A Resolução do Conselho de Ministros n.º 88-A/2020, publicada no dia 15 de outubro, declarou a situação de
calamidade em todo o território nacional, decretando medidas mais restritivas do que aquelas que a precederam.
No dia 22 de outubro foi publicada a Resolução do Conselho de Ministros n.º 88-B/2020, que veio definir
medidas especiais aplicáveis aos concelhos de Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira no âmbito da
situação de calamidade
Por sua vez, a Resolução do Conselho de Ministros n.º 89-A/2020, de 26 de outubro, determinou a limitação
de circulação entre diferentes concelhos do território continental no período entre as 00h00 de 30 de outubro
e as 06h00 de dia 3 de novembro de 2020
Já a Lei n.º 62-A/2020, de 27 de outubro, veio impor a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços públicos
nos termos que infra se exporão.
Para além dos diplomas supra expostos, há que ter em conta a regulamentação adicional da situação de
calamidade, destacando-se, a este respeito, o disposto no Decreto-Lei n.º 10-A/2020 de 13 de março e no
Despacho n.º 8998-C/2020 (este último alvo de uma interpretação corretiva, decorrente da sua compatibilização
com o a Resolução do Conselho de Ministros n.º 88-A/2020).
O Decreto-Lei n.º 28-B/2020, de 26 de junho, veio estabelecer o regime contraordenacional no âmbito das
situações de calamidade, contingência e alerta.
Impõe-se, ainda, uma referência à Lei 55/2020, de 27 de agosto, na parte em que define como um dos objetivos
de política criminal para 2020/2022 a prevenção dos crimes contra a autoridade pública cometidos em contexto
de emergência sanitária ou de proteção civil e a propagação de doença.
No presente FLASH não foram tomadas em conta as medidas previstas pelo Decreto-Lei n.º 79-A/2020, de 1
de outubro, especificamente destinadas à reorganização e minimização de riscos no âmbito das relações laborais
em empresas com locais de trabalho com 50 ou mais trabalhadores (matéria abordada noutro FLASH, de forma
autónoma).
S
SITUAÇÃO DE CALAMIDADE EM TERRITÓRIO NACIONAL CONTINENTAL
Apresentam-se, sucintamente, as medidas vigentes
no âmbito da atual situação de calamidade. A
generalidade das medidas ora expostas vigorará até
ao dia 31 de outubro de 2020 em todo o território
nacional continental. A limitação de circulação entre
determinados concelhos do território continental,
nos termos que infra se exporão, vigorará no período
compreendido entre as 00h00 de 30 de outubro e as
6h00 de dia 3 de novembro de 2020. A
obrigatoriedade do uso de máscara, nos termos que
infra se exporão, vigorará no período compreendido
entre 27 de outubro de 2020 e 5 de janeiro de 2021
(e sendo certo que será, oportunamente, avaliada a
necessidade de estender o período de vigência
desta obrigação).
CONFINAMENTO OBRIGATÓRIO
Os doentes com COVID-19, os infetados com
SARS-Cov2 e os cidadãos relativamente a quem a
autoridade de saúde ou outros profissionais de
saúde tenha determinado vigilância ativa ficam em
confinamento obrigatório.
OBRIGATORIEDADE DO USO DE MÁSCARA
É obrigatório o uso de máscara por pessoas com
idade a partir dos 10 anos para o acesso, circulação
ou permanência nos espaços e vias públicas
sempre
que
o
distanciamento
físico
recomendado pelas autoridades de saúde se
mostre impraticável.
Excetuam-se as seguintes situações:
o Apresentação de atestado médico de
incapacidade multiúsos ou de declaração
médica, no caso de se tratar de pessoas com
deficiência cognitiva, do desenvolvimento e
perturbações psíquicas, ou
que ateste que a
condição clínica da pessoa não se coaduna com
o uso de máscaras.
o Quando o uso de máscara seja incompatível
com a natureza das atividades que as
pessoas se encontrem a realizar;
o Em relação a pessoas que integrem o mesmo
agregado familiar, quando não se encontrem
na proximidade de terceiros.
PROIBIÇÃO DE CIRCULAÇÃO ENTRE
CONCELHOS
Por força do disposto na Resolução do Conselho de
Ministros n.º 89-A/2020, de 26 de outubro, os
cidadãos não podem circular para fora do
concelho de residência habitual no período
compreendido entre as 00:00 h do dia 30 de
outubro de 2020 e as 06:00 h do dia 3 de
novembro de 2020.
Esta restrição de circulação não se aplica:
o Às deslocações por motivos de saúde ou
outras razões de urgência imperiosa;
o Aos profissionais de saúde e outros
trabalhadores de instituições de saúde ou de
apoio social;
o Ao pessoal docente e não docente dos
estabelecimentos escolares;
o Aos agentes de proteção civil, às forças e
serviços
de
segurança,
militares,
militarizados e pessoal civil das Forças
Armadas e aos inspetores da Autoridade de
Segurança Alimentar e Económica;
o Aos titulares de cargos políticos, magistrados
e dirigentes dos parceiros sociais e dos partidos
políticos representados na Assembleia da
República;
o Aos ministros de culto, mediante credenciação
pelos órgãos competentes da respetiva igreja ou
comunidade religiosa;
o Ao pessoal de apoio dos órgãos de soberania
e dos partidos com representação parlamentar,
desde que comprovado o respetivo vínculo
profissional através de cartão de trabalhador ou
outro documento idóneo;
o Às deslocações para efeitos de atividades
profissionais ou equiparadas, desde que (i)
prestem declaração, sob compromisso de honra,
se a deslocação se realizar entre concelhos
limítrofes ao da residência habitual ou na mesma
Área Metropolitana, ou, (ii) caso a deslocação
não se circunscreva às áreas mencionadas,
estejam munidos de uma declaração da entidade
empregadora;
o Às deslocações de menores e seus
acompanhantes
para
estabelecimentos
escolares, creches e atividades de tempos
livres, bem como às deslocações de estudantes
para instituições de ensino superior ou
outros estabelecimentos escolares;
o Às
deslocações
dos
utentes
e
seus
acompanhantes para Centros de Atividades
Ocupacionais e Centros de Dia;
o Às deslocações para a frequência de
formação e realização de provas e exames,
bem como de inspeções;
o Às deslocações para participação em atos
processuais junto das entidades judiciárias
ou em atos da competência de notários,
advogados, solicitadores, conservadores e
oficiais de registos, bem como para
atendimento em serviços públicos, desde que
munidos de um comprovativo do respetivo
agendamento;
o Às deslocações necessárias para saída de
território nacional continental;
o Às deslocações de cidadãos não residentes
para locais de permanência comprovada;
o Às deslocações para assistir a espetáculos
culturais, se a deslocação se realizar entre
concelhos limítrofes ao da residência habitual ou
na mesma Área Metropolitana e desde que
munidos do respetivo bilhete;
o Ao retorno à residência habitual.
PROIBIÇÃO DE AGLOMERAÇÃO DE PESSOAS
§ Em regra, não é permitida a realização de
celebrações e de outros eventos que impliquem
uma aglomeração de mais de 5 pessoas não
pertençam ao mesmo agregado familiar.
§ A realização de funerais está condicionada à
adoção de medidas organizacionais que garantam
a inexistência de aglomerados de pessoas,
cabendo à autarquia local fixar o limite máximo de
presenças.
§ Os veículos particulares com lotação superior
a cinco lugares apenas podem circular com dois
terços da sua capacidade, devendo os ocupantes
com idade superior a 10 anos usar máscara ou
viseira, salvo se todos os ocupantes integrarem o
mesmo agregado familiar,
§ Desde que sejam respeitadas as regras de
ocupação, permanência, distanciamento físico,
higiene e desinfeção (previstas na Resolução do
Conselho de Ministros n.º 88-A/2020 e infra
melhora expostas), ou definidas, em cada caso,
pela Direção Geral de Saúde [doravante, DGS]),
admite-se a realização de determinados eventos
tais como:
o Cerimónias religiosas;
o Eventos de natureza familiar, incluindo
casamentos e batizados, não sendo, porém,
permitida, nos eventos cujo agendamento
tenha sido realizado após o dia 15 de outubro,
uma aglomeração de mais de 50 pessoas.
o Eventos de natureza corporativa (tais como
reuniões
de
assembleias,
congressos,
seminários e outros), em termos que infra se
detalharão;
o Eventos de natureza cultural, em termos que
infra se detalharão,
o Outros eventos que sejam autorizados
conjuntamente pelo Ministro da Administração
Interna e pela Ministra da Saúde.
MEDIDAS ESPECIAIS APLICÁVEIS AOS
CONCELHOS DE FELGUEIRAS, LOUSADA E
PAÇOS DE FERREIRA
A Resolução do Conselho de Ministros n.º
88-B/2020, de 22 de outubro, define medidas especiais
aplicáveis aos concelhos de Felgueiras, Lousada e
Paços de Ferreira. Assim:
§
Nos concelhos em questão, os cidadãos devem
abster-se de circular em espaços e vias públicas,
bem como em espaços e vias privadas
equiparadas a vias públicas, e permanecer no
respetivo domicílio, exceto para as seguintes
deslocações, que visem quaisquer dos objetivos
seguintes:
o Aquisição de bens e serviços;
o Desempenho de atividades profissionais ou
equiparadas;
o Procura de trabalho ou resposta a uma oferta de
trabalho;
o Motivos de saúde, incluindo transporte de
pessoas a quem devam ser administrados
cuidados de saúde;
o Acolhimento de emergência de vítimas de
violência doméstica ou tráfico de seres
humanos, bem como de crianças e jovens em
risco, por aplicação de medida decretada por
autoridade judicial ou Comissão Nacional de
Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e
Jovens, em casa de acolhimento residencial ou
familiar;
o Assistência de pessoas vulneráveis, pessoas
com deficiência, filhos, progenitores, idosos ou
dependentes;
o Acompanhamento de menores para frequência
dos estabelecimentos escolares, creches e
atividades de tempos livres;
o Frequência
de
centros
de
atividades
ocupacionais por parte de pessoas com
deficiência;
o Acesso a equipamentos culturais;
o Desempenho de atividade física por período de
curta duração, designadamente caminhadas,
sendo proibido o exercício de atividade física
coletiva;
o Participação em ações de voluntariado social;
o Outras
razões
familiares
imperativas,
designadamente o cumprimento de partilha de
responsabilidades parentais [sendo, neste caso,
conveniente, que a pessoa que se desloque por
este motivo o faça munida de documento que
comprove o que se acha acordado ou
judicialmente determinado em matéria de
responsabilidades parentais];
o Frequência de estabelecimentos escolares;
o Visitas, quando autorizadas, ou entrega de bens
essenciais a pessoas incapacitadas ou privadas
de liberdade de circulação;
o Participação em atos processuais junto das
entidades judiciárias ou em atos da competência
de notários, advogados, solicitadores e oficiais
de registo;
o Passeio, de curta duração, dos animais de
companhia ou para obtenção de alimentação de
animais;
o
Assistência médico-veterinária
e
outros
cuidados prestados a animais (podendo
deslocar-se, quer o médico-veterinário, quer o
cuidador,
incluindo,
voluntários
de
associações zoófilas e cuidadores de colónias
reconhecidas pelos municípios);
o Exercício de funções por parte de pessoas
portadoras de livre-trânsito, emitido nos termos
legais;
o Desempenho de funções por parte de pessoal
das missões diplomáticas, consulares e das
organizações internacionais localizadas em
Portugal;
o Exercício da liberdade de imprensa;
o Retorno ao domicílio pessoal;
o Frequência de formação e realização de provas
e exames;
o Exercício de outras atividades de natureza
análoga ou por outros motivos de força maior ou
necessidade
impreterível,
desde
que
devidamente justificados.
§
Todos os estabelecimentos de comércio a retalho
e de prestação de serviços situados nos concelhos
em questão, incluindo os que se encontrem em
conjuntos comerciais, encerram às 22:00 h,
excetuando-se:
o Os estabelecimentos de restauração e similares
exclusivamente para efeitos de entrega no
domicílio, os quais não podem fornecer bebidas
alcoólicas no âmbito dessa atividade, que devem
encerrar à 01:00 h;
o Farmácias e locais de venda de medicamentos
não sujeitos a receita médica;
o Consultórios e clínicas, designadamente clínicas
dentárias e centros de atendimento médico
veterinário com urgências;
o Atividades funerárias e conexas;
o Estabelecimentos de prestação de serviços de
aluguer de veículos de mercadorias sem
condutor (rent-a-cargo) e de aluguer de veículos
de passageiros sem condutor (rent-a-car),
podendo, sempre que o respetivo horário de
funcionamento o permita, encerrar à 01:00 h e
reabrir às 06:00 h;
o Áreas de serviço e postos de abastecimento de
combustíveis, exclusivamente para efeitos de
abastecimento.
§
É obrigatória a adoção do regime de teletrabalho,
independentemente do vínculo laboral, sempre
que as funções em causa o permitam.
§
Por fim, nestes concelhos não é permitida:
o Realização de celebrações e de outros eventos
que impliquem uma aglomeração de pessoas
em número superior a cinco pessoas, salvo se
pertencerem ao mesmo agregado familiar;
o A realização de feiras e mercados de levante;
o A visita a utentes de estruturas residenciais
para idosos, unidades de cuidados continuados
integrados da Rede Nacional de Cuidados
Integrados e outras respostas dedicadas a
pessoas idosas, bem como as atividades
realizadas nos centros de dia.
TELETRABALHO
§ A Resolução do Conselho de Ministros, 88-A/2020
de 14 de outubro, estabelece que o regime de
teletrabalho é obrigatório, quando, sendo
requerido pelo trabalhador, as funções em causa o
permitam e ocorra qualquer uma das seguintes
situações:
o O trabalhador se encontre abrangido pelo
regime
excecional
de
proteção
de
imunodeprimidos e doentes crónicos (o que
deverá
comprovar
mediante
certificação
médica);
o O trabalhador padeça de deficiência, com grau
de incapacidade igual ou superior a 60%;
o Quando os espaços físicos e a organização do
trabalho não permitam o cumprimento das
orientações da DGS e da Autoridade para as
Condições do Trabalho sobre a matéria.
Nas situações em que não seja adotado o regime
de teletrabalho podem ser implementadas
medidas de prevenção e mitigação dos riscos
decorrentes da pandemia, nomeadamente, a
adoção de escalas de rotatividade de
trabalhadores entre o regime de teletrabalho e o
trabalho prestado no local de trabalho habitual,
diárias ou semanais e horários diferenciados de
entrada e saída, de pausas e de refeições.
§ O Decreto-Lei n.º 79-A/2020 prevê medidas
específicas de reorganização do trabalho e de
minimização de riscos de transmissão da
infeção da doença de Covid-19 (abordadas em
FLASH autónomo).
ATIVIDADES SUSPENSAS E
ESTABELECIMENTOS ENCERRADOS
Em face da Resolução do Conselho de Ministros n.º
88-A/2020, são suspensas as atividades e
encerrados os estabelecimentos e instalações
seguintes (com exceção dos casos em que haja
autorização concedida pelo membro do Governo
responsável pela área da atividade a retomar, após
emissão de parecer técnico favorável pela DGS):
§ Os eventos com público, realizados fora de
estabelecimentos destinados ao efeito devem ser
precedidos de avaliação de risco, pelas autoridades
de saúde locais, para determinação da viabilidade e
condições da sua realização.
§ Atividades recreativas, de lazer e diversão:
o A realização de festejos, bem como de
atividades lúdicas ou recreativas no âmbito
académico do ensino superior;
o Salões de dança ou de festa (medida também
prevista
no
DL
10-A/2020,
para
os
estabelecimentos de restauração e bebidas
que disponham de espaços destinados a dança
ou onde habitualmente se dance);
o Parques de diversões e parques recreativos
para crianças e similares;
o
Outros locais ou instalações semelhantes às
anteriores;
§ Desfiles e festas populares ou manifestações
folclóricas ou outras de qualquer natureza,
realizadas em espaços abertos, espaços e vias
públicas, ou espaços e vias privadas equiparadas
a vias públicas
§ Espaços de jogos e apostas: Salões de jogos e
salões recreativos
§ Estabelecimentos de bebidas e similares, com
ou sem espaços de dança, salvo quando
funcionem como cafés ou pastelarias, nos termos
que se exporão infra, ou quando integrados em
estabelecimentos turísticos ou de alojamento local,
para prestação de serviços aos hóspedes
Na ausência de publicação de documentos
técnico-normativos ou de orientações específicas da DGS
para a retoma do funcionamento de determinada
atividade, legalmente autorizada pela área
governativa responsável pela área da atividade a
retomar, devem ser seguidas as recomendações
previstas no Guia de Recomendações por tema e
setor de atividade, publicado pela DGS.
VENDA E CONSUMO DE BEBIDAS
ALCOÓLICAS
§ É proibida a venda de bebidas alcoólicas:
o Em áreas de serviço ou em postos de
abastecimento de combustíveis,
o A partir das 20:00, nos estabelecimentos de
comércio a retalho, incluindo supermercados
e hipermercados.
§ É proibido o consumo de bebidas alcoólicas em
espaços ao ar livre de acesso ao público e vias
públicas que não se insiram em estabelecimentos
de restauração e bebidas.
§ A partir das 20:00, o consumo de bebidas
alcoólicas em estabelecimentos de restauração e
bebidas só é admitido no âmbito do serviço de
refeições.
REGRAS DE FUNCIONAMENTO DE LOCAIS
ABERTOS AO PÚBLICO
Nos locais abertos ao público devem ser observadas
as
seguintes
regras
de
ocupação,
de
permanência, de distanciamento físico, de
higiene, de organização do horário, de
atendimento prioritário e de prestação de
informação:
o A afetação dos espaços acessíveis ao público
deve observar regra de ocupação máxima
indicativa de 0,05 pessoas por metro quadrado
de área, com exceção dos estabelecimentos de
prestação de serviços, que ficam, assim,
desonerados do cumprimento desta regra;
o A adoção de medidas que assegurem uma
distância mínima de 2 metros entre as
pessoas, incluindo aquelas que estão a adquirir
o produto ou a receber o serviço;
o A garantia de que as pessoas permanecem
dentro do estabelecimento apenas pelo tempo
estritamente necessário à aquisição dos bens
ou serviços;
o A proibição de situações de espera para
atendimento
no
interior
dos
estabelecimentos de prestação de serviços,
devendo os operadores económicos recorrer,
preferencialmente, a mecanismos de marcação
prévia; este mecanismo de marcação prévia é
obrigatório para os salões de cabeleireiro,
barbeiros, institutos de beleza, estúdios de
tatuagens e body piercing e para as atividades de
massagens.
o A definição, sempre que possível, de circuitos
específicos de entrada e saída nos
estabelecimentos, utilizando portas separadas;
o A observância outras regras (nomeadamente de
higiene) definidas pela DGS;
o O incentivo à adoção de códigos de conduta
aprovados para determinados setores de
atividade ou estabelecimentos, desde que não
contrariem o disposto no regime da situação de
calamidade;
o A monitorização das recusas de acesso de
público, de forma a evitar, tanto quanto possível,
a concentração de pessoas à entrada dos
espaços ou estabelecimentos.
o Devem ser sujeitos a limpeza e desinfeção
diárias e regulares os espaços, equipamentos,
objetos e superfícies, com os quais haja um
contacto intenso, nomeadamente, os terminais
de pagamento automático (TPA), produtos e
utensílios de contacto direto com os clientes;
o A contenção, tanto quanto possível, pelos
trabalhadores e clientes, do toque em produtos
ou equipamentos bem como em artigos não
embalados, os quais devem, preferencialmente,
ser
manuseados
e
dispensados
pelos
trabalhadores;
o Nos estabelecimentos de comércio a retalho de
vestuário e similares, durante a presente fase,
deve ser promovido o controlo do acesso aos
provadores;
o Em caso de trocas, devoluções ou retoma de
produtos usados, os operadores devem, sempre
que possível, assegurar a sua limpeza e
desinfeção
antes
de
voltarem
a ser
disponibilizados para venda, a menos que tal não
seja possível ou comprometa a qualidade dos
produtos;
o Disponibilização de soluções desinfetantes
cutâneas para os trabalhadores e clientes, à
entrada,
saída
e
no
interior
dos
estabelecimentos;
o Os estabelecimentos que retomaram a sua
atividade não podem abrir antes das 10:00, com
exceção de (i) salões de cabeleireiro, barbeiros e
institutos de beleza, (ii) restaurantes, cafetarias,
casas de chá e afins, (iii) escolas de condução e
centros de inspeção técnica de veículos e (iv)
ginásios e academias;
o Os estabelecimentos encerram entre as 20:00 e
as 23:00, podendo o horário de encerramento,
dentro deste intervalo, bem como o horário de
abertura, ser fixado pelo presidente da câmara
municipal territorialmente competente; não
estão, porém, sujeitos a esta regra os
seguintes estabelecimentos e atividades:
§ Restaurantes, exclusivamente para efeitos de
serviço
de
refeições
no
próprio
estabelecimento ou que prossigam a
atividade de confeção destinada a consumo
fora do estabelecimento ou entrega no
domicílio, os quais não podem fornecer
bebidas alcoólicas no âmbito dessa atividade;
§ Estabelecimentos de ensino, culturais e
desportivos;
§ Consultórios e clínicas, designadamente
clínicas dentárias e centros de atendimento
médico veterinário com urgências, farmácias
e locais de venda de medicamentos não
sujeitos a receita médica;
§ Atividades funerárias e conexas;
§ Estabelecimentos de prestação de serviços
de aluguer de veículos de mercadorias sem
condutor (rent-a-cargo) e de aluguer de
veículos de passageiros sem condutor
(rent-a-car), podendo, sempre que o respetivo
horário de funcionamento o permita, encerrar
à 01:00 e reabrir às 06:00;
§ Estabelecimentos situados no interior de
aeroportos, após o controlo de segurança dos
passageiros;
§ Áreas de serviço e postos de abastecimento
de combustíveis.
o Os
horários
de
funcionamento
dos
estabelecimentos podem ser ajustados, por
forma a garantir um desfasamento da hora de
abertura ou de encerramento;
o Podem os estabelecimentos encerrar em
determinados períodos do dia para assegurar
operações de limpeza e desinfeção dos
o Deve ser garantido o atendimento prioritário
dos profissionais de saúde, elementos das forças
e serviços de segurança, proteção e socorro,
elementos das forças armadas e de prestação de
serviços de poio social;
o Subsiste, ainda, o dever de informação dos
clientes relativamente às regras supra referidas e
outras
que
sejam
aplicáveis
a
cada
estabelecimento.
EVENTOS DE NATUREZA COPORATIVA
Os eventos de natureza corporativa. tais como
reuniões
de
assembleias,
congressos,
seminários e outros, são alvo de um tratamento
especial dado, designadamente pelo Despacho
8998-C/2020. São, nomeadamente, aplicáveis, com
as devidas adaptações, as regras de ocupação, de
permanência, de distanciamento físico e de
higiene expostas supra. Assim:
o Todos os presentes devem usar máscara ou
viseira sempre que se encontrem em espaços
fechados;
o Deve ser assegurado que as pessoas
permanecem no evento apenas pelo tempo
necessário ao mesmo;
o Devem ser definidos, sempre que possível,
circuitos específicos de entrada e saída dos
espaços, utilizando portas ou entradas separadas;
o Os organizadores devem promover a limpeza e
desinfeção dos espaços, equipamentos, objetos e
superfícies, (i) de forma periódica, com os quais
haja um contacto intenso e (ii) antes e após
cada utilização, nos casos em que estejam em
contacto direto com os participantes;
o Os organizadores devem promover a contenção,
tanto quanto possível, do toque em produtos ou
equipamentos;
o Os organizadores devem procurar assegurar a
disponibilização de soluções desinfetantes
cutâneas, para a organização e participantes,
junto de todas as entradas e saídas dos espaços e
recintos, assim como no seu interior;
o Os postos de atendimento ou stands devem
estar,
preferencialmente,
equipados
com
barreiras de proteção;
o Devem ser privilegiados a compra antecipada de
ingressos por via eletrónica e os pagamentos por
vias sem contacto;
o Sempre que aplicável, deve ser assegurada a
manutenção dos sistemas de ventilação,
garantindo que o seu funcionamento é efetuado
sem ocorrência de recirculação de ar;
o Os gestores, os gerentes ou os proprietários dos
espaços e estabelecimentos devem envidar todos
os esforços no sentido de efetuar uma gestão
equilibrada dos acessos de público e
monitorizar as recusas de acesso de público, de
forma a evitar a concentração de pessoas à
entrada dos espaços ou estabelecimentos;
o As áreas de consumo de bebidas e alimentos
integradas no âmbito dos eventos corporativos
devem observar as normas previstas para os
estabelecimentos de restauração e similares – que
se exporão infra –, designadamente a regra da
ocupação máxima de 5 pessoas por mesa, bem
como as regras e instruções definidas pela DGS
para o setor da restauração,
§ Nos eventos corporativos com a natureza de
exposições, feiras comerciais ou de artesanato
devem ser observadas, em especial, as seguintes
regras:
o Deve ser estabelecido um mecanismo de
controlo de acessos que assegure que a
afetação dos espaços acessíveis ao público deve
indicativa de 0,05 pessoas por metro
quadrado de área, excluindo organizadores e
pessoal afeto à organização;
o Deve ser assegurada uma distância mínima de
dois metros entre as pessoas, designadamente
em filas de espera ou locais de concentração do
público.
§ Nos eventos com a natureza de conferências,
seminários, palestras ou similares, realizados
em locais com as caraterísticas de auditório, sala
de espetáculos, anfiteatros, sala de congresso ou
semelhantes, devem ser observadas as regras
previstas para os eventos de natureza cultural –
que infra se exporão – e, em especial, as regras
que seguem:
o A ocupação dos lugares sentados deve ser
efetuada com um lugar de intervalo entre
pessoas que não sejam coabitantes, sendo a fila
anterior e seguinte ocupada mediante lugares
desencontrados;
o No caso de existência de palco ou palanque,
deve ser garantida uma distância mínima de
pelo menos dois metros entre o mesmo e a
primeira fila de espetadores, devendo os
intervenientes em palco evitar o contacto físico e
manter o distanciamento recomendado.
§ No caso desses mesmos eventos serem
realizados em recintos ao ar livre, impõem-se,
para além das mencionadas regras aplicáveis aos
eventos de natureza cultural, as seguintes
medidas especiais:
o Os lugares devem ser preferencialmente
sentados e, em qualquer caso, previamente
identificados, cumprindo um distanciamento
físico entre espetadores de um metro e meio;
o No caso de existência de palco ou palanque,
deve ser garantida uma distância mínima de pelo
menos dois metros entre o mesmo e a
primeira fila de espetadores.
§ Nos demais eventos de natureza corporativa
realizados em espaços ou recintos ao ar livre:
o Deve existir um plano de contingência para a
COVID-19, o qual deve conter um procedimento
operacional sobre as ações a desencadear em
caso de doença, sintomas ou contacto com um
caso confirmado da doença COVID-19;
o Devem ser implementadas medidas de acesso
e circulação relativas à gestão dos acessos aos
espaços ou recintos dos eventos, de modo a
evitar uma concentração excessiva de pessoas,
quer no seu interior, quer à entrada dos mesmos;
o Deve ser elaborado um plano de limpeza e de
higienização dos recintos e espaços dos
eventos.
USO DE MÁSCARAS E VISEIRAS
§ O DL 10-A/2020 estatui que é obrigatório o uso
de máscaras ou viseiras, nos seguintes locais:
o Espaços e estabelecimentos comerciais e de
prestação de serviços
o Edifícios públicos ou onde haja prestação de
serviços ao público
o Estabelecimentos de educação, de ensino e
creches pelos funcionários docentes e não
docentes e pelos alunos maiores de 10 anos,
exceto quando, em função da natureza das
atividades, o seu uso seja impraticável.
o Salas de espetáculos, cinemas e similares
o Transportes coletivos de passageiros
§ A obrigatoriedade do uso de máscara não se
aplica a menores de 10 anos de idade ou pessoas
com deficiência cognitiva, do desenvolvimento ou
com perturbações psíquicas ou outra condição de
saúde que não se coadune com o uso de máscara.
§ O incumprimento desta obrigação faz o infrator
incorrer em contraordenação punida com coima
de valor mínimo correspondente a €120,00 e valor
máximo de €350,00.
CONTROLO DE TEMPERATURA CORPORAL
Nos termos do DL 10-A/2020, podem ser realizadas
medições
de
temperatura
corporal
a
trabalhadores, exclusivamente para efeitos de
acesso e permanência no local de trabalho, podendo
ser impedido o acesso de trabalhadores com
temperatura superior à normal. Não obstante, é
expressamente proibido o registo da temperatura
corporal associado à identidade da pessoa, salvo
com autorização expressa da mesma.
SERVIÇOS PÚBLICOS
Em face da Resolução do Conselho de Ministros n.º
88-A/2020,
os
serviços
públicos
mantêm,
preferencialmente, o atendimento presencial por
marcação, com reforço dos serviços prestados
através de meios digitais e dos centros de contacto
com os cidadãos e as empresas e aplicando-se,
ainda, as regras de higiene e de atendimento
prioritário já expostas quanto aos locais de acesso
ao público.
O atendimento prioritário às pessoas com
deficiência ou incapacidade, pessoas idosas,
grávidas e pessoas acompanhadas de crianças
de colo é realizado sem necessidade de marcação
prévia.
O DL 10-A/2020 prevê que o Governo possa definir
orientações
relativas
à
organização
e
funcionamento dos espaços físicos de atendimento
e de trabalho na Administração Pública.
VALIDADE DOS DOCUMENTOS
Nos termos do DL 10-A/2020, são aceites, para
todos os efeitos, por qualquer autoridade pública,
até 31 de março de 2021, o cartão do cidadão,
cartão de beneficiário familiar da ADSE, certidões e
certificados emitidos pelos serviços de registos e da
identificação civil, carta de condução, documentos e
vistos relativos à permanência em território nacional,
bem como as licenças e autorizações cuja validade
haja expirado a partir do dia 28 de fevereiro.
Mesmo após 31 de março de 2021, tais
documentos continuam a ser aceites nos
mesmos termos, desde que o seu titular faça prova
de que já procedeu ao agendamento da respetiva
renovação.
TRANSPORTES
De acordo com o disposto no DL 10-A/2020,
conjugado com o disposto nas Portaria n.º
107-A/2020, as entidades públicas ou privadas
responsáveis
pelo
transporte
coletivo
de
passageiros devem assegurar:
o Uma lotação máxima de 2/3 da sua capacidade
para o transporte terrestre, fluvial e marítimo;
o A limpeza diária, a desinfeção semanal e a
higienização mensal dos veículos, instalações
e equipamentos utilizados.
o No transporte em táxi e no transporte individual
e remunerado de passageiros em veículos
descaracterizados a partir de plataforma
eletrónica, deve ainda ser acautelado o uso dos
bancos dianteiros exclusivamente pelo motorista,
a renovação do ar interior das viaturas e a
limpeza das superfícies.
REGRAS APLICÁVEIS AO TRÁFEGO AÉREO E
AOS AEROPORTOS
§ Os passageiros de voos com origem em países
a definir por despacho do Governo têm de
apresentar, no momento da partida, um
comprovativo de realização de teste molecular por
RT-PCR para despiste da infeção por
SARS-CoV-2 com resultado negativo, realizado nas 7SARS-CoV-2 horas
anteriores à hora do embarque, sob pena de lhes
ser recusado o embarque na aeronave e a entrada
em território nacional.
§ Os cidadãos nacionais e cidadãos estrangeiros
com residência legal em território nacional,
bem como o pessoal diplomático colocado em
Portugal, que não sejam portadores de
comprovativo de realização de teste molecular por
RT-PCR para despiste da infeção por
SARS-CoV-2 com resultado negativo, devem realizar, a
expensas próprias, o referido teste. Para tanto são
encaminhados pelas autoridades competentes,
antes de entrarem em território nacional.
§ A ANA, S. A deve efetuar, nos aeroportos
internacionais portugueses situados em território
continental que gere, o rastreio de temperatura
corporal por infravermelhos a todos os
passageiros que chegam a território nacional.
o Os passageiros a quem, no âmbito desse
rastreio, for detetada uma temperatura
corporal igual ou superior a 38ºC, tal como
definida pela DGS, devem ser encaminhados
imediatamente para um espaço adequado à
repetição da medição da temperatura corporal,
devendo esses passageiros, se a avaliação da
situação o justificar, ser sujeitos a teste molecular
por RT-PCR para despiste da infeção por
SARS-CoV-2.
o Os passageiros que realizem o teste molecular
por RT-PCR para despiste da infeção por
SARS-CoV-2 podem abandonar o aeroporto desde que
disponibilizem os seus dados de contacto e
permaneçam em isolamento e confinamento
obrigatórios nos seus locais de destinos até à
receção do resultado do referido teste
laboratorial.
MUSEUS, MONUMENTOS E SIMILARES
É permitido o funcionamento dos museus,
monumentos, palácios, sítios arqueológicos e
similares e bem assim dos respetivos serviços em
esplanadas nas condições seguintes:
o Devem ser observadas as regras de ocupação
máxima (0,05 pessoas por metro quadrado de
área), permanência, distanciamento físico, e
higiene, já expostas quanto aos locais de
atividades de comércio e de serviços;
o Deve ser garantido que cada visitante dispõe de
uma área mínima de 20 m2 e distância mínima
de 2m entre pessoas (exceto daquelas que
sejam coabitantes);
o Sempre que possível, deve ser assegurada a
criação de um sentido único de visita, a limitação
do acesso a visita a espaços exíguos e a
eliminação ou redução do cruzamento de
visitantes em zonas de estrangulamento.
o Devem ser, preferencialmente, desativados os
equipamentos que necessitem ou convidem à
interação dos visitantes;
o No caso de visitas de grupo, devem ser
utilizados preferencialmente, mecanismos de
marcação prévia, a fim de evitar situações de
espera para entrar no equipamento cultural, bem
como no espaço exterior;
o Devem ser colocadas barreiras nas áreas de
bilheteira e atendimento ao público;
o Deve ser privilegiada a realização de transações
por TPA.
EVENTOS DE NATUREZA CULTURAL
É permitido o funcionamento das salas de
espetáculos, de exibição de filmes cinematográficos
e similares, bem como de eventos de natureza
cultural realizados ao ar livre, não sendo
consideradas concentrações de pessoas, desde que
sejam cumpridas as seguintes orientações:
o Observância, com as devidas adaptações, das
regras
de
ocupação,
permanência,
distanciamento físico e higiene, já supra
referidas;
o Havendo palco, seja garantida uma distância
mínima de pelo menos 2 metros entre a boca da
cena e a primeira fila de espetadores;
o Nas salas de espetáculo ou salas de exibição
de filmes cinematográficos, os lugares ocupados
devem ter um lugar de intervalo entre
espetadores que não sejam coabitantes, sendo
que na fila seguinte os lugares ocupados devem
ficar desencontrados;
o Nos recintos de espetáculos ao ar livre, os
lugares devem estar previamente identificados,
cumprindo um distanciamento físico entre
espetadores de 1,5 metros;
o Os
postos
de
atendimento
estejam,
preferencialmente, equipados com barreiras de
proteção;
o Seja privilegiada a compra antecipada de
ingressos por via eletrónica e os pagamentos
por vias sem contacto, através de cartão
bancário ou outros métodos similares;
o Sempre que aplicável, seja assegurada a
manutenção dos sistemas de ventilação,
garantindo que o seu funcionamento é efetuado
sem ocorrência de recirculação de ar;
o As cenas e os espetáculos ao vivo devem,
sempre que possível, serem adaptados, por
forma a minimizar o contacto físico entre os
envolvidos e a manter o distanciamento
recomendado;
o Devem respeitar-se as orientações definidas
pela DGS, designadamente mas não só, as do
setor da restauração a aplicar às áreas de
consumo de restauração e bebidas destes
equipamentos culturais.
RESTAURAÇÃO E SIMILARES
§ O funcionamento de estabelecimentos de
restauração e similares apenas é permitido caso
se verifiquem as seguintes condições:
o A
observância
das
instruções
especificamente elaboradas para o efeito pela
DGS, bem como as regras e instruções previstas
supra;
o A ocupação, no interior do estabelecimento, seja
limitada a 50 % da respetiva capacidade, ou, em
alternativa, sejam utilizadas barreiras físicas
impermeáveis de separação entre os clientes
que se encontrem frente a frente e um
afastamento entre mesas de um metro e meio;
o A partir das 00:00 h o acesso ao público fique
excluído para novas admissões;
o Encerrem às 01:00;
o O recurso a mecanismos de marcação prévia,
a fim de evitar situações de espera para
atendimento nos estabelecimentos, bem como
no espaço exterior;
o
Não seja admitida a permanência de grupos
superiores a 5 pessoas, salvo se pertencerem ao
mesmo agregado familiar.
§ Até às 20:00 dos dias úteis, nos estabelecimentos
de restauração, cafés, pastelarias ou similares que
se localizem num raio circundante de 300
metros a partir de um estabelecimento de
ensino, básico ou secundário, ou de uma
instituição de ensino superior, não é admitida a
permanência de grupos superiores a 4
pessoas, salvo se pertencerem ao mesmo
agregado familiar.
§ Nas áreas de consumo de comidas e bebidas
(food-courts) dos conjuntos comerciais não é
admitida a permanência de grupos superiores
a 4 pessoas, salvo se pertencerem ao mesmo
agregado familiar, e deve prever-se a organização
do espaço por forma a evitar aglomerações de
pessoas e a respeitar, com as devidas adaptações,
as orientações da DGS para o setor da
restauração.
§ A ocupação ou o serviço em esplanadas apenas
é permitida, desde que sejam respeitadas, com as
necessárias adaptações, as orientações da DGS
para o setor da restauração.
§ Os estabelecimentos de restauração e similares
que pretendam manter a respetiva atividade, total
ou parcialmente, para efeitos de confeção
destinada a consumo fora do estabelecimento
ou entrega no domicílio, diretamente ou através
de intermediário, estão dispensados de licença
para confeção destinada a consumo fora do
estabelecimento ou entrega no domicílio e
podem determinar aos seus trabalhadores, desde
que com o seu consentimento, a participação nas
respetivas atividades, ainda que as mesmas não
integrassem o objeto dos respetivos contratos de
trabalho.
BARES E OUTROS ESTABELECIMENTOS DE
BEBIDAS
§ Os bares, outros estabelecimentos de bebidas
sem espetáculo e os estabelecimentos de bebidas
com espaço de dança permanecem encerrados
exceto quando possam funcionar como cafés ou
pastelarias, desde que:
o Observem as regras e orientações em vigor e as
especificamente elaboradas pela DGS para
estes estabelecimentos;
o Os espaços em causa não sejam utilizados para
dança ou atividades similares, devendo
permanecer inutilizáveis ou, em alternativa, ser
ocupados com mesas destinadas aos clientes.
FEIRAS E MERCADOS
§ A reabertura das feiras e mercados deve ser
precedida da elaboração de um plano de
contingência (da responsabilidade de pela
autarquia local) que deverá ser divulgado,
nomeadamente,
através
de
ações
de
sensibilização dirigidas a todos os feirantes e
comerciantes.
§ O plano de contingência deve respeitar, com as
devidas adaptações, as já descritas regras que
vigoram para os estabelecimentos de comércio a
retalho.
§ O reinício da atividade nestes locais acompanha a
reabertura
faseada
das
atividades
correspondentes exercidas em estabelecimento
comercial.
EQUIPAMENTOS DE DIVERSÃO E SIMILARES
É permitido o funcionamento de equipamentos de
diversão e similares (tais como carrosséis),
desde que sejam asseguradas as seguintes
condições:
o Devem ser cumpridas as orientações definidas
pela DGS em parecer técnico especificamente
elaborado para o efeito
o Funcionem em local autorizado, nos termos
legais, pela autarquia local territorialmente
competente;
o Cumpram as normas de licenciamento e de
segurança
das
instalações,
previstas,
designadamente no Decreto-Lei n.º 268/2009, de
29 de setembro.
MEDIDAS NO ÂMBITO DAS ESTRUTURAS
RESIDENCIAIS
O dever especial de proteção dos residentes em
estruturas residenciais para idosos, unidades de
cuidados continuados integrados da Rede Nacional
de Cuidados Continuados Integrados e outras
respostas dedicadas a pessoas idosas, bem como a
crianças, jovens e pessoas com deficiência, face à
sua especial vulnerabilidade, envolve:
§ Autovigilância de sintomas de doença pelos
profissionais afetos a estas unidades e o seu
rastreio regular de forma a identificar
precocemente casos suspeitos;
§ Realização de testes a todos os residentes
caso seja detetado um caso positivo em
qualquer contacto;
§ Colocação em prontidão de equipamento de
âmbito municipal ou outro, para eventual
necessidade de alojamento de pessoas em
isolamento profilático ou em situação de
infeção confirmada da doença COVID-19 que,
face à avaliação clínica, não determine a
necessidade de internamento hospitalar;
§ Permissão da realização de visitas a utentes,
com observação das regras definidas pela
DGS, e avaliação da necessidade de suspensão
das mesmas por tempo limitado e de acordo com
a situação epidemiológica específica, em
articulação com a autoridade de saúde local;
§ Seguimento clínico de doentes COVID-19
cuja situação clínica não exija internamento
hospitalar por profissionais de saúde dos
agrupamentos de centros de saúde da respetiva
área de intervenção em articulação com o
hospital da área de referência;
§ Operacionalização de equipas de intervenção
rápida, de base distrital, compostas por técnicos
de ação direta, auxiliares de serviços gerais,
enfermeiros, psicólogos e médicos com
capacidade de ação imediata na contenção e
estabilização de surtos da doença COVID-19;
§ Manutenção do acompanhamento pelas
equipas multidisciplinares.
ATIVIDADE FÍSICA E DESPORTIVA
§ A prática de atividade física e desportiva, em
contexto de treino e em contexto competitivo, pode
ser realizada sem público, desde que no
cumprimento das orientações definidas pela DGS.
§ As instalações desportivas devem cumprir, com
as necessárias adaptações, as regras de higiene
suprarreferidas.
REGIME SANCIONATÓRIO
O CRIME DE DESOBEDIÊNCIA
§ Incorre na prática do crime de desobediência,
previsto no artigo 348 do Código Penal, quem
faltar à obediência devida a ordem ou a mandado
legítimos, regularmente comunicados e emanados
de autoridade ou funcionário competente se:
(i) Uma disposição legal cominar, no caso, a
punição da desobediência simples ou
(ii) Na ausência de disposição legal, a
autoridade ou o funcionário fizerem a
correspondente cominação;
§ Para este efeito, determina-se que a Resolução
constitui
cominação
suficiente
para
o
preenchimento do tipo de desobediência.
§ De acordo com a Política Criminal para o biénio
de 2020/2022, vertida na Lei 55/2020, de 27 de
agosto, será dada prioridade à prevenção e
investigação dos crimes contra a autoridade
pública cometidos em contexto de emergência
sanitária ou de proteção civil.
O CRIME DE PROPAGAÇÃO DE DOENÇA
§ Incorre na prática do crime previsto no artigo 283
n.º 1 alínea a) do Código Penal quem propagar
doença contagiosa.
§ De acordo com a Política Criminal para o biénio
de 2020/2022, vertida na Lei 55/2020, de 27 de
agosto, será dada prioridade à prevenção e
investigação do crime de propagação de doença.
CONTRAORDENAÇÕES
§ Em face do disposto no Decreto-lei n.º 28-B/2020
de 26 de junho, durante a situação de alerta,
contingência ou calamidade, declarado no âmbito
da situação epidemiológica originada pela doença
COVID-19, constituem deveres das pessoas
singulares e coletivas:
o O uso de máscara nos termos já supra expostos
e vigorar, por ora, no período compreendido
entre 27 de outubro de 2020 e 5 de janeiro de
2021;
o A observância das já expostas regras legais de
ocupação, lotação, permanência, distanciamento
físico e existência de mecanismos de marcação
prévia nos locais abertos ao público,
designadamente nos estabelecimentos de
restauração e similares;
o O cumprimento da obrigação legal do uso de
máscaras ou viseiras;
o A obrigação legal de suspensão de acesso ao
público dos estabelecimentos de restauração ou
de bebidas que disponham de espaços
destinados a dança ou onde habitualmente se
dance;
o O cumprimento dos horários de funcionamento
dos estabelecimentos de comércio a retalho ou
de
prestação
de
serviços
legalmente
obrigatórios;
o A não realização de celebrações e de outros
eventos que impliquem uma aglomeração de
pessoas em número superior ao limite
legalmente definido;
o O cumprimento das regras legais de
fornecimento, venda e consumo de bebidas
alcoólicas;
o O cumprimento das regras legais estabelecendo
limites de lotação máxima da capacidade para o
transporte terrestre, fluvial e marítimo;
o O cumprimento das regras aplicáveis ao tráfego
aéreo e aos aeroportos, nos termos das
declarações das respetivas situações de alerta,
contingência ou calamidade;
o O cumprimento das regras legais relativas à
restrição, suspensão ou encerramento de
estejam doentes, meios de transporte ou
mercadorias.
§ O incumprimento dos deveres mencionados
constitui contraordenação, sancionada com
coima de €100,00 a €500,00 no caso de pessoas
singulares, e de €1.000,00 a €10.000,00, no caso
de pessoas coletivas. A este respeito:
o Excetua-se o incumprimento das regras
aplicáveis ao tráfego aéreo e aos aeroportos
pelas companhias aéreas ou pelas entidades
responsáveis pela gestão dos aeroportos, onde
a contraordenação é sancionada:
o Com coima de €500,00 a €2.000,00, por
cada passageiro que embarque sem
apresentação
de
comprovativo
de
realização de teste laboratorial para
despiste da doença COVID-19 com
resultado
negativo,
nos
termos
supramencionados;
o Com coima de €2.000,00 a €3.000,00, no
caso de incumprimento da obrigação de
disponibilização do teste laboratorial para
despiste da doença COVID-19, da
obrigação de rastreio de temperatura
corporal por infravermelhos a todos os
passageiros que chegam a território
nacional ou da obrigação de repetição da
medição da temperatura corporal quando
seja detetada uma temperatura corporal
relevante na sequência daquele rastreio.
o A negligência é punível, sendo, neste caso, os
montantes referidos no número anterior
reduzidos em 50 %;
o Em caso de pagamento voluntário da coima o
valor da mesma corresponderá ao mínimo
legal.
crime e contraordenação, o infrator é punido
a título de crime, sem prejuízo da aplicação das
sanções
acessórias
previstas
para
a
contraordenação e sendo certo que não pode
ser punido mais do que uma vez pelo mesmo
facto.
o O presente regime sancionatório não
prejudica a responsabilidade civil do
infrator, nos termos gerais de direito,
significando que, caso este tenha, com a sua
conduta, causado danos a terceiros, incorre no
dever de indemnizar por esses mesmos danos.
§ A fiscalização do cumprimento dos deveres
supramencionados compete à Guarda Nacional
Republicana, à Polícia de Segurança Pública, à
Polícia Marítima, à Autoridade de Segurança
Alimentar e Económica e às polícias
municipais; no que respeita ao cumprimento das
regras aplicáveis ao tráfego aéreo e aos
aeroportos compete ao Serviço de Estrangeiros
e Fronteiras e à Autoridade Nacional de
Aviação Civil.
§ A prática das contraordenações decorrentes do
incumprimento
dos
deveres
mencionados
determina sempre a aplicação, pelo período de
tempo estritamente necessário à reposição da
legalidade, das seguintes medidas:
o O
encerramento
provisório
do
estabelecimento e a cessação de atividades,
fixando o prazo dentro do qual devem ser
adotadas as providências adequadas à
regularização da situação;
o A
determinação
da
dispersão
da
concentração de pessoas em número
superior ao limite permitido.
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Rogério Alves & Associados, Sociedade de Advogados, R.L.