• Nenhum resultado encontrado

História e Historiografia das Ciências

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "História e Historiografia das Ciências"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

Ementa de Disciplina 2017.1:

Disciplina: História e Historiografia das Ciências

Código: COC-002M / COC-017D

Curso: Mestrado/Doutorado 2017

Status: Obrigatória

Professoras responsáveis: Simone Petraglia Kropf e Kaori Kodama Carga horária: 120hs.

Créditos: 04

Dia/Horário: Terça-feira

13:30-17:00h

Início do curso: 14 de março de 2017

Ementa:

O propósito do curso é o de apresentar e discutir algumas das principais perspectivas teóricas que compõem a historiografia das ciências no século XX. Enquanto campo interdisciplinar, a história das ciências dialoga com diferentes tipos de abordagens oriundas da sociologia, da história e da filosofia. Portanto, os temas e os problemas da historiografia das ciências estão diretamente associados aos debates a respeito das origens históricas da ciência moderna, dos fundamentos epistemológicos do conhecimento científico, bem das bases sócio-cognitivas e da natureza coletiva das práticas científicas. Procura-se enfatizar as principais contribuições dessas abordagens de modo a pensar as ciências a partir dos atores sociais, instituições, saberes, práticas e valores aos quais elas estão referidas no processo histórico de sua conformação e demarcação como campo específico da vida social.

Avaliação:

Os alunos serão avaliados com base nos seguintes critérios:

1. Nota (peso 1) relativa à participação nas aulas, atribuída a partir das seguintes atividades:

A cada aula, um ou dois alunos ficarão responsáveis por apresentar as principais questões relativas às leituras obrigatórias (15 minutos)

Participação espontânea dos alunos nos debates a cada aula.

2. Nota (peso 3) atribuída a um trabalho final (de 10 a 15 laudas), elaborado a partir de questões previamente indicadas na última aula do curso. O prazo para a entrega do trabalho será de 30 dias após o término da disciplina.

A partir da composição destas notas, os alunos receberão uma nota numérica, que se expressará em um conceito (A, B, C ou D), conforme as equivalências estabelecidas regimentalmente.

(2)

Observação: Os alunos devem tomar ciência das questões envolvendo o tema do plágio, mediante o “Relatório da Comissão de Integridade de Pesquisa do CNPq” e de texto sobre o assunto intitulado “Plagiarismo: o que é, como reconhecê-lo e como evitá-lo” (ambos os textos estarão disponibilizados na pasta do Dropbox criada para compartilhar os textos relativos à bibliografia do curso). A prática do plágio implicará em reprovação do aluno, sem chance de reelaboração do trabalho. Conforme o regimento do PPGHCS, a reprovação em disciplina obrigatória acarreta o desligamento automático do curso.

Conteúdo programático:

1ª aula – 14/03: Apresentação

 Apresentação do programa, da metodologia de ensino e dos critérios de avaliação  O campo da história das ciências no Brasil: percursos e perspectivas

2ª aula – 21/03: Delimitando a área: problemáticas e abordagens Leituras obrigatórias:

GAVROGLU, Kostas. O passado das ciências como história. Porto: Porto Editora, 2007. Capítulos 1 e 2, pp. 17-111.

Leituras complementares:

PORTER, Roy . “The history of science and the history of society”, in: OLBY, R. C.; CANTOR, G. N.; CHRISTIE, J. R. R.; HODGE, M. J. S. (eds). Companion to the history of modern science. London, New York: Routdlege, 1990, p. 32-46.

FOX, Robert. “Fashioning the discipline: history of science in European intellectual tradition”, Minerva, v. 44, n. 4, 2006, p 410–432.

ROMERO, Mariza. A nova história da ciência: entrevista com Dominique Pestre. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v.23, n.3, jul.-set. 2016, p.899-905.

28/03, 10:00 hs - Atividade opcional: Palestra de Tiago Santos Almeida no Departamento de História da Universidade Federal Fluminense (Pesquisador no Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA/USP), doutor em História Social pela USP), “Encontros e desencontros: A Escola dos Annales e a Epistemologia Histórica francesa”. Debatedora: Kaori Kodama.

(3)

3ª aula 04/04: A questão do conhecimento: nomear, classificar e observar Leitura obrigatória:

POMATA, Gianna. “Observation Rising: Birth of na Epistemic Genre: 1500-1650” in: DASTON, Lorraine & LUNBECK, Elizabeth (eds.). Histories of scientific observation. Chicago: The University of Chicago Press, 2011, p.45-80.

DASTON, Lorraine, “The Empire of observation”. In: DASTON, Lorraine & LUNBECK, Elizabeth (eds.). Histories of scientific observation. Chicago: The University of Chicago Press, 2011, p.81-113.

ROSSI, Paolo. “Línguas artificiais, classificações, nomenclaturas”. In: A ciência e filosofia dos modernos. São Paulo: Unesp, 1996, p.267-332.

Leitura complementar:

BURKE, Peter. “A classificação do conhecimento”. In: Uma história social do conhecimento – 1: de Gutenberg a Diderot. Rio de Janeiro: Zahar, 2003, p.78-108.

4ª aula 11/04: A “Revolução Científica” (1)

Professor convidado: Flavio Edler

KOYRÉ, Alexandre. Estudos de História do Pensamento Científico, Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1982. (capítulos “As origens da Ciência Moderna: uma nova interpretação” e “Galileu e Platão”, p. 55-81, p.165-196).

Leitura complementar:

HENRY, John. A revolução científica e as origens da ciencia moderna. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1998. ROSSI, Paolo. O filósofo e as máquinas. São Paulo: Cia. Das Letras, 1989. (capítulo 1, pp. 21-61).

(4)

5ª aula – 25/04: A “Revolução Científica” (2).

SHAPIN, Steven (1999). A revolução científica. Lisboa: Difel - Difusão Editorial, 1999. Leitura complementar:

ROQUE, Ricardo. “Revolução científica: um olhar sociológico sobre a história da ciência”, História, Ciências, Saúde – Manguinhos, vol. 9, n. 3, p. 696-704, set-dez. 2002.

OILIVEIRA, Bernardo J. “Uma conversa com Steven Shapin”, Revista da SBHC, v. 2, n. 2, p. 158-162, jul./dez. 2004

6ª aula – 02/05: A dimensão sócio-cognitiva da ciência: coletivo de pensamento e estilo de pensamento

FLECK, Ludwik. Gênese e Desenvolvimento de um Fato Científico: introdução à doutrina do estilo de pensamento e do coletivo de pensamento. Belo Horizonte: Fabrefactum Editora, 2010.

LOWY, Ilana. “Fleck no seu tempo, Fleck no nosso tempo: gênese e desenvolvimento de um pensamento”, in: CONDÉ, Mauro Lúcio (org.) Ludwick Fleck – estilos de pensamento na ciência. Belo Horizonte: Fino Traço Editora, 2012, p.11-33.

Leitura complementar:

Dossiê Ludwik Fleck, em: Transversal, International Journal for the Historiography of Science, v. 1, n. 1, 2016.

http://www.historiographyofscience.org/index.php/transversal/issue/view/5

7ª aula – 09/05: A dimensão institucional da ciência: “ethos”, normas e comunidade científica Professor convidado: Luiz Otávio Ferreira

Leitura obrigatória:

MERTON, K. Robert. Sociologia – Teoria e Estrutura. São Paulo, Editora Mestre Jou, 1970. (cap. XVII - A Ciência e a Ordem Social, p. 637-650, cap. XVIII – A Ciência e a Estrutura Social democrática, p. 651-674, e cap. XX - Puritanismo, Pietismo e Ciência, p.675-708).

(5)

8ª aula - 16/05: Paradigmas e revoluções nas ciências Leitura obrigatória:

KUHN, Thomas S. A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo, Editora Perspectiva, 1987 [1952]. Leitura complementar:

KUHN, Thomas. “A tensão essencial: tradição e inovação na investigação científica”. In: A tensão essencial. Lisboa: Edições 70, 2009, p. 261-276.

BARNES, Barry. “Thomas Kuhn”, in: SKINNER, Quentin (ed), The return of grand theory in social sciences. Cambridge, 1990.

9ª. aula - 23/05: A Sociologia do Conhecimento Científico Leitura obrigatória:

SHAPIN, Steven e SCHAFFER, Simon. El Leviathan y la bomba de vacio. Hobbes, Boyle y la vida experimental. Buenos Aires, Universidad Nacional de Quilmes Editorial, 2005. (capítulos 1, 2, 3, 4, 8, p. 29 -218, 449-464).

Leitura complementar:

BLOOR, David. Conhecimento e imaginário social. São Paulo, Editora UNESP, 2009 [1976]. (Cap. 1. O programa forte da sociologia do conhecimento, pp.15-44)

BARNES, Barry. “Sociological theories of scientific knowledge”. In: R. C. Olby, G. N. Cantor, J. R. R. Christie & M. J. S. Hodge (eds.), Companion to the History of Modern Science. Routledge, 1990, p. 60-73. SHAPIN, Steven. “History of science and its sociological reconstructions”, History of Science, v. 20, n. 49, p. 157-211, 1982.

10ª aula – 30/05: A construção dos fatos científicos: a ciência em ação Leitura obrigatória:

LATOUR, Bruno. A ciência em Ação, São Paulo, Unesp, 2000. Leitura complementar:

(6)

KROPF, S. P.; FERREIRA, Luiz Otávio. A prática da ciência: uma etnografia no laboratório. Resenha do livro "Vida de laboratório", de Bruno Latour e Steve Woolgar, História, Ciência, Saúde – Manguinhos, v. 4, n. 3, pp. 589-597, 1998.

11ª. Aula - 06/06: Trajetórias individuais e institucionalização das ciências: novas perspectivas Leitura obrigatória:

BIAGIOLI, Mario. Galileu, cortesão. A prática da ciência na cultura absolutista. Porto, Porto Editora, 2007. (Prólogo, p. 1-11; cap. 1, p. 13-112; cap. 4, p.225-260; epílogo, p.379-390).

Leituras complementares:

BOURDIEU, Pierre. “A ilusão biográfica”. In: Ferreira, M. e Amado, J. Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro: Editora FGV. 2006.

LORIGA, Sabina. O pequeno X: da biografia à história. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.

12a. aula – 13/06: A objetividade nas ciências.

Professora convidada: Leticia Pumar Alves de Souza. Leitura obrigatória:

DASTON, Lorraine. “As imagens da objectividade: a fotografia e o mapa”. In: GIL, Fernando (Org.). A ciência tal qual se faz. Tradução de Paulo Tunhas. Lisboa: Ed. João Sá da Costa, 1999.

DASTON, Lorraine; GALISON, Peter. Objectivity. New York: Zone Books, 2007. (prologue e capítulo 1)

Leituras complementares:

CRARY, Jonathan. “Techniques of the observer” (reviewed work). October, vol. 45 (Summer, 1988), p. 3-35

DASTON, L. “The image of objectivity”. Representations, n.40, p. 81-128, 1992.

Löwy, Ilana. Ways of seeing: Ludwik Fleck and Polish debates on the perception of reality, 1890–1947. Stud. Hist. Phil. Sci. 39 (2008) 375–383.

13ª aula – 20/06: Circulação de saberes nas ciências: o modelo difusionista Leitura obrigatória

(7)

BASALLA, George. “The spread of western science”. Science. v. 156, p. 611-622, 1967.

GAVROGLU, Kostas; PATINIOTIS, Manolis; PAPANELOPOULOU, Faidra; SIMÕES, Ana. “Science and technology in the european periphery: some historiographical reflections”, History Science, v. XLVI, p. 153-175, 2008.

PATINIOTIS, Manolis. Between the local and the global: History of Science in the European Periphery meets post-colonial studies. Centaurus, v. 55, p. 361-384, 2013.

CHAMBERS, David Wade. “Locality and Science: myths of centre and periphery”, In: LAFUENTE, A., Elena A.; ORTEGA, M. L. (eds). Mundialización de la ciencia y cultura nacional. Madrid: Ediciones Doce Calles, 1993, p. 606-617..

SALDAÑA, Juan José. “Ciência e identidade cultural: história da ciência na América Latina”, In: FIGUEIROA, Silvia F. de M. Um olhar sobre o passado. História das ciências na América Latina. Campinas: Ed. Unicamp/Imprensa Oficial, 2000, p.

Leituras complementares:

PIÑERO, José M. Lopes. “La tradición de la historiografia de la ciência y su conyntura actual: los condicionantes de un congresso”, in: LAFUENTE, A., Elena A.; ORTEGA, M. L. (eds). Mundialización de la ciencia y cultura nacional. Madrid: Ediciones Doce Calles, 1993, p. 24-49.

14a aula – 27/06: Circulação de saberes nas ciências: histórias conectadas e redes transnacionais

Leituras obrigatórias:

RAJ, Kapil. Beyond postcolonialism... and postpositivism – circulation and the global history of science. Isis, v. 104, n. 02, p. 337-347, 2013.

ANDERSON, Warwick. Second Opinion. Making Global Health History: The Postcolonial Worldliness of Biomedicine. Social History of Medicine Vol. 27, No. 2 pp. 372–384

FA-TI FAN. The global turn in the history of science. East Asian Science, Technology and Society: an international journal. v. 6, p. 249-258, 2012.

TURCHETTI, Simone; HERRAN, Néstor; BOUDIA, Soraya, “Introduction: have we ever been ‘transnational’? Towards a history of science across and beyond borders”, The British Journal for the History of Science, v. 45, n. 3, September 2012, p. 319-336.

(8)

RAJ, Kapil. Relocating modern science: circulation and the construction of knowledge in South Asia and Europe, 1650-1900. New York, Palgrave Macmillan. (Introduction, pp. 1-26).

Referências

Documentos relacionados

Para evitar a presença de morcegos nectarívoros e frugívoros nas residências onde exis- tem disponíveis bebedouros com água açucarada e frutas deixadas para pássaros, reco- menda-se

Densidade de ruído na saída do integrador como função da frequência para uma cadeia de aquisição de dados baseada num conversor A/D com um integrador digital (exemplo).. O nível

• Criptografia médieval: Se inicia com os arabes com Al-Kandi, com sua análise de frequencia e vai até o início do século XIX com a Criptografia Japonesa • Criptografia

Doze judocas de elite reproduziram o movimento de puxada de manga do judô, com a utilização do dinamômetro isocinético e simultaneamente registrou-se o sinal eletromiográfico

25 L’immagine è confermata da alcuni giudizi estremamente negativi espressi, nelle pagine di “Presença”, su lavori di critica condotti in Brasile: si veda la recensione di

§ Primeiro computador para ajudar a dar um grande salto na estatística nacional (1972). § Inclusão da estatística no ensino fundamental/médio de acordo com o

Tendo como apoio didático o uso de slides, são mostradas diversas concepções de origem do universo, formadas no decorrer da história humana; bem como, algumas constelações criadas

 Leonardo de Pisa, conhecido ainda como Leonardo Bigollo ou Leonardo Fibonacci (1170-1250), o primeiro grande matemático europeu da Idade Média foi o