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Academic year: 2021

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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA

DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA

SISTEMAS

SISTEMAS

AGROFLOREST

AGROFLOREST

AIS

AIS

Magno José Duarte Cândido

Magno José Duarte Cândido

08 de julho de 2013

(2)

1. INTRODUÇÃO

1. INTRODUÇÃO

  crescimento populacional mundial crescimento populacional mundial   demanda por demanda por

alimentos

alimentos   pressão da exploração dos recursos pressão da exploração dos recursos

naturais renováveis (degradação ambiental) naturais renováveis (degradação ambiental)

 Zonas SemiáridasZonas Semiáridas  ecossistemas fragilizados ecossistemas fragilizados 

 As práticas agrícolas As práticas agrícolas  carece de elementos básicos da carece de elementos básicos da

sustentabilidade, fator essencial à sobrevivência do sustentabilidade, fator essencial à sobrevivência do homem no planeta terra

homem no planeta terra

  Métodos e práticas p/ a agricu Métodos e práticas p/ a agricultura sustentávelltura sustentável 

ecossistemas naturais (ARAÚJO FILHO, 2008). ecossistemas naturais (ARAÚJO FILHO, 2008).

(3)

1. INTRODUÇÃO

1. INTRODUÇÃO

  crescimento populacional mundial crescimento populacional mundial   demanda por demanda por

alimentos

alimentos   pressão da exploração dos recursos pressão da exploração dos recursos

naturais renováveis (degradação ambiental) naturais renováveis (degradação ambiental)

 Zonas SemiáridasZonas Semiáridas  ecossistemas fragilizados ecossistemas fragilizados 

 As práticas agrícolas As práticas agrícolas  carece de elementos básicos da carece de elementos básicos da

sustentabilidade, fator essencial à sobrevivência do sustentabilidade, fator essencial à sobrevivência do homem no planeta terra

homem no planeta terra

  Métodos e práticas p/ a agricu Métodos e práticas p/ a agricultura sustentávelltura sustentável 

ecossistemas naturais (ARAÚJO FILHO, 2008). ecossistemas naturais (ARAÚJO FILHO, 2008).

(4)

Os sistemas de

Os sistemas de produção agroflore

produção agroflorestais

stais

caracterizam-se pelo uso simultâneo ou

caracterizam-se pelo uso simultâneo ou

seqüencial de vários cultivos em

seqüencial de vários cultivos em uma

uma

mesma gleba, aliando a utilização da área

mesma gleba, aliando a utilização da área

 por anima

 por animais, com o intu

is, com o intuito de dimi

ito de diminuir riscos,

nuir riscos,

e aumentar a rentabilidade da área

e aumentar a rentabilidade da área

explorada.

explorada.

 (PEREIRA E

 (PEREIRA E REZENDE, 1997)

REZENDE, 1997)

1. INTRODUÇÃO

1. INTRODUÇÃO

(5)

 SAF’s foram desenvolvidos  às pressões por produção

de alimentos (população humana e rebanhos) e integram a exploração de espécies lenhosas perenes associadas às culturas e à pastagem.

 Principal vantagem SAF’s x convencionais 

aproveitamento mais eficiente dos recursos naturais

 otimização do uso de energia solar através da

multiestratificação diferenciada de espécies

 reciclagem de nutrientes

 manutenção da umidade do solo

 resultando em sistemas potencialmente mais produtivos e

mais sustentáveis (PEREIRA E REZENDE, 1997)

(6)

2. TIPOS DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS

 SAF’s  produzir em harmonia com a natureza (simulando

os ecossistemas naturais) com base nos recursos naturais renováveis

 Melhoria da produtividade e sustentabilidade da produção  Existem muitas classificações dos SAF’s (NAIR, 1985;

MONTAGNINI et al., 1992; NAIR, 1993; DUBOIS et al., 1997)

 Baseando-se nos aspectos

 Estruturais  Funcionais

 sócio-econômicos e  ecológicos

(7)

2. TIPOS DE SAF’s

 Quanto ao aspecto estrutural:

 Considerando a natureza dos componentes

Sistema Silviagrícola  combina culturas com árvores Sistema Agropastoril  combina culturas com animais Sistema Silvopastoril  combina árvores com animais Sistema Agrossilvipastoril  combina árvores com

animais e culturas

 Considerando o arranjo dos componentes

quanto ao arranjo espacial (Sistemas Contínuos,

Sistemas Zonais e Sistemas Mistos)

quanto ao arranjo temporal (Sistemas Seqüenciais e

(8)

 Quanto a sua função:

 Sistemas Agroflorestais de Produção e

 Sistemas Agroflorestais de Proteção ou de Serviço

 Quanto ao aspecto sócio-econômico:

 Sistemas Agroflorestais Comerciais

 Sistemas Agroflorestais Intermediários e  Sistemas Agroflorestais de Subsistência

(9)

 Quanto aos aspectos ecológicos:

 considerando a localização geográfica (SAF’s trópicos úmidos,

SAF’s planalto central, etc.)

 considerando a situação topográfica (SAF’s terra firme, SAF’s

várzea, etc.) e

 considerando o cultivo econômico (SAF seringueira, SAF

cacau, SAF dendê, etc.).

(10)

 Sustentabilidade (aspectos ecológicos, econômicos e

sociais)  gerações futuras (MÜLLER, 2008)  Função social  fixação do homem ao campo  demanda de mão-de-obra

 sem sazonalidade

 A conservação das espécies arbóreas medicinais e

frutíferas  importante função social dos SAF’s (MÜLLER

et al., 2002 e 2003)

 Serviço ambiental

 Maior estabilidade econômica pela redução dos riscos e

incertezas de mercado  estudo de mercado para detectar

os produtos de maior aceitação e venda em determinadas épocas do ano (MÜLLER, 2008)

3. VANTAGENS E FUNÇÕES

(11)

 Os SAF’s   oportunidades de emprego no meio rural

(diversidade de culturas + animais) (CUNNINGHAM et al, 2008).

  riscos assumidos pelos agricultores familiares (climáticos

ou de mercado) SOUZA et al (2008)

 Obtenção de um número maior de produtos e/ou serviços a

partir de uma mesma unidade de área

 Consórcio de espécies de diferentes exigências em luz,

água e nutrientes (uso mais eficiente desses recursos)

 Ciclagem de nutrientes mais eficiente

 captura dos elementos das camadas mais profundas do solo,

produção de cobertura morta e minimização das perdas  

necessidade de adubação inorgânica (CUNNINGHAM et al, 2008).

3. VANTAGENS E FUNÇÕES

(12)

 Diversidade biológica vegetais e/ou animais  exploram

nichos diversificados dentro do sistema (estabilidade ou sustentabilidade ecológica)

 A multiestratificação  exploram os diferentes perfis

verticais e horizontais da paisagem nos SAF’s, otimizam o

máximo aproveitamento da energia solar (MACEDO, 2000)

 Reincorporar ao processo produtivo áreas já degradadas,

evitar o desmatamento de floresta (SOUZA et al, 2008)

 SAF’s maduros  mantém ciclos biogeoquímicos em nível

próximo ao da floresta

 auxiliam na manutenção de ciclos importantes como o da

água, do carbono e do nitrogênio (SOUZA et al, 2008)

3. VANTAGENS E FUNÇÕES

(13)

  perdas de nutrientes do solo por:

 Erosão  lixiviação

 volatilização e

 melhoram as propriedades físicas e biológicas do solo

 ALVIM (1982), citado por PEREIRA e REZENDE (1997)

 Preservação da biodiversidade   herbicidas e pesticidas

  qualidade do alimento

 Recuperação de matas ciliares, encostas e manejo de

bacias ou em áreas de Corredores Ecológicos por estimular a vida silvestre (ARAÚJO FILHO, 2004)

3. VANTAGENS E FUNÇÕES

(14)

 Nível de capacitação e organização comunitária dos

produtores

 Assistência técnica  Escoamento e

 Venda do produtos

 Condições de saúde e educação na área rural  Necessidade do produtor ter conhecimento sobre

 manejo do solo  agronômico e

 silvicultural (SOUZA et al, 2008)

4. FATORES LIMITANTES PARA O

(15)

  quantidade de cada produto (  diversificação) 

agregação comunitária  volume  mercado (CANTO et

al, 1992)

 Mecanização   mão-de-obra de colheitas e a aplicação

de insumos

 Componentes agroflorestais com finalidade de produzir

serviços e não produtos  ainda não é bem assimilada por

muitos produtores

4. FATORES LIMITANTES

(16)

  exportação de nutrientes  colheita (SMITH et al, 1996)  Competição por luz, água e nutrientes (MARTINI, 2008)

 Para o bom desenvolvimento dos sistemas, é extremamente

necessário atividades de treinamento, extensão e assistência técnica

 Planejar atividades a longo prazo (ARAÚJO FILHO, 2004)

4. FATORES LIMITANTES

(17)

5.1 RADIAÇÃO SOLAR

 Nos SAF’s  estrato arbóreo (favorecido – luz)  Persistência do herbáceo  adaptação fisiológica  Gramíneas e leguminosas  diferem quanto à

adaptação a diferentes intensidades luminosas

 As leguminosas (C3)  fisiologicamente mais adaptadas

às baixas intensidades luminosas

 Estudos  efeito da quantidade de luz sobre o

crescimento de gramíneas são contraditórios

   SCHREINER, 1987; GIRALDO et al., 1995;

CARVALHO et al., 1995

   BELSKY, 1994

Microambiente favorável  estrato herbáceo

5. INTERAÇÃO ENTRE OS

COMPONENTES

(18)

5.2 QUALIDADE DA FORRAGEM

 A intensidade luminosa interfere na qualidade nutricional

das forrageiras (WILSON, 1982; WILSON et al. 1990)

 Sombreamento   teor de nitrogênio e proteína bruta

(WILSON et al. 1990; CARVALHO et al. 1995)

 Digestibilidade da forragem

  green panic (Panicum maximum)   teor de

carboidratos solúveis e  lignina (WILSON e WONG,

1982)

  relação folha caule  digestibilidade das forrageiras

(CARVALHO et al., 1994)

  digestibilidade in vitro da MS (3 a 5 %)

 FDN das forrageiras estudadas (KEPHART e BUXTON,

1993)

5. INTERAÇÃO ENTRE

OS COMPONENTES

(19)

5.3 UMIDADE E NUTRIENTES

 Solos protegidos por árvores   umidade nas épocas

críticas do que aqueles mais expostos diretamente ao sol e ao vento

 Plantios arbóreos (sistema radicular mais profundo) 

exploram horizontes inferiores do solo   competição

por água nas camadas superiores, mais explorada pelo sistema radicular das gramíneas (PEREIRA e

REZENDE, 1997)

 O pastejo do estrato herbáceo pode reduzir o estresse hídrico das árvores durante os períodos mais secos

devido à redução na transpiração de água das espécies  pastejadas (CARLSON et al., 1994)

5. INTERAÇÃO ENTRE

OS COMPONENTES

(20)

5.3 UMIDADE E NUTRIENTES

 Translocação de nutrientes das camadas mais profundas

do solo para a superfície (árvores)

 A associação de árvores e pastagens   MO,  CTC

do solo,  atividades biológicas do solo e 

mineralização do nitrogênio (CARVALHO, 1997)

 Modificação da porosidade do solo, melhorando a taxa

de infiltração de água e reduzindo os riscos de erosão (CARVALHO, 1997).

5. INTERAÇÃO ENTRE

OS COMPONENTES

(21)
(22)
(23)
(24)
(25)
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(29)
(30)

modalidade dos sistemas agroflorestais que se referem às técnicas de produção nas quais se integram os animais, as pastagens e as árvores numa mesma área (GARCIA e COUTO, 1997)

CLASSIFICAÇÃO:

a) sistemas SILVIPASTORIS eventuais

Ex.: plantios comerciais de árvores perenes, como cultivos florestais de pinus, seringueira, dendê e coqueiro, cujo estrato herbáceo, formado de leguminosas de

cobertura, gramíneas ou vegetação espontânea rasteira, é utilizado pelo gado até o ponto permitido pela competição imposta pelas árvores.

b) sistemas SILVIPASTORIS verdadeiros

Nos sistemas SILVIPASTORIS verdadeiros, o componente arbóreo e a pastagem (animal) são considerados integrantes do sistema desde o planejamento do

empreendimento, coexistindo na associação dentro de um determinado nível de participação. São plantios regulares feitos nos espaçamentos ou nas densidades próprias, onde a possibilidade de supressão de um componente por outro é

deliberadamente reduzida.

(31)

Classificação conforme o seu papel econômico-ecológico em

a) produtivos – quando fornecem madeira, frutos, produtos industriais

b) de serviço – quando contribuem para proteção/fertilidade do solo, para ciclagem de nutrientes ou para sombra para os animais (VEIGA e SERRÃO, 1994).

(32)

Figura 6 –Efeito da idade das plantas (seringueira, babaçu, coqueiro e eucalipto sobre a transmissão relativa de luz (% PAR)

Fonte: Wilson & Ludlow, 1991)

(33)

Figura 7 – Variação espacial da luz transmitida em babaçu medido próximo ao meio-di Fonte: Wilson & Ludlow, 1991)

COMPETIÇÃO POR LUZ

(34)

Tabela 4 – Tolerância ao sombreamento de algumas importantes forrageiras tropicais

TOLERÂNCIA À SOMBRA GRAMÍNEAS LEGUMINOSAS

ALTA  Axonopus compressus  Brachiaria miliiformis  Ischaenum aristatum  Paspalum dilatatum  Paspalum conjugatum Stenotaphrum secundatum

Calopogonium caeruleum Centrosema macrocarpum  Desmodium heterophyllum  Desmodium ovalifolium MÉDIA  Brachiaria brizantha  Brachiaria decumbens  Brachiaria humidicola  Hemarthria altissima  Panicum maximum  Paspalum plicatulum  Paspalum notatum Setaria sphacelata Calopogonium mucunoides Centrosema pubescens  Pueraria phaseoloides  Desmodium intortum  Neotonia wightii BAIXA  Brachiaria muitca  Digitaria decumbens Cynodon plectostachyus Styloshantes hamata Styloshantes guianensis  Macropitiium atropurpureum

(35)

•Características de uma boa gramínea para sistemas de uso múltiplo

↑relação produção na sombra:produção na luz;

↑ produção em condições de sombreamento;

boa persistência sob condições de sombreamento

•Condições de sombreamento

↑concentração de N;

↑concentração de minerais (Ca, P, K, Mg, S, Cu, Zn);

↓ concentração de carboidratos não estruturais;

Pode ou não afetar a digestibilidade, consumo e o conteúdo da PC Tabela 4 –Efeitos do sombreamento sobre a performance da planta e valor

Referências

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