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AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

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Academic year: 2021

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Relatório

Agrupamento de Escolas

de Vinhais

B

RAGANÇA

A

VALIAÇÃO

E

XTERNA DAS

E

SCOLAS

27 a 29 de fev.

(2)

1

I

NTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de avaliação em junho de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi incumbida de dar continuidade ao programa de avaliação externa das escolas, na sequência da proposta de modelo para um novo ciclo de avaliação externa, apresentada pelo Grupo de Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de março). Assim, apoiando-se no modelo construído e na experimentação realizada em doze escolas e agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver esta atividade consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de

janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas de Vinhais – Bragança, realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efetuada entre

27 e 29 de fevereiro de 2012. As conclusões decorrem da análise dos documentos fundamentais do Agrupamento, em especial da sua autoavaliação, dos indicadores de sucesso académico dos alunos, das respostas aos questionários de satisfação da comunidade e da realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente e consolide a autoavaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este documento um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e áreas de melhoria, este relatório oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de ação para a melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere. A equipa de avaliação externa visitou a

escola-sede do Agrupamento, as escolas básicas de Vinhais e de Rebordelo e o Jardim de Infância de Rebordelo. A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização do Agrupamento, bem como a colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios

EXCELENTE –A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em campos relevantes.

MUITO BOM –A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes.

BOMA ação da escola tem produzido um impacto em linha com o valor esperado na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes.

SUFICIENTEA ação da escola tem produzido um impacto

aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco

consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola.

INSUFICIENTEA ação da escola tem produzido um impacto muito aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

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2

C

ARACTERIZAÇÃO DO

A

GRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas de Vinhais foi criado em 2006 e resultou da fusão da Escola Secundária de D. Afonso III com o Agrupamento de Escolas de Vinhais. Atualmente, encontram-se em funcionamento a escola-sede, com 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário, cinco estabelecimentos com 1.º ciclo e seis jardins de infância.

No presente ano letivo, a população escolar totaliza 669 crianças/alunos: 80 na educação pré-escolar (sete grupos), 172 no 1.º ciclo (26 turmas), 108 no 2.º ciclo (seis turmas), 167 no 3.º ciclo (10 turmas), 115 no ensino secundário (seis turmas) e 27 nos cursos do programa integrado de educação e formação (duas turmas). A grande maioria dos alunos (94%) é de nacionalidade portuguesa, 46% não são abrangidos pelos auxílios económicos da ação social escolar e apenas 26% têm computador com ligação à Internet em casa.

A análise das habilitações literárias dos pais e encarregados de educação dos alunos do ensino básico revela que 7% têm formação superior e 19% formação secundária ou superior (conhecem-se as habilitações de 83%) e, no que concerne aos pais dos alunos do ensino secundário, 4% têm habilitação superior e 17% têm formação secundária ou superior (conhecem-se as habilitações de 59%). No que respeita às profissões 10,7% dos pais dos alunos do ensino básico e 6% dos do ensino secundário exercem atividade profissional ao nível de técnico superior e intermédio (conhecem-se as profissões de 53% e 40% dos pais e encarregados de educação, respetivamente dos ensinos básico e secundário).

Em 2011-2012, a educação e o ensino são assegurados por 103 docentes, 88,3% pertencem aos quadros. Apresentam larga experiencia profissional, pois 81,6% lecionam há mais de 10 anos. O quadro de pessoal não docente integra 54 elementos, sendo 41 assistentes operacionais e 13 assistentes técnicos, Dos não docentes, 98,1% têm contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado e 75,9% mais de 10 anos de experiência profissional.

Relativamente ao ano letivo 2010-2011, ano para o qual há referentes nacionais calculados, os valores das variáveis de contexto do Agrupamento situam-se, na generalidade, abaixo dos valores medianos nacionais. A percentagem de professores do quadro está acima da mediana nacional.

3-

A

VALIAÇÃO POR DOMÍNIO

Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação formula as seguintes apreciações:

3.1

R

ESULTADOS

RESULTADOS ACADÉMICOS

A análise dos resultados académicos, considerando as variáveis de contexto social, económico e cultural, permite concluir que, no ano letivo de 2009-2010, a taxa de conclusão do 4.º ano ficou aquém do valor esperado, enquanto nos 6.º e 9.º anos estão em linha com esse valor. Considerando as mesmas varáveis, os resultados de Matemática, nas provas de aferição dos 4.º e 6.º anos, bem como nos exames nacionais do 9.º ano, estão, respetivamente, além, aquém e em linha com o valor esperado, enquanto a Língua Portuguesa ficaram em linha com o valor esperado nos 4.º e 6.º anos e além desse valor no 9º ano.

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No ano 2010-2011, as taxas de transição/conclusão no ensino básico e no ensino secundário situaram-se, na generalidade, abaixo das nacionais. Em termos médios, a taxa de anulação de matrícula no ensino secundário aproxima-se da nacional.

No triénio 2008-2009 a 2010-2011, as percentagens de classificações positivas nas provas de aferição do 4.º ano, em Língua Portuguesa, registam uma tendência sustentada de subida e em Matemática um decréscimo, embora menor que o verificado a nível nacional. Nas provas de aferição do 6.º ano, enquanto que em Língua Portuguesa se verifica uma melhoria, em Matemática as percentagens de classificações positivas têm vindo a decrescer, tal como acontece com o resultados dos exames de 9.º ano que se distanciam pela negativa dos valores nacionais.

No ensino secundário, em Português, assiste-se a uma descida contínua nas médias das classificações dos exames nacionais, enquanto as médias das classificações internas se mantêm. Por sua vez, pese embora o número reduzido de provas, observa-se uma melhoria nas médias das classificações nos exames de Matemática, Biologia e Geologia e Física e Química A, no último triénio. Em História A, apesar da oscilação, também se tem registado uma ligeira melhoria.

O Agrupamento dá uma atenção contínua e sistemática à análise dos resultados escolares, nos finais de cada período e no final do ano letivo. Estes dados são recolhidos e analisados pela comissão de autoavaliação, estabelecendo comparações das médias por disciplina/ano de escolaridade, remetendo essas análises para os órgãos de direção, administração e gestão e para as estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, designadamente para os departamentos curriculares, onde, a partir das conclusões retiradas, se delineiam as medidas a adotar e as modalidades de intervenção a seguir.

RESULTADOS SOCIAIS

As crianças/alunos da educação pré-escolar e do 1.º ciclo são envolvidos na organização da sala de aula e no estabelecimento das regras. No entanto, esta postura vai-se atenuando, à medida que se progride na escolaridade. Os alunos dos 2.º e 3.º ciclos e do ensino secundário, por exemplo, não detêm qualquer representatividade no conselho geral. Os discentes conhecem os documentos norteadores, mas não se verifica um envolvimento ativo na sua construção. Do regulamento interno é-lhes dado conhecimento, na parte que lhes respeita, pelo diretor de turma, em formação cívica. Pontualmente, os alunos são auscultados. Apesar de se encontrar constituída a associação de estudantes, o seu papel limita-se à organização de festas, não se verificando uma efetiva participação na vida escolar e uma corresponsabilização da dinâmica do Agrupamento.

De salientar que os alunos apresentam comportamentos adequados, traduzidos num relacionamento saudável e amistoso com os docentes e demais elementos da comunidade escolar.

Apesar do Agrupamento ter como objetivo tornar a escola mais atrativa, são impulsionados poucos espaços motivadores para os alunos, designadamente clubes e projetos, tendentes a atingir essa finalidade.

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

Não havendo, no conjunto dos respondentes, aspetos comuns de concordância ou discordância significativos, as respostas aos questionários de satisfação estruturam-se em dois grupos: o dos mais satisfeitos e agradados com a prestação do Agrupamento, onde se integra o pessoal docente e não docente, e outro grupo, mais insatisfeito, onde se incluem os pais e/ou encarregados de educação e os alunos. Estes, para além das questões relacionadas com as condições físicas e de higiene e limpeza, revelam discordância relativamente à justeza da avaliação e à utilização do computador em sala de

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organiza para os servir, em contraponto com uma escola que se direciona, mais particularmente, para os profissionais que aí prestam serviço.

Os representantes da autarquia reconhecem o importante contributo do Agrupamento no desenvolvimento da comunidade local, destacando a sua ação no envolvimento e dinamização de diversas iniciativas desenvolvidas, no âmbito do plano anual de atividades. Os restantes membros da comunidade manifestam o seu apreço pelo trabalho de proximidade que o Agrupamento vem desenvolvendo e pelo impacto que a sua ação produz no meio.

Em conclusão, a ação do Agrupamento tem produzido um impacto, em regra, em linha com o valor esperado na melhoria das aprendizagens e dos resultados académicos e nos respetivos percursos escolares. Apesar de se verificarem alguns aspetos menos conseguidos, regista-se uma maioria de pontos fortes nos campos analisados, o que justifica a atribuição, no domínio Resultados, da classificação de

BOM

3.2

P

RESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

Em linha com os princípios definidos nos documentos norteadores, que se apresentam coerentes entre si, o Agrupamento promove a gestão articulada do currículo, procurando rentabilizar as potencialidades que o meio local oferece. Na sequência das orientações dos departamentos, os grupos de recrutamento, os conselhos de turma e os de docentes desenvolvem uma planificação que assegura a articulação interdisciplinar do currículo, articulando-o também com as áreas curriculares não disciplinares.

Não se evidenciam práticas generalizadas e sistemáticas de articulação vertical entre os vários níveis de aprendizagem, à exceção da educação pré-escolar com o 1.º ciclo. Neste âmbito, realizam-se algumas atividades interdepartamentais constantes no plano anual, bem como está em implementação um projeto transversal interciclos, nomeadamente O diário do Tobias, que conjuga atividades desde a educação pré-escolar ao 3.º ciclo.

Orientando a ação educativa para práticas que valorizam atividades intelectuais, artísticas e criativas, o projeto educativo e o curricular incluem referências sociais e culturais locais, bem operacionalizadas nos projetos curriculares de grupo/turma. Estes centram-se, particularmente, em temáticas integradoras, contêm informação sobre o ponto de partida dos alunos, bem como da evolução das suas aprendizagens, e incluem a adequação do currículo às características dos mesmos.

O princípio da manutenção das equipas pedagógicas facilita a sequencialidade das aprendizagens entre os diversos níveis de educação e ensino.

A avaliação formativa é desenvolvida ao longo de todo o ano letivo e constitui-se como uma componente do processo de ensino-aprendizagem, regulando esse processo. É prática regular no Agrupamento a partilha de instrumentos de trabalho, estando a generalizar-se, entre os docentes, a troca de experiências e de modos de atuação em sala de aula.

PRÁTICAS DE ENSINO

Centradas nos grupos de recrutamento e nos conselhos de docentes, as planificações de curto prazo decorrem das análises efetuadas aos percursos e às aprendizagens realizadas pelos alunos. Incluem estratégias de motivação e diferenciação pedagógica, não obstante, na prática, nem sempre revelarem a

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eficácia desejada, pelo que é necessário repensar e redefinir esses procedimentos, em vez de adotar o reforço das mesmas.

O trabalho articulado e atempado desenvolvido pelos serviços técnico-pedagógicos com os alunos com necessidades educativas especiais, em interação com os pais, promove a integração e inclusão escolar. Neste âmbito, sobressai o trabalho realizado na unidade de ensino estruturado para alunos autistas e com problemas relacionados com a comunicação, onde se desenvolvem as rotinas, de acordo com as funcionalidades de cada um, com o recurso de vários técnicos e, também, com recurso a uma estratégia inovadora de desenvolvimento de confiança e autoestima, a asinoterapia, em parceria com o Parque Biológico de Vinhais.

Transparece, na comunidade escolar, uma postura de acomodação relativamente às baixas expectativas dos pais e dos alunos face às aprendizagens. Não obstante a existência de prémios de mérito, esta situação leva a que, na globalidade, não se verifiquem práticas generalizadas e sistemáticas de estimulação dos alunos de forma a elevar a sua autoestima e favorecer a sua autorrealização.

Relativamente aos apoios educativos, ressalta que não existe uma política de incentivo aos alunos para os frequentarem, limitando-se o Agrupamento a oferecer esses apoios quando solicitados pelos discentes. Ressalva-se a lecionação de aulas específicas para alunos que não têm o português como língua materna, que se tem revelado eficaz, bem como se apresentam, como medidas ajustadas para a promoção da melhoria dos resultados a Língua Portuguesa e Matemática no 9.º ano, o reforço dos tempos letivos e a codocência.

Apesar de inscritas no projeto curricular do Agrupamento, as metodologias ativas e experimentais não estão suficientemente generalizadas e consolidadas, essencialmente nos níveis superiores de ensino. Ressalva-se, na área da Biologia, onde se estimula a criatividade dos alunos e se desenvolvem trabalhos de investigação. Igualmente, na prática letiva, existem situações em que os alunos são postos a dinamizar aulas para os seus pares. As tecnologias da informação e comunicação não são utilizadas com frequência nas aprendizagens diárias dos alunos, observando-se, no 1.º ciclo, práticas semanais de sensibilização a essas tecnologias.

Na gestão do tempo escolar, atende-se às características do meio associadas à disponibilidade dos transportes escolares. A oferta educativa responde com eficiência aos problemas da desistência e abandono escolar no ensino básico.

A prática letiva é monitorizada de forma indireta nas reuniões de departamento curricular, através da verificação das planificações e da monitorização do cumprimento dos programas, não estando instituídos procedimentos de acompanhamento e supervisão em sala de aula.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

Os documentos do Agrupamento explicitam, de forma clara, as técnicas, os instrumentos e os critérios gerais e específicos das várias modalidades de avaliação, bem como os seus intervenientes e os momentos em que devem ser realizadas, de acordo com os níveis de educação e ensino. Consequentemente, no respeito por estas orientações, desenvolvem-se, ao longo do ano letivo, as várias práticas avaliativas.

As estratégias de promoção do sucesso académico adotadas nos projetos curriculares de turma são avaliadas e, se necessário, são reformuladas, mas delas nem sempre resulta a eficácia esperada. Nos grupos de recrutamento e nos conselhos de docentes partilham-se e aferem-se os instrumentos de avaliação, bem como se elaboram e calibram as fichas e os testes de avaliação.

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Em articulação com entidades parceiras, o Agrupamento está atento aos riscos de abandono escolar, desistência e anulação de matrícula. No ensino básico, as taxas são quase nulas e, no ensino secundário, ficam ao nível das nacionais.

Em conclusão, o Agrupamento apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais globalmente eficazes. A ação desenvolvida pelo Agrupamento, ainda que com alguns aspetos menos consolidados, tem proporcionado impacto na melhoria das aprendizagens, o que justifica a atribuição da classificação de BOM no domínio Prestação do Serviço Educativo.

3.3

L

IDERANÇA E GESTÃO

LIDERANÇA

O Agrupamento revela ter uma visão estratégica, partindo dos condicionalismos do meio e dos recursos disponíveis, no sentido de garantir uma progressiva e sustentada melhoria de acesso e sucesso dos alunos. O fomento do sentido de pertença e de identificação com o Agrupamento são encorajados e bem conseguidos junto dos alunos e dos profissionais. Verifica-se clareza e pertinência dos objetivos e das estratégias, bem como uma adequada interação com os recursos e valores da comunidade local.

As lideranças intermédias são valorizadas, fomentando-se a sua participação, bem como a dos outros agentes escolares. Contudo, o envolvimento dos pais/encarregados de educação na vida escolar, apesar dos progressos evidenciados, ainda fica aquém do desejado. A direção, as lideranças intermédias e os docentes, em geral, desenvolvem projetos, parcerias e soluções inovadoras, mas a avaliação destas iniciativas não é consistente, apesar de ter começado a dar alguns passos encorajadores.

Verifica-se boa motivação dos profissionais, não se registando conflitos nem problemas disciplinares decorrentes de comportamentos inadequados por parte dos alunos. Releva-se a existência de uma convivência saudável entre os membros da comunidade escolar e há canais, formais e informais, para manter e melhorar a comunicação e o bom ambiente relacional, ao mesmo tempo que, com diálogo e proximidade, se previne a emergência de conflitos. Os órgãos de direção, administração e gestão demonstram complementaridade no exercício das suas competências e permanente abertura no atendimento e na resolução das situações.

Na mobilização dos recursos da comunidade educativa, verifica-se uma boa relação entre o Agrupamento e a autarquia e o aproveitamento dos recursos locais, sobretudo culturais, para a concretização dos objetivos delineados.

GESTÃO

Os critérios de organização e afetação dos recursos são explícitos, mas nem sempre é percebida a sua aplicabilidade e execução por parte dos docentes. Devido aos constrangimentos do meio, são gerados poucos recursos financeiros, o que origina algumas dificuldades orçamentais, refletindo-se, particularmente, nas condições de aquecimento no Inverno.

Os critérios de constituição dos grupos e das turmas, de elaboração de horários e de distribuição de serviço são explícitos, constando no regulamento interno. Nesses critérios, releva-se a continuidade dos professores durante um ciclo de estudos, mas a sua prática nem sempre consegue ser universalizada, levantando, por parte dos envolvidos, algumas dúvidas sobre a exequibilidade e aplicabilidade dos critérios. A constituição de equipas pedagógicas não está generalizada.

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A avaliação do desempenho dos profissionais segue as normas nacionais e não foram reportados conflitos. Na gestão dos recursos, atende-se ao perfil e às competências demonstradas pelos diversos trabalhadores, evidenciando-se uma forte motivação e empenho no exercício das suas funções. São valorizadas as formações especializadas na nomeação para cargos de coordenação.

O Agrupamento procura promover o desenvolvimento profissional, dando resposta às necessidades de formação geradas pelo próprio contexto escolar, recorrendo tanto a recursos internos como externos oferecidos por outras instituições locais, distritais e regionais.

A manutenção dos espaços e equipamentos é boa, mas existem limitações graves de construção. O equipamento pedagógico é bom, mas a plataforma moodle está pouco dinamizada.

A informação é disponibilizada por vários processos que acabam por ser complementares: por convocatória escrita, por email, por telefone e pela página Web do Agrupamento. Nos núcleos rurais, o funcionamento da Internet não é permanente nem eficaz, pelo que o telefone é o meio mais utilizado. A informação sobre o funcionamento do Agrupamento, a organização pedagógica, os critérios de avaliação e as atividades do plano e dos projetos curriculares consta da página Web do Agrupamento e é comunicada em reuniões gerais ou sectoriais de professores, de alunos, de outros trabalhadores e de pais.

AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

O processo de autoavaliação do Agrupamento, realizado apenas por dois docentes, centra-se na análise e comparação dos resultados escolares, constituindo-se, desde a última avaliação externa, em janeiro de 2008, num processo ainda pouco consolidado. São feitas análises dos resultados académicos dos internos e dos externos, tanto na perspetiva da coerência interna, como na perspetiva comparada entre os dois tipos de avaliação.

No que respeita às outras áreas de análise ou dinâmicas organizacionais, o processo é menos organizado, menos sistemático e menos profundo, sem critérios e instrumentos validados para a obtenção de informação. O processo avaliativo ainda não se alargou a outras áreas prioritárias, à exceção da análise dos resultados escolares. Do ponto de vista da coerência entre a autoavaliação e a ação para a melhoria, a análise dos resultados escolares mostra uma tendência positiva.

A divulgação da informação é feita nos órgãos de direção, administração e gestão do Agrupamento e nos departamentos curriculares. Aí, os impactos da autoavaliação no planeamento, na organização e nas práticas profissionais têm conduzido a uma maior reflexividade e cooperação, processo que paulatinamente se tem generalizado.

A utilização dos resultados de autoavaliação tem induzido à elaboração de planos de melhoria, em determinadas áreas, sob responsabilidade de cada um dos departamentos, sendo estes recetores da informação da comissão de autoavaliação. Em sede de departamentos curriculares, os planos traçados não se conformam a um padrão de exigência prévia e globalmente aceite.

A continuidade destes procedimentos parece assegurada, mas carece de alargamento a todas as áreas

organizacionais, para além da dos resultados escolares.

Em conclusão, o Agrupamento apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais globalmente eficazes. A ação desenvolvida pelo Agrupamento, ainda que com alguns aspetos menos conseguidos, tem proporcionado impacto na melhoria das aprendizagens, o que justifica a atribuição da classificação deBOMno domínio Liderança e Gestão.

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4

P

ONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA

A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento:

A contínua e sistemática análise dos resultados académicos dos alunos e o seu impacto na evolução progressiva dos mesmos.

O trabalho de proximidade desenvolvido pelo Agrupamento e o impacto que a sua ação produz no meio.

A operacionalização de referências sociais e culturais da região nos projetos curriculares de grupo/turma que são centrados em temáticas integradoras.

O trabalho articulado e inovador desenvolvido no âmbito das necessidades educativas especiais dos alunos.

O sentido de pertença e de identificação com o Agrupamento por parte de alunos e profissionais.

O dinamismo, a motivação e o empenho dos profissionais na vida escolar.

A equipa de avaliação entende que as áreas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus esforços para a melhoria são as seguintes:

Os resultados nos exames do 9.º ano, com uma tendência decrescente no último triénio.

O envolvimento dos alunos, designadamente os dos 2.º e 3.º ciclos e do ensino secundário, na organização da vida escolar e na programação, execução e corresponsabilização das atividades.

Os processos de supervisão da prática letiva em sala de aula.

A generalização de metodologias ativas e experimentais.

O débil envolvimento dos pais nas dinâmicas do Agrupamento.

A abrangência do processo de autoavaliação e a participação da comunidade educativa na sua concretização.

Referências

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