DPI/IMC (C-PCI – Parecer Técnico – Fase 1) 1 (FASE 1–APRECIAÇÃO PRÉVIA PELA COMISSÃO PARA O PCI)
PARECER TÉCNICO
PARTE I–OBJECTO DO PEDIDO
1.IDENTIFICAÇÃO DO PEDIDO N.º PROC.IN-PCI: 01/2011 DATA DE ENTRADA: 23/05/2011 MANIFESTAÇÃO Capeia Arraiana 2.TIPOLOGIA DO PEDIDO 2.1.OBJECTIVO
;
INVENTARIAÇÃO□
SALVAGUARDA URGENTE□
REVISÃO /ACTUALIZAÇÃOA)NOS TERMOS DO N.º 1 DO ART.º 18.º DO DECRETO-LEI N.º 139/2009, DE 15 DE JUNHO
□
B)NOS TERMOS DO N.º 2 DO ART.º 18.º DO DECRETO-LEI N.º 139/2009, DE 15 DE JUNHO□
2.2.FASE
DPI/IMC (C-PCI – Parecer Técnico – Fase 1) 2
3.IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE
DESIGNAÇÃO
Câmara Municipal do Sabugal
TIPOLOGIA DA ENTIDADE
Organismo da administração pública local
RESPONSÁVEL
António dos Santos Robalo
INSERÇÃO TERRITORIAL
NUTII: Centro DISTRITO(S): Guarda
NUTIII: Beira Interior Norte CONCELHO(S): Sabugal
4.CARACTERIZAÇÃO DA MANIFESTAÇÃO
DOMÍNIO Práticas sociais, rituais e eventos festivos
CATEGORIA Rituais colectivos
DENOMINAÇÃO Capeia Arraiana
OUTRAS DENOMINAÇÕES Capeia ; Corrida ; Tourada Raiana ; Tourada com forcão
CARACTERIZAÇÃO SÍNTESE
A Capeia Arraiana é uma manifestação tauromáquica específica de algumas povoações do concelho do Sabugal próximas da fronteira com Espanha, que se caracteriza e singulariza das demais formas populares de manifestações tauromáquicas, pelo facto de a lide do touro bravo ser efectuada colectivamente, com o recurso do Forcão.
A Capeia é realizada em Agosto, em associação com a festa patronal de cada comunidade, e, regra geral, tem lugar no largo principal da aldeia, para tal temporariamente vedado. Para além da Capeia propriamente dita, isto é a lide do touro com o Forcão, constituem componentes públicas da prática o Encerro e o Boi da Prova, que precedem a Capeia, e o Desencerro, com o qual ela termina.
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CONTEXTO SOCIAL
Actualmente, a prática da Capeia Arraiana tem lugar, de forma regular, em 11 das 40 freguesias do concelho do Sabugal: Aldeia da Ponte, Forcalhos, Lageosa, Aldeia do Bispo, Fóios, Soito, Aldeia Velha, Alfaiates, Rebolosa, Nave e Quadrazais (em Quadrazais, sede de freguesia, apenas se realiza no lugar de Ozendo).
CONTEXTO TERRITORIAL
NUTII: Centro DISTRITO(S): Guarda
NUTIII: Beira Interior Norte CONCELHO(S): Sabugal
CONTEXTO TEMPORAL
A Capeia é realizada com regularidade anual em cada comunidade. A Capeia Arraiana realiza-se sobretudo durante o mês de Agosto, período em que muitos emigrantes regressam de férias, sendo que a Capeia é sem dúvida, nas freguesias do Sabugal em que se realiza, a manifestação cultural mais aguardada e que maior número de pessoas mobiliza.
CONTEXTO DE TRANSMISSÃO
A tradição está activa nas 11 freguesias do concelho do Sabugal acima referidas. Na transmissão da tradição assumem particular importância os Mordomos, designados anualmente.
ORIGEM /HISTORIAL
Segundo diversos autores, as origens da Capeia remontam à segunda metade do séc. XIX, tendo possível relação com o direito de compensação das populações da raia pelos estragos causados nas suas terras de cultiva pelo gado das explorações agro-pecuárias do lado de Espanha.
DOCUMENTAÇÃO
O Pedido de Inventariação integra documentação relevante relativa à manifestação, repartida pelas seguintes tipologias: bibliografia e fontes escritas; fotografia; vídeo; cartografia; desenho.
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DIREITOS ASSOCIADOS
Direitos colectivos, de carácter consuetudinário, relativos ao modo específico como a tradição se realiza em cada comunidade e, em particular, ao papel desempenhado pelos Mordomos e outros indivíduos responsáveis pela sua organização ou que nela se encontram autorizados a participar.
PATRIMÓNIO ASSOCIADO
A especificidade da Capeia Arraiana enquanto tipo de manifestação tauromáquica resulta da lide do touro com um elemento material, o Forcão, elaborado localmente, sob a responsabilidade dos mordomos, apenas para uso nas Capeias dessa comunidade. Tradicionalmente as Capeias realizam-se nas praças centrais das aldeias. Com o crescimento urbano, algumas freguesias criaram recintos fechados próprios para a realização da Capeia, e duas freguesias do concelho construíram mesmo praças de touros.
OBSERVAÇÕES Considera-se que o Pedido de Inventariação se encontra devidamente fundamentado
relativamente à caracterização da manifestação de património cultural imaterial em apreço.
5.DOCUMENTAÇÃO DA MANIFESTAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
Considera-se que o Pedido de Inventariação se encontra devidamente fundamentado no que respeita à bibliografia referenciada para a documentação histórica e etnográfica da manifestação.
FONTES ESCRITAS
Considera-se que o Pedido de Inventariação reúne as fontes escritas indispensáveis para a compreensão da manifestação na actualidade.
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FONTES ORAIS
O Pedido de Inventariação não inclui quaisquer transcrições de fontes orais que documentem a manifestação na actualidade. Considera-se, contudo, que teria sido desejável que tivessem sido efectuados registos sonoros, assim como as respectivas transcrições, das entrevistas realizadas nas diversas comunidades no âmbito da preparação do Pedido de Inventariação.
FOTOGRAFIA
Considera-se que o Pedido de Inventariação se encontra devidamente fundamentado no que respeita à documentação fotográfica reunida para fins da documentação histórica e etnográfica da manifestação.
FILME
Considera-se que o Pedido de Inventariação se encontra devidamente fundamentado no que respeita à documentação fílmica reunida para fins da documentação histórica e etnográfica da manifestação.
SOM
O Pedido de Inventariação não inclui quaisquer registos sonoros independentes, não se considerando pertinente, dadas as características da manifestação em apreço, a necessidade da sua inclusão no Pedido de Inventário. Caso tivessem sido efectuados registos sonoros das entrevistas realizadas nas diversas comunidades no âmbito da preparação do Pedido de Inventariação, os mesmos deveriam igualmente ter integrado o Pedido.
OUTRA DOCUMENTAÇÃO
O Pedido de Inventariação integra diversos registos de desenho e de cartografia, considerados de importância para a compreensão das dimensões histórica e etnográfica da manifestação.
OBSERVAÇÕES Considera-se que o Pedido de Inventariação se encontra devidamente fundamentado
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6.DIREITOS ASSOCIADOS À MANIFESTAÇÃO
DIREITOS E RESPECTIVOS DETENTORES
O Pedido de Inventariação identifica e caracteriza devidamente os direitos colectivos associados à realização da Capeia Arraiana, quer na actualidade, quer na sua história recente.
OBSERVAÇÕES Considera-se que o Pedido de Inventariação se encontra devidamente fundamentado
relativamente à caracterização dos direitos colectivos associados à manifestação de património cultural imaterial em apreço.
7.PATRIMÓNIO ASSOCIADO À MANIFESTAÇÃO
PATRIMÓNIO CULTURAL MÓVEL
O Pedido de Inventariação identifica e caracteriza devidamente o forcão como expressão património cultural móvel de importância central indispensável à realização da Capeia Arraiana, quer na actualidade, quer na sua história recente.
PATRIMÓNIO CULTURAL IMÓVEL
O Pedido de Inventariação identifica e caracteriza sucintamente o património cultural imóvel associado realização da Capeia Arraiana, quer na actualidade, quer na sua história recente.
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PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL
O Pedido de Inventariação identifica e caracteriza sucintamente o património cultural imaterial associado à realização da Capeia Arraiana, quer na actualidade, quer na sua história recente.
PATRIMÓNIO NATURAL
O Pedido de Inventariação considera não existir qualquer património natural associado à realização da Capeia Arraiana.
OBSERVAÇÕES Considera-se que o Pedido de Inventariação se encontra devidamente fundamentado, na sua
globalidade, relativamente à caracterização do património cultural associado à manifestação de património cultural imaterial em apreço, em particular no que respeita ao forcão, como elemento material central na realização da Capeia Arraiana.
Considera-se, contudo, que o Pedido de Inventariação poderia ter integrado a caracterização exaustiva, na actualidade, das insígnias (varas, bandeiras, etc.) e quaisquer outros elementos utilizados pelos Mordomos em cada comunidade, com vista a melhor identificar as diferenças e/ou as recorrências que se verificam actualmente em cada aldeia.
DPI/IMC (C-PCI – Parecer Técnico – Fase 1) 8 PARTE II–ANÁLISE DE CONFORMIDADES,
DE ACORDO COM O DISPOSTO NA PORTARIA N.º 196/2010, DE 9 DE ABRIL
1.DOCUMENTAÇÃO QUE INTEGRA O PEDIDO DE INVENTARIAÇÃO
SIM NÃO
;
□
OPEDIDO APRESENTA OS ELEMENTOS DE DOCUMENTAÇÃO OBRIGATÓRIA A QUE SE REFERE AS SECÇÕES I E II DO
ANEXO II À PORTARIA N.º 196/2010, DE 9 DE ABRIL
OBSERVAÇÕES O Pedido de Inventariação apresenta todos os elementos requeridos.
2.FUNDAMENTAÇÃO -CARACTERIZAÇÃO DA RELEVÂNCIA DA MANIFESTAÇÃO
SIM NÃO
;
□
OPEDIDO CUMPRE OS REQUISITOS DE FUNDAMENTAÇÃO EXIGIDOS NO N.º 1. DA SECÇÃO III DO ANEXO II À
PORTARIA N.º 196/2010, DE 9 DE ABRIL
OBSERVAÇÕES O Pedido de Inventariação apresenta-se devidamente fundamentado de acordo com o
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3.FUNDAMENTAÇÃO –DOCUMENTAÇÃO DA RELEVÂNCIA DA MANIFESTAÇÃO
SIM NÃO
;
□
OPEDIDO CUMPRE OS REQUISITOS DE FUNDAMENTAÇÃO EXIGIDOS NO N.º 2. DA SECÇÃO III DO ANEXO II À
PORTARIA N.º 196/2010, DE 9 DE ABRIL
OBSERVAÇÕES O Pedido de Inventariação encontra-se fundamentado com a associação de documentação
pertinente, com recurso a fontes escritas e registos de fotografia, vídeo, desenho e cartografia, que contribuem para a devida caracterização documental da Capeia Arraiana.
4.FUNDAMENTAÇÃO –DIREITOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL
SIM NÃO
;
□
OPEDIDO CUMPRE OS REQUISITOS DE FUNDAMENTAÇÃO EXIGIDOS NO N.º 3. DA SECÇÃO III DO ANEXO II À
PORTARIA N.º 196/2010, DE 9 DE ABRIL
OBSERVAÇÕES O Pedido de Inventariação declara e evidencia o respeito pelos direitos de propriedade
intelectual que recaem sobre os espécimes documentais que o integram.
5.FUNDAMENTAÇÃO –DIREITO À IMAGEM
SIM NÃO
;
□
OPEDIDO CUMPRE OS REQUISITOS DE FUNDAMENTAÇÃO EXIGIDOS NO N.º 4. DA SECÇÃO III DO ANEXO II À
PORTARIA N.º 196/2010, DE 9 DE ABRIL
OBSERVAÇÕES A entidade requerente declara ter efectuado as necessárias diligências para que os espécimes
fotográficos e fílmicos integrantes do Pedido de Inventariação observem o devido respeito pelo direito à imagem dos indivíduos neles retratados.
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6.FUNDAMENTAÇÃO –PROTECÇÃO DE DADOS PESSOAIS
SIM NÃO
;
□
OPEDIDO CUMPRE OS REQUISITOS DE FUNDAMENTAÇÃO EXIGIDOS NO N.º 5. DA SECÇÃO III DO ANEXO II À
PORTARIA N.º 196/2010, DE 9 DE ABRIL
OBSERVAÇÕES A entidade requerente declara ter efectuado as necessárias diligências para que toda a
informação constante do Pedido de Inventariação observe o disposto na legislação aplicável em matéria de protecção de dados pessoais.
7.FUNDAMENTAÇÃO –DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO
SIM NÃO
;
□
OPEDIDO CONTÉM A DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO ELABORADA DE ACORDO COM O DISPOSTO NO N.º 6. DA
SECÇÃO III DO ANEXO II À PORTARIA N.º 196/2010, DE 9 DE ABRIL
OBSERVAÇÕES Ver “Declaração de Compromisso” emitida pela Câmara Municipal do Sabugal, datada de 23
de Maio de 2011.
8.FUNDAMENTAÇÃO –PEDIDO E PROCEDIMENTO
SIM NÃO
;
□
OPEDIDO É PREENCHIDO E APRESENTADO PELOS AGENTES IMPLICADOS NO PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO, ESTUDO E DOCUMENTAÇÃO DA MANIFESTAÇÃO, NOS TERMOS DO DISPOSTO NO N.º 7 DA SECÇÃO III DO ANEXO II À PORTARIA N.º 196/2010, DE 9 DE ABRIL
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OBSERVAÇÕES O Pedido de Inventariação foi elaborado pela Câmara Municipal do Sabugal, na qualidade de
representante das comunidades em que se realiza a Capeia Arraiana.
9.FUNDAMENTAÇÃO –RECOLHA E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
SIM NÃO
;
□
OPEDIDO CUMPRE OS REQUISITOS DE FUNDAMENTAÇÃO RELATIVOS À RECOLHA E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO EXIGIDOS NO N.º 8. DA SECÇÃO III DO ANEXO II À PORTARIA N.º 196/2010, DE 9 DE ABRIL
OBSERVAÇÕES A entidade requerente declara que o processo de identificação, estudo e documentação de que
resulta o Pedido de Inventariação foi efectuado com recurso a recolhas no terreno, assim como a informações bibliográficas, relativas a todos os locais em que se realiza a Capeia Arraiana.
O referido processo foi realizado pelo Dr. Norberto de Oliveira Manso, natural do Soito, Sabugal, e possuidor das seguintes habilitações académicas: Licenciatura em Antropologia (ISCSP) e Mestrado em Ciências Antropológicas (ISCSP).
10.PREENCHIMENTO DA FICHA DE INVENTÁRIO
SIM NÃO
;
□
OPEDIDO CUMPRE AS NORMAS DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INVENTÁRIO NOS TERMOS DO DISPOSTO NO ANEXO
III À PORTARIA N.º 196/2010, DE 9 DE ABRIL
OBSERVAÇÕES O Pedido de Inventariação cumpre integralmente as normas de preenchimento da Ficha de
DPI/IMC (C-PCI – Parecer Técnico – Fase 1) 12 PARTE III–ANÁLISE DE CONFORMIDADES,
DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS E CONTEXTOS A QUE SE REFEREM OS ART.ºS 10.º E 11.º DO DECRETO-LEI N.º 139/2009, DE 15 DE JUNHO
1.CRITÉRIOS (ART.º 10.º DO DECRETO-LEI N.º 139/2009, DE 15 DE JUNHO)
A)IMPORTÂNCIA DA MANIFESTAÇÃO ENQUANTO REFLEXO DA RESPECTIVA COMUNIDADE OU GRUPO
Considera-se fundamentado o presente critério de apreciação, dada a dimensão identitária que a Capeia Arraiana assume não apenas para as populações das 11 das 40 freguesias do concelho do Sabugal em que se pratica na actualidade, mas para o concelho globalmente considerado.
B)CONTEXTOS SOCIAIS E CULTURAIS DA SUA PRODUÇÃO,REPRODUÇÃO E FORMAS DE ACESSO
Considera-se fundamentado o presente critério de apreciação, dada a profundidade histórica e a relevância territorial da Capeia Arraiana, assim os actuais níveis de vitalidade e participação social na reprodução da tradição.
C)EFECTIVA PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO NO ÂMBITO DA COMUNIDADE OU GRUPO
Considera-se fundamentado o presente critério de apreciação, dada a actual dinâmica social inerente à realização da Capeia Arraiana para as respectivas comunidades.
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D)EFECTIVA TRANSMISSÃO INTERGERACIONAL E MODOS EM QUE SE ESTA SE PROCESSA
Considera-se fundamentado o presente critério de apreciação, dadas as actuais condições de transmissão da tradição no âmbito das respectivas comunidades.
E)CIRCUNSTÂNCIAS SUSCEPTÍVEIS DE CONSTITUIR PERIGO OU EVENTUAL EXTINÇÃO DA MANIFESTAÇÃO
Considera-se adequado que o Pedido de Inventariação não invoque o presente critério de apreciação.
F)MEDIDAS DE SALVAGUARDA DESTINADAS A ASSEGURAR A CONTINUIDADE DA MANIFESTAÇÃO
Considera-se fundamentado o presente critério de apreciação, dadas as medidas de salvaguarda já implementadas / programadas pela entidade proponente.
Deverá ser referido, contudo, que a classificação da Capeia como «Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal», realizada em 2010 pela Assembleia Municipal do Sabugal, é desprovida de qualquer enquadramento legal, quer no âmbito da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, quer no âmbito do Decreto-Lei n.º 139/2009, de 15 de Junho. Tal medida, adoptada no passado recente por outras edilidades para manifestações do PCI como o “Cante Alentejano”, deverá ser entendida apenas como esforço simbólico de procura de reconhecimento para a relevância atribuída localmente à tradição.
G)RESPEITO PELOS DIREITOS,LIBERDADES E GARANTIAS, E COMPATIBILIDADE COM O DIREITO INTERNACIONAL EM MATÉRIA DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS
Considera-se fundamentado o presente critério de apreciação, no âmbito do qual o Pedido de Inventariação fundamenta também que, na actualidade, a tradição não resulta em factor de desrespeito pelos direitos dos animais.
H)ARTICULAÇÃO COM AS EXIGÊNCIAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E DE RESPEITO MÚTUO ENTRE COMUNIDADES,GRUPOS E INDIVÍDUOS
Considera-se fundamentado o presente critério de apreciação, considerando-se, contudo, que deveria ter sido devidamente fundamentada a relevância turística que a tradição assume na economia do concelho.
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2.CONTEXTOS (ART.º 11.º DO DECRETO-LEI N.º 139/2009, DE 15 DE JUNHO)
A)RELAÇÃO INTERPRETATIVA DA MANIFESTAÇÃO COM BENS MÓVEIS QUE REPRESENTAM O SEU SUPORTE MATERIAL
Considera-se devidamente caracterizada a importância que assume o forcão como elemento material central na realização da Capeia Arraiana.
B)RELAÇÃO INTERPRETATIVA DA MANIFESTAÇÃO COM BENS IMÓVEIS QUE REPRESENTAM O SEU SUPORTE MATERIAL
Considera-se devidamente caracterizada a importância que assumem os largos centrais das aldeias ou as praças de touros na realização da Capeia Arraiana.
PARTE IV–SÍNTESE DA ANÁLISE DO PEDIDO
1.CONFORMIDADE DO PEDIDO -SÍNTESE
SIM NÃO
;
□
OPEDIDO ESTÁ EM CONFORMIDADE COM OS REQUISITOS DEFINIDOS CONJUNTAMENTE PELO
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FUNDAMENTAÇÃO Considera-se que o Pedido de Inventariação se encontra bem organizado, devidamente e
fundamentado, reunindo igualmente um corpus documental indispensável à devida compreensão e caracterização da Capeia Arraiana, quer na actualidade, quer no seu percurso histórico.
2.PROPOSTA DE SEQUÊNCIA AO PEDIDO
2.1.PEDIDO CONFORME
DIRECÇÕES REGIONAIS DE CULTURA
;
CÂMARAS MUNICIPAIS
□
IGREJA /COMUNIDADE RELIGIOSA
□
SOLICITAÇÃO DE PARECERES PRÉVIOS
OUTRAS ENTIDADES
□
ESPECIFICAÇÕES
Considera-se não dever ser solicitado Parecer Prévio à Câmara Municipal do Sabugal, dado esta constituir-se como entidade responsável pelo Pedido de Inventário. Considerando o contexto territorial da manifestação de Património Cultural Imaterial em apreço, deverá ser necessariamente solicitado Parecer Prévio à Direcção Regional de Cultura do Centro.
2.1.PEDIDO NÃO-CONFORME
CONVITE A APERFEIÇOAMENTO
□
SEQUÊNCIA AO PEDIDO
ARQUIVAMENTO
□
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ENTIDADES RESPONSÁVEIS PELA ANÁLISE
UNIDADE TÉCNICA
Departamento de Património Imaterial / Instituto dos Museus e da Conservação
RESPONSÁVEL PELO PARECER
Paulo Ferreira da Costa (Director do DPI/IMC)
ASSINATURA: