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Engineering Sciences, Aquidabã, 2012, Jan 2013.

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  Journal homepage:  www.arvore.org.br/seer    Engineering Sciences (ISSN 2318‐3055)   © 2013 Escola Superior de Sustentabilidade. All rights reserved. 

ESTUDO DA REESTRUTURAÇÃO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA DO SEGMENTO DE

BISCOITOS ARTESANAIS EM MACEIÓ, BRASIL

ABSTRACT

Este estudo avalia o que a literatura preconiza a cerca de um arranjo físico, buscando a otimização dos sistemas industriais e demonstrando os diferentes tipos de layout, a adequação dos recursos transformadores e a melhoria do tempo em função da movimentação de pessoal. O estudo de caso demonstra contribuições para a melhoria de uma fábrica de biscoitos sejam elas: - A decisão de mudança do arranjo físico e a escolha do tipo de layout adequado; - A organização dos produtos transformados e transformadores; - A mudança na movimentação do pessoal dentro da fábrica, durante a produção e durante o processo de embalagem e estocagem.

KEYWORDS: Arranjo Físico; Planejamento e Controle de Produção; Fábrica de

Biscoito.

STUDY OF RESTRUCTURING OF PHYSICAL ARRANGEMENT IN A FOOD INDUSTRY SEGMENT

HANDMADE BISCUITS IN MACEIO, BRAZIL

RESUMO

This study examines what the literature calls for about a physical arrangement, seek to optimize industrial systems and demonstrating the different types of layout, the adequacy of resources and improvement of the processors time depending on the movement of personnel. The case study shows contributions to the improvement of a biscuit factory, which include: - The decision to change the physical layout and choice of appropriate layout, - The organization of the processed products and processors; - A change in the movement of staff within the factory during production and during the process of packaging and storage.

PALAVRAS-CHAVE: Layout; Planning and Production Control; Biscuit Factory.

Engineering Sciences, Aquidabã,  v.1, n.1, Ago, Set, Out, Nov, Dez  2012, Jan 2013.    ISSN 2318‐3055    SECTION: Articles  TOPIC: Engenharia de Produção      DOI: 10.6008/ESS2318‐3055.2013.001.0003

 

      Francisco José Bordalo Padrão Alves  Centro Universitário CESMAC, Brasil  http://lattes.cnpq.br/2613271134661852   fjbpa@ig.com.br    Paulo Vitor Barros de Aquino  Centro Universitário CESMAC, Brasil  paulo_vitor08@hotmail.com    Luís Henrique Ferreira Silva  Universidade Federal de Pernambuco, Brasil  http://lattes.cnpq.br/0043084654387316   drlhfs@hotmail.com                   Received: 24/05/2012  Approved: 10/01/2013  Reviewed anonymously in the process of blind peer.                    Referencing this:

 

  ALVES, F. J. B. P.; AQUINO, P. V. B.; SILVA, L. H. F.. Estudo  da Reestruturação do Arranjo Físico em uma Indústria  Alimentícia do segmento de biscoitos artesanais em  Maceió, Brasil. Engineering Sciences, Aquidabã, v.1, n.1,  p.22‐28, 2013. DOI: http://dx.doi.org/10.6008/ESS2318‐ 3055.2013.001.0003  

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INTRODUÇÃO

Os sistemas produtivos vêm passando por muitas mudanças com o passar do tempo, devido às inovações tecnológicas, ao reflexo da globalização, que instiga ainda mais a concorrência, além de forçar a organização a rever seu sistema produtivo, adequando as formas de fabricação e comunicação com o mercado atual.

O arranjo físico de uma operação produtiva trata do posicionamento físico do andamento da transformação do “chão de fábrica”. Ou seja, é responsável pela definição da localização de todas as instalações, máquinas, equipamentos e pessoal da produção. Algumas mudanças, aparentemente pequenas, na localização de uma máquina numa fábrica ou dos produtos no ponto de venda, podem afetar diretamente o fluxo de materiais e pessoas por meio da operação, bem como os custos e eficácia geral da produção. Existem fábricas que conseguem aumentar até 25% da produção, reduzir custos e melhorar o aproveitamento do espaço através de um novo arranjo físico da fábrica. (SLACK et al., 2002).

Slack et al. (2002) apresentam quatro tipos básicos de arranjos físicos:

 Arranjo Físico Posicional – esse tipo de arranjo é conhecido também como de posição fixa, isto porque ao invés dos materiais, informações ou clientes fluírem por uma operação, quem sofre o processamento fica fixo, ou seja, os equipamentos, maquinário, instalações e pessoas transitam na medida do necessário.

 Arranjo Físico por Processo – são mudanças realizadas buscando processos similares a serem localizados juntos um do outro, isto é, o arranjo físico é constituído de acordo com as necessidades e conveniências dos recursos transformadores que formam o processo na operação.

 Arranjo Físico Celular – este se caracteriza por tentar definir uma ordem para a complexidade de fluxo que distingue o arranjo físico por processo, onde os recursos transformados são pré-selecionados para movimentar-se para uma parte específica da operação (célula) na qual todos os recursos transformadores necessários se encontram.

 Arranjo Físico por Produto – também conhecido como arranjo físico em “fluxo” ou em “linha”; neste caso, cada produto, elemento de informação ou cliente segue um mesmo trajeto no qual a sequencia de atividades requerida coincide com a sequencia dos processos que foram arranjados fisicamente. A base organizacional visada pela indústria é a melhoria do arranjo físico do “chão de fábrica”, independente do seu tipo. Tem como intuito organizar o layout das máquinas, criar locais adequados para a colocação dos produtos e organizar a movimentação de pessoal, diminuindo o tempo de espera por produto e por mão de obra em cada setor.

Petrônio e Fernando Piero (2006) afirmam que é necessário seguir uma sequencia lógica para se obter um bom arranjo físico, apontando os seguintes passos: (1) localização da unidade Industrial; (2) determinação da capacidade; (3) arranjo físico da empresa.

Em vista disso, percebe-se que o processo de reengenharia do arranjo físico de produção, apresenta-se como uma ferramenta de melhoria na parte de movimentação e de tempo no “chão de fábrica”.

O objetivo geral deste trabalho foi de firmar a importância do arranjo físico para um melhor desempenho no processo de produção de uma fábrica seja na simples organização de estocagem

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e/ou na melhor definição da área de trabalho, no combate a perdas, no tempo de serviço, entre outras.

REVISÃO TEÓRICA

O arranjo físico é um fator primordial para o desempenho das fábricas, materiais e funcionários. Estabelece, ainda, canais concretos de comunicação, ao passo que diminui os ruídos nas trocas de informações. Com a evolução da tecnologia e aumento da demanda por produtos e serviços de qualidade, o mercado industrial, acompanhando estas tendências, exige respostas diretas, principalmente quando trata de sistemas de manufatura.

O planejamento do arranjo físico é bastante eficaz e suas características são evidentes no meio produtivo – organização, estruturação das máquinas, equipamentos e pessoas; ou seja, o arranjo físico é a primeira coisa que as pessoas notam ao entrarem em uma fábrica. (SLACK et al., 2002).

METODOLOGIA

Foi realizado um estudo de caso numa Fábrica de Biscoitos em Maceió, onde se procurou observar, principalmente, a estrutura da empresa, sua organização, rotina e fluxos de comunicação.

Foi realizada uma pesquisa buscando coletar informações teóricas e empíricas sobre o Arranjo Físico, seus principais conceitos e características, e a forma como ele é desenvolvido e aplicado no ambiente organizacional. Procurou-se também destacar a importância do Arranjo Físico, definido para o alcance do potencial da fábrica nos seus processos de produção e no desempenho das atividades realizadas por seus funcionários.

A realização da pesquisa documental, de cunho descritivo e analítico, se deu a partir da leitura de livros e artigos tecnológicos e científicos atualizados sobre o tema, baseados, principalmente, nas pesquisas de Slack, Cury, Chiavenato, Tubino, entre outros nomes conceituados nas áreas de Administração em Processos, Planejamento e Controle de Produção.

Foi realizado um estudo de caso em uma empresa específica, a saber, F&P Biscoitos Artesanais, situada em Maceió. A coleta de dados se deu através de filmagem, fotos e de questionários, meios escolhidos para o levantamento de dados. Todavia, algumas informações coletadas poderão ser restritas à empresa a fim de preservar a sua competitividade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Figura 01 apresenta um organograma de como é estruturada a distribuição organizacional da hierarquia da empresa.

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Figura 01: Organograma da Fábrica F&P biscoitos artesanais.

Arranjo Físico Original

O arranjo físico de uma fábrica é de grande importância, pois é a partir dele que é determinada a capacidade estratégica sobre o desempenho da empresa. Foi constatado que o Arranjo Físico da fábrica de biscoitos está estruturado conforme a Figura 02.

Figura 02: Arranjo Físico da Fábrica F&P biscoitos artesanais.

Movimentação de Pessoal Original

Com base nas filmagens obtidas, conseguiu-se projetar a movimentação do pessoal conforme a Figura 03, do mapofluxograma da movimentação do pessoal e do produto.

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Figura 03: Mapofluxograma da Movimentação da F&P biscoitos artesanais.

Com base na Figura 03, percebe-se uma movimentação desordenada em toda a fábrica, o que ocasiona perdas de tempo, transporte, um aumento na espera e no processo produtivo. Após a análise do Arranjo Físico atual foi possível observar várias características da organização e com isso foi possível afirmar que o arranjo físico não está adequado.

Proposta de Arranjo Físico

Visando criar uma sequência linear no chão de fábrica, uma redução nas perdas e, consequentemente, um aumento na produção e na satisfação dos funcionários. Com base nas pesquisas desenvolvidas sobre o arranjo físico, suas principais características e conceitos, acredita-se que para a fábrica de biscoitos artesanais alcançar seu potencial será necessário e conveniente a utilização do Arranjo Físico por Processo.

Para alcançar melhorias e um crescimento na produção da fábrica, combatendo as perdas e organizando a estrutura do chão de fábrica, apresenta-se os seguintes passos para a reestruturação do arranjo físico citado: (1) separação dos banheiros, conforme a portaria nº 326 da SVS/MS; (2) criação da cozinha, para um aumento da motivação dos funcionários; (3) definição de um local para o depósito do produto acabado, com maior ventilação; (4) organização da matéria-prima em um local único; (5) abertura de espaços para circulação de pessoal e ventilação da área de produção; (6) aproximação do material de queima aos fornos, evitando-se a perda de

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tempo; (7) aproximação das áreas de embalagem e contagem, para facilitar a comunicação; (8) demarcação do local para estacionar os carrinhos de apoio, visando trazer ordem; (9) alinhamento das máquinas conforme o arranjo físico por processos.

A Figura 04 apresenta uma ilustração de como seria o layout da fábrica, respeitando as propostas listadas acima.

Figura 04: Ilustração das melhorias propostas do arranjo físico da F&P biscoitos artesanais.

Em vista disso, fazendo uma comparação entre as situações apresentadas nas Figuras 02 e 04, podem ser observadas grandes diferenças com relação ao arranjo físico. Com a proposta de reestruturação e aplicação do arranjo físico por processo, por meio de algumas modificações na estrutura da fábrica, (Figura 04), percebe-se uma melhoria na distribuição das máquinas e demais materiais para produção.

Proposta de Movimentação de Pessoal

Após a proposta de reestruturação do arranjo físico, também foi possível determinar uma proposta para um novo mapofluxograma de movimentação do pessoal e do produto dentro da fábrica, como pode ser visualizado na Figura 05.

Com a proposta apresentada, com o novo fluxo dos operadores e dos produtos, pode-se afirmar que adequação dos recursos transformadores e transformados é essencial para que a fábrica atinja seu potencial, uma vez que, as distâncias entre estes serão reduzidas. Com a separação dos banheiros, a criação da cozinha e a abertura de um vão, irão gerar um melhor aproveitamento do tempo e do espaço, agregando um valor maior a produção.

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Figura 05: Mapofluxograma da movimentação proposta.

CONCLUSÕES

O presente trabalho buscou demonstrar esses fatos através de um estudo de caso. Com base nesse estudo, foi possível constatar as fragilidades do processo produtivo, a começar pelo seu arranjo físico que não é bem definido, ocasionando perdas por movimentação de pessoal, produto transformado e matéria-prima.

A divisão adequada dos locais no layout proposto, refletirá no fluxo da sua produção, na redução das perdas que afetam o desempenho produtivo, assim como para a motivação e melhores condições de trabalho dos funcionários, e para definição de uma melhor imagem da empresa, atraindo mais visitantes e fornecedores.

O presente trabalho permitiu firmar a fundamental importância do profissional de Engenharia de Produção na garantia de um arranjo físico adequado ao processo produtivo de uma fábrica, bem como no ajustamento dos recursos transformadores e transformados para que a empresa atinja seu potencial, sem perdas, sem distâncias entre os setores, sem insatisfação dos funcionários, entre outros fatores que garantem um melhor aproveitamento do tempo de serviço, do espaço disponível e para agregar valor à produção.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Portaria SVS/MS nº 326, de 30 de julho de 1997. Disponível: <http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/326_97.htm >. Acesso: 13 nov 09.

MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P.. Administração da produção. 2 ed. São Paulo: Saraiva 2005. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; Johnston, R.. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2006.

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