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Tratamento Antirretroviral na Falha

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Academic year: 2021

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(1)

AIDS NO NORTE-NORDESTE DO BRASIL

Tratamento Antirretroviral na Falha

Mônica Jacques de Moraes

(2)

Definição de Falha de Tratamento ARV

Falha Virológica

Carga viral plasmática detectável:

• após 6 meses do início ou modificação da TARV • rebote de carga viral após período de carga viral

indetectável

(confirmar após 4 semanas) Excluir/ abordar:

•má-adesão, uso inadequado •“blips”

•problemas técnicos

(3)

Terapia Antirretroviral Atual

Falha do esquema inicial é mais rara

• 80-90% mantém carga viral indetectável após 1

ano

• Dados mais recentes mostram durabilidade boa

Eficácia do esquema de resgate é maior

– Resgate inicial

(4)

É possível prever a complexidade da

terapia de resgate?

Quantas drogas ativas?

Incluir nova(s) classe(s)?

Efeito residual de ITRN?

Trocar IP/r?

(5)

Prevendo a Complexidade do Resgate

Tempo em falha

Acúmulo de

mutações

(6)

1

º

esquema, falha com 6 meses de

AZT/3TC + EFV

(7)

1

º

esquema, falha prolongada com AZT/3TC +

EFV

(8)

Prevendo a Complexidade do Resgate

Tipo de Falha

NN?

IP?

IP/r?

outras classes?

Perfil de

mutações

(9)

Prevendo a Complexidade do Resgate

Nevirapina ou efavirenz? 3TC?

IP sem ritonavir?

Nunca usou IP sem ritonavir?

103N, 181C 184V

Com mutações de IP Sem mutações de IP

(10)

Falha ao Esquema Inicial Baseado em ITRNN

Estudo “Second-line”

541 pacientes, virgens de IP e II, sob 2 ITRN + NN (3,5 anos)

91% com geno (98%> 1 mutação; 89% com ≥ mutação ITRN)

2-3 ITRN + LPV/r RAL+ LPV/r

(11)

Estudo “Second-line”

(12)

Estudo “Second-line”

Mutações Emergentes na Falha (96 semanas)

LPV/r + 2 ITRN LPV/r + RAL

Nenhuma de IP, ITRN/Nt ou II* 37/43 (86%) 39/47 (83%)

ITRN/Nt 8/64(12,5%) 2/65 (0%)

IP* 0/43 (0%) 0/47 (0%)

II 1/72 (0%) 20/79 (25,3%)

*dados de 48 semanas

(13)

Estudo “Second-line”

Fatores Preditivos de Falha

• População:

• africana (RR 3,49 em relação a asiáticos)

• Carga viral no início do resgate

• >100.000 cópias/ml (RR 3,43 em relação a <100.000)

• Adesão

• Na semana 4 e na semana 48

• Número de drogas ativas no início do resgate (gGSS)

• gGSS = 4,5 a 6 → 5X risco de falha comparado a gGSS=1

(14)

Falha ao Esquema Inicial Baseado em ITRNN

Estudo “Earnest”

1200 HIV em falha sob 2 ITRN + ITRNN

IP + 2-3 ITRN

IP/r + RAL

IP/r + RAL

IP/r monoterapia

144 semanas

4 anos de TARV CD4 = 71 CV = 70.000 42% c/ CV>100.00 IMC = 21

(15)

Falha ao Esquema Baseado em IP

(16)

Falha de Esquemas Baseados em IP

• IP/r: muito eficazes, porém...

• toxicidade, intolerância → má adesão

10 a 20% falha em dois anos

• IP: baixa barreira genética

– pouca durabilidade, falha com muita

resistência

(17)

Abordagem da Falha com IP

Experiência prévia com IP sem RTV?

Permite prever presença de mutações

(resistência viral)

(18)

Estudo N ITRN IP sem Genotip na falha Mutações primárias IP 720 100 d4T+3TC LPV/r 312 17 0 863 653 d4T+3TC LPV/r 108 51 0 940 44 d4T+3TC LPV/r 72 13 0 056 38 d4T+3TC LPV/r 72 5 0 418 190 TDF+3TC LPV/r 48 15 0 SOLO 649 ABC+3TC FPV/r 64 32 0 Staccato 258 d4T+ddI SQV/r 48 10 0 BMS089 200 d4T+3TC ATV/r 48 2 0

Falha de Esquema Inicial com IP/r

Gulick RM HIV7,2004#P28; Kempf DJ,JID 2004,189:51; Cahn P. IAS 2001 #779; Feinberg J XIV ICAAC 2002 #TuPeB4445; Molina JM XV IAC 2004 #WePeB5701; MacManus S. AIDS 2004, 18:651; Ananworanich J III IAS 2005 #WePe 4.4c12; Malan N 13ºCROI 2006 #107LB

(19)

UK-CHIC, 3.056 pacientes, 1996 - 2010 811 falha (27%) 291 genotipagem (36%) 32 mutações de LPV/r (11%) 12 mutações principais de LPV/r (4%)

Falha com LPV/r: E na Vida real?

14 meses (6-30)

10 resistência interm. ou alta a LPV/r (4%)

1 resistência interm. a DRV/r (0,3%)

> tempo de falha, > acúmulo de mutações (56% isoladas)

50% havia usado IP antes!

(20)

Esquema de Segunda Linha (IP/r)

Falha em Países de Recursos Limitados

Hosseinipour et al. The Journal of Infectious Diseases 2013;207(S2):S49–56

100% IP prévio 12% IP prévio

Uso de ddI, Tx de TB, falhas prévias prolongadas, CD4 baixo, CV alta, monitorização esporádica, % de resistência + rara que taxa de mutações

(21)

Estudos de Resgate de

Primeiro IP/R

(22)

Resistência na Falha (LPV/r vs. NFV) e

Ressupressão

93% dos que mantiveram LPV/r após a falha ressuprimiram (incl. 83% com 184V)

(23)

Manejo após a Falha Inicial com IP/r

Seguimento de 209 Pacientes

A5142: 2 ITRN + LPV/r, 67 pacientes A5202: 2 ITRN + ATV/r, 107 pacientes

209 pacientes em falha com IP/r, com genotip.

(24)

Pacientes na Falha Inicial com IP/r

ACTG A5142, A5202, A5208

N = 209

CD4 246 (160 – 404)

Carga viral 3,9 (3,2 – 4,7) Mutações primárias de IP 5 (3%), 4 pré-IP

somente 1 selecionou 88S sob ATV/r (0,5%) zero para LPV/r

Mutações secundárias de IP 171 (91%) Mutações de ITRN 38 (20%)

Destas, 50% M184V

CV indetectável alguma vez no primeiro esquema

78%

(25)

Pacientes na Falha Inicial com IP/r

ACTG A5142, A5202, A5208

137 (66%) não mudou 28 (13%) mudou p/ NN 14 (7%) outro IP/r 25 (12%) só outros ITRN 24 sem, CV< 200 cp/ml (67%) MUDOU vs. NÃO MUDOU

64% vs 72% (p=0,19)

Fatores Preditivos

• já ter tido CV indetectável • CV<10.000 na falha

(26)

IAS 2014

Falha

com

IP

(27)

Falha com IP sem Ritonavir

• Múltiplas mutações, resistência cruzada

• tempo de falha

• CD4 baixo

• CV alta

resgate mais “agressivo”

+ drogas, + classes novas

(28)

Falha com IP e Falha de Paciente

Multiexperimentado

• Histórico:

• Adesão, CD4 e carga viral

• Uso prévio de outro esquema?

• IP?

• terapia dupla ou monoterapia? • ITRNN?

• CD4 na falha

• Carga viral na falha

• Tempo de falha

(29)

Quando é necessário lançar mão de

novos antirretrovirais?

DRV, TPV, RAL, MVQ, ETV, T20

Quando não há um IP/r com atividade

plena.

Quando não há pelo menos duas drogas

ativas para o resgate

(30)

Falha Avançada

OPTIONS: Resgate com ou sem ITRN?

• Randomizado, multicêntrico (ACTG A5241), de não-inferioridade

▫ Desfecho primário: falha do esquema (FV ou mudança de estratégia)

Esquema individualizado otimizado*

sem ITRN

(n = 179)

Esquema individualizado otimizado*

com ITRN

(n = 181)

Falha com IP/r

e falha e/ou experiência prévia com ITRN e ITRNN

(N = 360)

Estratificado por opção por MVQ, uso prévio de EFV ou de RAL

*20 potenciais combinações de 3 a 4 drogas incluindo DRV/r, ENF, ETR, MVC, RAL, TPV/r. Seleção individualizada de esquemas com PSS > 2.

Tashima K, et al. CROI 2013. Abstract 153LB.

Ano 1

(31)

ITRN adicionados TDF + FTC (3TC) ZDV + TDF + FTC (3TC) Outros Esquemas RAL + DRV/r + ETR RAL + DRV/r + MVC RAL + DRV/r + ETR + MVC RAL + ETR + MVC

RAL + DRV/r + ETR + ENF

Randomização Sem ITRN 6% 12% 82% 6% 56% 7% 8% 14% 9% + ITRN

OPTIONS

(32)

• Supressão viral similar (CV< 50 c/mL) ~ 65% • Aumento de CD4+ similar: 90-106 cells/mm3

• Segurança: globalmente, sem diferença significativa (AE clínicos e

• Entretanto, a mortalidade foi mais alt a no braço COM ITRN (P < .001) • 6 óbitos no braço COM ITRN, 2 possivelmente relacionadas a ARV

Comparação de Desfechos Primários de Eficácia

Desfecho, n (%) Falha do Esquema Falha Virológica Troca de estratégia Sem ITRN (n = 179) 53 (30) 44 (25) 19 (8) Com ITRN (n = 181) 48 (26) 45 (25) 10 (6) -30 -15 0 15 30

% Diferença (SEM- COM) após 1 ano (95% CI) Omitir ITRN Não-Inferior Inferio r 3.2 (-6.1 to 12.5) -0.4 (-9.4 to 8.7) 3.6 (-1.7 to 9.0)

OPTIONS

Esquema potente “sem ITRN” é não-inferior a “com ITRN”

(33)

O esquema de resgate deve:

assegurar a eficácia atual

barreira genética alta

preservar alternativas futuras

evitar monoterapia “funcional”

usar o número de drogas necessário para supressão

máxima

(34)

Esquema com pelo menos 2 drogas

ativas: que droga nova priorizar?

Darunavir

Priorizar inclusão de um IP/r, maior barreira genética

Raltegravir

Nova classe, não há risco de resistência

cruzada

>

Maraviroc

Etravirina

ou

Nova classe, não há risco de resistência cruzada, mas só para

vírus R5

Combinação com DRV bem estudada, mas

tem resistência cruzada com EFV e

NVP

>

Enfuvirtida

Nova classe, não há risco de resistência

cruzada, mas é parenteral

(35)

Falha prévia com IP sem ritonavir? 2 ITNN + ITRNN Falha a ≥ 3 classes

TARV de RESGATE

Genotipagem perfil previsível:

sem resistência a IP 2 ITRN + IP/r

NÃO perfil previsível: Genotipagem sem resistência a IP

2 ITRN + IP/r

SIM

Pouca exposição a IP Tempo de falha curto

Boa adesão Supressão viral prévia

Genotipagem sem

resistência a IP? SIM 2 ITRN + IP/r (CD4>200, CV <10.000)

NÃO

Genotipagem:

2 ITRN + IP/r (DRV/r) + RAL? 2 ITRN + DRV/r + RAL + MRQ?

2 ITRN + DRV/r + RAL + ETV?

?

Abordagem de

(36)
(37)

J Acquir Immune Defic Syndr Volume 57, Number 1, May 1, 2011

(38)

Para que a genotipagem?

3TC, EFV, NVP

IP/r

IP sem ritonavir

ITRN

Etravirina

Múltiplos esquemas prévios

(39)

Falha Após o Primeiro Esquema ARV

• Menos resistência, mais opções

2 ITRN + EFV

2 ITRN + IP/r

Opções para Resgate

Todos IP/r

Dependendo do tempo em falha, ITRN

Outras classes

(40)

Critérios Mínimos para Inclusão de

Medicamentos de 3ª Linha

(DRV , TPV, RAL, ETR, MVQ, ENF)

1.Falha virológica confirmada

2.Genotipagem no máximo há 12 meses

3.Resistência a pelo menos uma droga nas 3

classes (ITRN, ITRNN e IP)

Incluir no esquema pelo menos um ARV ativo, para

acompanhar o medicamento de terceira linha.

Referências

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