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1 INTRODUÇÃO PLANEJAMENTO EDUCACIONAL PLANEJAMENTO EDUCACIONAL E SUA IMPORTÂNCIA... 7

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Academic year: 2022

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2 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 4

2 PLANEJAMENTO EDUCACIONAL ... 5

3 PLANEJAMENTO EDUCACIONAL E SUA IMPORTÂNCIA ... 7

4 PLANEJAMENTO EDUCACIONAL, DE CURRÍCULO E DE ENSINO... 12

4.1 Planejamento educacional ... 13

4.2 Planejamento de currículo ... 13

4.3 Planejamento de ensino ... 13

5 IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR E DA ESCOLHA DO CURRÍCULO ... 14

6 ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO ... 15

6.1 Conhecimento da realidade ... 16

6.2 Requisitos para o planejamento ... 16

6.3 Elaboração do plano ... 17

6.4 Determinação dos objetivos. ... 17

6.5 Execução do plano ... 17

6.6 Avaliação e aperfeiçoamento do plano ... 17

7 PLANO ESCOLAR ... 18

7.1 Roteiro para elaboração do plano da escola ... 18

8 COMPONENTES BÁSICOS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO ... 19

9 PLANO BIMESTRAL ... 24

9.1 Exemplo de Plano Bimestral ... 24

9.2 Modelo de José Carlos LIBÂNEO (Pedagogia crítico-social dos conteúdos): ...25

9.3 Modelo de Nelson Piletti: ... 26

10 O CURRÍCULO ESCOLAR ... 27

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3 10.1 Currículo escolar: limites e possibilidades ... 29 11 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO PARA TRANSFORMAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE ... 31

12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 43

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4 1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil.

Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso.

A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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5 2 PLANEJAMENTO EDUCACIONAL

Fonte: buzzero.com

O planejamento na Educação Infantil “é o favorecimento da iniciativa, da autonomia, da imaginação das crianças, da sua segurança e confiança em expressar diferentes pontos de vista, ou seja, a garantia de um espaço pedagógico desafiador” (HOFFMANN, 2012, apud MAGALHÃES, 2017).

O ato conjunto de planejar propicia um encontro no qual quem participa exerce o que é mais humano no homem: a condição de dialogar, de expor ideias, de tratar do presente, como ato que se desenvolve e do futuro, como projeção do que se deseja.

Essa é, de fato, a contingência que destaca o ser humano do âmbito zoológico, hipótese por meio da qual instaura-se a possibilidade de relacionamento entre os iguais e os diferentes, “no simples gozo da convivência humana”, sem as pesadas características do labor ou do trabalho.

Particularmente, é correto dizer que o Planejamento Escolar pode ser entendido como um processo contínuo e sistemático de reflexão, decisão, ação e revisão, realizado pela comunidade de uma escola. Ele existe para fazer frente aos problemas que a realidade educacional apresenta, orientado pelas crenças e valores adotados por quem se compromete nessa empreitada.

As pesquisas sobre ensino e formação de professores priorizam o estudo de aspectos políticos e pedagógicos amplos, sendo os saberes escolares e os

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saberes docentes muito pouco valorizados e raramente problematizados ou investigados, tanto pela pesquisa acadêmica educacional como pelos programas de formação dos professores. (FIORENTINI, 1998, apud CONCEIÇÃO, 2019).

Este modelo de planejamento envolve a fase anterior ao início das aulas, o durante e o depois, significando o exercício da ação, que exprime a sua especificidade renovadora, seu caráter inovador e recorrente. Como processo dinâmico, deve expressar uma natureza coletiva e participativa, isto é, a comunidade escolar identifica os problemas de ensino, de aprendizagem, de relacionamentos, entre outros, pesquisa suas raízes e propõe formas para a superação dos mesmos.

Partindo de uma visão pragmática, pode-se entender que o processo de planejamento nas escolas tem como objetivos principais: evitar a rotina e a improvisação; economizar tempo, recursos financeiros e esforços; favorecer a coerência do trabalho educativo; promover a participação de todos os interessados diretos e/ou indiretos no processo educativo/escolar; propiciar a execução, o acompanhamento e a avaliação do trabalho desenvolvido.

Do processo de planejamento nas escolas deve resultar uma proposta educacional a ser operacionalizada no Plano Escolar, que consolida o programa anual de trabalho da instituição em todas as suas dimensões e é fruto desse processo de planejamento da unidade, em função das reflexões críticas e permanentes da comunidade na qual está inserida, tendo em vista um novo padrão de qualidade e de utilização dos recursos disponíveis.

Portanto, enquanto o planejamento caracteriza-se pela reflexão contínua sobre a prática pedagógica do cotidiano, o Plano Escolar deve constituir-se na formalização dos diferentes momentos desse processo. E, se o planejamento exige alguma formação dos envolvidos para se ter claro o significado técnico-político da educação escolar, além do papel de cada um no bojo desse sistema, a elaboração e a execução do Plano Escolar exige competência técnica, um “saber técnico”, que implica em acompanhamento e avaliação das ações previstas e determinadas, em harmonia com a legislação e decisões que estruturam e determinam a organização e o funcionamento das escolas, bem como sua legítima aspiração por uma autonomia institucional.

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7 Estabelecendo-se o planejamento como a etapa inicial de um processo de discussões, debates, propostas e tomada de decisões sobre o cotidiano e a realidade da escola, o Plano Escolar estrutura-se como um documento resultante dessa reflexão sobre a realidade definida.

O Plano Escolar constitui-se, basicamente, na expressão objetiva das intenções e decisões da comunidade escolar, com vistas ao que se pretende realizar, com que finalidade, num determinado período de tempo. Em decorrência, a importância do Plano Escolar na produção de uma educação de qualidade torna-se evidente e esperada.

3 PLANEJAMENTO EDUCACIONAL E SUA IMPORTÂNCIA

Fonte: correio9.com.br

O ato de planejar acompanha o homem desde os primórdios da evolução humana. Todas as pessoas planejam suas ações desde as mais simples até as mais complexas, na tentativa de transformar e melhorar suas vidas ou as das pessoas que as rodeiam.

Mas não é só na vida pessoal que as pessoas planejam suas ações, o planejamento atinge vários setores da vida social. Se o ato de planejar é tão importante, porque algumas pessoas ainda resistem em aceitar este fato, principalmente no contexto escolar? Diante desse questionamento objetivou-se identificar os motivos pelos quais os professores resistem em preparar suas aulas e

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8 conscientizá-los da importância de utilizar o plano de aula como um norteador da ação pedagógica.

“O planejar é uma realidade que acompanhou a trajetória histórica da humanidade. O homem sempre sonhou, pensou e imaginou algo na sua vida”. (MENGOLLA, et al, 2001 apud TUCUNDUVA, 2008).

Segundo Moretto (207, P. 100), percebe-se que o planejamento é fundamental na vida do homem, porém no contexto escolar ele não tem tanta importância assim “o planejamento no contexto escolar não parece ter a importância que deveria ter”.

Hoje vivemos a segunda grande onda do planejamento. A primeira entra em crise na década de 70. A década de 80, embora, na prática, se apresente como uma grande resistência ao planejamento, contém os mais efetivos anos em termos da compreensão da necessidade, do estudo, do esclarecimento e da confirmação desta ferramenta. (GANDIN, 2008).

A citação demonstra a dimensão da necessidade de se compreender a importância do ato de planejar, não apenas no nosso dia-a-dia, mas principalmente, no dia-a-dia de sala de aula.

Para Moretto (2007), planejar é organizar ações. Essa é uma definição simples, mas que mostra uma dimensão da importância do ato de planejar, uma vez que o planejamento deve existir para facilitar o trabalho tanto do professor como do aluno.

O planejamento deve ser uma organização das ideias e informações.

GANDIN (2008) sugere que se pense no planejamento como uma ferramenta para dar eficiência à ação humana, ou seja, deve ser utilizado para a organização na tomada de decisões e para melhor entender isto precisa-se compreender alguns conceitos, tais como: planejar, planejamento e planos que segundo MENEGOLLA &

SANT’ANNA (2001, p.38) “são palavras sofisticadamente pedagógicas e que “rolam”

de boca em boca, no dia-a-dia da vida escolar”.

Porém, para PADILHA (2003, p. 29), estes termos têm sido compreendidos de muitas maneiras. Dentre elas destaca-se:

Planejamento: É um instrumento direcional de todo o processo educacional, pois estabelece e determina as grandes urgências, indica as prioridades básicas, ordena e determina todos os recursos e meios necessários para a consecução de grandes finalidades, metas e objetivos da educação.

(MENEGOLLA & SANT’ANNA, 2001 apud TUCUNDUVA C. C. 2008).

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9 Plano Nacional de Educação: determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional dos próximos dez anos. O primeiro grupo são metas estruturantes para a garantia do direito a educação básica com qualidade, e que assim promovam a garantia do acesso, à universalização do ensino obrigatório, e à ampliação das oportunidades educacionais. Um segundo grupo de metas diz respeito especificamente à redução das desigualdades e à valorização da diversidade, caminhos imprescindíveis para a equidade. O terceiro bloco de metas trata da valorização dos profissionais da educação, considerada estratégica para que as metas anteriores sejam atingidas, e o quarto grupo de metas refere-se ao ensino superior. (MEC, 2014)

Plano de Curso: O plano de curso é a sistematização da proposta geral de trabalho do professor naquela determinada disciplina ou área de estudo, numa dada realidade. Pode ser anual ou semestral, dependendo da modalidade em que a disciplina é oferecida. (VASCONCELLOS, 1995, p.117 in Padilha, 2003).

Possui o objetivo de referenciar os conteúdos, as metodologias, os procedimentos e as técnicas a serem utilizadas no processo de ensino-aprendizagem concernentes às unidades escolares. Sejam estas de ensino fundamental e médio, instituições de ensino superior e cursos técnicos de qualquer nível.

O plano de curso precisa conter no mínimo as seguintes orientações: Integração sequencial dos conteúdos didáticos; detalhamento da proposta pedagógica; listagem dos materiais a serem utilizados; as formas de avaliação individual e coletiva; objetivos gerais; objetivos específicos; conclusão.

Plano de Aula: É a sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo. (“...). É a sistematização de todas as atividades que se desenvolvem no período de tempo em que o professor e o aluno interagem, numa dinâmica de ensino- aprendizagem” (PILETTI, 2001, p.73).

Plano de Ensino: É a previsão dos objetivos e tarefas do trabalho docente para um ano ou um semestre; é um documento mais elaborado, no qual aparecem objetivos específicos, conteúdos e desenvolvimento metodológico. (LIBÂNEO, 1994).

Projeto Político Pedagógico: É o planejamento geral que envolve o processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição. É um processo de organização e coordenação da ação dos

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10 professores. Ele articula a atividade escolar e o contexto social da escola. É o planejamento que define os fins do trabalho pedagógico. (MEC, 2006)

Os conceitos apresentados têm por objetivo mostrar para o professor a importância, a funcionalidade e principalmente a relação íntima existente entre essas tipologias. Segundo FUSARI (2008, p.45), “Apesar de os educadores em geral utilizarem, no cotidiano do trabalho, os termos “planejamento” e “plano” como sinônimos, estes não o são”.

Nesse percurso, de evolução e mudança de pensamento, surge a legislação que rege e direciona a Educação Infantil que de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9.394/96, organiza a faixa etária que se aplica de 0 a 5 anos de idade. Surge também o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, que apresenta os Direitos de Aprendizagem embasando legalmente o ensino e o processo de transição para o Ensino Fundamental. (BRASIL, 1998 apud MAGALHÃES, 2017).

Outro aspecto importante, segundo SCHMITZ (2000, p.108) é que “as denominações variam muito. Basta que fique claro o que se entende por cada um desses planos e como se caracterizam”. O que se faz necessário é estar consciente que: “Qualquer atividade, para ter sucesso, necessita ser planejada. O planejamento é uma espécie de garantia dos resultados. E sendo a educação, especialmente a educação escolar, uma atividade sistemática, uma organização da situação de aprendizagem, ela necessita evidentemente de planejamento muito sério. Não se pode improvisar a educação, seja ela qual for o seu nível”. (SCHMITZ, 2000, p.101).

A educação, a escola e o ensino são os grandes meios que o homem busca para poder realizar o seu projeto de vida. Portanto, cabe à escola e aos professores o dever de planejar a sua ação educativa para construir o seu bem viver (MENEGOLLA

& SANT’ANNA, 2001).

A citação acima deixa clara a importância tanto da escola como dos professores na formação humana; por este motivo todas as ações educativas devem ter como perspectiva a construção de uma sociedade consciente de seus direitos e obrigações, sejam eles, individuais ou coletivos.

Apesar do planejamento da ação educativa ser de suma importância, existem professores que são negligentes na sua prática educativa, improvisando suas

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11 atividades. Em consequência, não conseguem alcançar os objetivos quanto à formação do cidadão.

A ausência de um processo de planejamento de ensino nas escolas, aliado às demais dificuldades enfrentadas pelos docentes do seu trabalho, tem levado a uma contínua improvisação pedagógica das aulas. Em outras palavras, aquilo que deveria ser uma prática eventual acaba sendo uma

“regra”, prejudicando, assim, a aprendizagem dos alunos e o próprio trabalho escolar como um todo. (FUSARI, 2008, p.47 apud FUSARI J. C. Pág. 46).

Para Moretto (2007, p.100) “Há, ainda, quem pense que sua experiência como professor seja suficiente para ministrar suas aulas com competência. ” Professores com este tipo de pensamento desconhecem a função do planejamento bem como sua importância. Simplesmente estão preocupados em ministrar conteúdos, desconsiderando a realidade e a herança cultural existente em cada comunidade escolar bem como suas necessidades.

Outro aspecto que vem influenciando o ato de planejar dos professores são os materiais didáticos ou as instruções metodológicas para os professores que acompanham estes materiais. O professor faz um apanhado geral dos conteúdos dispostos no material e confronta com o tempo que tem disponível para ensinar esses conteúdos aos alunos e a partir desses dados divide-os atribuindo a este ato erroneamente o nome de plano de aula.

Muitas vezes os professores trocam o que seria o seu planejamento pela escolha de um livro didático. Infelizmente, quando isso acontece, na maioria das vezes, esses professores acabam se tornando simples administradores do livro escolhido. Deixam de planejar seu trabalho a partir da realidade de seus alunos para seguir o que o autor do livro considerou como mais indicado.

(MEC, 2006, p. 40, Apud SANTOS A. 2013, pág. 21)

Outra situação muito comum em relação à elaboração do plano de aula é que

“em muitos casos, os professores copiam ou fazem cópia do plano do ano anterior e o entregam a secretaria da escola, com a sensação de mais uma atividade burocrática” (FUSARI, 2008, p. 45).

LUCKESI (2001) afirma que o ato de planejar, em nosso país, principalmente na educação, tem sido considerado como uma atividade sem significado, ou seja, os professores estão muito preocupados com os roteiros bem elaborados e esquecem do aperfeiçoamento do ato político do planejamento. Os professores precisam quebrar

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12 o paradigma de que o planejamento é um ato simplesmente técnico e passar a se questionarem sobre o tipo de cidadão que pretendem formar, analisando a sociedade na qual ele está inserido, bem como suas necessidades para se tornar atuante nesta sociedade.

Para LUCKESI (2001, p.108) o planejamento não será nem exclusivamente um ato político-filosófico, nem exclusivamente um ato técnico; será sim um ato ao mesmo tempo político-social, científico e técnico: político-social, na medida em que está comprometido com as finalidades sociais e políticas; científicas na medida em que não pode planejar sem um conhecimento da realidade; técnico, na medida em que o planejamento exige uma definição de meios eficientes para se obter resultados.

O ato de planejar não pode priorizar o lado técnico em detrimento do lado político social ou vice-versa, ambos são importantes. Por este motivo, devem ser muito bem pensados ao serem formulados visando à transformação da sociedade.

4 PLANEJAMENTO EDUCACIONAL, DE CURRÍCULO E DE ENSINO

F

Fonte: agencia3.com.br

Na área da educação temos os seguintes tipos de planejamento:

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13 4.1 Planejamento educacional

Consiste na tomada de decisões sobre a educação no conjunto do desenvolvimento geral do país. A elaboração desse tipo de planejamento requer a proposição de objetivos em longo prazo que definam uma política da educação. É o realizado pelo Governo Federal, através do Plano Nacional de Educação e da legislação vigente.

4.2 Planejamento de currículo

O problema central do planejamento curricular é formular objetivos educacionais a partir daqueles expressos nos guias curriculares oficiais. Nesse sentido, a escola não deve simplesmente executar o que é prescrito pelos órgãos oficiais. Embora o currículo seja mais ou menos determinado em linhas gerais, cabe à escola interpretar e operacionalizar estes currículos. A escola deve procurar adapta- lo às situações concretas, selecionando aquelas experiências que mais poderão contribuir para alcançar os objetivos dos alunos, das suas famílias e da comunidade.

4.3 Planejamento de ensino

Podemos dizer que o planejamento de ensino é a especificação do planejamento de currículo. Consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o professor fará na sala de aula, para conduzir os alunos a alcançar os objetivos educacionais propostos. Um planejamento de ensino deverá prever:

Objetivos específicos estabelecidos a partir dos objetivos educacionais:

Conhecimentos a serem aprendidos pelos alunos no sentido determinado pelos objetivos; Procedimentos e recursos de ensino que estimulam, orientam e promovem as atividades de aprendizagem; Procedimentos de avaliação que possibilitem a verificação, a qualificação e a apreciação qualitativa dos objetivos propostos, cumprindo pelo menos a função pedagógico-didática, de diagnóstico e de controle no processo educacional.

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14 5 IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR E DA ESCOLHA DO

CURRÍCULO

O trabalho docente é uma atividade consciente e sistemática, em cujo centro está a aprendizagem ou o estudo dos alunos sob a direção do professor. O planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social.

Se a educação não pode tudo, alguma coisa fundamental a educação pode.

(FREIRE, 2013 apud SANTOS, 2017).

A escola, os professores e os alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no meio escolar está atravessado por influências econômicas, políticas e culturais que caracterizam a sociedade de classes. Isso significa que os elementos do planejamento escolar – objetivos, conteúdos, métodos estão recheados de implicações sociais, têm um significado genuinamente político.

Por essa razão, o planejamento é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e ações; se não pensarmos detidamente sobre o rumo que devemos dar ano nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes na sociedade.

A ação de planejar é uma atividade consciente de previsão das ações docentes, fundamentadas em opções político-pedagógicas, e tendo como referência permanente situações didáticas concretas (isto é, a problemática social, econômica, política e cultural que envolve a escola, os professores, os alunos, os pais, a comunidade, que interagem no processo de ensino).

O planejamento escolar tem, assim, as seguintes funções: Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos de trabalho docente que assegurem a articulação entre as tarefas da escola e as exigências do contexto social e do processo de participação democrática; Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político- pedagógico e profissional, as ações efetivas que o professor irá realizar em sala de aula, através de objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas de ensino;

Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo que a previsão das ações docentes possibilite ao professor a realização de um

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15 ensino de qualidade e evite a improvisação e rotina; Prever objetivos, conteúdos e métodos a partir da consideração das exigências propostas pela realidade social, do nível de preparo e das condições socioculturais e individuais dos alunos; Assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente, uma vez que torna possível inter- relacionar, num plano, os elementos que compõem o processo de ensino: os objetivos (para que ensinar), os conteúdos (o que ensinar), os alunos e suas possibilidades (a quem ensinar), os métodos e técnicas (como ensinar) e a avaliação, que está intimamente relacionada aos demais; Atualizar o conteúdo do plano sempre que é revisto, aperfeiçoando-o em relação aos progressos feitos no campo de conhecimentos, adequando- os às condições de aprendizagem dos alunos, aos métodos, técnicas e recursos de ensino que vão sendo incorporados na experiência cotidiana; Facilitar a preparação das aulas: selecionar o material didático em tempo hábil, saber que tarefas professor e alunos devem executar, replanejar o trabalho frente a novas situações que aparecem no decorrer das aulas.

Para que os planos sejam efetivamente instrumentos para a ação, devem ser como um guia de orientação de devem apresentar ordem sequencial, objetividade, coerência, flexibilidade.

6 ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO

Fonte: onlinesites.com.br

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16 6.1 Conhecimento da realidade

Para poder planejar adequadamente a tarefa de ensino e atender às necessidades do aluno é preciso, antes de qualquer coisa, saber para quem se vai planejar. Por isso, conhecer o aluno e seu ambiente é a primeira etapa do processo de planejamento. É preciso saber quais as aspirações, frustrações, necessidades e possibilidades dos alunos. Fazendo isso, estaremos fazendo uma sondagem, isto é, buscando dados.

Uma vez realizada a sondagem, deve-se estudar cuidadosamente os dados coletados. A conclusão a que chegamos, após o estudo dos dados coletados, constitui o diagnóstico.

Sem a sondagem e o diagnóstico corre-se o risco de propor o que é impossível alcançar ou o que não interessa ou, ainda, o que já foi alcançado.

Reconhecer que a criança tem direito de escolha implica não somente equipar o ambiente com diferentes tipos de brinquedos industrializados e/ou artesanais, como também adotar uma atitude e aceitação das preferencias individuais. Garantir que todos sejam ouvidos, escutar com atenção as explicações infantis ou respeitar a ordem e a estética nas produções das crianças é, por sua vez, uma postura de defesa da expressão de sentimentos e pensamentos. (MACHADO, 2004 apud MAGALHÃES, 2017).

6.2 Requisitos para o planejamento

Objetivos e tarefas da escola democrática: estão ligados às necessidades de desenvolvimento cultural do povo, de modo a preparar as crianças e jovens para a vida e para o trabalho;

Exigências dos planos e programas oficiais: são as diretrizes gerais, são documentos de referência, a partir dos quais são elaborados os planos didáticos específicos;

Condições prévias para a aprendizagem: está condicionado pelo nível de preparo em que os alunos se encontram em relação às tarefas de aprendizagem.

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17 6.3 Elaboração do plano

A partir dos dados fornecidos pela sondagem e interpretados pelo diagnóstico, temos condições de estabelecer o que é possível alcançarem o que julgamos possíveis e como avaliar os resultados. Por isso, passamos a elaborar o plano através dos seguintes passos:

6.4 Determinação dos objetivos.

Seleção e organização dos conteúdos.

Análise da metodologia de ensino e dos procedimentos adequados.

Seleção de recursos tecnológicos.

Organização das formas de avaliação.

Estruturação do plano de ensino.

6.5 Execução do plano

Ao elaborarmos o plano de ensino, antecipamos, de forma organizada, todas as etapas do trabalho escolar. A execução do plano consiste no desenvolvimento das atividades previstas.

Na execução, sempre haverá o elemento não plenamente previsto. Às vezes, a reação dos alunos ou as circunstâncias do ambiente dispensa o planejamento, pois, uma das características de um bom planejamento deve ser a flexibilidade.

6.6 Avaliação e aperfeiçoamento do plano

Ao término da execução do que foi planejado, passamos a avaliar o próprio plano com vistas ao replanejamento.

Nessa etapa, a avaliação adquire um sentido diferente da avaliação do ensino- aprendizagem e um significado mais amplo. Isso porque, além de avaliar os resultados do ensino-aprendizagem, procuramos avaliar a qualidade do nosso plano, a nossa eficiência como professor e a eficiência do sistema escolar.

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18 7 PLANO ESCOLAR

Fonte: fleeng.com

O plano da escola (plano escolar), é o plano pedagógico e administrativo da unidade, onde se explicita a concepção pedagógica do corpo docente, as bases teórico-metodológicas da organização didática, a contextualização social, econômica, política e cultural da escola, a caracterização da clientela escolar, os objetivos educacionais gerais, a estrutura curricular, diretrizes metodológicas gerais, o sistema de avaliação do plano, a estrutura organizacional e administrativa.

O plano da escola é um guia de orientação para o planejamento do processo de ensino. Os professores precisam ter em mãos esse plano abrangente, não só para uma orientação do seu trabalho, mas para garantir a unidade teórico-metodológica das atividades escolares.

É necessária uma atenção às políticas de formação de professor, no sentido de garantir formação adequada, tanto inicial quanto continuada. (SCHEIBE, 2010 apud DOS SANTOS, 2018).

7.1 Roteiro para elaboração do plano da escola

Posicionamento sobre as finalidades da educação escolar na sociedade e na nossa escola; Bases teórico-metodológicas da organização didática e administrativa:

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19 tipo de homem que queremos formar, tarefas da educação, o significado pedagógico- didático do trabalho docente, relações entre o ensino e o desenvolvimento das capacidades intelectuais dos alunos, o sistema de organização e administração da escola; Caracterização econômica, social, política e cultural do contexto em que está inserida a nossa escola; Características socioculturais dos alunos; Objetivos educacionais gerais da escola.

Diretrizes gerais para elaboração do plano de ensino da escola: sistema de matérias, estrutura curricular; critérios de seleção de objetivos e conteúdo; diretrizes metodológicas gerais e formas de organização do ensino e sistemática de avaliação.

Diretrizes quanto à organização e à administração: estrutura organizacional da escola; atividades coletivas do corpo docente; calendário e horário escolar; sistema de organização de classes, de acompanhamento e aconselhamento de alunos, de trabalho com os pais; atividades extraclasse; sistema de aperfeiçoamento profissional do pessoal docente e administrativo e normas gerais de funcionamento da vida coletiva.

8 COMPONENTES BÁSICOS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO

Fonte: escolaweb.com.br

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20 O plano de ensino é um roteiro organizado das unidades didáticas para um ano ou semestre e contém os seguintes componentes: ementa da disciplina, justificativa da disciplina em relação ao objetivos gerais da escola e do curso; objetivos gerais;

objetivos específicos, conteúdo (com a divisão temática de cada unidade); tempo provável (número de aulas do período de abrangência do plano); desenvolvimento metodológico (métodos e técnicas pedagógicas específicas da disciplina); recursos tecnológicos; formas de avaliação e referencial teórico (livros, documentos, sites, etc.).

Exemplo:

Ementa: É uma descrição discursiva que resume o conteúdo conceitual ou conceitual/procedimental de uma disciplina.

Justificativa: A justificativa deverá responder a três questões básicas do processo didático: o por quê? O para quê e o como.

Objetivos: É a descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa atividade. Os objetivos nascem da própria situação: da comunidade, da família, da escola, da disciplina, do professor e principalmente do aluno. Os objetivos, portanto, são sempre do aluno e para o aluno.

É preciso que o educador tenha uma formação adequada para que tenha condições de ser um educador. Afinal, ninguém ensina o que não se sabe.

(GATTI, 2009 apud DOS SANTOS, 2018).

Os objetivos educacionais ou gerais são as metas e os valores mais amplos que a escola procura atingir a longo prazo, e os objetivos instrucionais, também chamados de específicos, são proposições mais específicas referentes às mudanças comportamentais esperadas para um determinado grupo-classe.

Para manter a coerência interna do trabalho de uma escola, o primeiro cuidado será o de selecionar os objetivos específicos que tenham correspondência com os objetivos gerais das áreas de estudo que, por sua vez, devem estar coerentes com os objetivos educacionais do planejamento de currículo. E os objetivos educacionais, consequentemente, devem estar coerentes com a linha de pensamento da entidade à qual o plano se destina.

A pedagogia de projetos vê a criança como um ser capaz, competente, com um imenso potencial e desejo de crescer. Alguém que se interessa, pensa, duvida, procura soluções, tenta outra vez, quer compreender o mundo a sua

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volta e dele participar, alguém aberto ao novo e ao diferente. Para as crianças, a metodologia de projetos oferece o papel de protagonistas das suas aprendizagens, de aprender em sala de aula, para além dos conteúdos, os diversos procedimentos de pesquisa, organização e expressão dos conhecimentos. (BARBOSA, et al, 2008 apud CARVALHO, 2019).

Conteúdo: Refere-se à organização do conhecimento em si, com base nas suas próprias regras. Abrange também as experiências educativas no campo do conhecimento, devidamente selecionadas e organizadas pela escola. O conteúdo é um instrumento básico para poder atingir os objetivos.

Em geral, os guias curriculares oficiais oferecem uma relação de conteúdo das várias áreas que podem ser desenvolvidos em cada série. Pode-se selecionar o conteúdo com base nesses guias. Não devemos esquecer, no entanto, de levar em conta a realidade da classe. Outros cuidados que devem ser observados na seleção dos conteúdos: Devemos delimitar os conteúdos por unidades didáticas, com a divisão temática de cada uma. Unidade didática são o conjunto de temas inter-relacionados que compõem o plano de ensino para uma série ou módulo. Cada unidade didática contém um tema central do programa, detalhado em tópicos.

Conteúdo selecionado precisa estar relacionado com os objetivos definidos.

Devemos escolher os conhecimentos indispensáveis para que os alunos adquiram os comportamentos fixados.

Um bom critério de seleção é a escolha feita em torno de conteúdos mais importantes, mais centrais e mais atuais, com base no programa oficial da matéria, no livro didático adotado pela instituição.

É importante o fato de o mestre estar apto a levantar a ideia central do conhecimento que deseja trabalhar. Para que tal ocorrência se verifique, é indispensável que o professor conheça em profundidade a natureza do fenômeno que pretende que seus alunos conheçam.

Conteúdo precisa ir do mais simples para o mais complexo, do mais concreto para o mais abstrato.

Finalmente faça uma última checagem para verificar: As unidades formam um todo homogêneo e lógico; as unidades realmente contêm o conteúdo básico essencial;

O tempo para desenvolver cada unidade é realista; os tópicos de cada unidade

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22 possibilitam o entendimento da ideia central; os tópicos de cada unidade podem ser transformados em tarefas de estudo para os alunos e em objetivos e habilidades.

Desenvolvimento metodológico ou metodologia de ensino: Procedimentos de ensino são ações, processos ou comportamentos planejados pelo professor para colocar o aluno em contato direto com coisas, fatos ou fenômenos que lhes possibilitem modificar sua conduta, em função dos objetivos previstos (TURRA apud PILETTI, 2003, p. 67).

Indica o que professores e alunos farão no desenrolar de uma aula ou conjunto de aulas. Sua função é articular objetivos e conteúdos com métodos e procedimentos de ensino que provoquem a atividade mental e prática dos alunos (resolução de situações problemas, trabalhos de elaboração mental, discussões, resolução de exercícios, aplicação de conhecimentos e habilidades em situações distintas das trabalhadas em classe, entre outros).

O professor, ao organizar as condições externas favoráveis à aprendizagem, utiliza meio ou modos organizados de ação, conhecidos como técnicas de ensino. As técnicas de ensino são maneiras particulares de organizar a atividade dos alunos no processo de aprendizagem.

O desenvolvimento metodológico de objetivos e conteúdos estabelece a linha que deve ser seguida no ensino (atividade do professor) e na assimilação (atividade do aluno) da matéria de ensino.

Ao planejar os procedimentos de ensino, não é suficiente fazer uma listagem de técnicas que serão utilizadas, como aula expositiva, trabalho dirigido, excursão, trabalho em grupo, etc. Deve-se prever como utilizar o conteúdo selecionado para atingir os objetivos propostos. As técnicas estão incluídas nessa descrição. Os procedimentos têm uma abrangência bem mais ampla, pois envolve todos os passos do desenvolvimento da atividade de ensino propriamente dita. Os procedimentos de ensino selecionados pelo professor devem: Ser diversificados; estar coerentes com os objetivos propostos e com o tipo de aprendizagem previsto nos objetivos; adequar- se às necessidades dos alunos; servir de estímulo à participação do aluno no que se refere às descobertas; apresentar desafios.

Recursos tecnológicos (didáticos, audiovisuais ou de ensino): As tecnologias merecem estar presentes no cotidiano escolar primeiramente porque

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23 estão presentes na vida, mas também para: Diversificar as formas de produzir e apropriar-se do conhecimento; serem estudadas, como objeto e como meio de se chegar ao conhecimento, já que trazem embutidas em si mensagens e um papel social importante.

Permitir aos alunos, através da utilização da diversidade de meios, familiarizarem-se com a gama de tecnologias existentes na sociedade; serem desmistificadas e democratizadas; dinamizar o trabalho pedagógico; desenvolver a leitura crítica.

Ser parte integrante do processo que permite a expressão e troca dos diferentes saberes.

Avaliação: Avaliação é o processo pelo qual se determina o grau e a quantidade de resultados alcançados em relação aos objetivos, considerando o contexto das condições em que o trabalho foi desenvolvido.

No planejamento da avaliação é importante considerar a necessidade de:

Avaliar continuamente o desenvolvimento do aluno; selecionar situações de avaliação diversificadas, coerentes com os objetivos propostos; selecionar e/ou montar instrumentos de avaliação; registrar os dados da avaliação; aplicar critérios aos dados da avaliação; interpretar resultados da avaliação; comparar os resultados com os critérios estabelecidos (feedback); utilizar dados da avaliação no planejamento.

O feedback deve ser encarado como retro informação para o professor sobre o andamento de sua atuação. Dessa forma, a avaliação desloca-se do plano da competição entre professor e aluno, para significar a medida real do conhecimento, tornando-se assim menos arbitrária.

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24 9 PLANO BIMESTRAL

Fonte: praticaspedagogicascompetentes.com

O planejamento do bimestre pode conter uma unidade didática ou mais. É uma especificação maior do plano de curso. Uma unidade de ensino é formada de assuntos inter-relacionados. O planejamento bimestral das unidades didáticas também inclui objetivos, conteúdos, etc. Em princípio, deve ser planejado ao final do bimestre, ou período que o antecede, pois está lhe servirá de base ou apoio. Isto significa que os bimestres ou unidades serão planejadas ou replanejadas ao longo do curso.

9.1 Exemplo de Plano Bimestral

Planejamento de aula ou plano de aula: A aula é a forma predominante de organização didática do processo de ensino. É na aula que organizamos ou criamos as situações docentes, isto é, as condições e meios necessários para que os alunos assimilem ativamente conhecimentos, habilidades e desenvolvam suas capacidades cognoscitivas.

O plano de aula é o detalhamento do plano de ensino. As unidades didáticas e subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são agora especificadas e sistematizadas para uma situação didática real. A preparação da aula é uma tarefa indispensável e, assim como o plano de ensino, deve resultar num documento escrito que servirá não só para orientar as ações do professor como também para possibilitar

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25 constantes revisões e aprimoramentos de ano para ano. Em todas as profissões o aprimoramento profissional depende da acumulação de experiências conjugando a prática e a reflexão criteriosa sobre a ação e na ação, tendo em vista uma prática constantemente transformadora para melhor.

Na elaboração do plano de aula, deve-se levar em consideração, em primeiro lugar, que a aula é um período de tempo variável. Dificilmente completamos numa só aula o desenvolvimento de uma unidade didática ou tópico de unidade, pois o processo de ensino e aprendizagem se compõe de uma sequência articulada de fases: Preparação e apresentação dos objetivos, conteúdos e tarefas;

Desenvolvimento da matéria nova; Consolidação (fixação, exercícios, recapitulação, sistematização); Síntese integradora e aplicação; Avaliação. Isto significa que não devemos preparar uma aula, mas um conjunto de aulas.

Não basta legislar sobre obrigatoriedade de matricular as crianças na escola, é preciso que os pais, professores e toda sociedade se responsabilizem e se mobilizem no sentido de promover sua permanência e desenvolvimento.

(SCALABRIN, et al, 2013, apud SAMPAIO, 2016).

9.2 Modelo de José Carlos LIBÂNEO (Pedagogia crítico-social dos conteúdos):

Fonte: aosmestresdaescola.com

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A didática investiga as condições e formas que vigoram no ensino, e ao mesmo tempo, fatores condicionantes das relações entre a docência e a aprendizagem. (LIBANEO, 1994 apud WOJAHN, 2017).

9.3 Modelo de Nelson Piletti:

Fonte: colheitadeaprendizagem.com

Escola: Disciplina:

Data:

Série: Professor:

Unidade didática:

Objetivos Específicos Conteúdos Nº aulas Desenvolvimento

Metodológico Preparação:

Introdução do assunto:

Desenvolvimento e estudo ativo do assunto:

Sistematização e

aplicação:

Tarefas para casa:

Avaliação:

Referencial teórico:

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27 10 O CURRÍCULO ESCOLAR

Fonte: www.paraibatotal.com.br

O currículo escolar é um elemento importante para o planejamento do professor, pois pode organizar os conteúdos e as atividades, contudo ele é um recurso para o educador e não uma lei rígida ou um mandamento a ser seguido metodologicamente, ele pode ser usado como um norte para a práxis pedagógica, com flexibilidade de ajustes para melhor atender as necessidades dos educandos.

Sendo que, cada instituição pode construir o seu currículo, ou este fazer parte da rede escolar, podendo usar os livros didáticos no auxilio desta construção.

A origem da palavra currículo – currere (do latim) – significa carreira, por isso ele é uma caminhada dentro do processo ensino e aprendizagem, que vai ajustando os conteúdos a realidade dos educandos. Ele não é único no nosso país, mas os Parâmetros Curriculares Nacionais oferecem uma sugestão, uma forma de definição das disciplinas e distribuição dos conteúdos entre os componentes curriculares propostos. Devido à dimensão territorial e à diversidade cultural, política e social do país, nem sempre os Parâmetros Curriculares chegam às salas de aula. Não se separa conteúdos de processo de instrução, ou seja, ação em desenvolvê-lo em consonância com atividades práticas.

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Segundo Sacristán (1998 apud LIMA M. 2006), sem conteúdo não há ensino qualquer projeto educativo acaba se concretizando na aspiração de conseguir alguns efeitos nos sujeitos que se educam (...) quando há ensino é porque se ensinam algo ou se ordena o ambiente para que alguém aprenda algo (...) a técnica de ensinar não pode preencher todo o discurso didático evitando problemas para o conteúdo colocado.

Assim, a educação pode ser compreendida como sendo uma atividade expressa de formas distintas onde tanto o conteúdo programático e a didática usada possam transformar o currículo em uma ação que produza a aprendizagem. Defini-lo não é uma tarefa muito fácil, mas é importante na produção de novas subjetividades no mundo contemporâneo. Daí o entendimento do currículo escolar como um caminho, um curso ou uma listagem de conteúdos que devem ser seguidos (GOODSON, 2005).

Nessa perspectiva, o termo está intimamente vinculado à ideia de sequencialidade e de prescrição. Em relação à ideia de transitoriedade SILVA (2005) diz que: Uma história do currículo tem que ser uma história social do currículo, centrada numa epistemologia social do conhecimento escolar, preocupada com os determinantes sociais e políticos do conhecimento educacionalmente organizado.

Enfim, tem que descobrir quais conhecimentos, valores e habilidades eram considerados verdadeiros e legítimos numa determinada época, assim como determinar de que forma essa validade e legitimidade foram estabelecidas. (SILVA 2005, p.10-11).

Em SILVA (2005) encontra-se a ideia de vários currículos constroem sujeitos também diferentes sendo diferenças sociais: Diferentes currículos produzem diferentes pessoas, mas naturalmente essas diferenças não são meras diferenças individuais, mas diferenças sociais, ligadas à classe, à raça, ao gênero. Dessa forma, uma história do currículo não deve ser focalizada apenas no currículo em si, mas também no currículo como fator de produção de sujeitos dotados de classe, raça, gênero.

Nessa perspectiva, o currículo deve ser visto não apenas como a expressão ou a representação ou o reflexo de interesses sociais determinados, mas também como produzindo identidades e subjetividades sociais determinadas. O currículo não apenas

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29 representa, ele faz. É preciso reconhecer que a inclusão ou a exclusão no currículo tem conexões com a inclusão ou exclusão na sociedade. (SILVA, 2005, p.10).

10.1 Currículo escolar: limites e possibilidades

Podemos dizer que ensinar, uma das funções essenciais da escola, é promover a “transposição didática” de conhecimentos, um processo que torna os saberes

“ensináveis, exercitáveis e passíveis de avaliação” e em que é possível distinguir três fases de transformação:

1ª - da cultura extraescolar para o currículo formal; 2ª - do currículo formal para o currículo real;

3ª - do currículo real para a aprendizagem efetiva (PERRENOUD, 1993, p. 25).

E para que isso se realize, a escola precisa construir um currículo que:

Concilie os conhecimentos científicos que presidem a produção moderna e o exercício da cidadania plena, a formação ética e a autonomia intelectual, as competências cognitivas e as sociais, o humanismo e a tecnologia;

Considere as múltiplas interações entre os conteúdos das disciplinas e a abertura e a sensibilidade para identificar as relações entre escola e vida pessoal e social, entre o aprendido e o observado, entre o aluno e o objeto do conhecimento e entre a teoria e suas consequências e aplicações práticas como pressupostos decisivos de sua organização; Reconheça a linguagem como elemento primordial para a constituição dos conceitos, relações, condutas e valores, o conhecimento como construção coletiva e a aprendizagem como mobilizadora de afetos, emoções e relações humanas (COLL, 1997); Selecione o que de fato é relevante e consistente no conjunto extraordinário de conhecimentos hoje disponível, o que impõe à escola o compromisso de propiciar ao professor o desenvolvimento da capacidade de ‘mapear’

os conhecimentos relevantes na escala adequada às necessidades e possibilidades dos alunos.

Ora, essa tarefa reconhecidamente não é fácil. E uma das maiores dificuldades para a sua realização está na prescrição, na maioria das escolas, de um currículo legal e formal que reproduz uma colcha de retalhos de informações descontextualizadas e

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30 fragmentadas, moldada por uma tradição pedagógica anacrônica e inócua, para dizer o mínimo.

É como se desejássemos ajudar uma pessoa a visitar algum lugar maravilhoso que conhecemos há muito tempo. Para orientá-la, desenhamos um mapa. Porém, o mapa se baseia em informações ultrapassadas e desfocadas, engavetadas em algum canto poeirento da memória. É pouco provável que este mapa seja eficaz. O terreno mudou. As referências são outras. Muitas indicações não existem mais, enquanto outras surgiram alterando o panorama. Precisa-se estudar novamente a área e promover um levantamento atualizado antes de criar um mapa útil, capaz de servir de orientação segura em um terreno que não apenas pode ter mudado sua aparência externa, mas sua própria natureza.

A escola não pode mais fixar sua visão no dedo que aponta, mas olhar para aquilo que o dedo aponta: uma constelação de novos conhecimentos que, além de representar o recurso mais importante do mundo contemporâneo, é uma das instâncias em que a solidariedade se realiza como um dos elos mais fortes entre os membros da espécie humana, o que exige a reflexão sobre o próprio conhecimento, atitude que nos compromete e constitui, em última análise, o fundamento de toda ética.

Por isso, se pensa uma organização curricular orientada por uma visão orgânica do conhecimento, coerente com essa metamorfose da racionalidade, caracterizada por uma abordagem renovada e renovadora que trate os conteúdos escolares e as situações de aprendizagem de modo a destacar as múltiplas interações entre as disciplinas do currículo.

Torna-se fundamental um enfoque interdisciplinar pelas razões acima enumeradas, pois somente ele irá possibilitar uma certa identificação entre o vivido e o estudado, desde que o vivido resulte da interrelação de múltiplas e variada experiências (FAZENDA, 2011 apud RIBEIRO, 2014).

O processo de reflexão, conforme nos propõe KEMMIS, implica “a imersão consciente do homem no mundo de sua experiência [...] carregado de conotações valore, intercâmbios simbólicos, correspondências afetivas, interesses sociais e cenários políticos. ” Além disso, a reflexão: Expressa uma orientação para a ação e se refere às relações historicamente situadas entre pensamento e a ação; pressupõe

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31 relações sociais; expressa e serve interesses particulares de natureza humana, política, cultural e social; reproduz ou transforma ativamente práticas ideológicas; é uma prática que exprime o poder de reconstrução social (NÓVOA, 1992) uma abertura e uma sensibilidade capazes de reconhecer o nexo entre o conhecimento e os contextos contemporâneos da vida social e pessoal.

O currículo é por natureza uma rede de sentidos capaz de estabelecer uma relação ativa entre o aluno e o objeto do conhecimento e de relacionar, dialeticamente, o aprendido com o observado, a teoria com suas consequências e aplicações práticas.

Mas um grande obstáculo se interpõe: a realidade imediata, na medida em que a educação escolar incorpora uma rotina metodológica conservadora muito resistente que considera os objetos isolados e estáticos, plenamente construídos e definitivos.

Portanto, grande parte dos problemas decorre não apenas de eventuais deficiências do conhecimento científico ou da sua organização histórica, mas, sobretudo, da própria realidade (DEMO,1998).

11 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO PARA TRANSFORMAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE

Fonte: onatlas.com

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32 O planejamento educacional tem sido bastante discutido na formação docente, principalmente por exercer uma significativa importância no processo metodológico que garante o sucesso da reciprocidade de aprendizagens no ambiente escolar. Este processo não é apenas uma ação burocrática e de registro, requer uma ação intencional e flexível visando a ressignificação da prática docente perante a realidade.

Segundo GAMA E FIGUEIREDO (2006) o ato de planejar sempre acompanhou a história da humanidade, de modo que o homem sempre pensou sobre suas ações, sem nem ao menos saber o significado da palavra planejamento. O conceito pode ser entendido como o ato de imaginar, raciocinar, projetar ações, entre outras que dão ênfase a ação humana. O planejamento está presente em nosso dia a dia mesmo que de forma implícita, sem que nem ao menos possamos perceber. No processo de educação, o planejamento funciona como instrumento de fundamental importância à medida que as ações pedagógicas necessitam de intencionalidade, não se restringindo apenas as atividades improvisadas, as quais não consideram a complexidade existente no ambiente educacional. Sendo assim, a profissão docente exige reflexões constantes a partir de um planejamento flexível o qual esteja apto a adaptações de acordo com a realidade.

Objetivo geral da escola: Garantir o direito a educação do/no campo com qualidade social nos diversos níveis de ensino e que compreenda o educando como sujeito com capacidades de ordem cognitiva, física, afetiva, social, produzindo relações interpessoais pautados na ética e estética tendo em vista uma formação integral do ser humano, crítico e autônomo. (ESCOLA BÁSICA MUNICIPAL JOSÉ MARIA, 2014 apud BOROWICE, 2018).

Para o sucesso do método de trabalho é preciso que haja um planejamento porque o método é apenas um guia que vai orientar o professor no processo de transformar a realidade. Assim, o professor pode utilizar o Planejamento como um método de trabalho reflexivo sobre sua prática.

No entanto, a realidade que o professor encontra em sala de aula é complexa e multidimensional, principalmente em escolas públicas onde o contexto das relações sociais envolve várias dificuldades e desafios. Nesse diapasão, ZABALA (1998) enfatiza a importância da reflexão contínua na prática docente, pois de acordo com ele, na educação há uma dificuldade de se controlar a diversidade que advém da

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33 prática, já que as coisas acontecem rapidamente e, para entender toda essa complexidade, faz- se necessário uma atuação prática baseada na reflexão.

Nesse entendimento não adianta apenas o professor se comprometer, o aluno precisa estar disposto a aprender. E o corpo administrativo precisa se envolver não só com as relações administrativas, mas também manter uma boa interação com a sala de aula, com os alunos e com os professores, enfim, com toda a comunidade escolar. Todos unidos em prol do mesmo objetivo: o aprendizado e a transformação da realidade que quando bem integradas desenvolvem uma maturidade cognitiva reflexiva.

Segundo VASCONCELOS (2002) é preciso que a reflexão do professor e da escola se dê em três dimensões: realidade (onde estamos), finalidade (onde queremos ir) e mediação (o que fazer para chegar lá). Essa é a estrutura básica do planejamento, instrumento metodológico importante para a intervenção da realidade.

O planejamento da educação escolar pode ser concebido como processo que envolve a prática docente no cotidiano escolar, durante todo o ano letivo, onde o trabalho de formação do aluno, através do currículo escolar, será priorizado. “Assim, o planejamento envolve a fase anterior ao início das aulas, o durante e o depois, significando o exercício contínuo da ação reflexão-ação, o que caracteriza o ser educador” (FUSARI, 1988, apud VASCONCELLOS, 2002, p. 80, Apud ALMEIDA G.

M. 2018).

É importante enfatizar que não há uma lei previamente determinada que oriente todo o trabalho educacional, há fatores comuns que permitem certo grau de previsão, porém não de forma absoluta. O dinamismo e a imprevisibilidade do processo exigem também o dinamismo da consciência, ou seja, o educador deve estar atento durante todo o processo, tendo em vista o que é necessário fazer diante de possíveis mudanças na realidade educacional.

Assim, o planejamento exige do professor o desenvolvimento de algumas competências necessárias para realização de seu trabalho junto à comunidade escolar. Essas competências designarão “[...] uma capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar um tipo de situação”

(PERRENOUD, 2000 apud ALMEIDA, 2018).

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34 O Educador vai crescendo na mesma medida que aprende a transformar sua prática pedagógica. E o planejamento está vinculado às ideias de antecipação de realização da ação tendo em vista atingir um objetivo e transformar a realidade. É importante reconhecer então, que mudar a realidade não é fácil, mas se o professor não sonhar e não desejar se não tiver esperanças de fazer algo diferente em sala de aula e não considerar as utopias as quais o trabalho educacional apresenta como desafios, sua prática pode não ter sentido algum já que o próprio não acredita em seu poder de transformação.

Com relação ao currículo, o PPP da escola destaca a necessidade de um planejamento curricular estruturado, vinculado aos Parâmetros Curriculares Nacionais e a Lei de Diretrizes e Bases, colocando como foco o aprendiz como ser autônomo que possui relação dialética com o mundo. O PPP, ainda afirma a necessidade de criar e recriar estratégias de práticas pedagógicas curriculares que visem alcançar a meta fundamental da instituição. Tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança, respeitando sua idade, os aspectos físicos e psicológicos.

SILVA (2003), ao observar a questão da teoria aplicada ao currículo escolar destaca que não se busca uma forma ideal de currículo, mas sim uma possibilidade de construção do mesmo baseada em novas teorias surgidas com a necessidade de suprir problemas advindos do desenvolvimento da sociedade. Por isso, quando se constrói um currículo deve-se levar em consideração fatos históricos e sociais.

Deste modo, não há uma maneira única para se definir um currículo, o que existe é uma propositura das diversas formas de incluir questões específicas do contexto social dentro do mesmo: identidade, relações de poder, cultura, religião, gêneros, diversidade, etnia, orientação sexual, etc. Percebe-se assim a flexibilidade existente nele, pois este uma vez construído não pode ser utilizado como único instrumento, mas sim, é preciso que seja adaptável à mudança e as necessidades que surgem. Considerando ainda a dificuldade de seguir um currículo de acordo com tudo que ele vem especificando. É preciso vê-lo como um instrumento que irá somar a prática pedagógica e não atrapalhar a execução de ações.

A escola tem o papel também de preparar um planejamento que considere a realidade de acordo com o momento histórico-social que estamos vivendo. De tal forma, não importa apenas o que se planeja, mas também como se planeja. E um dos

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35 grandes desafios com relação ao planejamento nas instituições escolares corresponde à colaboração mútua e a incorporação dos objetivos traçados criando uma nova cultura.

É preciso que haja um equilíbrio das responsabilidades individuais e coletivas na instituição escolar. Esse equilíbrio pode ser alcançado pelo planejamento das ações, de forma que haja um envolvimento de todos, procurando superar as dificuldades existentes coletivamente. Quanto maior o nível de participação, maior chance de ver o planejado realizado.

É importante considerar que o planejamento é complexo e envolve uma série de ações e competências. Além disso, exige participação e interação dos sujeitos em sua construção, envolve uma série de alternativas, pois irá depender do envolvimento do profissional e dos participantes desta ação.

Sendo o planejamento uma ferramenta usada geralmente com o intuito de administrar algo, traçar caminhos e alcançar objetivos, reconhecemos a importância e exigência dessa prática em todos os setores onde há atividade humana. Desta maneira, o ensino não poderia fugir disso, dado que, para obter um maior aproveitamento e rendimento educacional, é essencial que se planeje o caminho a ser percorrido, pois é a partir disso que se pode racionalizar, organizar e coordenar a ação docente tendo em vista vincular o contexto escolar com o contexto social. Portanto, toda prática educativa, sendo ela de caráter sistemático e intencional, exige um planejamento que a organize e oriente.

Ao realizar o planejamento, coloca-se em questão fatores educacionais didáticos, éticos e políticos; pois, exige do professor decisões sobre questões metodológicas, teóricas, além de crenças e valores que, mesmo inconscientemente, orientam a prática docente. Por estas razões, o ato de planejar reflete a posição do professor dentro dos processos sociais e, consequentemente, educacionais; bem como revela os propósitos que deseja alcançar com sua prática. Se tenciona, por exemplo, gerar no educando o desejo de transformação da sociedade ou a sensação de que é impossível alterar o modo de organização social.

Planejar é a parte inicial e principal de um bom desempenho profissional de todos os professores, é com base nele que acontece todo o processo pedagógico.

Faz-se necessário, logo no primeiro momento, analisar as necessidades dos alunos,

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36 para que dessa forma seja possível atendê-las e, por conseguinte saber o que vai planejar; posto isso, conhecer o aluno e o ambiente é imprescindível.

Planejar a aula é de extrema importância para a prática docente pois evita a rotina e improvisação, promove a eficiência do ensino, garante um melhor desempenho da prática docente, norteia a realização das atividades, evita a desorganização em sala garantindo maior segurança na direção do ensino, e além de tudo isso é de fundamental importância para que se atinja êxito no processo de ensino- aprendizagem.

O planejamento não se restringe somente ao professor presente na sala de aula, mas é uma ação que permeia toda a comunidade escolar e se associa às imposições sociais e à todas as experiências trazidas pelos alunos. Por isso, é certo dizer que o trabalho docente é sistemático e tem sempre o objetivo de fazer com que os alunos tenham êxito na aprendizagem. Portanto, o professor pode planejar sua aula de forma individual, contudo é crucial seguir algumas diretrizes impostas pela direção da escola e pelas secretarias de educação, para que não fuja demasiadamente do que já foi planejado para a escola como um todo, assim dificultando a autonomia docente na hora de executar seu plano de aula.

Então, com o intuito de compreender mais sobre o planejamento e sua importância, precisamos, ainda, saber que há modalidades e níveis de planos: plano de aula, plano de ensino, plano de escola e currículo.

No planejamento educacional, é preciso considerar o currículo escolar, palavra que vem do latim, curriculum e significa percurso; caminho, em linhas gerais, é a distribuição dos conteúdos a serem estudados e as atividades a serem executadas pelos estudantes em seu percurso pelo ensino fundamental. Trata-se da trajetória estudantil de todo aluno, incluindo as matérias que serão ensinadas a cada período letivo, os tópicos que serão abordados em cada matéria e também a aptidão que o estudante deve reger ao final de cada etapa.

O conhecimento é determinante de desigualdades na sociedade, quem tem conhecimento, tem poder. Para ela, os processos educacionais não envolvem apenas o conhecimento advindo das ciências ou o conhecimento instrumental, mas também um conjunto mais amplo de meios de construção de compreensões que possibilitam viver melhor. Ressalta, ainda, que, nesta

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sociedade informático-cibernética, a educação é chamada a priorizar o domínio de certas habilidades a ela relacionadas. O desafio é saber: qual a sociedade que se busca; qual a escola que se precisa ter; quais professores para nela atuar. (GATTI, 2009 apud DOS SANTOS, 2018).

O currículo é um documento de orientação para todo o corpo docente de uma instituição, em especial, para o professor. Se faz necessário que este documento seja planejado de acordo com a realidade dos educandos e da escola, propiciando diversidade de conteúdo, além do mais, é de suma importância que o mesmo esteja de acordo com o Projeto Político Pedagógico. Todos aqueles que direta ou indiretamente estão ligados à dinâmica do processo educativo de determinada escola deve participar da elaboração do currículo escolar, porém os objetivos finais cabem ao diretor, supervisor pedagógico, orientador educacional e professores defini-los.

Para uma melhor compreensão do planejamento da ação didática se faz necessário a distinção do mesmo e o conceito de plano, já que divergem quanto ao significado. Dessa forma, o planejamento é um processo mental que compreende o ato de analisar, refletir e prever, em contrapartida, o plano é o resultado do processo mental de planejar, ou seja, um esboço dos seguimentos obtidos no processo.

Ao se deparar com a premência do planejamento, muitos professores se perguntam “o que ensinar? ” e, dessa forma, sabendo que o mais importante é promover o desenvolvimento integral e harmonioso do aluno, envolvendo as áreas cognitiva, afetiva e psicomotora, não se deve levar em consideração a quantidade de conteúdo, mas a qualidade do mesmo, porém, são os objetivos traçados anteriormente que devem direcionar a escolha destes. Outro aspecto presente em um bom plano é ele ser flexível, isto é, caso necessário, seja viável fazer possíveis reajustamentos para melhor aplicação sem infringir sua unidade e continuidade.

Sabendo que, na prática docente, o planejamento também almeja atingir objetivos desejados, superar dificuldades, assegurar unidade e coerência, além de diminuir a improvisação, o que acaba sendo comum na realização de planos, pois alguns professores não buscam refletir sua prática e acabam se rendendo ao improviso, percebemos, então, que o planejamento é de suma importância tanto para o melhor desenvolvimento docente quanto discente.

Deste modo, afirmamos que o planejamento orienta a prática docente e que há também alguns princípios norteadores que conduzem ao próprio ato de planejar, um

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