INSTITUTO DE FÍSICADE SOCARLOS
MODELOS DE VÉRTICES EXATAMENTE INTEGRÁVEIS
Anderson Augusto Ferreira
Dissertação apresentada ao
Instituto de Físia de São Carlos,Universidadede São Paulo,
para a obtenção do título de Mestre em Ciênias: Físia Básia
•
Ao professor Franiso Castilho Alaraz, pelo grande esforço que tem feito no meu proesso deformação ientía.•
A minha mãe, ao meu irmão, e ao meu amigo Justino, que me deram muita força nosmomentos difíeis de minhavida.Nesta dissertação, mostramos as primeiras apliações do reém riado Ansatz do
Produto Matriial [8℄ na solução exata das matrizes de transferênia assoiadas a
modelos de vérties. A integrabilidade dos modelos é obtida diagonalizando-se a
matriz de transferênia diagonal-para-diagonal. Foram estudados duas lasses de
modelos.
Na primeira delas introduzimos novos modelos de vérties, que denominamos de
modelos de 5 vérties interagentes. Nestes modelos os vérties além das interações
usuaisde vizinhos próximos, dadas pela regra do gelo, possuem também interações
denatureza repulsivaao longo dadiagonal. Ofamosomodelo de6 vérties éobtido
numlimite partiulardeste novomodelo.
Oespetro da matriz de transferênia, analogamente ao que aontee no ansatz de
Bethetradiionalédadoemtermosdasolução deequaçõesnãolineares. Umestudo
analítio e numério destas equações foifeito para o modelo de 6 vérties que está
ontido nesta primeira lassede modelos. Tais resultados,juntamenteom asidéias
deinvariânia onforme,nospermitiram estudar omodelo emseuregimerítio.
A segunda lasse de modelos que estudamos foram os modelos de 10 vérties que
satisfazemàsregrasdogelo. Obtivemos todosospossíveismodelosexatamente
In this dissertation we present the rst appliation of a reent introdues Matrix
ProdutAnsatz [8℄, inthe exat solution of thetransfer matriesassoiated to
ver-tex models. The exat integrability is obtained thruong the diagonalization of the
diagonal-to-diagonal transfermatrix. We studied two lasses of models. Inthe rst
oneweintroduenewvertexmodels,thetweallasinterating5vertexmodels. On
thesemodels beyondthe nearest-neighbour interations amongthe vérties,imposed
bythe ierule,they alsohave repulsive interationsalongthediagonal. Thefamous
6vertex modelisjust aspeialasethis lassof models.
The eigenspetrum of this transfer matrix, analagously as in the the traditional
Bethe ansatz,isobtained intermsof the rootsofnon linearequation. Ananalitial
enumerial study oftheseequations wedone inthis aseofthe6 vertexmodelwih
isan speialase of the models onsidered on therst lass. Theseresults together
withthemahinaryommingfromonformalinvarianeallowusthestudythemodel
onits ritialregion.
Theseond lassofmodels we onsideredwerethe10 vertexmodels thatsatisfyie
rules we obtained all the possible exat integrabel models on this lass, rederiving
1 Introdução 1
2 Modelos de vérties om ondições de ontorno toroidais espeiais 9
2.1 Introdução . . . 9
2.2 Loalização dasehas na rede e a matriz de transferênia diagonal-para-diagonal . . . 12
3 Modelos de 5 vérties interagentes 15 3.1 Modelode 5 vérties omdomíniode interação
s
xo . . . 163.2 Modelode 5 vérties omdomíniode interação
s
variável . . . 193.3 Diagonalização da matriz de transferênia diagonal-para-diagonal do modelode 5vérties interagentes de domíniode interação
s
variável . . . 193.4 Estruturadosautovaloresdamatrizdetransferêniadomodelodeseis vérties. . . 36
3.4.1 SoluçõesNumériaspara adeias nitas . . . 36
3.5 LimiteTermodinâmio . . . 44
3.5.1 Introdução . . . 44
3.5.4
∆
<
−
1
. . . 53 3.6 Conteúdo operatorial do modelo de 6 vérties a partir da matriz detransferêniadiagonal-para diagonal . . . 55
3.6.1 Veloidadedo som em
∆ = 0
. . . 573.6.2 Estados exitados . . . 58
4 Modelos de 10 vérties exatamente integrável na rede diagonal 62
4.1 Desriçãodomodelo . . . 62
4.2 Diagonalização da matriz de transferêniadiagonal-para-diagonal
as-soiadaao modelode 10 vérties . . . 63
4.3 Análisedassoluções . . . 83
5 Conlusão 88
Introdução
No iníio do séulo 20, Niels Bohr e a físia holandesa J.H. Leeuwen mostraram
queemqualquertemperatura nita,e paraquaisqueramposelétriosemagnétios
nitos, a magnetização resultante de umaoleção de elétrons em equilíbrio térmio
é identiamente igual a zero. Tal demostração ontrariava a experiênia,pois desde
aeragrega, o homem játinha onheimento daexistênia de materiaismagnétios.
Evidentemente om essademonstração, a teorialássiamostrava-se inapazde
ex-pliaroomportamentomagnétiodosmaterias. ApenasomoadventodaMeânia
Quântia foipossívelentenderquea prinipalausado magnetismoeradevidoà
in-teraçâo oulombiana e asimetria imposta pelos spins doselétrons.
Ising em 1925, props um modelo semi-lássio de spins em uma dimensão, om o
objetivo detentarexpliar a transiçãode fasedo estadoparamagneto paraoestado
ferromagneto, e onsequentemente estruturar a teoria dos materias magnétios. O
seumodeloeraaraterizado pela Hamiltoniana
E
(
X
) =
−
J
L
X
i
=1
s
i
s
i
+1
−
h
L
X
i
=1
s
i
,
(1.1)as possíveis ongurações da rede. As variáveis
s
k
,k
∈
(1
, . . . , L
)
assumem dois possíveis valores (1,-1), orrespondendo às duas possíveis orientações dos spins emada sítio
i
(
i
= 1
, . . . , L
)
da rede.Baseando-se neste modelo, Ising alulou exatamente a função de partição, e
on-sequentemente obteve as grandezas termodinâmias. A onlusão de seus álulos
indiavamparaampomagnétioexternonulo,aexistêniadeumatransiçãodefase
doestadoparamagnetoparaoestadoferromagnetosomenteem
T
= 0
,ontradizendo osresultados experimentais queindiavamtransiçõesde faseemT
6
= 0
. Emvirtude deste fato, Heisenberg propsem 1928 ummodelo quântio de spin. Neste modelo,quepassouaserhamadodemodelodeHeisenberg,asvariáveisdespinsãotroadas
por matrizesde Pauli, isto é,
H
=
−
J
X
<r,r
′
>
(
σ
~
r
~σ
r
′
−
1)
−
h
X
<r>
σ
r
z
,
(1.2)onde
~σ
r
= (
σ
x
r
, σ
y
r
, σ
z
r
)
sãoasmatrizesde Pauli de spin1
2
,loalizados nossítios~r
da rede,e< r, r
′
>
sãoasoordenadas dosvizinhos próximosna rede.A versão unidimensional deste modelo foi resolvida em 1931 por Hans Bethe. Em
1966 Yang e Yang [1℄ resolveram a versão anisotrópia do modelo de Heisenberg
unidimensional. No ano seguinte Lieb [2℄ resolveu o modelo de seis vérties que
disutiremos abaixo. Ambas as soluções foram obtidas utilizando-se as idéias de
Bethe. Iniiava-se então,a eradossistemas exatamenteintegráveis.
A idéiado ansatz de Bethe 1
onsiste em esreverasautofunções(estado de Bethe)
dooperador(Hamiltonianooumatrizdetransferênia),omoumaombinaçãolinear
dosvetoresde basesendoasamplitudesombinações linearesde ondasplanas.
Aapliaçãodo operadoraserdiagonalizado nosestadosdeBethe forneemrelações
queno asodo modeloserexatamenteintegrável, sãosimultâneamente satisfeitas.
Tais relações sãoexpressas por um onjunto de equações não lineares denominadas
por equações do ansatz de Bethe. O espetro do operador é obtido mediante a
resoluçãodestasequações.
Omodelodeseisvértiesfoipropostoem1932porL.Paulingparaexpliaraentropia
residual(entropiaporsítio)não nulanozeroabsolutode algumassubstânias, omo
por exemploomonóxidode arbono,hidrogênioeogelo. Pauling,numaversão
sim-pliadaadimitiuqueoristaldegelofosseformadoporumarranjoristalinoemque
osoxigêniosoupassemosvértiesdeumaredequadradaeoshidrogêniosasligações
damesma(pontesdehidrogênio). Estasligaçõesdeveriamsatisfazeràseguinteregra.
Regra do gelo: Ao redor de um átomo de oxigênio existem outros 4 átomos de
oxigênio numa distânia de
2
.
76
Angstrons. Os oxigênios são ligados por pontes de hidrogênio, que orrespondem a um poço duplo de potenial om mínimo àsdistân-ias de
0
.
95
Angstrons e de1
.
81
Angstrons. Para a neutralidade loal de arga ao redor de ada oxigênio, dois dos hidrogênios devem estar à distânias menor e doisà distânias maior.
Segundo esta regra temos
6
possibilidades (vérties) de arranjar os hidrogênios aoredor de um átomo de oxigênio. Mostramos na primeira leira da gura 1 uma
possívelrepresentação da regra dogelo. Nestagura assetasentrando representam
oshidrogênios próximos e assetassaindo representam oshidrogênios maisdistantes
de umdeterminado oxigênio quesitua-se novértie.
Quase trinta anosmais tarde, Lieb diagonalizou de forma exata a matriz de
trans-ferênia (linha-para-linha) assoiada ao modelo de 6 vérties, para o aso espeial
em que todas as energias eram iguais (
e
1
=
e
2
=
. . .
=
e
6
=
e
), entretanto no modelo maisgeral de seisvérties [3℄ podemos atribuir energias distintas paraadae
0
e
1
e
2
e
3
e
4
e
5
Figura1.1: Energias dosvérties.
Modelos om valoresespeiais de energias tem reebidodiferentes denominaçõesna
literatura [3℄. O modelo onheido omo
KDP
, que desreve o omportamento ferroelétrio em baixas temperaturas do di-hidrogênio fosfato de potássio é obtidoquando
e
1
=
e
2
= 0
,e
3
=
e
4
=
e
5
=
e
6
>
0
. Um outro modelo onheido por modeloF
arateriza o omportamento antiferroelétrio. Asenergias deste modelo sãoe
1
=
e
2
=
e
3
=
e
4
>
0
,e
5
=
e
6
= 0
.Por outro lado,a representação deproessos estoástios interagentes emtermosde
adeias quântias de spins tem produzido uma frutífera onexão entre a meânia
estatístia doequilíbrio ea donão equilíbrio. Omapeamento entre estasduasáreas
deve-seàsimilaridadeentreaequaçãomestraquedesreveasutuaçõestemporaisde
nãoequilíbriodeumdadoproessoestoástioeasutuaçõesquântiasnoequilíbrio
deadeiasquântiasde spin.
Aonexãomatemátiaentreoequílibrioeonãoequilíbriorevelaquealgumasadeias
quântiasquedesreveertosproessosestoástios interagentes sãoexatamente
in-tegráveis via ansatz deBethe.
Mais reentemente, ao longo da déada de noventa e iníio desta déada [30℄-[31℄,
proba-ansatzdeproduto dematrizes(MatrixProdutAnsatz). Deaordoomesteansatz
asomponentesdoautovetordoestadofundamentalsãodadasemtermosdeum
pro-duto de matrizes. Estas omponentes, a menos de umaonstante de normalização,
são xas pelas relações de omutação das matrizes, denindo deste modo o ansatz
deproduto dematrizes. Estesmodelos sãoemgeralnão exatamenteintegráveis,eo
ansatzdoprodutodematrizessomenteforneeoautovetordoestadofundamentaldo
Hamiltonianoquântio assoiadoao modeloestoástio,emontraposição aoansatz
deBetheaimamenionado, emqueumnúmeroinnito deautofunçõessãoobtidas.
Reentemente surgiu um novo ansatz de produto de matrizes na área de modelos
estoástios interagentes, ansatz este denominado por ansatz do produto matriial
dinâmio (DynamiMatrix Produt Ansatz [4℄). De aordo omeste ansatz, a
dis-tribuiçãodeprobabilidadedomodeloédadaporumproduto dematrizesnãoapenas
parao estadoestaionário, massimpara umtempo arbitrário. Oansatzdoproduto
matriial dinãmio foi apliado originalmente em problemas de difusão assimétria
de partíulas na rede [4℄, [5℄. Reentemente [6℄, [7℄ mostraram que o ansatz pode
sertambém apliadoem problemas de difusão assimétria ontendo duaslasses de
partíulas. MotivadosporesteansatzAlarazeLazo[8℄pereberamqueosuessodo
ansatzmatriialnosproessosestoástiosaima menionado[4℄-[7℄sópoderiamser
expliadospelofatodosHamiltonianos quântiosassoiados seremexatamente
inte-gráveis. Isto possibilitou [8℄ a formulação de um novo ansatz do produto matriial,
quepode ser apliado, emprinípio, paraadeiasquântiasexatamente integráveis,
estejamtaisadeiasligadasounão aproessosestoástios. Emprinípio tal
formu-laçãoteria o mesmograude abrangêniaque ofamoso ansatz deBethe.
A idéia básia deste ansatz onsiste em esrever as autofunções do operador a ser
diagonalizadoomoumaombinaçãolineardosvetoresdebase,ujasamplitudessão
esritasomoo traçode umproduto de matrizes.
(análogas às equações do ansatz de Bethe menionadas anteriormente) são obtidas
através da invariânia ília do traço de produtos matriiais, juntamente om as
relaçõesde omutação entre asmatrizesdenidas noansatz matriial.
Paralelamenteaodesenvolvimentodossistemasexatamentesolúveis,desenvolvia-sea
teoriadosfenmenosrítios, ujoponto ulminantefoidadoem1974 omasidéias
da teoria do Grupo de Renormalização por Wilson [9℄ que proporiou um maior
entendimento daslasses deuniversalidade de omportamento rítio.
Os ingredientes básios que araterizavam sistemas físios pertenentes às
difer-entes lasses de universalidades, seriam rotulados pela sua dimensionalidade e suas
simetrias. Assingularidades das funções termodinâmias estariam governadas pelos
pontos xos do grupo de renormalização. Em 1984 Belavin, Polyakov e
Zamolod-hikov(BPZ)[10℄ pereberamqueseossistemasrítiosfossem, alémdeinvariantes
por dilatação (omo no grupo de renormalização), também invariantes por
trans-formações onforme, grandes onsequênias surgiriam em duas dimensões, onde o
grupo dastransformações onformes é de dimensão innita. O omportamento dos
fenmenosrítiosagoraestariamindexadosporumnúmero
c
,hamadodeanomalia entral ouarga entral da algebra onforme.Em seguida,Friedan, Qiue Shenker[11℄mostraram quesealém de invariantes
on-formesosmodelostambémforemunitários(queéoasodosmodelosestatístiosque
sãoassoiadosàmatrizesdetransferêniaunitárias)eomaargaentralmenorque
um
(
c
≤
1)
, aspossíveislasses de universalidades sãoquantizadas pelasériec
= 1
−
6
m
(
m
+ 1)
, m
= 2
,
3
, . . . ,
(1.3)sérieestadenominadaminimal. Paratalsérieasdimensõesesalares
∆
p,q
(queestãoassoiadas aosexpoentes rítios)é dadapelafórmula deKa [12℄
∆p,q
=
[
p
(
m
+ 1)
−
qm
]
2
−
1
Atabela dospossíveispesosonformes paraumdado valorda anomaliaonforme é
tambémhamadapor tabelade Ka.
No aso em que a anomalia onforme é maior que um
(
c
≥
1)
, a unitariedade e a invariânia onforme não são suientes para quantizar os possíveis valores dec
, a nãoser quesimetrias adiionais sejam impostas.Afase marante da apliação dainvariânia onforme emfenmenosrítiosà duas
dimensões surgiuomostrabalhosdeBlöteetal. [13℄,Aek[14℄eCardy[15℄,[16℄.
Eles mostraram umamaneira sistemátia de seestimar a anomalia onforme
c
e as dimensõesanmalasdosoperadores(queestãoassoiadasomosexpoentesrítios)a partir do omportamento assintótio do espetro dos modelos em sua formulação
Eulidiana(matriz de transferênia) ouHamiltoniana emgeometrias nitas.
Blöte et al. [13℄ e Aek [14℄ mostraram, independentemente, que se esrevermos
a matriz de transfêrenia
T
omoT
=
e
−
H
, então a anomalia onforme
c
pode ser determinada a partir do omportamento assintótio do estado fundamental deH
quando denido numa tira de tamanhoL
, e om bordas periódias, da seguintemaneira
E
0
(
L
)
L
=
e
∞
−
πcv
s
6
L
2
+
o
(
L
−
2
)
,
(1.5)
sendo
e
∞
aenergia porsítio doestadofundamentalda redeinnitaev
s
(veloidade do som) o oeiente linearna relaçãode dispersão energia-momento da adeia. Jáas dimensões dos operadores que governam as utuações rítias são aluladas a
partir do omportamento assintótio
(
L
→ ∞
)
dos estados exitados deH
. Para ada operador primárioO
∆
,
∆
¯
om dimensãox
∆
,
∆
¯
= ∆ + ¯
∆
e spin
s
∆
,
∆
¯
= ∆
−
∆
¯
,
existe uma torre innita de estados de
H
, ujas energiasE
∆
,
∆
¯
m,m
′
e momentoP
∆
,
∆
¯
m,m
′
,E
∆
,
∆
¯
m,m
′
(
L
) =
E
0
+
2
πv
s
L
(
x
∆
,
∆
¯
+
m
+
m
′
) +
o
(
L
−
1
)
,
P
m,m
∆
,
∆
¯
′
=
2
π
L
(
s
∆
,
∆
¯
+
m
−
m
′
)
.
(1.6)Adisposição dosapítulos desta dissertaçãofoielaboradade modoa permitirqueo
leitor tivesse uma visão sequenial do que foi estudado e desenvolvido durante este
período de mestrado. No apítulo 2 apresentamos de forma didátia a osntrução
damatriz detransferênia diagonal-para-diagonal assoiadaaosmodelos devérties
estudadosnestadissertação.
Noapítulo3introduzimosnovosmodelosdevértiesquedenominamos pormodelos
de5 vértiesinteragentes, sendo que,o famosomodelo de6 vértiespodeserobtido
omo um aso partiular deste novo modelo. Neste mesmo apítulo utilizamos o
ansatz do produto matriial, para obter a solução exata destes novos modelos
asso-iados à matriz de transferênia diagonal-para-diagonal. Em seguida, faremos um
estudonumério dasequaçõesdo ansatzdeBethe domodelode6vérties assoiado
à matrizde transferênia diagonal-para-diagonal, queserviu omo ponto de partida
para extrairmos o limite termodinâmio deste modelo. Para onluir este apítulo,
extraímosoonteúdooperatorial domodelode 6vérties,emsuaregião rítia,que
ompreendeointervalo
−
1
<
∆
<
1
,onde∆
éaanisotropiaquearaterizaomodelo de6 vérties.No apítulo 4 apresentamos e obtemos a solução exata dos modelos de 10 vérties
assoiados à matriz de transferênia diagonal-para-diagonal utilizando o ansatz do
produto matriial.
Noapítulo 5,apresentamos nossasonlusõese possíveisextensõesparaopresente
Modelos de vérties om ondições
de ontorno toroidais espeiais
2.1 Introdução
Mostraremosaquiummétodo alternativo deresolvero problemadevérties narede
quadrada. Este método foi proposto por Bariev [17℄. Ao invés de onsiderarmos a
redeomondiçãodeontornoperiódiaaolongodahorizontalonsideraremos uma
redeomondiçõesde ontornotoroidaisespeiais.
Para expliarmos estas ondições toroidais espeiais preisaremos nomear de uma
formaespeialossítiosnumaredequadradaformadapor
M
linhaseN
olunas. Uma redeomestageometriapossuiN
×
M
sítios. Umsítioéformadopelainterseçãode umalinha omumaoluna. Chamaremosaslinhasporl
(
l
= 1
, . . . , M
)
e asolunas porc
(
c
= 1
, . . . , N
)
. Vamos agora nomear da esquerda para a direita da folha de papel, ossítios deuma determinada linhal
da seguinte forma:formadapor
M
linhaseN
olunas.2
3
1
1
2
2
3
3
1
1
1
1
2
2
2
3
3
3
N
N
N
N
N
N
N−1
N−1
N−1
N−2
N−2
N−2
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(2)
(3)
(3)
(3)
N−2
N−1
N−1
N−2
N−2
N−1
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(3)
(3)
(3)
(M−2)
(M−2)
(M−2)
(M−2)
(M−2)
(M−2)
(M−1)
(M)
(M−1)
(M)
(M−1)
(M)
(M−1)
(M−1)
(M−1)
(M)
(M)
(M)
Figura2.1: Loalização dossítios narede quadrada.
Usando esta notação, as ondições toroidais espeiais de ontorno são denidas de
forma que um determinado sítio
s
(
l
)
(
s
= 1
,
2
, . . . , N
)
da linha
l
(
l
= 1
,
2
, . . . , M
)
seráequivalente ao sítios
(
M
+
l
)
,e ao sítio
(
M
+
s
−
1)
(
M
+
l
−
1)
,ou seja,
s
(
l
)
≡
s
(
M
+
l
)
,
(2.2)s
(
l
)
≡
(
M
+
s
−
1)
(
M
+
l
−
1)
.
(2.3)É interessante ressaltar que a denominação espeial na ondição de ontorno que
estamos usando deve-se à (
2
.
3
). Para alular a matriz de transferênia om as ondiçõesdeontornoaimadenidasserámaisfáilrepresentarmosaredequadradanuma forma diagonal 1
. Na gura
3
b
mostramos tal representação para a redeN
×
M
= 4
×
5
.Notequesegundo asondiçõesde ontorno(
2
.
2
) temospara a rededa gura2.2a
a equivalêniadosseguintessítios1
2
3
4
5
1
1
1
1
1
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
4
4
4
4
4
5
5
5
5
5
5
1
1
1
1
1
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
4
4
4
4
5
5
5
(1)
(2)
(3)
(4)
2
3
3
4
4
4
5
5
5
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(2)
(2)
(3)
(3)
(3)
(3)
(4)
(4)
(4)
(4)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(6)
(6)
(6)
(6)
(7)
(7)
(7)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
a)
b)
Figura2.2: Transformação darede quadrada paradiagonal.
1
(1)
≡
5
(5)
,
1
(2)
≡
5
(6)
,
1
(3)
≡
5
(7)
,
1
(4)
≡
5
(8)
,
1
(5)
≡
5
(9)
,
(2.4)enquanto que aondição de ontorno(
2
.
3
) nosdá1
(1)
≡
1
(6)
,
2
(2)
≡
2
(7)
,
3
(3)
≡
3
(8)
,
4
(4)
≡
4
(9)
.
(2.5)Fazendo umorte na rede da gura
2
b
de tal forma que oontorno seja dado pelos onjuntosde sítios em(2
.
4
) e(2
.
5
) obtemos aredemostrada na gura2.3.Perebemos então que a rede esrita na geometria da gura 2.3 tem a virtude de
possuir asondiçõesde ontornodo tipo toroidal.
Mostramos na gura2.4 aspossíveis ongurações no asopartiular do modelode
seisvértiesnestanovageometria,bemomoospesosdeBoltzmannorrespondentes.
Reparequeasonguraçõesdaprimeiraleirasãoasmesmasqueforamapresentadas
nagura1.1,porémagoraelassãorepresentadasnaredediagonal 2
. Parasimpliara
notaçãográasubstituiremososgráosdaprimeiraleirapelosgráosdasegunda
leiradestagura,ondeoloamosapenasasehasujosentidoapontaparaaparte
inferiorda folha.
1
1
1
1
1
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
4
4
4
4
5
5
5
(1)
(2)
(3)
(4)
(2)
(3)
(3)
(4)
(4)
(4)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(6)
(6)
(6)
(6)
(7)
(7)
(7)
5
5
4
1
(6)
2
(7)
3
(8)
4
5
(8)
(8)
(9)
(9)
(10)
Figura2.3: Redediagonal.
a
0
a
1
b
2
b
1
c
1
c
2
Figura2.4: Conguração deehasna redediagonal.
2.2 Loalização das ehas na rede e a matriz de
trans-ferênia diagonal-para-diagonal
Antes de loalizarmos asehas nesta nova redeé fundamental redenirmos o
on-eitodelinhaparaestageometria. Aslinhasserãorepresentadasdeformatraejada,
omopodeser observado nagura 2.5. Chamaremosde sítios os pontosnumerados
1 2 3 . . . . . . N−1 N
Linha r
Linha r+1
Figura2.5: Loalização daslinhasnarede diagonal.
Paraloalizarumonjunto de
n
ehasentreduaslinhassuessivas(r
er
+ 1
) será neessárioespeiarnão só asposiçõesdas ehas(
x
1
, x
2
, . . . , x
n)
, mas tambémo estado(
α
1
, α
2
, . . . , α
n)
vertial ou inlinado de ada eha. Designemos então o vetor|
ϕ
r
>
≡ |
x
1
, α
1
;
x
2
, α
2
;
. . .
;
x
n
, α
n
>,
(2.6)para espeiar a onguração de ehas de uma dada linha
r.
O índieα
i
(
i
=
1
,
2
, . . . , n
)
pode assumir dois valores, que orrespondem à uma eha no estadovertial (
α
= 1
) ou no estado inlinado (α
= 2
). Como exemplo, exibimosna gura 2.6aonguraçãode4ehas|
1
,
1; 2
,
1; 2
,
2; 3
,
2
>
numaredeomN
= 4
sítios,para omodelo de seisvérties.1
2
3
4
Linha r
1,1;2,1;2,2;3,2
Figura 2.6: Exemplo deumalinha na redediagonal.
Para alularmos afunção de partiçãonestanovageometria deveremos diagonalizar
Z
=
X
ϕ
1
X
ϕ
2
. . .
X
ϕ
M
< ϕ
1
|
T
D
−
D
|
ϕ
2
>< ϕ
2
|
T
D
−
D
|
ϕ
3
>
· · ·
< ϕ
M
|
T
D
−
D
|
ϕ
1
>
=
Tr
(
T
M
D
−
D
)
.
(2.7)O elemento da matriz de transferênia
< ϕ
r
|
T
D
−
D
|
ϕ
r
+1
>
oneta a onguração|
ϕ
r
>
da linhar
om a onguração|
ϕ
r
+1
>
da linhar
+ 1
. Para o modelo de 6 vérties esteelemento dematriz podeser esritoomo< ϕ
r
|
T
D
−
D
|
ϕ
r
+1
>
=
a
m
0
1
a
1
m
2
b
1
m
3
b
m
2
4
c
1
m
5
c
m
2
6
,
(2.8)ondeoonjunto
{
m
≡
m
1
, m
2
, . . . , m
6
}
deinteirosontabilizamonúmerodevérties entre osestados|
ϕ
r
>
e|
ϕ
r
+1
>
,e satisfazemovínuloP
6
Modelos de 5 vérties interagentes
Osmodelosqueiremostratarnesteapítulosãodenidosnaredequadrada,eos
vér-tiesassoiados aos modelos são mostrados na gura 3.1om asrespetivas
fugai-dades. Reparequeestesvértiessãoosmesmosdagura2.4,exetopelainexistênia
dovértiedefugaidade
a
1
.Além da interação entre os vérties mais próximos devido à regra do gelo, existem
outras interaçes entrevérties vizinhos ao longode uma dasdiagonais. Iremos
ini-ialmenteexpliar umaversãosimpliadadosmodelos,paraemseguida apresentar
omodelo maisgeral de5 vérties abordado emnossotrabalho.
b
2
3.1 Modelo de 5 vérties om domínio de interação
s
xoAlém das interações devido à regra do gelo, este modelo possui também interações
ujorangedepende deumparâmetro inteiroímpar
s
(
s
= 1
,
3
,
5
. . .
)
. Taisinterações oorrem ao longo da diagonal que vai do anto superior esquerdo da rede ao antoinferior direito da mesma 1
. Neste modelo as interações entre os vérties não são
homogêneas. A distânia de interação entre dois vérties ao longo da diagonal de
interação é
d
=
l
√
2
a
,(
l
= 1
,
2
, . . .
)
,
sendoa
o parâmetro da rede. A energia deinteração irá depender da distânia
D
(na diagonal) entre os vérties da seguinte maneira:a) Osvérties não interagementresi se
D > d
.b) Seumdosvérties for do tipo
a
0
ainteração é nula paraD
.)Seosvértiespertenemaoonjunto
{
b
2
, b
1
, c
1
, c
2
}
ainteração éinnita seD
≤
d
exeto quando os dois vérties sãoc
1
ec
2
, estandoc
2
à esquerda superior dec
1
, e osmesmos distarem deD
=
d
=
l
√
2
a
. A energia neste aso ée
I
, sendo o peso deBoltzmann orrespondente expresso poronveniênia emtermosdasfugaidades
c
1
,c
2
e de umnovo parâmetro quehamanos dea
1
,isto é,c
I
=
e
−
e
I
=
a
1
c
1
c
2
.
(3.1)Ilustramos na gura 3.2 algumas ongurações proibidas e permitidas para o aso
onde oparâmetro domodeloé
l
= 1
.O álulo da matriz de transferênia linha-para-linha embora fatível não é
sim-ples parao modelo presente, devido às interações não homogêneas entre osvérties
na diagonal de interação. Entretanto, quando estudamos a matriz de transferênia
diagonal-para-diagonal assoiada ao modelo, as interações entre os vérties da
di-agonal de interação envolvem apenas aslinhas de entrada e saída da matriz, sendo
Proibidas
Permitidas
Figura3.2: Interação entre osvérties à distânia
d
=
a
(2)
1
2
ao longo da diagonal parao
modeloom
l
= 1
(linha paralinha).Proibidas
Permitidas
Figura3.3: Interação entre osvérties à distânia
d
=
a
(2)
1
2
ao longo da diagonal paraomodeloom
l
= 1
(diagonal-para-diagonal).assim, a matriz é failmente alulada. Como exemplo mostramos na gura 3.3 as
interações mostradas nagura3.2 paraarede diagonal.
Na gura 3.4(a) e 3.4(b) mostramos ongurações típias de ehas ao longo da
s=3 (a)
s=5 (b)
Figura3.4: Conguraçõesde ehas omtamanho
s
= 3
es
= 5
narede diagonal.Maisespeiamente uma dada ehateria umvolume de exlusão de
2
l
+ 1
linhas (vertiais ou inlinadas), isto é, a presença de uma dada eha em uma dada linha(vertial ou inlinada) exlui a presença de outra eha na linha em questão, bem
omonas
2
l
linhas(vertial ou inlinada) àsuadireita.Nesta formulação de ehas om tamanho efetivo
s
(ímpar), a extensão do modelo paraoasos
= 1
,seriaummodeloemqueasehaspoderiamouparlinhasvizinhas. Levando-seemontaafugaidadedosvértieseaenergiadeinteração(3
.
1)
nosdaria ummodeloom umvértieadiional (veja gura 3.5) depesode boltzmanne
−
e
I
c
1
c
2
=
a
1
c
1
c
2
c
1
c
2
=
a
1
.
(3.2)Assim o modelo om
s
= 1
reai no modelo de 6 vérties tradiional onstituido apenas dasinterações devizinhos próximos imposta pelaregrado gelo.3.2 Modelo de 5 vérties om domínio de interação
s
variável
Estemodeloéumaversão maisgeraldomodeloanterior,poisagora,as
n
ehasem umadadaonguraçãoao longodadiagonal,equearaterizam osvérties,aoinvésde possuírem um tamanho xo
s
poderão possuir tamanhos arbitrários e distintos(
s
1
, s
2
, . . . , s
n)
. Mostramos omoexemplo nagura3.6aonguração deumalinhaontendotrês ehasdetamanhos
s
= 3
,
1
e5
. Asehasseexluemde aordoom seu tamanho e a interação entre duas ehas de tamanhos
1
es
2
é dada por(3
.
1)
aso a eha de tamanhos
2
esteja(2
l
1
+ 1)
linhas à direita da eha de tamanhos
1
. Opesode Boltzmann referenteàsongurações daslinhasr
er
′
da gura
3
.
6
é dadaporc
2
c
1
e
−
e
I
b
2
a
N
0
−
3
,ondeN
é otamanho da rede.Linha r
Linha r+1
1 2 3 4 . . . .
Figura3.6: Conguraçãode três ehasomtamanhos
s
= 3
,
1
e5
.3.3 Diagonalização da matriz de transferênia
diagonal-para-diagonal do modelo de 5 vérties interagentes de
domínio de interação
s
variávelDevido à onservação do número de ehas na passagem entre duas linhas
onse-utivas da rede, podemos onstruir a matriz de transferênia na forma de bloos de
on-não é troada, a menos de permutações ílias. Deste modo, a ordem das ehas
{
s
1
, s
2
, . . . , s
n
}
podeseronsideradaumoutrobomnúmeroquântio. Podemosentão subdividir o bloo omn
ehas emsub-bloos rotulados por este número quântio adiional{
s
1
, s
2
, . . . , s
n
}
(ordenamento dasehas).Formalmente devemos resolver o seguinte problema de autovalor para umsetor
en-volvendo umnúmero
n
de ehas,om tamanhos{
s
1
, s
2
, . . . , s
n
}
Λ
{
s
1
,s
2
,...,s
n
}
n
|
Ψ
{
n
s
1
,s
2
,...,s
n
}
>
=
T
{
s
1
,s
2
,...,s
n
}
D
−
D
|
Ψ
{
s
1
,s
2
,...,s
n
}
n
>,
(3.3)onde
Λ
{
s
1
,s
2
,...,s
n
}
n
e|
Ψ
{
s
1
,s
2
,...,s
n
}
n
>
sãoosautovaloreseosautovetoresnosetorindex-ado por
n
ehas e om ordenamento{
s
1
, s
2
, . . . , s
n
}
. Matematiamente podemos expressarestesautovetoresomo|
Ψ
{
s
1
,s
2
,...,s
n
}
n
>
=
X
{
c
}
X
{
x
}
2
X
α
1
,α
2
,...,α
n
=1
φ
{
s
c
1
,s
c
2
,...,s
cn
}
α
1
,α
2
,...,α
n
(
x
1
, x
2
, . . . , x
n
)
|
x
1
, α
1
;
x
2
, α
2
;
. . .
;
x
n
, α
n
> .
(3.4)
Os kets
|
x
1
, α
1
;
x
2
, α
2
;
. . .
;
x
n
, α
n
>
denotam as ongurações da rede em que as ehasdo tipo(
α
1
, α
2
, . . . , α
n
)(
α
i
= 1
,
2
paraasehasvertiaise inlinadas)estão loalizadasnaposição{
x
}
= (
x
1
, x
2
, . . . , x
n)
. Asfunçõesφ
{
s
c
1
,s
c
2
,...,s
cn
}
α
1
,α
2
,...,α
n
(
x
1
, x
2
, . . . , x
n)
sãoas omponentes dasongurações onde as ehas de tamanho
(
s
c
1
, s
c
2
, . . . , s
c
n
)
e do tipo
(
α
1
, α
2
, . . . , α
n
)
estão loalizadas nasposições(
x
1
, x
2
, . . . , x
n
)
, respetiva-mente. A soma{
c
}
extende-se sobre aspermutações ílias{
c
1
, c
2
, . . . , c
n
}
dos in-teiros{
1
,
2
, . . . , n
}
,easomaem{
x
}
seextendeparaumadadadistribuição{
s
c
1
, s
c
2
,
. . . , s
c
n
}
de ehassatisfazendo2
2
Reparequearelação(
3
.
5
)dáonta daspossíveisonguraçõesemqueaposição(x
j
) deumaeha1
≤
x
1
+
s
1
−
1
< x
2
+
δ
α
1
,
1
δ
α
2
,
2
< . . . x
n
−
1
+
s
n
−
1
−
1
< x
n
+
δ
α
1
,
1
δ
α
2
,
2
≤
N.
(3.5)Oansatzmatriialintroduzidoem[8℄,apropiadoaopresenteaso,onsisteempropor
que tais amplitudes possam ser esritas omo o traço de um produto de matrizes.
Oproduto de matrizesassoiado à onguração
{
x
1
, α
1
;
x
2
, α
2
;
. . .
;
x
n
, α
n
}
éobtido assoiando-se matrizesàsoupaçõesdossítios daseguinteforma:1) Aossítios sem ehasassoiamos asmatrizes
E
.2) Aos sítios oupados por uma uúnia eha de tamanho
s
e do tipoα
(
α
= 1
,
2)
assoiamos amatrizA
(
α
)
s
.3)Aossítios ontendoumaehadetamanho
s
1
= 1
navertialeoutradetamanhos
2
inlinadoassoiamosoprodutoA
(1)
1
E
−
1
A
(2)
s
2
. Nagura3.7abaixomostramostaisassoiações. Oansatz matriial nopresente aso onsisteem assumir
φ
{
s
1
,s
2
,...,s
n
}
α
1
,α
2
,...,α
n
(
x
1
, x
2
, . . . , x
n) =
Tr
[
E
x
1
−
1
A
(
α
1
)
s
1
E
x
2
−
x
1
−
1
A
(
α
2
)
s
2
· · ·
E
x
n
−
x
n
−
1
A
(
α
n
)
s
n
E
N
−
x
n
ΩP
]
.
(3.6)
E
S
S
S
(2)
S
(1)
S
A
(1)
A
A
A
(2)
S
2
S 2
1
=1
1
E
(−1)
Figura 3.7: Assoiação dossítiosom asmatrizesdoansatz matriial.
Diferentemente do ansatz de Bethe de oordenadas onde
φ
s
1
,s
2
,...,s
n
α
1
,α
2
,...,α
n
(
x
1
, x
2
, . . . , x
n
)
Nageometria toroidalque estamosonsiderando, osauto-estadosde
T
D
−
D
possuem momentoP
=
2
πj
N
(j
= 0
,
1
, . . . , N
−
1)
bemdenido. AmatrizT
D
−
D
podeentão ser deomposta em setores disjuntos indexados pelo valor deP
. A matrizΩP
é intro-duzida paraassegurar o momentoP
do autovetor do orrespondente setor. Devido àsimetria detranslação asamplitudes em(3
.
6
) devemsatisfazerφ
s
1
,s
2
,...,s
n
α
1
,α
2
,...,α
n
(
x
1
, x
2
, . . . , x
n
)
φ
s
1
,s
2
,...,s
n
α
1
,α
2
,...,α
n
(
x
1
+
m, x
2
+
m, . . . , x
n
+
m
)
=
e
−
imP
, m
= 1
, . . . , N
−
1
,
(3.7)o que nos fornee as seguintes relações de omutação entre as matrizes
E
,A
(
α
j
)
s
j
(
α
j
= 1
,
2
) omΩP
:E
ΩP
=
e
−
iP
ΩP
E,
A
(
α
j
)
s
j
ΩP
=
e
−
iP
ΩP
A
(
α
j
)
s
j
.
(3.8)As relações algébrias entre
A
(
α
j
)
s
j
eE
serão xadas no momento que impusermos que|
Ψ
{
s
1
,s
2
,...,s
n
}
n
>
satisfaça à equação deautovalor.Mostraremosaseguiroproessodediagonalizaçãodossetoresom
n
= 0
,
1
,
2
ehas, eem seguida exibiremos oresultado para umvalorarbitrário de ehas.•
Setor omn
= 0
ehasEstesetor éuma matriz de tamanho
1
por1
pois temosapenas umaúniaongu-ração, ujo pesode Boltzmann nosdáo autovalor
Λ
0
=
a
N
0
.
(3.9)•
Setor omn
= 1
ehaon-Deveremos observar que devido aos dois estados possíveis para uma determinada
eha(vertial ouinlinado), taisrelações sãodadaspeloonjunto de
2
N
equaçõesΛ
1
Tr[
E
x
−
1
A
(1)
s
1
E
N
−
x
ΩP
] =
b
2
a
N
0
−
1
Tr[
E
x
−
1
A
(1)
s
1
E
N
−
x
ΩP
] +
c
1
a
N
0
−
1
Tr[
E
x
−
1
A
(2)
s
1
E
N
−
x
ΩP
]
,
Λ
1
Tr[
E
x
−
1
A
(2)
s
1
E
N
−
x
ΩP
] =
c
2
a
N
0
−
1
Tr[
E
x
A
(1)
s
1
E
N
−
x
−
1
ΩP
] +
b
1
a
N
0
−
1
Tr[
E
x
A
(2)
s
1
E
N
−
x
−
1
ΩP
]
.
(3.10)
Nasguras3.8e3.9representamospitoriamentetaisequações. Asequações(
3
.
10
) sãoresolvidas seexpressarmosA
(1)
s
1
=
φ
1
A
s
k
1
E
2
−
s
1
,
A
(2)
s
1
=
φ
2
A
s
k
1
E
2
−
s
1
,
(3.11)
sendo
A
s
1
k
umamatrizquedependedeumparâmetroesalark
(parâmetroespetral) eφ
i
,(
i
= 1
,
2)
onstantes reais. Substituindo-se (3
.
11)
na primeira dasequaçõesde (3
.
10)
obtemosΛ
1
Tr[
E
x
−
1
φ
1
A
s
k
1
E
2
−
s
1
E
N
−
x
ΩP
] =
b
2
a
N
0
−
1
Tr[
E
x
−
1
φ
1
A
s
k
1
E
2
−
s
1
E
N
−
x
ΩP
] +
c
1
a
N
0
−
1
Tr[
E
x
−
1
φ
2
A
s
k
1
E
2
−
s
1
E
N
−
x
ΩP
]
.
(3.12)
Fatorando-se otermo omumnaexpressãoaima obtemos,
(Λ
1
φ
1
−
b
2
a
N
0
−
1
φ
1
−
c
1
a
N
0
−
1
φ
2
)
Tr[
E
x
−
1
A
s
1
k
E
2
−
s
1
E
N
−
x
ΩP
] = 0
.
Impondoque Tr
[
E
x
−
1
A
s
1
k
E
2
−
s
1
E
N
−
x
ΩP
]
6
= 0
obtemosΛ
1
φ
1
−
b
2
a
N
2
−
1
φ
1
−
c
1
a
N
2
−
1
φ
2
= 0
.
(3.14)Por outro lado,substituindo-se (
3
.
11)
na segundadasequaçõesde (3
.
10)
obtemosΛ
1
Tr[
E
x
−
1
φ
2
A
s
k
1
E
2
−
s
1
E
N
−
x
ΩP
] =
c
2
a
N
0
−
1
Tr[
E
x
φ
1
A
s
k
1
E
2
−
s
1
E
N
−
x
−
1
ΩP
] +
b
1
a
N
0
−
1
Tr[
E
x
φ
2
A
s
k
1
E
2
−
s
1
E
N
−
x
−
1
ΩP
]
.
(3.15)
Repareque esta relaçãosesimplia seimpormos quea matriz
A
s
1
k
introduzida em(
3
.
11)
satisfaça àrelaçãode omutaçãoEA
s
1
k
=
e
ik
A
s
1
k
E,
(3.16)oque nosdá
(Λ
1
φ
2
−
c
2
a
N
0
−
1
φ
1
e
ik
−
b
1
a
N
0
−
1
φ
2
e
k
)
Tr[
E
x
−
1
A
s
1
k
E
2
−
s
1
E
N
−
x
Ω
P
] = 0
.
(3.17)Impondoque Tr
[
E
x
−
1
A
s
1
k
E
2
−
s
1
E
N
−
x
ΩP
]
6
= 0
obtemosΛ
1
φ
2
−
c
2
a
N
0
−
1
φ
1
e
k
−
b
1
a
N
0
−
1
φ
2
e
ik
= 0
.
(3.18)Vemosassimqueas(
2
N
)equações(3
.
10)
reduzem-sesomenteàduasequações(3
.
14)
e(3
.
18)
,quepodemserreesritas naforma matriialΛ
1
a
N
0
−
1
φ
1
φ
2
=
b
2
c
1
c
2
e
ik
b
1
e
ik
φ
1
φ
2
a
2
N−1
x
Λ
b
2
c
1
x
x
1
Figura 3.8: Representaçãopitória da equação de autovalor (situação 1)
a
2
N−1
x
Λ
1
c
2
x
x+1
x
x+1
b
1
Figura 3.9: Representaçãopitória da equação de autovalor (situação 2)
Diagonalizandoesta matrizobtemos osdoisautovalores
{
Λ
(
l
)
1
;
l
=
−
,
+
}
:
Λ
(
1
l
)
(
k
) =
a
N
−
1
0
2
(
b
2
+
b
1
e
ik
+
l
[(
b
2
+
b
1
e
ik
)
2
−
4
e
ik
(
b
2
b
1
−
c
2
c
1
)]
1
2
)
.
(3.20)Para ompletarmos a diagonalização resta-nos determinar o parâmetro espetral
k
. Tal parâmetrono presente aso oinideomP
,poisusando-se(3
.
11)
,(3
.
16)
,(3
.
8)
ea propriedadeília do traçotemosTr
[
E
x
−
1
A
(
j
)
s
1
E
N
−
x
Ω
P
] =
Tr[
E
x
−
1
E
N
−
x
A
(
j
)
s
1
Ω
P
]
e
−
ik
(
N
−
x
)
=
Tr
[
E
x
−
1
E
N
−
x
Ω
P
A
(
s
j
1
)
]
e
−
ik
(
N
−
x
)
e
−
iP
=
Tr
[
E
x
−
1
A
(
j
)
s
1
E
N
−
x
Ω
k
=
P
=
2
mπ
N
, m
= 0
,
1
, . . . , N
−
1
.
(3.22)Tais valoresdeterminam os
2
N
autovalores dadosem(3
.
20
).•
Setor omn
= 2
ehasVamosprimeiramenteanalisarasequaçõesprovenientesdasongurações