Propor uma biblioteca para Medianeira com praças públicas e semipúblicas, como um "novo espaço recreativo".
Sendo uma arquitetura indutora de transformação, isso se deve como um fator de inovação urbanística para a cidade e os espaços públicos, cumprindo o caráter de "interesse social", disponibilizando o uso da comunidade ao convívio de cultura, lazer e entretenimento, propondo novos ambientes culturais como artes cênicas e artes visuais e a introdução da tecnologia digital como agente de inclusão social, para o desenvolvimento cultural, social e econômico da sociedade.
O Projeto é inspirado na simplicidade da arquitetura minimalista que significado a beleza simples dos materiais “símbolo de uma ordem espiritual”, que é manifesto da entrada da luz no ambiente simbolizando a nudez da forma. Assim se expressou a arquitetura junto ao paisagismo tradicional, espaço de comunicação entre o interno e o externo. Para que fosse transmitida essa sensação, foi necessária a utilização de materiais modernos como concreto, vidro e aço. A partir desses princípios, desenvolveram-se ambientes com grandes esquadrias envidraçadas, aberturas zenitais e pátios internos que proporcionam a comunicação da natureza em sintonia com o edifício assim espaços que tragam bem-estar e qualidade de vida.
A arquitetura tem uma forma simples, neutra, sem muito ornamento, que definiu a beleza espontânea dos seus materiais em uma forma sobressalente, transformando o invólucro e a vegetação parte de um todo, podendo expressar simbologia da "ordem
espiritual" entre a forma e o espaço urbano. A biblioteca possui uma forma funcional, com uma planta com áreas internas amplas de pé direitos duplos com mezaninos para melhorar a interação e a disponibilidade das atividades dos estudantes e visitantes.
O projeto será realizado na cidade de Medianeira, localizada na região oeste do Paraná. A escolha da cidade deu pelo motivo de ser uma cidade de grande potencial econômico e por possuir uma considerável implantação, pois a biblioteca pública tem a possibilidade de atender a região, pois está localizada no meio de duas grandes cidades no oeste do Paraná, que são Cascavel e Foz do Iguaçu. Assim, essa localização favorece a possibilidade de ser um espaço de encontros culturais.
O terreno escolhido proporciona o desempenho da proposta arquitetônica "biblioteca pública com praças públicas e semipúblicas", por esse motivo, deu-se a escolha de um terreno que já tivesse a existência de vegetação urbana. Evidentemente por ser um terreno no centro, tem maior concentração de comércio e empreendimentos, considerando um espaço gerador de maior densidade urbana, promovendo uma maior visibilidade e enriquecimento do projeto.
A função social da biblioteca não é apenas abrigar livros, mas tem a obrigação de desenvolver novas atividades de interesse, que sejam envolvidas e atualizadas diretamente com as novas tendências de informação, tendo o dever de proporcionar conhecimento e cultura a todo grupo social. A biblioteca do futuro tem o dever de agregar o novo conhecimento tecnológico. Por esse motivo, o enfoque para “biblioteca pública para Medianeira” que traz essa nova cultura para dentro do espaço cultural, pois hoje o acesso à tecnologia não está sendo disponível a todas as classes sociais, sendo um espaço indutor de inclusão social. Atualmente, para definir essas novas bibliotecas estão utilizando o termo
"midiateca".
Perter Walker define minimalismo sobre os espaços paisagísticos como “O minimalismo ressuscita o conceito de significado espiritual. Até pouco, os jardins eram funcionais e às vezes belos, mas não tinham significado. Com a ênfase em chegar à redução e à essência, o minimalismo é uma via para alcançar o mistério”. (FRANCO,1997, p.38)
A proposta paisagística do minimalismo propõe um ambiente em menor escala mas que atenda a espiritualidade do local, assim as praças públicas e semipúblicas compõem essa linha espiritual, por meio de um ambiente que seja inspirado na entrada do paraíso, em um lugar iluminado, entre as grandes copas das árvores, transmitindo tranquilidade e bem- estar.
Figura 28- Biblioteca Pública Para Medianeira.
Fonte: Autora, 2015
O projeto está focado na sustentabilidade. Desde o princípio do projeto arquitetônico foi primordial para o desenvolvimento do projeto a análise do terreno, topografia do local, árvores existentes e orientação solar. Assim, o projeto foi desenvolvido a partir dos princípios da arquitetura bioclimática, sendo elas a escolha do térreo e a preocupação da utilização da vegetação no ambiente urbano. Deu-se assim a escolha de um terreno que já tivesse vegetação para ajudar na perda de ganhos térmicos, outras orientações para minimizar esse problema foi a utilização do espelho de água e o aproveitamento da iluminação natural no ambiente, transmitindo calma e repouso, pelos seus materiais símbolo de uma “ordem espiritual”.
O projeto tem a proposta de desenvolver três aspectos de sustentabilidade, o ambiental, o social e o econômico, com auxílio das tecnologias da arquitetura bioclimática, com estratégias para melhorar a qualidade de vida da sociedade.
Com a utilização do aspecto de sustentabilidade ambiental, podemos melhorar o desempenho térmico de dentro do edifício e minimizar as trocas de calor no ambiente. Pois as árvores existentes nas praças públicas que rodeiam a arquitetura favorecem as trocas térmicas de dentro do edifício e controlam a iluminação natural.
No aspecto sustentabilidade social, será construído um ambiente que incentive a população ao convívio social, assim as praças arborizadas proporcionam o equilíbrio da natureza com o ser humano, fornecendo um ambiente saudável e agradável para a sociedade.
A sustentabilidade econômica ajudará no hábito de desenvolvimento da sociedade, por meio dos investimentos na educação, criando uma sociedade com maior estrutura e capacidade para ajudar no desenvolvimento econômico.