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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DANIELI LEANDRO DOS SANTOS BIBLIOTECA PÚBLICA PARA MEDIANEIRA: NOVO ESPAÇO RECREATIVO.

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FACULDADE ASSIS GURGACZ

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

DANIELI LEANDRO DOS SANTOS

BIBLIOTECA PÚBLICA PARA MEDIANEIRA: NOVO ESPAÇO RECREATIVO.

CASCAVEL 2015

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DANIELI LEANDRO DOS SANTOS

BIBLIOTECA PÚBLICA PARA MEDIANEIRA: NOVO ESPAÇO RECREATIVO.

Trabalho de Conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo, da FAG, apresentado na modalidade Projetual, como requisito parcial para a aprovação na disciplina: Trabalho de Curso: Defesa.

Orientador: Marcelo França dos Anjos

CASCAVEL 2015

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DANIELI LEANDRO DOS SANTOS

BIBLIOTECA PÚBLICA PARA MEDIANEIRA: NOVO ESPAÇO RECREATIVO.

DECLARAÇÃO

Declaro que realizei em novembro de 2015 a revisão linguística textual, ortográfica e gramatical da monografia do Trabalho de Curso denominado: Biblioteca pública para medianeira: novo espaço recreativo, de autoria de Danieli Leandro dos Santos, discente do Curso de Arquitetura e Urbanismo – FAG.

Tal declaração contará das encadernações e arquivo magnético da versão final do TC acima identificado.

Cascavel, 01 de novembro de 2015.

Tânia Bueno do Prado Licenciada em Letras/ Fecivel/1985

RG 3.563.126-7 – SSP/PR

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FACULDADE ASSIS GURGACZ

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

DANIELI LEANDRO DOS SANTOS

BIBLIOTECA PÚBLICA PARA MEDIANEIRA: NOVO ESPAÇO RECREATIVO.

Trabalho apresentado no Curso de Arquitetura e Urbanismo da FAG, como requisito básico para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do arquiteto professor Marcelo França dos Anjos.

BANCA EXAMINADORA

Arquiteto Orientador Faculdade Assis Gurgacz Marcelo França dos Anjos

Arquiteto Avaliador Faculdade Assis Gurgacz

Thales Felipe Dal Molin

Cascavel, 01 de dezembro de 2015

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus Jeová, que permitiu que tudo isso acontecesse por estar presente nesta caminhada a qual foi árdua com muitas dificuldades pelo caminho, mas que consegui vencer.

Agradeço especialmente a meus pais Jaquelina e Manoel, que foram meu alicerce me deram apoio e incentivo nos momentos difíceis de desânimo e cansaço. Sei que sem o apoio deles este sonho não seria possível

Aos meus irmãos Emanueli e Gabriel, que durante a minha ausência dedicada ao estudo sempre fizeram entender que o futuro é feito a partir da constante dedicação no momento presente, por terem demonstrado tanto amor e compreensão.

Agradeço ao meu esposo Whelinton Menin, pela sua compreensão em todos os momentos em que não pude estar presente, por me apoiar e me incentivar desde o início me dando força para não desistir, e a nossa filha Izabela que nasceu ao longo desta caminhada e se tornou a base inexplicável de amor e carinho de que eu mais precisava.

A todos os meus amigos, principalmente a Iarima, Ilaine e Luize, que sempre me ajudaram ao longo desta caminhada, quando eu mais precisei de ajuda seja com os trabalhos e até mesmo em longos instantes de meus desabafos.

Aos meus colegas, em especial minhas amigas Letícia, Danieli e Letícia que estiveram ao meu lado nos momentos mais difíceis da faculdade.

Finalmente agradeço aos professores que estiveram presentes me aconselhando durante todo este período acadêmico, e em especial ao meu avaliador Thales F. Dal Molin por me aconselhar, e ao meu orientador Marcelo F. Anjos pela sua dedicação e paciência, por ter me auxiliado e com grande sabedoria compartilhado seu conhecimento.

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EPÍGRAFE

“... A forma não mais culta o conteúdo, mais manifesto em plenitude. A graciosidade suprema não consiste no adorno externo da matéria e sim na simplicidade e adequação da forma.”

Ching

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RESUMO

Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo a elaboração de uma proposta projetual para uma biblioteca pública para Medianeira com praças públicas e semipúblicas, visando criar um novo espaço recreativo. O problema levantado no estudo é: a introdução da arquitetura junto ao paisagismo, e como deverá ser aplicado para melhorar a sensação dos edifícios e os espaços públicos? Para resolver a esta pergunta, a intenção criar ambiente interno/externo, espaços envolventes dando satisfação e bem-estar as pessoas. Esse trabalho terá um embasamento teórico sobre uma breve história das bibliotecas, conceitos de arquitetura e paisagismo. As pesquisas auxiliam no desenvolvimento da proposta projetual, por meio das características: minimalismo, arquitetura bioclimática, paisagismo espaços públicos e praças. Será possível criar uma proposta arquitetônica com conforto ambiental, amparada em uma arquitetura que pense na comunicação do edifício e o entorno, com espaços urbanos voltados para interação da natureza e da vegetação. Também serão analisados correlatos de referência para o desenvolvimento e evolução do projeto arquitetônico, por meio de aspectos formal, funcional e construtivo. Por fim o contexto histórico da cidade de Medianeira e a elaboração de um programa de necessidade e também o conceito projetual.

Essa proposta projetual para cidade tem por objetivo o desenvolvimento de um novo ambiente de cultura e lazer, que traz a nova cultura digital para dentro da biblioteca pública, como um agente de inclusão social.

Palavras chave: Biblioteca Pública, Medianeira, Praças, Espaço recreativo.

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ABSTRACT

This Final Paper intend to elaborate a projectual propose to a public library in Medineira with public and semi-public squares, aiming to create a new recreative space. The problem in this study is: the introduction of architecture and landscape architecture and how it should be applied to improve the sensation of the buildings and public spaces? To solve this question , the intent is to create an indoor/outdoor environment, involving settings that gives satisfaction and comfort to people. This work will have a theoretical foundation about a brief history of the libraries, concepts of architecture and landscape architecture. The researches help us to develop a projectual propose, by the characteristics of: minimalism, biclimatic architecture, landscape architecture, public spaces and squares. It will be possible to create an architectonic propose with ambiental comfort, supported by an architecture that thinks in the comunication of the building and the surronding area, with urban spaces that interact with the nature and the vegetation. Also will be analised correlative cases of reference and evolution of the architectural project by formal, functional and constructive means. The history of the city of Medianeira will also be considered and the elaboration of a program of necessity and a projectual concept. This projectual propose to the city aim the development of new ambient of culture and entertainment, which brings the new digital culture inside the public library, acting as a social inclusion agent.

Key words: Public Library, Medianeira, Squares, Recreative space.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura1- Loja da Prada... 22

Figura 2- Residência Odette Monteiro... 28

Figura 3- Biblioteca de Birmingham... 29

Figura 4- Corte da Biblioteca...30

Figura 5- Praça Pública da Biblioteca...30

Figura 6- Praça Semipública...31

Figura 7- Paisagismo da Cobertura...31

Figura 8- Biblioteca Pública de Seattle...32

Figura 9- Espaço Interno...33

Figura 10- Corte Biblioteca...33

Figura11- Forma Espacial da Estrutural...34

Figura 12- O Complexo Cultural Luz...35

Figura 13- Acesso e Fluxograma I...36

Figura 14- Acesso e Fluxograma II...36

Figura 15- Maquete Implantação...37

Figura 16- Midiateca Mont de Marsan...38

Figura 17- Vista do Entorno...38

Figura 18- Planta baixa...39

Figura 19- Espaço Interno...39

Figura 20- Maquete Estrutural...40

Figura 21- Localização da cidade de Medianeira...42

Figura 22- Localização da Mesorregião do Oeste Paraná...43

Figura 23- Biblioteca Pública Carnela Mazzola...44

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Figura 24- Mapa de Zoneamento...46

Figura 25- Implantação do Terreno...47

Figura 26- Imagem Panorâmica do Terreno...48

Figura 27- Imagem Aérea da Quantidade de Árvores...49

Figura 28- Biblioteca Pública Para Medianeira...51

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IFLA Federação Internacional de Associações de Bibliotecários e Instituições SEC Secretaria da Economia Criativa

MINC Ministério da Cultura

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 13

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E SUPORTE TEÓRICO ... 16

2.1 BIBLIOTECA PÚBLICA ... 16

2.1.1 Breve historia da biblioteca pública ... 16

2.1.2 Biblioteca: responsabilidade social ... 17

2.1.3 Tecnologia digital nas bibliotecas: instrumento de inclusão digital ... 18

2.2 ARQUITETURA ... 19

2.2.1 Conceitos arquitetônicos ... 19

2.2.2 Arquitetura Minimalista ... 19

2.2.3 Arquitetura ambiente bioclimático ... 21

2.2.4 Herzog & de Meuron ... 22

2.2.5 Estrutura dos materiais: concreto armado, aço e vidro ... 23

2.3 ARQUITETURA E PAISAGISMO ... 23

2.3.1 Conceitos paisagísticos ... 24

2.3.2 Arquitetura paisagística como arte ... 24

2.3.3 Paisagismo de espaços públicos: o edifício e o externo ... 25

2.3.4 Praça pública ... 26

2.3.5 Burle Marx ... 27

3 CORRELATOS E REFERÊNCIAS ... 29

3.1 A BIBLIOTECA DE BIRMINGHAM ... 29

3.1.1 Aspecto formal ... 29

3.1.2 Aspecto Funcional ... 30

3.1.3 Aspecto construtivo ... 31

3.2 BIBLIOTECA PÚBLICA DE SEATTLE ... 32

3.2.1 Aspecto formal ... 32

3.2.2 Aspecto funcional ... 33

3.2.3 Aspecto construtivo ... 34

3.3 O COMPLEXO CULTURAL LUZ ... 34

3.3.1 Aspecto formal ... 34

(13)

3.3.2 Aspecto funcional ... 35

3.3.3 Aspecto construtivo ... 37

3.4 MIDIATECA MONT DE MARSAN ... 37

3.4.1 Aspecto Formal ... 37

3.4.2 Aspecto Funcional ... 38

3.4.3 Aspecto Construtivo ... 39

3.5 CONTRIBUIÇÕES DOS CORRELATOS ... 40

4 DIRETRIZES PROJETUAIS ... 42

4.1 A CIDADE DE MEDIANEIRA E SUAS CARACTERÍSTICAS ... 42

4.1.1 Levantamentos da biblioteca pública de Medianeira ... 44

4.2 LOCALIZAÇÃO DO TERRENO ... 46

4.2.1.Sítio de implantação ... 47

4.2.2 Justificativa do terreno ... 48

4.3 CONCEITO DO PROJETO ... 49

4.4 PROGRAMA DE NECESSIDADE ... 52

5 CONSIDERAÇÕES ... 54

REFERÊNCIAS ... 55

APÊNDICES ... 58

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1 INTRODUÇÃO

A pesquisa para o presente trabalho de conclusão curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Assis Gurgacz Paraná consiste em uma proposta projetual de uma biblioteca pública para Medianeira.

Atualmente, a biblioteca passa por um momento de transição pela chegada da tecnologia eletrônica, tendo em vista que a cada dia que passa o mundo esta cada vez mais digital. Por esse motivo, o enfoque para a nova biblioteca é trazer essa nova necessidade do indivíduo para dentro da unidade educativa e cultural e introduzir essa nova metodologia de informação, proporcionando acesso às novas tecnologias.

O mercado digital está cada vez mais informatizado e competitivo, sendo esse um motivo para impulsionar a juventude a um novo conhecimento cultural, promovendo inclusão social, pois, infelizmente, a tecnologia não está sendo acessível a todas as classes sociais.

Segundo a IFLA/UNESCO, a biblioteca pública é um ambiente que propõe:

[...] acesso local ao conhecimento fornece as condições básicas para uma aprendizagem contínua, para uma tomada de decisão independente e para o contexto que exige práticas profissionais compatíveis com a promoção de uso da informação, da educação e de cultura (IFLA, 1994, p.1).

O principal objetivo para cidade? É promover uma nova biblioteca que possa incentivar e motivar a sociedade por meio da transformação de um novo perfil para bibliotecas, criando um edifício diferente dos antigos padrões, com uma visão mais cultural e moderna e com conceitos do movimento “pós-moderno”. Assim, uma biblioteca pública com ambientes novos para lazer, eventos culturais, conveniências, artes cênicas, artes visuais e a comunicação dos espaços internos com os externos, criando praças públicas e semipúblicas.

Este projeto se insere na linha de pesquisa “Arquitetura e Urbanismo” no grupo de pesquisa “PARQ: Projeto de Arquitetura no contexto Urbano”. O assunto do projeto é uma

“Biblioteca Pública Para Medianeira”, com praças públicas e semipública. Segundo o IBGE (2014), a cidade escolhida está localizada na região oeste do Paraná, e o edifício público vai ser construído para uma população de 41.817 mil habitantes.

O projeto é um novo perfil arquitetônico e paisagístico para bibliotecas públicas, um novo espaço recreativo, espaços públicos voltados para o interesse social, espaços de cultura/lazer.

Este estudo justifica-se um projeto diferente dos antigos padrões, da hierarquia que vem sendo emposto pela história da sociedade, em que a necessidade da biblioteca era

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somente um espaço destinado a livros. A biblioteca pública será o encontro do novo e o velho, que é o encontro da tecnologia digital e dos livros.

A justificativa social é uma nova visão cultural para biblioteca, que propõe resgatar o indivíduo da sociedade para a convivência social e cultural, cujo objetivo é promover espaços voltados para a inclusão social com novos ambientes, com utilização de novas tecnologias digitais, entretenimento, cultura e lazer, assim espaços que transmitam qualidade de vida e bem-estar.

No meio acadêmico, o estudo da pesquisa do projeto de arquitetura no contexto urbano apresenta o intuito de obtenção de certificado conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo, objetivo de fundamentar acadêmicos projetistas. Este trabalho propõe novas atividades educativas para dentro das bibliotecas públicas, assim melhorando a qualidade de vida da sociedade por meio da cultura e do lazer. O projeto pode estar à disposição das organizações governamentais que estejam interessadas em uma reforma cultural.

Portanto, este estudo pretende contribuir com os profissionais da área, para que possam referenciar sobre uma nova concepção de projetos para bibliotecas públicas. Também servirá para profissionais do ramo Biblioteconomia para futuras intervenções metodológicas nos locais.

O problema levantado no estudo é: a introdução da arquitetura junto ao paisagismo, e como deverá ser aplicada para melhorar a sensação do edifício e os espaços públicos?

A proposta é a criação de um espaço que tenha interação da arquitetura junto ao paisagismo, por meio dos conceitos da arquitetura bioclimática e do aspecto da sustentabilidade ambiental. Aplica-se o conceito de criar um espaço que tenha comunicação e harmonia com a vegetação, criando um edifício que tenha interação com os espaços internos e externos, espaços envolventes que melhorem a qualidade vida das pessoas, dando satisfação e bem-estar. Assim, sejam utilizadas novas técnicas modernas para obtenção de sucesso, como concreto e o aço, propondo pilotis, grande aberturas envidraças, a integração de praças públicas e semipúblicas.

Portanto, o objetivo geral é desenvolver um projeto arquitetônico para uma biblioteca pública para Medianeira, com praças públicas e semipúblicas, visando criar um novo espaço recreativo.

Os objetivos específicos foram elaborados a partir de uma breve história da contextualização da biblioteca pública, a biblioteca: responsabilidade social e a tecnologia digital nas bibliotecas: Instrumento de inclusão digital. Esses aspectos foram de suma importância para o desenvolvimento do começo da pesquisa.

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O segundo e terceiro subtítulo são os objetivos específicos para a elaboração de uma análise teórica para obtenção de conhecimento formal, funcional e construtivo, por meio dos aspectos arquitetônicos e paisagísticos para a criação de um projeto que tenha conceitos da arquitetura bioclimática.

Nos últimos subtítulos, há os objetivos específicos que vão relatar as análises dos correlatos de referência projetual. Por final uma breve contextualização da histórica da cidade, conhecimento sobre a escolha do terreno, elaboração do conceito da proposta projetual e o programa de necessidade para determinação do foco das intenções projetais para a biblioteca pública.

A pesquisa está apoiada em procedimentos habituais de projetos, levantamentos de informações, mapas, fotos, desenhos e pequenos textos explicativos. O estudo acontecerá por meio de um trabalho teórico contextual para obtenção de conhecimento sobre o assunto.

Segundo Gil (1991), a pesquisa contextual tem um caráter exploratório e geralmente as pesquisas são voltadas para os aspectos sociais, pois há preocupação com as ações práticas.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E SUPORTE TEÓRICO

Neste capítulo da monografia de conclusão de curso foram abordadas as diretrizes para o desenvolvimento de uma biblioteca pública. Primeira neste haverá uma breve história da biblioteca pública, a biblioteca: responsabilidade social a tecnologia digital nas Bibliotecas:

instrumento de inclusão digital. A segunda diretriz a arquitetura e seus conceitos sobre aspectos do movimento minimalista, a influência da arquitetura bioclimática, as referências arquitetônicas dos arquitetos suíços Herzog & de Meuron e os materiais de construção que serão usados na proposta projetual. E o terceiro aspecto apresentara conceitos sobre paisagismo urbano que aborda paisagismo como cultura, a praça pública, o paisagismo nos espaços públicos: edifício e o externo e como referência o grande paisagista brasileiro Roberto Burle Marx.

2.1 BIBLIOTECA PÚBLICA

Neste subcapítulo foi abordado um breve resgate da história da biblioteca pública.

Também a utilização de dois temas muito importantes para o desenvolvimento do projeto que são eles à biblioteca: responsabilidade social e a tecnologia digital nas bibliotecas: instrumento de inclusão digital.

2.1.1 Breve historia da biblioteca pública

Na Antiguidade, as bibliotecas eram consideradas depósitos de livros e o acesso era restrito a palácios e templos. Na Renascença, o acesso de livros não podia estar à disposição dos profanos, pois as bibliotecas eram consideradas sagradas e somente os sacerdotes ou religiosos tinham o saber (MARTINS, 1998).

Na Antiguidade, no período entre 4000 a.C a 3500 a.C, fase quando surgiu a escrita, o ser humano passou a ter acesso a esse mecanismo, pois ocorreu a necessidade de suportes para armazenamento do conhecimento. Nesse período do século VII a.C, há registros de escritos sumérios e babilônios, em que eram usadas placas de argila para registrar a escrita, que podem ser compreendida como biblioteca (MILANESI, 1983).

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Segundo Paiva (2008), a biblioteca pública originou-se na antiguidade, mas somente no século XIX, com os ideais democráticos, com a industrialização e o crescimento urbano é que realmente emergiram as bibliotecas públicas em que permanecem até hoje.

Segundo Paiva (2008), citado por Cesarino:

Bibliotecas são instituições muito antigas que sobrevivem há anos, adaptando-se às diversas mudanças políticas, sociais e tecnológicas. Essa sobrevivência, por si só, já é suficiente para provar que cabe à biblioteca uma função muito importante na sociedade (CESARINO, 2007, p.11).

2.1.2 Biblioteca: responsabilidade social

A biblioteca pública, segundo a IFLA é responsável pelo fornecimento e recolhimento de informação ao longo da história, considerada a guardiã da história da sociedade, recolhendo e conservando os materiais disponíveis.

Segundo Milanesi (1989, p.15) “[...] A ciência é cumulativa e a biblioteca tem a função de preservar a memória – organizando a informação para que todos os seres humanos possam usufruí-la.”

Segundo a constituição IFLA (2010), a biblioteca deve desenvolver novas atividades de interesses, para desenvolvimento da sociedade, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico, envolvida e atualizada diretamente às novas tendências de informação. Ela tem o dever de proporcionar conhecimento e cultura a todo grupo social independente da idade ou condições econômicas, físicas e sociais. Também possui a obrigação de prover a satisfação aos jovens e crianças e que essas crianças sejam desde pequenas motivadas ao conhecimento e a criatividade, serão facilmente beneficiadas ao longo de suas vidas, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade.

A biblioteca pública tem um papel importante no espaço público, pois proporcionam pontos de encontros de desenvolvimento artístico e cultural da comunidade. Esse espaço público é importante para a propagação de encontros das pessoas que possam se reunir. Para a obtenção de sucesso na criação de uma biblioteca, é essencial que esteja incluída a cultura local da cidade. As bibliotecas devem ser construídas para incentivar as atividades sociais e culturais apoiadas nos interesses da sociedade (IFLA, 2010).

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2.1.3 Tecnologia digital nas bibliotecas: instrumento de inclusão digital

Hoje se reconhece que quanto mais o país for rico em cultura, maiores são suas possibilidades de desenvolvimento na sociedade. Por esse motivo o Ministério da Cultura desenvolve a criação da Secretaria da Economia Criativa (SEC) e o reconhecimento do governo por meio do Minc, tendo como meta o desenvolvimento mais inclusivo e sustentável, para propagação do conhecimento no Brasil. O Minc, busca a construção de um novo desenvolvimento, com a missão de transformação com a estruturação de uma nova mentalidade econômica, formulando políticas com a transformação da criatividade brasileira em inovação, uma inovação em riquezas culturais, em riquezas econômicas e riquezas sociais.

Segundo a SEC (2012), vão enfrentar questões desafiadoras, as perguntas da constituição são:

De que forma poderemos estimular e fomentar os talentos criativos brasileiros?

Como a economia criativa poderá contribuir para a inclusão produtiva dos 40% de jovens brasileiros que hoje se encontram entre os 16.3 milhões de brasileiros abaixo da linha da pobreza? Como ampliar e qualificar o consumo cultural no país, levando- se em conta a emergência de 39.5 milhões de brasileiros e brasileiras à classe média?

(SEC, 2012, p.9).

O projeto da biblioteca pública está focado nas mesmas perguntas, buscando melhorar a qualidade de vida dessa nova geração de jovens brasileiros, o qual tem por responsabilidade social promover iniciativas que ajudem na inclusão social dos brasileiros. A iniciativa dessa nova biblioteca pública e a inclusão social nas bibliotecas por meio da introdução das tecnologias digitais, que assim seja provedora da renovação, usando a tecnologia como aliada da leitura, para incentivar a população a uma nova visão cultural nas bibliotecas. Assim a tecnologia sendo usada como provedora do conhecimento, pois além de incentivar esta nova juventude, será nova metodologia para bibliotecas que vai ajudar no desenvolvimento econômico da sociedade. O acesso a essa tecnologia digital no Brasil, infelizmente, não é para todas as classes sociais.

A nova biblioteca servirá como provedora da igualdade e do conhecimento para todos, e deverá estar à disponibilidade para os órgãos governamentais que queiram estabelecer essa nova forma de projeto nas bibliotecas públicas, proveniente de um novo espaço recreativo.

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2.2 ARQUITETURA

Neste capitulo será tratado sobre conceitos arquitetônicos, como a “Arquitetura Minimalista” e os conceitos de Le Corbusier, a arquitetura em espaços interno/externo, embasada no livro de Romero, Colin e Coberlla e Yannas, e materiais de construções para auxilio da construção e a conceituação Ching e Zeve.

Os autores citados embasam a fundamentação teórica para a elaboração um local com conceitos da arquitetura em relação do edifício e os espaços que o rodeiam, assim é essencial o conhecimento teórico dessas referências, para a elaboração de um projeto arquitetônico para os espaços públicos.

2.2.1 Conceitos arquitetônicos

Segundo Lamas (2000), a arquitetura só pode ser compreendida sendo parte da cidade, como se fosse um acontecimento sozinho dentro das relações de um sistema, com o resto do espaço urbanizado.

Como se coloca afinal a arquitetura em relação ao eixo Espaço Exterior X Espaço Interior, qual o espaço que efetivamente define, aqui, o pensamento arquitetural? :É necessário, de início, repelir as proposições dos que se recusam a tomar conhecimento do problema afirmando que é impossível determinar-se, situar-se em relação a esses termos por se tratar de noções relação ao outro (não pode haver interior sem exterior (COELHO NETO,1997, p.33).

Segundo Zevi (1996), o espaço é cheio de movimentos, direcionados as novas inovações, com direta percepção da perspectiva, mas a arquitetura não é feita para impressionar o homem, mas sim para a necessidade da vida, trata-se de criar espaços também bonitos, mas que o espaço possa expressar a vida dos indivíduos que ali vivem. – “[...] - Uma parede ondulada já não é mais ondulada apenas para responder a uma visão artística, mas para acompanhar melhor um movimento, um percurso do homem” (ZEVI, 1996, p.126).

2.2.2 Arquitetura Minimalista

Segundo Zabalbeascoa & Rodriguez (2001, p.6), “ O que antes era austero, simples ou sóbrio hoje é minimalista ”. A arquitetura procura criar novos volumes, cor e escala, utilizava materiais industriais tijolos, aço, alumínio, plástico, espelhos e vidro e cobre.

Segundo Zabalbeascoa & Rodriguez (2001), Antecedentes do minimalismo são:

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Donald Judd, Robert Morris ou Sol Le Wittmas, projetos de Adolf Loos, Mies van der Rohe e Le Corbusier. O arquiteto Mies van der Rohe é um dos que mais influenciou o estilo internacional, pois, tinha um cuidado com os materiais. Ele foi o que mais se aproxima dos aspectos minimalistas.

Efetivamente, muitos procedimentos utilizados pelos minimalistas tinham sido traçados e colocados em pratica pelo arquitectura modernista. Basta pensar na abstração, na economia de linguagem e mais, na produção industrial, no uso literal dos materiais ou na ausência de ornamento (ZABALBEASCOA & RODRIGUEZ, 2001, p. 56).

Segundo Zabalbeascoa & Rodriguez (2001), o minimalismo possui características que são: abstração, geometria, utilização de matérias, elementos industrial, precisão de acabamento, e não tem ornamentos e tem uma rápida execução em todos os sentidos pode ser econômica ou muito cara. Percebe a sombra de Mies, no conhecimento da arquitetura minimalista, seria uma revisão do estilo moderno.

Segundo o autor anterior, o minimalismo é arquitetura de repetição, equilíbrio, e ordem, com um jogo geométrico de materiais simples.

Temos entre os edifícios minimalismo volumes geométricos rotundos e ao mesmo tempo simples e sutilmente sofisticados devido aos revestimentos. As fachadas, que para os modernos eram um obstáculo entre o espaço interior e exterior do edifício, adquirem com o minimalismo um acentuado protagonista. Assim, algumas peles aquitectónicas planas e monocromáticos podem chegar a converter-se em filtros dos seus volumes (ZABALBEASCOA & RODRIGUEZ, 2001, p. 83).

Segundo Zabalbeascoa & Rodriguez (2001, p.82), o minimalismo defende uma particularidade dos lugares e objetos, uma nudez expressiva. [...] – “Um radicalismo para o qual, conforme Le Corbusier e Mies, se requer uma especial disposição de espírito. Certa animosidade poderia ser atribuída espacial da calma e do repouso”, afirmam que a luz, ao entrar no ambiente e permanecer ali entre os móveis poderia ser a purificação de um lugar.

O movimento acima foi aplicado na proposta projetual, demostrando a simbologia espiritual da forma, transmitindo calma e repouso ao ambiente. Para transmitir essa sensação foi necessária a funcionalidade tanto nos espaços internos como nos externos, que demostre a importância da forma na arquitetura por meio das novas técnicas construtivas.

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2.2.3 Arquitetura ambiente bioclimático

A arquitetura bioclimática teve início no modernismo 1930 a 1960, com características bioclimáticas nas quais identificadas pelos quebra-sóis e cobogós adotados pelos arquitetos desse período. Lucio Costa se destacou pela adoção dos aspectos dessa arquitetura e idealizava a importância do entendimento das ações climáticas e da geometria solar para criação dos projetos. A Arquitetura influencia corbusiana, para adaptação do clima, os quebra-sóis eram considerados intenções estéticas (GONÇALVES & DUARTE, 2006).

Serra (1989) afirma que a arquitetura bioclimática está ligada ao desenho arquitetônico e sua relação climática com o entorno e o meio ambiente. É a arquitetura que aperfeiçoa, utilizando o sol do inverno e evitando no verão, aproveitando a ventilação para deter a umidade e para mover o ar quente. O edifício tem dificuldade de diminuir as trocas de temperatura no interior e também de se adequar à característica do externo como relevo, vegetação e outros. A utilização desses aspectos beneficia o máximo aproveitamento da luz natural e da paisagem, protegendo da entrada luz no verão (ROMERO, 2001).

A arquitetura deve servir ao homem e ao seu conforto, o que abrange o conforto térmico. O homem tem melhores condições de vida e de saúde quando seu organismo pode funcionar sem ser submetido à fadiga ou estresse, inclusive térmico (FROTA, 2007, p.17).

Segundo Colin (2000, p.59), a utilização de grandes aberturas minimiza a barreira entre o interno e o externo [...] – “à maneira moderna, em que a fluidez dos espaços e as grandes áreas envidraçadas mantem constante a relação interior e exterior”.

Não menos importante é a orientação das aberturas e dos elementos transparentes ou translúcidos da construção, que permitem o contato com o exterior e a iluminação dos recintos. A proteção solar das aberturas por meio de “brise-soleil” ou quebra-sol é também um recurso indispensável para promover os controles térmicos naturais (FROTA, 2007, p.18).

Segundo Corbella e Yannas (2003), a radiação solar, quando atinge um objeto plano, transforma uma parte da superfície em calor e a exposição direta à radiação solar ocasiona sensação desconfortante. Então, é indispensável que as regiões tropicais com temperaturas geralmente altas pensem na proteção da radiação solar como um requisito necessário no projeto.

As considerações demonstradas, neste subtítulo, foram importantes para o desenvolvimento da forma arquitetônica, proporcionando conhecimento de técnicas sobre as estratégias da arquitetura bioclimática.

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2.2.4 Herzog & de Meuron

Jacques Herzog e Pierre De Meuron, arquitetos suíços, possuem uma arquitetura surpreendente. Eles são formados na ETH de Zurique e atuam na Basiléia, território encontro do germânico e latino (MÜLLER, 2002).

Segundo Wang, a obra é destinada à transparência, articulado materiais conceituais e não procura inventar uma nova linguagem, mas transmitir e indicar claramente o que ainda não foi dito com absoluta clareza.

A obra de Herzog & Meuron busca a arquitetura pós-moderna afirma claramente a forma essencial e representa a simplicidade da forma, a transparência dos materiais nas construções. Geralmente propõe responsabilidade de dar vida ao projeto, trazendo o simbólico das peles de vidro, aço, cobre e madeira (MÜLLER, 2002).

O projeto dos arquitetos expressa a simbologia dos materiais. Podemos observar isso em uma de suas obras o edifício da loja da Prada, em Tóquio. O corpo do edifício é parecido com um cristal a expressão da arquitetura são os materiais, com a grelha em forma de losango, a estrutura em aço é revestida por todos os lados com uma combinação painéis de vidros planos.

Figura 1 – Loja da Prada

Fonte: www.flickr.com

O conceito simbólico da aplicação do uso dos materiais por Herzog & De Meuron foi aplicado na proposta arquitetônica, agregando a responsabilidade de apresentar ambientes interativos com os espaços externos.

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2.2.5 Estrutura dos materiais: concreto armado, aço e vidro

Segundo Bauer (1995), os materiais de construções são considerados importantíssimos para as construções, pois o projetista deve ter conhecimento das aplicações e das qualidades dos materiais. As especificações dos materiais devem ser citadas nos projetos, bem como as técnicas, aonde será empregado na edificação.

Segundo Thomaz (2001), a estrutura de concreto armado é de alta resistência pelo desenvolvimento dos aços e dos cimentos. As técnicas computacionais de cálculos diminuíram as seções de vigas, pilares e lajes, proporcionando as estruturas de concreto armado ser cada vez mais esbeltas.

As formas estruturais em concepção modelo ou desenho originam configurações de linhas e planos no espaço, as formas estruturais, portanto estão basicamente compostas por figuras elementos da geometria. Para cada figura elementar da geometria, dependendo da localização e da posição no espaço, definem-se potencialidades espaciais de funções estruturais e construtivas. (ENGEL, 2001, p.332)

De acordo com Thomaz (2001), as indústrias hoje do aço desenvolvem materiais com maior resistências contra corrosão, são eles aços aclimáveis, aço inox entre outros. “As esquadrias e fachadas-cortinas estruturais com perfis de alumínio são largamente utilizadas, tendo-se otimizado os processos de proteção anólica ou pintura eletroestática a pó”

(THOMAZ, 2001, p.290).

Segundo Thomaz (2001), o vidro desenvolveu possibilidade de extensas fachadas de pele de vidro, para diminuir a carga térmica dentro dos edifícios.

O contexto acima auxiliou no embasamento teórico sobre as características dos materiais de construções e as técnicas para obtenção de conhecimentos para aplicação dos materiais no projeto arquitetônico.

2.3 ARQUITETURA E PAISAGISMO

O capítulo trata-se de um embasamento teórico sobre conceitos de paisagismo, sobre os aspectos do paisagismo como arte, praças públicas, paisagismo espaços públicos: o edifício e o externo para o desenvolvimento de praças públicas e semipúblicas. Assim, será abordadas referências como o grande arquiteto paisagista Burle Marx e autores como Mascaró e Mascaró, Ching, Dourado, Lira Filho, Abbud, Alex e Romero.

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2.3.1 Conceitos paisagísticos

Segundo Abbud (2006), o paisagismo deve trabalhar aspectos de vazios e cheios nas criações dos espaços, pois sem isso não existe paisagem. O importante é pensar em espaços que sejam usados pelas pessoas e não somente pensar nos cheios, pois nas puras massas vegetais ninguém vive. [...] – “Um lugar deve ser sempre agradável e propiciar conforto, Nos dias quentes, deve refrescar com sua sombra; nos frios, aquecer com o sol ”(ABBUD, 2006, p.24).

O espaço engloba constantemente nosso ser. Através do espaço nos movemos, percebemos formas, ouvimos sons, sentimos brisas, cheiramos as fragrâncias de um jardim em flor. Sua forma visual, suas dimensões e escalas, a qualidade de sua luz – todas essas qualidades dependem de nossa percepção dos limites espaciais definidos pelos elementos da forma. À medida que espaço começa a ser capturada, encerrada, moldada e organizada pelos elementos da massa, a arquitetura começa a existir (CHING, 1998, p. 92).

2.3.2 Arquitetura paisagística como arte

Segundo Abbud (2006), o paisagismo é a única expressão artística que participam os cinco sentidos do ser humano, “[...] - Quanto mais um jardim consegue aguçar todos os sentidos, melhor cumpre seu papel” (ABBUD, 2006, p.15).

Segundo Dourado (2009), o paisagismo foi defendido por Roberto Burle Marx no início da sua carreira como manifesto artístico na década 1930. Essa informação foi esclarecida em uma conferência em 1954, por Marx:

A justaposição dos atributos plásticos desses movimentos estéticos aos elementos naturais constituiu a atração para uma nova experiência. Decidi-me usar a topografia natural como uma superfície para a composição e os elementos da natureza-minerais e vegetais-como materiais de organização plástica, tanto e quanto qualquer outro artista procura fazer sua composição com a tela, tintas e pincéis. (DOURADO, 2009, p. 108)

Segundo Lira Filho (2001), na área da arte, o paisagismo está inserido com as artes plásticas, trabalhando com diversidades de elementos como as plantas, animais, esculturas e elementos arquitetônicos. [...] - Há quem defina Paisagismo como “uma especialidade multidisciplinar de ciência e arte, que tem por finalidade ordenar todo o espaço exterior em relação ao homem e demais seres vivos” (LIRA FILHO, 2001, p.18).

Desde então tenho usado o elemento genuíno, da natureza, em toda a sua força e,

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como matéria, organizada em termos e propósitos de uma composição plástica. Pelo menos é assim que entendo o paisagismo, como uma forma de manifestação artística.

(Marx, 2004, p.33)

Segundo Joan Roig citado por Dourado (2009), comparar paisagismo à pintura é afirmar sua completa contemporaneidade, como comparar os avanços ao longo do tempo desta arte. “[...] – Não se trata de busca referencias nos valores próprios da representação, como sucedera na escola a pitoresca do paisagismo inglês, mas em valores intrinsecamente plásticos e gráficos” (Dourado, 2009, p.108).

2.3.3 Paisagismo de espaços públicos: o edifício e o externo

Podemos observar a preocupação com o paisagismo nos séculos passados. São poucas as documentações, mas podemos encontrar alguns vestígios na história em antigas ruínas, onde edifícios foram encontrados com espaços ajardinados e com infraestrutura, então se percebeu uma preocupação em organizar as plantas por meio de uma ordem, observando também a integração entre os espaços construídos e os espaços externos. Eles resolviam problemas de excesso ou falta de água e radiação solar. O objetivo das vegetações serviam tanto para decorações como para ajudar a controlar o rigoroso clima ( MASCARÓ, 2005).

Segundo Romero (2001), na história, a arquitetura vem sendo responsável pelas intervenções entre o homem e os espaços e seus materiais. Pode-se encontrar as principais características; que são os espaços privados e os espaços públicos externos. “[...] – Neste estudo, definimos os espaços públicos exteriores urbanos como aqueles espaços fundamentais que frequentemente condicionam os espaços construídos, que às vezes lhes conferem suas formas, seus relevos, suas características” (ROMERO, 2001).

Segundo Serra (1989), os espaços públicos exteriores são essenciais para constituições dos espaços construídos, pois possui elementos importantes da paisagem urbana, propondo espaços de vida para a cidade. Construir espaços públicos não é só propõe densidade de edifícios ou mesmo fachadas, mas sim desenvolve espaços acolhedores (ROMERO, 2001).

A arborização deve ser feita, sempre que possível, para amenizar os aspectos negativos do entorno urbano, transformando os lugares hostis em bastante hospitaleiros para os usuários (MASCARÓ, 2005, p.186).

Mascaró e Mascaró (2002), a respeito das variações do clima, ventilação, iluminação e a insolação, afirmam que a arborização nos espaços urbanos podem ser os requisitos principais para reduzirem a luminosidade da radiação solar. Portanto, o sombreamento que as

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arborizações transmitem tem grande importância nos espaços urbanos e nos edifícios, assim melhorando os desempenhos términos dos espaços ou recintos com a utilização das vegetações.

Essa contextualização foi o auxílio para o desenvolvimento do paisagismo em interação com o edifício que ajudou na sustentabilidade dos projetos arquitetônicos melhorando o conforto ambiental dos edifícios, por meio das estratégias e conceitos das vegetações naturais para melhorar o desempenho das trocas térmicas dentro dos edifícios e também reduzir a radiação solar.

2.3.4 Praça pública

Segundo Marx (2004), existem vestígios da existência de praças e jardim, desde a antiguidade, na Grécia, quando os filósofos, conversavam embaixo das árvores. Hoje, observa-se que os parques e praças são lugares de contemplação.

Segundo Sun Alex (2008, p.23), praça é uma construção no vazio, é apenas espaço físico aberto, mas também um centro social no tecido urbano. Kevin Lynch esclarece que a praça é um local de convívio social dentro da cidade, que tem relação com a rua com as pessoas e a arquitetura. The square ou plaza, modelos diferentes dos espaços abertos públicos, fundamentados nas cidades históricas da Europa:

A plaza pretende ser um foco de atividade no coração da cidade alguma área

“intensamente” urbana. Tipicamente, ela será pavimentada e definida por edificações de alta densidade e circundada por ruas ou em contato com elas. Ela contém elementos que atraem grupos de pessoas e facilitam encontros: fontes, brancos, abrigos e coisas parecidas. A vegetação pode ou não ser proeminente (ALEX, 2008, p.23).

Segundo Sun Alex (2008, p.23), [...] – “Em On The Plaza, Setha Low evoca uma eloquente citação de Fernando Guillén Martinez para exprimir a profunda vinculação da praça e o desenho social, política e cultura das cidades da América hispânica”:

A plaza em si, considerada limitada no espaço por seus quatro lados, é mais bela expressão da vida social jamais alcançada pelo planejamento urbano e pelo gênio arquitetônico do homem. [...] A simplicidade de seus espaços é claramente um convite para a liberdade social e moral das pessoas... (ALEX, 2008, p.23).

Marx explica a origem das praças brasileiras, destacando o público e sua multifuncionalidade das praças, que seria igual às piazzas e plazas. No Brasil, a origem

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religiosa, como nas praças das igrejas, define que a ausência do poder governamental demarca nosso “chão público”. As praças diante dos edifícios públicos importantes são raras e quando são construídas para esse fim, dificilmente se situavam em um local digno para acolher os indivíduos, pois os responsáveis pelas obras valorizavam projetos arquitetônicos mais elaborados. (ALEX, 2008)

A defasagem de praças públicas brasileiras voltadas para os edifícios públicos perdem o foco de praças plazas, que pretendiam se estabelecer nos corações das cidades onde a densidade urbana é mais ampla. Assim, deve-se pensar na responsabilidade de construir mais edifícios públicos com praças voltadas para uma responsabilidade social das cidades, localizadas nos centros das cidades onde as áreas são mais adensadas.

2.3.5 Burle Marx

Nas décadas 1930 e 1960, Marx fez parcerias com arquitetos, algumas mais frequentes, como Lucio Costa. Assim influenciou a modernidade associando o paisagismo e à arquitetura.

Com a nova modernidade do paisagismo, ocorrem a criação de espaços junto à edificação (DOURADO, 2009).

Segundo Burle Marx (2004), com jardins podemos suavizar nossa vida tão cheia de percalço, Ele afirma que o “jardim comunal”, que são praças e parques, teria grande importância na nossa vida, seria uma harmonia relativa e haveria o equilíbrio da sociedade. Ao expressar jardins de cidade, ele refere-se também às praças, à união da arquitetura e à relação do homem no espaço. Quando se pensa no aspecto moderno na urbanização, a grande preocupação é manter a presença da vegetação nos espaços, para que possa haver o contato da natureza com a população, para que eles não se sintam sufocados na massa de concreto que pouco a pouco vai dominando o espaço vazio das grandes cidades.

A poluição do ar, a falta de espaços verdes, uma urbanização desordenada, atrabiliária, têm contribuído para a incompreensão de como poderia ser uma cidade ideal, com seus bosques, suas áreas para piqueniques, playfields, teatros ao ar livre, com praças onde as pessoas pudessem se encontrar piscinas e, sobretudo, onde a imaginação contribuiria para aspectos estéticos, tão necessários à vida cotidiana. (MARX, 2004, p.210)

Podemos ver a preocupação de Roberto Burle Marx com os elementos da paisagem, pelo fato dele querer incorporar a vegetação à urbanização das nossas cidades. Por meio desses princípios foi realizada a proposta projetual das praças públicas, com espaços sustentáveis com utilização da vegetação existente, propondo minimizar o impacto ambiental. Pode assim, com essa iniciativa, conscientizar as próximas gerações de arquitetos e urbanistas em transformar os

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locais onde vivemos e propor a estabilidade da flora onde vivemos.

Siqueira (2001) descreve os conceitos de Burle Marx para a Residência Odette Monteiro,

“[...] - caracterizada por vários críticos como pictórica, inspirada diretamente na natureza. Lagos artificiais, elevações e depressões são construídas, de forma a se estabelecer uma acomodação entre a casa neocolonial e a natureza exuberante da Serra dos Órgãos.” (SIQUEIRA, 2001, p.40)

Figura 2- Residência Odette Monteiro

Fonte: http://www.cemara.com

O exemplo da obra de referência do paisagista Roberto Burle Marx, para o desenvolvimento da proposta arquitetônica e urbanística da biblioteca pública com praças públicas e semipúblicas.

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3 CORRELATOS E REFERÊNCIAS

Neste capitulo foram analisados quatro projetos de correlatos que proporcionaram o auxílio no desenvolvimento do projeto arquitetônico e abordará importantes aspectos formais, funcionais, construtivos para criação de uma biblioteca pública.

3.1 A BIBLIOTECA DE BIRMINGHAM

A biblioteca de Birmingham, no Reino Unido, está localizada no centro da cidade, projeto realizado pela empresa de arquitetos Mecanno em 2009. Possui uma área construída de 35.000 m² um dos cenários mais importantes na cidade da Birmingham, de frente com a Praça do Centenário, um dos lugares mais movimentados.

3.1.1 Aspecto formal

A forma envidraçada é formada pelas grandes caixas em balanço, revestida por uma pele que é inspirada na tradição artesanal da cidade. O balanço da biblioteca forma grandes áreas avarandadas com vista para praça e os eventos e acontecimentos que ali acontecem.

Figura 3- Biblioteca de Birmingham

Fonte: http://www.archdaily.com.br/

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3.1.2 Aspecto Funcional

O projeto da biblioteca tem acessos dinâmicos localizados no coração do edifício, por meio de elevadores e escadas, disponibilizados entre os oito andares, e também promovem luz e ventilação natural. O sombreamento do sol durante o dia é bloqueado pela pele estrutural da fachada, permitindo a luz natural no interior do edifício. O térreo cria uma atmosfera isolada do calor, que proporciona a entrada de luz e ventilação dentro do edifício, um espaço ao ar livre, sem o calor solar.

Figura 4 - Corte da Biblioteca

Fonte: http://www.archdaily.com.br/

Na cobertura está localizado o Memorial Shakespeare, criado em 1882. No centro da biblioteca há um acervo convencional. No terreno existe, um hall social com grandes esquadrias de vidro, dando interação dos espaços com praça pública, e abaixo do hall há um auditório, com salas de oficinas e uma praça semipública.

Figura 5 – Praça Pública da Biblioteca

Fonte: http://www.archdaily.com.br/

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Figura 6 – Praça Semipública

Fonte: http://www.archdaily.com.br/

Na fachada, as aberturas permitem a entrada de ar fresco e a saída do ar quente nos espaços. O paisagismo da cobertura ajuda ainda mais nessas contribuições dentro do edifício.

Figura 7 - Paisagismo da Cobertura

Fonte: http://www.archdaily.com.br/

3.1.3 Aspecto construtivo

Atraente estrutura de vidro e metal, o edifício estabelece uma estrutura de metal de quatro blocos retangulares na fachada de vidros dourados e prateados. A pele de metal

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melhora a iluminação natural dentro do edifício e reduz a dependência de iluminação artificial.

3.2 BIBLIOTECA PÚBLICA DE SEATTLE

Projetada pelo arquiteto Rem Koolhaas, a biblioteca pública Seattle está localizada na região central, nos Estados Unidos, construída no ano 2000 e inaugurada em 2004. O projeto foi distribuído em uma área de 34.000 m², em uma quadra inteira, possui 11 andares com 56 metros de altura, com espaço para comportar aproximadamente 1.400.000 livros.

3.2.1 Aspecto formal

A forma simboliza uma grande pirâmide retorcida e elevada sobre a paisagem urbana.

Tem características de excelência, com autonomia e técnica monumental. A pirâmide guarda a memória da morte, a biblioteca também quarda a morte de pensamentos manifestos das escrituras.

Figura 8- Biblioteca Pública de Seattle

Fonte: http://arquitetesuasideias.com

No seu interior, há a representação harmoniosa silenciosa das pirâmides altamente organizada. Ao acessar os espaços dos corredores, circula-se por labirintos a procura de referência.

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Figura 9 - Espaço Interno

Fonte: www.archdaily.com.br

3.2.2 Aspecto funcional

A biblioteca de Seattle, no seu interior, possui três grandes espaços para entretenimento cultural. No térreo há praça de recepção, no terceiro andar, um programa de inclusão digital, a praça de computadores e, no quinto andar a praça de leituras.

Figura 10 - Corte Biblioteca

Fonte: www.archdaily.com.br

O auditório é formado por uma arquibancada que fica abaixo do nível do piso térreo e dois andares abaixo funciona uma pequena praça, a biblioteca infantil. Em meio essas praças, há um programa convencional de uma biblioteca. A administração e as salas de reunião e pesquisa foram colocadas acima da praça de leitura em um mezanino fechado e os andares de acervo intercalados entre as praças de computadores e leitura.

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3.2.3 Aspecto construtivo

O Projeto espacial estrutural do edifício é uma grande massa envidraçada em aço, sustentado por um núcleo sólido de concreto de lajes exploradas e suspensas. As colunas treliças verticais e inclinadas adicionadas nos pisos são usadas para transferir o peso dos andares superiores.

Figura 11 - Forma espacial da estrutural

Fonte: https://www.pinterest.com

3.3 O COMPLEXO CULTURAL LUZ

O projeto do Complexo Cultural Luz, dos arquitetos suíços Herzog & de Meuron, está localizado em São Paulo, região central onde acontece o maior corredor cultural da América Latina. O projeto que estabeleceu um novo espaço cultural faz parte de uma operação para reestruturar a área da Luz, um dos locais mais degradados da cidade.

3.3.1 Aspecto formal

A Complexo Cultural Luz compõe-se por faixas horizontais entrelaçadas que se cruzam em níveis, promovendo varias entradas de ar e luz nos espaços abertos.

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Na fachada, há varias faixas que compõem a forma, criada por uma série de varandas integradas com os espaços verdes transparentes, podendo valorizar o espaço verde em seu entorno.

Figura 12 - O Complexo Cultural Luz

Fonte: http://arcoweb.com.br/

3.3.2 Aspecto funcional

O Complexo Cultural Luz traz a combinação de educação, cultura, artes e eventos, com o objetivo de trazer melhorias para o bairro e região. O projeto pretende estabelecer a união de centros, como o Concerto Hall São Paulo, Universidade Livre de Música, Pinacoteca do Estado de São Paulo, a estação de trem Júlio Prestes, Parque da Luz, Museu da Língua Português e Museu de Arte Sacra. A volumetria com pé direito duplo tira partido do projeto paisagístico.

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Figura 13 - Acesso e Fluxograma I

Fonte: http://arcoweb.com.br/

Figura 14 - Acesso e Fluxograma II

Fonte: http://arcoweb.com.br/

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3.3.3 Aspecto construtivo

Estrutura em concreto, com lajes finas leves horizontais em balanço criam pé direito variados e percorre todo o limite do terreno. O edifício é formado por cinco andares e tem quatro frentes, voltadas para áreas verdes.

Figura 15 - Maquete Implantação

http://arcoweb.com

3.4 MIDIATECA MONT DE MARSAN

A Biblioteca de Mídias foi construída pela prefeitura na cidade de Marsan na França, localizada no meio do quartel militar Bosquet e possui uma área de 4750.0 m². O projeto foi realizado pela empresa aschi5, no ano 2013. O espaço é uma forte característica cultural da área urbana da região.

3.4.1 Aspecto Formal

A Forma de uma envoltória quadrada de puras linhas geométricas, expressando na forma a austeridade dos materiais. O volume translúcido espelhado reflete os quartéis por todos os lados da extremidade e o Layout, diferente, destaca-se entre o circundante clássico da área militar.

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Figura 16 - Midiateca Mont de Marsan

Fonte: www.archdaily.com.br

3.4.2 Aspecto Funcional

O edifício foi criado para expressar uma praça cultural coberta para transmitir a sensação, desenvolve-se uma fachada transparente, além de possível estratégia da edificação no meio dos quartéis militares. O entorno traz um paisagismo inclinado que envolve o olhar do espectador para o alto, onde o reflexo da paisagem alterna as fachadas envidraçadas.

Figura 17- Vista do Entorno

Fonte: www.archdaily.com.br

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O edifício compõe uma planta aberta que organiza naturalmente suas funções dentro do espaço, um ambiente visual que difunde a luz natural de maneira equilibrada e uniforme.

Dispõe também de um pátio no seu interior, que ajuda a equilibrar a iluminação natural.

Figura 18 - Planta baixa

Fonte: www.archdaily.com.br

Figura 19 - Espaço Interno

Fonte: www.archdaily.com

3.4.3 Aspecto Construtivo

A biblioteca de Mídia é composta por uma estrutura sustentada por pilotis estruturais que são escondidos por uma malha metálica envidraçada que forma uma caixa. O mais impressionante é a utilização de um vidro na fachada que, ao mesmo tempo em que reflete o espaço externo, revela o que acontece no interno.

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Figura 20 – Maquete Estrutural

Fonte: www.archdaily.com.br

3.5 CONTRIBUIÇÕES DOS CORRELATOS

Os estudos dos correlatos e referências escolhidos proporcionou conhecimento sobre soluções para o desenvolvimento da forma arquitetônica e a responsabilidade da sua intervenção no meio urbano.

A Primeira obra, a biblioteca de Birmingham, propõe a evolução no aspecto formal e funcional. O conceito formal tem exemplos de características do conforto ambiental, com uma estrutura de aço que funciona como brises e cobogós, minimizando a incidência da luz solar. A fachada há uma agradável estética formal, com aplicação dos espelhos com efeitos coloridos em cada volume.

A funcionalidade do edifício traz soluções dos espaços interno/externo, propondo a entrada de iluminação natural por claraboias e grandes vãos horizontais envidraçados possibilitando a comunicação com os espaços públicos que são as praças públicas e semipúblicas. O edifício proporciona a entrada da ventilação natural, assim permitindo a saída do ar quente dentro do edifício com utilização do paisagismo como um fator importante nas trocas térmicas de dentro do ambiente.

A biblioteca pública de Seattle contribui para desenvolvimento do aspecto funcional e construtivo do projeto. No aspecto construtivo, o edifício resolveu problema estrutural, onde a estrutura é sustentada por um núcleo central, que aconteceu às circulações verticais que

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sustentara as circulações horizontais. E também problema do revestimento estrutural da fachada que é desempenho de uma pele em vidro.

No funcional o projeto traz o dimensionamento das áreas, proporcionando um programa de necessidade bem elaborado, mostrando um ótimo exemplo de espacialidade no ambiente com espaços com pé direito duplo, com mezanino e criação de praças fechadas no ambiente interno.

O Terceiro projeto desenvolveu auxílio para soluções arquitetônicas no aspecto formal e funcional, sendo um projeto de referência, teve contribuição em três exemplos. A primeira solução formal disponibiliza a possibilidade de trabalhar volumes sobrepostos simples sem muitos ornamentos, pois proporciona a beleza neutra dos materiais.

O segundo traz contribuição no aspecto funcional, pois o modo como os arquitetos trabalharam o edifício em contato com a paisagem é um ótimo exemplo para a ideia de interação do ambiente interno com o externo, que na proposta seria a comunicação da arquitetura junto ao paisagismo, um edifício em pleno contato com o paisagismo urbano.

Assim, propõe-se um ambiente de convivência com a natureza tanto no ambiente interno como no externo, ambiente com sustentabilidade ambiental. O interessante do projeto é a maneira como foi desenvolvido o ambiente interno e externo, um ambiente de fácil acesso.

O último correlato de referência é a obra da Biblioteca de Mídia. O projeto traz importantes soluções funcionais para o conforto ambiental e térmico. No conforto ambiental, o edifício, mesmo com a fachada toda em vidro, desenvolveu uma iluminação sem desempenhar ofuscamento, trabalhando o dimensionamento das paredes de modo que a iluminação ao chegar ao ambiente, se tornassehomogênea. A outra potencialidade que ajudou na iluminação natural é a utilização do pátio interno de paredes sinuosas. Pensando no conforto térmico, o telhado foi projetado com laje jardim, minimizando a temperatura térmica dentro do edifício.

Após desenvolver as referências, há a necessidade de desempenhar um projeto arquitetônico que estabeleça a dialética desses projetos nas ações formais, funcionais e construtivas.

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4 DIRETRIZES PROJETUAIS

Neste capitulo serão apresentadas as diretrizes para o desenvolvimento do projeto da biblioteca pública, a fim de analisar a contextualização da cidade, a localização da proposta, o conceito arquitetônico e, na sequência, o programa de necessidade e as considerações projetuais.

4.1 A CIDADE DE MEDIANEIRA E SUAS CARACTERÍSTICAS

O município escolhido para a implantação do projeto está localizado no Sul do Brasil, na Região oeste do Paraná. Conforme a figura 16 abaixo, pode-se observar nos mapas o lugar de origem da cidade de Medianeira, que faz parte da microrregião de Foz do Iguaçu.

Figura 21 - Localização da cidade de Medianeira.

Fonte: Medianeira – PR: A proposta do Plano diretor – 2005 a 2006/Caio Smolarek Dias, Denise Schuler, Hitomi Mukai, Solange Irene Smolarek Dias.

Segundo o plano diretor de Medianeira (2007), ao analisar no mapa da figura 23 a localização das mesorregiões do oeste do Paraná, foram apontadas as principais cidades com maior centralidade de desenvolvimento no Oeste do Paraná. A cidade escolhida se encontra na posição do sub-regional 2, considerada uma cidade de porte de nível médio. Assim se observa o nível de centralidade de Medianeira que se encontra na posição, entre meio aos maiores polos regionais do oeste do Paraná, considerado o sub-regional 1 nível forte, que são

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as cidades de Cascavel e em seguida Foz do Iguaçu. A cidade escolhida possui uma potencialidade devido a sua malha viária, que será considerável para implantação da Nova Biblioteca pública, pois possui uma localização que proporciona a possibilidade de ser um polo regional de encontros culturais no oeste do Paraná.

Figura 22 - Localização da Mesorregião do Oeste Paraná

Fonte: Medianeira – PR: A proposta do Plano diretor – 2005 a 2006/Caio Smolarek Dias, Denise Schuler, Hitomi Mukai, Solange Irene Smolarek Dias.

Medianeira foi colonizada, segundo o Plano Diretor, pelos empreendedores da Pinha de Terra que se associa com o grupo Guaporé e Bento Gonçalves, criando a Indústria e Agrícola Bento Gonçalves Ltda, autorizando ao grupo a reponsabilidade da colonização da cidade de Medianeira pelos senhores Pedro Soccol e José Callegari. O município foi desmembrado de Foz do Iguaçu, oficialmente no dia 28 novembro de 1961. A instalação da primeira Cooperativa em 1970 devido aos problemas financeiros da cooperativa de Missal COMASIL passa a sede desta empresa para Medianeira, que futuramente se tornou Cooperativa Agroindustrial Lar. A partir 1970, foi proporcionada a região a geração de empregos e grandes riquezas, em conjunto com a mecanização da agricultura.

Sendo assim, a região Oeste do Paraná possui 52 municípios, a cultura da região tem ligação com a imigração do sul do Brasil, principalmente das regiões do Rio grande do Sul e

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Santa Catarina e a característica do local de origem que já trazida para a região é de origem germânica e italiana. O projeto da cidade são quadras dispostas ao longo da rodovia BR-277, rodovia localizada dentro do perímetro urbano. A fim de propor acesso de um lado ao outro, foram criadas ligações ou diagonais. A cidade possui um território de 314,632 km², e seu clima subtropical úmido, com verões quentes e invernos gelados com geadas e chuvas regulares. Na área urbana suave, há ondulação com solo argiloso e eficiente sistema de drenagem. (PLANO DIRETOR – MEDIANEIRA PR, 2007)

O município de Medianeira foi escolhido, pois é uma cidade com grande potencial de desenvolvimento, por ser um polo industrial e comercial com faculdades. Assim percebeu-se que a cidade com essa economia, não proporciona espaços públicos de qualidade para população. Pelo Plano diretor de Medianeira, percebemos a deficiência de locais como Bibliotecas Públicas, áreas de lazer públicas. Diante do exposto, essa é a cidade ideal para elaboração da Nova Biblioteca Pública com praças públicas e semipúblicas.

4.1.1 Levantamentos da biblioteca pública de Medianeira

A primeira Biblioteca de Medianeira foi fundada em 30 outubro de 1973, titulada com o nome de Biblioteca pública Municipal Carnela Mazzola, que se localizava onde hoje é a unidade central de saúde o NIS III.

Atualmente, a biblioteca situa-se na Avenida Brasil-centro, não possui sede própria, pois se encontra em um sala comercial alugada pela prefeitura, no edifício Tombine. O espaço possui dois pisos e está distribuído em uma área 200 m², conforme mostra a figura 24.

Figura 23 - Biblioteca Pública Carnela Mazzola

Fonte: Autora, 2015

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Para entender o processo da biblioteca, foram realizadas anotações sobre a instituição, que se encontra em um local de fácil acesso e muito frequentada pela população de todas as idades, principalmente pelos alunos de nível fundamental e médio, que a utilizam para suprir suas necessidades de informação.

A estrutura do processo de empréstimo e devolução se encontra ainda hoje de forma manual, com acervo de três mil itens catalogados, composto por livros didáticos, paradidáticos, obras de referência e periódicos: gibis, revistas e jornais, que atendem aproximadamente 400 usuários por mês.

Infelizmente, o local não tem um espaço adequado para atender a população, pois é pequeno e com poucas mesas para sentar, pois é um espaço provisório até a prefeitura conseguir verbas para fazer uma nova biblioteca pública.

O projeto de conclusão de curso observou essa deficiência na cidade de Medianeira, assim propôs um novo projeto para a biblioteca pública de Medianeira – PR. A nova instituição tem um novo padrão que será o encontro do novo e o velho, que será o encontro da tecnologia digital e dos livros, também com novos espaços para cultura e lazer.

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4.2 LOCALIZAÇÃO DO TERRENO

Conforme consultado no mapa de zoneamento urbano na figura 24, o lote escolhido está delimitado de amarelo e se encontra na área central do perímetro urbano da cidade de Medianeira. Localiza-se tanto no ZCSC – 1 (Zona de Comércio e Serviço Central -1) quanto no ZCSC – 2 (Zona de Comercio e Serviço Central - 2). O terreno de uma quadra localiza-se no centro da cidade propiciando acesso por todos os lados do sistema viário da estrutura urbana. Há também um rápido acesso à BR 277 para Cascavel e Foz do Iguaçu, conforme mostra a figura 24 abaixo na flecha, que possibilita o acesso também para os pedestres, por uma passagem inferior que dá do outro lado da BR 277 é uma área bem movimentada, pois muitos pedestre utilizam essa passagem para ir para casa ou mesmo para trabalhar na Cooperativa Frimesa, que se localiza do outro lado da cidade. O terreno é em uma área bem movimentada e possível boa visibilidade da cidade. Por ser considerada uma cidade de porte médio, a maioria do deslocamento diário da população ocorre no centro, pois é lá onde estão os principais empreendimentos.

Figura 24 – Mapa de Zoneamento

Fonte: Portal Prefeitura de Medianeira

Referências

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