Sumário da 4ª aula
• Análise custo – benefício (cont.) 27 • Preço de reserva 29 • Custo de oportunidade 30 • Custo afundado 32 • Análise custo/benefício marginal 35 • Análise custo - benefício de cabazes não
separáveis 41
• Exercícios resolvidos 43
É possível trocar
Análise custo – benefício
Preço relativo k = 5 morangos por maçã
Custo: Tenho V(5)0e passo a ter V(4)0
89,94 – 83,50 = 6,44 “vales”
Benefício: Tenho V(0)1e passo a ter V(5)1
17,20 – 0 = 17,20 “vales”
Benefício Líquido= Benefício – Custo
Quero vender a maçã porque BL= 10,76 “vales” > 0
E a outra pessoa quer comprar?
Custo: Tem V(50)1e passa a ter V(45)191,75 – 88,77 = 2,98 “vales”
Benefício:Tem V(0)0e passa a ter V(1)0
34,36 – 0 = 34,36 “vales”
Quer comprar a maçã pois BL = 31,38 “vales” >0
Qual é o meu preço mínimo?
• k =5 é o preço relativo: se uma maçã custa 1 Euro, um morango custa 0,2 Euro.
• Há um preço limite abaixo do qual eu não quero vender a 5ª maçã
• O custo da 5ª maçã é independente do preço e igual a 6,44 “vales”
Qual é o meu preço mínimo?
• O benefício diminui com o preço
• Benefício:V(k )1– V(0)1
• Para k < 1,797 morangos por maçã, o benefício da venda é menor que o custo:
• Não vender a maçã
O que é o preço de reserva?
• O preço k = 1,797 morangos por maçã é o
preço de reserva do vendedor:
– Eu, vendedor, não vendo para um preço menor que o preço de reserva ou
– Vendo quantidade zero para um preço menor que o preço de reserva
E a outra pessoa?
• O benefício de uma maçã é 34,36 “vales” • O custo varia com o preço
– Tem V(50)1e passa a ter V(50-k)1
• Para k > 29,44, o benefício da compra é menor que o custo
• Não comprar a maçã
O que é o preço de reserva?
• O preço 29,44 morangos por maçã é o
preço de reserva do comprador:
– O comprador não compra para um preço maior que o preço de reserva ou
– O comprador compra quantidade zero para um preço maior que o preço de reserva
Custo de oportunidade
• Em termos genéricos, o custo é o que não se pode fazer em alternativa ao estamos a pensar fazer
• Como a 5ª maçãs ou vendo-a? • Fico a dormir ou vou à aula? • Vou a pé, de autocarro ou de táxi?
Afectação alternativa
• Vender a mação tem um custo porque eu, em alternativa, posso comê-la.
• O custo de oportunidade será o máximo benefício que poderia ter em vez de…
• Vamos supor que eu em alternativa posso
– Comer a 5ª maçã;
– Vender a 5ª maçã por uma pêra.
Custo de oportunidade
• Comer a 5ª maçã
– V(5)0-V(4)0= 6,44 “vales”
• Comer uma pêra (V()2igual a V()0) – V(1)2= 34,36 “vales”
• É custo de oportunidade é o máximo dos dois: 34,36 “vales” e não 6,44 “vales”
Realizo a venda por morangos?
• O benefício para k = 5 morangos por maçã é 17,20 “vales”
• Então, não vendo a 5ª maçã por 5 morangos mas vendo-a por 1 pêra
Cabazes não separáveis
• Considerei que o valor da maçãs é separável dovalor dos morangos e das peras
• Quanto vale ter gasolina se não tenho carro? • Quanto vale ter maçãs se já comi 100
morangos?
• Quanto vale ter cana de pesca se não tenho minhocas e estou numa aula?
Os bens formam um cabaz
• E o seu valor de cada bem está dependente do conjunto do cabaz • V(x1,x2,…,xn)
• Isto altera a análise custo/benefício • Mas não altera o resultado
Cabazes conjuntos alternativos
• O custo é o valor dos cabazes alternativos:
• Ter 5 maçãs, 0 morangos e 0 peras C = V(5)0+ V(0)1+ V(0)2= 89,94+0+0“vales” • Ter 4 maçãs, 0 morangos e 1 pêra
C = V(4)0+ V(0)1+ V(1)2= 83,50+0+17,20 = 117,86 “vales”
• O custo de oportun. é 117,86 “vales”
Benefício do cabaz
•Ter 4 maçãs, 5 morangos e 0 pêraB = V(4)0+ V(5)1+ V(0)2
=83,50+17,20+0 = 100,70 “vales” BL=100,70-117,86 = -17,16 “vales ”
Benefício é inferior ao custo de oportunidade
Separável: C= 34,36, B= 17,20, BL = -17,16
O que é um custo afundado?
• Já “paguei” e não o posso recuperar
– Quando chego à praia, já fiz a viagem – A minha decisão de ficar na esplanada ou ir
nadar não tem em consideração a viagem – Paguei o bilhete de cinema à entrada – Depois de estar na sala, a decisão de ver ou
não o filme não depende do custo do bilhete
Estou sem alternativa
• Um supermercado encomendou-me 10000 couves a 15$ cada para o dia de Natal. • Eu planto as couves e cada custa-me 10$ • Chegado o dia de Natal, o supermercado
oferece-me apenas 5$ por cada couve.
• Devo vender?
Qual o valor do dinheiro?
• Qual a necessidade que o dinheiro satisfaz? • Nenhuma?
• De onde vem o seu valor?
• Tem poder aquisitivo de bens e serviços
• Como o valor marginal dos bens é decrescente, o do dinheiro também é.
Análise C/B marginal
• Eu tenho m maçãs e n morangos • Devo vender mais um bocadinho ∆m de
maçã por k.∆m bocadinhos de morangos? • Custo: [V(m)0– V(m–∆m)0]
• Benefício: [V(n+k⋅∆m)1– V(n)1] • ∆V(m, n)= Benefício – Custo
= [V(n+k⋅∆m)1– V(n)1] – [V(m)0– V(m–∆m)0]
Análise C/B marginal
• Posso dividir o ganho por ∆m • ∆V(m, n) / ∆m =
= [V(n+k⋅∆m)1– V(n)1] / ∆m
– [V(m)0– V(m–∆m)0] / ∆m
• Podemos encontrar o lim∆m→0
Análise C/B marginal
• dV(m, n)/dm = [V(n+k⋅dm)1– V(n)1] / dm– [V(m)0– V(m–dm)0] / dm
• Aproximação linear de Taylor
• dV(m, n)/dm = k⋅[V(n+dm)1– V(n)1] / dm
– [V(m)0– V(m–dm)0] / dm • = k⋅ V’(n)1 – V’(m)0
• Se for positivo, vendo
Onde está o máximo?
• k⋅ V’(n)1– V’(m)0 = 0
• É a cond. de 1ª ordem da maximização
• O preço é relativo, k = P0 / P1
• P0 / P1= V’(m)0 / V’(n)1 • V’(m)0/ P0= V’(n)1 / P1 • Porque é o ar tão barato?
Quantidade óptima a vender
• Partindo da situação em que tenho m maçãs e 0 morangos e o preço k • É óptimo vender x maçãs tal que
• V’(m-x)0= k.V’(k.x)1
• Se m = 5 e k=5, resulta
• x*: V’(5-x)0= 5.V’(5.x)1
Onde está o máximo?
• Exercício 1 – Vou trabalhar para o Porto?– Cada Euro vale 10 “vales” • C1) Se ficar em Braga com 10 h e 5 Euro (RIS)– Cada hora de descanso vale 10 “vales”
• C2) Se trabalhar em Braga
– 9,5 horas em Braga a 6,0 Euro a hora – O tempo a trabalhar vale 5 “vales” por hora
• B) Vou trabalhar para o Porto?
– Viagem de 1 h (vale 5 “vales”) e custa 3 Euro – 8 horas a 7,5 Euro a hora
– O tempo a trabalhar vale 3 “vales” por hora
• Cabaz não separado (mais fácil) • C1) 10x10 + 5x10 = 150 “vales” • C2) [0,5x10+9,5x5]+(9,5x6)x10
= 622,5 “vales”
• Custo de oportunidades é 622,5 “vales”
• B) [1x10+1x5+8x3]+(8x7,5-3)x10
=609 “vales” Não vou trabalhar para o Porto
Qual o meu preço de reserva?
• Que me faz ir trabalhar para o Porto • É o salário que faz o Benefício pelo menos
igual ao custo de oportunidade
• [10+5+24]+(8x W-3)x10 > 622,5 “vales” • W > [(622,5-39)/10+3]/8
• W > 7,66875 Euro por hora
• Exercício 2 – Vou ver a Mandona? – Cada Euro vale 10 “vales”
• Ontem tinha 100 Euro e comprei um bilhete para ver o concerto da Mandona (50 Euro) • Vou hoje ao concerto?
• C) Se ficar em casa
– Vejo 3 horas de televisão (10 “vales” por hora) – Fico com o bilhete (que não vale nada) e 50 Euro
• B) Se vou ao concerto
– Viajo de 1 hora (5 vales) e pago 10 Euro (táxi) – 2 horas de concerto a 60 “vales” por hora
• Cabaz não separado
• C) 3x10 + 0 +50x10= 530 “vales” • Custo de oportunidades é 530 “vales”
• B) [1x5+2x60]+0+(50-10)x10 • =525 “vales”
• B<C ⇒ Não vou ver a Mandona • O preço do bilhete é irrelevante
• Exercício 3 – Quanto tempo vou trabalhar?
• Cada hora a descansar vale 10 “vales” • Cada hora a trabalhar recebo 10 Euro • O valor de cada Euro é 1 “vale” • O valor médio do tempo a trabalhar é:
HorasT
4 h 8 h 12 h 16 h 20 h
VmédT
10
8
6
4
2
• Supondo que tenho 20 horas de tempo
Horas T Vméd T Valor Total
4 10 16x10+4x10+4*10 = 240 “vales”
8 8 12x10+8x8+8*10 = 264 “vales”
12 6 8x10+12x6+12*10 = 272 “vales”
16 4 4x10+16x4+16*10 = 264 “vales”
20 2 0x10+20x2+20*10 = 240 “vales”