Canadá

Artur/Amaral

17

Rácio produto/biocombustível

1 t de óleo

1 t éster 1 ha colza = 1350L Éster

Fontes de energia renovável na Agricultura

colza

metílico 1350L Éster metílico

1 t de grão

de milho

400 L de bietanol

1 t de palha

de milho

Celuloses; Hemiceluloses; … Até 280 L bioetanol [1] 18

(10)

Enquadramento legislativo

• Quadro legislativo vago • Objetivos não vinculativos

• Diretiva Eletricidade 2001/77/CE – 21% na EE até 2010

2008

• Diretiva Biocombustíveis 2003/30/CE – 5,75% nos Transportes até 2010

2009

2009

• Alteração da abordagem política

• DER 2009/28/CE – Promoção da utilização da E proveniente das FER • Abrange o consumo de energia como um todo

2009

• Estabelece objetivos juridicamente vinculativos • Obrigação dos EM estabelecerem planos de ação

19 Artur/Amaral

Enquadramento legislativo

Diretiva 2009/28/CE (Objetivos): “20-10-20-20”

Atingir os

20% de FER no total de consumo final de

i

EU

energia

na EU;

Estabelece

quotas individuais

nacionais para cada país;

Incorporação no mínimo de

10% de biocombustíveis

no

consumo de gasolina e gasóleo;

Redução de

20% no consumo final de energia

através da

eficiência energética;

Redução em

20% das emissões dos GEE

(tendo por base o

ano de 2005).

(11)

180000

Evolução da Produção Primária de Energia Renovável na EU27

Mercado europeu

40000 60000 80000 100000 120000 140000 160000 (ktep ) 0 20000 40000 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Anos Eurostat, 2013 21 Artur/Amaral

Repartição percentual e em volume (ktep) dos biocombustíveis na UE (2010)

Mercado europeu

Biodiesel; 9938; 78% Bioetanol; 2800; 22% Fonte: CE, 2013 22 Artur/Amaral

(12)

Repartição do consumo total de biocombustíveis nos transportes (2007-2010)

Mercado europeu

6 8 9,1 9,9 1,2 1,8 2,3 2,8 1,3 0,9 0,5 0,5 4 6 8 10 12 14 (M tep ) Outros biocombustíveis Biogasolina Biodiesel 4,3 6,8 0 2 2007 2008 2009 2010 (Anos) Fonte: CE, 2013 23 Artur/Amaral 350

Consumo total de energia fóssil e biocombustíveis nos transportes na UE (2007-2010)

Mercado europeu

301,5 295,2 287,6 285,1 6,7 9,6 11,9 13,3 100 150 200 250 300 (M tep )

Total biocombustíveis nos transportes Consumo total de ENR em transportes

0 50

(13)

Argentina 10% EUA 1% Indonesia 3% Malásia1% China 1%

Origem do biodiesel consumido na UE em 2010

Mercado europeu

EU 8270 Indonesia 10% 83% Fonte: CE, 2013 25 Artur/Amaral Bolivia EUA4% Peru 1% Outros5%

Origem do bietanol consumido na UE em 2010

Mercado europeu

EU Cazaquistão 1% Brasil 8% 1% 2243 80% Fonte: CE, 2013 26 Artur/Amaral

(14)

SK FI SE UK

Objetivos globais nacionais para a quota de ER no consumo final de energia em 2020

Mercado europeu

31,0 EL ES FR IT CY LV LT LU HU MT NL AT PL PT RO SI SK

Objectivo ER no consumo final bruto 2020 Quota ER no consumo final bruto 2005

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 BE BG CZ DK DE EEIE EL (%)

Fonte: Comissão Europeia, 2011

27 Artur/Amaral

Perspectivas de evolução

Aumento do consumo total de energias renováveis:

03

200

Mercado europeu

103 Mtep em 2005

217 Mtep em 2020 (consumo bruto final de energia).

O sector da eletricidade deverá representar 45% deste

aumento (51,3Mtep);

O aquecimento 37% (42 2Mtep);

O aquecimento 37% (42,2Mtep);

(15)

Desenvolvimento das fontes de energia renováveis na electricidade na UE

Perspectivas de evolução

Mercado europeu

electricidade na UE 400000 600000 800000 1000000 1200000 1400000 GW h

Marés, ondas, oceanos Electricidade geotérmica Electricidade solar Electricidade de biomassa Eólica 27 % 0 200000 400000 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Centrais hidroeléctricas

Fonte: Comissão Europeia, 2011

29 Artur/Amaral

Desenvolvimento das fontes de energia renováveis nos transportes na UE

Perspectivas de evolução

Mercado europeu

10000 15000 20000 25000 30000 35000 kt ep Hidrogénio Outros biocombustíveis Electricidade nos transportes Bioetanol Biodiesel 0 5000 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Fonte: Comissão Europeia, 2011

(16)

Evolução comparativa da tendência estimada (linha tracejada)

com o previsto (linha azul) para o

sector das ER

na EU.

300000

Mercado europeu

100000 150000 200000 250000 kt ep 0 50000 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Fonte: Comissão Europeia, 2013

31 Artur/Amaral

Mercado nacional

(17)

Mercado nacional

Industria 28% Serviços 13% Agr.Pescas. Construção 7%

Repartição do consumo total de eneria por sectores de actividade (2005) Industria 34% Doméstico 17% Serviços 11% Agr.Pescas. Construção 2%

Repartição do consumo total de energia por sectores de actividade (2011) Transportes 35% Doméstico 17% Artur/Amaral 33 Transportes 36% Fonte:DGEG

Mercado nacional

Geotérmica 0% Fotovoltaica2%

Potência Instalada em FER (2011)

Hidrica 50% Eólica 41% 2% Artur/Amaral 34 Fonte:DGEG Biomassa 7% 10 622 MW

(18)

Experimentação colza 2007/2008

Trabalhos de experimentação na ESAS

Avaliação do interesse técnico-económico do cultivo

da colza para biodiesel, como cultura intercalar:

da colza para biodiesel, como cultura intercalar:

Ensaio de datas de sementeira:

Factor: Datas;

Tratamentos:

4 Outubro; 31 Outubro; 12 de Dezembro 

Ensaio de variedades:

Factor: Variedades;

Tratamentos:

Recital; Alba; Ready; Lucia; Nelson; Kuibik; Petrol; Jetix; Fair

35

Tratamentos:

Recital; Alba; Ready; Lucia; Nelson; Kuibik; Petrol; Jetix; Fair 

Ensaio de resposta ao azoto:

Factor: Doses de azoto

Tratamentos:

N0; N40; N80; N120; N160

Artur/Amaral

Experimentação colza 2007/2008

 Potencial interesse da inserção da cultura

da colza nos sistemas de monocultura de milho:

Trabalhos de experimentação na ESAS

Vantagens Desvantagens

milho:

Bom precedente cultural e cultura

de cobertura (“Catch crop”);

Efeito positivo sobre determinadas

pragas do solo (ex. nemátodos);  Alternativa de Inverno nos sistemas de

produção;

 Custos reduzidos de implantação e

condução;

Vantagens Desvantagens

condução;

(19)

Experimentação colza 2007/2008

Ensaio de datas de sementeira

Factor: Datas de sementeira;

Trabalhos de experimentação na ESAS

Factor: Datas de sementeira;

 Tratamentos:  D1 – 4 de Outubro;  D2 – 31 de Outubro;  D3 – 12 de Dezembro  Variedade: Lucia  Delineamento experimental

:

 Parcelas simples (5 000m2) 

Colheita:

 D1 – 13 de Maio  D2 –12 de Junho  D3 – 27 de Junho Artur/Amaral 37

Experimentação colza 2007/2008: Datas de sementeira

Trabalhos de experimentação na ESAS

Efeito da data de sementeira na produção de grão (corrigido a 10%) 3029 1450 2038 2367 1426 2359 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 (kg/h a) grão (corrigido a 10%) D 4Out D 31Out D 7Dez Artur/Amaral 38 0

13 de Maio 12-Jun 27-Jun

(20)

Experimentação colza 2007/2008: Variedades

Trabalhos de experimentação na ESAS

1806 1000 1500 2000 2500 3000 3500 (kg/h a)

Produção de grão corrigida a 10% humidade

Artur/Amaral 39

0 500

Lucia Nelson Recital Fair Petrol Ready Kuibik Jetix Alba Média

Experimentação colza 2007/2008: Resposta ao N

Efeito da dose de azoto na produção de grão

Trabalhos de experimentação na ESAS

500 1000 1500 2000 2500 (kg/h a) (corrigida a 10% humidade) 0 N0 N40 N80 N120 N160 Doses de azoto

(21)

Análise do potencial de produção de resíduos: Milho

Repartição da biomassa do milho

Trabalhos de experimentação na ESAS

Índice de colheita

Eficiências de colheita

Impacto ambiental

Matéria orgânica do solo

Exportação dos nutrientes

Remoção dos resíduos Exportações de nutrientes e MO Produtividade da cultura

Proteção contra a erosão

Dados de 2002-2013

Fertilidade do solo

O sector da Bioenergia assume-me como um sector importante no

conjunto das fontes de energia renovável;

O sector dos transportes é um dos sectores que mais contribui para o

consumo de energia primária fóssil, não só a nível da EU como de Portugal;

Conclusões

g p

,

g ;

Perspectiva-se um maior incremento dos biocombustíveis de 2ªgeração;

A dimensão e situação económica do nosso país obriga:

Esforço acrescido na criação de conhecimento;

Aumento de eficiências;

Desenvolvimento de modelos conceptuais adaptados à enormes

potencialidades e diversidade de situações para produção de Energia

R

á l

Renovável.

O baixo grau de aprovisionamento de cereais e oleaginosas implicará a uma

alteração do

paradigma da energia renovável no sector agrícola

paradigma da energia renovável no sector agrícola

,

implicando uma maior aposta em fontes não concorrenciais com a produção

de alimentos: Energia Solar; e Resíduos de Culturas, Florestais e Pecuária.

Artur/Amaral 42

(22)

Artur/Amaral 43

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[r]