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SEMINÁRIO DE OBRAS PÚBLICAS

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Academic year: 2021

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SEMINÁRIO DE OBRAS PÚBLICAS

O que é o Fórum de Infraestrutura?

Eng° Cylon Rosa Neto

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INTRODUÇÃO

O Brasil há três décadas investe pouco mais de 2% em infraestrutura, conforme dados de levantamento de Gambiagi e Pinheiro (2012). Isto gera um déficit cumulativo que leva o País a não acompanhar o dinamismo de sua economia neste quesito, com o agravante da questão da infraestrutura tornar-se um entrave à eficiência da atividade econômica.

Este círculo vicioso conduz o País a ter em torno de 53% de infraestrutura em % do PIB, quando a média mundial desejada é em torno de 70%, tendo o Japão como ícone com 179% do PIB em estoque de infraestrutura (Mackinsey, Global Institute).

Desta forma, desde o advento do Plano Real no ano de 1994, o Brasil tem buscado caminhos para reduzir este déficit, sendo os recursos para estes investimentos os públicos nas três esferas de poder, os recursos próprios dos tributos, os financiamentos nacionais e internacionais, bem como financiamento privado com a adoção dos institutos das concessões e Parcerias Públicas Privadas, sendo este a alternativa mais plausível no momento, porém sem regras claras que geram grau de atratividade baixo em função do risco e da insegurança jurídica.

Precisa-se de 4% a.a. para chegar onde os demais países que conosco

concorrem, já estarão em 2030 (o que não vai ocorrer).

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INTRODUÇÃO

Porém, neste último quesito, existem restrições políticas ou ideológicas, pairam dúvidas sobre o regramento e a questão regulatória, mas, sobretudo, estes entraves geram insegurança para contratantes (poder público), agentes financiadores e contratados (agentes privados), por não haver uma fundamentação econômico-financeira que suporte a estruturação destes contratos.

Concessões de serviços nas áreas de Engenharia não avançam por esta ausência de regras, programas nas áreas de infraestrutura e construção civil não se consolidam por ausência de planejamento e descontinuidade dos investimentos e respectivas regras de aplicação (exemplos recentes: PAC e o programa Minha Casa Minha Vida).

Existe a necessidade de um regramento de retorno econômico-financeiro que estabeleça um embasamento para disciplinar estes procedimentos, o qual possa ser adotado pelo poder público e pelos órgãos de controle, no sentido de haver maior segurança institucional nestes investimentos e possa o País avançar no financiamento de sistemas de infraestrutura através da adoção, dentro de regras consistentes, do financiamento privado absolutamente necessário para estes investimentos públicos.

Estes requisitos, somados a descontinuidade e falta de planejamento absoluto do poder público nas três esferas de poder, nos levam a uma situação...?

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SITUAÇÃO DA ENGENHARIA:

O desafio da Engenharia Nacional é a sobrevivência

dos Profissionais, das Empresas e principalmente

do Mercado, pois sem mercado não existem

Profissionais e Empresas, mas sem empresas e

profissionais, não existe mercado.

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CENÁRIO NACIONAL

A Constituição dita cidadã, retirou do setor tecnológico o seu protagonismo, desta forma, o setor se fragilizou por uma geração e corre o iminente risco de perder um espaço ainda mais representativo, por circunstâncias agora não apenas de mercado, mas também políticas, ideológicas e de destruição dos preços;

O que até este momento foi uma perda de decisão pode avançar para a desestruturação do setor. A partir da obtenção do grau de investimento, o país avançou em oportunidades, mas o setor público, ao invés de estimular a engenharia e a tecnologia a avançar, procedeu de forma inversa, criando mecanismos perversos de controle muito acima da estrutura de produção.

Induziu o mercado à destruição dos valores de serviços de engenharia em nome de uma espúria modicidade de valores que estão fora da realidade, a consequência de comprometer o futuro do Brasil, numa visão míope de poder político em curto prazo, pois os investimentos em infraestrutura são o pilar da competitividade e sustentabilidade do País.

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CENÁRIO NACIONAL

O atual momento econômico comprova esta assertiva e tende a torná-la uma realidade, em longo prazo, levando o Brasil à inviabilidade dos investimentos em infraestrutura, construção civil e energia (risco e retorno destes iniciativas, comprometidas por financiamento em dólar e receita em reais).

O país muito precisa, em todos os setores da economia, de profissionais e empresas qualificados, assiste-se ao caminho inverso. Isso porque o setor público, que seria o grande incentivador desta ação, ao criar mecanismos de desqualificação do processo de contratação de obras e serviços de engenharia, induz os profissionais e as empresas para a informalidade, para a desregulamentação profissional e, portanto, para a irresponsabilidade (CREA, MP, OCs e Entidades tem um papel relevante na reversão destas tendências).

Além da desmoralização do setor, elevação de acidentes, investimentos inconsistentes ou inconclusos, quando deveriam estar presentes as ações dedicadas aos avanços sustentáveis. O poder público, responsável pelos investimentos em infraestrutura, deveria seguir o caminho inverso, ajustes da lei 8666/93 com preços justos à realidade de mercado; e indutor do investimento (não ocorre esta premissa - O Fórum tem uma proposta objetiva tramitando no CN construída aqui no RS).

Mas nunca como um vetor inibidor desta oportunidade, ao promover a simplificação da qualificação inconsistwente dos cidadãos via subterfúgios no ensino, muito menos requisitos como pregões eletrônicos e leilões, além do RDC para infraestrutura.

Quem vai construir de forma sustentável o processo de desenvolvimento do país será o setor tecnológico, estas regras de desregulamentação, detêm as diretrizes que destroem a atuação qualificada.

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QUESTÃO DOS PROJETOS

• Projetos representam um valor menor que 5 % dos investimentos-a CEF limita

este valor a metade...;

Ao não fazer projetos ou desestruturar seus custos de investimento,

comprometem-se os outros 95 %; ex copa 2014 x PMPA

Processo de contratação tem de ser qualificado (julgamento por técnica e preço

ou melhor técnica = Banco Mundial);

Não pregoes/leilões/RDC;

Incentivo a inovação e ao estado de arte de tecnologia (impossível com preços

tabelados e sem critérios).

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SOLUÇÕES PROPOSTAS

REFORMA DA CONSTITUIÇÃO DE 1988:

Reestruturação dos poderes constituídos (fim da estabilidade e meritocracia no serviço público nas três esferas de poder, cumprimento da LRF e das metas de investimento-levar a termo os

investimentos);

E DA LEI DE LICITAÇÕES:

Retirada do mercado dos leilões, pregões e RDCs, com contratação qualificada de obras e serviços de Engenharia conforme requisitos do Banco Mundial.

Ação efetiva das entidades (ex: MP, OCs, Fórum RS) - buscando reequilíbrio das relações entre quem produz e quem fiscaliza, que deixe de haver o “lado“ nesta relação . (Apelo ao TCE que aponte responsabilidades para ambos os atores envolvidos – exemplificar)

Voltarmos a fazer engenharia na essência e

com qualidade, logo, com preços justos.

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SOLUÇÕES PROPOSTAS

Retomar o País processo de gestão virtuosa, com planejamento e mecanismos

de governança, recuperando preços hoje destruídos e processos de contratação

estruturados que retirem aventureiros do mercado, ou seja, termos políticas de Estado

para Infraestrutura, saneamento e habitação, não termos políticos fazendo política com

estes segmentos, como presentemente ocorre.

lembrar que : Quem emite parecer sobre obras publicas deve também se

responsabilizar.

Processo de aprovação, tramitações de medições, atestados de serviços

executados são descompromissados de prazos, porém se as empresas tem qualquer

atraso, estes são de imediato apontados e punidos.

Existe desequilíbrio sistêmico nas relações entre contratantes e os contratados

para serviços de engenharia.

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SOLUÇÕES PROPOSTAS

Por fim não existe dinheiro público, sim recursos de empresas privadas que

tem sucesso, são lucrativas, investem em qualidade e tecnologia, pagando seus tributos.

Portanto, lucro e o sucesso são fatores virtuosos e não prejudiciais como

presentemente quem nos governa quer convencer a população.

Planejamento e governança são fundamentais e clausulas pétreas de qualquer

atividade logo, devem ser aplicadas aos investimentos públicos – infelizmente não

ocorre na grande maioria dos mesmos – entendo como missao dos OCs exigir esta

governança.

O grande desafio das empresas e profissionais qualificados é sobreviver dentro

de uma conscientização da dimensão desse erro. Cabe a nós que honramos a tecnologia

de engenharia esse engajamento. Ninguém o fará por nós, não o fazendo, simplesmente

deixaremos de existir. A pergunta que cabe é : Até quando vai o País persistir neste

equívoco?

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Referências

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